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ESTUDO DIRIGIDO 1 – MARIA CLARA PRADO

Questões:

1. Qual a diferença entre Avaliação Psicológica e Testagem Psicológica?

A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de


informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas,
observações, análise de documentos. A testagem psicológica, portanto, pode ser
considerada uma etapa da avaliação psicológica, que implica a utilização de teste(s)
psicológico(s) de diferentes tipos.

2. O que são pontos de corte? Por que eles são importantes?

Ponto de corte define a partir de qual escore que o candidato está apto ao que está
sendo avaliado. Testes são fundamentais no processo de avaliação psicológica, são
instrumentos objetivos que oferecem informações preciosas sobre indivíduos.

3. Qual o conceito de teste psicológico e como este se insere na avaliação


psicológica?

O teste psicológico é uma ferramenta sistemática construída com o objetivo de


facilitaras tomadas de decisão profissionais do psicólogo. É um conjunto
constituído de comportamentos que o sujeito deve exibir. Ele é um teste se todos os
comportamentos envolvidos no conjunto se referem à mesma coisa. É um instrumento
padronizado que tem como objetivo obter o máximo de informações referentes ao
examinando, reduzindo as incongruências entre avaliadores e devendo
apresentar fundamento teórico sólido, evidências de validade e precisão. Na
avaliação psicológica, eles podem ser úteis na medida em que oferecem, a partir da
normatização, um parâmetro de comparação do sujeito ou da situação em relação a
outros que apresentam características semelhantes. Eles permitem também a
operacionalização e a verificação de diversas teorias psicológicas e a
organização de intervenções mais adequadas em cada caso. O uso de testes
psicológicos ocorre em todas as áreas de ação da psicologia, entre elas a pesquisa
(na verificação de hipóteses propostas), a psicologia clínica, a neuropsicologia, a
psicologia jurídica, a psicologia do trabalho, a psicologia do trânsito, a psicologia do
esporte, bem como em todos os contextos clínicos e institucionais que demandam
uma avaliação, como a educação, a área de recursos humanos, a saúde e a justiça.

4. É possível a realização de uma avaliação psicológica sem o uso de testes


psicológicos? Quais as vantagens do uso de testes? Quais os demais
recursos de que o psicólogo pode dispor?

A avalição psicológica excede a aplicação de testes. Ela é composta por um tripé que
inclui os testes, as entrevistas e as observações. Nem todos os casos de avaliação
inicial necessitam de avaliação psicológica e há casos em que uma avaliação pode ser
realizada com técnicas psicológicas que prescindem do uso de testes.

5. Quais os cuidados que um psicólogo deve ter ao pensar em uma bateria


de instrumentos psicológicos a ser administrada em cada caso avaliado?

Na escolha de um teste como instrumento de avaliação psicológica, é fundamental


que o psicólogo consulte o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos 16
(SATEPSI), disponível no site do Conselho Federal de Psicologia (www.pol.org.br),
com o intuito de verificar se ele foi aprovado para uso em avaliação psicológica. Em
caso afirmativo, ele deverá então consultar o manual do referido teste, de modo a
obter informações adicionais acerca do construto psicológico que ele pretende medir
bem como sobre os contextos e propósitos para os quais sua utilização se mostra
apropriada.

6. Qual a contribuição da Resolução nº 25/2001, do CFP, para a área da


avaliação?

O Conselho Federal de Psicologia (FDP, 2001) publicou a Resolução nº 25/2001, que


regulamenta a elaboração, a comercialização e o uso dos testes psicológicos. Essa
resolução aponta alguns critérios mínimos obrigatórios para que os
instrumentos psicológicos sejam considerados apropriados para o uso no Brasil. São
eles: Fornecer uma fundamentação teórica adequada e ampla, com definição clara do
construto, objetivos e contextos de uso; Descrever método de busca de evidências de
validade e precisão, resultados e interpretações sugeridas; Descrever dados
psicométricos detalhados dos itens; Fornecer informações claras sobre a correção e a
interpretação dos escolares do teste; Descrever claramente as etapas de aplicação e
correção, além da demais condições, como especificidades do ambiente e materiais a
serem utilizados ao longo da aplicação.

7. Como devem ser os manuais dos instrumentos psicológicos?

A resolução dá ênfase especial à necessidade de produção de manuais completos.


Conforme as orientações do documento, o manual será adequado se
contiver como informações básicas: Detalhamento dos aspectos técnicos-
científicos voltados para a fundamentação teórica do teste e construtos
abordados, além de dados empíricos; Descrição de aspectos práticos voltados para a
aplicação do instrumento, a correção dos dados coletados e a interpretação dos
escores e resultados; Referências da literatura relacionada, de modo que o usuário do
teste possa acessar o material utilizado como base para construção do instrumento e
utilizá-lo também na busca de maior compreensão sobre o construto avaliado;
Informações sobre o responsável técnico pela produção do instrumento-Informações
sobre a autorização e aprovação do CEP; Destaque para as informações sobre o uso
restrito aos psicólogos; Informações sobre a comercialização, que também
deve ser restrita a esses profissionais, apresentando essa informação em
destaque no manual.

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