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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ – FEPI

Curso de Psicologia

Maria Clara Prado Calado Ferreira

EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA NO TEMPO: A FAMÍLIA REAL E A FAMÍLIA IDEAL

ITAJUBÁ - MG
2023
Maria Clara Prado Calado Ferreira

EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA NO TEMPO: A FAMÍLIA REAL E A FAMÍLIA IDEAL

Trabalho apresentado a disciplina de Psicologia


da Família do Curso de psicologia do Centro
Universitário de Itajubá – FEPI como requisito
parcial para obtenção de nota semestral
Orientador (a): Prof.ª. Ana Maria Faria Menicali

ITAJUBÁ - MG
2023
1.INTRODUÇÃO

A evolução da dinâmica familiar ao longo dos séculos é um fenômeno


complexo e multifacetado que reflete as mudanças sociais, culturais e econômicas
que moldaram as sociedades em diferentes épocas. Desde as antigas civilizações
até a sociedade contemporânea, as estruturas familiares e os papéis dos seus
membros passaram por uma série de transformações notáveis. Ao analisar a
evolução da família, é imprescindível compreender os padrões que predominaram
em civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos. As estruturas
familiares nessas sociedades proporcionam um contexto essencial para
compreendermos a base histórica sobre a qual as dinâmicas familiares se
desenvolveram.
A Revolução Industrial e a urbanização trouxeram consigo um conjunto de
mudanças significativas na organização familiar, impactando a relação entre trabalho
e vida doméstica. Essa transição para a família nuclear e as alterações nos papéis
de gênero representam marcos cruciais na evolução da dinâmica familiar. No
entanto, a evolução não parou por aí. Famílias contemporâneas enfrentam novos
desafios, como a conciliação entre trabalho e vida familiar, influenciada pela
tecnologia e pela globalização. Além disso, a aceitação crescente da diversidade de
formações familiares está transformando a definição de "família ideal".
Este trabalho busca traçar um panorama abrangente da evolução da dinâmica
familiar, desde as sociedades antigas até a contemporaneidade, examinando as
principais influências e desafios que moldaram e continuam a moldar as
experiências familiares no mundo atual.
2.DESENVOLVIMENTO

A evolução da família ao longo dos séculos é um tema fascinante que oferece


uma visão abrangente das transformações sociais e culturais que moldaram a
sociedade contemporânea. Desde as estruturas familiares nas antigas civilizações
até as complexidades das famílias contemporâneas, é evidente que a dinâmica
familiar é um reflexo direto das normas e valores predominantes em diferentes
épocas.
A transição da família extensa para a família nuclear foi uma das mudanças
mais marcantes, impulsionada pela Revolução Industrial e a urbanização. Esse
fenômeno teve implicações profundas na organização familiar, nas relações de
gênero e nas dinâmicas de poder. A família real também desempenhou um papel
importante ao longo dos séculos, sendo um reflexo e um influenciador das estruturas
políticas e sociais de suas respectivas eras. No entanto, as famílias contemporâneas
enfrentam novos desafios, como a conciliação entre trabalho e vida familiar,
influenciada pela tecnologia e pela pressão por produtividade. A diversidade familiar
também é uma realidade cada vez mais presente, com famílias monoparentais e
reconstituídas desafiando os modelos tradicionais.
Nesse contexto, é essencial reconhecer a importância do apoio familiar no
desenvolvimento emocional e social dos indivíduos. A rede de apoio afetivo e prático
desempenha um papel crucial em todas as fases da vida, desde a infância até a
idade adulta. Além disso, as tendências futuras na dinâmica familiar são moldadas
por avanços tecnológicos, mudanças culturais e a crescente aceitação da
diversidade de formas familiares. Portanto, compreender a evolução da família é
essencial para analisar as complexidades e desafios da sociedade contemporânea.
A dinâmica familiar é um reflexo dinâmico das forças sociais e culturais que moldam
nosso mundo, e seu estudo oferece insights valiosos para a compreensão e
promoção do bem-estar das famílias no presente e no futuro.
2.1 Família Ideal
A "família ideal" é uma construção social e cultural que varia amplamente de
acordo com os valores e normas predominantes em uma determinada sociedade.
Essa concepção muitas vezes reflete as expectativas e aspirações coletivas sobre
como uma família deve ser organizada e funcionar.
Culturalmente, as definições de família ideal podem ser influenciadas por
tradições, religião, história e outros aspectos distintivos de uma comunidade. Por
exemplo, em algumas culturas, a família ideal pode ser vista como uma unidade
extensa, incluindo várias gerações que vivem juntas e compartilham
responsabilidades. Socialmente, a família ideal muitas vezes é associada a um
modelo de família nuclear composta por pai, mãe e filhos. Essa representação tem
raízes profundas em muitas sociedades ocidentais e foi promovida amplamente em
meios de comunicação e literatura. No entanto, a pressão para as famílias se
conformarem a esse ideal pode criar desafios significativos. Muitos indivíduos e
famílias podem sentir uma carga emocional e psicológica para atender a essas
expectativas, levando a conflitos e descontentamento quando a realidade não
corresponde ao ideal cultural.
Além disso, a pressão para conformidade pode ter impactos negativos na
inclusão de diferentes formas de famílias. Por exemplo, famílias monoparentais,
famílias adotivas e casais do mesmo sexo muitas vezes enfrentam estigmas e
desafios sociais por não se encaixarem no modelo tradicional.
A busca pela família ideal também pode criar expectativas irrealistas e, em
última instância, desgastar as relações familiares. É essencial reconhecer e celebrar
a diversidade de formações familiares e compreender que não há um modelo único
que se aplique a todos.
Em conclusão, a família ideal é uma construção social e cultural que varia
amplamente de acordo com as normas e valores de uma sociedade. A pressão para
as famílias se conformarem a esse ideal pode criar desafios e estigmas, mas é
fundamental reconhecer a diversidade e valorizar as diferentes formas de união e
apoio familiar que existem em nossa sociedade.
2.2 A Família nas Sociedades Antigas
Nas antigas civilizações, a estrutura familiar era um reflexo direto das normas
e valores sociais predominantes. No Egito Antigo, por exemplo, a família era a pedra
angular da sociedade. Era uma unidade estendida, compreendendo várias gerações
vivendo sob o mesmo teto, muitas vezes lideradas pelo patriarca. Este detinha não
apenas o controle econômico, mas também a autoridade moral e legal sobre a
família. Na Grécia Antiga, a estrutura familiar era notavelmente patriarcal. O
paterfamilias, ou seja, o chefe de família, exercia poder absoluto sobre os membros,
incluindo esposa, filhos e escravos. As mulheres, em particular, tinham um papel
submisso na família, com a principal função de gerar herdeiros legítimos. Na Roma
Antiga, as estruturas familiares também eram altamente hierárquicas. O
paterfamilias tinha uma autoridade inquestionável sobre todos os membros,
incluindo a esposa e os filhos. A família era vista como uma unidade política e
econômica, e a linhagem era de extrema importância.
Em termos de papéis de gênero, as antigas civilizações tendiam a promover
uma divisão muito clara de responsabilidades. Os homens eram vistos como os
provedores e protetores da família, enquanto as mulheres eram encarregadas das
tarefas domésticas e da criação dos filhos. Esses papéis eram considerados
fundamentais para o equilíbrio e a estabilidade da unidade familiar. No entanto, é
importante notar que, apesar da aparente rigidez dessas estruturas, havia variações
de acordo com a classe social e a região geográfica. Por exemplo, em algumas
sociedades antigas, como a Esparta, as mulheres tinham um papel mais ativo e uma
maior liberdade em comparação com outras cidades-estados gregas.

2.3 A Revolução Industrial e a Família


A Revolução Industrial marcou uma virada significativa na organização e
dinâmica familiar. Com o advento da industrialização, no final do século XVIII e ao
longo do século XIX, as sociedades europeias e, posteriormente, do mundo todo,
testemunharam uma transformação radical nas estruturas familiares. A
industrialização resultou na migração em massa das populações rurais para áreas
urbanas em busca de emprego nas fábricas. Isso significou uma mudança drástica
no modo de vida, com famílias deixando para trás a vida no campo para se
estabelecerem em cidades industriais em crescimento rápido. Essa migração em
massa teve um impacto profundo na organização familiar, alterando as relações
entre seus membros.
Antes da Revolução Industrial, a família muitas vezes vivia e trabalhava em
uma fazenda ou oficina, formando uma unidade econômica autossuficiente. No
entanto, com a industrialização, o trabalho se deslocou para as fábricas, e os
membros da família passaram a ter funções distintas. Os homens, mulheres e
crianças se encontravam muitas vezes trabalhando fora de casa em condições
desafiadoras. Isso alterou a dinâmica familiar, afastando os membros uns dos outros
por longos períodos e fragmentando a unidade econômica anterior. Além disso, a
urbanização trouxe consigo desafios significativos. As condições de vida nas
cidades industriais eram frequentemente precárias, com moradias superlotadas e
falta de saneamento básico. As famílias urbanas enfrentaram uma pressão adicional
para se adaptarem a essas novas condições, o que muitas vezes resultava em
formas diferentes de organização familiar.
A Revolução Industrial também teve um impacto profundo na estrutura da
família, com uma transição da família extensa para a família nuclear se tornando
mais comum. As famílias passaram a ser menores e mais focadas no núcleo de pais
e filhos, devido às novas exigências econômicas e sociais.

2.4 A Família Nuclear


A emergência da família nuclear foi um marco crucial na evolução da
estrutura familiar ao longo do tempo. Este modelo, composto por pais e filhos,
começou a ganhar predominância a partir do final do século XVIII e se consolidou no
século XIX, especialmente nas sociedades ocidentais em processo de
industrialização. Antes dessa transição, as famílias eram frequentemente extensas,
incluindo não apenas pais e filhos, mas também membros de várias gerações,
parentes e criados.
Com a industrialização e a urbanização, houve uma mudança para centros
urbanos e uma separação entre o espaço de trabalho e o ambiente doméstico. Isso
levou à necessidade de famílias se tornarem mais compactas e focadas, resultando
na predominância do modelo nuclear. Essa mudança na estrutura familiar também
teve implicações profundas na dinâmica de poder e tomada de decisões. Nas
famílias extensas, a autoridade muitas vezes era exercida pelo patriarca ou pela
figura mais idosa, com influência significativa sobre todos os membros. Com a
emergência da família nuclear, a autoridade se concentrou principalmente nos pais,
e a tomada de decisões tornou-se mais democrática e descentralizada.
A autoridade na família nuclear tendia a ser mais compartilhada entre os pais,
com um equilíbrio de responsabilidades na criação e sustento dos filhos. As
decisões eram frequentemente feitas em conjunto, levando em consideração as
necessidades e desejos de ambos os cônjuges. No entanto, é importante notar que
a distribuição de poder e autoridade na família nuclear pode variar significativamente
de acordo com os valores culturais e as circunstâncias individuais de cada família.
Além disso, a dinâmica de poder pode ser influenciada por fatores como a
educação, a renda, a religião e outros elementos contextuais.

2.5 A Família na Era Moderna


A era moderna, especialmente o século XX, testemunhou mudanças
profundas na estrutura e dinâmica familiar, influenciadas por transformações sociais,
culturais e tecnológicas. A urbanização em massa, avanços na medicina e a
emancipação das mulheres foram alguns dos fatores-chave que moldaram a família
nesse período. A urbanização levou a uma concentração ainda maior das
populações em centros urbanos, afetando a forma como as famílias estavam
organizadas. Espaços menores e a proximidade de vizinhos muitas vezes alteraram
a privacidade e a dinâmica familiar. No século XX, houve um avanço significativo na
medicina e nas condições de saúde, resultando em uma expectativa de vida mais
longa. Isso teve um impacto direto nas estruturas familiares, pois a presença de
várias gerações sob o mesmo teto tornou-se menos comum.
A emancipação das mulheres, impulsionada por movimentos feministas, teve
um papel fundamental na redefinição dos papéis de gênero na família. Mulheres
conquistaram maior autonomia e oportunidades educacionais e profissionais,
alterando drasticamente a dinâmica familiar e as decisões sobre trabalho e cuidado
dos filhos. Além disso, a influência da mídia e da cultura popular também teve um
impacto significativo na percepção da família. Filmes, programas de televisão e
outros meios de comunicação ajudaram a moldar as expectativas e ideais em torno
do que constitui uma família "normal" ou "ideal". Essa influência pode tanto refletir
quanto influenciar as normas sociais em relação à família. No entanto, é importante
notar que as representações na mídia podem ser simplificadas e muitas vezes não
refletem a diversidade de formações familiares presentes na sociedade moderna.
Novos modelos de família, como famílias monoparentais, casais do mesmo sexo e
famílias reconstituídas, desafiaram e expandiram a definição tradicional de família.

2.6 A Família Real ao Longo dos Séculos


A instituição da família real é uma parte intrínseca da história de muitas
nações ao redor do mundo. Ao longo dos séculos, as dinastias e modelos de
sucessão na família real passaram por notáveis transformações.
Inicialmente, a sucessão real muitas vezes se baseava em critérios
hereditários, onde o trono era passado de pai para filho. Isso era comum em várias
culturas antigas, como no Egito, onde a linhagem sanguínea tinha grande
importância. No entanto, ao longo do tempo, surgiram diferentes modelos de
sucessão, incluindo casamentos estratégicos para fortalecer alianças políticas e
escolhas baseadas em habilidades de liderança. Durante os períodos de monarquia
absoluta, a família real detinha um poder quase absoluto, com influência direta sobre
todos os aspectos da governança do reino. Isso mudou consideravelmente com o
advento da monarquia constitucional, que transferiu parte do poder para
parlamentos e sistemas legislativos, restringindo o papel da família real a funções
mais cerimoniais.
Na política, a família real historicamente desempenhava um papel central,
muitas vezes servindo como um símbolo de unidade e continuidade para a nação.
Além disso, a família real frequentemente atuava como mediadora em conflitos
internos e externos e como embaixadora da nação em relações diplomáticas. No
entanto, a crescente influência dos movimentos republicanos e as mudanças nas
percepções de governança levaram a uma transformação gradual do papel da
família real em muitos países. Hoje em dia, muitas famílias reais têm funções mais
simbólicas e representativas, enquanto o poder político está nas mãos de sistemas
democráticos.
Apesar dessas mudanças, as famílias reais ainda desempenham um papel
importante na preservação da cultura e tradição de uma nação. Elas muitas vezes
servem como faróis culturais, promovendo causas humanitárias e envolvendo-se em
atividades de caridade e apoio à comunidade.

2.7 Diversidade Familiar


A diversidade familiar é uma realidade cada vez mais presente nas
sociedades contemporâneas. Famílias monoparentais e reconstituídas são formas
familiares distintas que desafiam os modelos tradicionais.
Famílias monoparentais são constituídas por um único pai ou mãe e seus
filhos. Essas famílias podem surgir de diversas circunstâncias, como divórcio, viuvez
ou escolha consciente de criar os filhos de forma independente. Elas enfrentam
desafios únicos, incluindo a necessidade de conciliar papéis de provedor e cuidador,
muitas vezes sem a mesma rede de apoio disponível para famílias mais tradicionais.
Além disso, a pressão emocional e financeira pode ser acentuada. Por outro lado,
famílias reconstituídas surgem quando pais ou mães se unem em novas parcerias
após divórcios ou separações, trazendo seus próprios filhos para o novo
relacionamento. As dinâmicas são complexas, exigindo uma delicada balança entre
as necessidades dos filhos biológicos e os padrões de criação do parceiro(a) atual.
A construção de laços afetivos pode demandar tempo e paciência, e a comunicação
aberta é essencial para o sucesso dessa formação familiar.
Ambos os tipos de famílias demonstram a resiliência e adaptabilidade
humana diante das complexidades da vida moderna. É vital que a sociedade e as
políticas públicas reconheçam e apoiem essas diferentes configurações familiares,
oferecendo recursos e programas que atendam às necessidades específicas de
cada uma.
A diversidade familiar é uma rica manifestação da complexidade humana e da
variedade de caminhos que as pessoas podem percorrer em busca de amor,
segurança e pertencimento. A aceitação e a compreensão dessas diferentes formas
de união e apoio familiar são essenciais para promover uma sociedade inclusiva e
empática.

2.8 Famílias Contemporâneas e a Inclusão


As famílias contemporâneas refletem uma diversidade cada vez maior de
formações e dinâmicas. Uma das mudanças mais significativas tem sido o
reconhecimento legal e social das uniões entre casais do mesmo sexo.
Com o avanço dos movimentos de direitos LGBTQ+, muitos países têm
revisado suas leis para garantir que casais do mesmo sexo tenham os mesmos
direitos e privilégios que casais heterossexuais. Isso inclui o direito ao casamento,
adoção, herança e outros benefícios legais e sociais. Essas mudanças representam
um passo importante em direção à igualdade e inclusão para todas as formas de
família.
A adoção por casais do mesmo sexo é um tema significativo dentro dessa
evolução. Muitos países agora permitem que casais do mesmo sexo adotem
crianças, reconhecendo que a orientação sexual dos pais não é um indicador de sua
capacidade de oferecer um ambiente amoroso e estável para seus filhos adotivos.
Esse reconhecimento é uma vitória importante para a inclusão e para o bem-estar
das crianças que encontram um lar amoroso em famílias diversas. O
reconhecimento legal e social de diferentes formações familiares também se
estende a outras configurações, como famílias monoparentais e famílias
reconstituídas. A sociedade está começando a valorizar e apoiar a diversidade de
experiências familiares, compreendendo que o amor e o apoio podem ser
encontrados em muitas formas diferentes de união.
Essas mudanças são fundamentais para criar uma sociedade mais inclusiva e
justa. Ao reconhecer e celebrar a diversidade de formações familiares, promovemos
um ambiente em que todas as pessoas, independentemente de sua orientação
sexual ou composição familiar, possam sentir-se valorizadas e aceitas. Isso não
apenas beneficia as famílias diretamente envolvidas, mas também fortalece a
sociedade como um todo, promovendo o respeito e a compreensão mútua.

2.9 Desafios da Modernidade


Na modernidade, a conciliação entre trabalho e vida familiar tornou-se um dos
desafios mais prementes para muitas famílias. Com a crescente participação das
mulheres no mercado de trabalho, as famílias muitas vezes enfrentam a difícil tarefa
de equilibrar as responsabilidades profissionais e a atenção aos membros familiares.
As longas horas de trabalho e a pressão por produtividade podem resultar em tempo
limitado para atividades familiares e momentos de qualidade. Muitos pais e mães se
veem lutando para atender às necessidades de trabalho e ainda assim dedicar
tempo suficiente aos filhos e parceiros. Além disso, a tecnologia desempenha um
papel ambivalente na interação familiar na era moderna. Por um lado, a
conectividade constante pode criar distrações e competir pelo tempo de qualidade
em família. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode levar a uma diminuição
na comunicação e interação cara a cara.
Por outro lado, a tecnologia também oferece oportunidades valiosas para
manter as famílias conectadas, especialmente em casos de separação geográfica.
Videochamadas, redes sociais e outras plataformas digitais facilitam a comunicação
entre membros da família que podem estar distantes fisicamente. No entanto, é
essencial estabelecer limites saudáveis no uso da tecnologia para garantir que ela
não se torne uma barreira para a interação e o apoio familiar. A consciência e a
gestão consciente do tempo passado em frente às telas são cruciais para manter
uma conexão real entre os membros da família.
Em suma, os desafios da modernidade na conciliação entre trabalho e vida
familiar são reais e complexos. A influência da tecnologia adiciona uma camada
adicional a esses desafios. No entanto, com a conscientização e a implementação
de estratégias eficazes, as famílias podem encontrar maneiras de equilibrar as
demandas profissionais com a qualidade de vida em família, promovendo relações
saudáveis e duradouras.

2.10 A Importância do Apoio Familiar


O apoio familiar desempenha um papel crucial no desenvolvimento emocional
e social dos indivíduos ao longo da vida. Desde a infância até a idade adulta, a
presença de uma rede de apoio afetivo e prático pode ter um impacto profundo no
bem-estar e na resiliência das pessoas.
Na infância, a família é muitas vezes o primeiro ambiente em que as crianças
aprendem a se relacionar, a comunicar e a desenvolver habilidades sociais e
emocionais. Um ambiente familiar seguro e amoroso fornece a base necessária para
a formação de relações saudáveis e a construção da autoestima.
A adolescência é um período de transição desafiador, e o apoio da família é
vital. Adolescente precisam de orientação e suporte para lidar com as mudanças
físicas, emocionais e sociais que enfrentam. A família pode oferecer um espaço
seguro para a expressão de emoções e para a exploração de identidade.
Na idade adulta, o apoio familiar continua a ser um pilar fundamental. Durante
momentos de crise ou transição, como casamento, nascimento de filhos ou
enfrentamento de desafios profissionais, a família oferece suporte emocional e
prático. Além disso, a família pode proporcionar um sentimento de pertencimento e
de ligação com a história e as tradições familiares.
A rede de apoio familiar também é uma fonte de resiliência essencial. Ter
parentes e entes queridos em quem confiar e contar em tempos difíceis pode ser um
fator determinante na capacidade de superar adversidades e traumas. A rede de
apoio ampliada pode incluir avós, tios, primos e amigos próximos, fornecendo um
sistema de suporte robusto.
Em última análise, a importância do apoio familiar não pode ser subestimada.
A família desempenha um papel vital no desenvolvimento emocional e social dos
indivíduos ao longo da vida, fornecendo um alicerce sólido para enfrentar os
desafios e celebrar as conquistas. A resiliência familiar é um tesouro inestimável que
molda a jornada de vida de cada indivíduo.

2.11 Tendências Futuras na Dinâmica Familiar


As tendências futuras na dinâmica familiar são influenciadas por uma série de
fatores, incluindo avanços tecnológicos e mudanças culturais. A rápida evolução da
tecnologia tem o potencial de transformar significativamente a forma como as
famílias se organizam e interagem. A crescente digitalização da sociedade pode
levar a novas formas de comunicação e interação familiar, mas também pode
apresentar desafios, como a necessidade de gerenciar o tempo gasto em
dispositivos eletrônicos. Além disso, a mudança nas normas culturais em relação ao
casamento e à parentalidade está moldando as expectativas em torno da formação
familiar. A aceitação crescente de arranjos não tradicionais, como casais que optam
por não se casar ou famílias monoparentais por escolha, está redefinindo o que é
considerado uma família "normal". Da mesma forma, a aceitação crescente de
famílias compostas por casais do mesmo sexo e a legalização do casamento entre
pessoas do mesmo sexo em muitos lugares do mundo estão contribuindo para a
diversidade de formas familiares.
A evolução das normas de gênero também está influenciando a dinâmica familiar. A
crescente igualdade de gênero nas esferas profissional e doméstica está alterando
as expectativas em relação aos papéis de pais e mães na criação dos filhos e na
gestão do lar.
A globalização e a mobilidade também podem impactar a dinâmica familiar,
com famílias cada vez mais dispersas geograficamente. Isso pode criar desafios,
mas também oportunidades para desenvolver formas criativas de manter conexões
e apoio familiar. No entanto, é importante notar que as tendências futuras na
dinâmica familiar podem variar significativamente entre culturas e regiões, refletindo
as complexidades e diversidades da sociedade global. É crucial que as políticas e os
serviços sociais estejam preparados para responder a essas mudanças,
promovendo a igualdade, a inclusão e o apoio às diversas formas de família que
podem emergir no futuro.
3. CONCLUSÃO

A jornada pela evolução da dinâmica familiar revela uma trajetória marcada


por adaptações, desafios e conquistas. Desde as antigas civilizações até os dias
atuais, a família desempenhou um papel central na organização social, sendo
moldada pelas influências culturais, econômicas e políticas de cada época. A
transição da família extensa para a família nuclear, impulsionada pela Revolução
Industrial, representou um marco importante na estruturação familiar, redefinindo
papéis e relações de poder.
A família real, como uma instituição emblemática, reflete e influencia
diretamente as normas e valores de suas respectivas eras. Seja como centro de
poder político ou como símbolo de tradição e unidade nacional, as famílias reais
desempenharam papéis multifacetados ao longo dos séculos. Contudo, as
tendências contemporâneas revelam uma família ideal cada vez mais diversificada e
inclusiva. A aceitação de arranjos não tradicionais, como casais do mesmo sexo e
famílias monoparentais, demonstra a crescente valorização da individualidade e da
escolha pessoal na formação familiar. O equilíbrio entre trabalho e vida familiar,
impulsionado pela tecnologia, é um desafio que define a dinâmica atual.
Assim, compreendemos que não há uma fórmula única para a família ideal. A
diversidade de formações e experiências familiares enriquece o tecido social,
refletindo a capacidade humana de se adaptar e prosperar em face das
complexidades da vida moderna. Ao abraçar essa diversidade, podemos promover
uma sociedade mais inclusiva e empática, que valoriza e respeita as diferentes
trajetórias familiares que coexistem em nosso mundo contemporâneo.
Para encerrar, concluo que este trabalho foi importante para o
aprofundamento do tema e maior compreensão dele.

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