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Escola Estadual de

Educação Profissional - EEEP


Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Modelagem do Vestuário

História da Moda
e do Vestuário II
Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
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APOSTILA HISTÓRIA DA MODA E DO VESTUÁRIO II

Modelagem do Vestuário – História da Moda e do Vestuário II


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1. SÉCULOS XIV A XV- UMA NOVA MENTALIDADE

2. SÉCULO XVI- OS LANSQUENETS E A MODA


ESPANHOLA
3. SÉCULO XVII- A FRANÇA IMPERA

4. SÉCULO XVIII- BARROCO E ROCOCÓ

5. SÉCULO XIX- ROMANTISMO

6. SÉCULO XX - DÉCADAS

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1.SÉCULOS XIV A XV- UMA NOVA MENTALIDADE


O que precisamos entender como "mudanças significativas no vestuário" a partir
destes séculos em diante?

Bom, a primeira característica marcante é que as roupas passaram a ter menos


preocupação utilitária e mais apelo ornamental e estético.

Outro item importante foi a diferenciação das roupas masculinas das femininas
(bifurcação), e embora pareça contraditório à realidade moderna, o homem tinha nesta
época um visual bem mais exuberante que a mulher.

A imagem marcante da vestimenta feminina para este período é a Cotehardie:

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 Parte interior = vestido bem justo;


 Parte exterior = vestido amplo ou sobre-túnica;
 Aberturas localizadas, geralmente nas mangas;
 Cintura alta, abaixo dos seios;
 Saia do vestido abrindo da cintura, com bastante volume de tecido;
 Decote acentuado, valorizando o colo;
 Penteados corniformes (dois cones) e chapéus (cones afunilados)
com véus;
 Cabelos raspados na testa e puxados ao máximo para trás
(verticalidade);

Na obra do pintor Jan Van Eyck, "O Casamento de Giovanni Arnolfini e


Giovanna Cenami" , de 1434 percebemos claramente esse visual descrito
acima:

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A vestimenta masculina tornou-se curta e justa:

 Meias longas, cobrindo toda a extensão das pernas;


 Colete curto, estofado no peito, também chamado de Gibão;
 O Codpiece, uma espécie de antecessor da braguilha, ressaltava a
genital masculina;
 Sapatos pontudos;
 O Houppelande (manto amplo, longo ou curto e ajustado na cintura).

Charles Quint" - 1532 - Jacob Seisenegger

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2.SÉCULO XVI- OS LANSQUENETS E A MODA


ESPANHOLA

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Vamos associar o século XVI aos Lansquenets.

Os Lansquenets eram soldados alemães. Suas roupas caracterizavam-se


por:

 Mistura intensa de cores e tecidos;


 Rasgões e recortes em áreas estratégicas, que deixavam à
mostra o forro, geralmente bordado;
 Chapéus baixos, enormes e cobertos com penas;
 Sapatos "patas de urso";
 Tiras e fitas para prender perneiras e mangas;
 Cintos, fivelas e armas ricamente decorados.

Acredita-se que essa moda tenha se difundido em outros países, graças a


um fato curioso:
Alguns materiais nobres como seda e tecidos preciosos, ficaram em mão de
soldados suíços, em 1476, na batalha de Grandson, que utilizaram-nos para
fazer remendos em suas roupas. Outros soldados copiaram esses visuais e
os levaram para seus países, fazendo com que se difundisse essa moda
por toda a Europa e fosse incorporado inclusive pelos nobres.

Na segunda metade do século XVI, a grande influência foi da moda


espanhola.

A Espanha era, nesse período uma das nações mais prósperas do


continente.

O estilo definia-se como:

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 Tecidos negros;
 Bordados com fios de ouro e prata;
 Decote horizontal, exibindo bordas da chemise;
 Golas altas e sóbrias;
 Postura rígida e elegante.

Maria Tudor - 1554 - Antônio Moro

A Chemise era uma espécie de camisa, feita em linho ou algodão, usada por homens
e mulheres, com a intenção de proteger a vestimenta exterior do suor.

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De modo geral no século XVI a vestimenta feminina tinha seguintes características:

 Cintura no centro do corpo;


 Corpetes para definição da silhueta, com formato de cone invertido;
 As farthingales, tiras de metal unidas para armação das saias e efeitos;
 Os chapins, tamanco de cerca de 50 cm de altura, ricamente decorado.

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3. SÉCULO XVII- A FRANÇA IMPERA


No Século XVII passaremos a ter a França, e não mais a Espanha, como no
período anterior,
influenciando a moda nos demais países da Europa.

A figura máxima é a do rei, segundo os príncipios absolutistas.

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Luís XIV, rei da França, também chamado de "Rei Sol" pode ser
considerado como o inventor do luxo, pois nos deixou um legado de
símbolos de status e sofisticação, durante seu reinado,tais como:

 Os diamantes;
 O champagne;
 Sapatos de salto-alto;
 A gastronomia;
 Os precessores de butiques, grifes e salões de cabelereiros,
assim como dos primeiros criadores de alta-costura;
 Os perfumes.

Para Luís XIV ostentar o luxo era uma forma de poder. A França soube
utilizar muito bem esse poder de sedução para influenciar outros países. As
criações da corte francesa eram desejadas e disseminadas por toda a
Europa.

A figura de seu primeiro-ministro Jean-Baptiste Colbert foi responsável pela


criação de um dos primeiros jornais de moda, o Mercure Galant, que trazia
informações das roupas francesas e ainda instituiu o conceito de
rotatividade de coleções por estação, que é mantido até hoje.

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A Vestimenta masculina estava assim definida:

 O Rhinegrave, uma espécie de calção-saia;


 Colete justo;
 Perucas compridas;
 Sapatos com salto pequeno;
 Os justaucorps.

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A Vestimenta feminina era composta basicamente por:


 Vestido com corpete em "V" e saia ampla;
 O manteau;
 Penteado fontange;
 Sapatos altos.

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Tanto na vestimenta feminina como masculina deste período veremos uma


utilização excessiva de laços, fitas, amarrações, rendas e babados.

Os Corsets

Os Corsets se popularizaram muito durante os séculos XVI e XVII.


Eram peças utilizadas para definir a silhueta e valorizar a cintura feminina.
Os materiais eram diversos. Podiam ser de ferro, madeira, couro, mas
principalmente de ossos
de baleia ou barbatanas.

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Estes de material mais rígido como o ferro e madeira eram mais incômodos e desconfortáveis.
No final do século XVII os corsets tornaram-se mais elaborados, com saias volumosas,
auxiliados pelo uso dos paniers, crinolinas e petticoats, deixando a a cintura cada vez mais
delineada.

Além de delinear a cintura os corsets também eram usados com a intenção de "levantar os
seios para seduzir" , um visual indispensável a qualquer mulher da época, porém vale salientar
que foram usados tanto por mulheres quanto por homens e inclusive crianças, de famílias ricas
da Europa.

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Rufos
O rufo é um elemento do vestuário que se popularizou entre a segunda metade do século XVI
e a primeira metade do século XVII. São peças que hoje causam certa estranheza, mas
que para a época, estavam associados á estética da rigidez.

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A idéia do rufo era a de ser uma grande gola que tornasse o visual empertigado e
austero, impedindo de certa forma que se tivesse uma postura mais relaxada.
Hábitos simples, como comer de talheres, pentear-se ou maquiar-se, por exemplo
tornavam-se tarefas extremamente complicada, em função do tamanho de alguns
rufos.
Entre suas principais características estão:

 Os primeiros eram confeccionados de tecido engomado e plissado


(mesmo da chemise);
 Alguns modelos femininos surgiram como adaptação da gola dos
vestidos, em tecidos rendados e leves;
 Os mais luxuosos vieram em tecidos mais nobres e leves, com
aplicações, rendas e bordados.

Durante a segunda metade do século XVII os rufos passaram a ser substituídos por uma
espécie de gola flexível, ampla e caída muitas vezes sobre o colo e/ou ombros.

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4. SÉCULO XVIII- BARROCO E ROCOCÓ

As novas concepções de pensamento, advindas do Iluminismo, e as correntes


artísticas do Barroco e Rococó, marcam fundamentalmente o Século XVIII.
O retrato do momento é o de uma aristocracia ociosa, que levava uma vida
extremamente luxuosa.
A imagem da rainha Maria Antonieta, da França, é extremamente associada a esse
período, devido à sua contribuição para mudanças no comportamento e no estilo da
época, com suas extravagâncias. Pode ser considerada a maior mecenas cultural
da época.

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E é em função dela que surge a primeira figura de um costureiro ou criador.


Rose Bertin era responsável pela criação de seus vestidos e adereços. Há também
aqui a imagem muito forte do que viria a ser o precessor de um cabelereiro.

De um modo geral se copiava o que era lançado na Corte de Versalhes:

 Vestidos amplos, volumosos e pregueados, alguns em forma de saco;


 Corpetes mais folgados;
 As panniers e as farthingales na armação das saias;
 Penteados exuberantes e altíssimos, com enchimentos e elementos
decorativos;
 Maquiagem empoada e mosquettes;
 Chápeus enormes e com muitas plumas de animais nobres.

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O visual masculino tinha a seguinte estrutura:

 Casaco (justaucorps) ajustado na cintura;


 Coletes bordados;
 Calções extremamente justos;
 Lenços originados das golas da chemise, muito volumosos, no
pescoço;
 maquiagem empoada com mosquetes.

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A Belle Époque - 1890 a 1914

Principais características da Bel e Époque:


 Influência do Art Noveau, das formas curvilíneas

 Cinturas extremamente afuniladas (cerca de 40 cm de circunferência) – Ampulheta

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 Saias sem anquinhas, porém volumosas, muito ajustadas e em formato de sino

 Chápeus com flores sobre coques

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 Botas de cano curto


 Prática de esportes - Hipismo e Tênis
 Banhos de mar com malhas de lã, meias, sapatos e capa

 Alta-Costura em evidência com novos nomes: Jacques Doucet, John Redfern e Paul
Poiret

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A Era Vitoriana (1837 - 1860)

Após um período em que a imagem é suavizada e simplificada, temos novamente na história


uma época de excessos e grandes volumes. É o período Vitoriano, que tem este nome em
função da rainha Vitória, monarca da Inglaterra neste período.

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O ideal feminino que passa a ser seguido é:

 A crinolina, com muitas anáguas, gerando vestidos extremamente volumosos;


 O espartilho, evoluído do corset, agora mais ajustado à cintura, chegando
inclusive a deformá-la;
 As mangas extremamente justas e compridas, enfatizando os ombros caídos;
 Cabelos cacheados;
 Xales e chapéu grandes decorados eram os acessórios preferidos;
 Maquiagem pálida com boca e olhos extremamente marcados;

À mulher vitoriana foi dada a condição de ser frágil, puro, tímida, inocente e
sensível. Qualquer característica que fosse de encontro a essas características
era considerado vulgar. Por isso as roupas eram criadas para evidenciar esse
perfil.

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5. SÉCULO XIX- ROMANTISMO

O período romântico no século XIX irá definir uma transformação gradual no visual
anterior, a moda império.
O Romantismo extrapolava as concepções racionalistas do Iluminismo e exaltava a

criatividade e a emotividade.

Há a volta da influência francesa para os trajes femininos, enquanto que os


ingleses continuam definindo as regras para o masculino.

De modo geral a roupa feminina ganha as seguintes variações:

 Silhueta fluida, porém mais ornamentada;


 Formato cônico, com uso de anáguas;
 Diminuição do comprimento dos vestidos;
 Mangas bufantes, que iniciam-se curtas e aumentam de volume depois
(manga pernil);
 Penteados anelados;
 Maquiagem discreta, quase natural, com rosáceas nas maçãs do rosto;
 Joiás como complemento dos decotes, sempre rebaixados e com obros
caídos;
 Cintura volta para seu lugar, com uso do corpete;
 Chápeu boneca;
 Leques;
 Sapatos de salto baixo e ponta arredondada.

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A referência masculina da época é o dandismo, um estilo que será fundamental


para a compreensão do homem contemporâneo, criado por George Brummell.

O Dandy era de certa forma:


 Austero e imponente, educado e sofisticado;
 Roupas extremamente justas faziam parte do seu look: calça, camisa e
colete;
 Golas altas e engomadas, preenchidas com o plastron;
 A cartola;
 A barba.

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6. SÉCULO XX - DÉCADAS

DÉCADA DE 10

A década de 10 foi marcada pela Primeira Guerra Mundial. As pesadas perdas


estimularam as mulheres a tomar lugares na sociedade antes reservados aos homens,
tendo inclusive que trabalhar em linhas de montagem. Para isso, foram exigidas
roupas que se adaptavam a essas atividades. Algumas atividades, de tão regulares,
obrigaram-nas a usar verdadeiros uniformes, e muitas delas passaram a usar calças
compridas. Da blusa das enfermeiras às calças das que estão empregadas na fábrica,
surge uma nova concepção para a moda. Os lutos, devido aos feridos na guerra,
induziram cores sóbrias e uma monocromia que as mulheres não estavam
acostumadas.
Apesar da guerra, a década foi marcada por um estilo extravagante. Os figurinistas
dos teatros faziam parte do mundo da moda. O russo Esté trouxe o Art Déco para as
roupas, com estampas geométricas e inspiração oriental.
A grande conquista feminina com relação à moda foi o comprimento das saias, que
subiu até as canelas. Os sapatos eram todos descobertos, e podiam-se ver as meias
de algodão pretas, marrons ou cinzas. Usavam-se casacos amarrados na cintura que
cobriam parte das saias, aumentando os quadris.
Os chapéus simplificaram-se e a imprensa voltada para a moda começou a apresentar
receitas de peças de tricô, como pulôveres, echarpes, espécies de capuzes e meias
feitas à mão.
Até então não se conhecia a moda da malha. Ainda nessa época Coco Chanel,
introduziu na moda o jérsei, tecido macio, elástico e de malha.
Com a nova e dura realidade da guerra, a vida social ficou limitada, os espetáculos
praticamente desapareceram e as mulheres viram-se à frente necessidade de usar
toaletes menos elaboradas e ornadas.
Já a roupa masculina não teve muitas mudanças, pois os homens saíram de licença,
escapando dos horrores das frentes de batalhas, esses têm toda a razão para se
preocuparem com a emancipação feminina, iniciada em suas ausências.

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DÉCADA DE 20

Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som dos jazz-bands e pelo
charme das melindrosas - mulheres modernas da época, que freqüentavam os salões
e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada
Era do Jazz.
A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também freqüentava os
cinematógrafos. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas,
como Gloria Swanson e Mary Pickford, ou cantoras, como Josephine Baker, que
também provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.
Livre dos espartilhos, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia
mostrar as pernas, o colo e usar maquilagem. A boca era carmim, pintada para
parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as
sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons
escuros da maquilagem.
A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e
elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os
movimentos frenéticos - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos
joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então
acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o
"cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos,
a "La garçonne", como era chamado.
A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção
estava toda voltada aos tornozelos.
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A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas,
blazers, cárdigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década
Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.
Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de outubro de 1929,
quando a Bolsa de Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história. De
um dia para o outro, os investidores perderam tudo, afetando toda a economia dos
Estados Unidos, e, conseqüentemente, o resto do mundo.

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DÉCADA DE 30

Após uma década de euforia, a alegria dos "anos loucos" chegou ao fim com a
crise de 1929. A queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise
econômica mundial sem precedentes.
Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma
de se vestir.
As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. Os vestidos eram
justos e retos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero. Em tempos de
crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o
algodão e a casimira.
O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite
marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de
atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a
grande inspiração para tais roupas decotadas.
A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de
sol.
Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia
diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como
alguns modelos de vestidos de noite.
A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva, o modelo de
beleza da atriz Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras
marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas
mulheres.
Aliás, o cinema foi o grande referencial de disseminação dos novos
costumes.
Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de
esportes, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os estilistas também
criaram pareôs estampados, maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos
anos 30 foram os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e
da música.
Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso, assim como Madeleine Vionnet e

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Jeanne Lanvin. A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de


ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque é Mainbocher,
o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris. Seus modelos, em geral,
eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet.
Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a
ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível.
As formas eram marcadas, porém naturais.
Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser
valorizado, sempre de forma natural.

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DÉCADA DE 40

A segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris,


ocupada pelos alemães em junho do mesmo ano, já não contava com todos os
grandes nomes da alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas se mudaram,
fecharam suas casas ou mesmo as levaram para outros países.
A Alemanha ainda tentou destruir a indústria francesa de costura, levando as
maisons parisienses para Berlim e Viena, mas não teve êxito. Apesar das regras de
racionamento, impostas pelo governo, que também limitava a quantidade de tecidos
que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos.
A mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e
sérios.
A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas
roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras
sintéticas.
O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos
tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e
resistentes, como o "tweed", muito usado na época.
As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas
se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram
populares.
O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas
desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas
pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as
costuras.
Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Os lenços
também foram muitos usados nessa época.
A maquiagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes
apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado
na indústria bélica.
A simplicidade a que a mulher estava submetida talvez tenha despertado seu
interesse pelos chapéus, que eram muito criativos. Nesse período surgiram muitos
modelos e adornos. Alguns eram grandes, com flores e véus; e outros, menores, de
feltro, em estilo militar.
Durante a guerra, a alta-costura ficou restrita às mulheres dos comandantes
alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam
freqüentar os salões das grandes maisons.
Durante a guerra, o chamado "ready-to-wear" (pronto para usar), que é a forma de
produzir roupas de qualidade em grande escala, realmente se desenvolveu. Através
dos catálogos de venda por correspondência com os últimos modelos.

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Década 50

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos
50 se tornou mais feminina e glamorosa. Metros e metros de tecido eram gastos para
confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem
marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios
luxuosos, como peles e jóias.
Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e
praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma
tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look", de Christian
Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da
sofisticação.

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Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um


tema de grande importância. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que
levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro
arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do
indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez
da pele, que devia ser perfeita.
Era também o auge das loções alisadoras e fixadoras e das tintas para cabelos,
que passaram a fazer parte da vida de muitas mulheres a partir dai. Os cabelos
também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas
davam um ar de menina, e os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo.
Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da
criação de moda transformaram essa época na mais glamourosa e sofisticada de
todas.
Nos anos 50 também foi criado o salto-agulha, o salto-choque, encurvado para
dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros.
Ao lado do sucesso da alta-costura parisiense, os Estados Unidos estavam avançando
na direção do ready-to-wear e da confecção. Na França, Jacques Fath foi um dos
primeiros a se voltar ao prêt-à-porter, ainda em 1948, mas era inevitável que os outros
estilistas começassem a acompanhar essa nova tendência à medida que a alta-
costura começava a perder terreno, já no final dos anos 50.
No final dos anos 50 a alta-costura começava a perder terreno, enquanto o prêt-à-
porter começou a aparecer.
Ao som do rock and roll, a nova música que surgiu nos anos 50, a juventude
norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que
teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças
cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.
O cinema lançou a moda do garoto rebelde, que usava blusão de couro e jeans
e camiseta branca, um símbolo da juventude.
Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade
de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana.

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DÉCADA DE 60

A imagem dos jovens na época era de total rebeldia, com jaquetas de couro,
topetes, jeans e suas lambretas. As moças comportadas já abandonavam suas saias
rodadas e abusavam de calças cigarretes. A intenção era liberdade total.
A transformação da moda foi radical, era o fim da moda única, o vestuário cada
vez mais estava ligado ao comportamento pessoal.
As roupas não tinham mais aquele ar de “mais velha” tinha cara de uma nova
juventude, um novo modo de vida.
A grande estrela da época, com certeza, foi à minissaia, e para complementar
o visual as linhas retas, botas brancas e cores muito chamativas tornavam o look
perfeito. Os tecidos apresentavam muitas variedades, tanto nas estampas quanto nas
fibras.
O jeans se tornou unissex e smoking também estava sendo usados pelas
mulheres, para os homens os paletós faziam sucesso.
A moda dos anos 60 explorava a juventude, foi influenciada pela rebeldia e
liberdade pessoal dos mais jovens. O futurismo foi uma das características mais
marcantes da década, onde podem ser usadas cores como prata e branco. Tecido
prata brilhante e até CDs antigos presos um ao outro com fio de nylon, uma solução
simples, barata e que tem um belo efeito visual e ainda lembra as roupas de metal de
Pacco Rabanne, grande estilista que marcou essa década.

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DÉCADA DE 70

A década de 70 foi uma das mais ricas na história da moda, e foi caracterizada
por hippies e românticos. Ela contou com vários movimentos culturais, muitos com a
intenção de chocar. Outros pretendiam um estilo de vida mais livre ou mais romântico,
inspirado no passado.
Para os homens, a roupa deixa de ser formal e ganhou um toque colorido e
psicodélico. Próxima ao corpo tem lapelas largas nos casacos e calças boca- de -
sino. As camisas ganham estampas florais inspiradas em ídolos do rock psicodélico.
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Suas cores predominantes eram tons naturais, metalizados, coloridos, violetas e


bordos.
Esta década transformou a roupa masculina, deixando-as mais coloridas e
estilizadas. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos
desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas
florais ou multicoloridas. Além disso, o unissex entra na moda com suas bocas-de-sino
e sapatos plataforma.
A silhueta nos anos 70 era romântica, sonhadora e natural. Flores, liberdade e
orientalismo eram suas marcas registradas.
Uma das mais fortes lembranças da década de 70 são os sapatos plataforma,
reeditados com adornos e saltos que pretendiam alcançar os céus. Essa foi uma
tendência válida tanto para a moda masculina como feminina, deixando claro que essa
dualidade já era vista sob um novo prisma: o unissex.

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DÉCADA DE 80

Os anos 80 foram caracterizados pelo exagero e pela ostentação. Foi nesta


época que o jeans alcançou o seu ápice, ganhando status. E os shoppings tornaram-
se o paraíso dos consumistas. Nesta época não bastava ser bem-sucedido e bem-
vestido, mas sim ter um corpo bonito e saudável.
Influenciando as roupas, o espírito esportivo levou o moletom e a calça fuseaux
para fora das academias e consagrou o tênis como calçado para toda hora. Ele
também fez ressurgir a moda de calçados baixos, como os mocassins, tanto
multicoloridos como clássico.
A cartela de cores era vibrante, prezando por tons fortes e fluorescentes, com
jogos de tons e contrastes.
A modelagem era ampla. As mulheres, que nesse momento ingressaram
maciçamente no mercado de trabalho à procura por cargos de chefia, adotaram o
visual masculino. Cintura alta e ombros marcados por ombreiras era a silhueta de toda
a década, ao lado de pregas e drapeados para a noite ou dia. A moda masculina
seguiu o mesmo estilo, com ternos folgados e calças largas. Para os acessórios,
tamanho era sinônimo de atualidade.
A música se consagrou como formadora de opinião e estilo, levando ao
estrelato cantoras como Madonna, que influenciou a sociedade com seu estilo livre e
despudorado. O Punk, New Age e Break também merecem destaque.

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DÉCADA DE 90

Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda


influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans coloridos e as blusas
segunda-pele, que colocavam a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima,
que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores.
Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem
harmoniosamente. A moda seguiu cada uma dessas tendências, produzindo peças
para cada tipo de consumidor e para todas as ocasiões. Entretanto, vale à pena
ressaltar o Grunge, que impulsionado pelo rock, influenciou a moda e o
comportamento dos adolescentes com seu estilo despojado de calças/ bermudões
largos e camisas xadrez da região de Seattle, berço destes músicos.
A camisa xadrez, aliás, foram uma verdadeira coqueluche presente mesmo nos
armários dos rapazes mais tradicionais, os mauricinhos.
A preocupação ecológica ganhou status e fez com que países e populações
conscientes.
As propagandas passaram a agregar esses valores a seus produtos, de forma a atingir
os consumidores que buscavam muito mais do que preços e novidades.
Na segunda metade da década, a moda passou a buscar referências nas décadas
anteriores, fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e em seguida dos 70
(plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo
mesclado a modismos dos anos correntes.

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DÉCADA DE 2000

A seqüência de releituras que começou no final dos anos 90 não foi


interrompida. O ano 2000 e 2001 trouxeram os anos 80, com pitadas dos anos 50 para
as vitrines de todo o mundo.
Sem mais décadas anteriores para buscar referências, a moda encontra-se em um
beco sem saída.
A busca pelo novo é uma tendência da atualidade, e é justamente por isso que a todo
o momento são realizados concursos de moda, visando descobrir novos talentos. Para
criadores não poderia haver melhor oportunidade para mostrar sua capacidade.
Com um consumidor que deseja novidades, mesmo lojistas de diversos tamanhos
encontram mais espaço para criar. No âmbito internacional, isso gerou um estilo
brasileiro de produzir moda que cada vez mais conquista espaço no exterior.

(Fonte: Site Cabidê 11/01/2012)

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Bibliografia
 Pollini, Denise – Breve História da Moda, Editora Claridade,
São Paulo
 Nery, Louise Marie – A evolução da indumentária:
Subsidios para criação de figurino; Editora Senac, 2008
 Muniz, Rosane – Vestindo os Nus: o figurino em cena;
Editora Senac RIO, Rio de Janeiro, 2004.
 Sites -Cabidê
-Fashion Bubbles

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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