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Trabalho família -Carolina Chrystêllo, Júlia Teixeira e Cassandra Morais (12ºH)

1. A Evolução da família nos últimos 100 anos


O ser humano, dependendo da altura e do espaço em que vive, vai se
modelando,e apresentando as alterações necessárias para poder enquadrar-se
na sociedade, por isso sofremos uma relatividade (no tempo e no espaço).

Tal como acontece na família de sociedade em sociedade e de geração em


geração.

Graças a isto o primeiro ponto do trabalho é a compreensão e a análise da


evolução da família nos úlimos 100 anos.

Alguns aspetos que podemos encontrar mudanças em relação à família


tradicional incluem:
 A evolução do conceito de família
 As novas funções dentro da família
 A alteração nas criações e das relações dentro das famílias
 A aparição de novos tipos de família

Vamos agora abordar cada um destes tópicos:

A evolução do conceito de família


Ao longo da história, o conceito de família foi evoluindo e assumindo novos
significados.

A palavra Família tem origem no latim “famulus”, que era compreendido como


o grupo de servos domésticos.

No império romano, o conceito de família passou a designar a união entre duas


pessoas e seus descendentes. Aqui começa a ideia de matrimônio que
assegurava a transmissão de bens e estatuto social de forma hereditária (dos
pais para os filhos).

Durante a Idade Média, houve o estabelecimento da união matrimonial com a


Igreja. Essa mudança é uma marca da relação entre a Igreja e o Estado.Surge a
ideia do casamento como uma instituição sagrada, indissolúvel e destinada à
reprodução.

A partir da Revolução Industrial, a família extensa (indivíduos fora do núcleo


familiar: tios, primos, avós, etc.) foi sendo distanciada e fragmentada. Os laços
sanguíneos passaram a ter um valor menor e as relações econômicas
passaram a reger as relações familiares.A necessidade de buscar uma
autossuficiência econômica faz com que os indivíduos diminuam o núcleo

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familiar e, deste modo, diminua a carga de responsabilidade sobre os
indivíduos ativos economicamente.Surge a família nuclear, composta apenas
pelo pai, mãe e seus filhos e filhas. Esse modelo permanece até os dias de hoje,
sofrendo algumas transformações com o passar do tempo.

As novas funções dentro da família


Como é do nosso conhecimento geral, há muitos anos que assistimos a lutas
de igualdade entre géneros.

Isto acontece devido ao facto que antigamente as mulheres e os homens não


tinham as mesmas funções e consequentemente os mesmos direitos.

Desde à muito tempo existia o conceito de “chefe de família” .Este pertencia ao


homem que tinha como principal função de sustentar e representar o seu
agregado familiar.

Paralelamente a isto, a mulher era ensinada desde nova a tratar dos filhos e a
fazer o trabalho doméstico.

A esta diferença de funções dá-se o nome de “divisão sexual do trabalho”.

Com o avançar dos tempos, esta divisão foi-se alterando.

Em várias partes do mundo, foi também com a revolução industrial que existiu
um desenvolvimento que levou as mulheres à chamada "dupla jornada", a união
do trabalho reprodutivo (trabalho doméstico, não remunerado) com o trabalho
produtivo (gerador de renda).

Já em Portugal a “dupla jornada” começou mais tarde.

Como todos nós sabemos, com o regime ditaturial do Estado Novo, o povo
Português poucas ou nenhumas liberdades tinha.

No caso da família, por exemplo, apenas a “cabeça de casal” tinha direito ao


voto, onde 99%foram homens.

Aqui encontramos o caso de Carolina Beatriz Ângelo(1878-1911) que


conseguiu “dar a volta” à Constituição Portuguesa e tornou-se na primeira
mulher Portuguesa a votar.

Com alguns movimentos destes, onde cada vez mais a mulher procurava
direitos, agregado às vontades de todo o povo conseguir a liberdade, foi a 25 de
Abril de 1974, com a queda do Estado Novo, que a mulher Portuguesa assistiu
à “dupla jornada” onde reconciliava o trabalho remunerado e o trabalho
doméstico.

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Este sintema é o que permanece ainda nos dias de hoje na maior parte do
globo.

As alterações na criação e das relações nas famílias


Nos tempos antigos a sobrevivência não era tão garantida como atualmente.

Nos nossos antepassados era preciso uma luta diária para garantir bens que,
hoje em dia, quase todos nós damos por garantidos, como a comida ou a
saúde.

E é aqui que nós encontramos mais uma evolução da família.

Pelo que se sabe as famílias sempre tiveram um objetivo de se reproduzir, que


antes permitia obter uma sucessão e mais ajuda nos trabalhos.”Quanto mais
filhos se tivesse, melhor”(para ajudar no campo, por exemplo).

Hoje em dia os filhos já não são vistos como uma ajuda, pelo contrário, podem
ser visto como uma despesa.

Quantos filhos existem, em média, por mulher em idade fértil?

1960-3.20% 2021-1.35%

Para além disto de acordo com o que vamos aprendendo na vida e na escola,
sabemos que era mais comum as pessoas terem mais que uma relação, o que
mostra que a criação da família não era baseada com valores de afetividade.

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Existiam também casos pela procura de valores, como económicos, onde até
nas classes mais altas, os casamentos já eram planeados pelos pais desde
muito cedo.

Já hoje em dia é diferente.

Uma grande parte da criação das familias, não tem a ver garantia de sucessão
ou matrimónio, mas sim com relações afetivas.

A percentagem de divórsios por 100 casamentos.

1960-1.1% 2020-91.5% 2021-59.5%

A aparição de novos tipos de família


Como já dito anteriormente, as famílias, tal como o ser humano, vão se
modelando e por isso nos últimos séculos têm aparecido novos tipos de
agregados familiaresa, dos quais vamos agora explicitar alguns:

1. Família nuclear-Composta por pais e filhos;


2. Família extensa-Composta por pais, filhos, avós, tios e outras razões de
parentesco;
3. Família matrimonial-Composta a partir da oficialização do
casamento.Esta é a ideia tradicional de família;

Curiosidade: Em alguns países, a família matrimonial compreende casamentos


civis e religiosos podendo ser hétero ou homoafetivo.

4. Família informal-Composta por agregados familiares formados a partir


de uma união estável entre os elementos, (s/casamento);

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5. Família monoparental-Composta pelos jovens com apenas um dos
progenitores;
6. Família reconstituida-Composta por um casal em que os filhos é de
apenas uma das partes, de um relacionamento anterior;
7. Família anaparental-Famílias onde não existe a figura paternal, como por
exemplo, quando os irmãos se tornam responsáveis uns pelos outros;
8. Família unipessoal-Composta por pessoas que vivem (sozinhas pessoas
solteiras, viúvas ou separadas);
9. Família adotiva-Constituida por famílias em que um dos elementos é
adotivo.

2. Conceito de família na sociologia


Na sociologia, a família representa uma agregação de indivíduos unidos por
laços afetivos ou de parentesco em que os adultos são responsáveis pelo
cuidado com as crianças, ou seja, é a primeira instituição responsável pela
socialização dos indivíduos.

A partir disso, a família torna-se na instituição social que origina todas as


outras (Estado, religião, educação, etc.).

Família enquanto instituição social


A família caracteriza-se como a primeira instituição social que irá promover o
desenvolvimento individual das pessoas, ou seja, é a primeira formação.

Esta é considerada a base de tudo, extremamente necessária para a evolução


do ser humano, sendo nesse meio em que a criança terá os seus primeiros
contatos com os sujeitos que contribuirão para a sua formação pessoal. Por
isso, é na relação entre os membros familiares que devem ser ensinados os
valores fundamentais que servirão de base para o desenvolvimento e
socialização da criança.

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Neste sentido, a família torna-se numa instituição social quando as suas regras
são quotidianamente colocadas em prática por muitas pessoas; independente
das suas mudanças sociais existentes na contemporaneidade, ela não perde a
sua importância no meio social.

Com as transformações de ordem cultural, política e até mesmo econômica, na


sociedade, a prática familiar tabém fica refletida, e os alunos quando iniciam
seu processo de escolarização já DEVEM trazer de casa essa bagagem cultural
grande, a qual irá influenciar e interferir no processo de ensino.

Seja ela positiva ou negativa, refletir-se-à no desenvolvimento do aluno e na


participação familiar no contexto escolar. E graças a isto vemos que a escola
tem também um papel, fundamental na socialização dos jovens.
Conforme Biesdorf (2011, p. 3), "a família é a principal instituição responsável pela educação informal,
através da qual são ensinados os costumes humanos como falar, andar, comer, religião, cultura”

Família + escola
Como já falamos anteriormente, a família é o agente inicial da formação do
indivíduo no processo educacional, o que ocorre na informalidade. Mas a
escola, agregada com o papel da família, também desempenha algo muito
importante.

A escola tem a função de oferecer uma formação pela qual o educando torna-
se capaz de fazer análises científicas, críticas e refletivas a respeito dos temas.

Tudo isto com a finalidade de preparar o indivíduo para viver em sociedade,


tendo como base a união entre as instituições sociais, ou seja, em que cada
uma faça a sua parte e ao mesmo tempo ambas trabalhem com uma única via
para a formação de um indivíduo emancipado.

 É a interação entre família e escola que possibilitará ao indivíduo a formação


na sua totalidade para viver em sociedade e assim colaborar como o
desenvolvimento social.

A participação, atual das famílias, no processo de aprendizagem


Atualmente, a negligência das famílias é cada vez maior e por isso, cada vez
mais, a educação dos jovens espera-se na escola.

Os pais são responsáveis pelo progresso dos seus filhos, por acompanhá-los
na vida escolar e para entender como funciona todo o âmbito escolar no qual

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seu filho está inserido; sendo assim, esse fator de participação proporciona
melhoria no processo de ensino-aprendizagem do aluno.

Porém, devido a alguns fatores, como excesso de trabalho e falta de


comprometimento, a família acaba por comprometer mais a escola na
educação dos jovens, gerando um grande problema. 

Com isto as funções das instituições familiares, podem interferir na sua prática
educadora e formadora em relação a seus filhos, talvez deixando essa função
para sociedade como um todo, desde a escola até ao Estado, como quando, já
em adulto, as pessoas têm comportamentos desviantes que levam a punições.

Portanto, é necessária a participação efetiva dos pais no processo de ensino-


aprendizagem dos seus filhos, pois a educação é alcançada em sua plenitude
quando ambas as instituições andam e trabalham juntas, com  participação da
família nas questões escolares, com o intuito da busca por uma sociedade
melhor.

3. Estilos parentais ou modelos educacionais


Para esta educação esperada pelos pais, existem vários modelos que estes
podem seguir, a que se dá o nome de modelos educacionais ou estilos
parentais.

Entende-se por estilo parental o conjunto de atitudes e estratégias adotadas a


partir de um determinado contexto emocional, que apontam o modo como os
pais ou cuidadores educam os seus filhos.

Não deixando de ter presente que há várias formas igualmente válidas de


educar as crianças e que o mesmo estilo parental pode ter efeitos diversos no
comportamento das crianças e dependendo das circunstâncias, somos
capazes de adotar um ou outro estilo sem nos conseguirmos classificar num
só estilo.

Nos finais dos anos 60, Diana Baumrind (1927-2018)descreveu três estilos de


educação: autoritário, autorizado e permissivo. Segundo esta psicóloga norte-
americana, o estilo autorizado será o ideal porque representa o meio-termo
entre os estilos autoritário e permissivo. Segundo a autora:

Estilo autoritário (authoritarian)


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 Definem um padrão de comportamento que desejam para o filho e
tentam moldar, controlar e avaliar o seu comportamento e atitudes
segundo o padrão estabelecido;
 Valorizam a obediência no sentido do cumprimento do padrão
comportamental que consideram adequado;
 São pouco flexíveis a mudanças no padrão comportamental que
consideram ser o correto e cujos princípios servem de orientação no
modo como educam e disciplinam a criança;
 Quando a criança não segue o padrão adequado, encarregam-se de a
colocar no caminho que consideram correto recorrendo à força e ao
castigo;
 Delegam tarefas domésticas na criança como forma de a
responsabilizar;
 Valorizam o esforço do trabalho;
 Valorizam a ordem e a tradição.

Estilo autoritarivo (authoritative)


 Procuram orientar as atividades da criança de modo racional;
 Comportam-se de forma positiva, aceitadora e não punitiva;
 Promovem o diálogo e a troca de opiniões;
 Estabelecem padrões de comportamento, explicam as regras e o que as
motiva;
 Quando a criança se recusa a obedecer às regras tentam compreender
as motivações da criança;
 Valorizam a independência e o livre arbítrio do filho;
 São firmes no cumprimento dos padrões comportamentais que definem
mas não castigam a criança quando esta não as cumpre procurando,
antes, perceber o motivo pelo qual se recusa a obedecer;
 São empáticos com os sentimentos e pontos de vista da criança e
consideram-nos quando fazem a avaliação do comportamento do filho;
 Valorizam as qualidades do filho, reforçando-as positivamente para
incentivar a repetição dos comportamentos adequados;
 Definem rotinas e, com isso, procuram, modelar o comportamento e os
hábitos da criança.

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Estilo permissivo (permissive)
 Comportam-se de forma não punitiva, aceitadora e positiva perante os
impulsos, os desejos e as ações da criança;
 Definem e explicam as regras da família à criança;
 Evitam controlar o comportamento do filho;
 Envolvem a opinião do filho na tomada de decisão;
 Deixam a criança desenvolver as suas atividades sem interferirem;
 São pouco exigentes quanto à colaboração do filho na lide doméstica;
 Não se apresentam como um modelo de comportamento a seguir pela
criança;
 Não incentivam a criança a obedecer a regras externas;
 Usam a razão e a manipulação para alcançar os seus objetivos mas não
a imposição.

Após vários estudos sobre o tema e a definição e aplicação de escalas para


avaliação dos estilos parentais, concluiu-se que a classificação de Diana
Baumrind era insuficiente para abarcar todas as esferas dos diversos estilos e
comportamentos parentais.

Em 1983, Eleanor Maccoby e Jonh Martin alteraram esta classificação


acrescentando um quarto estilo parental. Os pais deixaram de ser descritos
com base num eixo linear único mas num plano definido por dois eixos:

 a exigência (a medida em que os pais esperam do seu filho um


comportamento maduro e responsável)
 a responsividade (a medida em que os pais respondem às necessidades
da criança e demonstram afeto).

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Nesta nova classificação, os pais podem ser muito exigentes mas responsivos
(autorizados) ou muito exigentes mas não responsivos (autoritários), sendo o
efeito sobre a criança muito diferente.

Nesta classificação:

 Os pais autoritários são muitos exigentes e pouco responsivos;


 Os pais autoritaristas são muito exigentes e muito responsivos (impõem
regras e limites ao comportamento mas preocupam-se com as
necessidades da criança);
 Os pais permissivos foram divididos em dois grupos: os pais
indulgentes, pouco exigentes, mas muito responsivos, e os pais
negligentes, pouco exigentes e pouco responsivos.

Pais autoritários: “Não podes e pronto”


 Estes pais tendem a ser exigentes, rigorosos e inflexíveis
 Estilo de disciplina rígido, fazendo uso de castigos
 A comunicação é essencialmente unilateral, ou seja, de pai para filho
 As regras não são normalmente explicadas
 Expectativas elevadas com flexibilidade reduzida

Pais permissivos: “Claro que podes, como quiseres”


 Pais indulgentes, tolerantes, mais uma espécie de amigos que
propriamente pais
 Estilo de disciplina permissivo, com poucas ou nenhumas regras
 As crianças decidem por si
 Comunicação aberta mas sem orientação por parte destes pais
 Pais carinhosos, sempre prontos a apoiar e encorajar os filhos
 Expectativas baixas ou não definidas por estes pais

Pais negligentes: “Faz como te apetecer”


 Pais distantes e alheios; não se envolvem na educação e dão muita
liberdade aos filhos, e pouco interferem; há pais que decidem de forma

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consciente ser assim, enquanto outros são simplesmente
desinteressados
 Muito pouca comunicação
 Pouco carinho, apoio e encorajamento
 Expectativas baixas ou não definidas por estes pais

Pais autoritativos: “Vamos falar sobre isso juntos”


 Pais ativamente envolvidos, solidários, sólidos e justos
 Estabelecem regras claras e explicam aos filhos as razões para as
mesmas
 Comunicação boa e adaptada ao nível de entendimento da criança
 Pais carinhosos, que apoiam e encorajam os filhos
 Expectativas elevadas e claras, eventualmente com sugestões dadas
pelos filhos

4. A educação familiar na vida das crianças

Embora, a familia tente acolher a criança, todo e qualquer movimento feito pelo
progenitor tem consequências diretas no futuro dos jovens e na sua integração
na sociedade.

Nas últimas décadas, o tempo que a criança passa em família tem vindo a


diminuir em detrimento de outros contextos educativos. Com as mudanças
socioculturais atuais, a verdade é que o impacto da educação familiar nos mais
pequenos tem vindo a diminuir.

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Muitas são as razões (algumas involuntárias) que impedem os pais de
passarem mais tempo com os filhos. Na verdade, o ritmo de vida atual assim o
obriga, embora algumas questões possam ser contornadas, se houver
consciência e força de vontade.

Estas são as maiores razões de ausência dos pais:

O trabalho
Devido a fatores como mudança social e o tempo limitado, a função da família
é dividida entre o mercado de trabalho e o cuidado com os filhos.

Ainda que o horário laboral tenha vindo a diminuir ao longo dos últimos anos,
incontornavelmente, o trabalho é um fator que condiciona o tempo que as
crianças passam com os pais. Além disso, em vários casos, as novas
tecnologias têm levado o mundo laboral para casa. Muitos pais e mães
continuam ligados ao emprego, através da internet, reduzindo a qualidade
da relação familiar.

As atividades extracurriculares
Este tipo de atividades surgiu para responder ao buraco na ocupação
dos períodos extraescolares das crianças. Neste setor, tem crescido a oferta às
famílias, constituindo-se como uma ótima solução para cobrir os tempos
livres dos filhos. Porém, é também uma realidade que os mais pequenos têm o
seu dia ocupado, muitas vezes devido à sobrecarga de atividades que acaba
por retirá-los do contexto familiar.

As novas tecnologias
Por vezes, o problema não se fica só pelo pouco tempo que a criança passa
com os pais. Vários são os casos em que a qualidade desses momentos deixa
a desejar, nomeadamente devido às novas tecnologias. Tanto filhos como pais
têm nos gadgets um lugar que os afasta do convívio familiar mais significativo.

A falta de momentos para conviver

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Os espaços para conviver em família estão cada vez mais fragmentados. O
período em que pais e filhos se reúnem para conversar sobre as situações do
quotidiano circunscreve-se à hora de jantar. A falta de tempo e a perda de
importância dos espaços comuns da casa são alguns dos fatores para esta
situação.

5. A relação família-criança- sociedade


O processo educativo, ou a educação, pode ser ainda compreendido como o
desenvolvimento intelectual, físico ou moral dos indivíduos com vistas à
adaptação e à sociedade.

O que é educar?
"Educar é acompanhar e influenciar, de alguma forma, o desenvolvimento e
aprendizagem, das capacidades físicas e intelectuais, numa vertende, que de
preferência, vá de encontro aos valores da sociedade.
E então aqui surgem a familia
"Independente da ação, os pais estão sempre a participar na educação dos
seus filhos; como no inicio da vida, quando o comportamento dos pais pode
influenciar a forma como os filhos ir-se-õa relacionar com o mundo e com as
pessoas."
"A questão é que o comportamento dos filhos diz muito sobre a forma como os
pais agiram sobre determinado assunto."
"Quando os pais se aproximam dos conteúdos aprendidos na escola e
demonstram interesse, essa atitude reflete diretamente no comportamento dos
filhos. O papel dos pais na educação dos filhos é, portanto, emocional. É o peso
da relação familiar estabelecida com o mundo e por isso, tão importante e
determinante no direcionamento da formação dos filhos."
Ou seja, Quando essa área de uma família falha, a tendência é que algo se
reflita na sociedade e aqui também falhe.
Vamos exemplificar num caso mais prático:
Imaginemos uma sociedade de 100 pessoas no ano 2025
Nesta sociedade, quando A acontece, existe uma resposta X (existindo a
coesão da social).
Se no ano seguinte, uma parte das familias desta sociedade, ensinar aos jovens
que para o mesmo assunto, a resposta é Y então, a coesão social deixa de
existir, uma vez que a sociedade não tem os mesmos valores, e provavelmente,
o menor agregado de pessoas com a mesma resposta, tem comportamentos
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chamados desviantes, uma vez que não vai de encontro com a maoiria da
sociedade.
Ou seja a famílias educam as crianças, que mais tarde, com esses valores,
criam a sociedade.

A negligência das famílias


A negligência da família pode ter consequências significativas na sociedade.
Quando a família não desempenha adequadamente suas funções, como
fornecer afeto, educação, suporte emocional e socialização adequada, pode
ocorrer uma série de problemas, tais como:
 Destruturação familiar, que pode levar a problemas sociais, como
violência, criminalidade, abuso de álcool e drogas, dentro de outros;
 Aumento de casos de doenças físicas e mentais, pois a falta de suporte
emocional e afetivo pode afetar a saúde física e mental das pessoas;
 Dificuldades escolares e de aprendizagens, uma vez que a educação é
uma das funções-chave da família;
 Dificuldades na formação de valores e na socialização adequada e
crianças jovens, o que pode levar a comportamentos inadequados e
antissociais;
Portanto, a negligência da família pode ter impactos profundos na sociedade,
afetando o bem-estar das pessoas e a qualidade de vida da comunidade como
um todo.

6. Instituições que intervêm nas famílias


As instituições que vamos abordar são criadas com a finalidade de ajudar
os pais na educação dos filhos , ou então , tendo como objetivo proteger
os filhos dos pais .
Assim sendo, temos o 6 exemplos de instituições que nós achamos mais
importantes:

Fios e desafios
A Fios e Desafios – Associação de Apoio Integrado à Família é uma Instituição
Particular de Solidariedade que desenvolve a sua atividade na zona Oriental do
Porto.

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Foi formalmente constituída em fevereiro de 2011, com o intuito de intervir nas
áreas do apoio às crianças e jovens, do apoio à família e do apoio à integração
social e comunitária, bem como da educação e formação dos cidadãos.
 
Numa lógica de intervenção integrada, multidisciplinar, multifamiliar, sistémica
e ecológica, centrada e guiada pelas forças da família/pessoa, a Fios e
Desafios intervém junto de famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade e
exclusão social, investindo na promoção do seu desenvolvimento integral,
potenciando, para isso, a sua capacitação, fortalecimento e autonomia, numa
lógica sobretudo de prevenção e em meio natural de vida.

Aldeias de crianças SOS


As Aldeias de Crianças SOS nasceram em 1949 na Áustria, após a Segunda
Guerra Mundial, quando Hermann Gmeiner, educador de infância, quis fazer algo
pelas crianças que perderam os seus pais durante a Guerra. Assim, fundou a
primeira Aldeia SOS, em Imst, de forma a construir famílias cheias de amor e
comunidades de apoio para as crianças.  
O Programa de Fortalecimento Familiar das Aldeias de Crianças SOS pretende
ser um espaço de intervenção e de relação, onde as abordagens colaborativas
são a “chave” para promover competências de cuidado parental, para potenciar
dinâmicas familiares protetoras e securizantes e, acima de tudo, para desafiar
a reflexividade parental centrando-a na criança.   

UNICEF
A 11 de dezembro de 1946 é criado o Fundo das Nações Unidas para a
Infância- UNICEF- com o objetivo de responder à situação de emergência em
que se encontravam as crianças (um ano após a II Guerra Mundial).

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A UNICEF é atualmente a principal agência humanitária que trabalha
especificamente para a promoção e defesa dos direitos das crianças, presente
em países devastados pelos conflitos e nas comunidades mais remotas,
trabalhando para que todas as crianças tenham o direito à sobrevivência,
educação, cuidados de saúde, nutrição adequada, acesso a água e proteção.

A organização é gerida a partir da sede em Nova Iorque e dos vários escritórios


regionais, entre os quais o de Genebra. Em Florença tem o Centro de
Investigação Innocenti, em Copenhaga está sediada a Divisão de
Abastecimento e em Budapeste está o Centro Global de Serviços Partilhados.

Crescer Ser
A Crescer Ser – Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da
Família – foi criada em 1986.

Tem como principais objetivos estudar de forma interdisciplinar a proteção


jurídica dos menores e da família, promover e organizar serviços comunitários
de apoio aos menores e seus familiares e dinamizar a formação especializada
na área da proteção de crianças e jovens em perigo, junto de técnicos das
comissões de proteção ou de outras estruturas sociais destinadas a esta
problemática.

A Crescer Ser conta já com 7 centros de acolhimento:  a Casa do Parque, em


Carnaxide; a Casa da Encosta, em Cascais; a Casa do Infantado, em Loures; a
Casa de Cedofeita, a primeira no norte do país; a Casa do Vale, no Porto; a Casa
da Ameixoeira, em Lisboa; e a Casa do Canto, em Ansião.

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Meninos de Oiro
A Associação Meninos de Oiro é uma associação sem fins lucrativos, criada
para a defesa dos direitos da criança, que foi constituída por escritura pública
outorgada em 14 de Maio de 2003 e à qual foi conferido o estatuto de
Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como Pessoa
Coletiva de Utilidade Pública, em Dezembro do mesmo ano.

Tem como objetivo a defesa dos direitos da criança, promovendo a melhoria


das condições de exercício da parentalidade.

Com sede na Rua Juventude Azeitonense, Lote 145, em Vila Nogueira de


Azeitão, a Associação Meninos de Oiro está a implementar um vasto projeto na
área da defesa dos direitos da Criança.

CNPDPCJ
A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e
Jovens

Tem como principal missão “Contribuir para a planificação da intervenção do


Estado e para a coordenação, acompanhamento e avaliação da ação dos
organismos públicos e da comunidade na promoção dos direitos e proteção
das crianças e jovens.”

Podemos encontrar a CNPDPCJ espalhada pelos vários distritos de Portugal,


“dividida em várias cpcj”

As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) como instituições


oficiais não judiciárias com autonomia funcional visam promover os direitos da

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criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a
sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.

 Projeto Adélia
O Projeto Adélia, promovido pela CNPDPCJ, é um projeto de apoio à
parentalidade positiva e à capacitação parental, que se assume como uma
estratégia preventiva para a promoção e proteção dos direitos das crianças e
jovens.

Foi a partir deste projeto que trouxemos aqui a Sra. Elizabeth para poder
completar a nossa apresentação, fazendo uma sensibilização do que as
famílias podem refletir na sociedade.

Conclusão (Falada no momento de apresentação)

Sensibilização CNPDPCJ (Sra. Elizabeth)

Kahoot (jogo interativo)

Manual 12º Ano- Sociologia

https://maemequer.sapo.pt/desenvolvimento-infantil/educacao/estilos-
parentais/

https://maemequer.sapo.pt/desenvolvimento-infantil/desenvolvimento-fase-a-
fase/parentalidade-positiva/sabe-qual-estilo-parental/

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https://www.cnpdpcj.gov.pt/documents/10182/15534/ad%C3%A9lia_apresenta
%C3%A7%C3%A3o+projeto/a23ef188-db86-4779-8767-34d0ce4649ec

https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/papel-dos-pais-na-educacao.htm

https://blog.elevaplataforma.com.br/papel-da-educacao-formacao-do-cidadao/

https://fiosedesafios.com/quem-somos/

https://www.aldeias-sos.org/quem-somos/sobre-nos/historia-da-organizacao

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