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ATUALIDADE
FONTE: HUTZ, BANDEIRA,
TRENTINI,E KRUG (ORG.)
PSICODIAGNÓSTICO. POA:
A RT M E D , 2 0 1 6
• Avaliação inicial realizada pelo clínico de qualquer abordagem com o objetivo de conhecer os
aspectos psíquicos de seu paciente à luz de seu referencial teórico, não poderia ser uma
avaliação psicológica?
• Processos avaliativos onde não dispomos de testes validados pelo CFP, não se configuram
como A.P.?
• O uso de instrumentos de avaliação é mesmo necessário? Visto que o psicólogo tem a liberdade
de optar pelas estratégias que achar mais indicadas.
EM ESTUDOS CONDUZIDOS POR WAINSTEIN (2011), E WAINSTEIN & BANDEIRA (2013); INVESTIGOU-
SE O QUE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO ENTENDEM E ESPERAM DE UM PROCESSO
PSICODIAGNÓSTICO, ASSIM COMO A FORMA COMO ENCAMINHAM OS PACIENTES PARA ESTE TIPO DE
AVALIAÇÃO:
• Barbieri (2008) também refletiu sobre o afastamento entre a área da A.P. e as teorias
psicológicas quando coloca: “ [...] o predomínio do pensamento positivista nas Ciências Sociais
e Humanas trouxe consigo, ao longo da história, uma dissociação entre pesquisa acadêmica e
prática profissional. Essa situação ocasionou um empobrecimento na produção de
conhecimento oriundos do trato direto com as pessoas ou a ele destinados, promovendo um
distanciamento daquilo que deveria se constituir na meta principal do nosso trabalho como
psicólogos” (BARBIERI, 2008, p.583)
• As práticas avaliativas incluem um aspecto investigativo, mas também interventivo e
terapêutico que lhe são inerentes.
• Barbieri alerta que as entrevistas iniciais realizadas sem intervenção, além de não atingirem
seus objetivos de formular o diagnóstico e iniciar o tratamento, desperdiçam a oportunidade do
paciente estabelecer contato com outra pessoa, podendo resultar em uma experiência
terapêutica negativa.
• Após as reflexões geradas pelo capítulo em questão, quando usamos o termo psicodiagnóstico
entendemos que deva incluir a preocupação clínica não apenas com a objetividade diagnóstica,
mas também com o processo avaliativo. Por meio de relatos, produzidos em entrevistas e/ou
com o uso de outras técnicas, o sujeito conta sua história, suas experiências, as revive no
relacionamento com o psicólogo, fazendo com que, como afirma Barbieri (2010), possa
modificar com o auxílio das devoluções.
• O termo Psicodiagnóstico deve ser reservado portanto para descrever um procedimento
complexo, interventivo, baseado na coleta de múltiplas informações, que possibilite a
elaboração de uma hipótese diagnóstica alicerçada em uma compreensão teórica.