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Manual do

empreendimento
1. 1.1. Aceitação voluntária da Lei e da Promessa Escutista Pag.
Introdução
1.2. Aprender fazendo Pag.
1.3. Sistema de patrulhas Pag.
1.4. Vida na natureza Pag.
1.5. Marcos simbólicos Pag.
1.6. Relacionamento entre adultos e jovens Pag.
1.7. Sistema de Progresso Pag.

2. 2.1 Adesão ao movimento Pag.

Adesão 2.2 Adesão à secção Pag.

3. 1.ª Etapa de progresso – Identidade Pag.


Percurso 2.ª Etapa de progresso – Autonomia Pag.
3.ª Etapa de progresso – Vivência Pag.

FICHA TÉCNICA

Autor: Secretariado Nacional para o Programa de Jovens


Direcção: AEA – Departamento Nacional III Secção
Edição: Associação de Escuteiros de Angola
Titulo original: Manual do empreendimento
Apoio: Corpo Nacional de Escutas
Financiamento: Embaixa do Reino Unido em Angola
Endereço: Associação dos Escuteiros de Angola,
Junta Central, Nova Urbanização do cacuaco,
Cefoprof, n.1, R/C Direito.
www.aeascout.com

Associação de Escuteiros de Angola

2 3
APRESENTAÇÃO
ento. Ele Nome: _______________________________________
é o teu caderno do empreendim
O presente diário que tens na mão
mesmo tempo Patrulha:_______________________________________
longo da tua permanência e ao
é o teu guia de orientação ao
s especiais da
de registo dos momentos mai Grupo: ________________________________________ Fotografia
servir-te-á também de caderno
pre contigo du-
. Por essas razões, têm-no sem Agrupamento: _________________________________
tua vida escutista na III Secção
rante as actividades. Núcleo: _______________________________________
retariado de
da Junta Central, através do Sec
O manual representa o esforço Região: _______________________________________
de apoio que se
rir a falta gritante de manuais
Formação de Jovens, para sup
Angola. Consi-
da Associação de Escuteiros de
vem verificando na nossa ama preparação
pista e não o fim. Estão ainda em
dera este manual como início de o caderno de Outras anotações:
ar o pacote, como por exemplo
outros manuais que vão complet
s seja proveito-
que este que seguras nas mão ________________________________________________________________
actividades. Porém, desejamos
dido em três partes. ________________________________________________________________
so para o teu percurso. Está divi vais ade-
mas linhas gerais da secção a que
A primeira parte introduzirá algu ________________________________________________________________
nto.
al o funcionamento do Movime
rir assim como de um modo ger do esque-
________________________________________________________________
dro programático da primeira fase
A segunda parte aborda o qua ________________________________________________________________
que culmina na
são à secção e ao Movimento
ma de progresso, isto é, a ade ________________________________________________________________
Promessa. a segunda ________________________________________________________________
mente do Percurso, sendo esta
A terceira parte trata fundamental
progresso.
até a última etapa do sistema do ________________________________________________________________
fase do esquema de progresso ação e da
ha a estabelecer balizas de actu ________________________________________________________________
Espera-se que este caderno ven Educação
ilo que é a causa do Escutismo:
escolha de actividades para aqu ________________________________________________________________
para a Vida. ________________________________________________________________
ta para Servir.
Faz bom proveito e Sempre Aler ________________________________________________________________

ilo)
Vete Willy Emmanuel (Chefe Esqu
do Dep arta men to Nac iona l da III Secção
Chefe Data ____ /_______________/ 20____
ação de Jove ns
Secretariado para Form
J.C – AEA
Julho 2011

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Olá, bem-vindo à comunidade dos Seniores!

Olá, bem-vindo à comunidade dos Seniores!


Parabéns! Parabéns, por teres decidido pertencer a este Movimento.
Neste momento acabas de entrar e pertences ao grupo de Explorado-
res Seniores.

O QUE É SER EXPLORADOR SÉNIOR?


Explorador Sénior é o nome que se dá ao escuteiro(a) com a idade
compreendida entre os 14 e os 17 anos. Portanto, ser Explorador Sénior
é pertencer a esta comunidade de escuteiros com essas idades.
Ora, o Escutismo é um movimento que está aberto a todas as pessoas,
rapazes e raparigas sem distinção de origem social, raça ou cor, local
de nascimento ou religião. Mas é preciso entender que quando fala-
mos em movimento aberto a todas as pessoas, estamos a falar daquelas
pessoas que estão dispostas a aderir voluntariamente à finalidade, aos
princípios e ao método escutista.
E sabes qual é a finalidade do Escutismo? O Escutismo tem por fina-
lidade ajudar-te a ti e aos outros jovens a desenvolver todo o seu po-
tencial e tornar-se autónomo, de maneira a realizares-te como indivíduo
e a contribuíres para o desenvolvimento da sociedade, a começar na
comunidade em que vives (na tua casa, rua, bairro, vila ou cidade), na
tua província, do teu país e porque não fora das fronteiras de Angola,
como África e o mundo em geral?
E os seus princípios? O Movimento, para realizar os seus fins, rege-se
por três princípios fundamentais: o primeiro, Deveres para com Deus,
que se resume na tua crença enquanto cristão. A tua fé está ligada à es-
piritualidade, principalmente aos deveres para com Deus. É como se ela
fosse um código que orienta a tua vida cristã. Por isso, um crente deve
assumir as obrigações da sua crença, uma crença deve expressar-se nas
tuas acções do dia-a-dia.
O segundo é Deveres para com os outros. Os outros são todas as
pessoas do mundo inteiro, porque fazemos todos nós parte dessa mes-
ma família humana. Assim deves aprender a olhar para o Escuteiro como
responsável pela comunidade local, porque apesar de pertencermos a
um Movimento, somos cidadãos do nosso país, do nosso continente e

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do mundo inteiro, pois o nosso Movimento tem uma lei que diz que o Vamos pensar mais uma vez num jogo. Dissemos que um jogo só é
Escuteiro é amigo de todos e irmãos de todos outros Escutas. possível se haver regras. Sem regras não há jogo, e os jogadores não só
devem conhecer as regras do jogo como as devem aceitar voluntaria-
O terceiro trata de Deveres para consigo mesmo. Este princípio mente, se quiserem estar no jogo, não é isso? Pois bem, no Escutismo
dirige-se a ti mesmo, pois como escuteiro és o responsável pelo teu os 10 artigos que constituem a lei escuta fazem parte das nossas re-
próprio desenvolvimento. Para perceberes melhor este princípio, podes gras, ou seja, são o conjunto de valores com os quais voluntariamente
seguir o exemplo da planta: olha para a planta que tens em casa, podes te comprometes no dia da tua Promessa e essas regras (a lei) devem ser
dar-lhe tudo, mas é ela que se desenvolve, filtrando o que precisa. Tudo aceites e seguidas livremente por ti como um jogador de wela ou de
o que fazemos é criar as condições para que a planta se possa desen- futebol faz.
volver e crescer. Assim também é no Escutismo.
E a Promessa? É o teu compromisso. O jogador deve comprometer-se
O seu método? Pois bem, a AEA difere das outras organizações juve- em cumprir as regras de jogo para evitar cartões e prejudicar a equipa.
nis e sociais pelo seu método, um método que assenta nos seguintes No momento que fazes a Promessa estás a compromete-te em seguir
elementos: essas regras para o teu bem e para o bem dos outros. A Lei e a Promessa
devem ser interiorizadas e aplicadas em todas as actividades e na tua
Gostaríamos que pensasses no Escutismo como um jogo. Não esta- vivência escutista.
mos a referir-nos ao jogo como um divertimento ou passatempo, mas
sim como uma atitude. Nesse sentido, o jogo é uma disposição da von-
tade, um jeito de ser e de fazer.
Um jogo pode ser visto também como uma actividade, um meio es-
pontâneo de exploração de si mesmo, dos demais e do mundo. Pode
parecer aqui que jogar implica experimentar, provar até onde se pode
chegar, aventurar-se, esforçar-se e comemorar. Assim, jogar com os ou-
tros vai incluir compartilhar, ajudar-se uns aos outros, organizar-se, saber
ganhar e saber perder. Isso requer regras que todos devem respeitar.

Portanto, o método escutista está concebido como um grande jogo.


Imagina um jogo de wela ou de futebol ou qualquer um que gostas….
Não difere tanto do Escutismo nos seus elementos. Vamos ver!

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Voltamos ao jogo. Podes aprender a jogar, mas se não praticares não Existem milhares de “empreendimentos”, e estes devem ser muito
vais saber jogar, muito menos superar as dificuldades do jogo. Nunca variados. Na verdade, no Escutismo as actividades são a parte mais
te aconteceu assimilar os truques do jogo praticando? Um jogo é uma visível do programa, isto é, as actividades representam o que vais fa-
acção. No Escutismo vais aprender fazendo como num jogo verdadeiro. zer doravante no Escutismo, cuja experiência vai-te permitir sucessiva-
Neste caso, qual será a finalidade do jogo escutista? mente adquirir conhecimentos, competências e atitudes, possibilitan-
do assim atingir os objectivos educativos estabelecidos na preparação
«O Escutismo é uma educação pela acção: consiste em suge- das actividades. É importante reteres isso: «A experiência que vais ad-
rir actividades atraentes que se aprendem executando-as mal quirir a partir das actividades é a parte verdadeiramente educativa de
de início, depois melhoras com o tempo e com experiências que uma actividade que vai ajudar o teu progresso pessoal e não a activi-
vais adquirindo à medida que as vais realizando. Na tua Patrulha dade em si.»
e na tua comunidade, vais ter a oportunidade de participar na Terás actividades fixas ou regulares, que são aquelas que se re-
escolha das acções que querem empreender e leva-las a cabo alizam com frequência, mantendo uma mesma forma (sem que isto
dentro do tempo que corresponde ao vosso objectivo. Estas ac- signifique falta de inovação), contribuindo de maneira genérica para
tividades na tua secção chamam-se “empreendimento”, que são a conquista de objectivos e ajudando a manter a vida da tua Patrulha,
as actividades características dos Exploradores Seniores.» da tua comunidade, do teu Agrupamento, da região, da Associação.
Por exemplo, a reunião semanal, a cerimónia de Promessa, o acam-
pamento anual…
Por outro lado, terás também as actividades variáveis, que são aque-
las que, como o nome indica, têm forma variável e que têm os mais
diversos conteúdos, contribuindo para a conquista de objectivos espe-
cíficos. Por exemplo, a realização de um concerto de canto coral no Dia
da Criança Africana num orfanato, etc.
Mas também as mesmas actividades poderão ser internas ou ex-
ternas. As actividades internas são aquelas que ficam sob a respon-
sabilidade do Agrupamento, quer se realizem na sede ou fora dela,
enquanto as externas, são aquelas actividades em que vais participar
fora da sede enquanto escuteiro e membro da comunidade. São,
por exemplo, as campanhas de limpeza, campanhas de vacinação,
actividades produtivas a favor de uma comunidade específica, etc.
Essas actividades, embora não sejam directamente organizadas pelo
Agrupamento, incorporam sempre alguma experiência na vida do
Escuteiro.
O Ciclo de Programa será para ti uma grande oportunidade de
participar no Diagnóstico da Secção e preparação da Proposta de
Actividades, na proposta e selecção de actividades, na organização
do projecto e preparação das actividades, no desenvolvimento e, fi-
nalmente na avaliação das actividades e acompanhamento do pro-
gresso pessoal.
Lembra-te, o nosso jogo é de aprendizagem pela acção!

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De certeza que já participaste muitas vezes em jogos e te lembras lado, constatarás que certas actividades serão realizadas pela unidade no
perfeitamente que num jogo e em qualquer actividade de competição seu conjunto (um acampamento ou um conselho do grupo, por exem-
é preciso necessariamente constituir equipas. Agora tens o sistema de plo…) e quando isso acontece, essas actividades vão permitir que neces-
patrulhas como um dos elementos fundamentais do método, e como sariamente a tua Patrulha se sinta implicada no processo das mesmas acti-
num qualquer jogo cada membro da equipa joga um papel determi- vidades de acordo as responsabilidades que lhe serão atribuídas.
nado no seio da equipa e actua conforme a responsabilidade que lhe
é atribuída (aliás, é isso que dá a consistência numa equipa onde se
combina o papel e a acção conjugada de cada um como um todo). No
Escutismo, esses elementos funcionam da seguinte forma:
• Funções permanentes – cada elemento da Patrulha a que per-
Patrulha 2 Patrulha 1
tences deve ter uma função específica a desempenhar e nessa
(reunião (reunião
função ele será o responsável (por exemplo: o tesoureiro, na sua
da Patrulha) da Patrulha)
função, deve garantir que todos paguem as quotas, até o próprio
guia). O guia, o cozinheiro, o secretário, o guarda material, o so-
corrista… Essas actividades são desempenhadas pelos elemen- Conselho de Guias
tos diferentes e ajudarão também no teu progresso. (Guias de Patrulha
• Postos de acção – (funções não permanentes) são aquelas que + Chefe da Unidade)
os membros da tua Patrulha vão ocupar durante actividades pon-
tuais. Por exemplo: durante uma actividade de natação, o guia
da Patrulha passará a ser aquele que melhor entende de natação Patrulha 4 Patrulha 3
e ele será o responsável máximo da Patrulha enquanto durar a (reunião (reunião
actividade, podendo, por exemplo, o guia passar a ser o cozinhei- da Patrulha) da Patrulha)
ro numa determinada actividade... Isto ajudará os membros da
Patrulha a exercitar o espírito de liderança e da rotatividade ou
mudança dos cargos. • Explorador Sénior
Por regra, a tua Patrulha tem (terá) entre 6 a 8 elementos e esta pode • Guia de Patrulha
ser mista ou simplesmente feminina ou masculina.
O que vais aprender na Patrulha, dos trabalhos que realizarás com • Chefe da Unidade
os outros elementos respeitando o código de vida com todos (Lei e a • Outros Dirigentes (Instrutores)
Promessa), as relações que vão ser desenvolvidas ao longo da execução
dos projectos vão ajudar-te na tua educação, para além das emoções
que as actividades em si vão suscitar. E se fores guia, deves lembrar-te
que assegurar a condução da Patrulha é também dar ocasião ao resto
dos elementos de participarem na tomada de decisões de modo que
todos possam participar activamente na vida da Patrulha.
Porém, o conjunto das Patrulhas do teu grupo (geralmente 2 a 4 pa-
trulhas) no teu agrupamento forma a unidade ou Comunidade sob su-
pervisão de um Dirigente e seus assistentes (Equipa de Animação). A tua
Patrulha, portanto, constituiu o grupo de base no qual viverás os seus em-
preendimentos e as suas principais experiências como Sénior. Por outro

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1.4. Vida na natureza
O Escutismo é um jogo e todo jogo precisa de um espaço (campo,
mesa de ténis, chão para wela…) para se desenvolver. O Escutismo não Como podes ver, a natureza faz e far-te-á retornar ao essencial da exis-
é a continuação da sala de aulas, onde a criança ou o jovem passa horas tência. Saber distinguir o que é real e o que é supérfluo, o que é urgente
a fio durante a semana. O nosso campo é a natureza… o teu território e o que pode esperar, o que é verdadeiro e o que é ilusão… afastar-nos
de acção! do prazer simples da vida para o que é nobre.
Não se trata aqui do ambiente artificial, como o pátio da escola ou Oh, mãe natureza, …
da igreja cimentado. Referimo-nos à natureza autêntica, das árvores, das Por isso, como escuteiro tens de aprender a agir a favor dela e do seu
montanhas, do deserto, do mar, do ar puro, dos animais, incluindo os meio para não estragar o seu horizonte, o horizonte que te serve de ex-
seres microscópicos etc…, e sabes porquê? ploração!
Porque nós, escuteiros, entendemos que a vida na natureza traz
um desenvolvimento mais completo e de interacção com a pessoa
e por ser a natureza também um meio ideal para aplicar o método
escutista.

A natureza constitui um desenvolvimento de várias maneiras, por


exemplo:
• Encontrarás o ar puro não poluído, um espaço adequado para
exercícios físicos e proporciona ocasiões ímpares para testar a tua
resistência física.
• A natureza oferece muitas possibilidades de desenvolver os sen-
tidos. Graças à natureza podes aprender a observar e adquirir ou-
tros “saber-fazer” e a capacidade de analisar situações adversas.
• E os sentimentos e as emoções? A natureza confere a calma e a
tranquilidade pessoal para reflectir, e porque às vezes tens de en-
frentar medos na calada da noite debaixo de tenda, a natureza
dá-te a oportunidade de aprenderes a lidar com esses receios e
a vencê-los.
• A chuva inesperada que apanhas no grupo revela as fraquezas
com que estamos cercados e desperta em nós o sentimento de
solidariedade uns para com outros, evidenciando as nossas po-
tencialidades para podermos ajudar e sustentarmo-nos uns aos
outros.
• Na natureza encontramos também ocasiões de nos perguntarmos
sobre o nosso destino e propósito. Nela podemos contemplar
as maravilhas de Deus e isso pode ajudar-nos a uma tomada de
consciência espiritual.

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Conheces as cores e o distintivo da selecção angolana de futebol ou Compreendeste? Na medida em que a tua identidade se vai for-
de basquete? Todas as equipas que se apresentam num jogo têm algo jando, ganharás a confiança em ti mesmo(a) e mais capacidade de
que as diferencia uma da outra e usam símbolos que as identificam encarar o mundo com realismo, de estar preparado progressiva-
como uma equipa. mente para fazer face aos desafios que te vão surgindo no dia-
a-dia, resolver os problemas e controlar cada vez mais as tuas
O Escutismo também tem uma mística muito própria. Durante a sua emoções.
passagem pela AEA, a criança e o jovem são postos em contacto direc- Deves estar a perguntar-te quais são os teus marcos simbó-
to com a rica e tradicional simbologia escutista, que integra elementos licos e a tua mística como Sénior?
universais do nosso Movimento, como a flor-de-lis, o totem, a história Pois bem, antes de responder a essa pergunta, precisas mais
da selva, os nomes e gritos de patrulhas, as bandeirolas, etc.…, e outros uma vez de compreender que os marcos simbólicos ilustram
saídos da própria realidade angolana. Este mundo simbólico marca ine- antes de mais uma maneira de viver, qualidades individuais e
vitável e profundamente a tua vida. Estes símbolos têm como objectivo colectivas que no Escutismo destacam não só os seus propósitos
estimular a tua criatividade e projectar-te para os nossos valores, que te educativos como também olham o próprio escuteiro (no caso, tu)
ajudarão a utilizar a tua capacidade de imaginação para estimular o teu como agente do teu próprio desenvolvimento. Quando olhares, por
desenvolvimento, a tua própria identidade e ao mesmo tempo identifi- exemplo, o nó direito na extremidade do laço do símbolo do Escutis-
car-te com o Movimento. mo mundial que simboliza a unidade de todos os escuteiros, deverás
esforçar-te por promover e viver essa unidade com todos os escuteiros
a partir da tua Patrulha, unidade, Agrupamento, núcleo ou região, da
AEA no geral até os escuteiros que vivem além-fronteiras!
A saudação, o aperto de mão, a divisa, a insígnia, o bando/patrulha/
equipa, bandeirolas, o grito da patrulha, o uniforme, o totem, etc. fazem
todos, de uma forma geral, parte dos elementos do quadro simbólico
do Escutismo. Porém, a nível de cada escalão, também temos alguns
marcos simbólicos que constituem a mística escutista da secção, e no
caso dos Exploradores Seniores da AEA.

Na AEA, para os Seniores podemos destacar os seguintes marcos


simbólicos:
• Ideal do Sénior: «Descoberta de Novos Horizontes» – este
será o teu tema central enquanto permaneceres no grupo sénior
e significa que à medida que vais crescendo, precisas de servir-te
do mundo imaginário para passares para coisas muito mais reais
e perseverares a tua capacidade de inovar e inventares a fim de
desenvolver uma percepção positiva de ti mesmo e desenvolver
gradualmente capacidades para enfrentar os desafios que a vida
te vai impondo para a tua auto-afirmação. Para isso, é necessário
apoiares-te e inspirares-te nos contos, nos heróis legendários, no
teu padroeiro e no exemplo de muitas personalidades da socie-
dade, etc.

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• Padroeiro: «São João Baptista» – João foi um filho muito deseja- Portanto, estes três elementos constituirão
do por Isabel e Zacarias, ambos já com idade avançada. Segundo os eixos principais do ideal do sénior, que vai
a Bíblia, o anjo Gabriel foi quem deu a notícia a Zacarias, dizendo ser reflectido no sistema de progresso.
que Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria rece- • Considerado como aquele que prepa-
ber o nome de João, que significa “Deus é propício”. rou o caminho para o Messias.
• O Símbolo: a «Rosa-dos-ventos» – o
O apelido de Baptista veio do costume de baptizar com água no rio símbolo associado a esta secção, cujo
Jordão. Ele baptizou o próprio Jesus e apresentou-O ao povo dizendo: ideal é a descoberta de novos horizon-
“Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1, 29). tes, é precisamente a rosa-dos-ventos, um
3 Aspectos que sobressaem na vida de João Baptista: instrumento de orientação utilizado tanto na
antiguidade como nos dias de hoje e que se
1. Considerado como aquele que preparou o caminho para o Mes- baseia nas quatro direcções fundamentais (4 pontos
sias. Anunciava a vinda do Messias esclarecendo com humildade: cardeais), nas suas intermediárias (4 pontos colaterais) e nas
“Eu não sou o Cristo” (Jo 3,28) e “Não sou digno de desatar a sub-intermediárias (24 subcolaterais).
correia da sua sandália” (Jo 1,27). • Como podes observar, a rosa-dos-ventos corresponde à volta
2. O testemunho que Jesus dá dele: “Jamais surgiu entre os nasci- completa do horizonte para indicar qualquer direcção dela. As-
dos de mulher alguém maior do que João Batista”. sim, como o ideal do Explorador Sénior é a “descoberta do hori-
3. João Batista repreendeu o rei Herodes Antipas por haver tomado zonte”, todos os pontos na linha do horizonte podem ser localiza-
por esposa Herodíades, mulher separada de seu meio-irmão, o dos com exactidão na rosa-dos-ventos, cuja forma estrelar ajuda
que lhe custou a prisão e a morte por decapitação, por interven- a visualizar a direcção do atalho que se pretende seguir.
ção da própria Herodíades. Esta,
sabendo que o rei satisfaria um Tendo em conta que, como sénior, estás na idade de “emoções for-
pedido de sua filha Salomé, tes”, deves viver o teu imaginário esforçando-te por responder ao mes-
que dançaria para a corte, fez mo com evidências nas tuas aspirações e sonhos realistas e bem direc-
a filha pedir-lhe a cabeça de cionados.
João Baptista. Portanto, a rosa-dos-ventos deve significar para ti duas coisas princi-
pais:
(1.º) Encorajar a tua imaginação para desenvolver a tua sensibilidade,
reforçando o sentido de pertença a uma comunidade que caminha para
uma determinada direcção e,
(2.º) Procurar inspirar-te nos exemplos de outros como heróis da fé, de
personalidades históricas, mais velhos, exemplares, e identificar o papel
preponderante e da maturidade de modo a transferir sobre ti a bravura
destes e o modo como enfrentaram dificuldades e ainda assim conse-
guiram de maneira extraordinária e significativa ultrapassar e contribuir
para o bem-estar dos seus concidadãos.
Olhai para o horizonte da vida, procurai para o horizonte da história…
contanto que consigas caminhar na direcção certa do horizonte!

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1.6. Relacionamento entre adultos e jovens
O Escutismo é um jogo… lembras-te disso? Pois bem, nenhum jogo
é feito sozinho, sem pessoas. No Escutismo, o primeiro elemento a con-
siderar são as pessoas: os Jovens (os escuteiros) e os Adultos (Dirigen-
tes). Mais do que a simples presença, temos de destacar que a relação
existente entre eles, bem entendido, Adultos e Jovens, é de estimular
o desenvolvimento destes últimos através de uma parceria baseada no
respeito recíproco e na aceitação do outro como uma pessoa íntegra.
Neste quadro, cada um compromete-se investindo o seu tempo, des-
pendendo as suas energias, e participa da tomada de decisões assim
como assume a sua responsabilidade na criação de um ambiente salu-
tar do qual jovem e adulto tiram proveito.

É claro que o adulto não deixa de ser membro do grupo na medida


em que este toma parte nas aventuras, partilha as dificuldades, esfor-
çando-se a cada instante em fazer com que sejam reunidas as condi-
ções necessárias para permitir o seu desenvolvimento contínuo como
jovem Explorador Sénior na direcção daquilo que é a proposta edu-
cativa do Escutismo. Portanto, a relação Adulto e Jovem do método
constitui a relação educativa no Escutismo, onde o Adulto (vulgarmente
apelidado por chefe) vai ajudá-lo no processo da sua auto-educação e
mostrá-lo de maneira adequada nas propostas educativas do Movimen-
to assim como os princípios e o método. Podes mais uma vez notar aqui
que a relação jovem-adulto é mais no sentido educativo e de apoio, por
isso a mesma deve desenvolver-se tanto ao nível pessoal como colec-
tivo para que seja de facto uma relação interactiva da educação e da
aprendizagem mútua entre jovem e os adultos de várias idades. Desta
feita, todos os seus dirigentes estarão em condições de trabalhar na
tua integração e ajudar-te a entender todos os elementos do método
e o seu funcionamento. Da mesma maneira, ajudar-te-á também no teu
progresso pessoal assim como na organização e no funcionamento do
teu grupo (patrulha, etc.) e manter um equilíbrio entre a tua pessoa e a
organização… O teu dirigente interessa-se pelo teu desenvolvimento.

Então, meu caro e minha cara sénior, tu nunca estarás sozinho(a). Te-
rás sempre alguém que estará ao teu lado para te auxiliar em tudo o que
precisares e que te vai ajudar em todas as situações da tua vida. São os
Dirigentes.

Afinal, num jogo a presença do treinador é muito importante,


não achas?

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Uma das coisas que precisas de saber é que o Escutismo reconhece E como se faz isso na prática?
as tuas capacidades natas e para isso o Escutismo vai-te ajudar a res- Primeiramente, é bom que saibas que o Escutismo oferece meios
ponsabilizares-te a assumir o teu próprio desenvolvimento. Num jogo, para alargar os teus horizontes tendo em conta os teus centros de in-
o treinador dá instruções, orienta o esquema táctico do jogo, porém, teresse, que serão convertidos em objectivos educativos. Isso é feito
cabe a cada jogador assumir, de certa maneira, o desenrolar e o ritmo através de um percurso natural que cada escuteiro percorre na secção
do jogo em campo conforme as instruções recebidas. onde acabas de entrar. Este percurso, chamado também de esquema
Quer dizer que no quadro da aplicação do método escutista, o sis- de progresso, tem as seguintes fases:
tema de progresso, como verás, é concebido a partir de uma série dos
objectivos educativos fixados pela Associação e em conformidade com Adesão: esta primeira etapa é aquela em que o jovem entra no Mo-
as orientações da Organização Mundial do Movimento Escutista, tendo vimento pela primeira vez (Adesão ao Movimento), que culmina com
em conta o nível do conhecimento, das competências e atitudes que a Promessa, na qual, voluntariamente, se comprometerá para seguir e
deves atingir em cada domínio de desenvolvimento durante a tua per- viver segundo a mesma. Mas não basta fazer parte do Movimento. Viver
manência no grupo sénior. uma experiência escutista implica uma disposição para partilhar a vida
Isso acontecerá também quando passares para Caminheiro ou Cami- “no grupo e em grupo” na sua secção, de acordo a sua faixa etária, e no
nheira. Por isso e com a ajuda do teu dirigente, o sistema de progresso caso particular, na III Secção que constituem os Exploradores Seniores.
vai permitir-te estabelecer os seguintes passos: Esta é a adesão à Secção. Nela a vantagem será a de jogar em conjunto
• determinar os teus próprios objectivos; com rapazes e raparigas da tua idade. Sabes, qualquer jogo tem regras
• determinar os meios a utilizar para alcançá-los; próprias, pois estas servem para te ajudar a ti e os outros a jogar de
• implementar todas as acções necessárias a um ritmo adequado; forma leal.
• avaliar e ter consciência do caminho percorrido e a percorrer.
Como podes ver e em termos simples, o sistema de progresso exige O Percurso: uma vez que a adesão ao Escutismo te vai proporcionar
de ti o dispêndio de algumas energias de uma motivação para assumi- uma série de oportunidades educativas, todo progresso a que vais ser
res o teu desenvolvimento e caminhares em direcção ao teu progres- sujeito – não no sentido de obrigatoriedade mas num processo de livre
so, ao teu próprio ritmo e à tua própria maneira. Sim é isso mesmo: ao escolha, que te ajudar a forjar a tua personalidade, espera-se por isso
teu próprio ritmo e à tua maneira, percebeste? É por isso que tu és que “dês o melhor de ti”. A partir daí, começas a construir o teu progres-
o principal responsável e autor para o teu próprio desenvolvimento e so pessoal e tens de saber que não se trata de uma competição com os
progresso de acordo com os objectivos educativos da tua secção, que outros, mas dar o melhor de ti é uma competição para contigo mesmo
servirão de base para a avaliação do progresso realizado em ti mesmo. e, assim, poderes com o grupo partilhar relações mais profundas e inte-
ractivas, na medida que cada um dos elementos vai procurar “dar o seu
melhor” na sua auto-afirmação como indivíduo de um lado e por outro,
como membro do grupo. No final de tudo, é a equipa que acabará por
vencer!

24 25
O percurso desenvolve-se estruturalmente como uma escada com Estas etapas correspondem às pistas educativas ligadas ao desenvol-
três degraus, e cada degrau é como se fosse uma barreira a ultrapassar. vimento do carácter e ao mesmo tempo vão preparar-te para quando
Vais sucessivamente passar pelos mesmos degraus que aqui chamamos te tornares Caminheiro, onde a comunidade e o serviço vão fazer parte
de etapas: da tua vivência nesta secção. No final de cada etapa, receberás uma
insígnia correspondente.
• Identidade: é a etapa em que és encorajado a ser tu próprio. É Em cada etapa do sistema de progresso vais encontrar uma série
mesmo isso. Precisas de tomar consciência de ti próprio. É o nosso de objectivos educativos que vão cobrir um conjunto de conhecimen-
ponto de partida em direcção ao progresso pessoal. tos, competências e atitudes em todos domínios de desenvolvimento.
• Autonomia: Depois de tomares consciência de ti e das coisas que É isso que te vai fornecer os meios de fixar os teus
te rodeiam, precisas de ser estimulado em fazer o que deve ser fei- objectivos em direcção ao teu progresso
to, é isso que queremos que entendas nesta etapa da autonomia: e, como é óbvio, com a ajuda dos adultos
a capacidade de fazer o que deves fazer. Deverás por ti mesmo (Dirigentes).
fazer o juízo de realidades das quais deves decidir o caminho a Na prática, isso vai funcionar da seguin-
seguir e assumir as consequências dos teus actos. te maneira: tomamos, por exemplo, um
• Vivência: primeiro foi a tomada de consciência. Seguiu-se depois objectivo geral ligado ao desenvolvimen-
o exercício de fazer boas escolhas e pautar naquilo que deve ser to do carácter em que se pretende que
feito. E nesta terceira etapa, serás encorajado a definir o teu rumo cultives a sua auto-estima e tenhas prefe-
e partir para as conquistas, certo de que o teu plano de vida fu- rência nos valores para formação de uma
tura vai reflectir as etapas anteriores que passaste. Porém, nesta consciência e busca da tua identidade. Este
última etapa tu precisas de mostrar na prática que és capaz de objectivo vai-se desdobrar em 3 pistas edu-
viver os teus ideais e as tuas escolhas de uma maneira consciente cativas que correspondem a uma etapa de
e responsável, és capaz de avaliar as tuas decisões e corrigir-te, progresso neste domínio. Com ajuda de um
assim como tens a capacidade de colocar os teus conhecimentos Dirigente, vais definir o teu centro de interesse
ao serviço de outros. ou centro de interesses, a tua responsabilida-
de e o tempo que vais levar para realizar o que
tu mesmo preconizaste. Em geral, cada etapa
não pode levar mais de 10 meses e é importan-
te frisar aqui que a cada pista vai ser agregada
uma série de actividades que tu e a tua Patrulha
irão determinar em função dos objectivos. Estas
actividades vão ajudar-te a potenciar os teus co-
nhecimentos, as tuas capacidades e as tuas atitu-
des. Serão estes três elementos que no final vão
ser avaliados para conferir a insígnia de progresso
correspondente. E depois passas por uma outra
pista que corresponde a outra etapa. Isso implicará
que cada escuteiro faça um diagnóstico inicial, para
se marcar o ponto de partida, e uma avaliação final,
para se ver o progresso que atingiu e no final ser-te-
á dada uma insígnia de progresso correspondente e

26 27
uma menção no teu processo individual. Tu vais aprender a fazer isso
com a tua Patrulha no ciclo de programa, e no final da avaliação é pre-
ciso celebrar o que se atingiu. É a grande festa do grupo que marca o
final de um ciclo e o início do outro. Será também o momento de acção
de graça por aquilo que foi feito, é o momento em que os escuteiros,
pais e amigos podem confraternizar juntos… é como aquela festa que
os jogadores fazem quando a equipa termina campeã! O Escutismo é
um jogo, lembras-te?

Uma última palavra: existem 6 áreas de desenvolvimento no Escutis-


mo e cada uma delas terá 6 pistas educativas principais que correspon-
dem a 2 pistas para cada uma das 3 etapas de progresso depois da
Promessa ou passagem de secção (se veio dos Exploradores Juniores).
Isto significa que uma etapa terá 12 provas de progresso a multiplicar
por 3 etapas; terás durante a tua permanência nos seniores 36 pistas
educativas nas quais vais trabalhar e avaliar o teu progresso. Mais uma
vez, é importante a tua disponibilidade e entrega. Como já referimos, és
tu e unicamente tu serás o responsável pelo teu próprio progresso; os
Dirigentes só vão ajudar na elaboração e no acompanhamento desse
progresso, mas o comandante do barco serás tu!

Até aqui falámos do sistema padrão de progresso.



Existe, porém, um outro sistema chamado sistema de especialidades.
É o conjunto de especialidades que a Associação oferece, onde o escu-
teiro pode escolher aquelas que são mais do seu interesse. Cada espe-
cialidade é avaliada tendo em conta as seguintes dimensões:
• o conhecimento;
• a habilidade;
• o serviço.
Por outro lado, poderás concorrer também à Insígnia de Excelência,
que possui um regulamento próprio, é instituída por Ordem de Serviço
Nacional da Junta Central e é atribuída apenas na última etapa de cada
secção. Uma das características desta insígnia é que o escuteiro que a
pretende conquistar deve estar ligado a todas as facetas da vida (fami-
liar, escolar, etc.).
Nas páginas seguintes vais encontrar o esquema de progresso bem como as
áreas de desenvolvimento e as pistas educativas para cada etapa.

28 29
Adesão
2.1 Adesão ao movimento
Nesta parte da adesão vais aprender que, quando entras para uma • Estrutura e Organização do Movimento Escutista
determinada organização ou movimento, a primeira coisa é conhecer • A nível mundial
a sua história e o modo de vida da mesma para melhor entender as • A nível nacional
suas regras, formas de organização e principalmente quais são os seus • A nível regional
objectivos e o modo como funciona. • A nível do núcleo
• A nível do agrupamento
Assim, na adesão ao movimento vais aprender o seguinte: • A divisão pedagógica da AEA

• Fraternidade Escutista
• História do Escutismo • Uniformes
• No mundo • Lenços
• Em Angola • Uniformes, lenços e distintivos da AEA
• Na tua Região • Saudação e sinal escutista
• Do teu Agrupamento • Encontros internacionais, nacionais, regionais e de núcleo
• Fogo do Conselho
• História do fundador, Baden-Powell • Hino da AEA
• Canção da Promessa
• Saudações e Sinais Escutistas • Canção do Adeus
• A divisa
• A saudação (continência) e os dedos apontados a direcção
ao céu.
• O significado dos 3 dedos levantados e o polegar sobreposto
no dedo mindinho
• As três virtudes do escuteiro representada também pela
saudação
• O aperto de mão escutista

• Os símbolos do Escutismo
• A flor-de-lis e o significado de todas as suas partes
• A bandeira da OMMS
• O emblema e a bandeira da AEA (significados)

• Princípios Fundamentais do Movimento Escutista


• Definição e Objectivo do Escutismo
• Princípios Escutistas
• A Lei Escutista
• A Boa Acção
• A Promessa escutista

32 33
2.2 Adesão à secção
• Actividades características da III Secção e algumas Técnicas
É muito importante dominar como funciona a tua secção uma vez Escutistas
que até completares 18 anos esta vai ser a tua comunidade, através da • Actividades na Sede
qual o programa de seniores da AEA será implementado. Nesta parte • Empreendimentos – Projectos e Pesquisas
de adesão, vais habilitar-te também em algumas técnicas escutistas • Competições e grandes jogos
que te vão ajudar na interacção com algumas actividades típicas den- • Actividades Externas (Sociais…)
tro da tua unidade. • Campismo e pioneirismo
• Expedições – Hikes
• Estrutura do Grupo Sénior • Actividades de Resistência – caminhadas
• O Sénior • Orientação – Comunicação
• A Patrulha
• A Equipa de Animação • Formaturas e Evoluções
• O Conselho de Guias / Tribuna de Honra • Ordem Unida
• O Conselho de Grupo Sénior • Marchas
• Formaturas
• O Sistema de Patrulha • Sinais (de apitos e de mãos) de Formaturas
• O totem, o grito e a bandeirola da patrulha
• As funções na patrulha • Cerimónias na III Secção
• O guia e o sub-guia • Velada
• O canto da Patrulha • Promessa
• O espírito da Patrulha • Investiduras (da secção, de guias…)
• A reunião da Patrulha • Passagem para IV Secção
• O caderno de Actas e o livro de Honra
• O código de honra da Patrulha
• As actividades na Patrulha
• Boa Acção da Patrulha

• A Mística, Simbologia
• O Ideal do Sénior
• O Padroeiro
• O Símbolo

• Ciclo de Programa
• Diagnóstico do estado do grupo e a pré-selecção de Parabéns, acabas de completar a fase da
actividades
• Proposta e selecção de actividades
adesão e agora estás apto para fazer a tua
• Organização, projecto e preparação de actividades
• Desenvolvimento, avaliação de actividades e
acompanhamento do progresso pessoal
Promessa de Sénior
e seguir para fase de Percurso.
34 35
___/_______/__________
Fiz a minha Promessa no dia ____
_____________________
em ____________________________
pelo _______________
A imposição do meu lenço foi feito
___________________
________________________________
Recebi um lenço______________
______________________ Fotografia
uintes Escuteiros:
Fizeram Promessa comigo os seg
___________________
________________________________
___________________
________________________________
___________________
________________________________
___________________
________________________________
As minhas impressões:
___________________
________________________________
___________________
________________________________
___________________
________________________________
___________________
________________________________

Fotografia
Fotografia

36 37
Percurso
Dimensão da Áreas de Interesses
Antes de começares o teu Percurso seria bom notares que o Escu-
Personalidade Desenvolvi- Educativos
tismo assume que o ser humano é composto de um corpo (desenvol-
mento
vimento físico), de uma inteligência (desenvolvimento intelectual), de
emoções (desenvolvimento afectivo), de relações (desenvolvimento Corpo Físico Esquema corporal e a afirmação do
social), de um espírito (desenvolvimento espiritual) que lhe vão dar fi- papel sexual.
nalmente uma identidade (desenvolvimento do carácter).

Inteligência Intelectual Novas formas de pensar em desen-

Um Corpo Desenvolvimento Físico volvimento, juízo crítico e maior com-


O Ser preensão do mundo.
Um Cérebro Desenvolvimento Intelectual

Identidade
Humano é
composto Emoções Desenvolvimento Afectivo
Emoções Afectivo Orientação e manutenção de afecti-
de: Relações Desenvolvimento Social vidade e vivência de amizades.
Espírito Desenvolvimento Espiritual

Relações Social Aprendizagem do respeito pelas opini-


Esse quadro retrata as dimensões da personalidade (corpo, cérebro, emoções, ões dos outros, construção e adopção
relações, espírito e identidade) e as áreas de desenvolvimento correspondentes. de normas por meio de consenso e
integração à sociedade mais imediata.
A cada área de desenvolvimento são agregadas pistas educativas. Espírito/Felicidade Espiritual Preferência pelos VALORES.
Trata-se de identificar em cada domínio as prioridades educativas em
função das necessidades e aspirações no contexto social e cultural em
que estás inserido.
É a partir dessas prioridades que se estabelecem os objectivos educa- Auto-estima, preferência pelos valo-
Identidade/Vontade Carácter
tivos de onde devem nascer as actividades educativas, na medida que
res, formação de consciência e busca
as mesmas devem ser coerentes com a área ou áreas que se pretendem
da identidade.
desenvolver no escuteiro.
É isto que torna a educação escutista tão especial e atraente, uma vez
que as actividades e a aplicação do método nelas têm reflexo em todos
os aspectos do teu desenvolvimento, como um todo indivisível, onde
Por isso, e como escuteiro e sénior que és, deves encontrar no Escutis-
também és estimulado a assumir a responsabilidade para o teu próprio
mo – através das actividades educativas, um caminho em busca do teu
desenvolvimento.
projecto de vida que consolidarás quando fores Caminheiro. Desta feita,
é importante dedicares-te à exploração das suas potencialidades para
te tornares num homem ou numa mulher autónomo e auto-suficiente,
através da escolha voluntária dos objectivos educativos e implementar
actividades que proporcionem, de forma equilibrada, o desenvolvimen-
to de todas as dimensões da tua personalidade que interagem entre si.

Bom percurso!

40 41
2.Desenvolvimento
INTELECTUAL

Pista 1. Alargar os seus conhecimentos aprendendo sistematicamen-


te sobre novas coisas e desenvolver um sentido crítico das coisas:
1. Desenvolvimento
• Ser capaz de analisar as implicações de cada nova informação
FÍSICO
recebida na sua vida e, progressivamente, focalizar o seu interes-
Pista 1. Assumir tua própria responsabilidade para o desenvolvi-
se nas matérias ligadas às suas opções de carreira profissional
mento harmonioso do seu corpo.
para o futuro.
• Procurar como manter-se em boa forma física.
• Manter-se informado através dos vários canais de informação e
• Saber as posições físicas apropriadas para a tua mobilidade e no
noticiários da média e ser capaz de avaliar criticamente o que vê,
estado de descanso.
o que ouve e o que lê.
• Mostrar interesse em leituras diversificadas e exprimir as suas
Pista 2. Identificação das necessidades.
opiniões sobre os diferentes artigos e matérias das leituras feitas.
• Compreender o funcionamento do seu corpo (isto é, os processos
biológicos que o regulam, orientando as suas forças e impulsos).
Pista 2. Actuar com uma agilidade mental nas situações mais ad-
• Compreender as diferenças físicas e psicológicas entre mulher
versas desenvolvendo assim a sua capacidade de ensino-aprendi-
e homem.
zagem, de inovação e de aventura.
• Compreender as mudanças do seu corpo: conhecer as mudan-
• Demonstrar habilidade de analisar situações a partir de diferen-
ças que ocorrem no seu organismo e acima de tudo saber ad-
tes pontos de vista assim como ter habilidades para críticas cons-
ministrar / orientar os transtornos associados a estas mudanças.
trutivas e dar sugestões.
• Compreender as relações entre o corpo e o meio ambiente, as
• Propôr novas ideias sobre o andamento e actividades a serem
necessidades e os ritmos corporais (oxigénio, alimentação equi-
analisadas na Patrulha e outras acções a serem implementadas
librada, repouso). Isto implica administrar correctamente o seu
na unidade enquanto Patrulha.
tempo, buscando o equilíbrio entre as diversas obrigações e re-
• Criar e organizar jogos e exercícios intelectuais (de quebra-cabe-
pousando adequadamente.
ça) para o benefício da Patrulha e do grupo e motivá-los a parti-
cipar activamente nestes jogos.

42 43
3.Desenvolvimento 4.Desenvolvimento
AFECTIVO SOCIAL

Pista 1. Alcançar e manter um auto-controlo em equilíbrio com a Pista 1. Desenvolvimento do sentido de uma vida livre e exercício
sua maturidade emocional. da defesa dos direitos e deveres com outros.
• Fazer um esforço para controlar as suas reacções e estabilizar • Ser aberto para diferentes opiniões e classes sociais, tratando to-
o seu comportamento e progressivamente aprender a dominar das as pessoas com igualdade e dignidade.
as suas emoções e sentimentos de forma a atingir uma estabili- • Ter uma atitude de repúdio perante actos de violação dos direitos
dade mental sadia. humanos e ir em auxílio daqueles que são maltratados no dia-a-dia.
• Reconhecer por si mesmo as suas tendências tais como nervo- • Ajudar a Patrulha a cumprir os seus deveres e participar nas acti-
sismo, rebeldia, fraqueza ou insegurança e tirar lições úteis e vidades relacionadas com os direitos humanos.
descobrir-se a si próprio.
• Partilhar as suas emoções e sentimentos na sua Patrulha e no Pista 2. Reconhecimento e respeito da lei constitucional de Angola e
conselho de guias (se for guia) e responder de maneira ade- das outras formas de autoridades legais ao serviço dos outros e coo-
quada aos sentimentos exprimidos a seu respeito sem se tornar peração com as normas estabelecidas pela sociedade/comunidade.
deprimido, acanhado ou complexado. • Mostrar interesse em conhecer as grandes linhas da Lei Cons-
titucional de Angola e saber identificar os diferentes níveis da
Pista 2. Exteriorizar-se aos outros actuando de forma generosa e autoridade que existem no país.
afectuosa sem estar inibido ou agressivo. • Respeitar as autoridades legitimamente eleitas (do país, da igre-
• Saber exteriorizar e exprimir os seus sentimentos e opiniões de ja, da associação…) mesmo se não concordar ou partilhar as
maneira livre em diferentes circunstâncias sem desconsiderar ideias destes.
as opiniões e sentimentos dos outros. • Aceitar as decisões dos seus pais/encarregados e expressar os
• Saber manter-se firme para com as suas opiniões quando con- seus pontos de vista, caso estes sejam diferentes, e fazê-lo com
sideradas correctas. respeito e humildade.
• Descobrir o valor da amizade e ser sensível para com os seus • Exercitar a sua autoridade (utilizando a sua função na Patrulha)
amigos e saber exprimir os seus sentimentos com relação aos de uma forma apropriada sem autoritarismo ou abuso.
amigos. • Respeitar as normas de convivência em diferentes lugares onde
vive e estuda assim como compreender a importância das nor-
mas no desenvolvimento da sua liberdade e da dos outros.
• Analisar e expressar as suas opiniões com relação a normas que
regulam a sua vida (por exemplo, os princípios, a lei e a promes-
sa) e fazer o seu melhor para viver de acordo com os mesmos e
lutar pelas mudanças positivas.

44 45
5.Desenvolvimento 6. Desenvolvimento do
ESPIRITUAL CARACTÉR

Pista 1. Descoberta e reconhecimento de Deus na natureza. Pista 1. Reconhecer as suas possibilidades e limitações e
• Confirmar a sua fé através da manifestação da sua crença confor- ser crítico para consigo mesmo, aceitando-se a si, procuran-
me estabelecidas na religião que professa.
do preservar a sua imagem.
• Mostrar através da sua atitude para com a natureza e da sua res-
ponsabilidade como parceiro de Deus na sua manutenção. • Ser capaz de olhar-se e descobrir-se a si mesmo e assu-
• Desenvolver a capacidade de acolher (ouvir e ler) dos outros da mir-se como tal e participar com interesse das activida-
sua admiração pela natureza e encorajar a Patrulha a organizar des que estimulem a descoberta de si.
actividades que permitam a todos expressarem a sua fé em Deus • Ser capaz de aceitar a avaliação e a crítica que é feita a
pela Natureza maravilhosa posta à nossa disposição.
seu respeito e, nesta via, estar disposto a partir para as
Pista 2. Adesão aos princípios espirituais, ser leal para com a reli- mudanças e perseverar a sua imagem.
gião que professa e aceitar os deveres resultantes desta. • Reconhecer as suas capacidades e limitações, e estar
• Ser capaz de extrair como a missão de São João Baptista pode disposto a procurar ajuda caso seja necessário, e reafir-
ajudar os nossos princípios espirituais e reflectir-se na vida da mar a sua convicção de ser capaz de progredir.
Patrulha e do grupo.
• Participar regularmente nas missas/cultos da sua Igreja e parti-
Pista 2. Tomar a sua responsabilidade para o seu desenvol-
lhar a fé com os outros da mesma comunidade religiosa através
das diversas formas de manifestações da sua crença, conforme vimento pessoal e esforçar-se por avaliar regularmente os
estabelecida pela sua religião. progressos feitos.
• Participar nas acções religiosas da sua Igreja local e conhecer • Fixar objectivos para o seu progresso, avaliar-se cons-
todos os momentos litúrgicos assim como os eventos cristãos tantemente sobre os resultados obtidos e esforçar-se
associados à sua religião assim como saber explorar e defender
por corrigir os erros e ultrapassar os defeitos.
a sua doutrina.
• Meditar e entronizar as leituras bíblicas da semana que antecede • Cultivar a atitude de persistência para assegurar o pros-
a reunião da Patrulha, partilhá-las com os membros que confes- seguimento dos seus objectivos e desenvolver as suas
sam a mesma fé e ser capaz de reconhecer realidades espirituais capacidades.
à sua volta. • Participar em projectos que permitam a obtenção gra-
dual e sistemática do teu progresso pessoal (Ciclo de
Programas) e com a patrulha e grupo, avaliar os resul-
tados.

46 47
2.Desenvolvimento
INTELECTUAL

Pista 3. Combinar os conhecimentos teóricos e práticos através da


1. Desenvolvimento aplicação constante das habilidades técnicas e manuais.
FÍSICO • Tomar parte activa na arrumação, embelezamento e reno-
vação do canto de empreendimento (local do encontro da
Pista 3. Valorizar a sua aparência, cuidar da sua higiene pessoal e Patrulha) e saber como aplicar as técnicas escutistas para re-
dos outros. solver alguns problemas de arrumo na sua casa ou durante
• Sanidade e Higiene: valorizar a sua aparência e cuidar da sua um acampamento.
higiene e da limpeza do ambiente que o cerca. • Participar na projecção de um acampamento (da Patrulha, da uni-
• Empreender acções para manter o seu meio (casa, tenda, acam- dade ou do agrupamento) em termos da montagem e infra-es-
pamento) limpo e arrumado. trutura assim como montar painéis utilizando técnicas escutistas
• Saber como livrar o seu corpo de abusos que o possam prejudicar. para fixar imagens, reclames, croquis, etc.

Pista 4. Manter uma dieta simples e apropriada. Pista 4. Fazer a escolha da sua vocação tomando em consideração
• Saber os requisitos alimentares saudáveis para a sua idade. as suas atitudes, capacidades e interesses valorizando ao mesmo
• Respeitar as horas diárias das refeições. tempo as vocações dos outros membros da Patrulha/grupo.
• Saber propor e preparar o menu e alimentação saudável e equi- • Desenvolver algumas especialidades escutistas com vista a obter
librada para as actividades da Patrulha e da unidade. insígnias de competência segundo a sua inclinação.
• Aplicar os conhecimentos das suas especializações nas acções
concretas em benefício da sua comunidade
• Começar a definir as suas opções profissionais no futuro com
uma análise profunda e partilhá-las se necessário.

48 49
3.Desenvolvimento 4.Desenvolvimento
AFECTIVO SOCIAL

Pista 3. Procurar uma felicidade pessoal baseada no amor e no ser- Pista 3. Serviço e solidariedade comunitária na promoção de uma
viço aos outros sem esperar em troca uma recompensa e valorizar sociedade cooperativa e participativa.
os outros tal como são. • Conhecer as principais organizações sociais a que pode recorrer
• Compreender o significado de “Amai-vos uns aos outros” e fazer para ajudar a sua comunidade local e ter uma lista de endereços
disso a fonte da sua complementaridade e felicidade pessoal e, de serviços de utilidade pública.
por essa razão, mostrar interesse pelos outros e fazer parte das • Prestar pequenos serviços individualmente na sua comunidade
vidas deles. e participar de uma forma activa nas campanhas de ajuda e de
• Apreciar as diferentes pessoas em contacto consigo, estar dis- desenvolvimento da mesma (bairro, escola, igreja…) promovidas
ponível em dar sem receber algo em troca e saber partilhar e pelas entidades responsáveis ou direcções afins.
defender os direitos dos outros, valorizando-os pelo que são e • Mostrar interesse e comprometimento em ajudar a sua comuni-
não pelo que têm. dade em minimizar, senão eliminar, os problemas que vão sur-
gindo assim como lutar pela justiça social do meio em que está
Pista 4. Conhecer, aceitar e respeitar a sua sexualidade e a dos ou- inserido.
tros como uma expressão de si e do amor. • Sugerir e participar activamente na organização dos projectos
• Procurar e ter informações apropriadas e correctas sobre a sexu- sociais a serem levados a cabo pela sua Patrulha ou grupo; par-
alidade e partilhá-las com os seus companheiros (membros da ticipar activamente nas campanhas a favor das comunidades or-
Patrulha, etc.). ganizadas pelo agrupamento ou associação.
• Compreender e aceitar a sexualidade como um dom de Deus e
como algo especial relacionada com a habilidade de amar e ser Pista 4. Identificar-se com os valores do seu país, do seu grupo etno-
amado; ter opiniões e atitudes pessoais consistentes e coerentes linguístico e da sua cultura.
com os valores éticos, morais e espirituais com relação a alguns • Conhecer a distribuição geográfica e etnolinguística de Angola
comportamentos sexuais como a homossexualidade, lesbianis- e a influência das culturas da província, município, comuna ou
mo, relações sexuais pré-casamento, o aborto, etc. povoação onde vives.
• Testemunhar um verdadeiro amor e responsabilidade nas suas • Conhecer e apreciar a sua herança cultural, identificando-se com
relações afectivas com outras pessoas do sexo oposto, optando ela e saber da sua língua, das suas histórias, das suas danças, das
por uma atitude de respeito e de igualdade para ambos os sexos. suas práticas, dos seus hinos, dos seus mitos, dos seus sítios, das
• Evitar discriminação e julgamentos estereótipos com pessoas de suas artes, dos seus utensílios, etc.
outro sexo; participar em actividades que promovem direitos e • Ser capaz de detectar as mudanças ocorridas na sua cultura e dar
oportunidades iguais para homens e mulheres. a sua opinião sobre as mesmas e os motivos destas mudanças.
• Promover na Patrulha e no grupo actividades que expressem as
diferentes heranças culturais dos seus membros utilizando as di-
ferentes formas de comunicação e representações.

50 51
5.Desenvolvimento 6. Desenvolvimento do
ESPIRITUAL CARACTÉR

Pista 3. Prática pessoal da oração como meio da expressão do amor Pista 3. Elaborar um plano de vida com base nos valores escutistas
de Deus e meio de comunicação com Ele. (Lei, Princípio e Promessa).
• Compreender a importância da oração como meio de comunica- • Aceitar e reconhecer a importância do Princípio, da Lei e da Pro-
ção com Deus e procurar diariamente ter momentos de silêncio, messa escutista através da sua aplicação no seu dia-a-dia e ser
de oração e de meditação pessoal. testemunhado pelos outros.
• Rezar/orar regularmente em diferentes ocasiões ou situações e • Aplicar a Lei e os princípios nas actividades da Patrulha e do gru-
incorporar orações nos momentos de grandes decisões da sua po e na vida pessoal.
vida. • Renovar o seu compromisso (promessa) para com o Escutismo e
• Organizar momentos de orações com a Patrulha e a família e pre- adoptar os seus valores na sua vida, sobretudo nas actividades
parar orações nos diferentes momentos da Patrulha, da unidade onde há muita gente com diversas influências.
e do agrupamento. .
Pista 4. Actuar em coerência com os valores defendidos.
Pista 4. Aplicar os princípios religiosos da tua confissão na tua vida
pessoal e procurar uma coerência entre a tua fé, a tua vida e o teu • Ser capaz de fazer juízos de realidades por si mesmo, saber to-
testemunho na sociedade. mar decisões e fazer escolhas das quais possa assumir as conse-
• Ser capaz de explicar aos outros (escuteiros e não escuteiros) o quências.
significado e as implicações do 1.º Princípio Escutista. • Demonstrar coerência entre a sua conduta e os valores assumi-
• Reflectir com a Patrulha o testemunho que Jesus dá sobre São dos e ser testemunhado pelos outros.
João Baptista. Que lição de humildade se pode aprender e como • Fazer esforço de cumprir com os compromissos assumidos na
aplicar isso na sua vida e na dos outros durante as actividades. sua Patrulha cuja actividades devem reflectir os valores individu-
• Participar activamente em actividades da Igreja e partilhar as ais da coerência de todos os seus membros.
suas experiências da tua lealdade para com a tua fé com outros • Saber gerir o seu tempo, fixar prioridades e respeitá-las, assim
membros da Patrulha e do grupo. como saber bem planificar bem os seus projectos.
• Ser capaz de demonstrar que a fé não é uma relíquia individual
mas que deve ser traduzida em demonstração de atitudes e prá-
ticas correctas frente aos teus companheiros e a sociedade em
geral que é a expressão da dimensão social da fé.
• Conhecer as diversas personagens bíblicas (o padroeiro, por
exemplo), saber fazer os resumos das suas vidas e extrair lições
e ideais que devem ser aplicados na sua vida, na da sua Patrulha
e do grupo e encorajar os outros membros a viverem a sua fé de
acordo com esses princípios.

52 53
2.Desenvolvimento
INTELECTUAL

Pista 5. Expressar os seus pensamentos e sentimentos em forma de


representações e criar um ambiente propício para facilitar a comuni-
1. Desenvolvimento cação mútua para as representações na comunidade (Patrulha, gru-
FÍSICO po, comunidade).
• Ser capaz de expressar os seus interesses e habilidades artísticos
Pista 5. Alcançar um equilíbrio na distribuição do seu tempo entre através das representações e médias (jornais murais, panfletos,
as suas diferentes obrigações e praticar actividades apropriadas de cartazes, jograis, poesias…).
lazer. • Estar envolvido na preparação do programa cultural de fogos de
• Distribuir o seu tempo de acordo com as suas obrigações diárias conselho e das festas da unidade e do agrupamento.
tendo em conta a sua vida no seio da sua família e da sua comu- • Reconhecer e apreciar algumas obras poéticas e históricas, saber
nidade. argumentar sobre elas assim como ser capaz de representá-las
• Incorporar diferentes actividades recreativas no seu tempo de em peças, contos, artigos, desenhos ou imitação.
lazer de uma forma regular.
• Incorporar o desporto como uma actividade de prática regular Pista 6. Valorizar as tecnologias de informação, outros ramos de sa-
de forma consciente no seu dia-a-dia. ber assim como recorrer aos métodos científicos na compreensão e
• Participar na organização de jogos e exercer um papel activo em resolução de problemas.
outras actividades da recreação na sua Patrulha e no grupo du- • Interessar-se pelas tecnologias de informação e saber utilizá-
rante as actividades de campo. las de forma responsável e adequada e procurar aperfeiçoar-se
• Atingir performances desejadas (amador), assumindo a competi- mantendo um espírito aberto sem prejuízo da aquisição de ou-
ção como algo secundário, e saber ganhar e perder. tros conhecimentos em outros campos de saber.
• Dominar alguns processos tecnológicos de alguns serviços de
Pista 6. Procurar alcançar eficiência no equilíbrio do seu corpo que beneficiamos no nosso dia-a-dia (tratamento de água, elec-
• Desenvolvimento dos sentidos, do tacto, da vista e olfacto: os jo- tricidade, rádio, televisão, comunicação, internet, reciclagem etc.).
gos de observação aqui também são muito importantes e exercí- • Participar em projectos de pesquisas de alguns problemas co-
cios de percepção adequada dos fenómenos e situações através muns nas nossas comunidades fazendo uso de diferentes meto-
dos seus sentidos corporais. dologias científicas.
• Desenvolvimento da resistência, da robustez, de agilidade e do • Usar inovação tecnológica simples para dar soluções a alguns
domínio: formação da sua própria imagem corporal, controlo da problemas comunitários através de pequenos projectos (trata-
sua agressividade, respeito pelo seu corpo e pelo corpo alheio. mento de lixo, por exemplo).
• Compensar as limitações físicas: ser capaz de aceitar as dificulda-
des motrizes do teu desenvolvimento e gerir bem os transtornos
associados com o crescimento rápido ou retardado.

54 55
3.Desenvolvimento 4.Desenvolvimento
AFECTIVO SOCIAL

Pista 5. Reconhecer o casamento e a família como base nuclear de Pista 5. Luta pela Paz e entendimento através da promoção da coo-
uma sociedade. peração, da irmandade e pela descoberta de outros povos
• Procurar aperfeiçoar as suas relações com os seus pais, encar- • Conhecer os diferentes movimentos juvenis em Angola e parti-
regados de educação e comunicar com eles constantemente, cularmente na sua província, manter um intercâmbio com alguns
aceitando os limites do seu lugar na família no exercício da sua e participar das marchas da paz no restrito respeito dos regula-
liberdade. mentos da AEA e das normas de conduta do Escutismo (Lei e
• Conquistar dos seus pais/encarregados de educação a confian- Promessa).
ça e a consideração ao expressar as suas diferenças de opiniões • Promover e participar em projectos de Mensageiros da Paz na
de maneira que eles reconheçam e respeitem os seus pontos de tua Patrulha.
vista. • Participar activamente nas provas promovidas pela CEL – Comu-
• Crescer em harmonia com a sua família e inspirar-se nela para nidade de Escuteiros Lusófonos.
projectar o seu futuro lar e/ou aprender da mesma (família) para • Estar em contacto com os escuteiros de outras regiões a nível
que os problemas de hoje não se reflictam na sua futura família. individual, da Patrulha ou do grupo, mantendo um intercâmbio
• Ter atitude reconciliadora e de diálogo com os seus irmãos e pa- regularmente.
rentes. • Participar em eventos escutistas a nível regional, nacional e mun-
dial e procurar conquistar e perseverar as amizades feitas nestes
Pista 6. Valorizar e aprender das opiniões expressas na sua comuni- encontros através da comunicação ou intercâmbios permanen-
dade a seu respeito e mostrar apreço especial aos mais velhos que tes quer a título individual, de Patrulha ou de grupo.
lá habitam e não só.
• Manter uma relação saudável com os membros da sua comuni- Pista 6. Conservação do meio ambiente e luta pela defesa da inte-
dade e ser capaz de exprimir as suas opiniões com relação aos gridade da fauna e flora.
problemas comunitários sempre que for necessário. • Conhecer os problemas que afectam o nosso ar, a nossa água, o
• Ser capaz de fazer uma introspecção das suas atitudes a partir do nosso clima, a nossa terra e as implicações que isso tem na nossa
que se fala a seu respeito na tua comunidade e aceitar os reparos vida quotidiana.
de maneira a respeitar a sua integridade e a dos outros membros • Contribuir com opiniões válidas para combater a degradação do
da comunidade. nosso meio ambiente.
• Respeitar de modo especial os mais velhos e mostrar uma atitu- • Aplicar algumas técnicas simples da conservação da natureza
de de apreço, de simpatia, de gratidão e de ajuda sempre que nos ambientes naturais de acampamentos escutistas e no dia-a-
estiver à frente deles e reconhecer neles uma relação de parceria dia nas nossas casas.
que pode ajudar a preparar o seu futuro. • Desenvolver e participar em projectos da conservação ambiental
elaborados pela Patrulha ou grupo e promover os mesmos para
os não escuteiros, principalmente na sua comunidade.

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5.Desenvolvimento 6. Desenvolvimento do
ESPIRITUAL CARACTÉR

Pista 5. Desenvolver um espírito ecuménico. Pista 5. Ter a vida como algo caro e especial e manter um sentido
• Conhecer as diferentes confissões da fé e igrejas que existem no de humor.
seu meio, estabelecer contactos com os escuteiros de diferentes • Meditar e aplicar sempre os artigos 8 e 10 da Lei Escuta, mesmo
religiões na sua região e participar em actividades que encora- nas dificuldades e situações adversas, e partilhar com outros as
jam diálogos com pessoas de confissões diferentes. suas experiências.
• Participar em encontros ecuménicos onde a sua igreja participe • Ser capaz de perceber situações e atitudes prejudiciais à sua vida
ou os escuteiros se façam presentes sem criticar as formas de e tomar uma posição na qual deve engajar-se para a valorização
manifestação dos outros membros que não confessam a mesma da sua vida.
fé consigo. • Preparar e participar nos projectos da Patrulha/grupo para de-
• Aprender do martírio de S. João Baptista e que lições podemos bater situações particulares ou da comunidade que afectam o
aprender da sua coragem na denúncia feita a Herodes. Como desenvolvimento progressivo do futuro das nossas vidas.
isso se pode aplicar nas nossas vidas.
• Encorajar a sua Patrulha a aceitar e a respeitar as diferenças das Pista 6. Procura de fonte de inspiração para opções futuras e plano
crenças religiosas e mostrar interesse em pesquisar sobre os de vida.
grandes pensamentos religiosos, suas origens e o seu povo. • Apoiar os membros da Patrulha no seu esforço para alcançar os
objectivos do progresso e ser capaz de reconhecer a influência
Pista 6. Fidelidade e firmeza para com a sua crença. positiva do grupo como uma comunidade que pode ser uma
• Explorar a herança espiritual da sua igreja e aprofundá-la a fim fonte de inspiração para as nossas expectativas.
de tirar conclusões para a sua vida pessoal e a da sua Patrulha; • Definir uma escolha de vida (profissão, vocação…) e tomar as de-
maximizar o seu interesse em agir conformemente, sobretudo vidas disposições para as realizar.
nos momentos difíceis. • Conceber, realizar e participar em projectos de estudo ou de
• Desenvolver um sentido crítico dos movimentos religiosos con- visita de acordo as escolhas de vida (opções profissionais, aca-
trários aos valores do Escutismo e ser capaz de colocar questões démicas, vocacionais…) visadas e representadas pelos membros
ao seu assistente para esclarecimento e compreensão da base da Patrulha.
doutrinária da sua confissão religiosa.

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Áreas de
____
Desenvolvimento 1.ª Etapa 2.ª Etapa 3.ª Etapa Passei _______________________________ no dia _____/_____/__
__
_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____ Passaram comigo os seguintes elementos: _____________________
______________________________________________________________
Físico
______________________________________________________________
(Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo)

_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____ ______________________________________________________________

Intelectual
As minhas impressões: _________________________________________
(Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo)
______________________________________________________________
_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____
______________________________________________________________
Afectivo (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) ______________________________________________________________
___
A minha determinação para a IV Secção: _____________________
_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____
______________________________________________________________
Social (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) ______________________________________________________________

_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____ ______________________________________________________________

Espiritual (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo)

_____/____/_____ _____/____/_____ _____/____/_____

Carácter (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo)

Passagem para a IV Secção: _________________________________________________


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Notas

Fotografia

Fotografia

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Notas

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