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Capitulo 1 – O que é o Fogo de Conselho?

"Transição entre o dia e a noite; a passagem da actividade ao repouso” (Léon Chanterelle)

• Reunião de amigos que viveram o mesmo dia, que se empenharam e participaram


nas mesmas actividades;

• Actividade que procura encontrar o equilíbrio entre a excitação de um dia cheio de


empreendimentos e a necessidade que cada um tem de se recolher e fortalecer;

• Ocasião em que se faz revisão do dia por meio de representações;

• Momento de enorme partilha e convívio em que é dada a oportunidade a todos de


se darem a conhecer de uma forma menos habitual;

• Ocasião para reflectir sobre um determinado tema, de estar em comunhão com


Deus e de dar graças pelo que temos à nossa volta;

• Óptimo local para criar e viver tradições do grupo;

• Excelente oportunidade para viver o imaginário da actividade.


Capitulo 2 – Que tipos de Fogo de Conselho/Festa de Campo
existem?
Existem dois tipos de fogo de conselho:

1. O Fogo de Conselho Formal, é uma cerimónia nocturna e solene vivida durante uma
actividade de exterior por um determinado grupo de escuteiros e de preferência, em
campo. Deve ser iniciado com um pequeno discurso feito normalmente pelo chefe de
agrupamento/secção e que pode, ou não, ser seguido de uma breve explicação por parte
do animador/chefe sobre a simbologia do tempo levado a atear a fogueira.
No fogo de conselho formal, a fogueira só é ateada depois deste pequeno ritual inicial que
não deve demorar mais do que 2/3 minutos e é pedido aos bandos, patrulhas ou equipas
que apresentem uma, ou mais, peças, podendo essas serem cómicas e/ou sérias (à
escolha da equipa ou do animador).
É um fogo de conselho bastante elaborado previamente pelo(s) animador(es) e que
assenta sobre um determinado tema/imaginário.
É sempre constituído por duas partes – parte cómica e parte séria – sendo que são ambas
sempre dinamizadas pelo(s) animador(es).

2. O Fogo de Conselho Informal, é um momento mais intimo comparando com o


exemplo anterior e onde se dá mais liberdade aos vários elementos presentes no FC de
participar de uma forma mais relaxada e activa. Não existe discurso inicial e muitas vezes,
a fogueira usada no fogo de conselho é a mesma que foi usada para fazer o jantar.
As danças e dinâmicas feitas podem, ou não, ser sugeridas ao(s) animador(es) por parte
dos elementos ou, até mesmo, feitas pelos elementos presentes no FC, sendo que, desta
forma, não é exigido ao(s) animador(es) uma preparação tão elaborada, embora seja
sempre aconselhável ao(s) animador(es) ter consigo uma lista de danças, musicas,
dinâmicas e aplausos caso a memoria falhe.
Capitulo 3 – Como preparar o Fogo de Conselho?
1. Escolh
Escolhe bem o local e prepara-o
prepara o para o grande momento

Características do local:
- Plano
Plano;
- Amplo
Amplo;
- Limpo
Limpo;
- Chão seco
seco;
- Afastado de fontes d
de ruído;
- Zona
ona em que as emissões de “ruído escutista” não sejam problema

Disposição dos elementos (quando existem peças para apresentar):


Sugestões:
- Delinear previamente os lugares onde todos se vão sentar colocando troncos deitados no
chão a servirem de bancos. Desta forma terás os elementos mais confortáveis e será muito
mais fácil para eles perceber onde se devem sentar, o que ajuda bastante se estiveres a
dinamizar um fogo de conselho formal;
- No caso de teres alguém presente que merece ser homenageado ou privilegiado em
relação aos outros (o assistente de agrupamento, o chefe de agrupamento, o dono do
terreno onde estás a acampar, etc…), reserva algum tempo para lhe construíres/montares
um assento especial. Ele/ela vai gostar e dá um certo nível ao fogo de conselho.

2. Prepara a fogueira certa para o fogo de conselho certo

Tipos de fogueiras:

Pirâmide

• Utilização. Grandes Fogos de Conselho


• Características. Não necessita de grande manutenção fornece bastante luz e calor
• Descrição: A base é um quadrado de 1 a 1,2m de lado, com troncos muito grossos,
indo o diâmetro diminuindo em altura até 1 a 1,2m do solo. O bloco central é
constituído por, acendalha e lenha fina.

Vista de lado Vista de cima


Cone

• Utilização: para Fogos de Conselho até 80 escuteiros


• Características: dá bastante calor e as chamas sobem como um fio dando muita
iluminação; como os troncos são consumidos rapidamente, necessita de maior
manutenção.
• Descrição: a base é um quadrado com 1 a 1,2m de lado, dispondo-se dentro dele
numerosos troncos colocados em cone. O bloco central é constituído por, acendalha
e lenha fina.

Vista de lado Vista de cima

Polinésia

• Utilização: Fogo de conselho informal, em que os escuteiros se reúnem para


conversar, cantar.
• Características: Longa duração e manutenção simples, Dá pouca luz.
• Descrição: Abre-se um buraco quadrado de 40cm de largura e outros tantos de
profundidade. Coloca-se no fundo uma Pedras para suporte dos troncos que são
dispostos a toda a volta sobressaindo um pouco do buraco.
Estrela

• Utilização: Fogos de Conselho de patrulha ou equipa.


• Características: Fogueira de grande duração, Dá pouco calor e luz.
• Descrição Traçam-se no chão 4 a 6 canais nos quais se colocam outros tantos troncos,
esboroados rias pontas. No centro faz-se uma pequena fogueira em cone, que
incendiará os troncos dispostos em estrela.

Canadiana

• Utilização: Fogos de Conselho de patrulha ou equipa


• Características: Fogueira reflectora para aquecimento

3. Elabora o planeamento ao pormenor


Um bom planeamento do fogo de conselho, é provavelmente a chave para um fogo de conselho
de sucesso, por isso, quanto mais tempo despenderes a escolher, a personalizar e a praticar as
tuas danças, dinâmicas e aplausos, melhor será o fogo de conselho.

Aqui ficam algumas dicas que deves ter em conta ao planeares o teu fogo de conselho:

a) Usa a tua lista de animações que conheces pois é mais fácil de escolher as dinâmicas que
vais fazer (se não tens uma lista de animações, se calhar está na altura de criares uma);
b) Escolhe dinâmicas que já sabes à partida que vão agradar os restantes elementos;
c) Analisa a intensidade de cada uma dessas dinâmicas e coloca as mais intensas próximas
do clímax do FC, as moderadamente intensas entre o inicio do FC e o clímax, e as menos
intensas próximas do fim da parte cómica do FC;
d) Se sabes, ou deduzes, que determinada equipa vai apresentar uma peça cómica bastante
boa, coloca-a mais próxima do clímax do fogo de conselho;
e) Cria uma sequência lógica de representações cómicas (relacionadas, ou não, com o
imaginário) apresentadas por alguns elementos (onde pode constar o(s) animador(es)) e
implementa essas mesmas representações em vários pontos do planeamento;
f) Sempre que consigas, envolve imaginário nas tuas danças, dinâmicas e aplausos;
g) Intercalar as dinâmicas mais cansativas, para o animador, com as menos cansativas.
Capitulo 4 – Como dinamizar o Fogo de Conselho?
Conse
A evolução do fogo de conselho

A importância de saber usar o corpo e a voz


Na maior parte das vezes, o animador é visto como um dos escuteiros mais cómicos do grupo e
chega-se
se à conclusão errada de que para se ser um bom animador, tem de se ter um excelente
sentido de humor.
É verdade que um bom sentido de humor é uma ferramenta útil para quebrar o gelo mas não é
essencial para o animador do FC.
O que é verdadeiramente essencial para o animador, é usar o seu corpo de forma bastante
expressiva para que todos vejam com clareza o que está ele a fazer e que, ao mesmo tempo,
tenha a preocupação de gesticular em sincronismo com a sua voz,
voz, que deve chegar ao receptor
sem qualquer “perda de sinal”
sinal”.

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