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Sumário

1. Introdução........................................................................................................................2

1.2. Objectivos...........................................................................................................................2

1.2.1. Objectivo geral...........................................................................................................2

1.2.2. Objectivos específicos...............................................................................................2

1.3. Metodologia...................................................................................................................3

2. Atração Interpessoal..........................................................................................................4

2.1. Fatores que afetam a atraçao interpessoal..........................................................................4

2.2. Atração Interpessoal......................................................................................................4

2.3. Quais os principais factores que se relacionam com a agressão...................................8

2.3.1. Intimidade......................................................................................................................8

2.3.2. Estereótipo, Preconceito e Discriminação.................................................................9

2.3.3. Conflito........................................................................................................................14

3. Conclusao....................................................................................................................17

4. Referências Bibliográficas..........................................................................................18
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1. Introdução

Neste presente trabalho vamos abordar sobre o tema Atracao interpessoal e dentro do mesmo vamos falar de
agressão, descriminação, preconceito, conflito. Para que este trabalho seja produtivo vamos procurar trazer
abordagens de vários autores e em diferentes áreas, não obstante a isso iremos buscar conteúdos relacionados
excencialmente ao nosso coutidiano sem deixar de relacionar os contextos.

Falar de relações interpessoas sera basicamente falar de como o homem se relaciona com outrem, como se
atrai e como se afasta e porque que isso acontece, Amizades e relacionamentos próximos são as
principais razões declaradas para a felicidade; as pessoas querem ser gostadas mesmo em
situações casuais. E propomo-nos a fazer uma reflexão entorno da identidade tendo em conta três
pontos de vista, o do indivíduo com principal incidência do indivíduo enquanto parte do grupo e
nas suas relações interpessoais.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


 Compreender o processo de construção da identidade da atracao interpessoa dos
indivíduos enquanto inseridos em um grupo, uma sociedade e enquanto um ser em
constante interacção com os outros.

1.2.2. Objectivos específicos


 Descrever atracao interpessoal nos seus diversos processos;
 Trazer aspectos ligados descriminação, preconceito, agressão, partir do mecanismo de
identificação;
 Abordar questões relacionadas ao conflito e fazer compreender de facto se a
identidade é termo estático ou susceptível a mutações no percurso da vida.
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1.3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a Pesquisa Descritiva - que visa


descrever as características de determinado fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), iremos nos basear nas
obras e artigos citados nas referências bibliográficas.
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2. Atração Interpessoal
Porque as pessoas se aproximam?

Precissamos de convívio social com o semelhante, que procuramos nos aproximar.

Respondendo a pergunta podemos dizer que as pessoas se aproximam das


outras porque existem diversas sensações corporais condicionadas que se manifestam emestado
de isolamento. De agradabilidade sonhos alucinatrios acerca dos outros, alen de sofrer menos se
tiverem alguma ocupaçao. Segundo Schachter, o estado de isolamento provoca ansiedade e por
isso provoca aproximaçao entre as pessoas.

Sabe-se que pessoas sentem-se menos ansiosas quando estão ns mesmas condições,
quando submetidas a situações de alta ansiedade, preferem esperar enquanto, segundo Schachter,
as pessoas preferem estar em convívio possibilidade de escape, a clareza cognitiva a fim de ter
uma visão mais apurada da situação e por conta de redução indirecta da ansiedade, sempre que a
ansiedade. Mais alta as pessoas preferem estar próximas das mais fortes que são aquelas que
estavam com ansiedade mais baixa e a auto avaliação, segura, estabelecendo um padrão de de
realidade social que permitesse avaliação certa da própria ansiedade (Adams, 1965).

2.1. Fatores que afetam a atraçao interpessoal

Convivência e a familiaridade influenciam as relações, a proximidade torna a relação


mais gratificante e ter frequência em contato com uma pessoa conduz uma relação mais
amistosa. Proximidade de maior conhecimento mútuo resultando em amistosa. A proximidade
nos da oportunidade de maior conhecimento mútuo, resultando em maior capacidade a
predisposição do comportamento mútuo, resultando em maior capacidade a predisposição de
comportamento familiaridade decorrente da frequência de encontros, segundo as pessoas
desenvolvem sentimentos mais positivos aos obcetos que são apresentados mais vezes.

2.2. Atração Interpessoal

Amizades e relacionamentos próximos são as principais razões declaradas para a


felicidade; as pessoas querem ser gostadas mesmo em situações casuais. Causas: O efeito da
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Proximidade; Semelhança ou Similaridade; Simpatia Recíproca; Atratividade Física; dentre


outros... Importância das Teorias de Troca Social e Eqüidade Causas:

Causas da Atração: Proximidade Efeito da Proximidade: Quanto mais vemos e interagimos


com outras pessoas, maior a probabilidade dessas pessoas se tornarem nossas amigas.
Relacionado ao Efeito da Mera Exposição: quanto mais exposição temos a um estímulo, mais
gostamos dele. Observação de Festinger, Schachter e Back (1950): 3

Causas da Atração: Similaridade Percepção de Similaridade: condição-chave chave para a


atração, após a proximidade e atratividade. Os opostos se atraem: não é comprovado Pessoas
percebidas como similares: Validam nossa auto-estima e percepção de autovalia; Pessoas
percebidas como dissimilares, ou que discordam de nós, são percebidas como contendo traços de
personalidade negativos.

Causas da Atração: Simpatia Recíproca Crença que o outro gosta de nós: um dos fatores mais
potentes para a atração Narciso acha feio o que não é espelho Profecia auto-realizadora: Se
acreditamos que alguém gosta de nós, seremos mais simpáticos na sua presença; o que faz com
que essa pessoa realmente goste mais de nós, e assim por diante... Norma da Reciprocidade.
Variável Moderadora: Nível da auto-estima: Elevada auto-estima preferência por aqueles que
gostam de nós; Baixa auto-estima preferência por aqueles que nos criticam (Swann et al., 1992).

Causas da Atração: Simpatia Recíproca Crença que o outro gosta de nós: um dos fatores mais
potentes para a atração Narciso acha feio o que não é espelho Profecia auto-realizadora: Se
acreditamos que alguém gosta de nós, seremos mais simpáticos na sua presença; o que faz com
que essa pessoa realmente goste mais de nós, e assim por diante... Norma da Reciprocidade.
Variável Moderadora: Nível da auto-estima: Elevada auto-estima preferência por aqueles que
gostam de nós; Baixa auto-estima preferência por aqueles que nos criticam (Swann et al., 1992).

Causas da Atração: Atratividade Física Atratividade: na primeira impressão é o mais


importante. Há diferença entre sexos? Ambos os sexos valorizam a atratividade física! A
diferença se relaciona mais em relação à atitude (para homens) do que nos comportamentos em
si (Feingold, 1990) Somos bombardeados na mídia por imagens de pessoas atraentes.
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Isso nos faz: Associar beleza com padrões morais; Acreditar que atratividade se relaciona com
traços positivos (o que é belo é bonito); O que talvez também seja uma profecia auto-realizadora;
Desenvolver padrões de Beleza; Que são culturais! Padrões de Beleza Ocidentais normalmente
são: Para mulheres: nariz e queixo pequenos e estreitos, e sobrancelhas altas. Para homens:
queixo grande e proeminentes, e sobrancelhas grossas. Para ambos os sexos: olhos e sorriso
grandes. Até mesmo os amigos ajudam quando uma pessoa atraente é identificada
(gerenciamento de impressão para o outro), Festinger, Schachter e Back (1950)

Qual é a importância dos grupos nas relações interpessoais?

Nós vivemos, dentro da nossa sociedade, no interior de vários grupos sociais onde
mantemos relações com os outros. Aí interagimos com outras pessoas desse mesmo grupo de
diferentes formas, manifestando diferentes sentimentos, de forma que essas pessoas não nos são
indiferentes, independentemente da importância ou do valor afectivo que damos a essas pessoas.
Dentro do mesmo grupo as relações são marcadas por sentimentos diferentes, e por vezes
contraditórios. Nós sentimo-nos atraídos por algumas pessoas, estabelecemos relações de
intimidade com outras e também temos experiências de relações marcadas pela agressividade. É
em grupo que se estabelece relações e também se cria imagens negativas de outros grupos
((Feingold, 1990).

Define atracção interpessoal. Atracção interpessoal pode-se definir como a avaliação


cognitiva e afectiva que fazemos dos outros e que nos leva a procurar a sua companhia.
Manifesta-se pela preferência que temos por determinadas pessoas que nos levam a gostar de
estar com elas, a partilhar confortavelmente a sua presença.

Quais são os factores que influenciam a atracção interpessoal?

Os factores que influenciam a atracção interpessoal são a proximidade, a familiaridade, a


atracção física, as semelhanças interpessoais, as qualidades positivas, a complementaridade, e a
reciprocidade. Define agressão. A agressão é um comportamento que visa causar danos físicos
ou psicológicos a uma pessoa ou pessoas e que reflecte intenção de destruir. Distingue a agressão
quanto à intenção do sujeito, ao alvo e à forma de expressão. Pode-se distinguir agressão quanto
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à intenção do sujeito de duas formas: Agressão hostil e agressão instrumental. A agressão hostil é
um tipo de agressão emocional e geralmente (Swann et al., 1992).

Impulsiva. É um comportamento que visa causar danos ao outro, independentemente de


qualquer vantagem que se possa obter. Agressão instrumental é um tipo de agressão que visa um
objectivo, que tem por fim conseguir algo independentemente do dano que possa causar, sendo
frequentemente planeada e, portanto, não impulsiva. Na agressão quanto ao alvo podemos
distinguir a agressão directa, a agressão deslocada e a auto-agressão. A agressão directa é um
comportamento agressivo, dirigido à pessoa ou ao objecto que justifica a agressão, a agressão
deslocada é quando o sujeito dirige a agressão a um alvo que é responsável pela causa que lhe
deu origem e a auto-agressão é quando o sujeito desloca a agressão a si próprio. Quanto à forma
de expressão distinguem-se a agressão aberta, a agressão dissimulada e a agressão inibida. A
agressão aberta é manifestada pela violência física ou psicológica e é explícita, a agressão
dissimulada recorre a meios não abertos para agredir e a agressão inibida é um tipo de agressão
em que o sujeito não manifesta agressão para com o outro, mas dirige-a contra si próprio. 6
Apresenta algumas teorias explicativas da agressão. Na perspectiva de Freud, a agressividade faz
parte no nosso organismo (Feingold, 1990).

Para Freud, a nossa dimensão psíquica, o nosso desenvolvimento seriam norteadas por
pulsões. Tendo diferenciado, dois tipos de pulsões: a pulsão de vida, Eros, e a pulsão de morte,
Thánatos. São precisamente as pulsões da morte, que sendo autodestrutivas, fundamentariam os
comportamentos e condutas agressivas. Logo, conclui que comportamentos agressivos, eram
explicados pela disposição instintiva e primitiva do ser humano, como forma de libertação. Para
Lorenz, a energia agressiva é inerente a qualquer organismo, faz parte da natureza humana.
Nesta sequência, a agressividade funciona como um comportamento inscrito geneticamente e
que emergiria em determinadas situações. Dollard fundamenta a agressão como reacção à
frustração. Quando o indivíduo era incapaz de atingir os seus objectivos, recorria à agressão.

A concepção de Bandura, defende que o comportamento agressivo resulta de um


processo de aprendizagem, (socialização), que se baseia na observação e na imitação de
comportamentos agressivos, se perfilhados pelos pais, professores, crianças, que surgem como
modelo.
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Qual é a importância da aprendizagem social nos comportamentos agressivos. A


aprendizagem social é importante nos comportamentos agressivos porque é através do processo
de socialização que as crianças aprendem a ser agressivas. Assim, se uma criança viver num
ambiente onde os comportamentos agressivos sejam frequentes, será mais fácil que ela mais
tarde venha a ter comportamentos agressivos, do que uma criança que poucas vezes viu
comportamentos agressivos.

2.3. Quais os principais factores que se relacionam com a agressão

A agressão não tem apenas um factor mas é desencadeada por um conjunto complexo de
factores entre os quais podemos considerar os factores biológicos, do ambiente físico, factores
culturais, factores relativos à experiencia e à história de vida de cada um.

2.3.1. Intimidade

A intimidade é uma expressão particular da interacção social. Explica. A intimidade é


uma experiência que implica uma forte vivência, um grande envolvimento e uma comunicação
profunda. Sendo a intimidade a partilha de sentimentos, pensamentos e experiências numa
relação de abertura, sinceridade e confiança, estes três últimos termos são as condições de uma
relação de intimidade. Identifica algumas componentes das interacções íntimas. As componentes
das interacções íntimas são as interacções verbais, as interacções não verbais e o contexto social.
Mostra que a amizade e o amor são manifestações de intimidade (Aron et al., 1989).

A amizade é uma das manifestações de intimidade que envolve relações em que estão
presentes, entre outros, elementos como confiança, lealdade, cooperação, etc. As amizades
variam segundo um conjunto de factores: idade, género, contexto social e características
pessoais. Quando se fala de amor, há que distinguir a que tipo de amor nos referimos: o amor
companheiro (envolve relações com os pais, pais familiares, amigos íntimos) e o amor
apaixonado, que se caracteriza também pelo envolvimento sexual  (Sternberg, 1986).

Distingue diferentes tipos de amor. Existe o amor apaixonado e o amor companheiro. O


amor apaixonado é um amor, como o próprio nome indica, apaixonado, romântico, a que
correspondem os ermos de fascinação, exclusividade, desejo sexual, preocupação intensa,
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fantasia sobre o outro, oscilação de emoções relativamente rápidas. É um estado de


envolvimento muito intenso com outra pessoa, em que intervém uma excitação fisiológica e um
desejo sexual. O amor companheiro é um forte afecto que se sente por um conjunto de pessoas
com quem se tem relações fortes, os nossos pais e os outros familiares, os amigos íntimos e
outras pessoas muito próximas. O amor apaixonado é um objecto de maior curiosidade e
interesse (Sternberg, 1986).

2.3.2. Estereótipo, Preconceito e Discriminação

Estereótipo

Categoria favorável ou desfavorável que é partilhada por um grupo social ou cultural e


que se refere a características pessoais, especialmente a traços de personalidade, ou a
comportamentos de um grupo de indivíduos. Um estereótipo é uma super-generalização, que se
traduz em formas rígidas e esquemáticas de pensar que se generalizam. Na base dos estereótipos
está um processo de categorização. São atitudes ou comportamentos negativos direcionados a
indivíduos ou grupos, baseados num julgamento prévio que é mantido mesmo diante de fatores
que o contradigam. Crenças sobre características pessoais que atribuímos aos indivíduos ou
grupos.

Estereótipo: (stereos + túpos): significa rígido e traço. Os Psicólogos Sociais contemporâneos


identificam o estereotipo como a base cognitiva do preconceito. O estereótipo, em si, é
freqüentemente apenas um meio de simplificar e agilizar nossa visão do mundo.

Funções Dos Estereótipos

Os estereótipos apresentam-se como representações, ideias seguras para orientar as


relações sociais, definindo o que está bem e o que está mal, o que é justo e injusto. Função sócio
afectiva: os estereótipos reforçam a identidade de um grupo, permitindo a um grupo definir-se
(positiva ou negativamente) em relação a outro.
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Estereótipos: Positivos, negativos ou neutros; Facilitam sua reação frente ao mundo Enconde a
realidade, levando a generalizações incorretas e indevidas Encobre o individuo em suas
idiossincrasias e traços pessoais

Características dos estereótipos

 Simplicidade imagens pobres.


 Uniformidade: é consistente dentro de um determinado grupo.
 Tonalidade Afectiva: nunca é neutro; tem sempre uma tonalidade afetiva, positiva ou
negativa.
 Durabilidade e contância: tendem a prevalecer no tempo.
 Pregnância: o grau de adesão tende a variar entre os indivíduos.

Rotulação

Em nossas relações interpessoais, facilitamos nosso relacionamento com os outros se


atribuímos a eles determinados rótulos capazes de fazer com que nossos comportamentos possam
ser antecipados. Atribuição de um rotulo a uma pessoa predispõe a pressupor comportamentos
compatíveis com o rotulo imputado, nossas percepções são distorcidas e isto pode acarretar uma
ou duas conseqüências importantes (Rusbult, 1983).

Preconceito E Discriminação

Atitudes adversas ou hostis em relação a uma pessoa que pertence a um grupo,


simplesmente porque pertence a esse grupo, presumindo-se assim que possui as características
negativas atribuídas a esse grupo. Envolve um pré-juízo, normalmente negativo.

Componentes Do Preconceito:

 componente cognitiva.
 componente afetiva.
 componente comportamental.
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Estereótipo: base cognitiva do preconceito; Sentimentos negativos em relação a um grupo


constituem o componente afetivo; Ações o componente comportamental.

Preconceito: atitude hostil ou negativa com relação a um determinado grupo, não levando
necessariamente a atos hostis ou comportamentos persecutórios. Discriminação: comportamento
que se caracteriza pelo tratamento de indivíduos ou grupos com base no desprezo e humilhação.
Na base da discriminação está o preconceito. Discriminação: quando estamos nos referindo à
esfera do comportamento (expressões verbais, hostis, condutas agressivas, etc.).

Etapas Da Discriminação Expressão de opiniões negativas sobre o grupo visado evitamento das
relações medidas discriminatórias agressão física extermínio.

Segundo Sociólogos: o preconceito está ligado a mecanismos de sobrevivência, inerentes à


historia da humanidade e com função protetora ao grupo que pertencemos, sendo o preconceito
aprendido, (relato pag. 166). A competição é um dos caminhos que mais facilmente conduzem à
formação de estereótipos, preconceitos e atos discriminatórios. Conflito grupal realista: devido a
objetivos conflitivos, desencadearão tentativas de depreciar o grupo adversário, inclusive através
de estimulação de crenças preconceituosas.

Bode Expiatório: indivíduos quando frustrados ou infelizes, tendem a deslocar sua


agressividade para grupos visíveis, relativamente sem poder, e por quem nutrem sentimentos de
repulsa.

Fatores de Personalidade: algumas pessoas, em função do tipo de educação recebida, estão


mais propensas a tornarem-se preconceituosas Personalidade autoritária: conjunto de traços
adquiridos que tornariam uma pessoa mais rígida em suas opiniões, intolerantes em quaisquer
demonstração de fraquezas, em si e nos outros, propensas a adotar medidas de caráter punitivo e
a dedicar respeitosa submissão a figuras de autoridade de seu próprio grupo e clara rejeição aos
que não pertencem ao seu ciclo restritivo de relações.

Causas sociais do preconceito


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A idéia de que o preconceito é criado e mantido por forças sociais e culturais.


Aprendizagem social: enfatiza que estereótipos e preconceitos fazem parte de um pacote de
normas sociais, sendo um conjunto de crenças de uma dada comunidade acerca dos
comportamentos tidos como socialmente corretos, aceitáveis e permitidos. Conformidade:
pessoas de tanto perceberem e viverem relações de desigualdade entre grupos, sexos, etc.,
passam a considerar tais tratamentos diferenciados como naturais.

Estereótipo social

Estereótipo social é um conjunto de crenças que dá uma imagem simplificada das


características de um grupo ou dos membros de um grupo. Relaciona estereótipo com
categorização social. A categorização é um processo essencial para que uma pessoa se possa
adaptar ao seu meio ambiente, dando um sentido ao mundo. É graças à categorização que é
possível dizer ou saber muitas coisas a partir de poucos elementos. Para categorizar utilizamos
categorias como estudantes, desportistas, jovens, pois são-nos úteis. Atribuímos a um elemento
as características da categoria a que pertence.

Então na base do estereótipo está um processo de categorização, pois colocamos os


indivíduos que nos rodeiam em gavetas, o que nos permite, de uma forma rápida económica,
orientarmo-nos na vida social. Quando interiorizado, o estereótipo é aplicado de uma maneira
quase mecânica, mas os conteúdos dos estereótipos é uma construção social e não meras
construções individuais. Dizemos que uma categoria é estereotipada quando os elementos de um
mesmo grupo partilham a convicção de um ou mais traços particulares caracterizam as pessoas
dessa categoria. Os estereótipos que existem em todas as sociedades, têm uma função de
simplificação que permite a adopção de quadros de interpretação do mundo social em que se está
integrado. Reflectem-se também as dinâmicas de posicionamento e de poder intergrupais e a
manutenção e reprodução de formas de relação e de organização social. Ao adoptar-se o novo
mundo de ver, pensar e agir da família, do grupo, da cultura, da sociedade a que pertence, está a
assegurar a integração social. Quando nos comportamos de acordo com os estereótipos, obtemos
a aceitação social, porque agimos de acordo com o que está estabelecido (Rusbult, 1983).
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Os estereótipos sociais têm um carácter positivo. Explica esta afirmação. Os estereótipos


que existem em todas as sociedades têm uma função de simplificação que permite a adopção de
quadros de interpretação do mundo social em que se está integrado. Reflectem também as
dinâmicas de posicionamento e de poder intergrupais e a manutenção e reprodução de formas de
relação e de organização social. Ao adoptar-se o modo de ver, pensar e agir da família, do grupo,
da cultura, da sociedade a que se pertence, está-se a assegurar a interacção social. Sendo assim os
estereótipos têm um carácter positivo pois quando nos compartamos de acordo com os
estereótipos, obtemos aceitação social, porque agimos de acordo com o que está estabelecido.
Define preconceito social. Berger e Luckmann (1993).

Preconceito é uma atitude que envolve um pré-juízo, um pré-julgamento, na maior parte


das vezes negativo, relativamente a pessoas ou grupos sociais. Explica a origem do preconceito
social. Os preconceitos tal como os estereótipos aprendem-se no processo de socialização nos
grupos a que pertence. Uma vez aprendidos é difícil de os abandonar. Mas esses mesmos
preconceitos podem mudar. Estes são tanto maiores quanto maior for o conhecimento da
realidade a que se referem. Assumem, em geral, posições radicais contra um ou vários grupos
sociais. São geralmente o reflexo de tensões manifestas ou latentes entre grupos sociais ou
culturais. De que modo o preconceito social pode conduzir à discriminação. Pode conduzir à
discriminação porque na base da discriminação está o preconceito, que, sendo uma atitude sem
fundamento, injustificada, dirigida a grupos e aos seus membros, geralmente desfavorável, pode
conduzir à discriminação. (GOFFMAN, 1988, FREITAS, 1999, CARRIERI et al., 2010). Nos
preconceitos predominam a função socioafectiva, assumindo, frequentemente posições radicais
contra grupos sociais, que na sua base mais activa pode conduzir a actos de discriminação.
Podemos então definir discriminação com o comportamento dirigido contra as pessoas visadas
pelo preconceito.

Discriminação

A discriminação é o comportamento que decorre do preconceito. É todo o


comportamento que nega aos indivíduos e aos grupos a igualdade de tratamento que eles
merecem. É o conjunto de comportamentos em relação aos membros de um grupo que não são
justos por comparação com membros de outros grupos, e são actos intencionais que assentam em
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distinções injustas e injuriosas relativamente a um grupo. Há diferentes graus de hostilidade


derivados da discriminação.

A descriminação pode manifestar-se em diferentes níveis, podendo ir desde uma atitude


de evitamento até comportamentos hostis e a agressão dos indivíduos e grupos visados.

2.3.3. Conflito

Segundo Tolotti (2007) Conflito é uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando
existem tendências ou interesses incompatíveis. Há vários tipos de conflito. Registe-os. Os vários
tipos de conflito são os conflitos intrapessoais, os conflitos intergrupais e o conflito social.
Descreve a experiência de Sherif sobre o conflito intergrupal. Em 1958, Sherif e os seus
colaboradores, organizaram experiências num campo de férias de Verão, em Oklahoma, com um
grupo de rapazes de 11 e 12 anos, saudáveis e equilibrados, que não se conheciam. Foram
divididos em dois grupos. A cada grupo foram atribuídas tarefas que implicavam a cooperação
interna e levariam à coesão do grupo. Após assegurarem a coesão dentro de cada grupo passaram
ao confronto directo entre os dois grupos, com jogos, onde um seria o vencedor e outro o
derrotado, proporcionando prémios e troféus à equipa vencedora e recompensas a cada elemento
individualmente. O nível de competitividade foi crescendo e no final da segunda semana a
rivalidade era forte e evidente. Os rapazes de cada equipa tornaram-se hostis em relação aos da
outra, com agressões, assaltos, insultos. Cada grupo sobrevalorizava os seus resultados, ao
mesmo tempo que subavaliavam os do outro grupo. Os rapazes mais agressivos tornaram-se
líderes no seu grupo, onde não havia lugar a divergências. Entretanto, os investigadores
adoptaram comportamentos que favoreciam um grupo em detrimento do outro. O grupo mais
prejudicado reagia contra os rapazes do outro grupo e não contra os chefes do acampamento. O
nível de coesão dentro de cada grupo aumentou ainda mais, respeitando rigorosamente as normas
vigentes.

Os investigadores terminaram com as actividades competitivas e procuraram a união dos


dois grupos favorecendo o contacto entre eles: visualização de filmes em conjunto, etc. Mas o
ambiente entre os dois grupos era tão hostil que a participação nessas actividades, ao invés de
produzir cooperação, aumentou ainda mais o conflito, aprofundando-se os estereótipos
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negativos. Os investigadores introduziram aquilo a que chamaram objectivos superordenados, ou


seja, estabeleceram actividades essenciais para ambos os grupos, mas que só se podiam
concretizar se houvesse colaboração mútua. Por exemplo, trabalharam em conjunto para reparar
a avaria do veículo que distribuía a água pelo acampamento. A execução desta tarefa, em
cooperação, essencial para ambos os grupos, alterou progressivamente a avaliação mútua. A
hostilidade deu lugar ao desenvolvimento de novas amizades e, no fim das férias, os dois grupos
formavam apenas um.

Com esta experiência foi possível avaliar a formação de conflitos entre grupos e o papel
da cooperação no processo de superação de relações hostis. Os conflitos correspondem a
processos de desenvolvimento pessoal e grupal. Explica esta afirmação. Conflito é uma tensão
que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou interesses incompatíveis. Ao
conflito associavam-se apenas comportamentos e sentimentos negativos e prejudiciais para as
pessoas, grupos ou organizações envolvidos. Atribuindo-se, no contexto do grupo, a origem do
conflito a uma pessoa, tentava-se neutralizar a sua influência através da autoridade,
considerando-se que assim o conflito era superado. É deste modo que os conflitos correspondem
a processos de desenvolvimento pessoal e grupal. Há meios para ultrapassar conflitos. Explicita-
os. Os meios para ultrapassar os conflitos são a cooperação, a mediação e a negociação. A
cooperação é a acção conjunta que implique a colaboração dos envolvidos para se atingir um
objectivo comum (kaale 1993).

Não basta o simples contacto entre grupos hostis para seu trapassarem os preconceitos e o
conflito. É o contacto que envolva cooperação, entreajuda e interdependência que tem muito
mais possibilidades de sucesso na superação de conflitos.

A medição é uma forma de resolver um conflito recorrendo a uma outra parte, um


mediador, que não está envolvido no conflito. Recorre-se a um mediador quando os adversários
já se conseguem comunicar serenamente mas pretendem resolver a hostilidade em que vivem. A
negociação é um processo de resolução de conflitos em que as partes intervenientes,
voluntariamente, procuram construir um acordo no sentido de impedir o desenvolvimento da
hostilidade para frases mais agudas. A negociação visa evitar a confrontação directa. É um
processo dinâmico em que as duas partes fazem cedências e exigências mútuas (Tuner 1985).
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3. Conclusao

Chegados ao fim deste nosso trabalho sobre a Atracao intrapessoal cremos ser chegado o
momento de voltarmos à nossa ideia inicial, isto é a de que a identidade é um conjunto
concatenado da identidade pessoal e da identidade social. Ter, ser possuidor de uma identidade
significará, em nosso entender, ter percorrido ou melhor estar em constante caminhada de
construção, de conhecimento de si, de conhecimento dos outros, de aceitação de si e dos outros,
de procura de aceitação e reconhecimento de si por parte dos outros. Ter, ser possuidor de uma
identidade significará que cada um de nós será um ser singular. Nesta deixa podemos contatar
que Convivência e a familiaridade influenciam as relações, a proximidade torna a relação mais
gratificante e ter frequência em contato com uma pessoa conduz uma relação mais amistosa.
Proximidade de maior conhecimento mútuo resultando em amistosa, diferente, mas ao mesmo
tempo semelhante. Significará ter um projecto próprio que ao mesmo tempo é partilhado por
outros, ser solitário, autónomo, ter liberdade de escolher de decidir por si e ao mesmo tempo
integrar-se em grupos de pertença, desejar pertencer a outros grupos ou pelo menos identificar-se
com eles naquilo que são os valores, as crenças, as atitudes, a cultura, as finalidades ou
objectivos que os fazem mover-se. Significará ser semelhante ao outros ao mesmo tempo que
deles se é totalmente diferente, em suma significará ser, como afirma Mounier (1976:87), “ser
aquela árvore, pulsar ao doce calor primaveril, crescer com ela no seu secular crescimento, brotar
com alegria de seus rebentos, sempre sendo eu próprio e sempre sendo distinto”.
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4. Referências Bibliográficas
BONDI, Liz. Localizar as políticas de identidade. In: Debate Feminista. Ed. Especial
Cidadania e Feminismo, México / São Paulo, 1999, p. 245 a 265.

TOlotti, M (2007), As armadilhas do consumo. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier.

BUTLER, Judith. Sujeitos do sexo/ gênero/ desejo. In: BUTLER, Judith. Problemas de
gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 15-
60.

COSTA, Claudia de Lima. O sujeito no feminismo: revisando os debates. Cadernos Pagu,


Unicamp, n. 19, 2002, p. 59-90.

CUNHA, Eduardo Leal. Quem quer que seja você, qualquer que seja seu desejo. In:
Indivíduo singular e plural. A identidade em questão. Rio de Janeiro: Editora sete Letras, 2009, p
127 a 167.

ADORNO, T. W. Minima moralia: reflexões a partir da vida danificada. Tradução de Luís


Eduardo B.

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