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Preconceito na Economia de
Credibilidade
1
Ver, por exemplo, STANGOR, Charles (Ed.). Stereotypes and prejudice: Essential
readings. Filadélfia: Psychology Press, 2000.; MACRAE, C. Neil; STANGOR, Charles;
59
4
TAYLOR, Shelley E. The Availability Bias in Social Perception and Interaction. In:
KAHNEMAN, D.; SLOVIC, P.; TVERSKY, A. (eds.). Judgement under Uncertainty:
Heuristics and Biases. Cambridge: Cambridge University Press, 1982, p. 198. Veja
também KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos. On the Psychology of Predication.
Psychological Review, n. 80, 1973, 237 – 51; e TVERSKY, Amos; KAHNEMAN,
Daniel. Judgment under Uncertainty: Heuristic and Biases. Science, n. 185, 1974, 1124 –
31.
62
5
Para uma abordagem que define o preconceito independentemente da ideia de que ele
envolve qualquer erro de julgamento por parte do sujeito, ver o trabalho de BROWN,
Rupert. Prejudice: Its Social Psychology. Oxford: Blackwell, 1995. Ele define o
preconceito como, simplesmente, “uma atitude, emoção, ou comportamento negativo
direcionado a membros por conta de seu pertencimento a esse grupo” (p. 14; ver também
p. 8). Dependendo de como se interpreta, a preocupação óbvia com uma definição tão
ampla é que ela identificaria uma pessoa como preconceituosa se ela tivesse uma atitude
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negativa para com, por exemplo, membros de um partido político neo-Nazista por conta
de seu pertencimento a esse grupo – algo que a maioria das pessoas não chamaria de
preconceito. Pode haver considerações metodológicas no cenário psicológico social em
favor da adoção de uma definição tão ampla, mas filosoficamente parece muito errado
romper o vínculo entre preconceito e erro de julgamento.
6
Ver NAGEL, Thomas. Moral Luck. In: Mortal Questions. Cambridge: Cambridge
University Press, 1979. Foi uma resposta ao artigo de Bernard Williams com o mesmo
nome - Moral Luck. In: Moral Luck: Philosophical Papers 1973 – 1980. Cambridge:
Cambridge University Press, 1981). Ambos os artigos foram originalmente publicados em
Proceedings of the Aristotelian Society, vol. sup. 50, 1976. Para uma discussão sobre a
analogia entre a sorte moral e a epistêmica, ver STATMAN, Daniel. Moral and epistemic
luck. Ratio, v. 4, n. 2, p. 146-156, 1991.
64
7
ARPALY, Nomy. Unprincipled virtue: An inquiry into moral agency. Oxford
University Press, 2002, p. 103.
65
8
LIPPMANN, Walter. Public Opinion. Nova York: Free Press, 1965; publicado
originalmente em 1922.
70
9
É um mérito da ideia do “imaginário social” que ele explica como podemos, de forma
não intencional, dar um refúgio cognitivo a ideias e/ou imagens conflitantes. Assim, por
exemplo, Moira Gatens diz: “há alguns... que endossam e perpetuam, de forma irrefletida,
um imaginário sexual no qual as mulheres incorporam o paradoxo de serem consideradas
tanto membros livres e racionais de um corpo político democrático quanto seres sob a
autoridade “natural” dos homens” (Imaginary bodies: Ethics, power and corporeality.
Londres: Routledge, 1996, p. 141). Eu não uso a ideia do imaginário social, entretanto,
uma vez que eu acho que há dificuldades reais em tentar libertá-lo de suas raízes
psicanalíticas, de modo que é preciso mais ou menos recriar o conceito para usá-lo
independentemente de um corpo de teoria psicanalítica de fundo com o qual pode-se querer
não se comprometer. Há um trabalho interessante nessa recriação, mas, para os propósitos
atuais, a noção menos teórica do imaginário social é uma opção mais direta. (A ideia do
imaginário social originou-se na obra de Cornelius Castoriadis. Veja, por exemplo, World
in fragments: Writings on politics, society, psychoanalysis, and the imagination.
Stanford University Press, 1997) Para uma abordagem de diferentes desenvolvimentos da
noção por escritoras feministas, ver Susan James, “Freedom and the Imaginary”, em
72
JAMES, S.; PALMER, S. (eds.). Visible Women: Essays on Feminist Legal Theory and
Political Philosophy. Oxford e Portland: Hart Publishing, 2002, pp. 175 – 95.
73
10
SHKLAR, Judith N. The faces of injustice. Yale University Press, 1990, p. 17.
74
bem estabelecida do mal que é feito a alguém quando ele é tratado dessa
maneira. A ideia de que (o que eu estou chamando de) injustiça
testemunhal constitui um erro ético que pode ser não-trivial, na verdade
profundamente danoso e até mesmo sistematicamente conectado com
outras formas de injustiça na sociedade, não é muito apreciada. Se fosse,
talvez estivéssemos mais preparados para expressar nossas indignações
e defendê-las buscando algum tipo de retificação; e talvez ocorreria uma
mudança social no sentido de desenvolver um vocabulário e fórum
melhores para transmitir e responder a essas queixas. Talvez também
estivéssemos mais preparados e aptos a mudar nossos padrões de
julgamento de credibilidade, de modo a ficar menos propensos a infligir
injustiça testemunhal sobre os outros.
Nesta seção, venho argumentando que o preconceito tenderá a
ser mais descontrolado quando operar por meio de imagens
estereotipadas mantidas na imaginação social coletiva, uma vez que as
imagens podem operar fora do radar de nosso auto-escrutínio doxástico
comum, às vezes até mesmo apesar de crenças em contrário. Em casos
em que o preconceito realmente impacta diretamente na percepção das
ouvintes sobre os falantes, a esperança deve ser que as crenças das
ouvintes possam em algum momento servir como uma força corretiva
(como no nosso exemplo da feminista de carteirinha que supera sua
percepção preconceituosa de candidatas políticas). Devo salientar, no
entanto, que a possibilidade inversa – de crenças preconceituosas serem
corrigidas por percepções sociais sem preconceitos – é outra fonte de
esperança e, de fato, a ideia geral de que a imaginação social pode ser
uma poderosa força positiva para a mudança social depende disso. Um
exemplo discutido por Arpaly torna clara essa possibilidade. De acordo
75
11
Agradeço a Penelope Mackie por esse exemplo
77
pouco dano – na verdade, seu impacto pode ser trivial –, mas outras
vezes pode ser seriamente prejudicial, sobretudo quando é persistente e
sistemática. Poderíamos dizer mais sobre a natureza do dano em
questão? É claro que há um dano puramente epistêmico quando
estereótipos preconceituosos distorcem os julgamentos de credibilidade:
o conhecimento que seria transmitido a uma ouvinte não é recebido. Essa
é uma desvantagem epistêmica para a ouvinte individual e um momento
de disfunção na prática ou sistema epistêmico geral. Que a injustiça
testemunhal prejudica o sistema epistêmico é diretamente relevante para
as epistemologias sociais como o “veritismo” de Goldman 12 , pois o
preconceito apresenta um obstáculo à verdade, seja diretamente fazendo
com que a ouvinte perca alguma verdade em particular, ou
indiretamente, criando bloqueios na circulação de ideias críticas. Além
disso, o fato de o preconceito poder impedir que os falantes coloquem o
conhecimento no domínio público revela a injustiça testemunhal como
uma forma séria de falta de liberdade em nossa situação de fala coletiva
– e em uma concepção kantiana, a liberdade de nossa situação de fala é
fundamental para a autoridade de um sistema político, até mesmo para a
autoridade da própria razão13. Este é um território rico e acredito que o
12
Ver GOLDMAN, Alvin. Knowledge in a Social World. Oxford: Clarendon Press,
1999.
13
Ver O”NEILL, Onora. Vindicating Reason. In: GUYER, P. (ed.). The Cambridge
Companion to Kant. Cambridge: Cambridge University Press, 1992, e seu
Constructions of reason: Explorations of Kant’s practical philosophy. Cambridge
University Press, 1989, cap. 1 e 2. Em um artigo recente, Axel Gelfert reconstroi a visão
de Kant sobre o testemunho e sua relação com a regra da razão, tanto conceitualmente
quanto em nossas instituições públicas. Curiosamente, parece que Kant enfatiza uma
dimensão moral para a incredulidade indevida (cuja forma primária é incorporada em
alguém que não quer aceitar nada como verdadeiro, exceto sobre bases teoricamente
conclusivas), mas ele identifica essa dimensão moral não em termos de algum dano
causado ao falante, mas sim em termos de perda de dignidade do ouvinte, ao falhar em
80
14
LEE, Harper. To Kill a Mockingbird. Londres: William Heinemann, 1960, p. 202.
[Traduzido para o português em LEE, Harper. O sol é para todos. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2006. N. do T.]
82
15
YOUNG-BRUEHL, Elisabeth. The Anatomy of Prejudices. Cambridge, Mass.:
Harvard University Press, 1996, pp. 344 e 364.
83
Quando cremos em qualquer coisa que nos seja dita, como sendo
verdadeira, a partir de argumentos tomados não da coisa mesma, ou
84
16
HOBBES, Thomas. Leviathan. TUCK, R. (ed.) Cambridge University Press, 1991,
cap. 7; citações das páginas 48 e 49 [Traduzido para o português em HOBBES, Thomas.
Leviatã: matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. LeBooks Editora,
2019. N. do T.]
85
17
Os eventos foram apresentados pelo Cambridge Programme for Industry and New Hall,
da Universidade de Cambridge. Sou grata a Melissa Lane e a seus co-organizadores pela
oportunidade de participar.
86
18
ALCOFF, Linda Martín. On judging epistemic credibility: Is social identity relevant?
In: ZACK, N. (ed.). Women of color and Philosophy. Oxford: Blackwell, 2000, ch. 10;
citação na p. 248, itálicos adicionados.
19
Alternativamente, se mesmo a partir de seu próprio ponto de vista elas fossem
inteiramente inventadas, então, mesmo que ele tenha cometido uma séria injustiça contra
essa professora, ele não cometeu uma injustiça testemunhal contra ela. A injustiça
testemunhal exige que o ouvinte genuinamente julgue a credibilidade do falante de forma
muito depreciativa.
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20
Em uma visão como a de Keith Lehrer, por exemplo, que explica o conhecimento em
termos coerentistas que fazem o conhecimento depender da autoconfiança por parte do
sujeito, a conexão entre a erosão da confiança epistêmica e a capacidade de possuir
conhecimento é absolutamente direta. (Eu entendo que a perda de confiança epistêmica é
equivalente a, ou pelo menos implica, perda de autoconfiança epistêmica.) Veja LEHRER,
Keith. Self-Trust: A Study of Reason, Knowledge, and Autonomy. Oxford: Clarendon
Press, 1997.
90
21
MONTMARQUET, James A. Epistemic Virtue and Doxastic Responsibility.
Lanham, Md.: Rowan and Littlefield, 1993 p. 23.
91
relata uma contenda filosófica com seu amigo e colega estudante Jean-
Paul, onde é difícil não ler nas entrelinhas (apesar do ponto de vista
acrítico autoral de Beauvoir) que ele comete uma injustiça testemunhal
contra ela22. Há um verdadeiro pathos no fato de que até mesmo uma
Beauvoir madura escreve em aparente inocência da injustiça do
tratamento debilitador de Sartre contra ela, sem mencionar o fatigante
abuso que isso representa, e de que ela relata a experiência assim:
Dia após dia, e durante todo o dia comparei com Sartre, e em nossas
discussões simplesmente não estava à sua altura. Uma manhã nos
Jardins de Luxemburgo, perto da fonte Medici, delineei para ele a
moralidade pluralista que eu criara para justificar as pessoas de quem
gostava, mas às quais não queria me assemelhar: ele a destruiu. Eu estava
apegada a ela, porque me permitia tomar meu coração como árbitro do
bem e do mal; Eu lutei com ele por três horas. No final, tive que admitir
que estava derrotada; além disso, percebi, no decorrer de nossa discussão,
que muitas das minhas opiniões se baseavam apenas no preconceito, na
má-fé ou no descuido, que meu raciocínio era instável e minhas ideias
confusas. “Não tenho mais certeza do que penso, ou mesmo se sequer
penso”, observei, completamente vencida.23
22
Eu uso “testemunho” aqui em um sentido estendido para incluir não apenas todos os
casos de contar algo, mas também casos da expressão para um interlocutor de julgamentos,
visões e opiniões. Penso que o lugar real da injustiça testemunhal no discurso humano
permite esse uso ampliado, embora sua estrutura ética e, de fato, sua epistemologia, seja
mais bem ancorada em casos em que se conta algo, uma vez que o ponto fundamental de
contar algo é transmitir conhecimento.
23
Simone de Beauvoir, BEAUVOIR, Simone de. Memoirs of a Dutiful Daughter, trad.
James Kirkup. Londres: Penguin, 1959, itálicos adicionados; publicado originalmente
como Mémoires d’une jeune fille rangée. Paris: Librairie Gallimard, 1958 [Traduzido
para o português em BEAUVOIR, Simone de. Memórias de uma moça bem-
comportada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017].
92
24
Eu tento falar um pouco mais sobre suas razões em Life-story in Beauvoir’s memoirs.
In: CARD, C (ed). The Cambridge companion to Simone de Beauvoir. Cambridge
University Press, 2003.
93
25
WILLIAMS, Bernard. Truth and Truthfulness: An Essay in Genealogy. Princeton:
Princeton University Press, 2002, p. 192.
94
26
Ibid. 194. Williams continua com a alegação de que “fatores semelhantes podem nos
ajudar a construir nossos desejos”, mas não tenho certeza do que são esses fatores. Há a
ideia geral de que a pressão para ter uma atitude de crença apenas em relação àquelas
proposições que merecem acarreta que não se deve acreditar em coisas que merecem
apenas uma atitude de desejo. Por isso a pressão social fundamental para evitar a fantasia
no pensamento e se tornar mentalmente estável. Mas se a observação de Williams se
destina mais especificamente à própria gênese dos desejos, então talvez a ideia seja que a
presença e as necessidades de interlocutores que confiam um no outro nos ajudam a
construir e estabilizar nossos desejos, porque elas levam a expressões sinceras desses
desejos.
95
27
Ibid. 204. A conexão entre a estabilidade mental e a capacidade dos outros de confiar
em alguém, de modo consistente quanto a suas afirmações e ações, sugere que pode haver
uma relação interna entre se tornar um sujeito com pensamento e linguagem e se tornar um
sujeito ético. Sabina Lovibond explora a ideia de que existe uma relação interna entre ser
sincero no que se diz e o desenvolvimento de um eu responsável. Em sua proposta,
aprende-se a ser um “autor” das próprias palavras - aprende-se a ser “sério” - ganhando “o
domínio da prática social de ofertar razões” (p. 85), onde esse domínio é concebido como
envolvendo a obtenção de responsabilidade (accountability), de modo que “dizemos
apenas aquilo para o qual estamos preparados para ser chamados a prestar contas” (p. 84).
Veja seu Ethical Formation. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 2002, cap. 4.
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28
Para Foucault, o poder é produtivo em pelo menos dois sentidos. Em conexão, por
exemplo, com o estabelecimento do discurso psiquiátrico em torno do “delinquente”, não
é difícil ver como o poder pode ser mais produtivo do que meramente repressivo. O poder
pode estar operando, primeiro, ao produzir a própria inovação conceitual e discursiva, de
modo que a ideia de uma certa identidade social é criada (“delinquente”); e, em segundo
lugar, opera para categorizar as pessoas de modo que elas sejam constitutivamente e talvez
até causalmente construídas como delinquentes. Conceitos como ‘delinquente’ ou
‘pervertido’, recentemente invocados como meio de categorização e organização
institucional, tornam determinado discurso científico-social – a psicologia, a criminologia
– seu próprio assunto distintivo, ajudando assim esse discurso a se estabelecer como
científico; veja FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish: The Birth of the Prison,
trad. Alan Sheridan. Londres: Penguin Books, 1977. Publicado originalmente em francês
como Naissance de la prison. Paris: Editions Gallimard, 1975. [Traduzido para o
português em FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Leya, 2014. N. do. T.]. O poder,
então, pode produzir mudanças nas práticas conceituais; e pode, assim, produzir novas
categorias de sujeito social que sejam adequadas para uma função recém-criada.
99
29
Para discussões relacionadas à construção social, ver LANGTON, Rae. Subordination,
Silence, and Pornography’s Authority. In: POST, R. (ed.). Censorship and Silencing:
Practices of Cultural Regulation. Los Angeles: Getty Research Institute for the History of
Art and the Humanities, pp. 261 – 84, 1998; e HASLANGER, Sally. Ontology and social
Construction. In HASLANGER, S. (ed.). Philosophical Topics: Feminist Perspectives on
Language, Knowledge, and Reality, v. 23, no. 2, pp. 95 – 125, 1995.
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30
Parece que alguns aspectos do método usado neste estudo foram inicialmente
controversos, embora posteriormente vindicados. Para uma breve discussão sobre este
assunto, ver JUSSIM, Lee; FLEMING, Christopher. Self-fulfilling Prophecies and the
Maintenance of Social Stereotypes: The Role of Dyadic Interactions and Social Forces. In:
MACRAE, C.N.; STANGOR, C.; HEWSTONE, M. (eds.). Stereotypes and
Stereotyping. Nova York e Londres: The Guilford Press, 1996, 161 – 92.
31
ROSENTHAL, Robert; JACOBSON, Lenore. Pygmalion in the classroom. The urban
review, v. 3, n. 1, p. 16-20, 1968, pp. vii – viii. Veja especialmente caps. 6–7. Richard
Nisbett e Lee Ross também citam estudos posteriores que fornecem “evidências
particularmente persuasivas da tendência das pessoas de extrair comportamentos dos
outros de acordo com suas hipóteses iniciais” (Human Inference: Strategies and
Shortcomings of Social Judgement. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1980). Um
estudo particularmente relevante descrito é o de SNYDER, Mark; TANKE, Elizabeth
Decker; BERSCHEID, Ellen. Social perception and interpersonal behavior: On the self-
fulfilling nature of social stereotypes. Journal of Personality and social Psychology, v.
35, n. 9, p. 656, 1977, pp. 656 – 6. Para uma pesquisa mais recente de ensaios semelhantes
demonstrando o poder de autorrealização dos estereótipos, veja JUSSIM, Lee; FLEMING,
Christopher. Self-fulfilling Prophecies and the Maintenance of Social Stereotypes: The
Role of Dyadic Interactions and Social Forces. In: MACRAE, C.N.; STANGOR, C.;
HEWSTONE, M. (eds.).
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32
Ver STEELE, Claude M.; ARONSON, Joshua. Stereotype Threat and the Intellectual
Test Performance of African Americans. In: STANGOR, C. (ed.). Stereotypes and
Prejudice: Essential Readings. Filadélfia: Psychology Press, 2000, 369 – 89.
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33
YOUNG, Iris Marion. Five Faces of Oppression. In: WARTENBERG, T. E. (ed.).
Rethinking Power. Albany, NY: State University of New York Press, 1992, pp. 175 –6.
34
BARTKY, Sandra. On psychological oppression. In: Femininityand Domi-nation:
Studies in the Phenomenology of Oppression. Nova York e Londres: Routledge, 1990, p.
30.
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