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As nossas fontes de conhecimento: experiência (a nossa); lógica; intuição (que não é viável pois
reflete apenas aquilo que nós achamos); senso comum (aquilo que um grupo alargado de pessoas
acha verdade ou mentira); ciência (que não é dogmática pois a ciência diz que algo é verdade até
prova contrária aparecer).
A psicologia (estudo rigoroso do comportamento e dos processos cognitivos humanos, respeitando
as orientações éticas) tenta testar se estas fontes de conhecimento são viáveis através:
- o que se vai investigar? - variáveis
- o que se prevê descobrir? – hipóteses
- como se vai investigar? – desenhos
- o que se pode concluir? - validade
Onde encontramos a psicologia no dia a dia?: Esquecimentos, recordações; Amor, ódio; Doença
mental, psicoterapia; Sono, sonhos; Juventude, velhice
Como encontramos a psicologia representada?: Meios de comunicação, séries, filmes;
Funcionamento do cérebro; Teste do polígrafo; Perturbações mentais; Crimes; Relações
românticas.
Como a psicologia está tão representada no nosso quotidiano conceções erradas sobre a
psicologia Como se caracterizam?
Crenças populares e prevalentes sobre mente, cérebro e comportamento
Inconsistentes com a evidência científica em psicologia
Resultantes de fontes informais, adquiridas através da imersão na cultura
Tidas como familiares e intuitivamente verdadeiras, algo que “toda a gente sabe”
Que conceções erradas existem sobre psicologia?
Exemplos de conceções erradas de mais de 80% dos respondentes (estudantes universitários de
Psicologia): Os filhos adultos de pessoas alcoólicas têm autoestima mais baixa do que filhos de não
alcoólicos.; melhorar a autoestima potência o sucesso académico; a personalidade das crianças é
muito parecida com a dos pais devido à educação…
Como é que as conceções erradas podem ser prejudiciais?
Conceção errada: bater nos filhos é uma forma eficaz de aprenderem: crença de que é eficaz a
promover comportamentos desejáveis em crianças (14% dos psicólogos recomendam aos pais
que usem a prática ocasionalmente); crença de que não tem efeitos negativos (30% dos
psicólogos não consideram esta prática prejudicial)
Uso continuado da prática efeitos prejudiciais (problemas de externalização na infância;
problemas de saúde mental na infância; menor competência cognitiva na criança; menor qualidade
na relação pais-criança)
Psicologia Geral
Porque surgem estas conceções erradas?
Transmissão intergeracional: a familiaridade com uma ideia reforça a crença de que ela é
verdadeira;
Procura de respostas fáceis e soluções rápidas: o desejo de atingir rapidamente um objetivo
fomenta a preferência por soluções simples.
Memória e perceção seletivas: as nossas expetativas influenciam a interpretação que fazemos
dos acontecimentos e a atenção que damos à informação, para que haja congruência entre as
nossas crenças. Confusão entre correlação e causalidade: o facto de dois fatores estarem
associados não significa que uma causa o outro. A direção da causalidade pode ser a inversa ou
pode existir outra explicação para ambos os fatores. Confusão entre sequência cronológica e
sequência causal: o facto de um acontecimento preceder outro não significa que o causou.
Amostras enviesadas: muitas vezes, não contactamos com pessoas representativas da população
geral, mas sim com grupos com dada característica acentuada.
Heurística da representatividade: as semelhanças entre um dado estímulo e uma representação
mental podem levar-nos a tirar conclusões erradas.
Sensacionalismo dos meios de comunicação: os fenómenos psicológicos são frequentemente
representados de forma pouco rigorosa.
Exageros da realidade: algumas conceções podem não estar totalmente erradas, assentando
parcialmente em factos.
Confusão terminológica: o significado etimológico de alguns termos pode fomentar ideias erradas
sobre a sua definição.
Como contrariar estas conceções erradas?
Identificar as conceções erradas conhecer as causas das conceções erradas
compensar as conceções erradas, procurando a verdade através do método científico
Psicologia Geral
Diversos meios de obtenção de conhecimento e suas limitações
Há diversos meios de obter conhecimento, sendo uns meios mais fiáveis que outros. Porém, todos
têm as suas vantagens e desvantagens.
Peritos com autoridade
Os peritos com autoridade são normalmente de confiança pois são especialistas numa certa área.
Porém há certos problemas:
nem sempre têm conhecimento sobre a área de que falam;
alguns baseiam-se na intuição ou na experiência, e não na evidência científica;
podem facultar informação contraditória.;
falácia do apelo à autoridade: aceitar uma afirmação apenas porque é uma
figura de autoridade que a diz.
Um verdadeiro perito avalia a evidência de forma cética e aberta. É possível ser um perito numa
área e não noutra.
Senso comum, tradição
O senso comum e a tradição normalmente são mais práticos e por isso, muitas vezes recorremos
a eles, apesar de existirem problemas:
existem múltiplas contradições (ex.: “os opostos atraem-se” e “pessoas
semelhantes dão-se bem”);
não implica rigor, apenas algum consenso;
pode basear-se em tradições, mitos, superstições e preconceitos;
varia entre grupos.;
falácia da popularidade: presunção de que uma afirmação está correta por
muitas pessoas acreditarem nela;
falácia da antiguidade: presunção de que uma afirmação está correta por já
existir há muito tempo.
Porém, a ciência pode testar estas crenças. A ciência contribui para o senso comum, pois as
descobertas científicas vão sendo integradas na sociedade, ajudando a eliminar certos
“conhecimentos” que se pensava que eram verdade.
Lógica e razão
A lógica e a razão são importantes pois o cientista recorre à observação para obter os factos e,
posteriormente, à lógica, para deles retirar conclusões.
Mas apresentam limitações:
não é uma forma eficaz de obter factos que possam ser obtidos através de
observação (muitas vezes o que é lógico para mim não é para os outros);
as conclusões lógicas estão dependentes das premissas, que podem estar erradas
Psicologia Geral
Experiência
A experiência para a ciência é muito importante pois o pensamento científico ajuda a que
utilizemos melhor a experiência enquanto meio de obter conhecimento.
Problemas:
as pessoas estão sujeitas a ilusões de que não se apercebem;
as pessoas tendem a não aprender com os seus erros;
as pessoas não têm experiência sobre todos os assuntos;
é difícil identificar as causas dos acontecimentos com base na experiência, porque há
várias explicações possíveis e não se sabe qual está certa;
é subjetiva e variável de pessoa para pessoa, levando a várias versões da verdade;
falácia da generalização precipitada: retirar uma conclusão com base em informação
insuficiente.
Intuição e introspeção
A nossa intuição é muito importante e a ciência ajuda a distinguir o que é verdade do que
gostaríamos que fosse.
Problemas:
as perceções que as pessoas têm sobre si próprias estão, muitas vezes, erradas;
aquilo que parece estar certo nem sempre está certo;
muitas vezes, a intuição traduz os preconceitos das pessoas;
a intuição é influenciada por vários enviesamentos, que podem levar a conclusões erradas
(e.g., heurística da disponibilidade: sobrestimar a probabilidade de ocorrência dos acontecimentos
de que nos lembramos facilmente).;
falácia do raciocínio emocional: avaliação de uma afirmação com base nas emoções (e.g., se
uma afirmação científica gera desconforto ou raiva, é porque está errada).
Será que podemos confiar nas nossas intuições? Por vezes, elas estão certas (ex.: trabalhadores
felizes são mais produtivos do que trabalhadores infelizes). Porém, devido a algum problema ou a
vários em cima mencionados, podem estar erradas (ex.: o Sol parece girar à volta da Terra.)
Ciência
O que é a ciência? É uma forma de obter conhecimento.
A ciência usa dados para resolver incertezas, muitas vezes provenientes do senso comum ou da
nossa intuição, e produzir conhecimento que é defensável de forma objetiva, para eliminar assim
a subjetividade na produção de conhecimento e evitar erros.
Saber algo implica ter uma base que permita ter a certeza de que a informação é verdadeira, e é
aqui que a ciência entra, ao encontrar respostas objetivas que dada informação é verdadeira
(pelo menos até prova contrária se achar).
Sem essa base, podemos suspeitar, presumir, achar, acreditar, imaginar, julgar, supor, pensar,
mas não podemos saber.
Psicologia Geral
Existem três processos de raciocínio:
Dedução Indução Abdução
Parte de premissas menos Dados específicos de um Há uma combinação de
genéricas e de factos já grupo alargado são analisados premissas/ideias que possam
comprováveis para produzir em conjunto e, com base no estar relacionadas sem ter a
uma conclusão irrefutável. padrão encontrado, tiram-se certeza, levando à conclusão
conclusões para todo o grupo de que o primeiro resultou
das segundas
Todos os gatos são A minha irmã tem cinco A minha irmã comprou um
mamíferos. O gato da minha animais de estimação, incluindo arranhador. Quem tem gatos
irmã é um mamífero. quatro gatos. O quinto animal costuma comprar-lhes
também é um gato. arranhadores. A minha irmã
tem um gato.
A ciência assenta no raciocínio abdutivo pois é aquele que é mais fácil falsificar, ou seja,
encontrar hipóteses contrárias à teoria inicial. A ciências procura informação fiável, através da
observação (empiricismo), para testar hipóteses. Os dados obtidos são interpretados de forma
lógica, com recurso à indução e à dedução.
O conhecimento científico é provisório, sendo revisto perante novos dados. Os dados não podem
provar uma teoria em absoluto, apenas podem apoiá-la (aquilo que é verdade agora pode não ser
amanhã).
O que é a falsificabilidade?
Para a ciência, uma boa teoria tem de levar a hipóteses que, quando testadas, podem não apoiar
a teoria. Ou seja, uma boa teoria para a ciência é aquela que, quando as hipóteses forem
testadas, pode estar certa ou errada.
Exemplo: a hipóteses “As pontuações médias dos homens num questionário de autoestima serão
cinco valores mais elevadas do que as das mulheres” é mais falsificável pois basta que a diferença
entre as pontuações médias dos homens e das mulheres seja menor ou maior do que cinco
valores ou que as mulheres tenham pontuações médias mais elevadas do que os homens para
infirmar a hipótese.
Conclusão: Quanto mais específica é a hipótese, mais fácil é mostrar que está errada, mais
interessante é para a ciência.
Psicologia Geral
O que é que os cientistas investigam?
Os cientistas não investigam perguntam metafisicas ou não empíricas pois não podem ser
respondidas através da observação sistemáticas pois este tipo de perguntas (ex.: Deus existe?)
estão mais focadas em valores morais que não podem ser testáveis. Muitas vezes este tipo de
perguntas utiliza a falácia do apelo à ignorância (presumir que uma afirmação é verdadeira por
ainda não se ter demonstrado a sua falsidade).
Por isso, os cientistas estudam perguntas empíricas, perguntas que podem ser resolvidas através
do método científico e da observação, já que são focadas no mundo natural (ex.: Como é que uma
criança adquire a linguagem dos seus pais?).
O que caracteriza a ciência?
Procura leis gerais: os cientistas acreditam que tudo acontece por uma razão e de uma forma de
tentar tornar o mundo mais simples, compreensível e previsível, procuram razões que permitam
ligar acontecimentos desconexos. (ex., lei da gravidade).
Reúne evidência objetiva: a base da ciência são dados concretos, observáveis e físicos, para
assim, evitar a influência de preconceitos e enviesamentos e fazer com que todos os
observadores percecionem esses dados da mesma maneira.
Faz afirmações testáveis: os cientistas fazem previsões arrojadas e específicas que podem
revelar-se erradas, sendo abandonadas, ou podem acabar por ser verdade. É necessário definir
os termos de forma objetiva, concreta e específica
Adota uma atitude de ceticismo e questionamento: as afirmações só são aceites como
verdadeiras perante evidência científica, mesmo que pareçam óbvias. A sabedoria convencional é
posta em causa. A evidência contrária à hipótese é avaliada e procuram-se explicações
alternativas para esses dados (falsificabilidade).
Mostra abertura a afirmações novas: nenhuma ideia é descartada à partida, o que permite
descobertas importantes. A evidência é soberana, por isso as afirmações pouco populares são
aceites se tiverem fundamento. Através da ciência, muitas pessoas, e até cientistas, mudam a
sua maneira de pensar.
É criativa: a criatividade é necessária para testar ideias pouco convencionais e formular e testar
novas ideias
É pública: o trabalho é publicado e partilhado, o que permite avaliar a sua qualidade, replicá-lo e
utilizá-lo como base. Garante a objetividade, através da deteção de falhas e enviesamentos;
também ajuda a que as pessoas fiquem menos “ignorantes”.
É produtiva: os cientistas partilham as suas descobertas e baseiam-se no trabalho dos outros, o
que leva à revisão, desenvolvimento e substituição das teorias, a um ritmo cada vez mais rápido.
Psicologia Geral
O que é a pseudociência?
A pseudociência são campo que se apresentam como ciências, mas não aderem aos princípios e
práticas da verdadeira ciência.
As principais diferenças de substância entre ciência e pseudociência são:
Ciência Pseudociência
Valor atribuído à se uma afirmação não puder assenta em afirmações não-
falsificabilidade ser negada, não é possível falsificáveis
avaliar o seu rigor, pelo que
não tem valor.
Perspetiva sobre as uma proposição que não foi uma proposição que não foi
implicações da falta de negada não é considerada infirmada tende a ser
infirmação (invalidação) verdadeira (não há considerada verdadeira
informação suficiente). (falácia do apelo à ignorância).
Atitudes acerca da entre duas ou mais não adota o princípio da
importância da parcimónia explicações, a mais razoável é parcimónia
(ser razoável) a que se baseia em menos
pressupostos ainda por
corroborar; se ambas
explicarem os dados, escolhe-
se a mais simples.
Direcional
Não causal Mais x relaciona-se
com mais y
Direcionalidade
Causal X influencia y
Não Direcional
Hipóteses causais
Linguagem que indica causalidade: x influencia y; x potencia y; x leva a Y; X conduz a Y….
Que características deve ter uma hipótese?
As hipóteses têm que ser:
1. Testáveis: Incluir definições operacionais das variáveis (indicar como cada variável vai ser
objetivamente medida); identificar os resultados que apoiam a hipótese e os que a infirmam
2. Defensáveis: Impossibilidade de provar a hipótese nula: previsão de que não existe relação
entre as variáveis; Não é possível provar que um tratamento não tem efeito ou que dois
tratamentos têm o mesmo efeito; Apenas é possível concluir que não se identificou qualquer
efeito do tratamento ou que não se encontrou diferença entre dois tratamentos
3. Fundamentada: Necessidade de bases para a hipótese; Fontes: senso comum, estudos
prévios, teoria (conjunto de princípios que explicam os resultados dos estudos e podem ser
utilizados para previsões sobre estudos futuros)
Exemplo: tomar conta de uma planta leva a que os idosos estejam mais saudáveis, porque
fomenta a perceção de controlo (com base na teoria do desespero aprendido)
4. Relevante: Importância do estudo (preencher uma lacuna, testar uma teoria, resolver um
problema prático); Contextualização teórica pode envolver mais do que uma teoria, inclusive
perspetivas inconsistentes
Exemplo: idade média com que as crianças deixam de acreditar no Pai Natal (permite testar
a perspetiva desenvolvimentista de Piaget)
Psicologia Geral
O que são variáveis?
As variáveis são aquilo que eu estou a estudar, que pode ser uma característica ou qualidade com
duas ou mais categorias ou valores, e que podem ser manipuladas ou apenas medidas.
As variáveis podem ser variáveis bivalentes (só tem dois níveis de respostas, por exemplo, o sexo
biológico), ou variáveis multivalentes (quando têm três ou mais níveis de resposta, por exemplo o
género social).
Como definir variáveis?
As variáveis podem ter uma definição concetual ou operacional.
Definição concetual: exemplo, a inteligência é a capacidade para aprender ou compreender ou lidar
com situações novas e desafiantes.
A definição concetual é a descrição das qualidades da variável. Estas qualidades são independentes
no tempo e no espaço e podem ser usadas para distinguir acontecimentos observáveis que são e
não são relevantes para o conceito. É uma definição precisa e exata da variável. E como é apenas
uma descrição da variável, não pode ser medida diretamente pois não é observável.
Definição operacional: exemplo: medir a inteligência através da Escala de Inteligência para Adultos
A definição operacional é a definição onde os procedimentos usados para medir e recolher dados
sobre a variável são especificados. A mesma variável pode ser operacionalizada de diferentes
maneiras, consoante o objetivo do estudo (e.g., fomentar raiva pedindo aos participantes que
descrevam um acontecimento prévio que tenha gerado raiva ou mostrando-lhes um filme de uma
criança a ser maltratada). Uma operacionalização pode não constituir uma definição precisa (e.g.,
avaliar a inteligência com base nos resultados académicos).
Como classificar as variáveis?
A classificação das variáveis tem a ver com a relação que as variáveis têm entre si. As variáveis
podem ser classificadas das seguintes maneiras: variáveis independentes; variáveis dependentes;
variáveis mediadoras; e variáveis moderadoras.
Variáveis Independentes
A variável independente é aquela que o investigador presume constituir uma causa e tem efeito
na outa variável. Este tipo de variável o investigador consegue manipula (e.g., ingestão de cafeína)
para avaliar o seu efeito noutra variável (e.g., nível de energia).. Manipular significa criar, de forma
intencional e sistemática, dois ou mais níveis de uma variável (e.g., ingerir 10 ou 70 miligramas de
cafeína)
Variáveis quasi-independentes: variáveis prévias ao estudo com base nas quais se
podem formar e comparar grupos de pessoas, mas que não podem ser manipuladas (e.g., etnia,
sexo, idade, características de personalidade)
Psicologia Geral
Variáveis Dependentes
A variável dependente é aquela que o investigador espera que seja influenciada pela VI.
A operacionalização de VDs corresponde ao método específico usado para medir a variável
Este tipo de vaiável pode ser medida de diversas formas:
- medidas de autorresposta (e.g., questionários)
- medidas comportamentais (e.g., contar o número de pessoas que aceitam
dançar com um desconhecido numa discoteca)
- medidas fisiológicas (e.g., batimento cardíaco)
Variáveis Mediadoras
A variável mediadora é a variável que explica a relação entre a VI e a VD. Pode ser difícil de
observar. Sem a conhecer, não é possível explicar a relação VI-VD.
Exemplo:
Ter irmãos Mais capacidade sociais
(VI) (VD)
Crianças passam mais
tempo acompanhados
(VMediadora)
Variáveis Moderadoras
Este tipo de variável modifica a relação entre a VI e a VD. Podem fortalecer (leva a um aumento
ou diminuição acentuada da VI sobre a VD, enfraquecer (a VI já não exerce qualquer efeito na VD)
ou inverter (se a VI levava a um aumento da VD, passa a levar a uma diminuição) a relação.
Exemplo: a privação de sono (VI) prejudica o desempenho profissional (VD). Para as mulheres
grávidas (V Moderadora), verifica-se que a diminuição da qualidade do desempenho profissional
resultante da privação de sono é particularmente notória (fortalecimento)
Nos adolescentes (VModeradora), uma maior privação de sono leva a melhor desempenho
(inversão). E nos idosos (outra VModeradora) a privação de sono não tem efeito no desempenho
profissional.
Psicologia Geral
O que são afirmações científicas?
Afirmações científicas são declarações sobre aquilo que se estudou e se observou
sistematicamente.
Podem ser de diferentes naturezas, pois variam consoante o tipo de estudo:
- afirmações de frequência;
- afirmações de associação;
- afirmações causais.
Afirmações de frequência
Este tipo de afirmações descrevem uma taxa ou grau de uma variável especifica que o
investigador mede; descrevem também as características de uma amostra.
Exemplo: 4 em 10 adolescentes enviam mensagens de texto enquanto conduzem
Devem basear-se em estudos não-experimentais tipo inquérito pois o objetivo não é relacionar
variáveis, mas sim descrevê-las; e não manipulação de nenhuma variável.
Afirmações de associação
Descrevem a probabilidade de ligação/associação entre duas variáveis, mediadas pelo investigador.
Exemplo: As raparigas têm mais tendência do que os rapazes para enviar mensagens de texto de
forma compulsiva
Devem basear-se em estudos não-experimentais correlacionais pois não sabemos se há causa ou
não; e não há manipulação de nenhuma variável.
Afirmações causais
Identificam que uma variável (VI, manipula pelo investigador), tem efeito e causa mudança na outra
variável (VD, medida pelo investigador).
Exemplo: Aulas de música aumentam o QI.
Devem basear-se em estudos experimentais pois parte-se do pressuposto de A causa B; há uma
manipulação das variáveis.
O que é a validade?
A validade é a adequação de uma conclusão. Só podemos dizer que uma conclusão é válida se, pelo
menos e consoante o tipo de trabalho, um dos tipos de validades estiver garantidos. Uma
afirmação válida é razoável, rigorosa e justificável. Há três tipos de validade:
- validade de construto (Relevante para todos os tipos de afirmações científicas
- validade externa (Relevante para todos os tipos de afirmações científicas)
- validade interna (Relevante para afirmações causais).
Validade de Construto
Primeiro que tudo, o que é um construto psicológico? São característicos pessoais que não podem
ser diretamente observadas. A definição de cada construto é construída socialmente (p.e.: foi em
sociedade que a definição de ‘amor’ foi construída). Há diferentes tipos de construtos psicológicos:
Psicologia Geral
Estados mentais (amor; fome); traços (extroversão; neuroticismo); competências (Inteligência);
intenções (agressão (intenção de fazer mal a outrem) …
A validade de construto é assim o grau em que o investigador conseguiu manipular e medir as
variáveis que pretendia medir. Há várias formas de operacionalizar um construto (ou seja, de
medir um construto; p.e.: medir a inteligência a partir de uma escala) e nem todas são igualmente
boas.
Há diferentes ameaças à validade de construto: manipulação (será que a manipulação das variáveis
foi a mais adequada?); medida (será que a forma como o construto foi medido foi a mais
adequada?); e os participantes (será que os participantes tentaram ajudar a provar a hipóteses
ou esconderam os seus verdadeiros sentimentos?).
Exemplo: Um investigador enche duas salas com pessoas. > Uma das salas está à temperatura
normal. Na outra, o investigador aumentou a temperatura para 32º C. > O investigador observa
que as pessoas da segunda sala se comportam de forma diferente (e.g., agitação) das pessoas da
primeira sala. > O investigador conclui que sentir muito calor leva as pessoas a ser agressivas
Neste caso, a validade de construto não é valida, pois, o investigador não mediu e manipulou
realmente as variáveis que queria (“sentir muito calor” e “ser agressivo”). Ou seja, os
participantes da sala quente comportaram-se de maneira diferente dos participantes da sala
normal, isso foi observado. Mas, o erro está em concluir que os participantes que sentiram calor
tiveram mais vontade de fazer mal aos outros. Pois a agressividade não foi realmente medida.
Caso a validade de construto estivesse ameaçada, o investigador não poderia dizer com
legitimidade que manipulou e mediu as variáveis que pretendia (“sentir calor” e “ser agressivo”).
Por quem se interessam os investigadores?
- pessoas especificas em circunstâncias especificas, para tentar compreender
características e problemas (Psiquiatras, assistentes sociais)
- tipos de pessoas e tipos de situações para tentar compreender
características, experiências e problemas (Investigadores na área social)
Quem é que os investigadores estudam?
Os investigadores pretendem recolher dados das pessoas e que, desses dados, os seus
resultados sejam generalizáveis ao todos, já que o investigador não pode investigar toda a
população. Como é que o investigador faz? Amostragem (tarefa de decisão sobre que elementos
numa população serão escolhidos e como serão escolhidos)
Todas as pessoas com determinadas características em que o investigador
está interessado; a população relevante depende da pergunta de investigação
do estudo; são grupos suficientemente grandes para serem importantes,
mas suficientemente pequenos para serem teoricamente pertinentes;
Psicologia Geral
Como é impossível estudar toda a população interessada, faz-se uma amostra.
Validade externa
A validade externa é o grau em que os resultados de um estudo podem ser generalizados a
diferentes pessoas, lugares e períodos temporais. Pode ser avaliada repetindo o estudo em
diferentes sítios, com diferentes participantes (replicação). Depende da adequabilidade da amostra
para representar a população que o investigador não estudou.
Existem diferentes subtipos de validade externa:
-Validade da população: constituir uma amostra representativa da população. Como
as pessoas são diferentes, um resultado que se aplica a um grupo pode não se aplicar a um grupo
diferente, por isso é importante construir uma amostra representativa;
- Validade ecológica: como o comportamento das pessoas pode mudar conforme a
situação, os resultados podem não se manter num contexto diferente, por isso é importante
garantir que a situação estudada pareça naturalista e seja tão real quanto possível.
- Validade temporal: como o comportamento das pessoas pode mudar ao longo do
tempo, os resultados podem não se aplicar a outras alturas, daí a importância de se realizar o
mesmo estudo em alturas diferentes e comparar os resultados.
A relevância da vaidade externa depende do tipo e objetivo do trabalho: este tipo de relevância é
muito importante para afirmações de frequência (é conveniente recorrer a amostragem
probabilística) e menos relevante para afirmações de associação e causais.
O que pode ameaçar a validade externa?
As principais ameaças á validade externa são: estudar apenas alguns participantes ou apenas um
subgrupo (pode por em causa a validade de população); ou estudar os participantes num ambiente
muito controlado (que pode por em causa a validade ecológica).
Psicologia Geral
Tipos de investigação
Existem dois tipos de investigação: Não-Experimental ou Descritiva e Experimental.
Não-Experimental ou Descritivo
Tenta descrever o que acontece (o quê, quem, quando e onde) ou como certas coisas surgem. O
investigador apenas mede variáveis, sem as manipular. Ex: os homens discutem mais do que as
mulheres?
Subtipos: inquéritos e estudo correlacionais.
Inquéritos
São questionários, que pretende conhecer as opiniões, características e/ou comportamentos de
uma dada população. O investigador questiona diversos elementos dessa população sobre uma
determinada variável e conclui com uma afirmação de frequência.
Ex: Que percentagem de adolescentes tem problemas de sono?
Não é possível fazer uma afirmação de frequência sem um inquérito, pois, não se pode fazer
uma afirmação de frequência tendo apenas por base amostras pequenas e não representativas
(como o grupo de amigos), pois estás observações não são registadas de forma sistemática, pelo
que podem estar sujeitas a enviesamentos de confirmação e de memória. (ex: No meu grupo de
amigos, ninguém fuma. A percentagem de fumadores na faixa etária dos 30 anos deve ser
próxima de 0. -> para fazer uma afirmação frequência deste género seria necessário ter-se
feito um inquérito antes).
Estudos Correlacionais
São estudos que tem como objetivo ver se duas variáveis estão interligadas/relacionadas. O
investigador questiona diversos elementos dessa população sobre duas variáveis e concluiu com
uma afirmação de associação. Ex.: O uso de telemóveis à noite associa-se a problemas de sono?
Que conhecimento se obtém com os estudos correlacionais?
Permitem testar a hipótese de que duas ou mais variáveis estão estatisticamente relacionadas,
mas não permite saber o motivos pela qual duas variáveis se associa pois: é um estudo
correlacional logo não há manipulação das variáveis (o que não permite identificar qual ocorre
primeiro) nem há controlo de variáveis (pelo que podem existir muitos fatores responsáveis pela
relação). Não têm validade interna, pelo que não permitem estabelecer relações de causa-efeito.
Não é possível fazer uma afirmação de associação sem um estudo correlacional, pois as
afirmações de associação do publico geral estão sujeitas à correlação ilusória (as pessoas
percecionam erradamente algumas relações entre variáveis) e porque não se baseiam em
medidas rigorosas e as observações não são registadas de forma sistemática, pelo que podem
estar sujeitas a enviesamentos de confirmação e de memória.
Psicologia Geral
Quais as fontes de dados para estudos descritivos?
1. Dados ex post facto
São dados recolhido num âmbito e usados para outro objetivo. Ou seja, são dados que
foram recolhidos a posterior da presente investigação.
Validade externa: para garantir esta validade necessita de obter uma amostra aleatória da
população.
Validade de construto: para garantir esta validade, os dados devem ter sido recolhidos com
medidas válidas.
Validade interna: Impossibilidade de fazer inferências sobre causalidade
A qualidade do estudo depende da qualidade e quantidade dos dados previamente
recolhidos. Recolher mais dados possibilita o estudo futuro de mais hipóteses.
2. Dados de arquivo
Dados que já foram recolhidos e codificados por outra pessoa (ex.: censos, estatísticas). Já
foram atribuídos números aos comportamentos registado, logo há uma poupança de
tempo e de recursos. Porém, as formas de recolha e de cotação podem não ser
apropriadas para responder à pergunta de investigação.
Dados recolhidos mas não codificados (ex.: vídeos de programas televisivos, transcrições
de reuniões, diários, comentários de fóruns, etc - poupança de tempo na recolha de
dado). O investigador observa o comportamento e codifica-o, sendo muitas vezes difícil
criar critérios de codificação objetivos, face à relevância do contexto. Porém, como é o
próprio investigador de cria critério de cotação é possível evitar problemas de cotação.
Validade externa: tende a ser boa, dada a facilidade de recolher muitos dados (e.g., milhões
de pessoas, no caso dos censos); A recolha pode prolongar-se por vários anos, sendo
possível generalizar os resultados para outros períodos temporais
Validade de construto: As medidas de recolho não foram escolhidas pelo investigador e
podem não ser as melhores; enviesamentos de instrumentação: pode haver mudanças na
medida devido a alterações na própria medida, na forma como é cotada e nas pessoas
que são avaliadas (e.g., contabilizar o número de desempregados com o critério “estar
desempregado” vs. “estar desempregado há pelo menos 6 semanas).
Validade interna: estudo correlacional não permite avaliar a causalidade
3. Observação
Pode ser laboratorial (em laboratório, em condições controladas; o comportamento dos
participantes pode assemelhar-se aos que têm no mundo real); naturalista (no mundo real;
comportamento espontâneo; avaliação não-intrusiva: as pessoas não sabem que estão a
ser observadas, o investigador mantém distância) ou participante (mundo real;
comportamento espontâneo; investigador interage com as pessoas; possibilidade de
recolher mais informação, mas dificuldade em registá-la)
Limitações
Reatividade: As pessoas podem reagir ao facto de estarem a ser observadas, não agindo
Psicologia Geral
naturalmente - Recurso a opções não-intrusivas (e.g., espelhos unidirecionais), manutenção
da distância e/ou promoção da familiaridade com o investigador
Falta de objetividade dos registos: Observadores diferentes podem codificar o mesmo
comportamento de forma diferente - Avaliação da fidelidade interjuízes, recurso a um
esquema de codificação claro (i.e., definir comportamentos específicos de cada categoria)
e treino de observadores.
4. Testes
Especialmente úteis para avaliar variáveis de personalidade, conhecimentos e
competências
Validade externa: Dependente da representatividade da amostra
Validade interna: Correlação não implica causalidade: a relação entre as variáveis avaliadas
pode não ser causal
Validade de construto: Mais assegurada em medidas desenvolvidas por outros autores e
amplamente estudadas
Experimental
Tenta descrever o porquê do comportamento ou porque é que certo fenómeno acontece. O
investigador recorre à distribuição aleatória e manipula e mede variáveis. Ex: ouvir música deixa as
pessoas felizes?
Subtipo: desenho de grupo, desenho de pré-teste e pós-teste.
Psicologia Geral
Validade interna
É o grau em que o estudo consegue demonstrar que um determinado acontecimento observável
causou ou influenciou uma mudança de comportamento.
Isto implica comprovar três aspetos:
1. Associação: Como as causas têm efeitos, a investigação precisa de mostrar que
mudanças na variável considerada a causa se relacionam com mudanças na variável
considerada o efeito. Depende dos resultados do estudo
2. Cronologia: Como as causas têm de surgir antes dos efeitos, a investigação precisa de
mostrar que a alegada causa mudou antes da ocorrência do alegado efeito. Depende dos
procedimentos do estudo
3. Exclusividade: Como os efeitos têm várias potenciais causas, a investigação precisa de
mostrar que a alegada causa é a única explicação plausível para o efeito. Depende dos
procedimentos do estudo.
Ameaças à validade interna
Constrangimentos éticos e práticos podem impedir a manipulação de variáveis (Por exemplo:
causa: viver em climas quentes, efeito: agressão).
Alternativa? Observação.
Mas com a observação, há certos critérios que não conseguimos comprovar.
1. Impossibilidade de identificar a variável que mudou primeiro leva ao risco de tirar
conclusões contrárias à realidade - Incumprimento do critério da cronologia
2. Possibilidade de existir um terceiro fator responsável pela relação estatística entre as
duas variáveis - Incumprimento do critério da exclusividade
Quais são as dificuldades relacionadas com a validade interna?
Não sabemos se a variável A influencia a variável B? Ou se a variável B influencia a variável A?
Ou se as variáveis A e B são influenciadas pela mesma terceira variável? Solução: manipulação do
tratamento.
A validade interna é importante para estudos experimentais.
O que é um estudo experimental?
É o único tipo de estudo com validade interna. Permite aos investigadores identificar relações de
causa-efeito das variáveis. Para descobrir a cause e efeito, é necessários dois procedimentos:
1. Manipulação do tratamento (i.e., variável independente): para garantir que o tratamento
ocorre antes da diferença no comportamento (i.e., variável dependente)
2. Distribuição aleatória: para tentar garantir que a diferença no comportamento não se
deve a um fator que não o tratamento (as restantes variáveis são controladas, porque
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são constantes entre os níveis da variável independente – ou seja, as diferenças
individuais são distribuídas de forma equilibrada pelos grupos)
Como avaliar se um dado fator causa um efeito?
É necessário primeiro, formar dois grupos que não difiram de forma sistemática em nenhum
critério Depois é preciso administrar o tratamento a um grupo (grupo experimental) e não a outro
(grupo de controlo). E por fim, atribuir as diferenças encontradas ao tratamento (i.e., única
diferença sistemática entre os grupos).
Como contornar as ameaças à validade interna?
1. Impossibilidade de criar dois grupos com personalidades e experiências idênticas e que
estas diferenças explicarem o comportamento -> Solução: distribuição aleatória
2. Os grupos poderiam ser testados em momentos diferentes e que o momento de
avaliação poderia explicar o comportamento -> Solução: contra balanceamento
3. Possível existência de outros fatores externos não controláveis pelo investigador ->
Podem existir soluções para alguns fatores, mas não para outros.
O que é a distribuição aleatória?
Distribuição
Parte dos participantes recebe um tratamento (grupo experimental) e outra parte recebe um
tratamento diferente (como não receber tratamento – grupo de controlo): o tratamento é algo
que é dado pelo investigador aos participantes. Há características que não se podem dar aos
participantes (e.g., género, idade, etnia)
Aleatória
Todos os participantes, independentemente das suas características, têm a mesma probabilidade
de receber o tratamento.. Método sistemático, baseado em tabelas de números aleatórios ou
programas de computador
Este método garante que, além do tratamento, o acaso é o único fator que causará diferenças
entre os grupos. Permite assegurar a exclusividade
Como formar grupos sem diferenças sistemáticas?
O investigador recruta participantes (de preferência, mais de 30 por grupo, para aumentar a
probabilidade de os grupos serem semelhantes)
O investigador não deve recrutar grupos que distribui pelas condições experimentais: a
distribuição aleatória exige que a cada participante, de forma independente, seja atribuído um
grupo
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Os grupos criados serão, em média, iguais ou muito parecidos
Exemplo: num total de 20 mulheres e 20 homens, a distribuição por grupo com base no sexo
será equilibrada (10- mulheres num grupo e 10 no outro; 9 homens num grupo e 11 no outro)
Ameaça: Validade interna dependente de o tratamento ser a única razão para diferenças entre
pré-teste e pós-teste
Como controlar a influência de variáveis alheias nos desenhos de pré-teste e pós-teste?
Versão ideal do desenho de pré-teste e pós-teste: Seleção de participantes -> Avaliação da VD ->
Aplicação do tratamento, garantindo que nada mais muda na vida dos participantes -> Nova
avaliação da VD.
Porque não é possível garantir que o tratamento é o único fator que muda do pré-teste para o
pós-teste?
Mudança nos participantes
Mudança nas pontuações.
O que pode levar a mudanças nos participantes?
Maturação História Testagem
Mudanças biológicas e Acontecimentos ocorridos Pré-teste pode mudar os
desenvolvimentais que no mundo exterior: major participantes (e.g., motivação,
ocorrem no participante (e.g., guerra) ou minor (e.g., treino, reflexão sobre uma
Pessoas estão rumores) Mudanças no questão) Efeito pode ocorrer
constantemente a mudar, ambiente, não relacionadas com testes de conhecimento e
de forma espontânea, a com o tratamento, que de outras variáveis
curto (e.g., fadiga, fome) e exercem influência
longo prazo (e.g., sistemática (afetam a
crescimento) maioria dos participantes)
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Exemplo: condução segura Exemplo: programa de Exemplos: prática favorece a
aos 20 e aos 25 anos sensibilização para a nota no teste seguinte; fadiga
poupança de energia, decorrente da repetição pode
havendo variação na levar a pior
temperatura exterior Alternativas: não ter pré-teste
ou usar instrumentos diferentes