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Notes: Ciência e Pseudociência (Ronaldo Pilati)

- “O que caracteriza o conhecimento não é o currículo acadêmico daquele que lhe transmite o
conhecimento, mas sim o fato de sempre reconhecer que o que sabemos pode ser falho, e que,
mesmo eventualmente falho, é útil naquele momento porque existem evidências que sustentam
aquele conhecimento.” (p. 12)

- A tendência de acreditar naquilo que queremos acreditar.

- Como seres humanos, temos limitações que dificultam a compreensão da realidade. A partir de
várias pesquisas sobre o funcionamento do cérebro e da mente, podemos compreender que temos
uma tendência a construir e manter crenças que deem sentido à vida e ao mundo. Por conta disso,
podemos ser facilmente levados a acreditar em explicações que se distanciam da realidade, por mais
que não existam evidências de que essas explicações sejam válidas. Em resumo: Acreditamos não
porque aquela explicação seja boa, mas porque queremos acreditar. E, mais que isso, fazemos de
tudo para validar esse nosso sistema de crenças, especialmente quando essas crenças (que levam a
pensamentos, sentimentos e comportamentos) são endossados pelos grupos sociais dos quais
fazemos parte.
- Quanto mais avaliamos os nossos próprios pensamentos e crenças, mais podemos ir além dessas
barreiras cognitivas e fisiológicas para a compreensão da realidade.

- Dissonância cognitiva: Suscetibilidade em acreditar no que queremos acreditar. Descrita pelo


psicólogo social Leon Festinger no livro “Quando a Profecia Falha” (1957). O livro é desenvolvido
a partir de várias pesquisas, dentre elas a com uma seita religiosa que professava que o mundo
acabaria em uma inundação no dia 21 de dezembro de 1954. Os membros utilizavam o seu sistema
de crenças, mesmo sem evidências de que a profecia realmente se realizaria.

- Teoria da dissonância: Explica o mecanismo por meio do qual as pessoas acomodam incoerências
entre suas crenças e seu comportamento, nos ajuda a compreender como e por que somos capazes
de acreditar em coisas que não possuem evidências na realidade.

- “É graças à possibilidade de declarar uma crença como falsa que aprimoramos o que sabemos
sobre o universo.” (p.16)

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