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Para nós, pesquisadores da área do conhecimento, não queremos uma crença apenas pela
virtude, ou pela conjectura que deu certo; mas sim uma crença verdadeira fundamentada em
evidencias adequadas, para evitarmos as vicissitudes de uma crença sem fundamento, mas que
seja uma representação verídica e justificada (MOSER, 2008), devendo ser, segundo Platão,
amparada pela razão. O conhecimento, segundo o filosofo idealista, pode ser facilmente
explicado ou justificado. Entretanto, racionalistas como Descartes, e empiristas como Hume,
defenderam suas teses em concorrências sobre como nos conhecemos, e também discordaram em
relação ao o que podemos conhecer.
Descartes afirma que, “uma crença é conhecimento somente quando prova contra toda
dúvida, até mesmo a mais hiperbólica”, portanto, para o filosofo, o que se vê não pode ser dado
concreto em inferências a fim de justificação do conhecimento. Todavia, para Nietzsche (1882), o
que entenderia os povos por conhecimento, se não seria o instinto do medo que nos faz conhecer
e o desejo de descobrir, no meio de todas as cosias estranhas, inabituais e incertas. Para tal deve
haver um ser próprio de sua liberdade de sentimento totalmente meridional para nos precavermos
contra a confiança absoluta e conservar no último reduto do coração um ceticismo em relação a
todos, fosse ele Deus, homem ou ideia.
Para tanto, talvez o conhecimento não esteja em uma categoria ontológica para a qual seja
possível uma definição real; ninguém procuraria uma definição real de planta grande, de comida,
assim como de doce ou salgado. Todavia, fazermos perguntas, assim como darmos respostas, são
atividades humanas que nascem de uma variedade de necessidades humanas. E para aqueles que
procuram o conhecimento: examinem, portanto, desse ponto de vista, seus princípios e suas
soluções aos enigmas do mundo! Quando voltam a encontrar nas coisas, entra as coisas, atrás das
coisas, qualquer coisa que infelizmente conhecemos demais, como por exemplo, nossa tabuada
de multiplicar, nossa lógica, nossas vontades ou nossos desejos, “que gritos de alegria não
soltam!” (NIETZSCHE, 2008, p .223) De fato, o que é conhecido é reconhecido. (NIETZSCHE,
1881)
REFERENCIAS
GRECO, John. SOSA, Ernet (ORGs). Compêndio de epistemologia. Ed. Loyola, 2 edição, 2008
NIETZSCHE, F. Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais. Morgenrothe, tradução Antonio
Carlos Braga, ed. Escala, São Paulo -SP, 1881, 2007
NIETZSCHE, F. Gaia Ciência, tradução Antonio Carlos Braga, ed. 2 Escala, São Paulo -SP,
1882, 2008
NIETZSCHE, F. A genealogia da Moral, tradução Antonio Carlos Braga, ed. La fonte, São
Paulo, 2017
NIETZSCHE, F. 1844-1900. Assim Falou Zaratrusta, tradução Carlos Duate e Anna Duarte, ed.
Martin Claret, São Paulo -SP, 1883, 2012