Você está na página 1de 55

TRANSTORNO

OPOSITOR
DESAFIADOR
Professor Mestre Robson Batista Dias
Psicólogo (CRP 14/05584-6), Mestre em Psicologia, Especialista em Neuropsicologia,
Psicopedagogia e em Educação Especial, Diversidade e Inclusão.
@psic.robsondias | robsondias@hotmail.com
TOD
TRANSTORNOS
DISRUPTIVOS
• Categoria que incluem
condições que
envolvem problemas de
TC autocontrole de
emoções e de
comportamentos;

TPAS
OPOSIÇÃO

DESAFIO
• Transtorno Desafiador de Oposição
• Transtorno Opositivo Desafiador
• Transtorno Opositor Desafiador
• Transtorno Desafiador Opositivo
• Transtorno Desafiador Opositor
• Distúrbio Desafiador e de Oposição
• Transtorno de Oposição Desafiante

* A diferença na nomenclatura decorre de


variações na tradução do termo em inglês
Oppositional Defiant Disorder - ODD.
• O TOD é definido por um
padrão frequente e
persistente de humor irritável
e irritado, índole vingativa e
comportamento inapropriado,
negativista, desafiador e
desobediente em relação a
figuras de autoridade.
(Associação Americana de Psiquiatria, 2013)
ÍNDOLE DESOBEDIENTES APRESENTAM
VINGATIVA RESSENTIMENTO

FREQUENTEMENTE IRRITAM E PERTURBAM


SE OPÕE AS REGRAS OS OUTROS
PROPOSITALMENTE

DESAFIA NORMAS E CULPAM OS OUTROS POR


RECOMENDAÇÕES SEUS PRÓPRIOS ERROS
DE ADULTOS
EXPLOSÕES DE
RAIVA
IGNORAM
FREQUENTEMENTE
SOLICITAÇÕES
AGRESSÃO
HOSTILIDADE VERBAL
CARACTERÍSTICAS

Humor Raivoso/Irritável

• 1. Com frequência perde a calma.


• 2. Com frequência é sensível ou facilmente incomodado.
• 3. Com frequência é raivoso e ressentido.
Comportamento Questionador/Desafiante

4. Frequentemente questiona figuras de autoridade ou,


no caso de crianças e adolescentes, adultos.
5. Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a
obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade.
6. Frequentemente incomoda deliberadamente outras
pessoas.
7. Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau
comportamento.
Índole Vingativa

8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas


vezes nos últimos seis meses.
CRITÉRIOS
• A. Pelo menos 4 sintomas por um período
mínimo de 6 meses;
• B. As características do TOD afetam seu
contexto social imediato e causa impacto
negativo na vida da pessoa;
• C. Os sintomas não ocorrem exclusivamente
durante o curso de outro transtorno mais severo.
• Leve: Os sintomas limitam-se a apenas
um ambiente (p. ex., em casa, na escola,
no trabalho, com os colegas).

• Moderada: Alguns sintomas estão


presentes em pelo menos dois ambientes.

• Grave: Alguns sintomas estão presentes


em três ou mais ambientes.
• Comportamentos são constantes ao longo do tempo e
excessivos quando comparados a outras crianças.
• Pode ser limitado a um único ambiente ou se
manifestar em diferentes espaços (na própria casa, na
casa de parentes e colegas, na escola).
ALGUMAS DIFICULDADES NO
CAMPO AFETIVO E TAMBÉM NO
CAMPO COGNITIVO
DESENCADEIAM PROBLEMAS
COMPORTAMENTAIS
TRANSITÓRIOS.
DSM-5
• “Indivíduos com Transtorno de Oposição
Desafiante – TOD podem resistir a
tarefas profissionais ou escolares que
exijam autodeterminação porque resistem
a se conformar às exigências dos
outros. Seu comportamento caracteriza-
se por negatividade, hostilidade e
desafio. Tais sintomas devem ser
diferenciados de aversão à escola”.
• O rendimento escolar do aluno TOD
pode ser menor devido à facilidade
de distração, constante agitação e
falta de paciência;
• Essas crianças costumam ter sérios
problemas e dificuldades de
aprendizado que levam a baixo
desempenho acadêmico e
treinamento inadequado.
DIFICULDADES RELACIONADAS A:
• Habilidades verbais, como expressão oral,
vocabulário inadequado, leitura, etc.;
• Habilidades sociais frágeis;
• Deficiência nas funções (autorregularão
das emoções, a capacidade de mudar ou
as dificuldades para resolver problemas);
• Dificuldade na interpretação das tessituras
sociais das relações (sarcasmo e humor).
DIFICULDADES QUE PODEM APRESENTAR:

- Orientação espaço-temporal;
- Habilidades de controle;
- Foco e manutenção de habilidades de atenção;
- Habilidades metacognitivas que ajudam a refletir
sobre seus próprios processos mentais;
- Habilidades para resolver problemas;
- Habilidades socioafetivas;
- Habilidades autorregulatórias;
- Habilidades grafomotoras e visoperceptivas;
- Habilidades de comunicação oral e escrita.
• Discute com professores e colegas;
• Se recusa a trabalhar em grupo;
• Não aceita ordens;
• Não realiza deveres escolares;
• Não aceita crítica;

(TEIXEIRA, 2019)
• Desafia autoridade de professores e
coordenadores;
• Deseja tudo ao seu modo;
• É o “pavio curto” ou “esquentado” da turma;
• Perturba outros alunos;
• Responsabiliza os outros por seu
comportamento.

(TEIXEIRA, 2019)
• Rendimento escolar insatisfatório;
• Dificuldade de aprendizagem;
• Oscilação de humor;
• Rechaço social;
• Conflitos;
• Bullying;
• Reprovações escolares frequentes.
NA ESCOLA

• Identifique as maiores dificuldades das crianças;


• Conheça profundamente a criança (afiliação);
• Entenda como a criança segue regras;
• Perceba que se há alguma comorbidade associada;
• Estabeleça regras e rotinas (com a sala);
• Seja direto.
PARA A SALA DE AULA
• Sente o aluno perto de você e longe de portas e
janelas para evitar distrações desnecessárias;
• Caso seja um aluno que sempre tenta chamar a
atenção, sente-o junto a um colega que tenha
um bom comportamento;
• Aumente o espaço entre as carteiras caso o
aluno não pare quieto e tenha problemas com a
noção espacial;
• Escreva no quadro Todos os avisos importantes.
DISTRAÇÃO
• Encoraje o aluno a participar das discussões;
• Tenha um aluno/amigo de suporte, caso seja
necessário;
• Se o aluno se distrai facilmente, combine um
sinal com ele para que ele volte a atenção;
• Use técnicas para chamar a atenção do aluno
como passar por sua mesa e tocar no tampo;
• No caso de alunos que, por falta de atenção,
sempre entregam atividades com erros, separe
cinco minutos para revisar antes da entrega.
COMPORTAMENTO
• Tente ignorar os comportamentos impróprios;
• Aumente o imediatismo dos prêmios e das
consequências para uma participação melhor do
aluno;
• Tente admitir as respostas corretas somente quando
o aluno erguer a mão e for autorizado a falar;
• Envie relatórios diários ou semanais para os seus
pais, especialmente caso o aluno precise de reforço;
• Tente estabelecer um contrato de comportamento
caso necessário.
HUMOR/SOCIALIZAÇÃO
• Se o seu aluno estiver confuso sobre os comportamentos
sociais corretos, tente estabelecer metas de comportamento
social com o estudante;
• Tente encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado;
• Tente atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do
grupo de colegas, caso ele não seja bem aceito pelo grupo;
• Se o seu aluno tem baixa autoconfiança, tente elogiar o
comportamento e o trabalho positivos;
• Encoraje as interações sociais com os colegas de classe;
planeje atividades de grupo sob a condução do professor;
• Tente elogiar frequentemente o comportamento apropriado e
o bom trabalho;
• Encoraje o estudante a sair de situações que provocam a
raiva.
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
• Conecte-se com a criança;
• Conquiste a criança;
• Dê opções (ele gosta de se sentir no controle);
• Resolva os maus comportamentos em privado;
• Estableça acordos com o aluno (prêmios e
castigos);
• Estabeleça normas de comportamento para a
sala (todos os alunos);
• Verbalize sempre para o aluno o que irá
acontecer caso ele não module seu
comportamento.
RELAÇÃO PROFESSOR-FAMÍLIA

• Evite fazer reclamações do aluno ao


entrega-lo aos pais na saída. Qualquer
reclamação deve ser feita via agenda ou
em particular (agendar reunião);
• É importante comunicar via agenda os
comportamentos inadequados, entretanto
é primordial comunicar os
comportamentos positivos da criança,
evitando que venham escritas somente
reclamações.
DICAS GERAIS
• Crie um espaço de segurança em que o aluno se
sinta relaxado;
• Antecipe as condutas e planeje estratégias
previamente;
• Tempo: resolva o comportamento do problema o
mais rápido possível;
• Escolha suas batalhas e evite os confrontos;
• Mostre confiança frente aos comportamentos do
aluno;
• Pode dar advertências, mas seja assertivo;
• Evite rótulos;
• Não isole, inclua.
DICAS DE OURO
• Concentre-se em comportamentos, não em características pessoais.
- Dirija-se aos alunos pelo nome;
- Não use gestos, palavras ou tons de voz depreciativos;
- Olhe o aluno, use gestos apropriados, aproxime-se dele;
- Informe qual é o comportamento esperado;
- Corrija no privado;
- Elogie os comportamentos apropriados;
- Preste atenção a comportamentos positivos alternativos;
- Use alguma qualidade positiva do aluno como referência na sala.
Identificar a criança ou os compenentes
IDENTIFICAR comportamentamentais individuais ou
grupais que são mais problemáticos.

Analisar a criança e (re)conhecer suas


CONHECER motivações e interesses.

Escolher as técnicas e estratégias de


ATUAR intervenção mais adequadas.
• Combinados da sala;
• Premiar comportamentos positivos;
• Tabela de pontos;
• Time-out;
• Caixa da Raiva;
• As emoções como currículo.
• Atitudes proibidas ou permitidas;
• Combinados para TODOS os alunos.

COMBINADOS DA SALA
• Todo comportamento estimulado ou elogiado
tende a se repetir no futuro;
• Use frases, palavras e incentivos ao reforçar o
comportamento;
• A recompensa tem que ser motivadora;
Exemplos de recompensas:
• Ser o ajudante da sala;
• Escolher o livro na hora da leitura;
• Escolher a brincadeira ou jogo da aula;
• Etc...
PREMIAR COMPORTAMENTOS POSITIVOS
• Modelar comportamentos;
• Aprender regras sociais;
• Itens colocados de forma assertiva;
• Combinar os comportamentos;
• Usar a lista de combinados da sala como base;
• Não pontuar caso não atinja o objetivo;
• Explicar o motivo de não pontuar.

TABELA DE PONTOS
• Levar a criança/adolescente para um lugar
com poucos estímulos;
• Sempre de forma calma e tranquila;
• Explicar que ele retorna assim que se
acalmar;
• Deixe um adulto de olho;
• Assim que passar a crise, converse sobre o
comportamento;
• Com crianças pequenas, tempo limitado.

TIME-OUT
TIME-OUT
• Retirar da sala de aula ou do lugar público
(com tranquilidade);
• Esperar passar a crise (algum adulto observando);
• Conversar sobre o que aconteceu quando se
acalmar;
• Ordens imperativas e ríspidas podem “ligar” o TOD;
• O adulto tem que manter a paciência (neurônios
espelho).
• As crianças amam tecnologia (crianças com TOD
não fogem a regra). Use isso ao seu favor!
• Pesquisas apontam que o uso de recursos digitais
com crianças com TOD mostraram melhora na
atenção e aprendizagem.

USE RECURSOS DIGITAIS E TECNOLÓGICOS


• Marina Martín, psicóloga espanhola;
• Baseado no livro “Vaya rabieta”, de Mireille
d'Allancé;
• Primeiro, contar a história;
• Segundo, sempre que a criança sentir raiva,
desenhar seu monstro (o adulto ajuda a terminar
pedindo os itens que faltam);
• Terceiro, fechar o desenho numa caixa ,
explicando que o monstro da raiva não poderá sair.

CAIXA DA RAIVA
• Descubra com a criança as coisas que a
acalmam;
• Ensine técnicas de respiração (respirar como
peixe, por exemplo);
• Monte um espaço da calma ou um recurso em
que a criança possa olhar e se lembrar das
técnicas e atividades na hora da raiva.

TÉCNICAS PARA RESPIRAR E SE ACALMAR


RODA DA RAIVA
CAIXA DA CALMA
• Trabalhar as emoções;
• Jogos e atividades;
• Livros e oficinas de emoção;
• Ajudar a criança a entender as emoções;
• Use referências: DIVERTIDAMENTE.

AS EMOÇÕES COMO CURRÍCULO


USE LIVROS E
HISTÓRIAS COM OS
PEQUENOS
REFORCE AS CONDUTAS ASSERTIVAS

IGNORAR REFORÇAR
Correr Quando fica sentado

Quando não atrapalha ou interrompe


Falar fora de hora
os adultos ou a aula falando
Condutas colaborativas
Agressividade ou intimidação
(ajudar os colegas, diálogo)
Trabalho minuciosos, detalhistas ou
Falta de Atenção
quando presta atenção e participa
Analisar e encontrar as condutas
Outras condutas
opostas relativas e elogiar

Você também pode gostar