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Orientação Vocacional Resenha do Artigo – “Avaliação Psicológica em

Processos Dinâmicos de Orientação Vocacional Individual” Autoria de


Regina Sônia Gattas

Professora: Ma. Renata Massalai

Alunos: Giulia Lima, Jaqueline Souza, Julia, Larissa Duarte, Leonardo Gomes, Natalia
Hanthequeste.

Resenha

Destarte, partindo da leitura do artigo, se compreende um marcado movimento evolutivo,


que permeia a prática da Orientação Vocacional dentro da área de psicologia, há mais de
três décadas. Constituindo-se uma proposta mais dinâmica em relação ao processo, qual
anteriormente, foi marcado por testes classificatórios e pouco maleáveis à subjetividade do
cliente de forma notável. Com isto, se fez comum o caminhar de um conhecimento de
encontro às necessidades deste paciente que está em processo de desenvolver-se; à
instigação do autoconhecimento e à proposta de conflitos de ideias, sobre questões e
problemáticas envolvendo uma escolha profissional, ou até mesmo a não-escolha de algo
que poderia ser promissor. Levando em consideração, é claro, a esfera de identificação, o
pertencimento social e o contexto histórico envolvido; assim como sua implicação naquele
indivíduo em processo de maturação. Portanto, feito o assentamento deste solo comum de
habilidades preconizadas na Orientação Vocacional, entende-se também que pode ser
palco de diversas correntes teóricas de atendimento psicológico, visto o empreendimento
do orientador-psicólogo.

Orientação Vocacional trata-se de um processo no qual se busca auxiliar e orientar para


um conhecimento das características pessoais, familiares e sociais, criando condições
para encontrar afinidades destas características como aquilo que poderá realizar em forma
de projeto de vida profissional. A OV oportuniza a reflexão, a discussão e o debate entre os
próprios jovens para que eles possam se dar conta daquelas influências que lhe estão
sendo prejudiciais, por não lhe permitirem escolher ou por levarem a um grau de angustia
insuportável. Sendo que, não se trata de um estudo psicológico do qual necessariamente
saem resultados. Ao contrário, trata-se de um processo, uma evolução mediante a qual os
orientandos têm a oportunidade de refletir sobre sua problemática de modo que procurem
caminhos para sua superação . O processo de OV pode ser desenvolvido tanto em grupo
quanto individualmente. É importante para o indivíduo, sentir-se igual aos outros, há
possibilidade de compartilhar sentimentos de dúvidas em relação à escolha e ao futuro,
cada participante do grupo é um facilitador, pois auxiliam a entender o outro e o
conhecimento que cada membro busca de si mesmo , auxiliando o indivíduo na
compressão do mundo social em que vive, a construir seu projeto profissional. A
relevância do processo de OV pode ser evidenciada quando este, ao passo que faz com
que o levem a refletir sobre si mesmo, também o ajuda a escolher um caminho
profissional, dando possibilidades para que possa desenvolver todas as suas capacidades.

O objetivo principal da Orientação Profissional é facilitar a escolha do jovem, auxiliando-o a


refletir sobre suas capacidades e dificuldades para que se possa fazer a escolha mais
adequada. Podemos dizer então, que a OV tem por objetivo facilitar o momento da escolha
ao jovem, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida, na qual estão
incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais. É a partir dessa compreensão que ele
terá mais condição de definir qual a melhor escolha- a escolha possível no seu projeto de
vida . Para facilitar essa escolha a autora ressalta que devem ser trabalhados os seguintes
aspectos; - Conhecimento de Si: está relacionado à identidade do jovem em quem ele foi,
quem ele é e quem ele será, o projeto que ele espera para o futuro em sua vida
profissional, suas expectativas em relação a família e pessoais, quais são seus principais
valores e interesses – Conhecimento das Profissões: está relacionado às profissões, quais
são, o que fazem e como fazem, o mercado de trabalho dentro do sistema político
econômico, quais as possibilidades de atuação, visitas aos locais de trabalho e cursos de
universidades, informações sobre currículos e entrevista com profissionais.- Escolha
propriamente dita: que refere à decisão pessoal, deixar de lado o que não é escolhido,
viabilizar a escolha.Cabe ao psicólogo auxiliar com o trabalho de OP ao jovem enfrentar e
elaborar suas dúvidas, medos, inseguranças que emergem nesse momento. Portanto, a
utilização de uma abordagem dinâmica em OV não implica necessariamente no desuso
dos testes psicológicos. No entanto, a utilização deve ser cuidadosa, refletida e “nunca
substituir a função do psicólogo” . Eticamente também é necessário que o orientando seja
esclarecido, quanto ao que podemos acrescentar ao processo com a utilização do
instrumento. Devemos desconstruir a fantasia de que um teste pode trazer “a” resposta
que ele não conseguirá por seu esforço reflexivo. Temos ainda que nos certificar sobre
qual é o melhor instrumento para contribuir com as informações que consideramos
necessárias, ou seja, a escolha do instrumento deve ser fundamentada nas informações
contidas nos manuais dos testes. Será este o melhor instrumento para responder às
minhas necessidades? Qual é o melhor momento para realizar a aplicação de um teste?
Por nossa experiência não indicamos a utilização de um teste no início de um processo.
Antes disso deve-se analisar bem o caso, estabelecer o vínculo, compreender sua
dinâmica e o significado de sua procura para a OV. O profissional que decide pelo uso do
instrumento tem bom domínio e capacitação para utilizá-lo? Na hora da escolha de um
teste devemos estar preparados para esta tarefa em termos de conhecimento e habilidade.
Ao estabelecer um contrato de trabalho, consideramos importante informar que testes
podem ou não ser aplicados, dependendo de haver necessidade, mas se aplicados seus
resultados não trarão as respostas, apenas mais informações a respeito do orientando.
Este esclarecimento contribui para que, por um lado, o orientando não considere que ao
não aplicar testes, não lhe demos toda a assistência e por outro lado, não crie fantasias,
como por exemplo, de que introduzimos o teste porque não estamos conseguindo obter as
informações necessárias ou que ele possui alguma “patologia” que precisa ser melhor
investigada.

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