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Centro Universitário Uninassau

Orientação profissional
Professora: Clara Fernandes
Aluna: Danielle da Silva Sousa 04056093

Interação orientador -orientando: processos transferenciais

A orientação profissional é um conjunto de atividades que auxiliam as pessoas a


tomarem decisões sobre suas carreira, envolvendo orientador- orientado , tornando-se
um processo com tempo de configuração e estruturação. Está orientação não serve
apenas para se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas também como
uma oportunidade de autoconhecimento, alinhamento entre habilidades,
características pessoais e profissionais relacionando trabalho e projeto de vida.
Fica evidente que o profissional que realiza a orientação profissional não é
responsável por indicar uma profissão para o aluno como promessa de realização
pessoal e profissional.A decisão deve ser do orientando. O orientador terá como foco
os processos de autoconhecimento, kkkk conhecimento das profissionais e de
exploração de oportunidade e da realidade do mundo do trabalho, visto que o
orientador deve ter consciência de que é um observador do processo de atendimento,
mas também que a sua simples presença já modifica esse processo de escolha
profissional.
Por isso, a fim de distinguir como e quanto a sua presença interfere na situação de
orientação profissional o orientador precisa manter uma postura crítica diante de todo
o processo, para que os seus gostos, interesses e preconceitos pessoais não
influenciem a decisão do orientando.
No período de orientação pode ocorrer transferência, processo que ocorre quando o
orientando projeta no orientador diversos tipos de fantasias, sentimentos, referentes
tanto a pessoa do orientador quanto ao seu papel diante da escolha profissional,
podendo até projetar no orientador a onipotência do saber. Nesse sentido, é muito
comum que o orientando tome o orientador como uma figura de referência para pensar
sobre o futuro e sua atuação profissional, porque, além de o orientador ser uma figura
que já trabalha, ele também parece ser uma figura que conseguiu escolher sua
profissão.A maneira pela qual o orientado se comporta nas sessões, demostra suas
expectativas, desejos e atitudes ao seu modo de comporta-se no mundo externo.
Podendo ocorrer a contratranferencia,que ocorre a projeção de sentimentos do
orientador sobre o orientando, sendo necessário uma conscientização por parte do
orientador a que tipo de conteúdo o orientando possa despertar na mente dele, em
relação a esse vínculo que foi criado, pois caso contrário poderá surgir interferência no
processo de orientação.
Visto que poderá existir alguns aspectos, que influenciaram a uma contratranferencia,
um despertar de sentimentos e fantasias por parte do orientador, como por exemplo
um orientando mais jovem ou se o orientador for mais filho, poderá despertar um
sentimento de paternidade ou maternidade.
Outro exemplo seria um orientador mais jovem que o orientando, surgindo insegura ao
pensar que o saber do qual ele vai orientar, seria mais completo do que o seu. Caso
seja a mesma idade, poderá surgir uma contratransferencia, ao ocorrer uma
semelhança entre orientador e orientando, surgindo uma amizade e ambos sendo
tratados como amigos.
Deixando de lado o papel de orientador que é ajudar o orientando no seu processo de
escolhas, respeitando as possibilidades de decisão do outro naquele momento.
Sendo de extrema importância que o orientador, possa perceber suas próprias
fantasias, referente a sua juventude e a sua escolha profissional.
nível sócio econômico pode influenciar, caso o orientador apresente um nível mais
elevado do que o orientando, podendo desenvolver sentimentos de pena, ao perceber
que o orientando não poderá fazer uma faculdade, comparando a si mesmo, que já
concluiu uma faculdade e terá a chance de ampliar seus conhecimentos. Por outro
lado, se o orientador tiver condições sócio-econômicas abaixo do orientando ,poderá
ser despertado sentimentos de insegurança, dúvida e insucesso.
Durante o processo de orientação, deve estar sempre alerta para alguns sentimentos
elaborados pelo orientador, em que os mesmos não se transformem em
ressentimentos inconscientes ou em relação ao orientando, possa prejudicar todo o
processo.
No período da orientação, uma mistura de sentimentos envolvendo o orientador, tendo
a ansiedade como um dos principais , ao se criar expectativas em relação a tomada de
decisões ou até mesmo ao envolvimento com as tarefas propostas que nem sempre
são correspondidas pelos jovens , fazendo com que o processo não tenha evolução.
Onde cada pessoa tem um tempo de amadurecimento para escolha profissional ,
sendo uma decisão muito importante, que deve ser feita com bastante calma e
análise, pois muitos jovens não têm certeza sobre qual carreira escolher, já que são
muitas opções, diversas dúvidas e nenhuma resposta exata.
Sabendo que diversos aspectos podem tornar o processo de escolha profissional e
complicado. Portanto, mesmo não sendo uma decisão fácil, algumas atitudes ajudam
a direcionar a escolha de forma consciente, baseada em informações úteis sobre as
preferências pessoais e oportunidades de cada profissão, ou seja existe muitos
processos conscientes e inconscientes que irão ocorrer durante o atendimento, em
que o orientador não poderar perceber claramente o que está acontecendo.
Para se fazer uma boa escolha profissional e necessário que se análise todas as
opções que lhe são oferecidas, analisar todas as profissões e os diferentes campos de
trabalho que lhe são oferecido, pois os jovens no momento da escolha, encontra-se
indeciso e confuso, já que todo processo de escolha tem suas idas e vindas . Sendo
necessário uma melhor compreensão por parte do orientador nesse momento de
indecisão,dúvidas e incertezas para que o processo de orientação possa ocorrer,
lembrando que o mesmo já passou por esse mesmo processo de indecisão.Sem
deixar de lado, os valores pessoais de ambas as partes, orientador e orientando.,

Referências Bibliográficas

BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional : estratégia clínica. Tradução de José M.


V. Bojart. Revisão e apresentação: Wilma Milan Alves Penteado. São Paulo:
Martins Fontes, 1996.

CANDAU, V. M. (Org.) Rumo a uma nova Didática. 15a ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2003.

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre:
Artmed, 2019.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens –


entre duas lógicas. Porto Alegre: ARTMED, 1999.

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