Você está na página 1de 9

1

Vanessa Marrumane

ORIENTAÇÃO E REORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

(Licenciatura em psicologia das organizações)

Universidade Rovuma
Nampula
2023
2

Vanessa Marrumane

Orientação e reorientação profissional

Trabalho a ser submetido no departamento


de psicologia em cumprimento parcial da
cadeira de:

Docente:

Universidade Rovuma
Nampula
2023
3

Índice
Introdução......................................................................................................................................4

1. ORIENTAÇÃO E REORIENTAÇÃO PROFISSIONAL.......................................................5

1.1. Conceito de orientação profissional..........................................................................................5

1.2. Importância da orientação profissional.....................................................................................5

1.3. Reorientação Profissional.........................................................................................................6

1.3.1. O papel do orientador............................................................................................................7

Conclusão........................................................................................................................................8

Bibliografia......................................................................................................................................9
4

Introdução

A orientação profissional é um processo de facilitação à escolha profissional, que se apoia no


desenvolvimento do autoconhecimento e do conhecimento das áreas profissionais,
proporcionando ao indivíduo a tomada de decisão profissional. O processo de escolha é sempre
do sujeito, e o objetivo da orientação profissional é facilitar a escolha, participar, auxiliando a
pensar, conduzindo, de forma que o próprio orientando descubra quais caminhos pode seguir.

A orientação profissional não deve estar com o foco apenas nos cursos universitários como
futuro promissor dos jovens, mas precisa estar aberta à infinidade de cursos profissionalizantes
que dão condições para o ingresso no mercado de trabalho, o profissional orientador deve estar
atento a essa questão. Portanto, o presente trabalho tem como tema principal a orientação e
reorientação profissional.

A metodologia utilizada neste trabalho baseou-se em minuciosa pesquisa bibliográfica, na qual


se buscou confrontar a opinião de diversos autores a respeito do tema a ser retratado, reforçando
as ideias originais. E, por último, importa referir que todas as referências usadas na produção
deste trabalho, encontram-se na bibliografia.
5

1. ORIENTAÇÃO E REORIENTAÇÃO PROFISSIONAL


1.1. Conceito de orientação profissional

De acordo com DIAS e SOARES, (2007), “a orientação profissional é um processo de facilitação


à escolha profissional, que se apoia no desenvolvimento do autoconhecimento e do
conhecimento das áreas profissionais, proporcionando ao indivíduo a tomada de decisão
profissional. O processo de escolha é sempre do sujeito, e o objetivo da orientação profissional é
facilitar a escolha, participar, auxiliando a pensar, conduzindo, de forma que o próprio
orientando descubra quais caminhos pode seguir”.

Segundo Neiva (2007) o contexto histórico da psicologia profissional divide-se em duas partes: a
primeira marcada pela psicometria e a ideia de colocar o homem certo no lugar certo e a segunda
pelo surgimento de variadas abordagens, que trouxeram novas interpretações do problema da
escolha profissional, como a psicodinâmica, a qual tem como fator mais significativo para a
escolha a motivação, a decisional que propõem o esquema de decisão sequencial e a
desenvolvimental que considera a escolha profissional como um processo de desenvolvimento
que se inicia na infância e se estende por um longo período da vida.

Também Soares (2002) afirma:

“A Orientação Profissional (OP) pode ser realizada tendo por base teórica e prática os
diferentes referenciais teóricos da psicologia. Podemos falar das abordagens
educacionais, clínica ou organizacional, que podem ser feitas tanto individualmente como
em grupo. Cada uma tem suas características próprias, isto é, apoia-se em teorias e
utiliza-se de procedimentos técnicos diferentes. Têm em comum o fato de priorizarem a
relação homem-trabalho, seja na escolha dos estudos a seguir, dos conflitos que surgem
no desempenho do papel profissional, ou, ainda, no que diz respeito à reorientação ou ao
planejamento de carreira” (SOARES, 2000:24).

1.2. Importância da orientação profissional

SOARES (1997) esclarecem que a orientação profissional “[...]tem por objetivo facilitar o
momento da escolha ao jovem, auxiliando-o a compreender sua situação especifica de vida, na
qual estão incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais”. Os mesmos autores observam que é
fundamental, no processo de escolha, ser trabalhada a questão da integração do tempo.
6

Para o jovem definir o que quer vir a ser, é preciso estar claro a ele quem foi, quem é e quem

será.

“Orientação Profissional deve ser parte do processo de Educação, o que significa


que a escolha deveria estar organicamente inserida na formação do estudante,
deveria deixar de ser uma etapa estanque de decisão, para se integrar ao processo
educacional como informação profissional, como discussão coletiva, como
atividades práticas, mescladas longo da formação mais ampla”
(BOHOSLAVSKY, 1991: 114).

1.3. Reorientação Profissional

O termo reorientação compreende um atendimento diferenciado ao de orientação de carreira


tradicional. A reorientação atinge pessoas que já obtiveram uma experiência com a universidade
ou no mundo do trabalho, mas que, mesmo assim, vieram buscar uma “nova” orientação
(SOARES, 2002).

Para Soares (2002, p.160), reorientar pode ser usado como um termo para facilitar a adaptação
profissional. O objetivo maior da reorientação é “trabalhar a relação homem-trabalho, a vivência
no desempenho da profissão, os sentimentos experimentados e as mudanças exigidas”,
permitindo que o indivíduo tenha progresso nas suas próximas escolhas. Segundo a autora, a
reorientação traz consigo diversas angústias, sensações de rompimento, mudanças de ambiente e
uma grande pressão familiar, o que impede que o indivíduo faça suas próprias escolhas, mesmo
estando insatisfeito.

Continuando a linha de raciocínio citada acima, Soares (1997, p. 85) afirma:


“Se pensarmos a reorientação como um "escolher de novo" colocamos o adulto frente à um
conflito de desenvolvimento, isto é, se por um lado ele está passando por uma fase de
"acomodação e consolidação" por outro lado ele deve voltar a "ser jovem" para poder "escolher
de novo", começar de novo uma nova carreira. Tarefa esta que não é fácil para ele.

Para a autora, faz-se necessário romper com as certezas que estão ao redor de uma escolha
antiga. Quando uma primeira escolha é feita, o indivíduo tem a intenção de ser feliz na profissão,
então toda a felicidade é guardada para a realização profissional. Porém, ao ser confrontado com
a prática e a realidade da profissão, este pode entrar em crise. Embora os reorientandos possuam
7

mais experiências de vida e um nível de questionamento maior, não significa que o processo da
segunda escolha seja fácil. Esta decisão dependerá de como o indivíduo lida com conflitos, e
como tem vivenciado até agora a sua escolha, e, ainda, como consegue lidar com processos
decisórios e suas consequências (SOARES, 2002).

1.3.1. O papel do orientador

O orientador profissional tem como função orientar e informar, e não somente indicar para qual
direção o orientando deve seguir. O trabalho realizado pode ser considerado como a elaboração
de um projeto de vida no mundo adulto, através de ferramentas como conscientização das
identificações, conscientes ou inconscientes. Por meio deste método, Soares (2002) ressalta que
o orientador pode auxiliar as pessoas no entendimento das novas tendências profissionais, algo
que as instituições têm negligenciado durante algum tempo. Dessa forma, o profissional deve
estar sempre preparado para atender tal demanda, e estar em constante reciclagem, a fim de se
tornar qualificado a acompanhar tais mudanças.

O orientador tem como atribuição auxiliar no processo de readequação a novas carreiras, na


identificação e avanço de capacidades pessoais, também desenvolvendo novas ocupações, como
criatividade, flexibilidade, espírito de equipe, entre outras. Portanto, busca compreender relações
entre as diversas ocupações experienciadas pela pessoa e suas questões psicológicas, com a
finalidade de preservar a integridade de sua identidade pessoal e profissional.
8

Conclusão

Quando iniciou-se o trabalho de pesquisa, constatou-se a importância de ampliar o conhecimento


da área da orientação profissional. Como o mundo do trabalho tem passado por diversas
transformações, a orientação profissional tem sido buscada com o intuito de fazer a escolha certa
para o ingresso na universidade. Há, ainda, poucas pesquisas que explicam a desistência dos
estudantes nas universidades, e de como obtiveram a certeza de sua segunda escolha.

A orientação profissional está vinculada às decisões que os sujeitos devem tomar (quando
podem) em relação aos prosseguimentos dos estudos num futuro mais ou menos imediato, e tem
como objetivo ajudar o indivíduo a conhecer-se, conscientizar-se de suas características pessoais,
e conhecer as diversas profissões, além de clarear determinações subjetivas e objetivas da
escolha.
9

Bibliografia
BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. Trad. José Maria V. Bogart.
São Paulo: Martins Fontes, 1991.

DIAS, M. S. L.; SOARES, D. H. P. Jovem, mostre a sua cara: um estudo das possibilidades e
limites da escolha profissional. Psicologia: Ciência e profissão, Brasília, v. 27, n. 2, p. 316-331,
junho, 2007.

NEIVA, Kathia Maria Costa. A Orientação Profissional. São Paulo: Paulus, 1995.

SOARES, Dulce Helena Penna. A escolha profissional: do jovem ao adulto. São Paulo:
Summus, 2002.

SOARES, Dulce Helena. A re-orientação profissional apoio em época de crise. Abop, Porto
Alegre, 1997.

Você também pode gostar