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Universidade Save Gaza


Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia
Curso: Licenciatura em Psicologia

Programas de Orientação de Carreira

Autor: Rofina José Cuco

Docente: Paulino Albino Machava, PhD

20 de Setembro de 2023 (Vocacional)

1.0.INTRODUÇÃO
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Orientar se refere a determinar, adaptar ou ajustar uma posição; dirigir, guiar, encaminhar,
reconhecer ou examinar o lugar, a posição em que se encontra, para se guiar no caminho,
examinar cuidadosamente os diferentes aspectos de uma questão. Orientar contém a ideia de
desorientação, de alguém que necessita de parâmetros para se guiar. Os programas de orientação
profissional têm suas origens na Europa com a criação do Centro de Orientação profissional.
Historicamente, eles buscavam direccionar os indivíduos para entrar no mercado de trabalho e
seus objectivos estavam ligados ao aumento da eficiência industrial. Era a indicação da pessoa
certa para o lugar certo.

1.1. Objectivos

1.1.2 Geral:

 Compreender os programas de Orientação da carreira.

1.1.3 Específicos:

 Explicar os programas de orientação da carreira.

 Descrever os programas de orientação.

1.2.Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se as pesquisas Bibliográfica e documental, pois


a técnica de dados foi a documentação indirecta e bibliográfica, Marconi e Lakatos (2010: 66).

2.Orientação de Carreira

O termo vocacional implicava que um determinado aluno havia nascido com determinadas
habilidades que o conduziriam para uma profissão. Ainda é comum ouvir que alguém tem
vocação em alguma profissão. Alguns estudos na área conduziram à substituição do termo
orientação vocacional por orientação profissional por entenderem que a vocação é socialmente
construída, ou seja, não nascemos inclinados para exercer uma ou outra profissão, mas os vários
aspectos que compõem a nossa história de vida é que influenciam nossas escolhas no mundo
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profissional.

O primeiro período da Orientação Profissional foi marcado pela psicometria, ou seja, pelo uso de
testes como os de inteligência e de personalidade para classificação dos que estavam aptos ou
inaptos para determinado trabalho. Actualmente o uso de testes tem sido apenas um dos recursos
para a orientação profissional, que ao longo do tempo foi assumindo outras características como
a inserção de processos grupais.

As discussões atuais defendem a ideia de que a escolha de uma profissão implica pensarmos em
vários aspectos presentes na história de vida do estudante que influenciam sua decisão. Também
trazem aspectos que anteriormente não eram considerados, tais como:

 Aspectos familiares - muitas vezes os filhos são pressionados a fazer uma determinada
escolha devido ao interesse do pai ou da mãe. Em outras situações os filhos escolhem a
profissão dos pais porque estes foram exemplos. Ainda podemos encontrar também
exemplos em que pais participam da vida do filho apoiando e auxiliando na tomada se
suas decisões.
 O conhecimento da profissão – conhecer os aspectos que envolvem a profissão como a
área de estudos e a prática profissional.
 Aspectos sociais – influência social para determinada profissão ou questões económicas
que envolvem o trabalho.

O principal objectivo do Programa Orientação Profissional é auxiliar os discentes no seu


processo de escolha profissional, partindo da tomada de decisão mais consciente. Para tanto,
consideramos que a escolha da futura profissão envolve o conhecimento de si, o conhecimento
de informações sobre as profissões e o mercado de trabalho e a análise contexto familiar, social e
económico do discente (CAVALCANTE; RODRIGUES; NETTO, 2015).

A tendência de jovens do ensino médio é fazer uma escolha profissional apoiada em elementos
pouco consistentes: informações mínimas, geralmente distorcidas, idealizadas ou estereotipadas,
além de serem desarticuladas do próprio perfil (LEVENFUS; NUNES, 2010).
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De acordo com Yvette (2010), os altos índices de desistência universitária configuram-se como
um problema social, servindo como indicadores da problemática vivida pelo universitário devido
a falta de clareza quanto ao projecto profissional futuro.

Factor que justifica um programa de Orientação Profissional é a demanda constante por


Orientação Profissional por parte dos estudantes de segundas e terceiras séries, que buscam
atendimento com as Psicólogas visando a escolha da profissão.

2.1.A formação da identidade

A formação da identidade profissional sendo um dos focos do projecto é compreendida como um


processo através dos quais os indivíduos se definem a si próprios como elementos participantes
no mundo do trabalho que são factores de grande relevância, tanto no plano psicológico como no
plano social, considerado também como o passo crucial da transformação do adolescente em
adulto produtivo e maduro (SCHOEN-FERREIRA, et, al, 2003; SANTOS, 2007).

3.Orientação da Carreira

A Orientação Vocacional caracteriza-se em atitudes que buscam a conscientização dos


denominados determinantes de escolha. Com a constatação bem definida destes, favorece a
construção de projectos de vida, motivando desta forma, as escolhas e planos para o futuro. O
processo de Orientação Profissional surge, por sua vez, como um meio facilitador, ajudando o
jovem a se conhecer melhor, dando, consequentemente, subsídios para que ele faça a escolha
mais adequada quanto à profissão, através do autoconhecimento de suas habilidades,
competências, identificações e desejos (PIMENTA, 1981; BOCK e AGUIAR, 1995).

Quando se trata da escolha profissional, o adolescente deve optar não só por um curso ou por
uma actividade de trabalho, mas também por um estilo de vida, uma rotina, o ambiente do qual
fará parte. Enfim, decide não só o que quer fazer, mas também o que quer ser (FILOMENO,
1997).

4.Conclusão

Além da escolha vocacional, muitos adolescentes também buscam a experiência do primeiro


emprego, antes mesmo de ingressarem num curso técnico ou universitário; por ainda não
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conseguirem decidir o curso de sua preferência, por questões financeiras, por precisarem auxiliar
na renda familiar, ou ainda pela própria falta de perspectiva de futuro.

5. Referências
ANDRADE, T.D. A família e a estruturação ocupacional do indivíduo. In: LEVENFUS, R.S. et
Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre: Artmed, 1997. p.123-134.

ANDOLFI, M.; ANGELO, C. O tempo e mito em psicoterapia familiar. Porto Alegre: Artmed,
1989. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Ed. 70, 1991.

BLOS, P. Transiião adolescente. Porto Alegre: Artmed, 1996.

BOHOSLAVSKY, R. Orientaião vocacional: a estratégia clínica. São Paulo: Martins Fontes,


1982. BROOKS, F.D. Psicología de la adolescencia. 2.ed. Buenos Aires: Kapelusz, 1959.

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