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1. Psicologia como ciência

Bibliografia: BOCK, Ana, FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria. Psicologias: Uma

Introdução ao Estudo da Psicologia; São Paulo: Saraiva; 2001.

Psicologia D40. http://psicologiad40.blogspot.com/2012/03/normal-0-21-false-false-

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BOCK, Ana, FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria. Psicologia Fácil; São Paulo:
Saraiva; 2011.

BRENNAN, James F., História e Sistemas da Psicologia, México: Pearson Educacion,

1999.

CASTRO, Raquel Almeida De, Psicologia Geral, Amazonas, s/d.

MORRIS, Charles e MAISTO, Albert, Introdução à Psicologia, 6 ed., São Paulo:

Prentice Hall, 2004.

PESSANHA, Manuela, et al. Psicologia da Educação. Lisboa: Plural editores, 2010

PSICOATIVO, As 7 Principais Escolas de Pensamento da Psicologia. Acessado no dia

29 de Setembro, no site http://psicoativo.com/2016/07/as-7-principais-escolas-de-
pensamento-da-psicologia.html

A Psicologia como ciência/ Psicologia científica se desenvolveu em 1879, finais do séc.

XIX, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro laboratório de experimentos
em Leipzig, na Alemanha, teve a consciência como sua grande preocupação – como
funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio. Esse marco histórico
significou o desligamento das ideias psicológicas de ideias abstratas e
espiritualistas, que defendiam a existência de uma alma nos homens, a qual seria a
sede da vida psíquica.

Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que
ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico

Elaborado por Nárcia Cecilia Chaúque

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que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as
primeiras abordagens ou escolas ou movimentos em Psicologia, as quais deram origem
às inúmeras teorias que existem atualmente.

1.1 Movimentos ou Escolas do Pensamento da Psicologia

O Período das escolas foi até os anos 1960, quando cada escola pretendia ser uma
explicação completa e coerente para os fenómenos, mostrou-se inviável, a quantidade
de informação produzida questionando cada uma das escolas era tamanha, que produziu
o rompimento das escolas.

1.1.1. Estruturalismo

Percursores (Wilhelm Wundt e Edward Titchener)

Wilhelm Wundt influenciou a evolução da Psicologia cientifica/moderna, quando

determinou o objecto de estudo, método de pesquisa e objectivos da ciência. Wundt
decompôs a mente nos seus elementos mais simples que são as sensações, para este as
operações mentais resultam da organização de sensações elementares que se relacionam
com a estrutura do sistema nervoso, seu objecto é o estudo da consciência,

para atingir os seus objectivos usa como método a introspecção/ percepção interior
(que consistia em, no laboratório observadores treinados descreverem as suas
experiências resultantes de uma situação experimental, descreviam as suas perceções,
resultantes dos estímulos visuais, auditivos e tácteis; p ex.: ouviam um som e em
seguida descreviam o que sentiam e só este método permitiria o acesso á experiência
consciente do individuo).

As áreas investigadas por Wundt abrangeram os domínios da sensação, percepção,

atenção, sentimentos, reacção e associação. Com todas estas contribuições foi
considerado "Pai da Psicologia experimental".

Edward Titchener (1867-1927)

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Seguidor de Wundt, alterou o sistema e propôs uma nova abordagem que designou de
estruturalismo, no sentido de diferenciar do funcionalismo. O estruturalismo foi
estabelecido por Titchener como a primeira escola de pensamento. Wundt sintetizava os
elementos da mente, enquanto que Titchener, se centra nos elementos que compõem a
estrutura da consciência, desvalorizando a sua associação. Para Titchener a tarefa da
Psicologia é descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, ou seja,
analisar a consciência nas suas partes constituintes para determinar a sua estrutura.
Titchener modificou o método introspectivo de Wundt, designando-o por introspecção
qualitativa (consiste em observadores descreverem o seu estado consciente após
sujeitos a um dado estímulo).

O objecto de estudo é o mesmo que de Wundt a experiência consciente ou processos

elementares da consciência/mente.

Consciência é a soma das nossas experiências num dado momento do tempo e a Mente
é a soma da experiências acumuladas ao longo da vida, estas são realidade semelhantes.

A consciência envolve processos mentais que ocorre no momento, a mente envolve o

acumulo total destes processos.

Titchener propôs três estados elementares da consciência: sensações, imagens e estados

afectivos.

Contribuições do Estruturalismo

Esta escola definiu claramente o objecto de estudo – Experiência consciente, Os

métodos de pesquisa seguiram a melhor tradição cientifica (envolvendo a observação,
experimentação e medição) e era uma auto análise (método introspectivo), a
introspecção é ainda usada em muitas áreas da Psicologia.

Criticas

As críticas mais fortes estão direcionadas ao método, a introspecção, especialmente a

praticada pelo Titchener pois estava voltada mais para os relatos subjectivos dos

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elementos da consciência, enquanto que a de Wundt estava voltada mais para respostas
objectivas a estímulos externos. Limite na população estudada, não incluía animais,
crianças, doentes mentais.

Artificialismo por causa da sua tentativa de analisar processos conscientes através da

sua decomposição em elementos, a totalidade de uma experiência não pode ser
recuperada por nenhuma associação das suas partes elementares. Para os críticos a
experiência não ocorre em termos de sensação, imagens e estado afectivo, mas em
totalidade unificada.

1.1.2. Funcionalismo

Os pesquisadores associados á fundação do funcionalismo não tinham a ambição de

criar uma nova escola de Psicologia. Eles protestavam contra as limitações da
Psicologia de Wundt e do estruturalismo de Titchener, mas não desejavam substitui-los.
A psicologia funcional, interessa-se pelo funcionamento da mente, os funcionalistas
estudavam a mente não do ponto de vista da sua composição (uma estrutura de
elementos mentais), mas como um aglomerado de funções ou processos que levam a
consequências práticas no mundo real. O principal interesse dos psicólogos
funcionalistas, era a utilidade dos processos mentais para o organismo nas suas
permanentes tentativas de se adaptar ao meio ambiente.

William James (1820-1930)

Deu identidade a Psicologia funcional é considerado ainda hoje o maior psicólogo

americano. James não foi seguidor nem fundador, nem discípulo nem líder, mas,
embora não tenha fundado a Psicologia funcional, escreveu e pensou com clareza e
eficácia dentro da atmosfera funcionalista. James afirma que a "Psicologia é a ciência da
vida mental, tanto dos seus fenómenos como das suas condições" (James, 1890). O
"fenómeno" referido é o objecto de estudo (a consciência), acredita que é possível
investigar estados de consciência examinando a própria mente por meio da
introspecção, sendo este o objecto e respectivo método de estudo.

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Uma das maiores contribuições de James foi a sua teoria das Emoções.

Supunha-se que a experiência subjetiva de um estado emocional precede a expressão ou

a acção corporal física, p ex: se vemos uma animal selvagem nos o fugimos, logo o
medo aparece antes da reacção corporal de fuga.

James inverteu esta noção afirmando que o despertar de uma resposta física
precede o surgimento da emoção, especialmente nas emoções que designou de mais
rudes como o medo, a raiva, a angustia e o amor (vemos o animal selvagem, as
reações físicas aparecem, batimentos cardíacos fortes, palpitações, e então aparece
o medo e fugimos), para validar a sua teoria recorreu á observação introspetiva de
que, se as mudanças corporais como o aumento dos batimentos cardíacos, a
aceleração da respiração e a tensão muscular não ocorressem, não haveria emoção.

O funcionalismo tornou-se parte importante da corrente da Psicologia, enfatizou a

transferência da estrutura para a função. A psicologia funcionalista incorpora pesquisa
sobre o comportamento animal, estudos de bebés, crianças e indivíduos com atraso
mental. O funcionalismo permitiu que os psicólogos complementassem o método da
introspecção com outras técnicas de obtenção de dados (pesquisa fisiológica, testes
mentais, questionários e descrições objectivas do comportamento.

Críticas ao Funcionalismo

Os ataques ao movimento funcionalista vieram dos estruturalistas. Uma das críticas foi
ao próprio termo que não estava claramente definido, os funcionalistas foram acusados
de, por vezes, usarem o termo função para descrever uma actividade e outras vezes para
se referirem á utilidade.

Outra critica esta relacionada com a definição de Psicologia, os estruturalistas

afirmavam que o funcionalismo nada tinha de Psicologia, pois não se restringia ao
objecto de estudo e a metodologia do estruturalismo. Qualquer abordagem que não
fosse a analise introspectiva da mente em seus elementos, não era Psicologia.

Outra critica foi o interesse dos psicólogos funcionais em actividades de natureza

pratica ou aplicada, os estruturalistas não viam bem a Psicologia aplicada. Actualmente

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a Psicologia aplicada está muito disseminada e isto é considerado uma contribuição do

funcionalismo, e não um defeito.

1.1.3 Associacionismo

O principal representante do Associacionismo é Edward L. Thorndike (1874-1949), sua

importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na
Psicologia. Sua produção de conhecimento pautava-se por uma visão de utilidade deste
conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia.

O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um

processo de associação das ideias, palavras – das mais simples às mais complexas
vindas das conexões de estimulo-reacção. Assim, para aprender uma coisa complexa, a
pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, que a ela estariam
associadas.
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia
Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo o comportamento de um organismo
vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós o recompensarmos
(efeito) assim que ele o emitir. Por outro lado, o comportamento tenderá a não
acontecer, se o organismo for castigado/punido (efeito) após sua ocorrência. È pela lei
de efeito, que o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes.
Método: Experimental
Objectivo: Estudar lei da associação de ideias e analisar a vida psíquica.
Objecto: Comportamento aprendido

Contribuições

Thorndike deixou valiosa contribuição em favor da psicologia, elaborou a primeira

teoria da aprendizagem em termos associacionistas (cada ideia provoca associação).

Críticas
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Á ênfase dada à aprendizagem, como um processo de ensaio e erro; a suficiência dos

actos de exercícios; a Lei do Efeito de Thorndike; o determinismo mecanicista que,
segundo os opositores do sistema, destrói os valores humanos.

O associacionismo atinge a sua máxima expressão na psicologia com o pensamento de

Wundt, com o estruturalismo e principalmente com o condutivismo.

1.1.4. Behaviorismo

Na metade do sec. XX, aparece uma escola de Psicologia com elevada repercussão,
tanto a nível da corrente como para definir os parâmetros do estudo da Psicologia, o
Behaviorismo, o termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson,
em artigo publicado em 1913, que apresentava o título “Psicologia: como os
behavioristas a vêem”. O termo inglês behavior significa “comportamento”; por isso,
para denominar essa tendência teórica, usamos Behaviorismo - e, também,
Comportamentalismo.

Para os Behavioristas se preocupavam com o estudo do estímulo e resposta, estímulo é

o conjunto de excitações que agem sobre o organismo (qualquer elemento ou objecto do
meio ou ainda qualquer modificação interna do organismo. Ex: picada de um insecto,
contrações no estômago).

Resposta é uma reacção muscular ou glandular, é tudo o que o animal ou o ser humano
faz (ex.: afastar a mão, saltar, escrever um livro)

Comportamento conjunto de respostas objectivamente observáveis, activadas por um

complexo de estímulos, provenientes do meio físico e social em que o organismo se
insere.

Os autores representativos desta escola são:

John B. Watson (1878-1958)

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Considerado Pai da Psicologia Científica, fundador da Psicologia Comportamental.

Considerava que o único modo de entender as acções humanas era através do estudo do
comportamento, não admitia os processos mentais, contrariando o estudo da consciência
(não nega a existência da consciência nem a possibilidade do individuo se Auto
observar, Watson considera que com Wundt a Psicologia teve uma falsa partida pois
este não foi capaz de romper com as concepções tradicionais)

Watson estabeleceu uma fórmula que prevê o comportamento R=f(S), isto é, a resposta
(R) depende da situação (S) - estímulo, o psicólogo deverá ser capaz de, conhecendo o
estímulo, prever a resposta e conhecendo a resposta, deverá identificar o estímulo ou
situação que provocou essa resposta.

Para Watson, nós somos o que fazemos, e o que nós fazemos é o que o meio nos faz
fazer. Neste sentido, os indivíduos não são pessoalmente responsáveis pelos seus actos,
dado que são produto do meio em que vivem.

Método de investigação ou pesquisa: observação e experimentação.

Objecto de estudo: comportamento observável

Contribuições

A teoria do comportamento foi um movimento revolucionário que contribuiu de forma

decisiva para a constituição da Psicologia científica. É com Watson que se dá a ruptura
com a Psicologia introspectiva. Pode até afirmar-se que é com Watson que a Psicologia
adquire, indiscutivelmente, o estatuto de ciência.

A contribuição fundamental de Watson foi exactamente a defesa de uma ciência do

comportamento totalmente objectiva.

Críticas

A maior critica feita a esta escola foi o facto de reduzir a interpretação do

comportamento a fórmula R=S, ficando por se explicar vários comportamentos. Por
exemplo as reacções que surgem pela fome escapam ao esquema proposto pois não
Elaborado por Nárcia Cecilia Chaúque
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comemos quando vemos a comida, é uma situação interna ao organismo que

desencadeia um conjunto de comportamentos que permitem atingir o Objectivo de
comer.

Por outro lado, uma mesma situação (estímulo) pode desencadear respostas diferentes (p
ex.: quando ocorre um acidente (E), as respostas dos sujeitos que o presenciam podem
não ser as mesmas: um pode socorrer as vítimas R1, outro procura auxilio R2, etc.

Situações diferentes podem desencadear o mesmo tipo de reacções (p ex.: uma criança
pode chorar (R), porque caiu S1, porque a mãe não lhe deu doce S2, porque perdeu um
brinquedo S3.

Por todos estes aspectos a fórmula dos Behavioristas é muito redutora do

comportamento humano, podendo servir apenas para explicar alguns dos
comportamentos dos animais

Outra critica reside no facto de Watson afirmar que não somos pessoalmente
responsáveis pelas nossas acções pois, se isto fosse verdade, os seres humanos não
teriam livre-arbítrio, não podendo ser responsáveis pelas suas acções, não haveria
esforço ou desejo de melhoria pessoal e social.

1.1.5. Gestalt – A psicologia da Forma

A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da

história da Psicologia. Seus articuladores preocuparam-se em construir não só uma
teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a
consistência teórica.

Gestalt é um termo alemão. O termo mais próximo em português seria forma ou

configuração, que não é utilizado, por não corresponder exactamente ao seu real
significado em Psicologia.

A Gestalt nasceu por oposição á Psicologia do séc. XIX, que tinha como objecto os
estados de consciência. Ernst Mach (1838-1916), físico, e Christian von Ehrenfels

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(1859-1932), filósofo e psicólogo, desenvolviam uma psicofísica com estudos sobre as

sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem
ser considerados como os mais directos antecessores da Psicologia da Gestalt.

Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-

1941), baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção,
construíram a base de uma teoria psicológica.

A teoria da gestalt considera a percepção como um todo, e parte deste todo para explicar
as partes, ou seja, percepcionamos conjuntos organizados em totalidades.

P, ex.: quando percepcionamos uma casa, não vemos primeiro as janelas, portas e em
seguida o teto, percepcionamos a casa como um todo e só depois passamos á analise dos
elementos, dos pormenores. O todo é percebido antes das partes que o constituem, o
todo não é a soma das partes, na realidade elas organizam-se segundo determinadas leis
(os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente e esta
organização, segundo os gestaltistas é inata. Wertheimer apresentou os princípios de
organização percetiva num artigo publicado em 1923, os princípios são:

1. Proximidade

Partes que estão próximas no tempo ou no espaço parecem formar uma unidade e
tendem a ser percebidas juntas. Na figura que se segue, vêem-se os círculos em 3
colinas duplas, e não isolados ou como um grande conjunto.

2. Continuidade

Existe uma tendência na nossa percepção de seguir uma direção, de vincular os

elementos de uma maneira que os faça parecer contínuos ou fluindo numa direção
particular. Na figura abaixo (a mesma do ex.: anterior), existe uma tendência para se
seguir as colunas de pequenos círculos de cima para baixo.

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3. Semelhança

Partes semelhantes tendem a ser vistas juntas como se formassem um grupo. Essa
semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em
igualdade de condições.

4. Preenchimento/Unificação/Fechamento

Há uma tendência na nossa percepção de completar figuras incompletas, preenchendo

lacunas.

5. Simplicidade

Tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob as condições do estímulo. Os
psicólogos da gestalt denominaram isto de "boa forma" e uma boa forma é simétrica,
simples e estável, não podendo ser tornada mais simples ou ordenada. figuras mais
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simples são mais facilmente compreendidas, figuras complexas tendem a levar mais
tempo para serem assimiladas

6. Figura/Fundo

Organizamos percepções no objecto observado (a figura) e o segundo o plano contra o

qual ela se destaca (o fundo). A figura parece ser mais substancial e destacar-se do
fundo. Na figura que se segue, a figura e o fundo são reversíveis e pode ver-se dois
rostos ou uma taça, dependendo da nossa percepção.

Contribuições da Psicologia da Gestalt

Tal como os outros movimentos que se opuseram a concepções mais antigas, a gestalt
teve um efeito revigorante e estimulante sobre a Psicologia como um todo. O ponto de
vista gestaltista influenciou as áreas da percepção e da aprendizagem e continua a
estimular interesse, ao contrário do que aconteceu com o Behaviorismo.

Críticas á Psicologia da Gestalt

As críticas incluem a acusação de que os psicólogos da gestalt tentaram resolver

problemas transformando-os em postulados e de nunca terem explicado devidamente as
Elaborado por Nárcia Cecilia Chaúque
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leis do seu sistema. Para muitos psicólogos, os princípios gestaltistas eram vagos, e os
conceitos e termos básicos não foram definidos com rigor suficiente para serem
cientificamente significativos.

Outra critica refere-se ao facto da Psicologia da gestalt se ocupar demasiado da teoria

em detrimento da pesquisa experimental e dos dados empíricos comprovatórios.

6. A Escola da Psicanalise
Sigmund Freud (1836-1939) percursor deste movimento. Freud formou-se em medicina,
tendo-se especializado em Neurologia. As dificuldades em prosseguir uma carreira,
devido ao facto de ser judeu e de ter de sustentar uma família numerosa levam-no a
exercer funções de psiquiatria numa clinica privada.

Freud procurou compreender o significado mais profundo das perturbações

psicológicas, seria impossível compreender os processos patológicos se só se admitisse
a existência do consciente.

Método usado associação livre (o paciente deverá dizer livremente o que lhe vem ao
espirito e expressar os afectos e as emoções sentidas, sem se preocupar com uma
descrição lógica o objectivo seria recordar e/ou reviver os acontecimentos traumáticos
recalcados – o individuo envia para o inconsciente as pulsões, desejos e sentimentos que
não podem admitir no seu ego, os conteúdos recalcados, apesar de inconsciente,
continuam atuantes e tendem a reaparecer de forma disfarçada, em sonhos, actos
falhados, lapsos) .

Objecto: Personalidade normal e anormal

A grande revolução introduzida por Freud consistiu na afirmação da existência do

inconsciente que seria uma zona do psiquismo humano constituída por pulsões
(processo dinâmico que orienta e pressiona o organismo para determinados
comportamentos, atitudes e afectos), tendências e desejos fundamentalmente de carácter
afectivo-sexual, a qual não é passível de conhecimento directo, como acontece com o

Elaborado por Nárcia Cecilia Chaúque

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consciente. Existe também o pré-consciente (subconsciente) que faz a ligação entre o

consciente e o inconsciente.
Freud denominou sistema da mente constituído pelo Id (inconsciente), Ego
(consciente) e Superego (pré-consciente) em que o Id seguia pelo princípio do prazer
e instintos, o Superego representa as normas sociais e se guia pelo princípio da
realidade e o Ego obedece o princípio da realidade, é executivo da personalidade.

Desenvolveu o complexo de Édipo (o rapaz manifesta o interesse em casar com a mãe,

mas ao descobrir o tipo de relação dos progenitores, sente rivalidade para com o pai,
verifica-se por volta dos 3-6 anos de idade) e Elektra.

Críticas ao Legado de Freud

As conclusões que Freud tirava das afirmações dos seus pacientes eram vulneráveis,
carecia de sistema e controle e consistia sobretudo no que recordava do que seus
pacientes diziam. Não realizou nenhum esforço independente a exactidão do informe
dos seus pacientes, Freud só dava suas conclusões e inferências e nunca revelou de que
maneira chegou a ela.

Sua teoria focaliza a infância até ao ponto de afirmar que a personalidade está formada
até aos 5-7 anos. Porém o único registo de estudo com crianças de refere a uma com
fobia.

Boa Leitura!

Elaborado por Nárcia Cecilia Chaúque