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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Componente de Currículo Educacional

Nome: Nosta Arcanjo Dava; 31220306


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Xai-Xai, Novembro, 2023

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Componentes de currículo Educacional

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenaco do curso de licenciatura em
ensino de Bilogia UNISCED.

Tutor:Tahilombo Mwin-Tshitol Edumond

Nome: Nosta Arcanjo Dava ; 31220306


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Xai-Xai, Setembro, 2023

Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.................................................................................................................................3

1.1.1. Geral......................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos.............................................................................................................................3

1.2. Metodologia..............................................................................................................................3

2.Componentes fundamentais do currículo.....................................................................................4

2.1.Identificação de Componentes...................................................................................................4

2.1.1.A caracterização......................................................................................................................4

2.1.2.As diferenças entre planos curriculares..................................................................................5

3.Teoria e Desenvolvimento Curricular..........................................................................................6

4.O papel do componente curricular na formação de competências...............................................8

5.Conclusão.....................................................................................................................................9

6.Bibliografia.................................................................................................................................10
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1.Introdução
No presente trabalho pretende-se identificar os elementos básicos de um currículo, caracterizar a
sua função no todo curricular bem como as relações entre as várias componentes, salientando a
importância dos critérios de selecção bem como de organização das diferentes componentes e os
princípios de relacionação entre si. O componente curricular é um grupo de disciplinas
obrigatórias que compõem o currículo escolar em todas as etapas da educação básica, desde a
educação infantil até o ensino médio. Eles são definidos por leis e directrizes educacionais e têm
como objectivo proporcionar uma formação educacional completa e equilibrada para os alunos.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Compreender os componentes de currículo educacional;

1.1.2. Específicos
 Indicar os componentes do currículo educacional;

 Descrever os componentes do currículo educacional;

 Explicar os componentes do currículo educacional;

1.2. Metodologia
A metodologia define o processo seguido no desenvolvimento da pesquisa. Para LUFT (1991:
420) “ metodologia é o tratado dos métodos, onde o método é a ordem seguida de investigação,
no estudo de persecução de quaisquer objectivos”. Neste contexto, para a elaboração deste
trabalho, recorreu se a: Consultas bibliográficas que consistiu na leitura e interpretação de
diversas de vários autores que sustentam sobre o assunto em estudo; Analise e interpretação que
consistiu na análise e compilação da matéria estudada.
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2.COMPONENTES FUNDAMENTAIS DO CURRÍCULO

2.1.Identificação de Componentes
Entre especialistas do desenvolvimento curricular regista-se um amplo consenso quanto às
componentes fundamentais do currículo, apesar de alguma variedade terminológica e conceptual
na sua definição. Tyler (1950), que marcou decisivamente este domínio, identificou-as como
«finalidades» (propósitos),«experiências de aprendizagem» (designando o «conteúdo» e a sua
relação com os «processos» de aprendizagem),«organização» (incluindo aspectos estruturais,
metodológicos e contextuais do ensino) e «avaliacão». Taba (1962), Tanner (1975), Goodlad et
al. (1979), Saylor et al. (1981), entre outros, concordam nestes «lugares-comuns» do currículo,
se bem que os aspectos incluídos nas componentes «experiências de aprendizagem» e
«organização» possam ser diferentemente definidos e expressos, designadamente quanto à
relação entre «conteúdo» e «experiência de aprendizagem» e à «organização» de conteúdos ou
de actividades de aprendizagem.

2.1.1.A caracterização
A caracterização da natureza e âmbito do currículo apontaram para a sua concepção - qualquer
que seja o modelo adoptado - como um sistema organizado de elementos que se influenciam
mutuamente: a) finalidades a objectivos; b) matérias a conteúdos; c) estratégias a actividades; d)
avaliação.

Por outras palavras, um currículo contém o enunciado das finalidades e objectivos visados,
propõe ou indica uma selecção e organização de conteúdos de ensino, implica ou sugere
modelos, métodos e actividades de ensino-aprendizagem, em virtude dos objectivos que
prossegue e da organização de conteúdos que postula; inclui, por fim, um plano de avaliação dos
resultados da aprendizagem. Estas componentes fundamentais devem estar todas presentes - de
modo explícito ou implícito - e, na medida do possível, de forma equilibrada, em qualquer plano
curricular. No entanto, nem sempre os vários modelos de organização curricular, ao propor uma
determinada relação das componentes, respeitam esse equilíbrio; ao invés, privilegiam uma ou
outra componente quer por insuficiente clarificação de alguns elementos quer por ausência de
justificação adequada para eles (Taba, 1962). Assim, por exemplo, o modelo de organização
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curricular centrado em disciplinas ou matérias, sobrevaloriza os conteúdos programáticos,


subordinando-Ihes os objectivos curriculares; em contrapartida, uma estrutura curricular assente
em núcleos de problemas ou experiências atribui grande relevo às experiências, actividades e
situações de aprendizagem, sem se preocupar muito com o âmbito dos conteúdos a incluir. Nesta
sequência de pensamento, afigura-se relevante avaliar, em qualquer currículo, a prioridade
concedida às várias componentes bem como os critérios justificativos da selecção e valorização
feitas.

Elucidativo é o caso da maioria dos programas de educação pré-escolar e, até, dos primeiros
anos de escolaridade, que se organizam em torno de actividades, situações lúdicas ou
experiências proporcionadas às crianças.

Esta componente prevalece sobre as outras - conteúdos, avaliação e, em menor grau, objectivos -
o que, aliás, é perfeitamente justificável do ponto de vista psicológico, pedagógico e social.
Podem-se, também, imaginar situações em que a avaliação seja a componente dominante - e
mesmo determinante- das outras: num sistema educativo, em que exames nacionais, oficialmente
estipulados, condicionem o acesso a alguns níveis de ensino e em que a concepção e elaboração
dos planos e programas dependam da iniciativa local de escolas, é natural que o desenvolvimento
e organização dos programas sejam determinados pelos objectivos e conteúdos que tais exames
oficiais revelem. Para lá dos exemplos, retenha-se, pois, a necessidade de analisar nos currículos
a presença, dominância ou equilíbrio das componentes fundamentais de qualquer plano de
estudos.

2.1.2.As diferenças entre planos curriculares


As diferenças entre planos curriculares explicam-se, assim, por força da estruturação ou modo de
relacionação dos vários elementos entre si, o relevo posto em cada um deles ou o equilíbrio e
coerência dos ingredientes curriculares básicos.

Os currículos diferem, também: a) na formulação e justificação dos objectivos; b) nas


modalidades e critérios de selecção e estrutura de matérias ou conteúdos; c) nas modalidades e
critérios de escolha e organização das actividades de ensino-aprendizagem; d) nos critérios a
modalidades de avaliação propostos.
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Em última análise, os planos curriculares diferenciam-se, sobretudo, nos pressupostos,


orientações e critérios de decisão em que assentam ou de que partem. A justificação curricular
revela-se decisiva, determinando as bases, factores e influências que «legitimam» os vários
elementos, designadamente objectivos e conteúdos de ensino e, ainda, a estrutura que os organiza
num todo coerente. Como refere Taba (1962), a ausência de justificação de um plano curricular
pode levar a que esse plano só possa ser «imposto» e aceite passivamente por quem tem de o
implementar.

3.Teoria e Desenvolvimento Curricular


A distância entre o currículo que, do ponto de vista teórico, se afirma e o que na prática se
realiza, talvez se possa explicar, em grande medida, pela falta ou imprecisão dos fundamentos
justificativos e linhas orientadoras do plano curricular que se propõe.

Em síntese, um currículo deveria incluir as seguintes componentes: a) contexto e justificação; b)


quadro de objectivos; c) roteiro ou «mapa» de conteúdos; d) plano de organização e sequência do
ensino-aprendizagem; e) plano de avaliação; f) referência a condições de execução prática.
Convirá, nesta altura, explicitar um pouco mais o que está subjacente em cada uma das alíneas
referidas.

A explicitação do contexto e justificação fornece o quadro de referência, orientação e


fundamentação do plano curricular, nas suas finalidades e objectivos e no seu modelo estrutural.
Consideram-se, assim: a) a análise do contexto social, cultural e educativo em que se insere e a
que pretende dar resposta, designadamente quanto a factores condicionantes e a necessidades
educativas a satisfazer; b) a identificação de linhas de força, vectores orientadores e perspectivas
sociais e educativas que assume ou o enunciado de pressupostos e orientações educacionais que
o justificam; c) o enunciado dos critérios justificativos que suportam as decisões curriculares
maiores, nomeadamente modelo de organização curricular, coerência e relações entre
componentes básicas. Em termos do processo global de desenvolvimento curricular, esta fase
corresponde ao que na introdução se designou como «justificação do currículo».

O estabelecimento de um quadro de objectivos preenche a necessidade de definir a


intencionalidade fundamental do plano curricular, a sua direcção última e o quadro de resultados
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ou produtos finais a alcançar. Como a própria expressão «quadro» sugere, convém que se adopte
uma estrutura e sequência de objectivos, em diferentes níveis de generalidade/especificidade,
explicitando a sua relacionação, congruência e compatibilidade. A explicitação do «conteúdo»
do currículo realiza-se através do roteiro de matérias ou conteúdos, indicando não apenas os
seleccionados mas sobretudo organizando-os; a ideia de roteiro pretende exprimir a necessidade
um «mapa»que trace as suas relações mútuas e o «itinerário» que propõe.

Decisões importantes a considerar - e que constituem problemas a ser desenvolvidos mais


tarde - referem-se à inserção dos conteúdos no quadro de objectivos, seu âmbito e sequência. A
organização e sequência do processo de ensino-aprendizagem deve ser planificada em termos de
tipos de actividades, experiências e situações de aprendizagem e proporcionar, incluindo, pois,
acções do professor e acções do aluno: estratégias/métodos, actividades, materiais e meios de
ensino-aprendizagem. Como já se disse, um currículo implica ou manifesta alguns modelos ou
padrões de ensino, requeridos pela orientação educativa, pelos objectivos ou pela própria
organização dos conteúdos. Em termos do processo de desenvolvimento curricular, é, sobretudo,
nesta componente que a fase de planeamento curricular se aproxima mais da de implementação
do currículo; aqui, também, o planeamento do currículo se pode vir a intrometer na planificação
do ensino.

A componente avaliação define o plano de apreciação dos resultados reais de aprendizagem,


procurando indicadores que evidenciem a aprendizagem conseguida e a sua comparação com os
objectivos visados, em ordem a aperfeiçoar o programa e o processo de ensino. Por fim, a
explicitação de condições de execução do plano curricular visa, mais uma vez, aproximar o
planeamento da implementação curricular, no sentido de encontrar o ponto de equilíbrio entre as
exigências normativas de um plano e a situação real onde vai ser executado. A referência a
factores de organização escolar, estruturas e meios impõe-se - sob pena de a concepção do plano
ser feita no vazio - em particular no que concerne às variáveis «espaço», «tempo», « grupo de
ensino» a «pessoal docente», como já foi mencionado.

Do ponto de vista teórico, a concepção do plano viria em primeiro lugar e deveria postular
determinadas condições de implementação; na realidade, acontece quase sempre o inverso: o
plano curricular elaborado tem de se adaptar, desde logo, às condições da sua inserção e aos
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factores de organização escolar que o limitam ou enquadram. Uma avaliação pouco realista de
tais factores e condições escolares distancia de tal modo o plano curricular da realidade que a
consequência mais natural é poder vir a ser «desacreditado» por se revelar inviável.

4.O papel do componente curricular na formação de competências


Os componentes curriculares têm um papel fundamental na formação de competências dos
estudantes ao longo da sua trajectória escolar. Entre os principais objectivos desses componentes,
estão o desenvolvimento de habilidades cognitivas, a aprendizagem de valores éticos e morais e
a formação de cidadãos críticos e conscientes.

Desenvolvimento de habilidades cognitivas: os componentes curriculares, como matemática,


português, ciências, história e geografia, têm como objectivo desenvolver habilidades cognitivas
nos estudantes, como a capacidade de raciocínio lógico, resolução de problemas, análise crítica e
interpretação de textos e dados.

Aprendizagem de valores éticos e morais: além do desenvolvimento cognitivo, os


componentes curriculares também têm um papel importante na formação ética e moral dos
estudantes. Através de disciplinas como filosofia, sociologia, história e literatura, os estudantes
aprendem sobre valores, ética e moralidade, e desenvolvem uma visão crítica e reflexiva sobre o
mundo em que vivem.

Formação de cidadãos críticos e conscientes: por fim, os componentes curriculares também


têm como objectivo formar cidadãos críticos e conscientes, capazes de participar activamente da
sociedade em que vivem. Disciplinas como educação física, artes e línguas estrangeiras têm um
papel importante nessa formação, ao desenvolver habilidades de comunicação, expressão e
interacção social, além de promover a valorização da diversidade cultural e a consciência
ambiental.
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5.Conclusão
Em suma, os componentes curriculares desempenham um papel crucial na construção de um
currículo educacional completo e enriquecedor. Eles são a base sobre a qual os estudantes
adquirem conhecimentos, desenvolvem habilidades e se preparam para enfrentar os desafios do
mundo académico e profissional. Ao compreender a importância desses componentes e sua
interconexão, podemos valorizar ainda mais a diversidade de disciplinas e áreas de estudo
presentes na educação.
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6.Bibliografia
AUSTIN, J. (1962), How to do things with words. Oxford: Clarendon Press.

BALLY, Charles (1944), Linguistique générale et linguistique française. 2de édition entièrement
refondue, Berne, A. Francke S. A. (1ª ed. 1932).

BELO, Fernando (1991), A Conversa, Linguagem do Quotidiano: Ensaio de Filosofia e


Pragmática. Lisboa: Presença.

BRANQUINHO, João, MURCHO, Desidério (2001), Enciclopédia de termos lógicofilosóficos,


http://www.gradiva.pt/livros.asp?C=21 (consulta: 09-05-2008).

BRITO, Ana Maria et alii (2003), “Estrutura da frase simples e tipos de frase” in Mateus et alii,
Gramática da Língua Portuguesa. 5ª edição revista e aumentada, Lisboa: Caminho, pp. 435-506.

BROWN, Penelope & LEVINSON, Stephen (1987), Politeness: Some universals in language
usage. Cambridge: Cambridge University Press.

BROWN, Gretchen P. (1980), “Characterizing Indirect Speech Acts”, in American Journal of


Computational Linguistics. Volume 6, Number 3-4, July-December, pp. 150-166.

BROWN, G., YULE, G. (1983), Discourse Analysis. Cambridge: Cambridge University Press.

CAMPOS, H. C., XAVIER, M. F. (1991), Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa:


Universidade Aberta.

CAMPOS, Maria Henriqueta Costa (2004), “A Modalidade Apreciativa: Uma Questão Teórica”,
in Fátima Oliveira / Isabel Margarida Duarte (orgs.) Da língua e do discurso. Porto: Campo das
Letras, pp. 265-282.

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