Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As Ciências Da Filosofia
As Ciências Da Filosofia
Docente:
Abril, 2024
2
Abril 2024
3
Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..................................................................................................................................4
1.2.Metodologia...............................................................................................................................5
2. Limite de Comunitarismo............................................................................................................5
3.1.Estado de Natureza..................................................................................................................10
4.Limite de contratualista..............................................................................................................10
5. Conclusão..................................................................................................................................14
6.Referências.................................................................................................................................15
4
1. Introdução
As divergências entre liberais e comunitaristas no que diz respeito ao tema da justiça ocupam o
debate da Filosofia Política nas últimas décadas. A prioridade do justo em relação às concepções
comunitárias do bem é um dos aspectos centrais da discussão. Com pontos de partida distintos, o
desafio é comum a essas duas correntes
O limite do construtivismo na fundamentação do direito humano ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, é uma análise sobre a justificação no modelo construtivista,
proposto por John Rawls (John Bordley Rawls) na teoria do Liberalismo Político, em que coloca
os bens primários enquanto necessidades dos cidadãos, desconsiderando direitos difusos, por
exemplo. Rawls em seu modelo construtivista sustenta que para haver uma sociedade justa e que
garanta as necessidades das pessoas em suas condições de cidadãs, afirma que tais necessidades
devem ser reconhecidas publicamente como benéficas para todos, passando tal decisão por um
consenso politico para ser aceita como benéfica para todos cidadãos.
1.1.Objectivos
Geral
Expecifico
1.2.Metodologia
A metodologia define o processo seguido no desenvolvimento da pesquisa. Para LUFT (1991:
420) “ metodologia é o tratado dos métodos, onde o método é a ordem seguida de investigação,
no estudo de persecução de quaisquer objectivos”.
Neste contexto, para a elaboração deste trabalho, recorreu se a: Consultas bibliográficas que
consistiu na leitura e interpretação de diversas de vários autores que sustentam sobre o assunto
em estudo; Analise e interpretação que consistiu na análise e compilação da matéria estudada.
5
2. Limite de Comunitarismo
Os comunitaristas invertem as prioridades na concepção de pessoa perante a política. Na política
da dignidade igual proposta pelos liberais, o que é estabelecido pretende ser universalmente o
mesmo, “uma cesta idêntica de direitos e imunidades”, mas na política da diferença exige-se o
reconhecimento da identidade peculiar de determinado grupo ou indivíduo; está em questão o
que o distingue, não o que iguala, ou o que se coaduna com a identidade dominante ou
maioritária (TAYLOR, 2000, p. 250 251).
O comunitarismo, na visão de Taylor, supõe apenas um potencial universal: “O de formar e
definir a própria identidade, tanto como indivíduo quanto como cultura” (p. 253). A dignidade
não está na autonomia, na capacidade, tal como definida por Kant, de o agente racional dirigir a
própria vida por meio de princípios. O Estado, na acepção tayloriana, não se define meramente
pela incumbência de promover o direito, um sistema que regule a convivência entre agentes
livres, racionais e iguais na perspectiva da justiça; é, sobretudo, o palco em que a luta pelo
reconhecimento se expressa, tal como ocorre na prática das acções afirmativas.
contra ou a favor em ambos os casos não pode afastar argumentos morais importantes. Essa
exclusão dependeria do fato de se saber qual das doutrinas morais é verdadeira.
Ora, o tema do aborto não é objecto de debate no nível dos princípios, mas assunto a ser
enfrentado no estágio legislativo. Já o problema da escravidão pode ser resolvido a partir do
primeiro princípio de justiça de Rawls e sem apelo aos valores morais e religiosos. Estes, por
certo, estarão em consonância com o primeiro princípio. O recurso aos direitos fundamentais é
suficiente para condenar quaisquer formas de escravidão. As doutrinas morais abrangentes
poderão endossar a defesa desses direitos, por diferentes razões, mas não é preciso recorrer a elas
para condenar a escravidão.
O acordo político em torno dos princípios, feito sob o véu da ignorância, diz respeito aos
elementos constitucionais essenciais. Os assuntos controversos não entram na agenda política.
Por isso, são decididos em outro estágio, onde o véu da ignorância é parcialmente suspenso.
Nesse estágio, os cidadãos argumentarão a partir de suas concepções de bem. Aliás, também
endossarão os princípios de justiça a partir dessas concepções.
O limite delas, no entanto, são os princípios de justiça política. A solução de possíveis conflitos
precisa estabelecer prioridades, mas deve fazê-lo a partir de um critério objectivo e comum.
A não-dependência de doutrinas morais abrangentes por parte dos princípios de justiça afecta,
pois, somente a estes. A crítica sobre o fato do debate em torno do aborto não poder ser
moralmente neutro, isto é, não poder desconhecer razões morais e religiosas, não considera
suficientemente os quatro estágios da aplicação dos princípios de Rawls.
O liberalismo político tem de pressupor não só que o exercício da razão humana em condições de
liberdade produzirá desacordos acerca da vida boa, mas também que o exercício da razão
humana em condições de liberdade não produzirá desacordos acerca da justiça. (SANDEL, 2005,
p. 266).
Não há dúvida de que existe um pluralismo razoável em torno da justiça. A questão é avaliar
qual ou quais dos princípios têm mais chance de ser objecto de um acordo para orientar nossas
principais instituições sociais e políticas. A questão é saber o que realmente é importante para o
domínio do político. É fundamental que, para sua estabilidade, os valores desse domínio sejam
endossáveis pelas doutrinas abrangentes.
A controvérsia em torno do “estatuto moral da homossexualidade”, sugerida por Sandel, não é
um bom exemplo. Esse assunto é objecto de discussão e ponderação no estágio legislativo e não
na construção dos princípios da posição original. Não é, portanto, elemento constitucional
essencial. É uma questão de lei e não de princípio. No legislativo os argumentos morais têm
força e podem ser adoptados pelos cidadãos. O véu da ignorância afecta a construção dos
princípios, mas não a elaboração das leis, ou pelo menos não em parte. Não há dúvida de que
nessa elaboração, os cidadãos vão argumentar a partir de seus interesses e concepções de bem,
isto é, a partir de uma razão não-pública. O critério aqui é o voto da maioria.
pública no fórum público” (2005, p. 215). É o que Rawls chama de “razões não-públicas” e dá
como exemplo vários tipos de associações, tais como as igrejas, universidades e as sociedades
científicas. Sua argumentação é pública em relação a seus membros, mas não-pública em relação
aos cidadãos em geral. A razão pública diz respeito ao “bem do público”; é a razão dos cidadãos
enquanto “corpo colectivo” (colletive body), na medida em que promulgam leis e emendam sua
Constituição (RAWLS, 2005, p. 213 e p. 214). Mas existem questões políticas que não são
objecto da razão pública, uma vez que não são elementos constitucionais essenciais.
3.1.Estado de Natureza
Este é o estágio prévio à inserção do indivíduo em uma estrutura sociopolítica e com instituições
artificiais. Dado que, aqui, a subjectivarão da natureza humana parte do nível individual para o
colectivo, destacam-se as seguintes variáveis explicativas do estado de natureza: liberdade,
propriedade, natureza humana e estado de guerra. Como será visto na quarta sessão, infra, esses
elementos estão relacionados à busca e à manutenção do poder não apenas na ordem interna dos
Estados, mas igualmente na internacional, tendo, portanto, maior relevância para as teorias de RI.
Acerca da liberdade, Hobbes (2005) entende que o estado de natureza corresponde ao estágio em
que os indivíduos vivem desorganizadamente em uma verdadeira anarquia, onde a liberdade
individual é total, haja vista que todos fazem o que lhes aprouver, inexistindo, assim, segurança.
Para Locke (2006, p. 36), o estado de natureza aloca os grupos de pessoas em uma espécie de
10
progressão evolutiva em que eles vivem livres e iguais, dentro dos limites do direito natural, sem
que essa liberdade implique uma similar permissividade, de modo que “um homem adquire um
poder sobre o outro; mas não um poder absoluto ou arbitrário” (Locke, 2006, p. 37).
4.Limite de contratualista
Os contratualistas defendem que a gênese da sociedade e do poder político advém de um
contrato ou pacto social, i.e., de “um acordo tácito ou expresso entre a maioria dos indivíduos,
acordo que assinalaria o fim do estado natural e o início do estado social e político” (Bobbio;
Matteucci; Pasquino, 2004, p. 272). Diante de definições amplas como essa, deve-se atentar ao
agrupar teóricos políticos tão distintos e de épocas e locais tão diferentes, como se tivessem
orientações plenamente convergentes entre si. Afinal, ao versar sobre a “escola contratualista”,
está, na realidade, tratando-se de uma mesma terminologia para denotar a racionalização da força
e o sustentáculo do poder no consenso, elementos que, por excelência, também perpassam não
apenas a ordem interna de uma sociedade, mas também suas relações exteriores.
As mais novas expressões da abordagem liberal contratualista são certas concepções de gestão
em rede, correlacionadas nas parcerias e convênios, bem como a proposta do “contrato de
gestão” para se escolherem directores e se avaliar a administração das escolas. Da mesma forma,
pode-se pensar o projecto político-pedagógico como sendo um momento de instauração do
contratual, no qual seria negociado o tipo de escola que se quer. Há quem fale e, mesmo,
advogue e contraponha o contrato pedagógico e/ou didáctico entre professor e alunos
(BROUSEAU, 1988; PINTO, 2003).
A legitimidade do contrato surge da forma como são construídos as regras e os valores, bem
como são tomadas as decisões colectivas, o seu procedimento. Com base na teoria do
desenvolvimento do juízo moral de Piaget, a tradição do contrato social passou a ser concebida
como a forma mais adequada de se praticar a democracia na escola, de modo a favorecer e
respeitar a formação da autonomia dos indivíduos. Contudo, cabe ressaltar que, para a tradição
liberal, a participação não é um bem em si mesmo, mas “um meio para” que a criança
desenvolva sua autonomia num ambiente não autoritário.
A deliberação democrática, enquanto exigência cosmopolita, não tem sede própria, nem uma
materialidade institucional específica (SANTOS, 1999, p. 96).
O resgate do contratualismo por Santos retoma a temática da diferença e da correlação entre o
local e o geral e do apelo à sociedade civil, à comunidade.
Destaca-se também a repulse ao Estado nacional. Esta proposta está em consonância com aquilo
que Tedesco (1998) chamou de um “novo pacto educativo”. Com este autor, a recusa da
articulação da democracia no âmbito do Estado nacional, constituído como centro de das
deliberações colectivas, liga-se a uma proposta de negociações em rede.
operacional. Entende-se agora que quem toma decisões são pessoas cuja filiação a uma
comunidade e tradição não pode ser suprimida ou depurada para se concebê-las calculando como
agentes supostos como meramente livres e racionais. Contudo, as críticas feitas pelo
comunitarismo ao princípio do contrato social não rompem com o ideário econômico liberal
mais abrangente.
A concepção comunitarista é também “historicista” e refere-se sempre a um conteúdo. A uma
ética de princípios e a uma democracia meramente procedimental opõe uma ética das virtudes, e
seu conceito fundamental é a ideia de bem comum, a ser garantido pela participação. A justiça
comunitária é definida conforme o mérito, desde que dado sempre no interior de um contexto
social, onde é compreendido como alguma forma de excelência. A razão prática é
contextualizada também no sentido de que não procura apenas construir fórmulas que dependem
do contexto, mas melhor articular o que o está implicado no contexto.
Segundo MacIntyre (2001), o eu é a unidade narrativa de uma vida humana. O eu não é o sujeito
transcendental do “iluminismo”, portador de uma razão e de uma vontade que o constitui como
autônomo, independente da história e da cultura. Assim, o comunitarismo concebe a pessoa a
partir da tradição; o eu passa a ser compreendido a partir da linguagem: “É errado separar o eu e
seus papéis da história da linguagem que o eu especifica e por intermédio da qual os seus papeis
ganham expressão” (2001,p. 72).
14
5. Conclusão
6.Referências
ACKERMAN, Bruce. Social justice in the liberal state. Bringhampton: NY Yale University
Press, 1980.
BANCO MUNDIAL. Relatório sobre o desenvolvimento mundial 1997. O Estado num mundo
em transformação. Washington: BM, 1997.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade. A busca da segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2003.
BROUSEAU, Guy. Le contrat didactique: le milieu. RDM, v. 9, n. 3, p. 309-336, 1988.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo liberal. In: Os clássicos da
política, org. Franscisco C. Weffort, Ática, São Paulo 2008.
MONTEAGUDO, R. Contrato, moral e política em Rousseau. Marília: Editora da UNESP,
2010.
NASCIMENTO, Milton Meira do. Rousseau: da servidão à liberdade. In: Os clássicos da
política, org. Franscisco C. Weffort, Ática, São Paulo 2008.
RECIO, Encarnación Moya; NASCIMENTO, Paulo Roberto. Introdução a Ciências
Políticas: Teoria, Instituições e Autores Políticos. Rede For, São Paulo, 2012.
RIBEIRO, Janine Renato. Hobbes: o medo e a esperança. In: Os clássicos da política, org.
Franscisco C. Weffort, Ática, São Paulo 2008.
ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social (1757), Abril Cultural, São Paulo, 1983.