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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Licenciatura Em Ensino De Português

O INDIVIDUALISMO COMO PERIGO PARA O PROFISSIONAL

Nome do estudante: Cristina Tauzene Zuca

Código: 708207608

Cadeira: Ética Profissional

Beira, Maio de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Licenciatura Em Ensino De Português

O INDIVIDUALISMO COMO PERIGO PARA O PROFISSIONAL

Nome do estudante: Cristina Tauzene Zuca

Docente: dr. Pe. Victor Alfiado Maketa

Beira, Maio de 2023


Nome do estudante: Ano de frequência: 2º ano

Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega: Outubro de 2022

Aspectos a considerar na correcção Cotação Cotação

Introdução: Exposição e delimitação do assunto em 2,0 v


análise

Desenvolvimento: 5,0 v 10,0 v

Fundamentação teórica (definição de conceitos e


termos e apresentação dos pontos de vista do autores). 5,0 v

Integração entre teoria e prática (argumentos/contra


argumentos e exemplificação)

Clareza expositiva 2,0

Citações bibliográficas (directas e indirectas) 2,0

Conclusão 2,0

Referências bibliográficas (normas APA) 2,0

Cotação total: 20,0 v

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:

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Índice
1.Introdução...........................................................................................................................................5
1.1.Objectivos........................................................................................................................................5
1.2.Geral.................................................................................................................................................5
1.3. Específicos......................................................................................................................................5
1.4.Metodologia.....................................................................................................................................5
2.Conceitos.............................................................................................................................................6
2.1.O individualismo como perigo para o profissional...........................................................................7
2.3.A conduta profissional......................................................................................................................8
2.4.Mecanismos de como lidar com o individualismo...........................................................................9
3. Conclusão.........................................................................................................................................10
4. Referências Bibliográfica.................................................................................................................11

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1.Introdução

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e


representam imperativos de sua conduta. Ética é o conjunto de princípios e valores morais que
conduzem o comportamento humano na sociedade. As organizações seguem os padrões éticos
sociais, aplicando-as em suas regras internas para o bom andamento dos processos de
trabalho, alcance de metas e objectivos.

Assim, individualidade e individualismo, uma sendo experiências da condição humana e outra


um aspecto ideológico passível de manipulação, figuram-se como ligados à dicotomia da
igualdade e liberdade, aspectos pouco experienciados pelos indivíduos nas sociedades
ocidentais. E como se observa em diversos momentos da vida social, onde ocorre uma
liberdade extremada, a igualdade não consegue se efectivar e vice-versa.

1.1.Objectivos

1.2.Geral

 Compreender o individualismo como perigo para o profissional.

1.3. Específicos

 Conceituar o individualismo

 Caracterizar o individualismo como perigo para o profissional;

 Mostrar como individualismo pode constituir perigo para o profissional.

1.4.Metodologia

Adoptamos como fundamentos teórico-metodológicos a pesquisa bibliográfica, que buscar


referências teóricas publicadas objectivando trazer informações, conhecimentos dados sobre o
tema que servirão de base para a construção do trabalho.

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2.Conceitos

A idéia de individualidade apresenta-se como uma noção central da tradição clássica dos
estudos sócio históricos das grandes civilizações, bem como uma categoria crucial e familiar
do nosso universo cívico e político, (Damatta, 2000).

Para Foucault (1987), até o período feudal, a individualidade se vinculava à posição social do
indivíduo, desse modo, o rei se era considerado como indivíduo por excelência, por outro
lado, o servo, por não ser dono de si mesmo, não figurava como indivíduo.

O Individualismo não se pode separar da concepção moderna de Liberdade, em que que no


Individualismo o sujeito define-se a ele próprio como autónomo. Louis Dumont, encara o
Individualismo do seu ponto de observador das sociedades holistas, assim refere que não se
pode passar do indivíduo para o grupo a não ser por meio de um “contrato”, nesta linha segue-
se a “força”, pois é a única coisa que os indivíduos podem trazer para a transacção em que o
oposto de força é a hierarquia.

Na mesma linha, Gibson et al, (2006:530), refere que “ o individualismo enfatiza a busca das
metas, das necessidades e do sucesso do individuo. O colectivismo enfatiza as necessidades, a
satisfação e o desempenho de grupo”. Um dos conflitos é entre a vida profissional e a vida
pessoal do indivíduo. Um outro conflito surge entre o grupo de trabalho do indivíduo e os
restantes grupos da organização, (Gibson et al, 2006:43).

As empresas estão em mudanças sucessivas, rápidas, e por isso é importante que os seus
recursos estejam preparados para lidar com essas mudanças a “resistência na sua
interpretação mais óbvia é a resposta lenta para ir de encontro ao que está definido ou até a
recusa completa em cooperar com a mudança”. Os indivíduos tendem a apresentar
resistência a equipas de trabalho se estes possuem um conjunto de sentimentos negativos
acerca da colaboração, de fazer sacrifícios individuais pelo grupo e de trabalhar com
dependência em relação aos outros.

De acordo com Dias, (2004:40), o conhecimento organizacional surge no seio das interacções
e relações que se estabelecem entre os indivíduos e no interior dos grupos e desaparece
quando os padrões internacionais e relacionais são destruídos.

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2.1.O individualismo como perigo para o profissional

Como o número dos que trabalham, todavia, visando primordialmente ao rendimento, é


grande, as classes procuram defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o
trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços. Isto
porque ficam vulneráveis ao individualismo.

A consciência de grupo tem surgido, então, quase sempre, mais por interesse de defesa do que
por altruísmo.

Isto porque, garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o


individualismo pode transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão.

Tal luta quase sempre se processa através de aviltamento de preços, propaganda enganosa,
calúnias, difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair clientela e
oportunidades do colega, reduzindo a concorrência. Igualmente, para maiores lucros, pode
estar o indivíduo tentado a práticas viciosas, mas rentáveis.

Em nome dessas ambições, podem ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revelação de
segredos dos negócios, simulação de pagamentos de impostos não recolhidos, etc.

Para dar espaço a ambições de poder, podem ser armadas tramas contra instituições de classe,
com denúncias falsas pela imprensa para ganhar eleições, ataque a nomes de líderes impolutos
para ganhar prestígio, etc.

Os traidores e ambiciosos, quando deixados livres completamente livres, podem cometer


muitos desatinos, pois muitas são as variáveis que existem no caminho do prejuízo a terceiros.

A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética, imposta
através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas devem ser
condizentes com as diversas formas de prestar o serviço de organizar o profissional para esse
fim. Dentro de uma mesma classe, os indivíduos podem exercer suas actividades como
empresários, autónomos e associados. Podem também dedicar-se a partes menos ou mais
refinadas do conhecimento.

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2.3.A conduta profissional

Muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas
quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangência.

Tão poderosos podem ser os escritórios, hospitais, firmas de engenharia, etc, que a ganância
dos mesmos pode chegar ao domínio das entidades de classe e até ao Congresso e ao
Executivo das nações. DIAS, (2004), a força do favoritismo, accionada nos instrumentos do
poder através de agentes intermediários, de corrupção, de artimanhas políticas, pode assumir
proporções asfixiantes para os profissionais menores, que são a maioria. Tais grupos podem,
como vimos, inclusive, ser profissionais, pois, nestes encontramos também o poder
económico acumulado, tão como conluios com outras poderosas organizações empresariais.

Portanto, quando nos referimos à classe, ao social, não nos reportamos apenas a situações
isoladas, a modelos particulares, mas a situações gerais.

O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um número expressivo de pessoas e até,


através delas, influenciar o destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de
minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.

Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os interesses de
uma classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque estas devem
estar apoiadas em princípios de virtude.

Como as atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho justo,
adequado, para o benefício geral. Como o progresso do individualismo gera sempre o risco da
transgressão ética, imperativa se faz a necessidade de uma tutela sobre o trabalho, através de
normas éticas.

É sabido que uma disciplina de conduta protege todos, evitando o caos que pode imperar
quando se outorga ao indivíduo o direito de tudo fazer, ainda que prejudicando terceiros. É
preciso que cada um ceda alguma coisa para receber muitas outras e esse é um princípio que
sustenta e justifica a prática virtuosa perante a comunidade. O homem não deve construir seu
bem a custa de destruir o de outros, nem admitir que só existe a sua vida em todo o universo.

Em geral, o egoísta é um ser de curta visão, pragmático quase sempre, isolada em sua
perseguição de um bem que imagina ser só seu.
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2.4.Mecanismos de como lidar com o individualismo

Com base nos valores morais existentes, existem alguns fundamentos da ética profissional que
determinam que a sociedade valoriza os profissionais que possuam os seguintes requisitos
éticos:

• Honestidade enquanto ser humano e profissional

• Perseverança na busca de seus objectivos e metas

• Conhecimento Geral e Profissional para oferecer segurança na execução das actividades


profissionais

• Responsabilidade na execução de qualquer tarefa

• Iniciativa para buscar solucionar as questões apresentadas

• Imparcialidade na execução do trabalho e na apresentação de resultados e sugestões

• Actualização constante e contínua

• Trabalho em Grupo de modo que seja construído um espírito de equipe

• Eficiência na execução das tarefas, buscando aprimorar a qualidade

• Relacionamento Interpessoal baseado na compreensão, ajuda mútua, respeito e

consideração

• Postura Profissional, privilegiando as boas maneiras, a boa educação, a comunicação

adequada, os bons hábitos e a boa aparência.

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3. Conclusão
A que se atentar para o fato da generalização da figura do indivíduo estabelecer uma ruptura
essencial na estrutura da sociedade moderna, alicerçada em parte, pelo carácter autónomo da
economia actual. Compreende-se individualidade como uma “expressão que se refere à
maneira e à medidas especiais em que a qualidade estrutural do controle psíquico de uma
pessoa difere do de outra”, ou como mencionam vários autores, é uma “qualidade estrutura de
sua auto-regulação em relação a outras pessoas”. O individualismo, que vivencia o
afastamento do grupo como um movimento marcado por interioridade e subjectividade,
sinalizasse para o contexto da sociedade moderna, personificadas pelas estruturas. Com isso,
fica clara a divergência no padrão monetário que, ao mesmo tempo em que favorece a
liberdade e a reunificação no interesse monetário, aproximando os indivíduos, promove a
individualidade e sentimento de independência, ou seja, à distância entre os indivíduos.

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4. Referências Bibliográfica

DAMATTA, Roberto. (2008). Individualidade e liminaridade: considerações sobre os ritos


de passagem e a modernidade. Mana, Rio de Janeiro.

DIAS, Louis.(2004). O individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia


moderna, Rio de Janeiro, Rocco.

GIBSON, E. et al. (2006). Psicossociologia – análise social e intervenção. Petrópolis: Vozes.

____________. (1997).O indivíduo preso na armadilha da estrutura estratégica. Revista de


Administração de Empresas. São Paulo.

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