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UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT

CURSO DE PSICOLOGIA

ELIZA LOUBACKER AMIM

PROJETO DE INTERVENÇÃO - “FEIRA DAS VIRTUDES - BULLYING, EMPATIA E


COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA”
ESTÁGIO BÁSICO II - PSICOLOGIA ESCOLAR

ARACAJU
2022
ELIZA LOUBACKER AMIM

PROJETO DE INTERVENÇÃO - “FEIRA DAS VIRTUDES - BULLYING, EMPATIA E


COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA”
ESTÁGIO BÁSICO II - PSICOLOGIA ESCOLAR

Artigo Científico apresentado à Universidade


Tiradentes - UNIT, como parte das exigências
para a obtenção da avaliação da disciplina de
Estágio Básico II, supervisionado pela Profa
Preceptora Dayanne Souza Figueiredo.

ARACAJU
2022
SUMÁRIO

RESUMO …………………………………………………………………. 1

ABSTRACT ………………………………………………………………. 1

1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………… 1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ……………………………………… 7

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ………………………………………. 10

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS …………………………………………… 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………….. 12

APÊNDICE …………………………………………………………………13
RESUMO: O presente artigo é um projeto de intervenção realizado no Colégio Ideal, em
Aracaju/SE, com alunos de 10 a 13 anos de idade no 6º ano e 7º ano do Fundamental II, visando
a prática das atividades teóricas que são trabalhadas na instituição, sob o prisma da Psicologia e
sua aplicação no que tange os assuntos de bullying, empatia e comunicação não violenta, estes
que foram observados como demanda principal dessa faixa etária, neste âmbito e no momento do
estágio. Esta prática foi apresentada em forma de um evento tátil para as crianças, este foi
chamado de “Feira das Virtudes”, onde cada turma expôs um tema interdisciplinar com o
objetivo de sair do conhecimento que sabiam teoricamente e aplicar na prática. Dessa forma, foi
possível observar o empenho e vivência dos alunos na feira com a exposição dos seus trabalhos
de pesquisa e concretizando o que havia construído em via da temática apontada.

Palavras-chave: conhecimento; bullying; empatia; comunicação; prática.

ABSTRACT: This article is an intervention project carried out at Colégio Ideal, in Aracaju/SE,
with students from 10 to 13 years old in the 6th and 7th year of Fundamental II, aiming at the
practice of theoretical activities that are worked in the institution, from the perspective of
Psychology and its application in terms of bullying, empathy and non-violent communication,
which were observed as the main demand of this age group, in this context and at the time of the
internship. This practice was presented in the form of a tactile event for the children, this was
called the “Virtues Fair”, where each class exposed an interdisciplinary theme in order to get out
of the knowledge they knew theoretically and apply it in practice. In this way, it was possible to
observe the commitment and experience of the students at the fair with the exhibition of their
research works and concretizing what they had built through the mentioned theme.

Keywords: knowledge. bullying. empathy. communication. practice.

1. INTRODUÇÃO

Primordialmente, existia um interesse em abordar a temática sobre empatia, porém ao


adentrar o assunto, no colégio em foco, foi possível observar que os alunos já possuíam
conhecimento sobre o que se tratava a palavra. Isto se deu, por causa de aulas regulares que os
mesmos recebem de LIV (Laboratório Inteligência de Vida), o qual é um programa que
desenvolve a educação socioemocional em mais de 500 escolas pelo Brasil, sendo o Colégio
Ideal uma destas instituições educacionais. A partir dessas circunstâncias, foi necessário uma
investigação mais visceral sobre as demandas, para além da parte teórica, que a instituição
possuía.
A palavra empatia deriva do grego “πάθος” - “páthos”, que significa paixão ou
sentimento, com o prefixo: “em”, portanto seria: “em - paixão” ou “em - sentimento” por algo ou
alguém. Segundo o APA (2010), empatia também é:

“[...] compreender uma pessoa a partir do quadro de referência dela e não do próprio,
de modo a experimentar de modo vicário os sentimentos, percepções e pensamentos
dela.” (p. 335).

Em vista disso, pode-se dizer que empatia está relacionada ao sentir compartilhado, uma
troca voluntária, um gesto correlativo que parte de dentro para fora de si e um olhar sobre a
realidade do outro com os olhos do mesmo. Esta palavra que vem se popularizando pelo meio
midiático e principalmente pelas redes sociais, pode findar não saindo do plano teórico, ou
melhor, de uma mera postagem no Instagram para ganhar likes. É mister sair do abstrato e ir para
o concreto, pragmatizar o termo empatia, como previsto e afirmado na revisão bibliográfica:
“Impactos persistentes da cultura de massas na comunicação: a crise da empatia e o
rebaixamento cognitivo”, feita por Contrera (2021). A partir dessa ótica, portanto, é possível
correlacionar o conteúdo que os alunos já conhecem, a parte teórica, dos aspectos
socioemocionais que a palavra carrega, juntamente com a carência da práxis emergencial da
temática.

Com base nas informações acima, também é plausível ligar a temática a dois
importantes assuntos que serão abordados na construção deste projeto de intervenção, sendo
estes: virtudes e comunicação. Pois para que se possa incluir e entender as diferenças alheias é
necessário, justamente, o que é proposto pela tônica e prisma da empatia, saindo do campo
especulativo e indo para o campo fenomênico da mesma.

A palavra virtude, que em grego é “αρετή” - “areté”, pode-se confundir, muitas vezes,
apenas como qualidades ou características positivas, todavia, esta palavra vai além de um
significado fixo e cria um movimento de atitudes morais condizentes com o que é melhor para
um indivíduo e a sociedade na qual está inserido. Para Silveira (2012), aristotélicamente “[...] a
virtude irá depender de um julgamento, por força da reta norma da sabedoria prática, ou reta
razão, para repudiar os extremos e alcançar o meio termo”. Isto está diretamente ligado ao
supracitado, de que com os avanços tecnológicos e o uso excessivo juntamente com a
dependência destes, as virtudes são corrompidas pelo desejo urgente de suprir apenas as suas
necessidades individuais, sem ter empatia e não caminhando por hábitos virtuosos, ou seja, este
efeito vicioso atinge os principais usuários das redes virtuais: crianças e adolescentes, e nisso
tanto Aristóteles em Ética a Nicômacos (1113b), tinha razão ao dizer: “virtude e vício são ambos
iguais em nosso poder”. Como, também, por um viés de transversalidade, Sigmund Freud (1856
– 1939) em sua obra publicada em 1927, intitulada “O futuro de uma ilusão” (“Die Zukunft
einer Illusion”), já antevendo os males futuros de uma escalada sem precedentes da tecnologia,
salientava: “Enquanto a humanidade tem feito progressos contínuos no domínio sobre a
natureza – e ainda deve esperá-los maiores – não se pode evidenciar progresso semelhante no
regular as relações humanas [...]” (FREUD; s.d..; vol. X; p. 09).

Neste contexto emerge a necessidade de aprender a se comunicar melhor, novamente,


saindo do abstrato e indo para o concreto, impactando e sendo impactado positivamente pelo
mundo circundante, como visto na perspectiva da CNV - Comunicação Não Violenta, a qual se
fundamenta na esfera da Psicologia Positiva, ou seja, indivíduo muda e é mudado pelo ato de se
entender e a partir disso, começar a entender o outro, buscando alcançar resultados de benefícios
mútuos. Saber se comunicar é sobre agir e seguir, em suas falas e atitudes, com empatia e
honestidade, isto sendo um passo para o caminhar do que chamamos de virtude.

Portanto, com o conhecimento do que é empatia, virtude e comunicação não violenta,


este projeto se inspira em realizar uma prática interventiva nas urgências expostas pelo público
alvo, e na dinamização de “sair do papel” e dar liberdade criativa, incluindo todos os alunos
participantes, na construção de valores e relações humanas funcionais e mais saudáveis, na
exposição da Feira das Virtudes.

Observando as demandas do Colégio Ideal, este projeto surgiu da necessidade de uma


atividade prática, para os alunos do sexto e sétimo ano do Fundamental II, aplicarem seus
conhecimentos sobre empatia e comunicação não violenta na mundanidade, dessa forma,
exercendo a inclusão e promovendo um olhar de virtudes para a diversidade. Sendo os objetivos
específicos:

● Introduzir a ideia para os alunos, propondo a “Feira das Virtudes” como prática
psicoeducativa e lúdica, para facilitar a comunicação não violenta.

● Direcionar os discentes nas reuniões organizadas no cronograma para solucionar


dúvidas e orientar as ideias.
● Realizar a “Feira das Virtudes” evidenciando e observando o olhar dos alunos
sobre a temática.

O público alvo são os alunos dos três sextos anos e dos três sétimos anos (6º Mickey, 6º
Minnie, 6º Pluto, 7º Peter Pan, 7º Sininho e 7º Olaf) que o colégio mantém, dessa forma,
abarcando o início do Fundamental II. Portanto, deverá haver alunos na faixa etária de 10 anos a
13 anos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A instituição assistida é o Colégio Ideal, o qual está localizado na Rua Dom Bôsco,
número 125, no bairro Cirurgia em Aracaju/SE. Oferece educação pré-escolar, de ensino
fundamental, de ensino médio e pré-vestibular, havendo duas turmas de educação pré-escolar;
cinco turmas de primeiro ao quinto ano, três sextos anos, três sétimos anos, três oitavos e três
nonos anos, assim constituindo as turmas de fundamental; e no ensino médio há dois primeiros
anos, três segundos anos e três terceiros anos. Na educação pré-vestibular, há as chamadas
turmas ''Assistentes''. O colégio existe desde 2005, tendo sido originalmente um curso
preparatório em 2004. E no que diz respeito à estrutura física, foi possível observar que além da
grande quantidade de salas de aula, também possui secretária, sala de robótica, tesouraria,
auditório, cantina e refeitório, sala dos professores, biblioteca, quadra de esportes, sala de
esportes, espaço recreativo e parquinho.

No que diz respeito à equipe do colégio, é importante mencionar que existe um grande
número de coordenadores no local que gerenciam cada andar por onde transitam os alunos,
sendo cada uma delas com uma função diferente. Esses coordenadores lidam diretamente com o
serviço de Psicologia da instituição, dessa maneira, sempre comunicando sobre os alunos e
havendo uma troca de informações e perspectivas sobre os assuntos que precisam ser tratados.

O setor de Psicologia (NAPP’s) possui duas salas na instituição, sendo uma específica
para o acolhimento dos alunos, o qual é gerido por uma psicóloga e uma psicopedagoga, sendo
que ambas atuam diretamente com os discentes, uma mais com o Fundamental I e II e a outra
com os alunos de inclusão e Ensino Médio.

A ideia central é utilizar o conhecimento teórico dos alunos para a aplicação prática da
temática: Bullying e Empatia, a partir da ótica interdisciplinar, estas sendo: Ciências, Ed. Física,
Robótica e Artes. As turmas farão exposições com a temática da empatia partindo dos seguintes
questionamentos: “O que eu posso oferecer ao outro?” , “Como posso me colocar no lugar do
outro?” e “De que maneira posso me comunicar de forma não violenta?” . Essas exposições
serão realizadas na área do refeitório. Nas exposições das mesas deverá haver trocas de
conhecimentos, seja com experimentos ou com falas voltadas aos alunos do Ensino Médio, visto
que as exposições ocorreram no intervalo do mesmo. Os alunos ficarão livres para escolher e
pesquisar o que gostariam de compartilhar de acordo com o subtema escolhido por eles.
Importante ressaltar que todo o projeto, até a finalização do mesmo, será sempre direcionado
pela ótica da empatia e da CNV - Comunicação Não Violenta.

Sendo que, como descrito acima, tais amostras tiveram o viés interdisciplinar
envolvendo os docentes de Ciências, Ed. Física, Robótica e Artes, pois também é necessário que
se desenvolva a compreensão do envolvimento coletivo de discentes e docentes visando um
aprimoramento da saúde e do bem estar relacional, do respeito ao próximo, da responsabilidade
social e dos valores no âmbito professor-aluno, assim como nas outras interrelações do meio
escolar. Com o objetivo que tal prática seja levada para a vivência extra muro da instituição de
ensino, de maneira que o aluno possa experienciar o aprendizado teórico e praticá-la no seu ide
cotidiano, sabendo se comunicar de maneira virtuosa.

Os subtemas dentro da temática central - Bullying e Empatia, são:

CIÊNCIAS ED. FÍSICA ROBÓTICA

Solo bom, colheita boa! Violência nos esportes. Ciberbullying.


(6º Ano) (6º Ano) ( 6º Ano)

A adaptação de cada dia! Diferença de gênero no esporte. Fake News.


(7º Ano) (7º Ano) (7º Ano)

O método desta intervenção, retomando o que já foi explicitado neste trabalho, é


pragmático, ou seja, a vivência e imersão do conhecer na prática, determinando, no caso, a
empatia, pelo significado como afirma Abbagnano (1998) sobre o pragmatismo:
“[...] metodológico não pretende definir a verdade ou a realidade, mas apenas um
procedimento para determinar o significado dos termos, ou melhor, das preposições.”
(p. 784).

Sobre a condução deste projeto, inicialmente, na parte de Implementação do Projeto, foi


necessário uma reunião com os professores selecionados e psicólogas para um alinhamento de
datas e do que ocorrerá no projeto. Posterior a isto, se desenrolou o primeiro encontro, indo de
sala em sala, de turma em turma, para explicar o que é e como seria realizado. As explicações,
para os alunos, aconteceram da seguinte forma:

- No Encontro 1: apresentou-se os questionamentos, informou as datas e que


haveria pessoas na sala de Psicologia para sanar as dúvidas, além de sugerir ideias
e explanar os formatos que podem ocorrer nas apresentações.

- No Encontro 2: entrou nas turmas e ajudou no que precisavam, para poderem


concluir as ideias e práticas.

- No Encontro 3: organizou-se em quais locais ficariam, se precisam fazer ensaios e


quais materiais eles necessitaram para, por fim, exporem.

Sem delonga, quando finalizado, foi factível a análise dos resultados deste projeto,
podendo, portanto, comparar os impactos da prática psicoeducacional e necessária para
indivíduos dessa faixa etária como propunha Berger (2003), dessa maneira, considerando as
necessidades da vivência socioemocinal consciente das faixas etárias em questão.

Atividades Fevereiro Março Abril Maio Junho

Revisão do x
projeto

Implementação do x
projeto

Encontro 1 x

Encontro 2 x

Encontro 3 x

Tempo para os
alunos para x
construção
Realização do x
projeto

Análise dos x
resultados

Foi necessário mobilizar os docentes, assim como funcionários para a construção e


implementação deste projeto de intervenção. Encontrando soluções e encaixes para a parte do
cronograma de aulas previstas curricularmente dos professores. Para ideias criativas na
ambientação e decoração dos espaços foram utilizados manejos e auxílio do professor de Artes e,
novamente, a colaboração de todos os docentes integrados para que haja o acontecimento do
evento. Sendo também partilhado pelos canais de comunicação da instituição escolar, sobre o
evento e intervenção: “Feira das Virtudes” e sua proposta de empatia, virtude e CNV -
Comunicação Não Violenta.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente, é importante comentar sobre a apresentação do projeto para os próprios


alunos, que se mostraram curiosos e interessados em saber o que seria uma virtude ou, como
exemplo, em uma das falas mais comuns em quase todas as seis turmas que foi sobre a
sinceridade: “Eu não tenho culpa se a pessoa se magoou, eu só fui sincero”, esta frase pôde ser
trabalhada com a vertente da CNV - Comunicação Não Violenta, a qual já estava sendo
trabalhada em todo o colégio pelo setor do NAPP’s, o que colaborou para o melhor entendimento
da temática, portanto, este exemplo comprova o que foi emitido acima neste artigo, da
dificuldade de se relacionar no mundo escolar, no mundo para além das redes sociais (onde a
sinceridade é “sem consequências”), no mundo prático e experiencial das relações humanas e
suas implicações. Foi apresentado com slides e os temas foram sorteados para cada turma, dessa
maneira, puderam conhecer um tema novo e criar suas próprias visões psicossociais, com
empatia, comunicação não violenta e percebendo o bullying nesses contextos de seus temas.

O evento foi realizado no dia 08 de Junho de 2022, no turno matutino durante o


intervalo dos estudantes. O primeiro desafio encontrado foi a impossibilidade de apresentar a
feira durante o intervalo do Ensino Médio, portanto foi viabilizado que se aplicasse no intervalo
de 20 minutos dos próprios alunos, podendo ser estendido por mais 20 minutos, caso necessário,
o que findou sendo utilizado, visto que os alunos e os professores presentes se animaram e se
engajaram bastante na participação, tendo a média de 100 alunos presentes e ativos no evento.

Os alunos seguiram os passos sugeridos para a construção de suas respectivas


apresentações: pesquisando, informando as ideias, dividindo as funções e criando com materiais
concretos seus conteúdos de exposição, portanto, foi notório o interesse e comprometimento em
querer fazer e apresentar suas criações. Foi proposto que não utilizassem apenas cartazes, mas de
fato envolvesse o público em suas dinâmicas, em suas mesas de exposições. Importante ressaltar
que a feira ocorreu no refeitório, formando um corredor com três turmas de cada lado.

Sobre os recursos utilizados pelos alunos, estes foram: maquete, urna para quiz, folder
sobre seus trabalhos, quiz de perguntas, jogo de cartas, de pescaria, de “torta na cara” (perguntas
e respostas) e de dardos, cartazes e entrega de premiações em forma de balas e doces para quem
respondesse ou participasse das atividades em suas mesas. Os estudantes passaram pela mesa dos
outros que também apresentavam, dessa forma, havendo uma troca de conhecimentos e
alcançando os objetivos deste trabalho. As turmas que mais se destacaram foram o 6º ano -
Mickey e 7º ano - Olaf, que se empenharam em fazer atividades mais diferentes, saindo do
abstrato e apresentando concretamente o que seus temas propunham, como por exemplo, o que
ficou com o tema: “Solo bom, colheita boa!”, ao qual após a exposição da maquete do solo bom
e do solo ruim, que simbolizavam atitudes boas e atitudes negativas, respectivamente, eles
entregavam uma bala, no estilo de “biscoitos da sorte”, que continham frases sobre seu tema,
como: “Quais sementes você tem plantado na sua vida?”, dessa maneira, trazendo caráter
reflexivo e aplicativo de suas exposições, como idealizado neste projeto.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, foi possível observar que a demanda principal, das diculficades de


comunicação e relação, a ausência do pragmatismo do conhecimento já adquirido pelos alunos e
a resistência notória em se vincularem com o que sai do abstrato, foi manejada e dissecada no
âmago das queixas trazidas pelos alunos, tanto durante a apresentação do projeto para os mesmo
quanto no momento da feira, onde se pôde trabalhar conflitos das interações grupais e trazer a
reflexão sobre seus próprios trabalhos.

É mister que a Escola possa direcionar os discentes, e os docentes que possam


contribuir com o contexto, para o que foi supracitado no decorrer deste artigo, pois dessa forma o
aluno pode experienciar na prática o que já possui de conhecimento teórico e olhar com outra
perspectiva suas relações e sua própria utilização da empatia, da comunicação não violenta e se
perceber, adquirindo, dessa forma, autoconhecimento, este podendo ser levado para além dos
muros da instituição de ensino.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília : Editora


Universidade de Brasília, 1985.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad.: Alfredo Bosi. São Paulo. Martins
Fontes. 1998.

BERGER, K. S. O Desenvolvimento da Pessoa - Do Nascimento à Terceira Idade. Trad.:


Dalton C. de Alencar; Revisão Téc.: Cláudia H. de Lima. LTC : Rio de Janeiro. 2003.

CONTRERA, Malena Segura. Impactos persistentes da cultura de massas na comunicação: a


crise da empatia e o rebaixamento cognitivo. Intercom - RBCC; São Paulo, v. 44, n. 2, p. 35-49.
2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/interc/a/vSQ6ytkhzNsLwcgbVyNkBfd/ . Acesso no
dia: 02/12/2021.

Dicionário de Psicologia da APA. Org.: Gary R. VandenBos; Trad.: Daniel Bueno, Maria A. V.
Veronese, Maria C. Monteiro; Revisão Téc.: Maria L. T. Nunes, Giana B. Frizzo. - Porto Alegre :
Artmed. 2010.

Dicionário Grego-Português do Novo Testamento. São Paulo. Editora: SBB. p. 149, 2018.

FREUD, Sigmund. Obras completas de Sigmund Freud, Volume X: O Futuro de uma


Ilusão. RJ: Editora Delta. (s.d.). 230 p.

SAMPAIO, L. R.; et al. Sentimentos Empáticos em Crianças, Adolescentes e Adultos.


Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, vol. 29, n. 4, pp. 393-401. 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ptp/a/jd5y36rLqw9vXPDwzCJswTq/?lang=pt&format=pdf . Acesso no
dia: 02/12/2021.

SILVEIRA, D.; As Virtudes em Aristóteles. Revista URI - FW; p. 2. 2012. Disponível em:
https://core.ac.uk/display/233900558?utm_source=pdf&utm_medium=banner&utm_campaign=
pdf-decoration-v1 . Acesso dia: 10/02/2022.
APÊNDICE

Segue abaixo as imagens fotografadas no dia da Feira das Virtudes:

● Mesas e exposições
● Ambiente

● Foto do final da feira

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