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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resoluçao de actividades 2

Carlitos Felix Lore

Código: 708191398

Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Introdução a Filosofia

Ano de Frequência: 2º Ano

Tete, Julho de 2020

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Nome do estudante: Carlitos Félix Lore Ano de Frequência: 2º Ano

Especializaçao : Lingua Portuguesa Turma: Única

Trabalho de: Introdução a Filosofia/A0010 Codigo do Estudante: 708191398

Dirigido ao Docente: Numero de Paginas :12

Confirm ado pelo IED Data de entrega: Julho,2020

Aspectos a considerar na correcção Cotação Cotação

Introduçao 2,0v

Desenvolvimento 5,0v 10v

Fundamentação teórica (definição de conceitos e 5,0v


termos de apresentação dos pontos de vista dos
autores).

Interligação entre a prática (argumentos /contra


argumentos e exemplificação)

Clareza expositiva 2,0v

Citações Bibliográficas (directas e indirectas) 2,0v

Conclusão 2,0v

Referencias Bibliograficas( normas APA) 2,0v

Cotação Total: 20,0v

Assinatura do Docente:

Assinatura do Assistente Pedagógico:

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Recomendacoes para a melhoria

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Índice
Introducao...................................................................................................................................................5
I. O Ponto de partida consiste na questão da pessoa humana. Dedobre sobre a relação entre acção
humana e os valores. Relação entre a liberdade e responsabilidade.............................................................6
II. Diga em que situação o termo ‘’moral se refere a algo ,completamente distinto de seu conteúdo
de definição.................................................................................................................................................7
III. indique os factores que determinam a passagem da ‘’ moral vivida ‘’ para a ‘’moral pensada?
explique em que consiste cada um deles......................................................................................................8
IV. A necessidade de compreender o mundo leva o homem do senso comum a cienticidade .os
objectivos da ciência podem ser resumidos em duas palavras :COMPREENDER e CONTROLAR .
desenvolva a afirmacao tendoem conta os verbos destacados.....................................................................8
V. A ciência nos tornou destruitivos ,porque nos faz poderoso?(dubos,aPud Morais ;2002.51).............10
posicione-se por um lado a favor e outro contra a tese exposta.................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................................................12

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Introdução
Nas sociedades míticas sempre existiu um saber conforme o crer que se refere ao todo e ao bem,
o qual, no iluminismo, deve ser substituído pelo saber autónomo, quer dizer, um saber fundado
não mais autoritariamente, em conformidade com os padrões de fundamentação para o saber
quotidiano vigentes também já nas sociedades míticas. A filosofia se gera no contexto da gênese
do saber crítico, explicitamente procurado, portanto, com a “ciência”: as ciências particulares e a
filosofia ficam, portanto, sempre numa conexão genética imediata. A filosofia deve referir os
critérios críticos do saber reservados até agora ao domínio privativo da crença. Naturalmente,
levanta-se a questão se esse empreendimento da filosofia não é completamente inexequível. E se
isso não for um fundamento, não deixaria aberta a fronteira com o mito? A demarcação da
filosofia da crença religiosa mostra que o específico para a filosofia não é simplesmente “o
saber”, (i) porque também a crença praticamente considerada é como um saber ou actua como
um saber e (ii) porque tem que ficar aberto para o conceito de filosofia se o saber é de fato
alcançável ou se se deve ficar no “amor à sabedoria”, como Sócrates afirmou, ou se se chega ao
conhecimento de que no campo da filosofia não pode haver um saber.

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I. O Ponto de partida consiste na questão da pessoa humana. Dedobre sobre a relação
entre acção humana e os valores. Relação entre a liberdade e responsabilidade.

Resposta: actos são coisas que fazemos que implicam uma causalidade ou iniciativa da nossa
parte, indicando sempre um sujeito que é o agente ou o autor da acção. Acontecimentos são
coisas que nos acontecem e, portanto, somos apenas receptores dos efeitos que não iniciamos.
Indica um sujeito que sofre uma acção e que não é o autor da mesma. Acção humana É uma
interferência intencional, consciente e voluntária de um agente no decurso normal das coisas que,
sem a sua interferência, teriam seguido um caminho diferente. Os valores são qualidades
potenciais que tornam as coisas desejáveis ou dignas de estima e orientam as opções dos
indivíduos inseridos numa cultura. Os valores são princípios orientadores da acção, e são
reconhecidos como ideais, e por isso, preferíveis. Os valores justificam as nossas opções com
base em preferências em relação às coisas, aos acontecimentos e às situações É porque estamos
inseridos numa cultura, que aprendemos a dar valor às coisas, identificamo-las como desejáveis e
dignas de estima.

A liberdade é um dos valores que mais apreciamos. Sentimo-nos mais entusiasmados e felizes
quando temos liberdade para escolher o nosso caminho – seja ele amoroso, profissional ou
religioso. Sabe-nos bem saber que podemos escolher onde queremos viver, com quem queremos
viver, como é que queremos viver. Sabe-nos bem podermos decidir se queremos uma relação de
compromisso ou uma série de relações descomprometidas, se queremos ou não ter filhos. A
verdade é que, para a maior parte de nós, isso simplesmente não faz sentido. Não há liberdade
de escolha sem que haja consequências. Quando saímos de casa dos nossos pais, até podemos
gritar aos sete ventos que, agora sim, somos livres para fazermos as nossas escolhas sem ter de
dar satisfações a ninguém. Mas, esta escolha implica um vasto conjunto de responsabilidades –
somos nós que temos de pagar as contas a horas, somos nós que temos de limpar a casa. Quando
adquirimos o nosso primeiro carro, percebemos que à liberdade de nos movimentarmos, sem os
constrangimentos das boleias, se associa a responsabilidade de contratar um seguro, assegurar a
manutenção e cumprir com as regras de trânsito. À medida que amadurecemos e, sobretudo,

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quando somos pais, damo-nos conta que a liberdade que se dá aos filhos tem de andar de mãos
dadas com a responsabilidade e com as regras. Verificamos que a liberdade sem regras é um
caminho fácil para a frustração, para a desmotivação e para que se corram riscos
desnecessários.

Quando oferecemos aos nossos filhos a liberdade de fazerem determinadas escolhas ao mesmo
tempo que exigimos o cumprimento de certas responsabilidades, estamos a ajudá-los a lutar pela
própria felicidade. Estamos a mostrar-lhes que, na vida, temos a enorme felicidade de fazer
escolhas, mas precisamos de conseguir olhar para a realidade como ela é e reconhecer que cada
escolha acarreta consequências – para nós e para as pessoas que queremos que façam parte da
nossa vida.

II. Diga em que situação o termo ‘’moral se refere a algo, completamente distinto de
seu conteúdo de definição.

Moral, podemos dizer que se trata do conjunto de valores, de normas e de noções do que é certo
ou errado, proibido e permitido, dentro de uma determinada sociedade, de uma cultura. Como
sabemos, as práticas positivas de um código moral são importantes para que possamos viver em
sociedade, fato que fortalece cada vez mais a coesão dos laços que garantem a solidariedade
social. Do contrário, teríamos uma situação de caos, de luta de todos contra todos para o
atendimento de nossas vontades.

Assim, moral tem a ver com os valores que regem a acção humana enquanto inserida na
convivência social, tendo assim um carácter normativo. A moral diz respeito a uma consciência
colectiva e a valores que são construídos por convenções, as quais são formuladas por uma
consciência social, o que equivale dizer que são regras sancionadas pela sociedade, pelo grupo.

Considerar o outro ou o próximo é um aspecto fundamental à moralidade. Dessa forma, uma


preocupação constante no debate sobre ética e moral se dá no sentido de evitar a violência em
todas as suas possíveis expressões (física ou psíquica), bem como o caos social. Os valores éticos
(ou morais) se oferecem, portanto, como expressão e garantia de nossa condição de seres
humanos ou de sujeitos racionais e agentes livres, proibindo moralmente a violência e
favorecendo a coesão social, isto é, a “ligação” entre as pessoas em sociedade. Porém,
considerando-se que o código moral é constituído pela cultura, a violência não é vista da mesma

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forma por todas as culturas. Numa cultura, ao definir o que é mau ou violento, automaticamente
define-se o que é bom. Logo, a noção de violação, profanação e discriminação variam de uma
cultura para outra. Contudo, em todas se tem a noção do que é a violência.

III. Indique os factores que determinam a passagem da ‘’ moral vivida ‘’ para a ‘’moral
pensada? Explique em que consiste cada um deles.

Resposta: Emprega-se às vezes como substantivo (“a moral”, com minúscula e artigo definido),
para referir-se a um conjunto de princípios, preceitos, comandos, proibições, permissões, normas
de conduta, valores e ideais de vida boa que, em seu conjunto, constituem um sistema mais ou
menos coerente, próprio de um grupo humano concreto em uma determinada época histórica.
Nesse uso do termo, a moral é um sistema de conteúdos que reflecte determinada forma de vida.
Esse modo de vida não costuma coincidir totalmente com as convicções e os hábitos de todos e
de cada um dos membros da sociedade tomados isoladamente. A moral é, portanto, nessa
acepção do termo, um determinado modelo ideal de boa conduta socialmente estabelecida e,
como tal, pode ser estado pela Sociologia, pela História, pela Antropologia Social e pelas outras
Ciências Sociais. Moral pensada Existe um uso da palavra “moral” como substantivo que nos
parece extraordinariamente importante para compreender a vida moral: referimo-nos à expressão
que a utilizam no masculino, tais como “ter o moral bem elevado”, “estar com o moral alto”,
além de outras semelhantes. Aqui moral é sinónimo de “boa disposição de espírito”, “ter forças,
coragem ou confiança suficiente para 2 fazer frente – com dignidade humana – aos desafios que
a vida nos apresenta”. Essa acepção tem uma profunda significação filosófica, tal como mostram
Ortega e Aranguren[1]. A partir dessa perspectiva, a moral não é apenas um saber, nem um
dever, mas, sobretudo, uma atitude e um carácter, uma disposição da pessoa inteira que abarca o
cognitivo e o emocional, as crenças e os sentimentos, a razão e a paixão, em suma, uma
disposição de espírito (individual ou comunitária) que surge do carácter que se tenha forjado
previamente.

IV. A necessidade de compreender o mundo leva o homem do senso comum a


cienticidade .os objectivos da ciência podem ser resumidos em duas
palavras :COMPREENDER e CONTROLAR . desenvolva a afirmacao tendoem
conta os verbos destacados.

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A caracterização do senso comum como uma forma de conhecimento acrítica, que não
reflecte sobre si mesmo, e assistemática, pois não tem a preocupação de uma sistematização e
organização de ideias num conjunto coerente, consistindo antes uma série de conhecimentos
dispersos e desconexos. Até a idade média a religião era quem determinava o que era
verdade, e era quem possuía todas as explicações sobre todos os fenómenos. Actualmente a
ciência ocupou o lugar da religião. E a religião passou a produzir verdades por adesão, ou
seja, só as adere quem acredita nelas. A ciência nasce no século XVII, o fazer ciência
acontece com a observação da realidade. A partir desta acção, busca-se levantar hipóteses. A
ciência busca a produção de verdades, e se a teoria em questão é confirmada de acordo com
os procedimentos pertinentes ao conhecimento científico, tal teoria é tomada como uma
verdade, embora na ciência as verdades sejam provisórias, porque com o passar do tempo
elas deixam de ocupar o seu lugar como verdade. Entretanto, a única verdade da ciência
reside no seu método. Segundo a perspectiva de Luz (1988), a razão é a grande produtora de
verdades acerca do conhecimento sobre a natureza e dos seus inúmeros aspectos e peças.
Para este autor, a ciência tem a função de ordenar o grande quebra-cabeças cósmico. A
racionalidade científica moderna é pautada na ideia hegemônica da ciência como portadora e
produtora de verdades absolutas, e também como fim e meio para solucionar todas as
inquietações e problemas da humanidade, estas idéias hegemônicas foram construídas nas
relações sociais, para que os indivíduos tomem tais preceitos como verdade. Assim, temos
uma percepção muito clara através de nossa vivência quotidiana, que a ciência criou em
torno de si uma hegemonia, ela é sempre a última palavra. Essa compreensão permite
entender a ciência como resultado não propriamente de progressos e questões "científicas",
mas como resultado dos processos de luta, de utilização e busca por recursos e "capital
simbólico", pela lógica de "distinção". Essa distinção pode ser compreendida como instâncias
de consagração e de prestígio que se relacionam com o grau de aceitação no campo, o que
implica, entre outras práticas, a aceitação das regras da prática científica:

"O campo científico exige dos seus participantes um saber prático das leis de funcionamento
desse universo, isto é, um habitus adquirido pela socialização prévia e/ou por aquela
praticada no próprio campo." (Silva, 2002: 119)

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V. A ciência nos tornou destrutivos, porque nos faz poderoso (dubos, aPud
Morais;2002.51)
Posicione-se por um lado a favor e outro contra a tese exposta.

Em certo sentido, a própria destruição é progressiva e libertadora, e a ciência moderna em seus


começos era destrutiva nesse sentido progressista. Ela foi destrutiva do dogmatismo e das
superstições medievais, destrutiva da aliança sagrada entre filosofia e autoridade irracional,
destrutiva da justificação teológica da desigualdade e da exploração. A ciência moderna
desenvolveu-se em conflito com os poderes que se opunham à liberdade de pensamento; hoje a
própria ciência encontra-se em aliança com os poderes que ameaçam a autonomia humana e
frustram a tentativa de realizar uma existência livre e racional.

Hoje não há conflito entre a ciência e a sociedade (a sociedade estabelecida); elas impelem-se
reciprocamente na direcção estabelecida do progresso, uma direcção que parece cada vez mais
perigosa para a humanidade. Mas existe um conflito entre a ciência moderna tal como é praticada
e o telos interno da ciência. A ciência está ameaçada pelos seus próprios progressos, ameaçada
por seu avanço como instrumento de um poder livre de valores, em vez de um instrumento de
conhecimento e verdade. A ciência, como todo pensamento crítico, tem sua origem no esforço de
proteger e melhorar a vida humana em sua luta com a natureza; o telos interno da ciência não é
nada mais que a protecção e o melhoramento da existência humana. Essa tem sido a razão de ser
da ciência, e seu abandono é equivalente à ruptura entre a ciência e a razão. A ciência pode de
fato continuar a crescer, em um sentido limitado, como uma técnica, mas perderá sua
própria raison d´être.

A ciência como um esforço humano continua a ser a mais poderosa arma e o instrumento mais
eficaz na luta por uma existência livre e racional. Esse esforço estendesse para além do estudo,
além do laboratório, além da sala de aula, e visa a criação de um ambiente, tanto social quanto
natural, no qual a existência pode ser libertada de sua união com a morte e a destruição. Tal
libertação não será um objectivo externo ou subproduto da ciência, mas antes a realização da
própria ciência.

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Conclusão
O sistema filosófico recebe, em segundo lugar, a importância de que tudo se inter-relaciona. Esse
pensamento do sistema se reflecte, em terceiro lugar, no cerne do sistema, na Lógica, e se irradia
também para as outras partes do sistema. As transições de uma categoria para outra não resultam
mais do seu defeito imanente, mas sim das exigências do sistema. Elas têm a forma de transições
teleológicas. Assim, a natureza tem seu destino no fato de ainda não ser espírito. A afirmação da
efectividade resulta, para Marx, consequentemente da prova mencionada da realidade da lógica.
Essa é o método específico de Hegel da justificação da efectividade como racional. Na medida
em que ele não somente critica a subjectividade do pensar, mas sim quer compreender
positivamente a objectividade do pensar – a concordância do pensamento com a coisa – a partir
da natureza lógica das coisas, a objectividade dos objectos em geral se transforma em barreira
para o pensar, a qual deve ser superada. Por isso, o pensar chega à sua meta apenas na
suprassunção da objectividade das coisas no movimento dos pensamentos. Daí resultam os
seguintes passos da filosofia do espírito de Hegel: o conceito idêntico a si da lógica, na
consciência, entra em estado de desunião. Ele está negado como sujeito absoluto em razão da
existência de algo diferente do que ele mesmo. Em uma negação adicional, ele suprime a
objectividade dos objectos negando a ele (o conceito): a dupla negação, e se afirma assim como
sujeito auto consciente de e em todo o efectivo. A consciência, orientada pelo conceito, ganha
consciência do fato de que ela é no outro apenas em si mesma, tornando-se auto consciência e se
purificando em espírito.

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Bibliografia
Alves, R. (1987). Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense.

Andery, M. A. P. et al. (2004). Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de
Janeiro: Garamond; São Paulo: Educ.

Aranha, M.L.; Martins, M.H. (1993). Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna.

Bourdieu, P. (1983). O campo científico. In: Ortiz, R. (org). Pierre Bourdieu: Sociologia. São
Paulo: Ática.

Chauí, M. (1981b). Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo:
Moderna.

Chauí, M. (1996). Convite à filosofia. São Paulo: Ática.

Crossen, C. (1996). O fundo falso das pesquisas. Rio de Janeiro: Revan

Demo, P. (1985). Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas.

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