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A Vergonha e a

culpa tóxicas têm cura !


A vergonha e a culpa tóxicas podem te
privar de ter uma vida mais plena. Se essas
duas emoções estão prejudicando sua
qualidade de vida, este e-book pode te
ajudar a entender melhor o que está
acontecendo e ampliar sua compreensão de
como lidar com elas.
Vem começar a se libertar delas!
A vergonha e a culpa são emoções humanas e, como todas as
emoções, elas são energia em movimento, que nos
incentivam a satisfazer nossas necessidades. Elas, na forma
saudável, estão presentes para nos lembrar da nossa
necessidade essencial de dependência de uma vida social.

• As duas têm a nção de nos alertar que se ofendemos e/ou


prejudicamos outras pessoas, se quisermos manter o vínculo
e conexão com alguém ou grupo, precisamos modificar nosso
comportamento.

• Elas nos chamam a atenção para os nossos limites, para


perceber que cometemos e cometeremos erros, que
precisamos de ajuda; nos dá a permissão de sermos humanos.
Nos advertem que não somos onip entes, que precisamos
ter cautela, tomar cuidado para não sermos feridos ou
expostos e nem ferir e expor o outro.
• A vergonha e a culpa são saudáveis poderes humanos, que
podem se transformar em verdadeiras doenças da alma. Elas
deixam de ser emoções saudáveis quando se internalizam na
identidade da pessoa, passando a ser um estilo
caracterológico. Isso acontecendo, significa que a pessoa, ao
ter qualquer sentimento, necessidade, impulso ou desejo,
sempre ficará imediatamente envergonhada, insegura e/ou
culpada. E, como a essência dinâmica de nossa vida se
estabiliza nos sentimentos, necessidades, impulsos e
desejos, se a pessoa internalizar a vergonha e/ou culpa acaba
que sua essência fica dominada por essas emoções.

• Uma pessoa toxicamente envergonhada e/ou culpada possui


um relacionamento antagônico consigo mesma. A vergonha e
culpa não mais passam a sinalizar os nossos limites, na
toxicidade elas passam a ser um rompimento do eu com o eu.
O eu se torna objeto do próprio desprezo.
• A vergonha se torna tóxica quando passamos a acreditar que
nosso verdadeiro eu é imperfeito e defeituoso. Então,
começamos a usar um falso eu como disfarce, deixando de
existir nosso eu autêntico, isso é como um “assassinato da
alma”. Sendo necessário o eu gir do eu, cria-se um falso eu. O
falso eu se forma e o eu autêntico se esconde. Anos mais tarde
as camadas de defesa e fingimento se tornam tão densas que
perdemos a noção de quem realmente somos. A vergonha
tóxica gera uma sensação de vazio e de estar isolado e sozinho,
num sentido completo e de fato estar, no falso eu a pessoa está
isolada até de si mesma.
• O falso eu pode assumir o papel tanto de um perfeccionista
quanto um viciado em um beco escuro; de um super
controlador, como de um descontrolado.
• Na culpa tóxica, apesar de ser uma emoção evolutivamente
mais madura do que a vergonha, também nos desprezamos
pelo que fizemos, quando não nos vemos capazes de reparar de
forma real ou simbólica o nosso comportamento, a culpa se
torna não adaptativa, nos punindo e autocriticando de forma
excessiva. A culpa não adaptativa acaba corroendo a vida da
pessoa.
• Na ilusão do perfeccionismo, a vergonha e a culpa saudáveis
são rejeitadas, criando a ilusão que podemos ser perfeitos.
sa suposição nega nossa finitude humana, por negar o fato
de que somos essencialmente limitados, que teremos erros
com frequência e que é normal cometê-los.
• O caminho para sair destes conte os tóxicos e se conectar
com a existência saudável não é nos livrando de vez de
qualquer resquício das emoções da vergonha e culpa, não
mesmo, como todas as emoções, elas são ndamentais para
nossa saúde psíquica, emocional e social. A questão é usufruir
dessas emoções a nossa favor, como seres humanos que
somos, não as internalizando como sendo a nossa identidade e
nos privando da permissão de sermos humanos limitados e
com erros.
Exemplo de culpa e de vergonha:

Dois estudantes universitários que fizeram uma prova sem


estudar o suficiente, ficaram com n a muito baixa!

• Na emoção da Culpa - estudante A sente-se muito culpado


por não ter estudado para a prova, o seu foco de avaliação é no
comportamento. O pensamento que vem é:
"Eu fiz uma péssima prova! Tenho que me organizar de outra
forma, para na próxima prova tirar uma n a boa."
• Na emoção da Vergonha - estudante B sente-se um
fracassado por ter saido mal na prova, o seu foco de atenção é
na avaliação negativa de si próprio. O pensamento que vem é:
"Sou uma decepção! O que vai ser de mim quando as pessoas
souberem? O melhor é evitar que elas saibam."

• Resumidamente, se em uma situação a pessoa acredita que


teve uma transgressão de valores, padrão de conduta, leis... e
essa pessoa foca sua atenção no seu comportamento de
transgressão, a tendência é que sinta culpa pelo o que fez e
busque maneiras de reverter a situação ou nao fazer mais
aquilo. Agora, se a pessoa foca a atenção em si própria, no
valor de seu Eu, a emoção é de vergonha, e, provalvelmente,
sinta-se imp ente diante da situação.
Vergonha é uma emoção dolorosa, que envolve uma auto-
percepção global negativa do Eu da pessoa, e é acompanhada
por um sentimento de desvalorização e imp ência,
frequentemente acompanhada por uma sensação de
exposição, de encolher, de se sentir pequeno e sem valor.
• Vem muitos pensamentos do tipo: “Eu fiz aquela coisa
horrível e por isso sou uma pessoa horrível, sem valor e
incompetente”.
• Se for comparar com a culpa, a vergonha pode ser
considerada uma emoção mais dolorosa que a culpa, porque é
uma avaliação negativa não do comportamento, mas sim de si
próprio. A pessoa se vê como a errada, ruim de forma global e,
por isso, muitas vezes sem solução.
• A vergonha aparece, com mais frequência, na presença de
pessoas conhecidas e é menos provável vir na presença de
pessoas subordinadas. Quando as pessoas sentem vergonha,
tendem a ter uma percepção aumentada das reações dos
outros.

• A emoção intensa e frequente de vergonha aumenta a


probabilidade da pessoa terceirizar a responsabilidade de
suas atitudes e gir da situação como uma forma de auto
defesa do ego. Para não sentir-se tão mal, tende, também, ter
sentimentos mais intensos de agressividade, como uma
reação de pr eção de sua autoimagem, que acredita que se
exposta aos outros, irão descobrir que não tem valor, então,
não digna de ser aceita.

• Quando as pessoas sentem vergonha, em geral têm


vergonha de ter vergonha, e não querem falar sobre o
assunto, mas conversar a respeito é um bom primeiro passo
para lidar melhor com essa emoção.
Brené define a vergonha como uma experiência universal para os
humanos, todos nós sentimos, com intensidade e frequência
diferentes, mas sentimos.
• Quando sentimos vergonha, em geral estamos com medo de
rejeição ou abandono devido a uma transgressão real ou
imaginária de valores e ernos. Normalmente, surge quando
temos medo que algo que fizemos ou deixamos de fazer nos torne
indignos de ser aceito ou de manter um vínculo com alguém.
• Como nós nascemos sensíveis a vínculos e conexões, tanto o
ponto de vista biológico como cultural, a vergonha vem com a boa
intenção inicial de nos alertar que ofendemos outras pessoas e, se
quisermos ser amigos, precisamos modificar nosso
comportamento. Mas, para muitas pessoas, essa boa intenção
passa muito dos limites, a transformando em uma emoção de dor
intensa ou experiência de acreditar que somos defeituosos e isto
nos tornaria não dignos de amor e aceitação.
• Nos casos de vergonha pro nda, é como se a pessoa só tivesse um
padrão para si mesma: "Tenho de agradar aos outros" — todos os
outros! Dar muita ênfase ao fato de agradar aos outros pode fazer
com que a pessoa aceite ofensas sem se queixar.
• Os sintomas, fatores e consenquências expostos aqui estão
mais relacionados a casos severos de vergonha.

Psic erapia faz bem!


Caso esteja lendo pelo celular, copie o link e abra pelo navegador.
https://www.youtube.com/watch?v=fOipSjICvNU

Reconheça com consciência as sensações, se permita ir ao


encontro do que tem medo, do que está reprimido. Pode dá medo
mesmo, mas vale a pena!
• No processo de identificação, vem à tona o inconsciente,
possibilitando expressar os paradoxos do medo que paralisa e do
desejo que busca felicidade, mas inclui temores, decepções,
apreensões; confiança ou raiva do medo da rejeição do seu Eu. É
preciso o contato com estas emoções “congeladas” que vêm à tona
sem consciência no medo irracional, para perceber o que está
vindo de medo e crenças de forma não consciente.
• Volte na lembrança da imagem das situações de vergonha, olhe,
perceba, sinta, converse e questione o medo. No que tem medo de
ser julgado? O que você não quer que as pessoas saibam? O que
você acredita que de pior pode acontecer caso alguém pense mal de
você?
• Caso você venha sentindo a emoção da vergonha com muita
intensidade e frequência, busque ajuda de um profissional de
psicologia para te ajudar a lidar com essa emoção.
O sentimento de vergonha pode trazer um autojulgamento
muito forte, já que quando você está envergonhado é difícil
ser gentil e amoroso com você mesmo.
• O autojulgamento vem de uma razão crítica e rígida, que
alimenta no ego a ilusão do controle e o medo da perda o
controle. A autoaceitação e autocompaixão vêm da razão
amorosa, sabia, não da razão crítica e inflexível do ego
controlador.
• A razão amorosa e sabia permite reflexões à respeito da sua
história de vida, seus medos e angústias acessadas no
momento que se acolhe o reprimido, o oculto (sentimentos
negativos e positivos) do inconsciente.
• Use sua razão amorosa como você mesmo, talvez da mesma
forma que você a usa com um amigo ou um parente que ama
muito. Não seja cruel com você, se condenando e penalizando
antes mesmo de se ouvir, enxergar e enteder.
•A sua intenção é pura e simplesmente de se punir ou de se
ajudar, se resgatar, cuidar e curar? Antes de se dizer qualquer
coisa, com o intuito puro de punição, pare e pense: eu falaria
isso para alguém que eu amo? Isso o ajudaria como, em que?
• A vergonha pode fazer com que você não consiga ver suas
qualidades e o leva a ter vínculos com outras pessoas que
reforçam seus sentimentos negativos. É importante buscar
uma rede de relacionamento saudável. Apesar de ser doloroso
abandonar relacionamentos, mesmo os que são tóxicos, é
importante tomar esse passo para conseguir superar os
sentimentos de vergonha.
• Lembrando que a relação saudável começa, primeiro, de você
com você mesmo.
Para modificar o sentimento de vergonha, é essencial
reconhecer a diferença entre os nossos princípios e crenças e
os dos outros, escolher cuidadosamente os que são bons para
nós.
• Assim, estabelecemos um forte sentimento de auto-estima
ou integridade, desmisturando o Eu do Outro: "Isto é o que EU
acredito ser importante".
• Na verdade, só começamos a existir como indivíduos quando
conseguimos pensar por nós mesmos. Até então, somos
apenas espelhos de outras pessoas — quaisquer outras — e
delas dependemos para obter um sentido de identidade.
• Pergunte-se: " No que eu acredito que não estou atendendo
as expectativas, que não supro as necessidades, que não sou o
suficiente, é este um princípio que quero para mim? sa
crença faz sentido para mim?".
• Às vezes você pode responder: "Sim, ele é um princípio de
outra pessoa, mas também o quero para mim". Se você se dá
conta de que violou seus próprios princípios, talvez comece a
sentir culpa, ao invés de vergonha. Lembrando que na culpa o
foco é o erro no comportamento e não em você pessoa, o que
te dá mais recurso de ação.
• Pode ser também que exista contradição entre seus próprios
princípios. Se for isso, compreender as contradições internas
te permite lidar de forma mais adequada com elas,
melhorando sua autoeficácia na situação.
• Vou fazer um vídeo com dica de como trabalhar, aí na sua
casa, para transformar o conflito interno em consenso
interno.
Caso esteja lendo pelo celular, copie o link e abra
pelo navegador para assistir o vídeo com passos
importantes para lidar com a vergonha tóxica.
https://www.youtube.com/watch?v=YuVDycu7-4o&t=76s
Você tem recursos muito bons para você, se não está enxergando é
porque não parou para perceber.
• Às vezes, por causa do excesso da razão rígida, que alimenta
muito o autojulgamento, você fica tão treinado a buscar só por
falhas em você, que perde a habilidade em enxergar os recursos
que tem para te ajudar. Também, pode até ter se privado de usar
seus recursos por, em algum momento, ter os julgados como
indignos de existirem.
• Comece percebendo os recursos que você já usou em situações
que não sentiu vergonha, situações essas em que se viu autêntico,
livre de julgamentos internos e/ou e ernos, para ir ensinando seu
olhar identificar seus recursos. Você pode até usar esses recursos a
seu favor nas situações de experiência de "vergonha".
• Mas, entenda, a questão não é se blindar com o controle do
perfeccionismo, pelo contrário, é perceber seus momentos
autênticos e ver, que livre de amarras da vergonha tóxica, o quanto
você é rico de possibilidades, apenas sendo humano.
• Reestabeleça sua autoeficácia, enxergando seus recursos na
autenticidade de ser humano.
Sentimos culpa por um comportamento nosso que contrariou
nossas próprias crenças, ética e princípios. Ela não é uma
experiência tão dolorosa e devastadora como a vergonha,
porque não afeta nossa identidade central.

• A culpa envolve a percepção de que fizemos um “mal”, o que


leva a que, apesar de entendermos que no momento agimos
errado, o nosso autoconceito e identidade continuam
essencialmente intactos, e nosso self mantém-se “capaz”.

• A boa intenção da culpa é que sejamos capazes de nos


m ivar a agir para reparar o erro, confessar, pedir desculpa,
tentar compensar os danos causados e se esforçar para mudar
o comportamento no turo.
• Para isso, a culpa vem acompanhada de: remorso, tensão e
arrependimento. tes sentimentos estão relacionados com o
fato de ficarmos genuinamente preocupados com o modo
como o nosso comportamento afetou o outro e isso é muito
bom para a vida em sociedade.

• O problema vem quando não nos vemos capazes de reparar


de forma real ou simbólica o nosso comportamento. Aí a culpa
torna-se não adaptativa, nos punindo e autocriticando de
forma excessiva.

• A culpa não adaptativa acaba corroendo a vida da pessoa e, no


e remo oposto disso, com a pessoa tendo completa
indiferença à culpa, sem nenhuma empatia pelo outro, isso
acaba corroendo a sociedade, mas sobre este e remo oposto
falo em outro momento.
Lidar com a culpa é parecido com o lidar com a vergonha, no
ponto em que primeiro é importante transformar a
experiência desagradável numa experiência em que você se
sinta com mais recursos para analisar calmamente a situação.
Para, depois, você examinar o princípio que acredita que foi
violado e enteder se ele precisa ser atualizado, revisto,
redefinido ou não. Então, você pode analisar o que quer e pode
fazer para resolver a situação.

• Tanto no caso de culpa como de vergonha, antes de mais


nada, é muito importante a pessoa reconstruir um estado
interior de maiores recursos, de percepção de autoeficácia.
Em seguida, avaliar os princípios, para ver se precisam ser
revistos e se abrir para analisar de fato quais princípios fazem
sentido ad ar para si.
• É bom também usar o poder e liberdade da sua mente para se
imaginar em situações turas, usando os princípios
desejados e se vendo pondo-os em prática, usufruindo dos
recursos internos e e ernos que você tem a seu favor.

• Com o acompanhamento psic erápico, você terá a ajuda do


profissional para apro ndar em cada etapa do processo de
ressignificação da culpa. No caso de padrão de culpa excessiva,
em que a pessoa se torna o seu próprio juiz e carrasco, se
criticando e punindo com severidade, é importante o
acompanhamento psic erápico, para elaborar todo a emoção
de culpa que dominou a vida da pessoa.
Caso esteja lendo pelo celular, copie o link e abra pelo
navegador para assistir o vídeo de como lidar com os
conflitos internos na vergonha e culpa tóxicas.
https://www.youtube.com/watch?v=28a-YXnYMHM&t=8s

A conversa interna entre seus dois lados em conflito vai te


ajudar a elaborar melhor as situações de culpa também, além
de situações de vergonha, já que a culpa vem exatamente
quando um comportamento nosso contrariou alguma crença
ou princípio nosso também.

• Na verdade, essa dica de ter uma conversa entre seus lados


em conflito te ajuda em inúmeras situações, não só de
vergonha ou culpa, então, use e abuse desses diálogos
internos!

• Mas, lembre, caso esteja em um padrão de culpa e/ou


vergonha excessiva, é importante o acompanhamento
psic erápico para te ajudar a elaborar toda essa emoção de
culpa e/ou vergonha, que está dominando sua vida.
Na Teoria do Desenvolvimento Psicossocial, a emoção da
vergonha e da culpa são bases dos conflitos existentes em 2
estágios de desenvolvimento da identidade do nosso ego. Em
cada um desses estágios é como se tivéssemos que enfrentar
um novo desafio, de um conflito esperado. A forma como cada
conflito é ultrapassado influenciará a capacidade para
resolvermos conflitos inerentes à vida.
• Se o conflito é bem resolvido, sentimos uma sensação de
domínio, com ego mais rico e capaz de perceber corretamente
a si próprio e ao mundo que o rodeia. Já, se é mal gerido,
ficamos com um sentimento de inadequação, com o ego mais
fragilizado.
Entre 1 e 3 anos de idade, no 2° estágio do desenvolvimento
psicossocial, entramos em contato com o conflito entre o
desenvolvimento da autonomia e vergonha. Começamos
perceber que somos um ser social e precisamos nos separar
das pessoas que cuidam da gente, com a tarefa psicológica de
alcançar o equilíbrio entre a autonomia, a vergonha e a dúvida.
• Neste período, se a criança for pr egida com limites firmes,
mas tranquilizadores, ela poderá explorar, experimentar e ter
acesso de raiva sem que seu cuidador retire seu amor, assim
irá desenvolver um senso saudável de vergonha, que pode
surgir como um momento de embaraço por causa de alguma
falha humana normal ou como timidez na presença de pessoas
desconhecidas. Quando o cuidador permitir que a criança
ncione com alguma autonomia, sem superpr egê-la, ela
adquire autoconfiança e sente que consegue controlar a si
mesma e ao mundo ao seu redor. Mas, se a criança é punida por
ser autônoma ou é excessivamente controlada, sente-se irada
e envergonhada pela sua essência.
Entre 3–5 anos, no conflito do desenvolvimento da iniciativa e
da culpa, 3° estágio, a criança parte para a iniciativa, usando
suas capacidades físicas e mentais para se desenvolver em
outras áreas, de forma criativa e social. Ela está aprendendo
não apenas que existem limites para seu repertório de
comportamentos, mas também que os impulsos agressivos
podem ser expressados de forma mais construtiva. Punições
excessivas podem restringir a imaginação e iniciativa da
criança e internalizar um modelo de culpa tóxica.
A questão não é a existência delas em si, mas sim o "como"
elas estão existindo.

• Tanto a culpa como a vergonha ncionam como freios de nós


mesmos, com uma grande boa intenção de preservar nossa
permanência nos grupos que fazemos parte e de lidarmos
com nossas limitações como seres humanos.

• O problema é quando perdemos a mão na dosagem e, com


muita ajuda do perfeccionismo e desejo utópico de sermos
mais que humanos, passamos a nos prejudicar com a
intensidade e peso delas.

• Elas, então, se tornam emoções tóxicas, prejudicam a relação


saudável do eu comigo mesmo e, fatalmente, refletindo na
minha relação com o mundo lá fora.
Caso esteja lendo pelo celular, copie o link e abra pelo navegador.
https://www.youtube.com/watch?v=g1KpJw_MfdY&t=15s

A vergonha tóxica é alimentada do medo de sermos tudo que


tem em nós e esse “tudo” não ser o bom, o suficiente e
esperado pelo outro. Então, a vergonha nos convence a usar
uma das infinitas máscaras que julgamos adequadas para criar
um “esse é quem eu sou”, que vai servir para esconder o que
em nós nos causa vergonha e construir uma personalidade –
um figurino, por assim dizer, que será teoricamente aceito
pelos outros.
• Na tentativa de expressar apenas o que acreditamos garantir
a aceitação dos outros, abafamos alguns de nossos traços
mais valiosos e interessantes, e nos sentenciamos a uma vida
de repetição do mesmo drama, com o mesmo r eiro batido.
• Com a vergonha tóxica, não podemos desfrutar do tudo de
quem somos, porque esquecemos quem somos além das
fronteiras, das barreiras restritivas internas que impusemos
ao nosso mundo emocional.
• Enquanto rejeitamos o nosso Eu autêntico, negamos a nós,
também, o acesso ao estímulo, à empolgação, paixão e
criatividade. Um dos aspectos mais empolgantes de ser
humanos é o fato de termos literalmente centenas de partes
inspiradoras, úteis e poderosas, que estão adormecidas,
ansiando para saírem da sombra e serem integradas ao todo,
ao self, mas a vergonha tóxica precisa controlar tudo em nós,
para não correr o risco de sermos envergonhados por alguma
parte não desejada.
• Buscamos o que idealizamos como uma vida perfeita, papel
perfeito, a personalidade perfeita. E mesmo conquistando
muito do que queremos, continuamos frustrados nesta busca
e, uma hora, “a casa cai” – pela simples razão de sermos muito
mais que um punhado de qualidades que se encaixam
caprichosamente ao ideal do ego.
• A vergonha tóxica pode tanto criar um falso eu
perfeccionista realizador como um viciado em um beco
escuro. O falso eu pode assumir tanto o personagem de um
super-realizador, como o de um sub-realizador, do controle
excessivo ao descontrole t al.
• A medida que nos tornamos mais presentes e conscientes de
nós mesmos, começamos a ver o quanto estamos robóticos e
encurralados na personalidade que criamos.
O tema sobre vergonha e culpa te interessou? Se quiser tirar
alguma dúvida, ou se precisar de alguma ajuda sobre isso,
estou à sua disposição. É só me chamar pelo Direct do
Instagram ou WhatsApp .
• E, para te ajudar nesse processo de conhecimento sobre você
mesmo e sobre a vergonha, indico a leitura deste livro,
CURANDO A VERGONHA QUE IMPEDE DE VIVER, de John
Bradshaw.
• O livro te ajudará a entender mais sobre o que é a vergonha,
tanto a saudável quanto a tóxica. Ele trará informações sobre
como a vergonha saudável e a tóxica se desenvolvem, formas
que se apresentam e caminhos para se curar da vergonha que
o escraviza.
Boa leitura!
Indico este filme como um excelente exemplo de como o peso
da culpa tóxica mina as possibilidades do viver de uma
pessoa.

• Sem exagerar no drama, Manchester À Beira-Mar, procura


ser o relato mais cru possível do c idiano de um indivíduo
sem forças para prosseguir na vida, acompanhando como seu
personagem principal se recusa a seguir em frente e limita-se
a uma situação degradante, carregando com ele uma culpa
tóxica.

Bom filme!
Ludmyla Dayrell Alcanfor
Psic erapeuta

55 62 996876937

@ludmyladayrell
Para mais informações,
clique aqui:
https://msha.ke/ludmyladayrell

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