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Cuide de suas feridas emocionais.

Olá caras leitoras do Jornal Rosa!

Para reflexão deste mês quero falar um pouquinho sobre a obra “As cinco feridas emocionais”
de Lise Bourbeau. A ideia da obra é a de que a maioria dos traumas que nos marcam
significativamente durante toda a vida e pode comprometer nossa felicidade teria relação
direta com estas cinco “feridas emocionais,” tratam-se de temas polêmicos e muito delicados
que se não cuidados, podem nos marcar profundamente. É importante conhecer estas feridas,
conhecer é reconhece-las, assumi-las em nós e posteriormente buscar um processo de cura.

O que parece simples, na verdade não é! Assumir tais feridas é uma dificuldade que a maioria
das pessoas possuem. Ocorre que, muitas vezes usamos do princípio da negação, ou seja,
negamos estas feridas e até nos acostumamos a viver com elas, parecem assim imperceptíveis,
mas, afetam nosso comportamento, relações, nossos planos e comprometem até nossa
felicidade.

Mas que feridas são estas? Lise aponta que muitos de nossos traumas e limitações tem relação
direta com sentimentos e experiências de rejeição, injustiça, abandono, humilhação e traição.
E eu tenho aqui a ousadia de acrescentar o sentimento e experiencias relacionadas a sentir
medo. Estas experiências contrariam a expectativa humana, a confiança na humanidade e em
si mesmas, por isso são perigosas e devem ser identificadas e tratadas.

Vamos começar pela rejeição, sentir-se rejeitada é um sentimento que fere nosso amor
próprio, é comum que crianças tenham a convicção de que são amadas por seus pais ou
responsáveis, essa certeza ajudará estruturar toda organização psíquica, autoestima e
capacidade de manter boas relações no futuro. Portanto, uma criança ou adolescente que
tenha enfrentado o sentimento de rejeição, pode sim apresentar “bloqueios” em suas relações
atuais e na sua capacidade de manter um eficiente amor próprio.

A injustiça é outro sentimento que pode mexer com nossa estima, muitas vezes nos sentimos
injustiçado nas relações com nossos irmãos, um sentimento de menos valia que se não
cuidado, pode nos atrapalhar até na vida adulta. Sentir-se injustiçada pode te jogar em uma
posição de eterna vítima e de revolta consigo e com o mundo que certamente lhe atrapalhará.

O mesmo se aplica as demais feridas: abandono, humilhação e traição. Todas são situações
que rompe com nossas expectativas, ferem nossa autoestima e nossa capacidade de amar os
outros e a nós mesmos. O medo, que acrescentei por conta própria, também tem o terrível
poder de nos marcar por toda uma vida, se enquanto crianças ou mesmo enquanto adultos,
vivenciarem situações de medo, devemos ligar um sinal de alerta e não permitir que medos do
passado, nos atormentem por toda uma vida. Evidentemente que cada caso terá sua
particularidade, mas, uma vez sujeitos a estes tipos de sentimentos, pequenas ou grandes
feridas nascem em nós e devem ser percebidas e tratadas o mais breve possível, sobre o risco
de tomarem um tamanho maior e afetar toda nossa vida. Portanto, como diz o ditado
“coloque o dedo na ferida”, se em sua história de infância ou mesmo enquanto adulta, se no
passado ou mesmo no presente, vivenciou situações relacionadas a estas temáticas, fique
atenta, tenha coragem para reconhecer estas feridas e cuidar delas, para que elas não
atrapalhem suas relações, para que elas não atrapalhem seu presente e seus planos para o
futuro, para que elas não roubem o seu sagrado direito de ser feliz.

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