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FERIDAS EMOCIONAIS

As experiências dolorosas que se desenvolvem ao longo de


nossas vidas moldam nossas feridas emocionais. Estas feridas
podem ser múltiplas e ocorrem de muitas maneiras: traição,
humilhação, desconfiança, abandono, injustiça …
No entanto, devemos tomar consciência delas e evitar maquiá-
las, porque quanto mais tempo você esperar para curá-las,
mais elas podem piorar. Além disso, quando somos magoados,
vivemos constantemente situações que tocam a nossa dor e nos
fazem colocar várias máscaras por medo de reviver o
sofrimento.
FERIDAS EMOCIONAIS QUE NOS EMPEDEM DE EVOLUIR:

 Feridas emocionais do passado relacionadas à autoestima


Às vezes o amor próprio é seriamente abalado por experiências do
passado. As diferentes formas de rejeição geram sofrimento, sem importar
as condições em que elas ocorreram. É algo que dói para qualquer ser
humano, independente de quem seja.
 Feridas emocionais associadas à autonomia
As feridas emocionais relacionadas à autonomia têm relação com aquele
tipo de situação em que a pessoa sofreu com um excessivo controle
sobre si mesma. O mais comum é que alguma figura com poder tenha
exercido um domínio arbitrário, lesionando desse modo a autonomia
pessoal.
 Feridas emocionais do afeto
As feridas emocionais do passado que mais pesam sobre o presente das
pessoas são as relacionadas ao afeto. Elas surgem quando as pessoas
foram vítimas de abandono, distanciamento emocional ou
isolamento. Geralmente os pais são os responsáveis por esse tipo de ferida
por suas atitudes durante a infância da criança. Eles mesmos podem ter
sido vítimas de práticas similares, e as repetem com seus filhos sem nem
mesmo ter plena consciência disso.
As feridas relacionadas à carência de afeto fazem com que a pessoa se
sinta imensamente sozinha em muitas circunstâncias.
Cinco passos que precisamos dar para curar as
nossas feridas emocionais:

 1- Trate a sua ferida emocional como parte de si mesmo


A ferida está lá. Você pode ou não concordar com o fato de que ela
existe, mas o primeiro passo é aceitar essa possibilidade. De acordo com
Lisa Bourbeaur, curar uma ferida significa aceitá-la, observá-la
cuidadosamente e saber que ter situações dolorosas a resolver é parte da
experiência humana.
Não somos melhores ou piores só porque algo nos machuca. Construir uma
blindagem é um ato heroico, um ato de amor próprio que tem muitos
méritos, mas que já cumpriu a sua função.
Ou seja, você protege ambientes internos feridos, mas uma vez que a
ferida está aberta e você pode percebê-la, é hora de pensar em curá-la.
 2. Aceite o fato de que você sente medo ou vergonha; faça isso para si
mesmo e para os outros
A vontade e a decisão de superar as nossas feridas é o primeiro passo em
direção à paciência, à compaixão e à compreensão direcionadas a nós
mesmos. Estas qualidades irão desenvolver-se por si mesmas, e irão se
estender para as outras pessoas que alimentam o nosso ser.
Às vezes nós não percebemos que nós colocamos expectativas nos
outros, esperando que eles preencham todas as nossas necessidades. A
verdade é que o nosso comportamento nos leva a anular os nossos
relacionamentos e a afastar muitos de nossas vidas, causando grande
desconforto pelo fato de que os outros não respondem como
esperávamos.
 3- Dê-se permissão para ficar bravo com aqueles que alimentaram a
sua ferida
Quanto mais nos machucaram, mais profundas são nossas feridas, e mais
normal e humano é que isto resulte em culpa e raiva para com os que
nos machucaram. Dê-se permissão para estar zangado com eles e para
perdoar a si mesmo.
Caso contrário, você direcionará todo o ressentimento em si mesmo e nos
outros, e isso é como arranhar a própria ferida. Sentir-se culpado dificulta
o perdão, e livrar-nos da culpa e do ressentimento é a única maneira de
curar as nossas feridas.
 4- Nenhuma transformação é possível sem a aceitação da ferida
Esta ferida vai ensinar-lhe algumas coisas muito importantes, mas isso é
difícil de aceitar porque o nosso ego cria uma barreira de proteção muito
eficaz para esconder os nossos problemas.
A verdade é que, normalmente, o ego quer tomar o caminho mais fácil,
mas na verdade isso complica ainda mais a nossa vida. Através de nossos
pensamentos, nossas reflexões e das nossas ações, o ego quer simplificar
as coisas, e mesmo se isso parecer muito complicado, ele vai se esforçar
para conseguir.
Tentamos esconder a ferida que mais nos faz sofrer porque temos medo
de encará-la de frente e reviver a nossa dor. Isso nos faz usar máscaras e
agravar as consequências do problema que temos, pois deixamos de ser
nós mesmos.
 5- Dê-se tempo para ver como você se apegou a sua dor ao longo dos
anos
O ideal é livrar-se dessas máscaras o mais rápido possível, sem
julgamentos ou críticas, pois isso permitirá identificar como devemos tratar
as nossas feridas para, assim, curá-las definitivamente.
Você pode arrancar a máscara em um dia, ou levá-la consigo durante
meses ou anos. O ideal seria ser capaz de dizer para si mesmo: “Tudo bem,
eu coloquei esta máscara por esse motivo, mas posso retirá-la.”
Então, você saberá que está no caminho certo, e no resto de sua viagem o
seu guia será a sua inércia, que lhe permitirá sentir-se bem sem se
esconder.
Permita-se se libertar do que
fere você!!!

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