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1º Fórum de Ética Profissional
1º Fórum de Ética Profissional
1º Fórum de Ética Profissional
Sou a Maria Filipe Alberto, estudante do curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa,
4º ano.
Tema de debate: O progresso do individualismo trás riscos a humanidade.
Para ilustrar essa questão, citaremos um caso, muito conhecido, porém de autor anônimo.
Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu
trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário
perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao
segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia seu tempo;
finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse: "Estou
construindo uma catedral para a minha cidade".
A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, como
instrumento do bem comum.
Como o número dos que trabalham, todavia, visando primordialmente ao rendimento, é grande,
as classes procuram defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o trabalho
e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços. Isto porque ficam
vulneráveis ao individualismo.
2. Riscos do progresso do individualismo à humanidade
A vida nada mais é do que um suceder de escolhas racionais, em que pensamos em nós, em nossas
famílias, e não somente em entes concretos, mas também em conceitos abstratos, como a
“comunidade”; e vamos, assim, construindo, virtude a virtude, erro a erro, acerto a acerto, escolha
a escolha, vício a vício, nossa própria história. Não somos abelhas nem cupins; somos homens
revestidos de dignidade, e isso não significa que somos inexoravelmente egoístas (como muitos
gostam de enfatizar), mas simplesmente individualistas. Reconhecer isso significa que o que
separa o individualismo do egoísmo são apenas prescrições de natureza ética e moral.
Certamente, vivenciamos um paradoxo entre o desejo de ser diferente e particularizado e a
massificação da moda do “igual”. Vivemos num mundo de influência existencialista e capitalista,
onde a maioria dos programas de televisão defende a afirmação do indivíduo contra a força do
grupo. Nessa estrutura econômica de consumo, que fortalece no indivíduo a ânsia por produtos
personalizados, o homem é cada vez mais visto como indivíduo isolado. Essa ênfase na liberdade
individual corrobora a construção do “Eu me amo e vivo meu eu”. Portanto, o sujeito perde a visão
de interdependência social e crê-se inatingível. O perigo do individualismo está nessa construção
da ilusão de independência, gerando o egoísmo e a insensibilidade.