1º Fórum de Ética Profissional

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Bom dia!

Sou a Maria Filipe Alberto, estudante do curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa,
4º ano.
Tema de debate: O progresso do individualismo trás riscos a humanidade.

1. O progresso do individualismo trás riscos a humanidade.


Sim, a afirmação anterior descreve correctamente a psicolinguística como um ramo da linguística
que se dedica ao estudo da aquisição e desenvolvimento da linguagem.
Segundo Pinker (2004), considera que o objectivo principal dessa área é entender como as crianças
aprendem seu idioma nativo nos primeiros anos de vida e como essa linguagem se desenvolve ao
longo do tempo.
Nesse sentido, nos apoiamos em Marcuschi (2001, p. 37), quando afirma que a psicolinguística
busca explorar os processos cognitivos e linguísticos envolvidos nesse processo, bem como
identificar factores individuais e ambientais que podem influenciar a aquisição da linguagem.
A afirmação destaca a importância da psicolinguística como um ramo da linguística que se dedica
ao estudo do processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, especialmente durante os
primeiros anos de vida.
Diversos autores contribuíram significativamente para a compreensão desse tema.
Por exemplo: Noam Chomsky é conhecido por suas teorias sobre a aquisição da linguagem, como
a ideia de que os seres humanos têm uma predisposição biológica para adquirir a linguagem e que
existem estruturas inatas que facilitam esse processo.
Para Jean Piaget, embora mais associado à psicologia do desenvolvimento, também contribuiu
para a compreensão da aquisição da linguagem, ao investigar como as crianças constroem o
conhecimento sobre o mundo e como isso influencia seu desenvolvimento linguístico.
Godoy; Senna, (2011 p. 46), apresenta alguns caminhos da aquisição da língua materna desde o
nascimento:
a) Nas primeiras semanas de vida os bebés transmitem sons motivados pelo desconforto
(idade de 0 e 2 meses), através do choro, o bebé aprende a controlar a respiração, sendo
esse controle a base para a fala.
b) Sons provocados pela satisfação do bebé (2 e 4 meses), nesse período de sua vida, a criança
começa a distinguir os sons vocálicos e consonantais, quando surge o chamado “arrulho”,
ainda que de uma forma difusa, associando a voz da mãe. Realiza vocalizações pré
linguísticas que consistem em arrulhos, sons guturais, como: gu. Os sons são chamados
arrulhos por se assemelhar ao barulho emitidos por pombos.
c) Fase dos balbucios (4 e 7 meses), é a primeira linguagem de um treino fonético para o bebé.
Sílabas que se combinam e são iguais em todas as línguas como, pa-pama-ma-ba-ba da-
da-ta-ta, como também entra a fase de engatinhar sentar, agarrar.
d) Emissão de palavras isoladas (12 e 18 meses), nessa idade, muitas crianças já respondem
com palavras mais conhecidas à conversa de um adulto.
e) Primeira combinação de palavras (18 e 24 meses), o vocabulário da criança progride
rapidamente, aos 24 meses terá um vocabulário de até 300 palavras. A criança gosta de
conversar e às vezes é difícil fazê-la parar. Ela agora sabe formar frases simples e também
sabe como usar os pronomes “mim”, “eu” e “você. ”
Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo.
Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade
e muito menos com a sociedade.

Para ilustrar essa questão, citaremos um caso, muito conhecido, porém de autor anônimo.
Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu
trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário
perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao
segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia seu tempo;
finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse: "Estou
construindo uma catedral para a minha cidade".

A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, como
instrumento do bem comum.
Como o número dos que trabalham, todavia, visando primordialmente ao rendimento, é grande,
as classes procuram defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o trabalho
e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços. Isto porque ficam
vulneráveis ao individualismo.
2. Riscos do progresso do individualismo à humanidade
A vida nada mais é do que um suceder de escolhas racionais, em que pensamos em nós, em nossas
famílias, e não somente em entes concretos, mas também em conceitos abstratos, como a
“comunidade”; e vamos, assim, construindo, virtude a virtude, erro a erro, acerto a acerto, escolha
a escolha, vício a vício, nossa própria história. Não somos abelhas nem cupins; somos homens
revestidos de dignidade, e isso não significa que somos inexoravelmente egoístas (como muitos
gostam de enfatizar), mas simplesmente individualistas. Reconhecer isso significa que o que
separa o individualismo do egoísmo são apenas prescrições de natureza ética e moral.
Certamente, vivenciamos um paradoxo entre o desejo de ser diferente e particularizado e a
massificação da moda do “igual”. Vivemos num mundo de influência existencialista e capitalista,
onde a maioria dos programas de televisão defende a afirmação do indivíduo contra a força do
grupo. Nessa estrutura econômica de consumo, que fortalece no indivíduo a ânsia por produtos
personalizados, o homem é cada vez mais visto como indivíduo isolado. Essa ênfase na liberdade
individual corrobora a construção do “Eu me amo e vivo meu eu”. Portanto, o sujeito perde a visão
de interdependência social e crê-se inatingível. O perigo do individualismo está nessa construção
da ilusão de independência, gerando o egoísmo e a insensibilidade.

3. Vantagens do progresso do individualismo à humanidade


O processo de individualização ganha forças com o Renascimento através do Humanismo, e o
homem configura-se como lugar central de suas ações. Portanto, essa mudança afetou não somente
o homem, mas a própria cultura.
✓ Lida com os novos horizontes;
✓ Torna um homem criativo e inovador quanto ao ambiente vivido;
✓ Depara e soluciona problemas além fronteiras da sua capacidade.
4. Desvantagens do progresso do individualismo à humanidade
✓ Limitado em auto pensar sucedido com egocentrismo;
✓ Criação de ideias oprimidas no seio da humanidade;
✓ Gosto pelos assuntos relacionados a monetários.
5. Referências bibliográficas
DUCROT, O. e TODOROV, T. (1982), Psicolinguística: Dicionário das Ciências da
Linguagem, Lisboa: Publicações Dm Quixote.
VIGOTSKI, L. S., (1998), Pensamento e Linguagem, 2ª ed., São Paulo: Livraria Martins Fontes
Editora Ltda.
XAVIER, M. F. E MATEUS, M. H. (org.) (1992), Dicionário de Termos Linguísticos, Vol. II,
Lisboa: Edições Cosmos.

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