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Tutor: _________________________
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
✓ Falar sobre os momentos distintos da produção literária Africana em Língua Portuguesa.
1.1.2. Específicos
✓ Identificar a periodização literária moçambicana de cada autor;
✓ Distinguir as características da periodização literária moçambicana de um autor para outro;
✓ Conhecer os factores ou movimento que concorreram para forjar a Literatura Moçambicana.
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CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Os Momentos Distintos da Produção Literária Africana em Língua Portuguesa
2.2. História da Literatura Moçambicana
Segundo Ferreira (1987, p. 45) diz que os primeiros manuais de literaturas africanas de
língua portuguesa frisavam da história dessas literaturas sem considerar suas particularidades
nacionais. Foi nesse sentido generalizante que tinha o propósito de localizar a literatura
moçambicana no contexto mais diversificado das literaturas africanas de língua portuguesa, que
enxergados com clareza e objectivado, inicialmente, a proposta do escritor e crítico português
Manuel Ferreira, em Literaturas africanas de expressão portuguesa foi o seu intuito.
Através dessa abordagem, importa salientar ainda que os textos são de natureza diversa a
saber:
✓ o livro de ensaios de Fátima Mendonça;
✓ da tese de doutorado de Manoel de Souza e Silva;
✓ do manual didáctico de Pires Laranjeira e de um artigo científico também de sua autoria.
Todos os textos, porém, tratam do mesmo problema: apresentar em linhas gerais a
produção literária de Moçambique.
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Na narrativa, Ferreira destaca apenas as contribuições de Luís Bernardo Honwana e Orlando
Mendes, o que se justifica pelo recuo temporal deste esboço Historiográfico, publicado muito antes
que se pudesse vislumbrar um sistema literário mais consolidado em Moçambique.
Até essa data, os dois primeiros períodos da literatura relacionada com Moçambique podem
considerar-se de preparação e, em termos de alguma qualidade, caracterizam-se do seguinte modo:
1º Período, que vai das origens da permanência dos portugueses naquela região índica até 1924,
ano que precede o da publicação de O livro da dor, de João Albasini. É um período de Incipiência,
um quase deserto secular, que se modifica com a introdução do prelo, no ano de 1854, mas sem os
resultados literários verificados em Angola.
O 2.° Período, de Prelúdio vai da publicação de O livro da dor até ao fim da II Guerra Mundial,
incluindo, além do livro do jornalista João Albasini, os poemas espalhados, nos anos 1930, de Rui
de Noronha, depois publicados em livro, numa recolha duvidosa, incompleta e censoriamente
truncada, com o título de Sonetos (1946), por ser o género mais cultivado por ele.
O 3. ° Período, que vai de 1945/48 a 1963, caracteriza-se pela intensiva Formação da literatura
moçambicana. Primeiramente, uma consciência grupal instala-se no seio dos (candidatos a)
escritores, mudados pelo Neo realismo e, a partir dos meados dos anos de 1950, pela Negritude.
Noémia de Sousa escreve todos os seus poemas (conhecidos até hoje) entre 1948 e 51, ainda sem
conhecer a Negritude francófona, mas estando a par dos negrismos americanos (Black
Renaissance, Indigenismo haitiano e Negrismo cubano, entre outros), visto que dominava o inglês
e o francês. Em 1951, circulará o seu livro policopiado Sangue negro, formado por 43 poemas
(mais um do que noutra versão posterior).
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O 4. ° Período prolonga-se desde 1964 até 1975, ou seja, entre o início da luta armada de libertação
nacional e a independência do país (a publicação de livros fundamentais coincide com estas datas
políticas).
Ao 5.° Período, entre 1975 e 1992, chamaremos de Consolidação, finalmente passou a não haver
dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura moçambicana, contra todas as reticências,
provindas de alguns sectores dos estudos literários, e, diga-se também, contra todas as evidências.
Porém, após a independência, durante algum tempo (1975-1982), assistiu-se sobretudo à
divulgação de textos que tinham ficado nas gavetas ou se encontravam dispersos.
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CAPITULO III: CONCLUSÃO
A literatura africana em língua portuguesa teve uma importância muito grande na construção
cultural e histórica das ex-colónias portuguesas na África. Utilizando a linguagem dos
colonizadores, os escritores de maneira criativa e inovadora, construíram nas últimas décadas uma
tradição literária que se evidencia de forma própria em cada nação.
Os autores africanos conseguiram passar em suas obras a forma de pensar de seu povo, sua cultura,
sua terra e, principalmente, expressar de forma clara seus sentimentos e emoções. Os escritores
procuraram afastar os horrores vividos pelo povo no período colonial e, também, na época das
guerras. Uma das maiores lições que os autores deixaram em seus livros, foi o pensamento de que
a África negra não pode, nem deve ser considerado um estorvo para o mundo, deve-se pensar nela
como um pequeno desafio não somente na parte literária, mas, em toda forma de expressão
humana, busca-se contribuir com a África de forma honesta e levar esperança ao seu povo.
Com o poder da educação e argumentação pode-se lutar por mudanças e conseguir ter um mundo
melhor. No momento actual, percebe-se que a literatura africana encantou o mundo, com seus
grandes autores expressando de maneira natural seus sonhos e anseios para com sua terra. A
literatura africana em língua portuguesa passou por diversas etapas para construir sua identidade
cultural.
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CAPITULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS