Você está na página 1de 283

Suplementação aplicada ao

treinamento de força

Humberto Nicastro
Proteínas

“Protos” (grego) = primeiro

n Principal constituinte de matéria viva;

n Representam ¾ dos sólidos corporais;

n 10.000 a 50.000 tipos;

n Macromoléculas formadas por AAs;


Carboidratos e Lipídeos: Átomos C, H, O

Proteínas: Átomos C, H, O, N (16%)


Como se forma uma proteína?
Wu. Amino Acids (2009)
Classificação (Função biológica)

Função Proteínas
Biológica

Estrutural Colágeno (tec. conjuntivo) / Queratina (cabelos,


unhas)

Contrátil Actina / Miosina (contração muscular)

Receptor Proteínas de membrana (IR)

Transporte Hemoglobina (oxigênio) / Albumina (AGL)

Hormonal Insulina (metabolismo de CHO)

Enzimática Pepsina (digestão de proteínas)

Proteção Fibrinogênio (coagulação)


“Aminoácidos funcionais”

n Reguladores de vias metabólicas;


n Homeostase sistêmica;
n Crescimento;
n Reprodução;
n Imunidade;

Arginina, Cisteína, Glutamina, Leucina,


Prolina e Triptofano
Wu. Amino Acids (2009)
Concentração fisiológica
Cardiac Output

Rins: 23% do FS

Fígado: 28% do FS

Adiposo: 2-3% do FS

Músculo esquelético: 16% do FS


Responsividade
orgão-específico
Síntese proteica

Hipertrofia muscular
Medida dinâmica (aguda)

Cânula venosa Solução teste


(infusão)

Cânula arterial
(recolhimento)

Biopsia
muscular

Wilkinson et al. J Physiol (2013) 591; 11: 2911-2923


Medida dinâmica (aguda)

FSR (%/h−1)=δEm/Ep×(1/t)×100

δEm = mudança no enriquecimento do isótopo


t = tempo
Ep = enriquecimento médio no mesmo período do precursor
para síntese proteica

Wilkinson et al. J Physiol (2013) 591; 11: 2911-2923


Medida estática (crônica)
Medida estática (crônica)

Aguiar et al. Amino Acids (2017)


Medida estática (aguda)
Burd et al. J Appl Physiol (2009)
Pontos regulatórios de MPS

n Digestão e absorção;
Boirie et al. Proc Natl Acad Sci USA 1997; Dangin et al. Am J Physiol Endocrinol Metab 2001; Koopman et al. Am J
Clin Nutr 2009; Pennings et al. Am J Clin Nutr 2011; West et al. Am J Clin Nutr 2011.

n Retenção esplênica de aminoácidos;


Boirie et al. Proc Am J Clin Nutr 1997; Volpi et al. Am J Physiol 1999.

n Disponibilidade de aminoácidos na circulação;


Gorissen et al. J Clin Endocrinol Metab 2014.

n Perfusão muscular, “entrega” de Aas para o tecido muscular;


Timmermman et al. J Clin Endocrinol Metab 2010; Timmermman et al. Diabetes 2010.

n Captação de Aas pelo tecido muscular;


Drummond et al. Am J Physiol Endocrinol 2010; Dickinson et al. Clin Nutr 2013.

n Sinalização intracelular.
Cuthbertson et al. FASEB J 2005; Guillet et al. FASEB J 2004.
Glutamina
Coqueiro et al. Nutrients (2019)
Coqueiro et al. Nutrients (2019)
BCAAs – metabolismo e
aplicações
Principais funções dos BCAAs

n 40% da necessidade de EAAs;


n Síntese protéica (início da tradução);
n Fonte de C e N para síntese de NEAAs no plasma e no
músculo;
n Síntese de intermediários do CK;
n Síntese de acetil-CoA (leucina);
n Estimulam a secreção de insulina;
n Representam 3/6 dos AAs metabolizados pelo músculo
esquelético

Cynober (2003)
BCAAs
Metabolismo
Inter-órgão

Harper. Ann Rev Nutr 1984; 4:409-54


Brosnan & Brosnan. J Nutr (2006)
Oxidação de BCAA/Leucina

Complexo BCKDH

12 α-cetoácido 24 dihidrolipoil
desidrogenases transacilases
(E1) (E2)
6 dihidrolipoil
desidrogenases
(E3)

Harper. Ann Rev Nutr 1984; 4:409-54


Oxidação de BCAA/Leucina

Complexo BCKDH
Dieta hiperprotéica,
Dieta hipoprotéica Jejum, Diabetes,
Síntese protéica Sepse, Câncer,
Reserva enzimática Citocinas
- P +
E1
BDK BDK BDP
E3
E2
-

+
BCKA
Harper. Ann Rev Nutr 1984; 4:409-54
SBME. Rev Bras Med Esporte (2003)

SBME. Rev Bras Med Esporte (2009)


BCAA promove hipertrofia muscular ?

www.pubmed.com
Leucina promove hipertrofia muscular ?
Aguiar et al. Amino Acids (2017)
Aguiar et al. Amino Acids (2017)
Rieu et al. J Physiol 2006; 575(Pt 1): 305-15
Rieu et al. J Physiol 2006; 575(Pt 1): 305-15
n 7,5 g/dia de leucina (3 x 2,5 g)
n 3 meses

Verhoeven et al. Am J Clin Nutr 2009; 89: 1468-75


n 7,5 g/dia de leucina (3 x 2,5 g)
n 6 meses

Leenders et al. J Nutr 2011; 141: 1070-76


Leucina vs. aminoacidemia

Leenders et al. J Nutr 2011; 141: 1070-76


BCAA e dano muscular

n 100 saltos em profundidade (60 cm) e 6 séries de 10


repetições de leg press excêntrico;

n Suplementação (leucina ou placebo)


Ø 30 min antes

Ø Durante

Ø Imediatamente após

Ø Na manhã seguinte ao exercício

Kirby et al. Amino Acids (2011)


Kirby et al. Amino Acids (2011)
Kirby et al. Amino Acids (2011)
n 4 anos de treinamento de força;
n 0,087 g de BCAA/kg de peso corporal
n Para um indivíduo de 70 kg = ~ 6,0 g
n BCAA 2:1:1
n Leucina (3,0 g); Isoleucina (1,5 g); Valina (1,5 g).
n 30 minutos pré e após a sessão de treinamento.
Waldon et al. Appl Physiol Nutr Metab (2017)
Waldon et al. Appl Physiol Nutr Metab (2017)
Newgard et al. Cell Metabolism 2009; 9, 311–326.
Newgard et al. Cell Metabolism 2009; 9, 311–326.
BCAA e sensibilidade a
Aminoácidos e insulina
sensibilidade a insulina

Cell Metab 2009; 9: 311-326


PLoS One 2010; 5: e15234
n Fontes dietéticas
n HMβ pode ser usado para otimizar a recuperação por atenuar o dano muscular
induzido pelo exercício em indivíduos não treinados e treinados;
n Se consumir HMβ, será observado benefício do suplemento próximo do momento
do exercício;
n HMβ parece ser mais efetivo quando consumido por, pelo menos 2 semanas,
como pré-treino;
n 38 mg/kg de peso corporal de HMβ pode promover hipertrofia, aumento de força
e potência muscular em indivíduos não treinados e treinados quando o estímulo
mecânico é adequado;
n HMβ-FA > HMβ-Ca
n Em idosos, a suplementação de HMβ promove aumento de MLG e
funcionalidade;
n Suplementação de HMβ em associação ao estímulo mecânico adequado pode
promover redução de gordura corporal;
n O consumo crônico de HMβ é seguro para jovens, adultos e idosos.
n Os protocolos de suplementação descritos nos estudos não são os mesmos
descritos pelos autores no Clinical Trials;
n O número de voluntários dos grupos controle são diferentes dos grupos com
intervenção com HMB. Os autores não justificam as diferenças;
n Nível extraordinário de homogeneidade em média e desvio padrão dos 3
estudos;
n Os 3 estudos existentes são resultados do mesmo estudo;
n O grupo placebo dos 3 estudos é o mesmo (mesmos voluntários);
n Dr. Jacob Wilson: “It was one large study divided into 3 papers which we
mention in the HMB-ATP paper. So we had a control, HMB and HMB+ ATP group.
For all 3 papers half of the subjects would be identical”;
n O suplemento usado nos estudos é o HMB-FA, diferente do HMB-Ca que
está disponível para a indústria.
L-arginina: metabolismo e
aplicações
Os papéis fisiológicos do NO

Nicastro et al. Rev Bras Cienc Mov 2008; 16:115-122.


Nicastro et al. Rev Bras Ciênc Mov (2008)
Nicastro et al. Rev Bras Ciênc Mov (2008)
Qual a contribuição do óxido nítrico
(NO) no processo de vasodilatação
em humanos ?

Green et al. Hypertension 2014; 63:376-382.


AVALIAÇÃO INICIAL
n Estudos em humanos;
n Utilizaram estímulos isquêmicos (sem fármacos);
n Forneceram informações sobre a técnica de mensuração de fluxo
sanguíneo;
– Posição
– Duração da inflação
– Método de análise

ANÁLISE QUALITATIVA
n Foi reportado o poder estatístico?
n Critérios de inclusão e exclusão estavam claros?

n Fumantes foram excluídos?


n O estudo utilizou técnicas de imagem (ultrassom)?
n Qual foi o software de análise? Foi correto?
n O coeficiente de variação foi reportado?

n O experimento contava com grupo salina/placebo adequado?

Green et al. Hypertension 2014; 63:376-382.


Green et al. Hypertension 2014; 63:376-382.
“O FLUXO SANGUÍNEO ARTERIAL EM HUMANOS É
MEDIADO PARCIALMENTE PELO NO”

Green et al. Hypertension 2014; 63:376-382.


Arginina promove vasodilatação ?
n 8 homens ativos e saudáveis;
n 22,1 ± 2,6 anos;
n 10 g de L-arginina;
n Suplementação com ou sem exercício

Tang et al. J Nutr (2010)


n Fluxo sanguíneo no repouso e após o
exercício

Tang et al. J Nutr (2010)


Conclusão 1

A SUPLEMENTAÇÃO DE L-ARGININA NÃO PROMOVE


VASODILATAÇÃO EM HOMENS SAUDÁVEIS NO
REPOUSO E APÓS O EXERCÍCIO DE FORÇA

Tang et al. J Nutr (2010)


Os papéis fisiológicos do NO

Nicastro et al. Rev Bras Cienc Mov 2008; 16:115-122.


Arginina promove síntese proteica
muscular?
Síntese Total Síntese Miofibrilar

Tang et al. J Nutr (2010)


Conclusão 2

A SUPLEMENTAÇÃO DE L-ARGININA NÃO PROMOVE


SÍNTESE PROTEICA EM HOMENS SAUDÁVEIS NO
REPOUSO E APÓS O EXERCÍCOO DE FORÇA
Tang et al. J Nutr (2010)

Conclusão 3

L-ARGININA É UM EXCELENTE PLACEBO A SER UTILIZADO EM


ESTUDOS DE METABOLISMO PROTEICO E DE VASODILATAÇÃO
NO3-

NO2-

NO

NOS

CITRULINA L-ARGININA

Wylie et al. J Appl Physiol (2013)


Nitrito/Nitrato promovem
vasodilatação? O que isso quer dizer
em termos de desempenho?
PROTOCOLO EXPERIMENTAL
n Randomizado;

n Contra-balanceado;

n Cross-over;

n Placebo iso;

n 10 homens fisicamente ativos;

n 3 volumes de suco de beterraba com ou depletados de NO3-:


– 70 ml (4,2 mmol)
– 140 ml (8,4 mmol)
– 280 ml (16,8 mmol)

n Ingestão pré-treino (2,5 horas);


n 1 sessão de exercício intenso até a exaustão em ergômetro

n 2-way repeated measures ANOVA;


n Efeito principal e de interação por contraste simples;
n p < 0.05

Wylie et al. J Appl Physiol (2013)


EFEITO DOSE-RESPOSTA

Wylie et al. J Appl Physiol (2013)


Consumo de VO2

Tempo de exaustão

Wylie et al. J Appl Physiol (2013)


Conclusão 1

O suco de beterraba é vasodilatador ????

Conclusão 2
A INGESTÃO PRÉ-TREINO AERÓBIO DE SUCO DE
BETERRABA POUPA VO2 E AUMENTA O TEMPO DE
EXAUSTÃO DE MODO DOSE-RESPOSTA

Wylie et al. J Appl Physiol (2013)


Nitrito/Nitrato: Meta-análise
SELEÇÃO DE ESTUDOS
n Estudos em humanos, adultos, saudáveis;

n Publicados em periódicos peer review;

n Sem suplementos adicionais;

n Exercício controlado;

n Estudos com placebo como critério de comparação

n Suco de beterraba e nitrato de sódio são as formas mais comuns


de administração;
n Administração de 300 a 600 mg de Nitrato;
n Bolus a 15 dias de ingestão regular

n Diferenças entre médias;


n 95% CI;
n Hedge’s g (ES);
n Critério de Cohen

Hoon et al. Int J Sports Nutr Exerc Metab (2013)


Hoon et al. Int J Sports Nutr Exerc Metab (2013)
Time-trial

ES = 0.11 p = 0.427
Hoon et al. Int J Sports Nutr Exerc Metab (2013)
Teste de desempenho escalonado

ES = 0.23 p = 0.194
Hoon et al. Int J Sports Nutr Exerc Metab (2013)
Tempo de exaustão

ES = 0.79 p = 0.006

Hoon et al. Int J Sports Nutr Exerc Metab (2013)


Nitrito/Nitrato e exercício de força
PROTOCOLO EXPERIMENTAL
n Randomizado;

n Duplo-cego;
n Cross-over;
n 19 homens não treinados;

n 7 dias de ingestão de suco de beterraba ou placebo:


– 9.7 mmol/dia

n Após a última suplementação:


– Mensuração de força
– Série de contrações voluntárias e involuntárias (estimulo elétrico realizadas de modo
unilateral e isométrico em extensão de joelho

n Shapiro-Wilk;
n 2-way repeated measures ANOVA (Bonferroni post-hoc);
n Teste t pareado;
n Correção de Greenhouse-Geisser para heterogeneidadade;
n Effect size;
n Pearson R
n p < 0.05
Heider & Folland. Med Sci Sports Exerc. 2014 Dec;46(12):2234-43.
Produção de força voluntária

NS p > 0.05

Heider & Folland. Med Sci Sports Exerc. 2014 Dec;46(12):2234-43.


Força voluntária explosiva

NS p > 0.05

Heider & Folland. Med Sci Sports Exerc. 2014 Dec;46(12):2234-43.


Pico de força involuntária

ES = 0.63 p < 0.05


Heider & Folland. Med Sci Sports Exer – In Press
Conclusões

SUCO DE BETERRABA NÃO PROMOVE AUMENTO DE


FORÇA, LOGO NÃO É RECOMENDADO PARA
EXERCÍCIOS DE FORÇA

SUCO DE BETERRABA PROMOVE MELHORA NO


PADRÃO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR INVOLUNTÁRIO
EM BAIXA FREQUÊNCIA DE ESTÍMULO

Heider & Folland. Med Sci Sports Exer – In Press


L-citrulina e exercício: o que há na
literatura em humanos?
PROTOCOLO EXPERIMENTAL
n Randomizado;

n Duplo-cego;
n Cross-over;
n 10 homens, adultos e fisicamente ativos;

n Bolus de citrulina (10 g) ou alanina (placebo isonitrogenado)

n Após a última suplementação:


– Ergômetro de membros inferiores;
– 60 minutos;
– 70% da carga máxima de trabalho;

n Kolmogorov-Smirnov;
n 2-way repeated measures ANOVA (Bonferroni post-hoc);
n Friedman (Dunn’s post-hoc)
n p < 0.05

van Wijck. Med Sci Sports Exerc. 2014 Nov;46(11):2039-46.


Aminoacidemia

van Wijck. Med Sci Sports Exerc. 2014 Nov;46(11):2039-46.


Perfusão intestinal

van Wijck. Med Sci Sports Exerc. 2014 Nov;46(11):2039-46.


Citrulina e Arginina

van Wijck. Med Sci Sports Exerc. 2014 Nov;46(11):2039-46.


β-alanina (Carnosina)
O que a literatura demonstra ?
Captação e
Absorção síntese muscular

Síntese hepática
Stellingwerff et al. Amino Acids (2012)
Pontos limitantes para síntese
de carnosina

n Transporte plasmático de BA;

n Transporte intramuscular de BA;

n Atividade muscular de carnosina sintetase.

Stellingwerff et al. Amino Acids (2012)


Pontos limitantes para síntese
de carnosina

Derave et al. Sports Med (2010)


Cinética plasmática de BA

n > 800 mg pode causar parestesia transitória


(~ 60-90 min);

n Mecanismo responsável ???


Harris et al. Amino Acids (2006)

n Absorção lenta = < parestesia e 1/3 de


eliminação urinária (6 h pós consumo)
Decombaz et al. Amino Acids (2011)
Protocolos de suplementação

n PRIMEIRA EVIDÊNCIA

~ 3-6 g/dia por 4 semanas resulta em 40-65%


na [ ] carnosina muscular
Harris et al. Amino Acids (2006)
Washout de carnosina muscular

10-20 sem
n Desempenho em exercício de alta intensidade

Artioli et al. Med Sci Sports Exerc (2010)


n Responsividade a suplementação

Derave et al. Sports Med (2010)


Efeitos colaterais

n Parestesia (altas doses);

n Diminuição da captação de taurina (?)

Artioli et al. Med Sci Sports Exerc (2010)


Creatine in Health,
Medicine and Sport

Amino Acids
2011
Vol. 40
Wyss & Kaddurah-Daouk. Physiol Rev (2000)
Wallimann et al. Amino Acids (2011)
n Fornecimento de energia
Adaptado de Gaitanos et al. J Appl Physiol (1993)
Suplementação de creatina
e desempenho físico

Adaptado de Balson et al., 1993


Gualano et al. Amino Acids (2012)
n Hipertrofia e força muscular

Nissen & Sharp (2003)


Qual o momento ideal?
Retenção muscular de Cr

Jager et al. (2011)


Consumo médio de Cr

n Vegetarianos 0 g/d

n Europa e USA (média) 0,5 – 4 g/d

n Homem pré-histórico 4 – 10 g/d

n Carnívoro 5 g/d

Tannabill (1998)
Função renal
Gualano & Roschel et al. (2012)
EVIDÊNCIAS EM GRUPO DE RISCO
Efeitos da suplementação de
creatina em idosos

Neves et al. Appl Physiol Nutr Metab. 2011 Jun;36(3):419-22.


Efeitos da suplementação em DM2
SEM EFEITOS SIGNIFICATIVOS
SEM EFEITOS
SIGNIFICATIVOS
Gualano et al. Amino Acids (2012)
OK!

Me mostrem 1
estudo
randomizado,
duplo cego e com
placebo isoN

Jager et al. (2011)


As evidências não suportam a efetividade de
outras formas de creatina em comparação a
creatina monoidrato
SE O MÚSCULO É COMPOSTO
DE 60-80% ÁGUA, ELEVAR O
CONTEÚDO HÍDRICO
INTRACELULAR É UM SINAL
PARA HIPERTROFIA?
PI(3,4)P2 Swelling
PI(3
Receptor ,4 ,5)P
Hormonal 3

PDK-1 Proteínas de
IRS-1/2 PI3k membrana
- Ácido fosfatídico
- Integrinas
GLUT4 Akt - Fosfolipase D

FOXO1

GLUT4 AS160 mTOR


Atrogina-1
MuRF-1
p70S6k
4E-BP1
Proteínas
Especificidade do estímulo

Rennie (2005)
Turnover proteico muscular

Phillips et al. J Appl Physiol (2009)


Turnover proteico muscular

Phillips et al. J Appl Physiol (2009)


Síntese proteica

Burd et al. J Appl Physiol (2009)


Meta-análise

Nissen and Sharp, 2003


Meta-análise (2012)
Meta-análise (2012)
Meta-análise (2017)
Meta-análise (2017)
Quantidade de proteína

Moore et al. Am J Clin Nutr 2009


Fonte protéica
Tipos de Whey Protein
n Whey Powder
– Utilizado como ingrediente alimentar

n Whey Protein Concentrate


– Remoção de água, cinzas, lactose e alguns minerais
– > [ ] de compostos bioativos

n Whey Protein Isolate


– Forma mais pura (> 90% de pureza)
– Remoção de gordura e lactose
– Perda de proteínas na produção
Hoffman & Falvo. J Sports Sci and Med (2004)
Tipos de Whey Protein

Hoffman & Falvo. J Sports Sci and Med (2004)


Os famosos “blends”
Bolus: 25 g de Whey

Pulse: 10 doses de 2,5 g de Whey

West et al. Am J Clin Nutr (2011)


West et al. Am J Clin Nutr (2011)
West et al. Am J Clin Nutr (2011)
Macnaughton et al. Physiol Reports (2016)
Macnaughton et al. Physiol Reports (2016)
40 g de proteína (dose moderada)
70 g de proteína (dose alta)
Kim et al. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2016 Jan 1;310(1):E73-80.
Kim et al. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2016 Jan 1;310(1):E73-80.
EVINDÊNCIAS QUE CORROBORAM

“Em 7 dias de treinamento de força intenso, 0,33 g/kg/dia de whey


protein (26 a 27g) não aumenta a síntese proteica e a recuperação
muscular pós-esforço”.
1) Aumentar a ingestão de proteína afeta a composição
corporal e a função muscular em adultos saudáveis ?

2) O timing de ingestão influencia nessa associação ?


Critérios de inclusão

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Critérios de exclusão

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Nível de evidência

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Massa livre de
gordura em adultos
(p < 0,05)
Ganho < 1,0 kg

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Força muscular de membros
inferiores em adultos (p =0,06)

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Massa livre de gordura
em idosos (p < 0,05) Ganho < 1,0 kg

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Força muscular de
membros inferiores em
idosos (p > 0,05) Sem ganhos

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Força de preensão manual
em idosos (p > 0,05)

Sem ganhos

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Massa livre de
gordura em adultos
obesos (p > 0,05)
Sem ganhos

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


E o timing (periodização)
da ingestão proteica ?
Suplementação pós-exercício
(p < 0,05)

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Suplementação pré e pós-exercício
(p < 0,05)

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Suplementação longe do exercício
(p < 0,05)

Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.


Qual a conclusão sobre o
timing de ingestão proteica ?

De acordo com a literatura, os efeitos


da suplementação de proteínas sobre a
morfologia e funcionalidade muscular,
são independentes do momento de
consumo.
Grupo HBR
- Café da manhã: 0,30 g/kg de PTN
- Almoço: 0,46 g/kg de PTN
- Jantar: 0,48 g/kg de PTN
Treinamento de
força: 3x/semana
Grupo LBR
- Café da manhã: 0,12 g/kg de PTN
- Almoço: 0,45 g/kg de PTN
- Jantar: 0,83 g/kg de PTN
Elevar a ingestão proteica no café
da manhã (> 0,24 g/kg) e ao
longo do dia induz maior ganho
de massa magra em comparação
a baixa ingestão pela manhã
Wirth et al. J Nutr 2020;150:1443-1460.
Atrofia muscular e resistência
anabólica

“Responsividade anabólica reduzida em resposta a nutrientes,


especificamente, aminoácidos. Observada no estado pós-
prandial”.
Nicastro et al. Amino Acids 2011; 586(24): 6049-6061

Imobilização
Glover et al. J Physiol 2008; 586(24): 6049-6061

Envelhecimento
Rieu et al. J Physiol 2006; 575(Pt 1): 305-15
Resistência Anabólica

= Digestão =
= Absorção =
= [ ] Plasma =
= [ ] Músculo =
< Sínt. Prot. >

Nicastro et al. Amino Acids 2011; 586(24): 6049-6061


Quanto mais proteína, melhor ?
Insulinemia Leucinemia

Gorissen et al. Am J Clin Nutr (2017)


Balanço proteico muscular

Gorissen et al. Am J Clin Nutr (2017)


Balanço proteico corporal

Gorissen et al. Am J Clin Nutr (2017)


O paradigma do leite
Boutrou et al. Am J Clin Nutr (2013)
Boutrou et al. Am J Clin Nutr (2013)
Boutrou et al. Am J Clin Nutr (2013)
Conclusão:

“Clear evidence is shown of the presence of bioactive


peptides in the jejunum of healthy humans who
ingested casein. Our findings raise the question about
the physiologic conditions under which these peptides
can express their bioactivity in humans”

Boutrou et al. Am J Clin Nutr (2013)


n 500 ml de leite desnatado (745 kJ; 18,2 g
PTN; 1,5 g LIP; 23 g CHO);
n Soja (isonitrogenado, isoenergético e igual
em macronutrientes)
Efeito agudo
n 500 ml de leite desnatado (745 kJ; 18,2 g
PTN; 1,5 g LIP; 23 g CHO);
n Soja (isonitrogenado, isoenergético e igual
em macronutrientes)
Efeito crônico
• Ensaio clínico randomizado;
• Mulheres pré-menopausa, sobrepeso e obesidade;
• 1) Alta ingestão de proteína e de lácteos
• 2) Ingestão adequada de proteínas e média de lácteos
• 3) Ingestão adequada de proteínas e baixa de lácteos
• 5 dias de aeróbio e 2 dias de força por semana
Dados da intervenção nutricional
Composição corporal
Composição corporal
Força muscular
Aminoacidemia
“This Perspective provides evidence that metabolic effects of milk protein
intake have to be regarded in the context of the individual’s pre-existing
metabolic and exercise status”

“Thus, we recommend a more careful and restricted use of milk proteins,


especially in the setting of pre-existent obesity, insulin resistance as well
as sedentary life style”
E os guidelines (RDA, DRI,
ACSM, ISSN) ?
Fisicamente ativos
1,4 a 2,0 g/kg/dia

Treinados / Perda de gordura corporal


> 3,0 g/kg/dia
Fisicamente ativos
1,2 a 2,0 g/kg/dia

Prevenção de perda de MLG


> 2,0 g/kg/dia
O que eu faço depois dessa aula?
Conheça seu paciente/cliente

• Há quanto tempo treina sem interrupções ?


• Quem prescreve/acompanha o treino ?
• Como é a divisão do treino ? E por que ?
• Intensidade e volume ? E por que ?
• Evolução nos últimos meses/semanas ?
• Maturidade e consciência corporal ?
• Marcadores bioquímicos ?
• Composição corporal ?
• Maturidade e consciência alimentar ?

50% das respostas estão fora


do consultório
Agradecimentos

Contato:
@nicastroh
Participem do grupo de estudos
(link na bio)

Sigam:
@care.club
@instituto4health

Você também pode gostar