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MOSTO:

BASE PARA UMA BOA


FERMENTAÇÃO

24a Reunião Anual Fermentec


Alexandre Godoy
Divisão Microbiologia e Processos
Mosto
• Matéria - Prima para a produção do álcool
• Rendimento fermentativo é decorrente da sua qualidade
( microbiológica e física - química )
• Cada vez se fermenta com mel mais esgotado
• Diminuição do rendimento fermentativo
• Diminuição do rendimento industrial
• Necessidade de haver um equilíbrio entre produção de
açúcar e álcool ( mercado e eficiência industrial )
• Fator Básico para se obter esta condição: conhecer o
processo ( medições adequadas )
• Atuar de maneira rápida e acertada
• Aumento da Eficiência Industrial ( % RTC )
Fatores que interferem na qualidade do
mosto
• Qualidade da cana
• Qualidade do Mel
• Composição Mineral
• Lay - Out da indústria ( Pontos Mortos )
• Tratamento Térmico Eficiente
• Impurezas ( sólidos )
• Temperatura
• Viscosidade ( dextrana )
• Vazão do Mosto
• Número de Resfriadores ( trocadores de calor )
Eficiência da Fermentação:
Contaminação continua sendo
o maior problema
Aonde podemos chegar

Rendimento
91 - 92 % 90 % 88 %
Fermentação

Níveis de
contaminação 10 5 - 10 6 10 7 10 8
Vinho

* OBS: fermentação com reciclo de leveduras


Como Chegar lá?...
• Dar condições para as leveduras

• Mantê - las longe do “Stress”

• Envio de Mosto para a fermentação com


as melhores características possíveis

• Quais são estas características?


Qualidade

da

Cana
VALE DO ROSÁRIO - SAFRA 2001/2002

MOSTO DEXTRANA ppm/brix


3073

2573

2073

1573

1073

573

73
0,56 0,66 0,76 0,86 0,96 1,06
ACIDEZ CANA PCTS
Y = -3165,74545 + 5802,49728 X (** r = 0,81272)
VALE DO ROSÁRIO - SAFRA 2001/2002

3175

MOSTO DEXTRANA ppm/brix 2675

2175

1675

1175

675

175

-325
3,6 5,6 7,6 9,6
BAST. PCTS x 10^5
Y = -2083,38195 + 493,64108 X (** r = 0,77171)
VALE DO ROSÁRIO - SAFRA 2001/2002

97

FLOCULAÇÃO % 77

57

37

17

-3
252 1252 2252 3252
MOSTO DEXTRANA ppm/brix
Y = 5,02705 + 0,02388 X (** r = 0,78014)
VALE DO ROSÁRIO - SAFRA 2001/2002

71,5

71,0
CENTR. % LEV. LEITE
70,5

70,0

69,5

69,0

68,5

68,0

67,5
154 654 1154
DEXTRANA CANA ppm/brix
Y = 71,46131 - 0,00241 X (** r = -0,65010)
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

187

167
VINHO BAST. x 10^5
147

127

107

87

67

47

27

7
0,59 0,69 0,79 0,89
ACIDEZ CANA PCTS
Y = -198,12201 + 402,08426 X (* r = 0,64438)
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

87

REND. FERMENTAÇÃO % 85

83

81

79

77

75

73

71
0,59 0,69 0,79 0,89
ACIDEZ CANA PCTS
Y = 103,78218 - 31,59416 X (* r = -0,62270)
MOEMA - SAFRA 2002/2003

97
RENDIMENTO L/T

92

87

82

77

72
224 324 424 524 624 724
DEXTRANA CANA PPM
Y = 112,34113 - 0,05272 X (** r = -0,85300)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

43

38
% MEL ART/ART

33

28

23

18

13
0,48 0,68 0,88 1,08 1,28
CANA-AR %
2
Y = -7,07183 + 42,47202 X - 2,68356 X (** r = -0,82906)
Nutrientes para as
Leveduras:

Quais são?

Qual a sua Função?

Qual a Concentração?
NITROGÊNIO (N)

• Função:
– Faz parte dos aminoácidos e proteínas, das enzimas
e dos ácidos nucléicos
– NH4+ é um ativador enzimático
NITROGÊNIO (N)

• Função:
– Faz parte dos aminoácidos e proteínas, das enzimas
e dos ácidos nucléicos
– NH4+ é um ativador enzimático
NITROGÊNIO (N)
FORMAS DE N UTILIZADAS PELA LEVEDURA

50 ppm
(fermentação)
AMONIACAL NH3 NH4+
150 ppm
(multiplicação)
URÉIA (amídica)
O = C (NH2)2 UREASE

AMÍNICA (aminoácidos)
R - NH2
PAGRISA
Safra 2001/02
N amoniacal Tempo Fermentação

53
12
N amoniacal mosto

48

T. Fermentação
11
43

10
38

33 9

28 8
7 8 9 10 11 12 13

Semanas
BAIXOS TEORES DE
NITROGÊNIO OU AUSÊNCIA
• Fermento não solta a célula filha
• Fermento não multiplica bem
• Diminui tempo de fermentação
• Aumenta o acúmulo de reservas
• Diminui rendimento da fermentação
TEORES DE NITROGÊNIO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• N amoniacal: 7 a 350 ppm
FÓSFORO (P)

• Função:
– Integra moléculas informacionais (DNA e RNA) e
estruturais (membrana fosfolipídica)
– Participa ativamente nos processos de
transformação e transferência de energia química
– Necessário à multiplicação e fermentação
TEORES DE FÓSFORO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de P: 20 a 200 ppm
POTÁSSIO (K)
• Função:
– Ativador enzimático de muitas reações, inclusive via
glicolítica
– Estabilizador das membranas
– Necessário para absorção de fósforo
– Aumenta a tolerância a ionios tóxicos, inclusive H+,
controlando o pH
– Participa da absorção por troca de cationios bivalentes (zinco
e cobalto)
– Excesso, estresse no fermento, aumenta a produção de glicerol
TEORES DE POTÁSSIO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de K+ : 300 a 12.000 ppm
MAGNÉSIO (Mg)

• Função:
– Ativador enzimático de muitas reações do metabolismo da
levedura, inclusive glicólise
– Sua deficiência faz com que a célula filha não se desprenda da
célula mãe
– Sofre ação antagônica do Ca++
– Mantém integridade e permeabilidade das membranas
TEORES DE MAGNÉSIO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de Mg+ + : 80 a 3.900 ppm
ZINCO (Zn)

• Função:
– É cofator enzimático para inúmeras enzimas importantes na
fermentação e multiplicação, inclusive a importante
desidrogenase
– Absorção é feita mediante troca com 2 íons K+
– Absorção é reduzida a pH abaixo de 5
TEORES DE ZINCO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de Zn+ +: 0,45 a 9 ppm
MANGANÊS (Mn) E
COBRE (Cu)
• Função do Manganês:
– Ativador das enzimas envolvidas na síntese de proteínas e
tiamina (coenzima)
– Participa da desidrogenase alcoólica, estimulando o efeito do
zinco

• Função do Cobre:
– Como o molibdênio e boro, também em baixas
concentrações estimulam a fermentação e
multiplicação
TEORES DE MANGANÊS E
COBRE ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de Mn+ + : 2 a 8 ppm

• Forma de Cu+ + : 0,2 a 8 ppm


ENXOFRE (S)

• Função:
– Faz parte de alguns aminoácidos (cisteína, cistina e metionina)
que integram as proteínas e enzimas
ENXOFRE (S)

FORMAS: HSO3-

HSO4-
CÁLCIO (Ca)
• Função:
– Não é importante para a fermentação nem multiplicação
– Ativa ATPase e parece ajudar a manter a integridade das
membranas
– Alta concentração inibe a absorção de aminoácidos
TEORES DE CÁLCIO
ENCONTRADOS NOS
MOSTOS DE NOSSOS
CLIENTES
• Forma de Ca+ + : 150 a 2000 ppm
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

918

818
CAL g/SACO AÇÚCAR

718

618

518

418

318

218

118

18
0,84 0,94 1,04 1,14 1,24 1,34
ACIDEZ PCTS
Y = -1142,46900 + 1537,10713 X (** r = 0,75514)
BATATAIS - SAFRA 2002/2003

1057
MOSTO CALCIO

1007

957

907

857

807
15 20 25 30 35
TEMPO QUEIMA/CORTE
Y = 622,66430 + 13,19371 X (* r = 0,80459)
ALUMÍNIO (Al)
• Função:
– Não tem função benéfica para a levedura, fermentação e
multiplicação
– É tóxico para a levedura
– Em mosto de caldo de cana ou xarope, concentrações acima de
30 ppm inibem a fermentação (aumenta o tempo, diminui a
viabilidade e o rendimento)
– Em mosto de mel pode-se chegar a concentrações de até 300
ppm que não se observa toxidez. Provavelmente o alumínio é
complexado por impurezas do melaço
Qualidade do Mel:
Efeitos sobre a Fermentação
• Quantidade de mel enviada para destilaria
• Pureza do mel
• Acidez
• Contaminação bacteriana
• Níveis de Sulfito no Mosto
Quantidade de Mel Enviada
para Destilaria
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

0,30
VINHO % AR

0,25

0,20

0,15

0,10
14 19 24 29 34 39
% MEL ART/ART
Y = -0,00156 + 0,00745 X (** r = 0,91077)
ALTO ALEGRE - JUNQUEIRA - SAFRA 2002/2003

GLICEROL % ART MOSTO 5,2

4,7

4,2

3,7

3,2

2,7
40 50 60 70 80 90
% MEL ART/ART
Y = 1,62251 + 0,03827 X (* r = 0,63592)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

93,8
REND. GERAL DESTILARIA % 93,3

92,8

92,3

91,8

91,3

90,8

90,3

89,8

89,3
14 19 24 29 34 39
% MEL ART/ART
Y = 95,48090 - 0,13537 X (** r = -0,84017)
Efeito da Acidez do Mel
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

0,83

0,82
RECUP. FÁBRICA (SJM)

0,81

0,80

0,79

0,78

0,77

0,76

0,75
3,4 3,9 4,4 4,9 5,4 5,9
ACIDEZ MEL
Y = 0,66792 + 0,02660 X (** r = 0,86640)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

84

82
RECUP. FÁBRICA (SJM)

80

78

76

74

72

70
3,2 4,2 5,2 6,2 7,2
MEL-ACIDEZ
Y = 66,10056 + 2,09672 X (** r = 0,74287)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

93,8
REND. GERAL DESTILARIA % 93,3

92,8

92,3

91,8

91,3

90,8

90,3

89,8

89,3
3,2 4,2 5,2 6,2 7,2
MEL-ACIDEZ
Y = 96,52867 - 0,90054 X (** r = -0,85165)
PEDRA - SAFRA 2002/2003

97

87
VINHO BAST. x 10^5

77

67

57

47

37

27

17
3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
ACIDEZ MEL
Y = -91,22620 + 30,77690 X (** r = 0,89707)
BATATAIS - SAFRA 2002/2003

88,3
RENDIM. GLOBAL INDUSTRIA

87,8

87,3

86,8

86,3

85,8
2,6 3,1 3,6 4,1 4,6
MEL ACIDEZ
Y = 90,15697 - 0,88089 X (** r = -0,58579)
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

45

35
FLOCULAÇÃO %

25

15

-5
3,4 3,9 4,4 4,9 5,4 5,9
ACIDEZ MEL
Y = -53,65686 + 14,78630 X (* r = 0,72212)
Efeito da Pureza do Mel:
Um dos fatores que mais afetam a fermentação
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

0,30
VINHO % AR

0,25

0,20

0,15

0,10
48 53 58 63 68
MEL-PUREZA
Y = 0,79280 - 0,00967 X (** r = -0,81475)
- Importante estabelecer o equilíbrio
entre quantidade de açúcar e álcool
produzido, para não afetar o
rendimento industrial ( % RTC )

- Até que ponto vale a pena esgotar o


mel?

- Cada caso tem as suas


particularidades
Efeito da Pureza do Mel no
Rendimento da Fermentação
Pureza de Mel Rendimento

Menor que 50% 80%

50% a 60% 84%

Maior que 60% 88%


Cliente Safra 2002 / 2003

Rend.Geral Destil. Relação Sacos açúcar/álcool m3

92 3,4
91 3,3
90 3,2
3,1
89
3
88
2,9
87
2,8
86 2,7
85 2,6
84 2,5
3 4 5 6
semanas de safra
Cliente Safra 2002 / 2003

R (+) 0,86

93 70
92,5
92 65
91,5
Rend.Geral Destil.
91 60
Pureza Mel
90,5
90 55
89,5
89 50
2 3 4 5 6 7 8 9
semanas
SANTA ELISA - SAFRA 1999/2000 - UNIDADE I

REND. GERAL DESTILARIA % 92,4

91,9

91,4

90,9

90,4

89,9

89,4
20 25 30 35 40 45
% MEL ART/ART
2
Y = 83,40000 + 0,56097 X - 0,00932 X (** r = -0,70382)
BATATAIS - SAFRA 2001/2002

93,7

93,2

92,7
RTC

92,2

91,7

91,2

90,7
1,8 2,3 2,8 3,3 3,8
ACIDEZ MEL

2
Y = 88,11619 + 5,07035 X - 1,18247 X (** r = -0,78542)
DestilariaAutônoma: Mosto à base de caldo ( evaporado )

BURITI SAFRA - 2002/03

REND, FERMENTAÇÃO % 92,6


92,5
92,4
92,3
92,2
92,1
92,0
91,9
91,8
91,7
15,9 17,9 19,9 21,9
MOSTO % ART
Y = 89,97712 + 0,12230 X (** r = 0,78011)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

93,8
REND. GERAL DESTILARIA % 93,3

92,8

92,3

91,8

91,3

90,8

90,3

89,8

89,3
48 53 58 63 68
MEL-PUREZA
Y = 80,28548 + 0,18789 X (** r = 0,80354)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

3,2
GLICEROL % ART MOSTO
3,1

3,0

2,9

2,8

2,7

2,6

2,5

2,4
48 53 58 63 68
MEL-PUREZA
Y = 4,88831 - 0,03431 X (** r = -0,75804)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

3,2
GLICEROL % ART MOSTO
3,1

3,0

2,9

2,8

2,7

2,6

2,5

2,4
7,8 8,3 8,8 9,3
VINHO % ÁLCOOL
Y = 5,95435 - 0,36017 X (** r = -0,60405)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

93,8
REND. GERAL DESTILARIA % 93,3

92,8

92,3

91,8

91,3

90,8

90,3

89,8

89,3
7,8 8,3 8,8 9,3
VINHO % ÁLCOOL
Y = 72,37913 + 2,20526 X (** r = 0,71599)
CLIENTE - SAFRA 2002/2003

187

167
VINHO BAST. x 10^5
147

127

107

87

67

47

27

7
3,4 3,9 4,4 4,9 5,4 5,9
ACIDEZ MEL
Y = -179,24264 + 57,27202 X (** r = 0,86120)
Temperatura do Mosto
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

5,2

4,7
ACIDEZ PRODUZIDA

4,2

3,7

3,2

2,7

2,2

1,7
26,8 27,8 28,8 29,8
MOSTO TEMPERATURA
Y = -20,46932 + 0,82938 X (** r = 0,84875)
BATATAIS - SAFRA 2002/2003

34,0

33,0
MOSTO TEMPERATURA

32,0

31,0

30,0

29,0

28,0

27,0
20 25 30 35
TEMP. MAX. AMBIENTE
Y = 18,04283 + 0,44560 X (** r = 0,84111)
Efeito do Sulfito na
Fermentação
ALTO ALEGRE - JUNQUEIRA - SAFRA 2001/2002

93
REND. FERMENTAÇÃO %

91

89

87

85

83

81
21 121 221 321 421
MOSTO SULFITO ppm
Y = 89,46032 - 0,01460 X (** r = -0,52533)
Contaminação do Mel:
Rastreamento de Fábrica é Fundamental
Bactérias presentes no mel são as mais difíceis de controlar
na fermentação;

Mel de boa qualidade microbiológica: < 102 bactérias /mL

Pontos Mortos Fábrica:


Caixa Xarope Bombeamento Caldo
Pré-Evaporado Caixa mel
Catanduva -
Influência do mel na contaminação do mosto
250 25

200 20
Bactérias/ml

150 15
Mel(10e2)
Mosto(10e2)
100 10

50 5

0 0
1 2 3 4 5
Períodos

* Cada período corresponde a média de 4 semanas


da safra 2002 / 2003
PEDRA - SAFRA 2002/2003

VINHO VIABILIDADE 90

88

86

84

82

80
-0,2 0,3 0,8 1,3
BACTÉRIA MEL x 10^4
Y = 90,31946 - 5,67575 X (** r = -0,85396)
PEDRA - SAFRA 2002/2003

8,0

FLOCULAÇÃO % 7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0
-0,2 0,3 0,8 1,3
BACTÉRIA MEL x 10^4
Y = 2,13127 + 3,57514 X (** r = 0,82664)
Contaminação pelos Cristalizadores

53o C
Cristalizador limpo

39o C

Cristalizador com incrustração


Cliente Safra 2002 / 2003
1600
1400
1200
bactérias/ml (10e2)

1000 semana 1
800 semana 2 Cristalizador Massa A:
600 semana 3 sem procedimentos de
400 assepsia
200
0
Massa A Cristalizador "A"

1600
1400
1200
Bactérias/ml (10e2)

1000 semana 1
800 semana 2
Cristalizador Massa B:
600 semana 3 com procedimentos de
assepsia
400
200
0
Massa B Cristalizador "B"
Efeito da Contaminação do
Caldo Decantado sobre o Mosto
• Necessidade de tratamento térmico eficiente
• Verificar se fundo ( cônico ) dos decantadores não
estão frios
• Limpar decantadores nas paradas, evitando
acúmulo de lôdo
• Monitorar a recontaminação do mosto: eliminar
focos de contaminação
Fundo (cônico) do Decantador Frio:
Foco Constante de Contaminação do Caldo
Decantado e Filtrado

45o C 89 C
o 54o C
75o C
Aumento da contaminação do caldo decantado
com o decorrer da safra: acúmulo de lôdo nos
decantadores
Cliente Safra 2002/2003
Decantador Álcool

12000
Bactérias / ml (10e1)

10000
8000

6000
4000
2000
0
1 2 3 4 5
Semanas
Catanduva
Importância de se lavar o decantador
Caldo Decantado

40
35 Limpeza do decantador
Bactérias/ml (10e1)

30
25
20
15
10
5
0

semanas
TROCADORES DE CALOR
VAZÃO DE MOSTO
Efeitos sobre a Contaminação
Cliente Safra 2002/2003
Vazão mosto Bact.ml(10e5)

300 12
10
250

Bact./ml mosto
Vazão (m3/h)

8
200 6
4
150
2
100 0
12/8

2/9
29/7

5/8

19/8

26/8

9/9

16/9

23/9

30/9
Período
Efeito da Vazão do Mosto na
Fermentação
ALTA MOGIANA - SAFRA 2002/2003

2,6
GLICEROL % ART MOSTO

2,4
2,2
2,0
1,8
1,6

1,4
1,2

1,0
0,8
4,4 4,9 5,4 5,9
MOSTO TEMPO ALIM.
Y = 6,43788 - 0,88004 X (** r = -0,86786)
VO CATANDUVA - SAFRA 2002/2003

93,7
REND. GERAL DESTILARIA %

92,7

91,7

90,7

89,7

88,7
240 290 340 390
MOSTO VAZÃO M3/h
2
Y = 53,83224 + 0,21247 X - 0,00029 X (** r = -0,80542)
TROCADORES DE CALOR
Resfriamento de mosto

Unidade com 2 trocadores Unidade com 6 trocadores


de calor de calor
( 1 em operação e outro ( Baixa velocidade do mosto /
em procedimento de elevada contaminação )
assepsia com Flegmaça )
Caso de Unidade com 5 Resfriadores

Mosto
Entrada Saída Aumentos
Resfriadores Resfriadores ( No vezes )
0,7x101 2,2 x 104 3143,0 X

Média de 18 semanas
Safra 2002 / 2003
Caso de Unidade com 2 Resfriadores
( Ideal )

Mosto
Entrada Saída Aumentos
Resfriadores Resfriadores ( No vezes )
3,0x102 3,3 x 102 1,1 X

Média de 14 semanas
Safra 2002 / 2003
Unidade com 2 trocadores
de calor
( 1 em operação e outro
em procedimento de
assepsia )
Tubulação Paralela de Mosto de Alimentação
e
Sistema de Distribuição de Mosto em Anel Vertical

Usina MB

Com estes sistemas, praticamente foi eliminado a


contaminação do mosto desde a saída dos
trocadores de calor até a alimentação das dornas
DISTRIBUIDOR DE MOSTO
EM ANEL VERTICAL - Usina da Pedra
Usina Catanduva
Controle sobre a Recontaminação do Mosto
60
54
50 47 Períodos
Bact./ml (10e1)

40 41 42 40 13/5-23/6
35 37
33 33 24/6-21/7
30 27 27
25 22/7-01/9
20 15 18 02/9-29/9
15 17 13,5
4,9
10 8 6,1 8
8,2 5,4
0,6 3,9
3,4 Safra
2,5 0,9
0 2002/2003
Impurezas do Mosto

Impureza do mosto
observada ao microscópio,
em amostra de vinho

• Causa aumentos de contaminação na fermentação


• Dificulta concentração do levedo nas centrífugas
• Aumenta consumo de ácido tratamento levedo
• Diminuição viabilidade
• Queda no Rendimento Fermentativo
• Ideal: trabalhar com valores inferiores a 0,2%
Sistema de Fermentação e
seus Efeitos sobre o
Rendimento Fermentativo
Sistemas de Fermentação
Exemplo V.O - Catanduva
CONTÍNUA BATELADA
Safra 2001 Safra 2002

Safra % Rend. Bast./mL Antibiótico % Glicerol % ART


Geral Dest ( 106 ) (mg / L álc.) vinho
2001/2002 89,59 230,0 9,46 3,68 3,10

2002/2003 91,88 9,6 3,39 2,80 0,20


Diferença + 2,56 % - 24,0 x - 2,8 x - 24,0% - 15,5 x
Evolução no Rendimento
Fermentativo, a partir da
Melhoria da Qualidade da
Matéria - Prima
e
Controle da Contaminação
na Fermentação
( exemplo da Usina MB )
Redução no Tempo de Queima
Usina MB
60

50

40
Horas

30 Tempo Queima

20

10

0
96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03
Safra
Evolução no Controle da Contaminação
da Fermentação
Usina MB

300

250

200
(x10e5)

150 Bast./ml fermentação

100

50

Safra
Evolução no Rendimento Fermentativo
Usina MB

92
91,8
91,6
91,4
%

91,2 % Rend.Geral Destil.


91
90,8
90,6

safra
Para se obter elevados Rendimentos
Fermentativos, é necessário:
• Cana de boa qualidade ( entrosamento Setor
Agrícola e Industrial é fundamental )
• Indústria com condições adequadas de
transformar matéria - prima em álcool
• Conscientização e valorização de todo o
pessoal envolvido
• ( Continua...)
• Monitorar todas as etapas do processo
( metodologias / amostragens apropriadas )
• Conhecer e identificar possíveis causas
( origem ) do problema
• Manter a levedura longe do Stress
• Envio de mosto de boa qualidade para a
fermentação ( é a matéria - prima na produção
do álcool )

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