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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.............................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral..................................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos.......................................................................................................4

1.2. Metodologia..........................................................................................................................4

2. Papel do Colonialismo na Literatura Moçambicana................................................................5

2.1. Literatura...............................................................................................................................5

2.2. Literatura de Moçambique....................................................................................................5

2.2.1. Literatura colonial.............................................................................................................6

2.2.2. Literatura Nacional...........................................................................................................7

2.3. Periodização Da Literatura Moçambicana............................................................................8

2.4. O Papel do Colonialismo na literatura................................................................................11

3. Conclusão...............................................................................................................................13

4. Bibliografia.............................................................................................................................14
1. Introdução
É sabido que a literatura africana destaca se por expressar obras literárias abordando sobre
conflitos armados e questões politico-literárias, a beleza natural que circunda as terras como
também as vivências do seu povo. Nesta vertente a literatura moçambicana não distanciou se das
temáticas abordadas, porém existem pequenas distinções com as literaturas doutras regiões dadas
que as formas de manifestação dos colonizadores eram diferentes como também as fases em que
essa foi submetida.

Nesta visão, o presente trabalho aborda acerca do papel do colonialismo na literatura


moçambicana. Assim, apresenta-se o panorama da literatura moçambicana, sua periodização e
características. Em termos estruturais o trabalho esta dividido em três partes essenciais, a
primeira apresenta uma breve introdução do trabalho, na segunda etapa o próprio
desenvolvimento do trabalho, em seguida encontramos a conclusão e por fim a lista
bibliográfica.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Abordar sobre o papel do colonialismo na literatura moçambicana.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar Literatura;

 Elucidar os períodos da literatura;

 Indicar o papel do colonialismo na literatura.

1.2. Metodologia
No que diz respeito a metodologia para a realização do trabalho foi através de consultas
bibliográficas relacionadas a esta área de estudo. As obras consultadas que tornaram o trabalho
possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da conclusão, estando organizadas em
ordem alfabética.

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2. Papel do Colonialismo na Literatura Moçambicana
2.1. Literatura
Actualmente, definir Literatura parece não ser tarefa tão simples. Isso porque, a depender da
civilização em que é escrita ou ainda da época da produção, uma obra pode ou não ser
considerada literária. Recorda-se que a definição mais antiga comumente usada pelos teóricos da
Literatura é aquela construída por Aristóteles. Para o pensador grego, a Literatura seria uma
imitação ou representação da realidade mediante as palavras. Na época, o filósofo ainda dividiu a
Literatura em três categorias ou géneros clássicos – o lírico, o épico e o dramático.

De acordo com Laranjeira, (1995), “Literatura é uma palavra com origem no termo em latim
littera, que significa letra”. A literatura remete para um conjunto de habilidades de ler e escrever
de forma correcta. Existem diversas definições e tipos de literatura, que pode ser uma arte, uma
profissão, um conjunto de produções.

De todo modo, é possível dizer que Literatura é toda manifestação de linguagem que tem como
uma das finalidades a expressão estética, ou seja, é Literatura um discurso que não pretende
apenas comunicar algo, mas também construir um dizer que seja belo ou envolvente em um nível
sensível e humanamente profundo.

2.2. Literatura de Moçambique


A Literatura de Moçambique é, geralmente, a literatura escrita em língua portuguesa,
vulgarmente misturada com expressões moçambicanas -, por autores moçambicanos. É ainda
muito jovem, mas já conta com exímios representantes como José Craveirinha, Paulina Chiziane
e Mia Couto, sendo vital na exigente Literatura Lusófona.

De acordo com Trigo (1987, p. 26) a literatura produzida em Moçambique, como as demais
literaturas africanas nos países colonizados por Portugal, era uma extensão da literatura
portuguesa. Sob a forma escrita, a produção literária sedimenta-se, a partir da década de 1940,
por meio de periódicos publicados por intelectuais e escritores, em geral de contestação ao
colonialismo português, a exemplo do "Brado literário" que circulou no país entre 1918 e 1974
com textos de Rui Nogar, Marcelino dos Santos, José Craveirinha, Orlando Mendes e Virgílio
Lemos, entre outros.

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No século XIX, a imprensa e a literatura estiveram próximas, sendo a primeira uma alternativa
profissional para os escritores que não podiam sobreviver da produção literária. Em 1975,
quando alcançou sua independência política, Moçambique ainda era distante de um sistema
literário, conceito criado pelo teórico António Cândido, segundo o qual um sistema literário
passa a existir quando um grupo de escritores escreve para um público que reage influenciando-
os a produzir novas obras, e assim sucessivamente (Trigo, 1987).

Oliveira (2013) afirma que embora ténue, a linha divisória entre a literatura portuguesa e as
literaturas africanas em nossa língua era bastante bem definida por sua busca de uma identidade
nacional no contexto das lutas contra o colonialismo: pensar a identidade cultural do país não
como colónia, mas como nação independente, com autonomia política, económica, cultural e
religiosa. Entre 1964, quando teve início a luta armada de libertação nacional, até 1975, quando
Moçambique conquistou sua independência política, a literatura voltou-se para a própria história
e seus fatos, a luta armada e a revolução, a exemplo do Chigubo publicado em 1964 por
Craveirinha, cujo significado em dialecto local é “grito de guerra”.

2.2.1. Literatura colonial


O conceito de ‘literatura colonial’ refere-se àquela literatura que foi produzida desde a
colonização até às independências; remonta da época dos descobrimentos portugueses, com
cronistas como Fernão Lopes. Esta literatura descrevia, basicamente, o exótico desconhecido, as
terras (fauna e flora) estranhas, as gentes nativas e os seus costumes, isto nos séculos XV-XVI,
mas é a partir dos séculos XVIII e XIX que se manifesta uma produção da literatura colonial
com um carácter, de certo modo, regular.

Para Trigo (1987) os percursos da literatura colonial, como é sabido há todo um conjunto de
factores de ordem política, económica e social que acaba por ser determinante para o
relançamento da ocupação colonial em África no século XIX, em que as potências europeias
adoptam uma nova fórmula oposta às operações de conquista e de prestígio da colonização
tradicional".

Segundo Abranches (1947), numa das pioneiras reflexões sobre a literatura colonial, conclui que
provável seria, pois, que a actividade colonizadora tivesse também a sua representação, a sua
estética peculiar, oferecendo através da realidade criada a sua forma de arte. Seria natural dar-se
como verdadeiro o dístico desta literatura colonial. Porem, reside, portanto, nesta incontornável

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contaminação extraliterária, a grande fonte de constrangimento, de desprazer e de repúdio que a
alusão à literatura colonial fatalmente provocativa. E também várias, têm sido as interpretações
avançadas sobre a especificidade da literatura colonial.

A literatura colonial aparece como "pária" tanto para a metrópole como para a colónia. Para a
primeira, é uma literatura "fora do lugar", deslocada do espaço convencional europeu para o
espaço invadido, tomado do Outro. Para a colónia, trata-se da representação de uma visão do
mundo invadido, tomado por aquele que tem o domínio da voz e o poder da letra, (Abranches
1947, p.3).

Antes de mais nada, entenda-se a literatura colonial como se refere à que pretende contar as
reacções do branco perante o meio-ambiente do negro, isto é: a toda essa espécie de descrição
mais ou menos ficcionista que se introduz perante as pessoas imaginariamente vindas de
ambientes culturais desenvolvidos, civilizados, para meios ambientes primitivos.

2.2.2. Literatura Nacional


Segundo Trigo, (1987) a literatura produzida em Moçambique como as demais literaturas
africanas nos países colonizados por Portugal, era uma extensão da Literatura portuguesa". Sob a
forma escrita, a produção literária sedimenta-se a partir da década de 1940, por meio de
periódicos publicados por intelectuais e escritores, em geral contestação ao colonialismo
português, exemplo do “Brado literário” que circulou no país entre 1918 e 1974 com textos de
Rui Nogar, Marcelino dos Santos, José Craveirinha, Orlando Mendes e Virgílio Lemos, entre
outros.

A literatura de Moçambique, é geralmente a literatura escrita em língua portuguesa, vulgarmente


misturadas com expressões moçambicanas, por autores moçambicanos. É ainda muito jovem
mas conta com exímios representantes como José Craveirinha, Paulina Chiziane e Mia Couto,
sendo vital na exigente Literatura Lusófona.

No século XIX, a imprensa e a literatura estiveram próximas, sendo a primeira uma alternativa
profissional para os escritores que não podiam sobreviver da produção literária. Em 1975,
quando alcançou sua independência política, Moçambique ainda era distante de um "sistema
literário", conceito criado pelo teórico António Cândido, segundo o qual um sistema literário

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passa a existir quando um grupo de escritores escreve para um público que reage influenciando-
os a produzir novas obras, e assim sucessivamente

Mendonça, (1989) afirma que na prosa moçambicana, esta sim, embora jovem, considerada um
elemento vital e prodigioso na Literatura Lusófona destacam-se, primeiramente, Mia Couto,
talvez o mais influente autor moçambicano, vencedor do Prémio União Latina de Literaturas
Românicas de 2007, de importância amplamente reconhecida, visto que alguns dos seus contos
são leccionados nas escolas portuguesas, seguidamente, José Craveirinha, o aclamado vencedor
do Prémio Camões, Eusébio Sanjane, eleito Escritor do Ano de 2005 pela revista Tvzine, por
votação popular consagrando o seu sucesso junto do público, Paulina Chiziane, uma das mais
promissoras escritoras da lusofonia, embora não tenha ganho ainda qualquer prémio, Eduardo
White, associado à Associação dos Escritores Moçambicanos e um dos mais prestigiados
escritores de Moçambique, Gulamo Khan, cuja obra só foi publicada numa antologia feita
postumamente, e Reinaldo Ferreira, nacionalizado português, embora tenha nascido na antiga
Lourenço Marques e tenha escrito toda a sua obra em terras moçambicanas.

2.3. Periodização Da Literatura Moçambicana

Enquanto a periodização de Fatima Mendonca compreende três (3) períodos nomeadamente


entre 1925-1945 como o primeiro período, de 1945/47-1964 como sendo o segundo período e
finalmente de 1964-1975 como o ultimo período, Laranjeira por sua vez divide a literatura
moçambicana em cinco períodos no qual cada um deles é marcado por uma sequencia de eventos
que descrevem esses períodos. Tais eventos ou acontecimentos estão relacionados com aspectos
que influenciaram ou impulsionaram de alguma o surgimento e a expansão da literatura.

Segundo Laranjeira (2005), os períodos descrevem ou acompanham a literatura moçambicana


obedece a seguinte ordem cronológica:

O 1° periodo começa desde a instalação das colônias portuguesas ate 1924. Um ano antes de
1925 que é marcado pela publicação de “Livro da Dor” dos irmãos Joao e Albazini. Este foi um
período bastante importante na história de Moçambique sendo que a publicação deste livro
catapultou uma série de escritos produzidos por moçambicanos, que procuravam descrever os
sentimentos que dormiam dentro deles por meio de textos literários. É um período de insipiência,

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um quase deserto secular, que se modifica com a introdução do prelo, no ano de 1854, mas sem
os resultados literários verificados em Angola.

Está hoje perfeitamente assente que, ao contrário de Angola, não houve uma actividade literária
consistente e continuada, em Moçambique, até aos anos 20 do século XX. É dai que apos um
tempo, o moçambicano passa a olhar e a escrever sobre a realidade do próprio país.

O 2° período também designado por período de prelúdio, parti de 1925 (ano da publicação do
“Livro da Dor” da autoria dos irmãos João e José de Albazini como já havia mencionado
anteriormente, até o fim da II G.M (segunda Guerra Mundial)). Os poemas dispersos, nos anos
1930, de Rui de Noronha, depois publicados em livro, numa recolha duvidosa, incompleta e
sensoriamento truncada, com o título de “Sonetos” (1946), por ser o género mais cultivado por
ele.

Rui de Noronha publicou boa parte dos seus poemas entre 1932 e 1936, no jornal O Brado
Africano. A recolha póstuma de Sonetos (1946) não faz juiz à real obra do poeta. Tributário da
poesia da terceira geração romântica portuguesa, coincidente esta com o impulso renovador do
Realismo que se aproximava, vemos nesses sonetos, até pela sua forma, a atinência estrita à
tradição ocidental.

Noémia de Sousa, no seguimento dos textos soltos de Campos Oliveira (século XIX), do
jornalismo dos irmãos Albasini e de “O livro da dor” (1925), de João Albasini, e, depois, de Rui
de Noronha, além de outros, é a primeira escritora de inequívoca radicação (e radicalização)
africana, mas sem que se possa considerar que a literatura moçambicana comece com ela, que
escreve os seus poemas entre 1948 e 1951, antes de embarcar para a Europa. Sem demasiadas
preocupações cronologistas, podemos estabelecer, todavia, os anos do pós-guerra, de 1945-52,
como decisivos para uma nova literatura moçambicana.

Fonseca Amaral publicou, em 1945, os primeiros textos poéticos; Orlando Mendes, as “Cinco
poesias do Mar Índico”, na Seara Nova (1947); acrescentamos-lhes o tal poema de Noémia de
Sousa, “Canção fraterna” (1948); João Dias morreu em 1949, deixando inéditos vários contos,
publicados em livro pela CEI, em 1952; saiu o número único do jornal Msaho (1952).

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O 3º Período de 1945/47 a 1963 é descrito pela formação da literatura moçambicana, e é neste
período que encontramos o neorrealismo (inicio da literatura), e os três (3) pontos abordados no
3º período de Mendonça, também são destacados no terceiro período de Laranjeira.

Noémia de Sousa escreve todos os seus poemas (conhecidos até hoje) entre 1948 e 51. Em 1951,
circulará o seu livro poli copiado “Sangue negro”, formado por 43 poemas (mais um do que
noutra versão posterior). Em 1951, partiu para Portugal e, ao passar por Luanda, deixou uma
cópia, que seria frutuosa para os intelectuais angolanos ligados à Mensagem (1951-52) e todos os
escritores das duas décadas subsequentes.

A década de 50, sendo a de movimentos grupais, viu surgir, desde logo, a publicação de textos,
exclusivamente poéticos, em selecções e antologias. José Craveirinha é destacado nesta década,
além de Noémia de Sousa, Rui Nogar, Rui Knopfli, Virgílio de Lemos, Rui Guerra, Fonseca
Amaral, Orlando Mendes, entre outros.

O 4° Período prolonga-se desde 1964 até 1975, ou seja, entre o início da luta armada de
libertação nacional e a independência do país (a publicação de livros fundamentais coincide com
estas datas políticas). É o período de desenvolvimento da literatura, que se caracteriza pela
coexistência de uma intensa actividade cultural e literária no hinterland, no ghetto, apresentando
textos de cariz não explícita e marcadamente político (em que pontificavam intelectuais,
escritores e artistas como Eugénio Lisboa, Rui Knopfli, o português António Quadros, entre
outros) com, no outro lado, na guerrilha, inequívocos poemas anticolonialistas que teciam loas à
revolução e tematizavam a luta armada.

Em 1964, Luís Bernardo Honwana publica “Nós Matámos O Cão-Tinhoso”, um conjunto de


contos que finalmente emancipa a narrativa em relação à preponderância da poesia. Nesse
mesmo ano, sai, em Lisboa, o pequeno livro “Chigubo”, de José Craveirinha, editado pela CEI.

Ao 5° Período, entre 1975 e 1992, chamaremos de Consolidação, por finalmente passar a não
haver dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura moçambicana, contra todas as
reticências, provindas de alguns sectores dos estudos literários, e, diga-se também, contra todas
as evidências. Após a independência, durante algum tempo (1975-1982), assistiu-se, sobretudo à

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divulgação de textos que tinham ficado nas gavetas ou se encontravam dispersos. O livro típico,
até pelo título sugestivo, foi Silêncio escancarado (1982), de Rui Nogar (1935-1993).

A publicação dos poemas de Raiz de orvalho, de Mia Couto (em 1983) e, sobretudo da revista
Charrua (a partir de 1984, com oito números), da responsabilidade de uma nova geração de
novíssimos (Ungulani Ba Ka Khosa, Hélder Muteia, Pedro Chissano, Juvenal Bucuane e outros),
abriu novas perspectivas fora da literatura empenhada, permitindo-lhes caminhos até aí
impensáveis, de que o culminar foi o livro de contos Vozes anoitecidas (1986), de Mia Couto,
considerado como fautor de uma mutação literária em Moçambique, provocando polémica e
discussão acesas. A publicação de Terra sonâmbula (1992), de Mia Couto, o seu primeiro
romance, coincidente com a abertura política do regime, pode considerar-se provisoriamente o
final deste período de pós-independência.

2.4. O Papel do Colonialismo na literatura


O colonialismo é dado como o berço da literatura africana. Foi através da colonização que surgiu
a educação em África, com o objectivo de ensinar a língua portuguesa os indígenas para poderem
se comunicar. Essa educação foi conhecida como a educação colonial.

Como afirma Tiago (1987) através desta educação começam a surgir escritores africanos que já
começavam a perceber as reais intenções dos colonizadores. Em 1986 Ngugi publica sua obra
intitulada “Descolonização da mente”, deixando de escrever em inglês e passa a escrever em
Gykuyu, uma língua nativa do Quénia. Nesta obra ele explica porque deixou de escrever em
inglês, alem de achar que estava perdido ao escrever em inglês, nesta obra ele descreve todo
sofrimento que se passava naquele momento, por isso foi preso.

Além da educação, que visava formar assimilados, enfermeiros e professores que facilitavam a
comunicação entre os indígenas e os colonizadores, a imprensa também desempenhou um papel
muito importante no surgimento da das LALP, com o seu surgimento em Cabo Verde em 1842;
Angola em 1845; Moçambique em 1854; São Tomé e Príncipe em 1857 e Guiné Bissau em
1879. Esses jornais tinham títulos intencionais que mostravam revolta (Tiago, 1987).

Em 1868, em Moçambique foi fundado “Semanário O Progresso” o objectivo de ser um jornal


instrutivo, agrário, de comércio. Mas este foi encerrado em apenas dois dias porque o conteúdo
era contra os colonizadores. Mais tarde Carvalho e Silva, um militante, fundou quatro jornais,

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onde todos foram encerrados e o último foi assaltado causando a morte do director do jornal. Os
principais jornais fundados em Moçambique foram:

 O Africano (1909 – 1918);


 O Brado Africano (1918 com um pouco mais de duração que os outros);
 Itinerário (1919) e reapareceu entre 1941 – 1955.

Os três jornais tinham sido fundados pelos irmãos João e José Albasini. No que diz a educação,
nas colónias a educação era muito fraca, mesmo depois da independência. Neste período Angola
tinha 97%, Moçambique 98%, Guine Bissau 100% e Cabo Verde 78.5% de analfabetos (Tiago,
1987).

Portanto, a colonização foi a causa principal para o surgimento da literatura, pois através desta
houve a escolarização para a formação dos assimilados que tinha como missão de facilitar a
comunicação entre os colonizadores e os indígenas, com o passar do tempo os assimilados
passara a ter consciência do que estava acontecendo e dai começa produção de obras literárias
como forma de reivindicar os seus direitos que levou a guerra contra os colonos ate
independência do pais.

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3. Conclusão
Por fim, como considerações finais, pode se dizer que a definição da literatura depende do
momento histórico em que é escrita ou ainda da época da produção, uma obra pode ou não ser
considerada literária. Contudo, actualmente, a Literatura é considerada toda manifestação de
linguagem que tem como uma das finalidades a expressão estética. No que diz respeito a
Literatura de Moçambique, ela é escrita em língua portuguesa, frequentemente misturadas com
expressões moçambicanas é ainda muito jovem, mas conta com exímios representantes como
José Craveirinha, Paulina Chiziane e Mia Couto. A colonização teve um papel crucial no
surgimento da literatura moçambicana, pois através desta houve a escolarização para a formação
dos assimilados que tinha como missão de facilitar a comunicação entre os colonizadores e os
indígenas, com o passar do tempo os assimilados passara a ter consciência do que estava
acontecendo e dai começa produção de obras literárias como forma de reivindicar os seus
direitos que levou a guerra contra os colonos ate independência do país.

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4. Bibliografia
Fonseca, Maria Nazaré Soares, e Moreira, Terezinha Taborda. (23 de nov de 2015). Panorama
das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. (PDF). Consultado em 22 de Abril de 2022.
Ferrira, Manuel (1989). Literatura africana de expressão portuguesa: 2ª Ed. Lisboa: Editora
ICALP.
Laranjeira, Pires. (1995). Literatura Africana de Expressão Portuguesa. Lisboa: Universidade
Aberta.

Mendonça, Fatima (1985). Para uma periodizacao da literatura mocambicana, in Literatura


mocambicana. A história e as escritas. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane.

Oliveira, Ildenes Maria de (2013). O universo poético de Armando Artur, Tese de mestrado,
Estudos Românicos (Estudos Brasileiros e Africanos). Universidade de Lisboa, Faculdade de
Letras.

Trigo, Salvato. (1987). Literatura Colonial/Literaturas Africanas de Língua Portuguesa:


Colóquio sobre Literaturas dos Países Africanos de Língua Portuguesa. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.

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