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Ano: 3º Semestre: 1º
Conhecimento Jurídico
Discentes: Docente:
I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
De acordo com Júnior (2004), o conhecimento tem origem na conservação da vida, afinal, para
viver, precisamos pôr ordem no caos que nos rodeia. E nós determinamos, no interior do
conhecimento, o que é verdadeiro ou falso a partir dele. Conhecer é incorporar um conceito novo,
ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das
experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos
relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. O conhecimento, portanto,
não está no grau de verdade que ele possa ter, mas em seu caráter de condição para a vida.
O estudo de conhecimento jurídico é de suma importância, pois põe nos ao alcance de todos
conhecimentos jurídicos como noções básicas de direito civil, direito penal, direito constitucional,
direito tributário, direito consumidor, os meios para ter acesso ao judiciário, facilitará o acesso à
justiça, o exercício da cidadania, e a vivencia em um estado democrático. A população que não tem
contacto com um curso de Direito sabe pouco a respeito do poder judiciário, visto que a ciência
jurídica é restrita ao mundo acadêmico. Assim sendo, o presente trabalho, traz menção sobre o
conhecimento jurídico.
II. METODOLOGIA
A pesquisa usada nesta para elaboração do presente trabalho é pesquisa bibliográfica, que centra-
se na busca de materiais já publicados pelos outros autores, usou-se livros e artigos disponíveis na
internet, e para sua autenticidade estão citados e referenciados no ultimo capitulo.
O conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre sujeito que conhece
e objeto a ser conhecido.
Uma das mais importantes discussões acerca do conhecimento é sobre a possibilidade do espírito
humano de atingir a certeza. Da necessidade de responder a essa questão, surgiram duas tendências:
o dogmatismo e o ceticismo.
A palavra ceticismo vem de skeptikós que significa “que observa”, “que considera”. O cético é
aquele que observa, considera e conclui: não podemos garantir que o conhecimento é possível. Há
ainda aqueles céticos que concluem: o conhecimento é impossível.
Há gradações de ceticismo. O cético moderado admite ou uma forma relativa de conhecimento,
reconhecendo limites para a apreensão da realidade, ou que, mesmo que seja impossível encontrar
a certeza, devemos continuar buscando-a. Para o cético radical, se a certeza é impossível, é melhor
renunciar ao conhecimento, o que traz como consequência prática a indiferença absoluta em relação
a tudo.
O conhecimento humano é escalonado de acordo com o índice de abstração, até atingir o mais alto
grau de generalização: conhecimento vulgar, científico e filosófico, que seriam, respetivamente, de
primeiro, segundo e terceiro graus. Admite-se que se passe de um grau a outro do conhecimento,
do particular ao universal, do vulgar ou empírico ao científico, do científico ao filosófico e do
filosófico ao conhecimento que ainda virá. Ou seja, abre-se ao homem a capacidade de evoluir. Se
o vulgar é conhecer o que salta aos olhos, com pouco esforço de abstração ou generalização, pode
o ente cognoscente evoluir ao conhecer científico e deste ao filosófico, até o momento nível mais
alto de abstração e generalização do conhecer (Júnior, 1995).
Conhecimento Empírico;
Conhecimento filosófico;
Conhecimento teológico ou religioso;
Conhecimento científico;
Com essa possibilidade pode-se conceber conhecimento jurídico expressado pelo direito quando
este direito, do ponto de vista epistemológico nas categorias da essência e da existência, não é o
direito em si. O direito está sendo porque não para. Porque as partes envolvidas em determinada
realidade se transformam. Não ficam parados.
Permite solução do problema mediante a fixação das relações essenciais do fenômeno jurídico,
estabelecendo os pontos semelhantes, a constância dos fatos e conclusões lógicas para aplicação
ao caso específico. Por conseguinte, o conhecimento jurídico científico possibilita percepção de
dessemelhanças entre casos, não perceptíveis na abordagem unicamente pelos meios do conhecer
jurídico vulgar.
É mais alto ponto que pode cultuar o estudioso do Direito. É o conhecimento privativo dos
doutrinadores, que não se contentam em estudar o fenômeno jurídico unicamente no sistema pátrio
ou resumindo ao que lhe é requisitado no exercício profissional. O estudioso do Direito investiga
os fundamentos dos institutos, o porquê do próprio sistema, conduzindo a avanços que possibilitam
melhor desempenho e prestação jurisdicional. O trabalho do estudioso do Direito é trabalho sem
final, sem conclusão, considerando ser a matéria expressão cultural de um povo ou de uma época.
Como tal, nada é definitivo, abrindo-se à mudanças requeridas pelo clamor social, muitas vezes só
pressentidas pelo estudioso do Direito. Sem dúvida, eis um trabalho estafante, mas permeado de
realizações pessoais e profissionais (Hessen, 2003).
Uma vez que o estado exige o conhecimento da lei no artigo 3° do decreto lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942, na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, a LINDB, Ninguém se
escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece, é obrigação do mesmo disponibilizar tal
conhecimento e meios para compreensão das normas, para que assim possa exigir que essas sejam
cumpridas. O sistema jurídico precisa ser conhecido pela população para ser melhor utilizado,
A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores. O conhecimento filosófico do Direito abrange e ultrapassa o conhecimento
científico da mesma matéria. Buscam as respostas às indagações não respondidas através da
simples aplicação do texto da lei.
Feito a pesquisa, concluiu-se que o conhecimento jurídico expressado pelo direito enfrenta
mutações em duas direções: a primeira no mundo dos fatos e a segunda no mundo dos valores. O
mundo dos valores é a razão de ser do espírito e o ânimo de dado momento e reproduzido pelo
legislador. O mundo dos fatos é o mundo responsável pelo cotidiano das pessoas. Todas as vezes
que o conhecimento jurídico faz uma descoberta, está reaberta a possibilidade de aperfeiçoar aquilo
que se descobriu. Tal conhecimento progride da luta dialética entre o que é e o que deveria ser, na
medida em que o direito não é, está sendo. E assim é o conhecimento jurídico expresso pelo direito
porque a ideia de aperfeiçoamento está no homem e esse homem é constantemente mutável.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I. CRETELLA JUNÍOR, José. Introdução à Filosofia do Direito, 10ª ed. - Rio de Janeiro:
Forense, 2004.
II. CRETELLA JUNÍOR, José. Primeiras lições de direito, 6ª ed. – Rio de Janeiro: Forense,
1995.
III. HESSEN, Joannes. Teoria do conhecimento. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003
IV. REALE, Miguel, Filosofia do Direito, 12ª ed.- São Paulo: Saraiva, 1987.
V. MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicaçao do direito. 9ª ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 1981.