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I. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
1.1. Objectivos..................................................................................................................................3
2.3 Reforma......................................................................................................................................5
IV. CONCLUSÃO........................................................................................................................14
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................15
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I. INTRODUÇÃO
A Administração Pública de qualquer país e de qualquer época tem como finalidade fundamental
satisfazer, através dos seus órgãos e serviços, as necessidades colectivas das respectivas
populacões. Vários são os estudiosos que se têm dedicado a concepção de um modelo de
administração que possibilita a prossecução daquele desiderato com o emprego de menos
recursos possíveis e com dispêndio de menor tempo possível, ou seja a satisfação das
necessidades colectivas com eficiência e eficácia.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
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II. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Localização geográfica de Moçambique
Moçambique é um país da costa oriental da África Austral que tem como limites: a norte,
a Tanzânia; a noroeste, o Malaui e a Zâmbia; a oeste, o Zimbabué, a África do Sul e a Essuatíni; a
sul, a África do Sul; a leste, a secção do Oceano Índico designada por Canal de Moçambique
(wikipedia, 2022).
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2.2. Administração pública moçambicana
Por seu turno, o Decreto no. 30/2001, de 15 de Outubro, define no seu artigos 5 e 6 os princípios
de actuação dos serviços da administração pública, dos quais se pode destacar o princípio da
prossecução do interesse público e protecção dos direitos e interesses dos cidadãos; e o princípio
de justiça e de imparcialidade (República de Moçambique, 2006).
2.3 Reforma
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2.4. Evolução histórica da Administração Pública em Moçambique
O processo evolutivo da Administração Pública moçambicana, busca os seus alicerces nas várias
fases da presença Portuguesa e do jugo colonial iniciada nos finais de seculo XV (1498). Importa
destacar a descoberta de Vasco da Gama e a sua posterior fixação no litoral de Moçambique,
inicialmente como mercadores (efectuando trocas comerciais) e mais tarde como efectivos
colonizadores.
Para atingir novos objectivos, era necessário empreender uma profunda transformação dos
métodos de trabalho e de estruturação do aparelho do Estado, a fim de proporcionar a criação de
novos esquemas mentais e regras de funcionamento. A administração pública devia ser um
instrumento para a destruição de todos os vestígios do colonialismo e do imperialismo, para a
eliminação do sistema de “exploração do homem pelo homem”, tanto para a edificação da base
política, material, ideológica, cultural e social da nova sociedade”.
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Para isso, foi aprovado o primeiro instrumento normativo para organizar a Administração
Pública, o Decreto nº. 1/75 de 27 de Julho, que definia as principais funções e tarefas do
Aparelho de Estado Central.
Moçambique foi colonizado por Portugal durante várias décadas, até ao alcance da sua
independência a 25 de Junho de 1975. Este facto histórico de extrema relevância remete-nos,
inegavelmente a assumnpção de que o nosso sistema foi influenciado pelas características
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normativas portuguesas. Todavia, ao compulsarmos a nossa Constituição da República (CRM,
2004), sobre Moçambique, encontramos que ela estabelece:
Em outros diplomas legais, para além da CRM, podemos encontrar os seguintes traços
fundamentais do sistema, tais como, o privilégio de execução prévia ou poder de execução
forçada, como sendo a capacidade legal de executar actos administrativos definitivos e
executórios, mesmo perante a contestação ou resistência física dos destinatários (alínea f) do
artigo 1 do Decreto número 30/2001, de 15 de Outubro, sobre Normas de Funcionalismo
público).
Em outros diplomas legais, para além da CRM, podemos encontrar os seguintes traços
fundamentais do sistema, tais como, o privilégio de execução prévia ou poder de execução
forçada, como sendo a capacidade legal de executar actos administrativos definitivos e
executórios, mesmo perante a contestação ou resistência física dos destinatários (alínea f) do
artigo 1 do Decreto número 30/2001, de 15 de Outubro, sobre Normas de Funcionalismo
público).
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2.6. Localização geográfica de Portugal
O território dentro das fronteiras atuais da República Portuguesa tem sido continuamente
povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por lusitanos e por celtas, como os galaicos, foi
integrado na República Romana e mais tarde anexado por povos germânicos, como os suevos e
os visigodos.
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2.7. Administração Pública em Portugal
A Administração Pública pode ser definida, segundo Bilhim (2008, p 99; 2009, p. 123), como
“uma entidade social no seio da qual se desenvolvem actividades administrativas destinadas à
satisfação de necessidades colectivas, como a segurança, a cultura e o bem-estar, necessidades
essas sentidas individualmente. Essas actividades têm, à partida, uma especificidade face às
desenvolvidas por entidades privadas: a dependência instrumental do poder político”.
A administração indirecta do Estado conforme Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, “é constituída por
organismos dotados de personalidade jurídica e de órgãos e património próprio, sujeitos à tutela
do Governo, entre os quais incluem-se os Institutos Públicos, as entidades públicas empresariais,
as empresas públicas, as associações e as fundações”.
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As principais características da Administração directa do Estado, segundo Amaral (1991),
consistem “em:
Unicidade: O Estado é a única espécie deste género;
Carácter Originário: O Estado não é criado pelo poder constituído, a sua natureza não é
derivada;
Territorialidade: O Estado é parte integrante do seu território;
Multiplicidade de atribuições: Prossegue fins múltiplos;
Pluralismo de órgãos e serviços: Abrange o Governo, os seus membros, as repartições de
finanças e demais serviços do Estado;
Organização em ministérios: Órgãos e serviços do Estado-administração, ao nível central,
denominados ministérios;
Personalidade jurídica una: Apesar da multiplicidade de atribuições e dos pluralismos de
órgão e serviços, o Estado mantém uma personalidade jurídica una;
Instrumentalidade: A administração do Estado é o instrumento para o desempenho dos
fins do Estado;
Estrutura hierárquica: Existe uma hierarquia, existe um vínculo de subordinação, que
confere ao superior os poderes de direcção, supervisão e disciplina, impondo deveres aos
subordinados;
Supremacia: Como Estado-administração que é, exerce poderes de supremacia em relação
a todas as pessoas colectivas, por isso lhe chama ente público máximo ou supremo” (pp.
205-209).
Esta classificação é-nos confirmada na prática pela (DGAEP) - Direcção Geral da Administração
e do Emprego Público (2014), que distingue três grupos de entidades, na sua vertente orgânica,”
designadamente:
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Administração indirecta do Estado: Abrange entidades públicas dotadas de personalidade
jurídica com autonomia administrativa e financeira. Estas entidades desenvolvem uma
actividade administrativa que prossegue fins próprios do Estado;
Administração autónoma: Esta administração, também conhecida por regional, tem uma
matriz ao nível organizacional da administração directa e indirecta do Estado. O que as
distingue são as suas competências territoriais e materiais”.
Além do sentido orgânico, acima referido, a Administração Pública Portuguesa comporta ainda
uma vertente material, identificada pela própria actividade desenvolvida pelos seus agentes e
serviços.
A relação que estes grupos de entidades estabelecem com o Governo, órgão supremo da
Administração Pública, é diferente. Conforme estipulado pela lei n.º 4/2004, “as entidades da
Administração directa do Estado estão hierarquicamente subordinadas ao membro do Governo
(poder de direcção); as entidades da Administração indirecta do Estado estão sujeitas à sua
superintendência e tutela (poderes de orientação e de fiscalização e controlo); e as entidades que
integram a Administração Autónoma estão apenas sujeitas à tutela (poder de fiscalização e
controlo)”.
Como refere Carvalho (2008), pela primeira vez “uma resolução do Governo ousa encetar uma
reforma tão abrangente, pois delineou os parâmetros que irão limitar todo o processo de
reorganização da Administração Central do Estado, esboçando respostas para o porquê, como,
quando e por quem” (p. 190).
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Os seus principais objectivos eram:
Modernizar e racionalizar a administração central;
Melhorar a qualidade de serviços prestados pela administração;
Colocar a administração central mais próxima e dialogante com o cidadão.
Em outros diplomas legais, para além da CRM, podemos encontrar os seguintes traços
fundamentais do sistema, tais como, o privilégio de execução prévia ou poder de execução
forçada, como sendo a capacidade legal de executar actos administrativos definitivos e
executórios, mesmo perante a contestação ou resistência física dos destinatários (alínea f) do
artigo 1 do Decreto número 30/2001, de 15 de Outubro, sobre Normas de Funcionalismo
público).
Vários estudiosos argumentam que, hodiernamente, não existe um sistema, eminentemente, puro,
ou seja, nenhum país aplica um sistema de controlo puro, seja através do poder judiciário, ou
ainda através de tribunais administrativos.
Para os políticos portugueses, no período entre 1976 e 1994, foi ficando progressivamente mais
claro que a nova sociedade e a nova economia estavam dependentes do funcionamento da
administração pública.
Ao longo da segunda metade da primeira década do novo século, criou-se em Portugal um novo
estatuto para os funcionários públicos, com um novo sistema de posições remuneratórias em que
a progressão estava sobretudo dependente dos resultados obtidos no sistema integrado de
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avaliação de desempenho na administração pública (Siadap). No essencial, procurou-se
aproximar, tanto quanto possível, o regime de emprego público do existente no setor privado. De
salientar ainda que, em 2006, o Prace iniciou a redução do número de estruturas e de cargos
dirigentes. A assinatura do Memorando de Entendimento entre o governo português e a troika
levou a que durante os últimos três anos (2011 a 2013) as medidas de reforma da administração
pública aplicadas em Portugal fossem essencialmente norteadas pelas metas constantes do
documento. Na prática assistiu-se à institucionalização de um rol de medidas avulsas que
almejou, antes de mais, um imediato corte dos custos da despesa pública. Até à data, não existem
estudos que avaliem as medidas de reforma/austeridade implementadas ao longo desse triênio
que nos permitam aferir o impacto tido sobre o funcionamento da administração.
IV. CONCLUSÃO
Através do trabalho realizado, deu para perceber que, com a proclamação da Independência
Nacional em Moçambique, a Administração Pública associou-se ao modelo socialista, para suprir
a necessidade da máquina administrativa, com a escassez de mão-de-obra qualificada e neste
contexto foram recrutados muitos moçambicanos para integrarem o Aparelho do Estado, outros
para gerirem empresas que haviam sido abandonadas pelos respectivos proprietários.
A revisão da Constituição teve um marco importante, com a sua aprovação em 30 de Novembro
de 1990 o que terá trazido várias modificações no seio da Administração Pública, porque foi
nesse período em que o sistema de economia centralmente planificado conheceu os seus últimos
momentos, marcando nova era do pluralismo político e da economia do mercado em
Moçambique.
Relativamente a administração portuguesa, percebeu-se que nos anos 1990 e no início do século
XXI, a reforma administrativa em Portugal fica marcada pela coexistência, na prática, de três
modelos de administração com distintos objetivos e filosofias organizacionais: o modelo
estatutário, o modelo político e o modelo managerial, sendo o resultado dessa sobreposição a
criação de um clima de contradição, em que se privilegiava o outsorcing e o downsizing,
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propostos pelo New Public Management, ao mesmo tempo que se preconizava a necessidade da
participação dos funcionários nos processos de mudança.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Amaral, DF. (2006). Curso de Direito administrativo. Volume I.3ª Ed. Coimbra, Portugal.
República de Moçambique. 2001. Estratégia Global da Reforma do Sector Público 2001-
2011. Comissão Interministerial da reforma do Sector Público (CIRESP). 2001. Maputo,
Moçambique.
República de Moçambique. 2006. Programa da Reforma do Sector Público -II Fase
(2006-2011). Autoridade nacional da Função Pública. Maputo, Moçambique.
Estratégia de Reforma e Desenvolvimento da Administração Pública 2012-2025
(ERDAP). Ministério da Função Pública. 2012.
Desenvolvimento dos Funcionários Públicos, Maputo, Ministério da Administração
Estatal, 2002.
CRM, 2004