Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
11ª Classe
Turma: B2
Curso: Diurno
1
ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE EUGENIO MENEGON
Tema:
4º problema: Valor do conhecimento
Discentes: Docente:
Dr. Molide
Arley Estevão José Armando Nº 02
2
Índice
Introdução....................................................................................................................................4
O valor do conhecimento.............................................................................................................5
Absolutismo............................................................................................................................5
Relativismo..............................................................................................................................6
Conclusão.....................................................................................................................................8
Bibliografia..................................................................................................................................9
3
Introdução
O presente trabalho é o fruto de um trabalho colaborativo em que vários intervenientes
incansavelmente estiveram envolvidos. Este trabalho fala sobre 4o problema: Valor do
conhecimento. Temos várias questões sobre valor do conhecimento para responder estas
questões, surgem duas correntes filosóficas: Absolutismo e Realismo.
É de salientar que este trabalho está estruturado da seguinte forma: capa, contra̵ capa,
índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia
4
O valor do conhecimento
Qual é o valor do conhecimento? Será que conhecemos o objecto tal como ele é em si
mesmo, na sua realidade essencial, ou, pelo com ˗ trário, apenas conhecemos o objecto
tal como ele é para nós. Será possível o conhecimento do real em si mesmo, do ser em
si? O abuso - lutismo afirma que sim; o relativismo nega essa possibilidade.
Absolutismo
Para compreendermos o absolutismo ao nível do conhecimento, conhecemos por
esclarecer o conceito de ser. Já sabemos que a disciplina de filosófica que tem por
objecto o ser em geral é a ontologia, mas há outras disciplinas que, tradicionalmente, se
ocupam de áreas especificas do ser, como podemos ver no esquema que se segue.
Metafisica geral
METAFISICA
Metafisica especiais
Ontologia
Cosmologia
Psicologia
Mundo
Alma
Teologia natural
Ser em geral
Deus
Comecemos pelo conceito de ser. Este conceito é o mais abstracto que possuímos: é um
conceito de máxima extensão, porque se aplica a tudo o que existe ou pode existir (e até
aquilo que não existe), e de mínima compreensão, porque abstrai de qualquer
característica parti- cular, ou seja, das qualidades das coisas individuais. Por isso, do ser
apenas podemos dizer que é.
Todavia, também podemos dizer que o ser é tudo aquilo que se opõe ao nada.
Poderíamos, além disso, opor este conceito às noções de aparência, devir, etc. Mas
nesse caso talvez já estejamos a confundir o ser com sectores específicos da realidade:
Deus, a alma e o mundo. Voltamos assim ao esquema anterior.
Deus, a alma e o mundo constituem três regiões ontológicas que, durante muito tempo,
foram consideradas esferas em relação às quais podíamos obter um conhecimento
racional e cientifico. Será possível conhecer as realidades metafisicas de um modo
cientifico?
O texto permite-nos colocar em evidência três aspectos fundamentais:
O conhecimento metafisico constitui uma aspiração, uma vocação
Natural do homem;
A metafisica é a disciplina que se debruça sobre o ser em si, as últimas causas, os últimos
fundamentos, o último sentido da realidade:
Se este conhecimento é possível, então podemos conhecer as coisas em si, a sua
natureza ou essência, a verdade, os valores, o ser em si mesmos.
5
Da filosofia antiga à da Idade Média, e numa grande fracção do pensamento moderno,
muitos filósofos consideravam ser possível o conhecimento das realidades metafisicas:
Deus, a alma e o mundo (enquanto totalidade).
Isto significa que estes filósofos achavam que a razão humana tinha capacidade para
conhecer o ser em si mesmo, não se preocupando em analisar os eventuais limites dessa
capacidade.
Esta confiança na possibilidade de a razão humana apreender o ser nas suas diversas
modalidades, seja o ser divino, seja a alma humana, seja o mundo na sua totalidade,
parte do princípio de que o ser é imediatamente dado, não existindo qualquer obstáculo
à sua apreensão por parte das faculdades humanas de conhecer.
Deste modo, podemos afirmar que estas filosofias são absolutistas no que se refere ao
valor do conhecimento. O absolutismo considera ser possível o conhecimento do ser em
si. Por conseguinte, é possível ao homem obter um conhecimento absoluto e uma
verdade absoluta acerca da realidade.
Relativismo
Ao contrário do absolutismo, o relativismo é uma perspectiva segundo a qual não há ver
dados nem conhecimentos absolutos, pondo- -se assim em causa a possibilidade do
conhecimento do ser em si. O conhecimento depende dos recursos do sujeito consciente,
o que significa que é relativo a um conjunto de condições e de circunstâncias inerentes
ao sujeito.
Iniciemos esta abordagem com um exemplo simples. Suponhamos que houve um
acidente entre dois carros. A esse acidente assistiram algumas pessoas, encontrando-se
umas de um lado, outras do outro lado da faixa de rodagem. Após o acidente, sabemos
que haverá diferentes reações por parte de cada uma das pessoas presentes: umas
procurarão ajudar, outras não saberão o que fazer, etc. Estas diferentes reacções
dependem da personalidade de cada indivíduo, na sua interacção com a situação em
causa.
Se as reacções divergem, o mesmo se passa do ponto de vista cognitivo. Se
perguntarmos a um dos presentes o que viu, ou quem acha ter sido responsável pelo
acidente, a resposta poderá ser diz- tinta da de outra pessoa, sobretudo se está se
encontrava no lado oposto, tendo, portanto, uma perspectiva diferente.
Em última análise, diferentes sujeitos têm diferentes percepções da realidade. A
percepção, como já vimos, é sempre uma interpreta- cão. Como tal, o conhecimento,
pelo menos aquele que obtemos através dos sentidos (conhecimento empírico),
apresenta um carácter relativo. E o que se passará com o conhecimento cientifico,
objectivo, aquele conhecimento que a humanidade já alcançou ou pode vir a alcançar?
Será este relativo ou absoluto?
Um dos filósofos relativistas é Kant. Como já vimos, na Crítica da Razão Pura, este
filósofo tem como uma das finalidades saber como é possível a metafisica enquanto
ciência. Considerando que é próprio da razão humana tentar transpor as fronteiras da
experiência, o filósofo procurará saber se o conhecimento do que está para lá da
experiência é ou não possível.
6
Analisando as nossas faculdades de conhecimento, Kant concluiu que apenas podemos
conhecer os objectos que recebemos pela sen. civilidade, pelos sentidos. Ou seja, é no
espaço e no tempo que nós percebemos e enquadramos os objectos, chamados
fenómenos, os quais são conhecidos através dos elementos formais, a priori, do
entendimento. Sendo assim, só podemos conhecer os fenómenos ou coisas para nós -
aquilo que nos é dado no espaço e no tempo. Fora do espaço e do tempo não podemos
conhecer qualquer objecto. Nesse sentido, a possibilidade do conhecimento do ser em si
é posta em causa.
Segundo Kant, não podemos conhecer os seres que fazem parte do mundo inteligível - o
número. O número é a coisa em si mesma. Esta apenas pode ser pensada, sendo
incognoscível. Conhecemos fenómeno, mas não a coisa em si, que constitui o seu
fundamento.
Por isso, todos os raciocínios que procuram levar-nos para além do campo da
experiência são, como nos diz o texto seguinte, ilusórios e destituídos de fundamento.
O conceito de número aproxima-se do conceito de ideia. E o que são as ideias? A razão
(no seu uso lógico) é a faculdade dos raciocina-nos. Enquanto tal, ela procura o
incondicionado, isto é, algo que seja absoluto. O objectivo da razão é unificar os
conhecimentos do entendimento, englobá-los numa unidade superior. Mas, quando
impõe ao entendimento a ultrapassagem das fronteiras da experiência sensível a razão
cai em contradições e o campo destas contradições chama-se metafísica.
O incondicionado é representado por três conceitos, que Kant designa por conceitos
transcendentes da razão ou, ainda, ideias transcendentais. Kant designa por ideias
transcendentais aquelas ideias que exprimem o pensamento da totalidade da
experiência: Deus, alma e mundo (enquanto totalidade).
Dado que estes conceitos se referem a algo que nunca será objecto da experiência
sensível, também não poderemos obter qualquer conhecimento relativamente a tais
ideias. Em consequência, não é possível uma metafisica como ciência das coisas em si.
Estes conceitos servem apenas de guias reguladores do entendimento, direcionando-o
para uma unidade cada vez maior.
A imortalidade da alma e a existência de Deus não são acessíveis ao conhecimento
cientifico e objectivo; mas são, tal como a liberdade da vontade, pressupostos,
postulados ou condições da nossa vida moral. E é só nesse âmbito prático que devem ser
tidos em consideração.
7
Conclusão
Pode-se afirmar ao final deste trabalho que absolutismo considera ser possível o
conhecimento do ser em si, por conseguinte, é possível ao homem obter um
conhecimento absoluto e uma verdade absoluta acerca da realidade, enquanto que
relativismo nega essa possibilidade ao contrário do absolutismo, a qual não há verdade
nem conhecimentos absolutos.
Este pequeno estudo feito, complementara seus conhecimentos em relação ao valor do
conhecimento. Durante a realização do trabalho foi possível perceber que para melhor
realização de um determinado trabalho os estudantes devem planear e fazer sem
pressão.
8
Bibliografia
BORGES, Ferreira José Et. alii, Introdução a filosofia- 11ª Classe, plural editores,
Maputo, 2019