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ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE EUGENIO MENEGON

Trabalho em grupo de filosofia

11ª Classe
Turma: B2
Curso: Diurno

Ano lectivo 2023

Cuamba, Junho de 2023

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ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE EUGENIO MENEGON

Tema:
4º problema: Valor do conhecimento

Discentes: Docente:
Dr. Molide
Arley Estevão José Armando Nº 02

Joel Vicente Miguel Nº 19

Krisley Bramugy José Morais Nº 22

Venância Fabião Simão Nº 37

Cuamba, Junho de 2023

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Índice
Introdução....................................................................................................................................4
O valor do conhecimento.............................................................................................................5
Absolutismo............................................................................................................................5
Relativismo..............................................................................................................................6
Conclusão.....................................................................................................................................8
Bibliografia..................................................................................................................................9

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Introdução
O presente trabalho é o fruto de um trabalho colaborativo em que vários intervenientes
incansavelmente estiveram envolvidos. Este trabalho fala sobre 4o problema: Valor do
conhecimento. Temos várias questões sobre valor do conhecimento para responder estas
questões, surgem duas correntes filosóficas: Absolutismo e Realismo.

É de salientar que este trabalho está estruturado da seguinte forma: capa, contra̵ capa,
índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia

Para a materialização deste trabalho recorreu-se a consulta bibliográfica

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O valor do conhecimento
Qual é o valor do conhecimento? Será que conhecemos o objecto tal como ele é em si
mesmo, na sua realidade essencial, ou, pelo com ˗ trário, apenas conhecemos o objecto
tal como ele é para nós. Será possível o conhecimento do real em si mesmo, do ser em
si? O abuso - lutismo afirma que sim; o relativismo nega essa possibilidade.

Absolutismo
Para compreendermos o absolutismo ao nível do conhecimento, conhecemos por
esclarecer o conceito de ser. Já sabemos que a disciplina de filosófica que tem por
objecto o ser em geral é a ontologia, mas há outras disciplinas que, tradicionalmente, se
ocupam de áreas especificas do ser, como podemos ver no esquema que se segue.
 Metafisica geral
 METAFISICA
 Metafisica especiais
 Ontologia
 Cosmologia
 Psicologia
 Mundo
 Alma
 Teologia natural
 Ser em geral
 Deus
Comecemos pelo conceito de ser. Este conceito é o mais abstracto que possuímos: é um
conceito de máxima extensão, porque se aplica a tudo o que existe ou pode existir (e até
aquilo que não existe), e de mínima compreensão, porque abstrai de qualquer
característica parti- cular, ou seja, das qualidades das coisas individuais. Por isso, do ser
apenas podemos dizer que é.
Todavia, também podemos dizer que o ser é tudo aquilo que se opõe ao nada.
Poderíamos, além disso, opor este conceito às noções de aparência, devir, etc. Mas
nesse caso talvez já estejamos a confundir o ser com sectores específicos da realidade:
Deus, a alma e o mundo. Voltamos assim ao esquema anterior.
Deus, a alma e o mundo constituem três regiões ontológicas que, durante muito tempo,
foram consideradas esferas em relação às quais podíamos obter um conhecimento
racional e cientifico. Será possível conhecer as realidades metafisicas de um modo
cientifico?
O texto permite-nos colocar em evidência três aspectos fundamentais:
O conhecimento metafisico constitui uma aspiração, uma vocação
Natural do homem;
A metafisica é a disciplina que se debruça sobre o ser em si, as últimas causas, os últimos
fundamentos, o último sentido da realidade:
Se este conhecimento é possível, então podemos conhecer as coisas em si, a sua
natureza ou essência, a verdade, os valores, o ser em si mesmos.

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Da filosofia antiga à da Idade Média, e numa grande fracção do pensamento moderno,
muitos filósofos consideravam ser possível o conhecimento das realidades metafisicas:
Deus, a alma e o mundo (enquanto totalidade).
Isto significa que estes filósofos achavam que a razão humana tinha capacidade para
conhecer o ser em si mesmo, não se preocupando em analisar os eventuais limites dessa
capacidade.
Esta confiança na possibilidade de a razão humana apreender o ser nas suas diversas
modalidades, seja o ser divino, seja a alma humana, seja o mundo na sua totalidade,
parte do princípio de que o ser é imediatamente dado, não existindo qualquer obstáculo
à sua apreensão por parte das faculdades humanas de conhecer.
Deste modo, podemos afirmar que estas filosofias são absolutistas no que se refere ao
valor do conhecimento. O absolutismo considera ser possível o conhecimento do ser em
si. Por conseguinte, é possível ao homem obter um conhecimento absoluto e uma
verdade absoluta acerca da realidade.

Relativismo
Ao contrário do absolutismo, o relativismo é uma perspectiva segundo a qual não há ver
dados nem conhecimentos absolutos, pondo- -se assim em causa a possibilidade do
conhecimento do ser em si. O conhecimento depende dos recursos do sujeito consciente,
o que significa que é relativo a um conjunto de condições e de circunstâncias inerentes
ao sujeito.
Iniciemos esta abordagem com um exemplo simples. Suponhamos que houve um
acidente entre dois carros. A esse acidente assistiram algumas pessoas, encontrando-se
umas de um lado, outras do outro lado da faixa de rodagem. Após o acidente, sabemos
que haverá diferentes reações por parte de cada uma das pessoas presentes: umas
procurarão ajudar, outras não saberão o que fazer, etc. Estas diferentes reacções
dependem da personalidade de cada indivíduo, na sua interacção com a situação em
causa.
Se as reacções divergem, o mesmo se passa do ponto de vista cognitivo. Se
perguntarmos a um dos presentes o que viu, ou quem acha ter sido responsável pelo
acidente, a resposta poderá ser diz- tinta da de outra pessoa, sobretudo se está se
encontrava no lado oposto, tendo, portanto, uma perspectiva diferente.
Em última análise, diferentes sujeitos têm diferentes percepções da realidade. A
percepção, como já vimos, é sempre uma interpreta- cão. Como tal, o conhecimento,
pelo menos aquele que obtemos através dos sentidos (conhecimento empírico),
apresenta um carácter relativo. E o que se passará com o conhecimento cientifico,
objectivo, aquele conhecimento que a humanidade já alcançou ou pode vir a alcançar?
Será este relativo ou absoluto?
Um dos filósofos relativistas é Kant. Como já vimos, na Crítica da Razão Pura, este
filósofo tem como uma das finalidades saber como é possível a metafisica enquanto
ciência. Considerando que é próprio da razão humana tentar transpor as fronteiras da
experiência, o filósofo procurará saber se o conhecimento do que está para lá da
experiência é ou não possível.

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Analisando as nossas faculdades de conhecimento, Kant concluiu que apenas podemos
conhecer os objectos que recebemos pela sen. civilidade, pelos sentidos. Ou seja, é no
espaço e no tempo que nós percebemos e enquadramos os objectos, chamados
fenómenos, os quais são conhecidos através dos elementos formais, a priori, do
entendimento. Sendo assim, só podemos conhecer os fenómenos ou coisas para nós -
aquilo que nos é dado no espaço e no tempo. Fora do espaço e do tempo não podemos
conhecer qualquer objecto. Nesse sentido, a possibilidade do conhecimento do ser em si
é posta em causa.
Segundo Kant, não podemos conhecer os seres que fazem parte do mundo inteligível - o
número. O número é a coisa em si mesma. Esta apenas pode ser pensada, sendo
incognoscível. Conhecemos fenómeno, mas não a coisa em si, que constitui o seu
fundamento.
Por isso, todos os raciocínios que procuram levar-nos para além do campo da
experiência são, como nos diz o texto seguinte, ilusórios e destituídos de fundamento.
O conceito de número aproxima-se do conceito de ideia. E o que são as ideias? A razão
(no seu uso lógico) é a faculdade dos raciocina-nos. Enquanto tal, ela procura o
incondicionado, isto é, algo que seja absoluto. O objectivo da razão é unificar os
conhecimentos do entendimento, englobá-los numa unidade superior. Mas, quando
impõe ao entendimento a ultrapassagem das fronteiras da experiência sensível a razão
cai em contradições e o campo destas contradições chama-se metafísica.
O incondicionado é representado por três conceitos, que Kant designa por conceitos
transcendentes da razão ou, ainda, ideias transcendentais. Kant designa por ideias
transcendentais aquelas ideias que exprimem o pensamento da totalidade da
experiência: Deus, alma e mundo (enquanto totalidade).
Dado que estes conceitos se referem a algo que nunca será objecto da experiência
sensível, também não poderemos obter qualquer conhecimento relativamente a tais
ideias. Em consequência, não é possível uma metafisica como ciência das coisas em si.
Estes conceitos servem apenas de guias reguladores do entendimento, direcionando-o
para uma unidade cada vez maior.
A imortalidade da alma e a existência de Deus não são acessíveis ao conhecimento
cientifico e objectivo; mas são, tal como a liberdade da vontade, pressupostos,
postulados ou condições da nossa vida moral. E é só nesse âmbito prático que devem ser
tidos em consideração.

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Conclusão
Pode-se afirmar ao final deste trabalho que absolutismo considera ser possível o
conhecimento do ser em si, por conseguinte, é possível ao homem obter um
conhecimento absoluto e uma verdade absoluta acerca da realidade, enquanto que
relativismo nega essa possibilidade ao contrário do absolutismo, a qual não há verdade
nem conhecimentos absolutos.
Este pequeno estudo feito, complementara seus conhecimentos em relação ao valor do
conhecimento. Durante a realização do trabalho foi possível perceber que para melhor
realização de um determinado trabalho os estudantes devem planear e fazer sem
pressão.

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Bibliografia

BORGES, Ferreira José Et. alii, Introdução a filosofia- 11ª Classe, plural editores,
Maputo, 2019

GEQUE, Eduardo, Pré-universitário- Filosofia, 1 edição, Maputo, logman Moçambique,


2010

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