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Introdução ......................................................................................................................... 2
1.2.2. O Dogmatismo........................................................................................................ 5
Conclusão ....................................................................................................................... 15
Tendo em conta que juntos fazem parte dos «Problemas e correntes filosóficas da teoria
do conhecimento» iremos perceber como o homem chega a desenvolver o seu
conhecimento.
1. Problemas e correntes filosóficas da teoria do conhecimento
O céptico não nega que tenhamos certezas de ordem empírica, nega que
encontremos motivos suficientes para elevá-las à categoria de certezas científicas.
O céptico evita emitir juízos acerca de qualquer assunto e, por isso, suspende o
seu assentimento.
Esta atitude céptica veio a concretizar-se no período helenístico com Pirro (séc. IV
a.C.), que dizia que não devemos confiar nem nos sentidos nem na razão, é preciso
duvidar de tudo e, por isso, suspender toda a adesão, não afirmando nem negando
alguma coisa.
O Dogmatismo espontâneo supõe que conhecemos os objectos tal como eles são, que há
um perfeito acordo entre o conhecimento e a realidade. A primeira atitude do espírito
humano que deposita plena confiança nos sentidos é, ainda hoje, a atitude do vulgo, que
julga conhecer as coisas como elas são, numa atitude de crença e não entra reflexão ou
critica e, que ainda, não há qualquer problema quanto ao valor do conhecimento.
O Dogmatismo critico aparece com Sócrates (séculos V e IV a.C.) apos o conflito entre
Parménides e Heráclito que leva os sofistas a uma posição céptica acerca do valor do
conhecimento.
Este Dogmatismo coloca o conhecimento intelectual acima do sensível, pois sé este nos
dá a conhecer as manifestações da realidade que mudam continuamente e aquele que
atinge a sua natureza íntima ou essência que é imutável e, por isso, tem valor absoluto.
Para que o conhecimento seja considerado autêntico, é preciso que seja universal e
necessário e, ao mesmo tempo, se aplique à realidade, que é singular e contingente. De
onde deriva o conhecimento de modo a satisfazer essas condições?
1.3.1. O Empirismo
Esta doutrina é tipicamente inglesa. O Empirismo foi pela primeira vez exposto,
em termos nítidos, pelo filósofo John Locke (1632-1708) no seu livro Ensaio sobre
o Entendimento Humano.
Segundo Locke, antes do contacto com a experiência, o espírito é como uma tábua
rasa, na qual nada está escrito. Nesta tábua rasa vão-se inscrevendo sucessivamente os
dados da experiência.
É preciso salientar que no inatismo de Leibniz, as ideias inatas não existem aqui
perfeitamente conscientes no nosso esprito. Existem só como virtualidades ou
disposições, que se vão progressivamente consciencializando no contacto com a
experiência. Dai o inatismo virtual que caracteriza a gnosiologia leibniziana.
1.3.3. O Intelectualismo
Em tais juízos, o predicado acrescenta alguma coisa não expressa pelo sujeito;
mas a razão da atribuição do predicado ao sujeito é, unicamente, a experiência e não
uma relação essencial que os una necessariamente.
O momento fraco, segundo Kant, das duas correntes está no facto de nenhuma
delas se apresentar em condições de justificar convenientemente os juízos que
simultaneamente contém conhecimentos que vêm da experiência e os analíticos que não
resultam directamente da experiência.
Deste modo, Kant considera que a sua teoria desloca o centro clássico do
conhecimento - que era o objecto - para as estruturas perceptivas do sujeito.
1.5. A natureza do conhecimento: Realismo e Idealismo
1.5.1. O Realismo
a) Realismo ingénuo – que admite a existência das coisas tal como as percebemos.
1.5.2. O Idealismo
Apesar desta doutrina não ser totalmente nova, já encontramos vestígios dela em
Platão e S. Agostinho. Contudo, só a partir de Descartes é que esta doutrina aparece
com toda a sua crueza (Idealismo relativo). Partindo da sua dúvida metódica, cogito
ergo sum, ou traduzindo «penso, logo existo», acaba por reduzir o Homem a puro
espírito, pois, o «Eu» afirmado na intuição cartesiana não é concebido como corpo, mas
espirito.
Assim, chamamos intuição ao cogito porque, não obstante a sua aparência, não é,
de facto, um raciocínio. É que a existência não é deduzida do pensamento, mas
apreendido imediatamente nele: ao mesmo tempo que me vejo a pensar, vejo-me a
existir.
Outro filósofo, Kant, por outro lado, pode ser considerado semi-idealista.
Deste modo, se para Kant o sujeito põe as formas, não a matéria, ele é um semi-
idealista, onde a síntese a priori se transforma em síntese absoluta, criadora, em que
tanto a forma como a matéria do conhecimento são postas pelo sujeito.
Referencias Bibliográficas
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª
Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.Disponivel em:
https://www.escolamz.com/2021/01/problemas-e-correntes-filosoficas-da-teoria-do-
conheciment.html Consultado aos 04/06/2023