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Trabalho de Filosofia
Tema: Possibilidade e Impossibilidade do Conhecimento
Brigildo da Cruz 07
Gerênimo Mussalafuane 12
Kelven da Olga 17
Kelven Justino 18
Keven Xadreque 19
Wichard Valente 34
(imp)possibilidade conhecimento................................................................................1
Dogmatismo.................................................................................................................1
Formas do Dogmatismo...............................................................................................2
Cepticismo....................................................................................................................3
Pragmatismo..................................................................................................................6
Introducão
Pode o sujeito aprender o objeto? Pode atingir a verdade, a essência das coisas, ou está
condenado às suas múltiplas aparências? Existem duas correntes que respondem a este
problema: o dogmatismo (diz que sim) e o cepticismo (diz que não)
Dogmatismo
Os dogmáticos não pensam da mesma forma: uns são intransigentes nas suas posições,
outros são moderados quanto à possibilidade da mente humana conhecer ou não as
coisas. Assim podemos falar de espécies ou formas do dogmatismo: o espontâneo e o
crítico.
a) Dogmatismo espontâneo
Este supõe que o Homem conhece os objetos tal qual são e que entre o
conhecimento e a realidade há um perfeito acordo. O dogmatismo espontâneo é uma
atitude humana e psicológica de quem deposita plena confiança nos dados dos
sentidos; atitude de quem julga conhecer as coisas como elas são; é uma crença que,
como tal, não permite reflexão ou crítica sequer sobre a existência das coisas, a
partir do momento em que o espírito as cogita (pensa). Para o dogmatismo
espontâneo, que a posição ingénua do senso comum, pensar o contrário significaria
colocar em dúvida a verdade cientifica, porque pode dar-se o caso de aquilo que se
crê ser falso.
b) Dogmatismo crítico
Cepticismo
O cepticismo, como doutrina filosófica, tem as suas raízes nos sofistas (século V a.C.),
os quais, ao constatarem as contradições dos filósofos anteriores, concluíram, de forma
pessimista, que a verdade absoluta era inacessível. A título de exemplo, temos a
oposição radical entre o pensamento de Parménides e os outros eleatas (que negavam o
movimento e a transformação das coisas, considerando que não passavam de ilusão dos
sentidos) e o pensamento de Heraclito de Éfeso, que considerava uma ilusão a
permanência das coisas, sustentando que tudo se encontrava em constante mudança. A
isto, Pirron, um dos grandes expoente do cepticismo (século IV-III a.C.), afirma
categoricamente que não devemos confiar nos sentidos nem na razão, mas duvidar de
tudo e de nada, inclusive da própria dúvida.
c) A impossibilidade de demonstração
Se eu tomo como verdade que «os Moçambicanos são pacíficos», então devo provar
a minha asserção e em seguida é preciso que prove, de igual modo, a minha prova. E
a isto dirá o céptico: «prova a tua prova». Portanto, para o céptico, cada prova exige
uma outra prova e esta outra, ainda, até ao infinito. Disto podemos inferir que nunca,
para um céptico, se poderá chegar a uma asserção que seja devidamente
demonstrada, visto cada coisa ter uma infinidade de relações umas com as outras.
Por isso, não conhecemos tudo.
Importa, todavia, frisar que nem tudo é demonstrável, como o céptico pretende, e que há
verdades imediatamente evidentes, que como tal constituem fundamento da aquisição
de novas verdades. Convém notar, primeiro, que o cepticismo como doutrina filosófica,
na sua forma radical, duvida de tudo e sustenta que nada é seguro ou verdadeiro. Esta
posição é insustentável e, qualquer que seja o argumento, é contraditório pela seguinte
razão: se tudo é duvidoso, como defende o céptico, é igualmente duvidoso que tudo é
duvidoso. Afirma o filosofo cristão Santo Agostinho (século IV-V): se a verdade não
existe, é verdade que a verdade não existe e, por conseguinte, existe a verdade, a
verdade de a verdade não existir; ou, por outra, se é verdade que nada existe que seja
seguro, então é verdade que nada é seguro, por conseguinte, existe algo que é seguro, a
verdade de que nada é seguro.
A dúvida céptica é definitiva, é uma conclusão e não um ponto de partida, ela é
destrutiva e, como tal, opõe-se à dúvida metódica sustentada por Réne Descartes. É
nesse sentido que Diógenes de Laércio (século III) afirma: os cépticos passam o tempo a
destruir os dogmas das outras correntes e, em contrapartida, não estabelecem nenhum.
Enunciando ou explicando as doutrinas dos outros filósofos, não definem nada por eles
próprios, nem mesmo aquilo que se abstêm de definir.
O criticismo resulta da distinção entre a realidade tal como ela é (númeno) e a realidade
tal como nos aparece (fenómeno). De acordo com a reflexão de Kant, o intelecto
humano não está estruturado de forma a captar as propriedades do númeno, o mundo
das coisas em si. Este mundo não se adapta as esquemas do pensamento. Por isso,
somente nesta última esfera (mundo dos fenómenos) podemos falar da possibilidade do
conhecimento da verdade, que é uma verdade humana, finita e não absoluta, porque
baseada na experiência, que nunca é universal.
Para Kant, o ser humano pode conhecer as coisas do mundo das coisas materiais e
jamais conhecer as do mundo das realidades espirituais. O nosso conhecimento produz
verdades não absolutas porque dependem da experiência vivida pelo sujeito
cognoscente.
Pragmatismo
Considera-se pragmático aquele que adequa os conhecimentos aos fins práticos a que se
propõe e obtém resultados úteis e proveitosos.
Conclusão
- As correntes que respondem essa questão são: dogmatismo (sim) e cepticismo (não);
-O Criticismo de Immanuel Kant parte da distinção da realidade como ela é, e como ela
chega em nós. Em que são designadas númeno e fenómeno;