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Raciocínio Lógico

Prof. Edgar Abreu


Raciocínio Lógico

Professor: Edgar Abreu

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Sumário

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
MÓDULO 1  LÓGICA SENTENCIAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
PROPOSIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
NEGAÇÃO SIMPLES..........................................................10
CONJUNÇÃO – “E”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
DISJUNÇÃO – “OU” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
BICONDICIONAL – “... SE E SOMENTE SE ...” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3
TAUTOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
CONTRADIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
MÓDULO 2  OPERAÇÕES BÁSICAS EM LÓGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
EQUIVALÊNCIA DE CONETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
MÓDULO 3  DIAGRAMAS LÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
ARGUMENTOS VÁLIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
ARGUMENTOS QUE NÃO SÃO VÁLIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
NEGAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
RESOLVENDO PROBLEMAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
PROBLEMAS ENVOLVENDO CONJUNTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
QUESTÕES DE CONCURSO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

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Conteúdos Programácos

1. Estruturas lógicas.

2. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões.

3. Lógica sentencial (ou proposicional).

3.1. Proposições simples e compostas.

3.2. Tabelas verdade.

3.3. Equivalências.

3.4. Leis de De Morgan.

3.5. Diagramas lógicos.

4. Lógica de primeira ordem.

5. Princípios de contagem e probabilidade.

6. Operações com conjuntos.

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Módulo 1

 Lógica Sentencial

PROPOSIÇÃO

Proposição: Permite ser julgado verdadeiro ou falso. Possui um único valor lógico.

Exemplos:
• O concurso para o TCE-RS será um sucesso.
• A Prova de Raciocínio Lógico do TCE-RS será fácil.
• A Casa do Concurseiro irá aprovar os primeiros colocados.
• 7 – 5 = 10.

Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.

Exemplos:
• Será que a banca vai ser CESPE?
• Maz Bah tchê!
• Vai estudar!
• “A frase dentro desta aspa é uma mentira”.
• X + 5 = 20.

Note que as sentenças exclamativas, imperativas ou interrogativas não admitem um único valor
lógico, V ou F. Já as sentenças “4” e “5” não são proposições, pois não conseguimos atribuir um
único valor lógico a elas.
No item 5, por exemplo, se X é igual a 15, o valor lógico é V, se for diferente de 15 então o valor
lógico será F.

Conclusão: Toda proposição é uma sentença, porém nem toda sentença é uma proposição.

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NEGAÇÃO SIMPLES

Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição.


No caso de uma proposição simples, não poderia ser mais fácil: basta pôr a palavra não antes
da sentença e a tornamos uma negativa.

PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO
Eu bebo. Eu não bebo.
Os políticos não gostam do TCE-RS. Os políticos gostam do TCE-RS.

Exemplos:
Agora tente negar a proposição abaixo:
Eu não vou passar no concurso do TCE-RS.
Opção 1: Eu vou passar no concurso do TCE-RS.
Opção 2: Não é verdade que eu não vou passar no concurso do TCE-RS.
Isso mesmo, a negação de uma negação é uma afirmação!
O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~),
antecedendo a frase.
Vamos simbolizar a proposição
p = A mulher é mais eficiente que o homem.
¬p= A mulher não é mais eficiente que o homem.

CONJUNÇÃO – “E”

Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “ ^”.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e serei aprovado no concurso do TCE-RS.
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso do TCE-RS.
Conetivo: e
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^q.

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AGORA É A SUA VEZ:


Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso do TCE-RS.

H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso do TCE-RS.

H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso do TCE-RS.

H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso do TCE-RS.

p q P ^ Q 
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V

DISJUNÇÃO  “OU”
Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo
conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ∨”. Portanto, se temos a
sentença
Estudo para o concurso ou assisto ao Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: Assisto ao Big Brother.
Conetivo: ou
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p v q.

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AGORA É A SUA VEZ:
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Estudo para o concurso.
q: Assisto ao Big Brother Brasil.

H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Assisto ao Big Brother Brasil.

H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto ao Big Brother Brasil.

H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto ao Big Brother Brasil.

p q P v Q 
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

CONDICIONAL – “SE...ENTÃO”

Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo
conectivo se... então.... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ →”. Portanto,
se temos a sentença
Se estudo, então sou aprovado.
Proposição 1: Estudo. (Condição Suficiente)
Proposição 2: Sou aprovado. (Condição Necessária)
Conetivo: se.. então.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “→”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p → q.

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AGORA É A SUA VEZ:


Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Estudo.
q: Sou aprovado.

H2:
p: Não estudo.
q: Sou aprovado.

H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.

H4:
p: Estudo.
q: Não sou aprovado.

p q P → Q 
H1 V V V
H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F

BICONDICIONAL – “... SE E SOMENTE SE ...”


Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença
Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa.
Proposição 1: Maria compra o sapato. (Condição Suficiente e Necessária)
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa. (Condição Necessária e Suficiente)
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔  q

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AGORA É A SUA VEZ:
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

p q P ↔ Q 
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V

TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r,... será dita uma
tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplos:
Gabriela passou no concurso do TCE-RS ou Gabriela não passou no concurso do TCE-RS.
Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé Gotinha ou o professor Zambeli parece
com o Zé Gotinha.

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Ao invés de duas proposições, temos nos exemplos uma única proposição, afirmativa e negativa.
Vamos entender isso melhor. Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.

Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”.


Assim, podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p.

AGORA É A SUA VEZ:

H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.

H2:
p: Grêmio não vai sair campeão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.

p ~p p v ~p
H1 V F V
Logo temos uma TAUTOLOGIA!

H2 F V V

CONTRADIÇÃO

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r,... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r,... que a compõem.
Exemplos:
O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria.
Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis.

Ao invés de duas proposições, temos nos exemplos uma única proposição, afirmativa e negativa.
Vamos entender isso melhor. Exemplo:

Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.


Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.

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AGORA É A SUA VEZ:

H1:
p: Lula é o presidente do Brasil.
~p: ______________________________.

H2:
p: Lula não é o presidente do Brasil.
~p: _______________________________.

p ~p p ^ ~p
H1 V F F Logo temos uma CONTRADIÇÃO!
H2 F V F

RESUMO

Agora iremos criar tabelas com o resumo e os principais tópicos estudados neste capítulo.

SENTENÇA LÓGICA VERDADEIRO SE... FALSO SE...


p p=V p=F
~p p=F p=V

SENTENÇA LÓGICA VERDADEIRO SE... FALSO SE...


p ∧ q p e q são, ambos, verdade um dos dois for falso
p ∨ q um dos dois for verdade ambos, são falsos
p  q
→ nos demais casos que não for falso p = V e q = F
p ↔ q p e q tiverem valores lógicos iguais p e q tiverem valores lógicos
diferentes

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Módulo 2

Operações Básicas em Lógica

Equivalência de Conevos

Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente que são
equivalentes) quando são compostas pelas mesmas proposições simples e os resultados de
suas tabelas-verdade são idênticos.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, pode ser representada simbolicamente
como: p ^ q , ou simplesmente por p = q.

EQUIVALÊNCIAS:
1ª p ^ p = p
Exemplo: Professor Ed é feliz e feliz = Professor Ed é feliz.
Construindo a tabela:

P p^p
V V
F F

2ª p ou p = p
Exemplo: Joaquina foi a praia ou a praia = Joaquina foi a praia.

p p^p
V V

F F

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3ª p ↔ q = (p → q) ^ (q → p)
Exemplo:
Trabalho na Defensoria se e somente se estudar para o concurso = Se trabalho na Defensoria
então estudo para o concurso e se estudo para o concurso então trabalho na Defensoria.
Tabela

p q P→q q→p (P → q) ^ (q → p) P ↔ q

V V

F F

F V

V F

4ª p → q = (~q → ~p)


Exemplo:
Se bebo então sou rico = Se não sou rico então não bebo.

p q ~q ~p (P → q) (~q v ~p)

V V

F F

F V

V F

5ª p → q = (~p v q)
Exemplo:
Se bebo então sou rico = Não bebo ou sou rico.

p q ~p (P → q) (~p v q)
V V

F F

F V

V F

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6ª Conetivos que são comutativos (podemos trocar a ordem que a solução será a mesma): V ,
^, ↔.
Exemplos:
(p ^ q) = (q ^ p)
(p V q) = (q V p)
(p ↔ q) = (q ↔ p)

7ª Conetivo que não é comutativo (não podemos trocar a ordem): →

Exemplos:
(p ↔ q) ≠ (q ↔ p)

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Tabela:

PROPOSIÇÃO OU
NEGAÇÃO
CONETIVO
p ~p
~p p
^ v

Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.

Vamos negar a sentença abaixo:


~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ^ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ^ ~q)
~(p ^ ~q) = ~(p) ~(^) ~(~q) = (~p v q)
~(~p ^ ~q) = ~(~p) ~(^) ~(~q) = (p v q)

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Agora vamos aprender a negar uma sentença com um condicional.
Para isso devemos trabalhar com a 5ª propriedade de equivalência de conetivos demonstradas
na página 10, em que:
p → q = (~p v q)

Então temos:
~( p → q) = ~( ~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ^ ~q)

AGORA É A SUA VEZ:


Sabendo que um bicondicional é igual a dois condicionais, propriedade 3 da página 9. Tente
fazer a negação da sentença abaixo:
~( p ↔ q)

RESUMO

PROPOSIÇÃO COMPOSTA NEGAÇÃO


(p v q) (~p ^ ~q)

 (p ^ q) (~p v ~q)

(p  q) (p ^ ~q)

(p ↔ q) (p ^ ~q) v (q ^ ~p)

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Módulo 3

Diagramas Lógicos

Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma


outra proposição final, que será consequência das primeiras. Estudaremos aqui apenas os
argumentos que podemos resolver por diagrama, contendo as expressões: todo,  algum,
nenhum ou outras similares.
Exemplo:
1: Todas pessoas aposentadas pelo PF possui mais de 60 anos de idade.
2: Todas as pessoas com mais de 60 anos de idade são gastam com remédio todos os meses.

Assim, caso as proposições, argumentos, 1 e 2, estejam corretos, podemos concluir que:


Conclusão : Todos os aposentados pelo PF gastam com remédio todos os meses.
Nem todos os argumentos são válidos. Estaremos, em nosso estudo dos argumentos lógicos,
interessados em verificar se eles são válidos ou inválidos!

SIMBOLOGIA:

SENTENÇA SIMBOLOGIA
PARA TODO x  (elemento) ∀ ( x)
EXISTE x  (elemento) ∃ ( x)

ARGUMENTOS VÁLIDOS

Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem construído), quando a sua
conclusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Para concluirmos se um argumento é válido ou não, devemos olhar APENAS como ele foi
construído, sem nos prendermos ao texto ou conhecimentos prévios sobre o assunto. Abaixo
segue um exemplo de um argumento válido:
1: Todos os Policiais Federais são homens violentos.
2: Nenhum homem violento é casado.
Conclusão: Portanto, nenhum Policial Federal é casado.

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Apesar de parecer um absurdo, o argumento está correto. Se considerarmos como hipóteses
verdadeiras que os itens 1 e 2 estão corretos, a conclusão é consequencia das hipóteses, por
uma propriedade transitiva.

Para concluir se um silogismo


é verdadeiro ou não, devemos
construir conjuntos com as
premissas dadas. Para isso,
devemos considerar todos os
casos possíveis, nos limitando
a escrever apenas o que a
proposição afirma.
No exemplo acima, temos que
“Todos os Policiais Federais são
homens violentos”, mas nessa
proposição não fica claro se “Todos as pessoas violentas são Policiais Federais”. Por esse motivo,
temos sempre que trabalhar com todas as hipóteses, considerando também esse caso. Vamos
representar a proposição em conjunto. Esse conjunto mostra exatamente o que a proposição
fala.

TODA PF é violento, porém não podemos concluir que TODO violento é PF, assim, trabalhamos
com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são policiais.

2: Nenhum homem violento é casado.


Com a expressão “nenhum” a frase acima afirma que o conjunto dos casados e dos violentos
não possuem elementos comuns. Por isso, devemos construir conjuntos separados.

Logo, é correto afirmar que nenhum Policial Federal é Casado, já que esses conjuntos não
possuem elementos em comum.

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Argumentos que não são válidos

Dizemos que um argumento é


inválido – também denominado
ilegítimo, mal construído,
falacioso ou sofisma – quando
a verdade das premissas não é
suficiente para garantir a verdade
da conclusão.
Vamos considerar um exemplo
similar ao anterior, com apenas
uma pequena alteração na
proposição 2 e na conclusão.

1: Todos os Policiais Federais são homens violentos.


2: Alguns homens violentos são casados.
Conclusão: Portanto, existem Policiais Federais que são casados.

A uma primeira leitura pode


parecer um argumento
válido (silogismo), porém,
ao considerarmos todas as
hipóteses possíveis, iremos
descobrir que as proposições
são insuficientes para a
conclusão, tratando então
de uma falácia.
Representação do
argumento 1: Todos os
Policiais Federais são
homens violentos.

Lembre-se que: TODA PF é violento, porém não podemos concluir que TODO violento é PF,
assim, trabalhamos com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são Policiais.

Podemos representar a hipótese 2 de duas formas, uma como a “banca” quer que você
entenda, de maneira errada, conforme abaixo:

2: Alguns homens violentos são casados

Assim existiria um conjunto “X” de policiais que são violentos e casados.


Portanto, poderíamos concluir existem Policiais Federais que são Casados.

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Mas devemos considerar todas as hipóteses, imagine que os conjuntos sejam divididos da
forma abaixo:
Neste exemplo, todo policial federal é violento, alguns violentos são casados, ou seja, as
hipóteses são satisfeitas.

Mas não existem policiais casados. Assim a conclusão é precipitada!

As Proposições da forma Algum A é B  estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um


elemento em comum com o conjunto B.

As Proposições da forma Todo A é B estabelecem que o conjunto A é um subconjunto de B.


Note que não podemos concluir que A = B, pois não sabemos se todo B é A.

NEGAÇÃO

Como negar estas Proposições:

PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO
TODO ALGUM OU EXISTE PELO MENOS
ALGUM NENHUM
NENHUM ALGUM, OU EXISTE PELO MENOS UM

Exemplos:

PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO
Todo A é B Algum A não é B ou Existe pelo menos um A que não seja B
Algum A é B Nenhum A é B

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RESOLVENDO PROBLEMAS
As questões de lógica cobradas em concursos, em geral, são textos formados por proposições
e conetivos.
Para resolver qualquer questão é necessário “traduzir” o texto para uma linguagem lógica,
operar dentro desta linguagem e no final traduzir da linguagem lógica de volta para o texto,
conforme modelo abaixo:

Exemplo 4.2.1:
A negação da sentença: Se Teobaldo estuda então será aprovado no concurso.

Passo 1: Simbolizar as proposições acima.


p: Teobaldo estuda.
q: Teobaldo é aprovado no concurso.
Conetivo: Se então (condicional).

Passo 2: Representar logicamente a sentença: (p → q)

Passo 3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica:


~(p→q) = ~(~p v q) Lembrar da propriedade de equivalência.
~(~p v q) = (p ^ ~q) Negar as proposições e o conetivo.

Passo 4: traduzir da lógica para o texto novamente


p: Teobaldo estuda.

^ = e
q = Teobaldo não é aprovado no concurso. (Poderia usar também a expressão: não é verdade
que Teobaldo é aprovado no concurso.)
Juntando tudo temos a negação da sentença que será: “ Teobaldo estuda e não é aprovado no
concurso.”

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Exemplo 4.2.2: (CESPE – DETRAN/ES – 2010)
A negação da proposição “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um
acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente à afirmação “Dirija após ingerir
bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito”.
 1: Simbolizar as proposições acima
~p: não dirija após ingerir bebidas alcoólicas (note que a proposição p possui um não em seu
texto, por isso estamos representando por ~p ao invés de usar somente p)
q: Você pode causar um acidente de trânsito
Conetivo: ou (conjunção)

2: Representar logicamente a sentença: (~p v q)

3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica:


~(~p v q) = (p ^ ~q) Negar as proposições e o conetivo
4: traduzir da lógica para o texto novamente
p: Dirija após ingerir bebidas alcoólicas.

^ = e
q = Você não causará um acidente de trânsito.
Juntando tudo, temos a negação da sentença que será:“Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e
você não causará um acidente de trânsito”.

Exemplo 4.2.3:
Qual a negação da sentença: “Estudo se e somente se não chover”.
Esta parece simples, mas é trabalhosa. Temos que transformar esta bicondicional em duas
condicionais e negar.
1: Simbolizar as proposições acima.
p: Estudo.
~q: não chover.
Conetivo: bicondicional (↔).

2: Representar logicamente a sentença: (p ↔ ~q).

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3: Aplicando propriedades de lógica:

RESOLUÇÃO EXPLICAÇÃO
~(p ↔ ~q) =~[ (p → ~q) ^ (~q → p)] Propriedade de equivalência do bi condicional
~(p → ~q) ~(^) ~(~q → p) Negar TUDO (distributividade)

~(~pv~q) v ~(qvp) Negamos a disjunção e usamos a propriedade


de equivalência do condicional
(p^q) v (~q^~p) Negamos as duas expressões

4: traduzir da lógica para o texto novamente


p: estudo
~p: não chove
q: chove
~q: não chove

^ = e
v = ou
Juntando tudo temos a negação da sentença que será:
“Estudo e chove ou não estudo e não chove”.
Agora iremos estudar como resolver as questões com argumentos que não  utilizam as
expressões: todos, nenhum ou algum.

Exemplo 4.3.1
Se prova é fácil, então sou funcionário do TCE-RS.
Não sou funcionário do TCE-RS.
Sabendo que as duas proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que: “A prova não
é fácil”.

Resolução:
1: Simbolizar as proposições acima.
p: A prova é fácil.
q: Sou funcionário do TCE-RS.
~q= não sou funcionário do TCE-RS.
Conetivo: condicional (→).

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2: Representar logicamente a sentença:
(p → q) = V
~q = V

3: Aplicando propriedades de lógica:


Ora, se ~q = V logo q = F. Assim temos a seguinte situação:

p → q

? V F

Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda
falsa.
Como a segunda proposição é FALSA e este condicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a
primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F.
4: traduzir da lógica para o texto novamente: “a prova não é fácil”.

Exemplo 4.3.2

1. Robinho come ou dorme.

2. Se Robinho come então não joga bola.

3. Robinho joga bola.


Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade que:
“Robinho dorme”.

Resolução:
1: Simbolizar as proposições acima.
p: Robinho come.
q: Dorme.
~r= não joga boa.
r: Joga bola.
Conetivos: condicional →) e disjunção ( V ).

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TCE – Raciocínio Lógico – Prof. Edgar Abreu

2: Representar logicamente a sentença:


(p v q) = V
(p → ~r) = V
r=V
3: Aplicando propriedades de lógica:
Ora, se r = V logo ~r = F.
Vamos fixar ~r=F e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de P, sabendo que o
condicional deve ser verdadeiro.

hipóteses p → ~r

h1 V F F

h2 F V F

Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda
falsa.
Como a segunda proposição é FALSA e este condicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a
primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F.
Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de
q, sabendo que a sentença como todo é verdadeira

hipóteses p v q

h1 F F F

h2 F V V

Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro já
que a disjunção para ser verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser verdadeiras.
Assim concluímos que q=V

4: Traduzir da lógica para o texto novamente: “Robinho dorme”.

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Exemplo 4.3.3
Rejão não é bruto ou habilidoso.
Rejão não é bruto se e somente se Carruira é habilidoso.
Carruira é habilidoso.
Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade que:
“Rejão é habilidoso.”
1: Simbolizar as proposições acima.
~p: Rejão não é bruto.
q: Rejão é habilidoso.
~p= Rejão não é bruto.
r: Carruira é habilidoso.

Conetivos: condicional (→) e disjunção ( v).

2: Representar logicamente a sentença:


(~p v q) = V
(~p ↔ r) = V

r=V
3: Aplicando propriedades de lógica:
Ora, se r = V vamos fixar r=V e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de ~p,
sabendo que o bicondicional deve ser verdadeiro.

hipóteses ~p ↔ r

h1 V F F

h2 F V F

Como sabemos o bicondicional será falso se as duas proposições tiverem valores lógicos
diferentes. Para que o bicondicional seja verdadeiro é necessário que ambas proposições
tenham o mesmo valor lógico.
Como a segunda proposição é FALSA e este bicondicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a
primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F.
Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de
q, sabendo que a sentença como todo é verdadeira.

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TCE – Raciocínio Lógico – Prof. Edgar Abreu

hipóteses p v q

h1 F F F

h2 F V V

Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro
 já que para que a disjunção seja verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser
verdadeiras.
Assim concluímos que q=V
4: Traduzir da lógica para o texto novamente: “Rejão é habilidoso”.

Exemplo 4.4.1: Considere a seguinte proposição: “Se o Policial é honesto, então o Policial é
Honesto ou Médico é trabalhador”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição
caracteriza uma tautologia.
p= Policial é honesto.
q = Médico é trabalhador.

Resolvendo:
p → (p v q) Sentença dada
~p v ( p v q) propriedade da igualdade de um condicional
( ~p v p) v q Associação
Verdade v q Tautologia (sempre será verdadeiro)
Verdade Verdadeiro sempre.

Logo estamos diante de uma Tautologia.

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PROBLEMAS ENVOLVENDO CONJUNTOS
Alguns problemas de raciocínio lógico, precisam de uma representação em diagramas para sua
resolução.
A grande dificuldade destes problemas é identificar as informações e representa-las de maneira
correta nos conjuntos.
Vamos a um exemplo:  Considere que um grupo de “N” alunos estão estudando para os
concursos do TCE-RS, Receita Federal e Polícia Federal. Sabendo que dentre estes alunos,
alguns estão realizaram as provas para mais de um concurso. Vamos representar isso através de
conjuntos.

TCE-RS N

Y N
W
X
Z O
PF
Rec, Fed

Onde:
N = Número total de alunos.
X = Número de alunos que prestaram concurso apenas para a Receita Federal.
M = Número de alunos que prestaram concurso apenas para a TCE-RS.
O = Número de alunos que prestaram concurso apenas para a Polícia Federal.
Y = Número de alunos que prestaram concurso para Receita e para o TCE-RS.
Z = Número de alunos que prestaram concurso para Receita e para a Polícia Federal.
N = Número de alunos que prestaram concurso para Polícia e para o TCE-RS.
W = Número de alunos que prestaram todos os concursos.
L = Número de alunos que não prestaram nenhum dos concursos.
X+Y+W+Z =Total de alunos que prestaram o concurso da Receita Federal.
M+Y+W+N =Total de alunos que prestaram o concurso do TCE-RS.
O+N+W+Z =Total de alunos que prestaram o concurso da Polícia Federal.
M+X+O+Z+Y+N+W+L = Numero total de alunos “N”.

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Questões

POLÍCIA FEDERAL 2009 - CESPE 5. A sequência de proposições a seguir


constitui uma dedução correta.
• Se Carlos não estudou, então ele
1. Considere as proposições A, B e C a seguir. fracassou na prova de Física.
• Se Carlos jogou futebol, então ele não
a) Se Jane é policial federal ou
estudou.
procuradora de justiça, então Jane foi
• Carlos não fracassou na prova de Física.
aprovada em concurso público.
b) Jane foi aprovada em concurso público. Carlos não jogou futebol.
c) Jane é policial federal ou procuradora
de justiça.
Nesse caso, se A e B forem V, então C BANCO DO BRASIL 2007 - CESPE
também será V.

2. As proposições “Se o delegado não prender 6. É correto o raciocínio lógico dado pela
o chefe da quadrilha, então a operação sequência de proposições seguintes:
agarra não será bem-sucedida” e “Se o
delegado prender o chefe da quadrilha, Se Antônio for bonito ou Maria for alta,
então a operação agarra será bem-sucedida” então José será aprovado no concurso.
são equivalentes Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.
3. Considere que um delegado, quando foi
interrogar Carlos e José, já sabia que, na 7. É correto o raciocínio lógico dado pela
quadrilha à qual estes pertenciam, os sequência de proposições seguintes:
comparsas ou falavam sempre a verdade ou
sempre mentiam. Considere, ainda, que, no Se Célia tiver um bom currículo, então ela
interrogatório, Carlos disse: José só fala a conseguirá um emprego.
verdade, e José disse: Carlos e eu somos de Ela conseguiu um emprego.
tipos opostos. Nesse caso, com base nessas
declarações e na regra da contradição, seria Portanto, Célia tem um bom currículo.
correto o delegado concluir que Carlos e
José mentiram. 8. Na lista de frases apresentadas a seguir, há
exatamente três proposições.
4. Se A for a proposição “Todos os policiais são • “A frase dentro destas aspas é uma
honestos”, então a proposição ¬A estará mentira.”
enunciada corretamente por “Nenhum • A expressão X + Y é positiva.
policial é honesto”.
• O valor de .
• Pelé marcou dez gols para a seleção
brasileira.
• O que é isto?

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9. A proposição funcional “Para qualquer x,
tem-se que é verdadeira para 15. Uma expressão da forma é uma
proposição que tem exatamente as mesmas
todos os valores de x que estão no conjunto
valorações V ou F da proposição A → B.
.

16. Considere que as afirmativas “Se Mara


10. A proposição funcional “Existem números que acertou na loteria então ela ficou rica” e
são divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para “Mara não acertou na loteria” sejam amb
elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 16}. as proposições verdadeiras. Simbolizando
adequadamente essas proposições pode-
11. Duas pessoas carregam fichas nas cores branca se garanr que a proposição “Ela não cou
e preta. Quando a primeira pessoa carrega rica” é também verdadeira.
a ficha branca, ela fala somente a verdade,
mas, quando carrega a ficha preta, ela fala 17. A proposição simbolizada por (A→B)→(B → A)
somente mentiras. Por outro lado, quando possui uma única valoração F.
a segunda pessoa carrega a ficha branca, ela
fala somente mentira, mas, quando carrega a
ficha preta, fala somente verdades. 18. Considere que a proposição “Sílvia
ama Joaquim ou Sílvia ama Tadeu” seja
Com base no texto acima, julgue o item a verdadeira. Então pode-se garantir que a
seguir. proposição “Sílvia ama Tadeu” é verdadeira.
Se a primeira pessoa diz “Nossas fichas não
são da mesma cor” e a segunda pessoa diz
“Nossas fichas são da mesma cor”, então, BANCO DO BRASIL 2008 - CESPE
pode-se concluir que a segunda pessoa está
dizendo a verdade 19. A negação da proposição A → B possui os
mesmos valores lógicos que a proposição A
12. Considere as seguintes proposições: ^ (¬B).
P: “Mara trabalha” e Q: “Mara ganha
20. Considere que A seja a proposição “As
dinheiro”
palavras têm vida” e B seja a proposição
Nessa situação, é válido o argumento em “Vestem-se de significados”, e que sejam
que as premissas são “Mara não trabalha ou consideradas verdadeiras. Nesse caso, a
Mara ganha dinheiro” e “Mara não trabalha”, proposição A ^ (¬B) é F.
e a conclusão é “Mara não ganha dinheiro”

21. A negação da proposição “As palavras


13. Há duas proposições no seguinte conjunto mascaram-se” pode ser corretamente
de sentenças: expressa pela proposição “Nenhuma palavra
(I) O BB foi criado em 1980. se mascara”.
(II) Faça seu trabalho corretamente.
22. A proposição “Se as reservas internacionais
(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade em moeda forte aumentam, então o país
fica protegido de ataques especulativos”
14. A proposição simbólica (P^Q) vR possui, no pode também ser corretamente expressa
máximo, 4 avaliações por “O país ficar protegido de ataques
especulativos é condição necessária para
que as reservas internacionais aumentem”.

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TCE – Raciocínio Lógico – Prof. Edgar Abreu

23. A proposição “Se o Brasil não tem reservas de mulheres que trabalhavam no campo
de 190 milhões de dólares, então o Brasil era maior que o percentual de mulheres
tem reservas menores que as da Índia” tem que trabalhavam em serviços, em 2007”.
valor lógico F. Atribuindo valores lógicos, V ou F, à
proposição A e à proposição B, de acordo
com o referido texto, pode-se garantir que a
24. Toda proposição simbolizada na forma proposição (¬A) B é V.
A→B tem os mesmos valores lógicos que a
proposição B→A.
30. Atribuindo-se todos os possíveis valores
lógicos V ou F às proposições A e B, a
25. A proposição “Existem países cujas reservas
ultrapassam meio bilhão de dólares” é F proposição terá três valores
quando se considera que o conjunto dos lógicos F.
países em questão é {Brasil, Índia, Coréia do
Sul, Rússia}.
31. Considerando-se como V a proposição “Sem
linguagem, não há acesso à realidade”,
26. Considerando como V as proposições “Os conclui-se que a proposição “Se não há
países de economias emergentes têm linguagem, então não há acesso à realidade”
grandes reservas internacionais” e “O Brasil é também V.
tem grandes reservas internacionais”, é
correto concluir que a proposição “O Brasil
32. Se o valor lógico da proposição “Se as
é um país de economia emergente” é V.
operações de crédito no país aumentam,
então os bancos ganham muito dinheiro” é
27. A frase “Quanto subiu o percentual de V, então é correto concluir que o valor lógico
mulheres assalariadas nos últimos 10 anos?” da proposição “Se os bancos não ganham
não pode ser considerada uma proposição. muito dinheiro, então as operações de
crédito no país não aumentam” é também V.
28. Suponha um argumento no qual as
premissas sejam as proposições I e II abaixo. 33. A negação da proposição “Existe banco
brasileiro que fica com mais de 32 dólares
I – Se uma mulher está desempregada, de cada 100 dólares investidos” pode ser
então, ela é infeliz. assim redigida: “Nenhum banco brasileiro
II – Se uma mulher é infeliz, então, ela vive fica com mais de 32 dólares de cada 100
pouco. dólares investidos”.
Nesse caso, se a conclusão for a proposição
“Mulheres desempregadas vivem pouco”, 34. Se a proposição “Algum banco lucra mais
tem-se um argumento correto. no Brasil que nos EUA” tiver valor lógico V, a
proposição “Se todos os bancos lucram mais
29. Considere que A seja a proposição “O nos EUA que no Brasil, então os correntistas
número de mulheres no mercado de têm melhores serviços lá do que aqui” será F.
trabalho mundial atingiu 1,2 bilhão, em
2007” e B seja a proposição “O percentual
   4
  E
  3
 .
   C
  3
  3
 .
   C
   2
  3
 .
   C
   1
  3
 .    0
  E
  3
 .    9
  E
   2
 .
   C
   8
   2
 .
   C
   7
   2
 .    6
  E
   2
 .   E
   2
  5
 .    4
  E
   2
 .   E
   2
  3
 .
   C
   2
   2
 .    1
  E
   2
 .
   C
   0
   2
 .
   C
   9
   1
 .    8
  E
   1
 .
   C
   7
   1
 .
   6
  E
   1
 .
   C
   1
  5
 .    4
  E
   1
 .
   C
   1
  3
 .    2
  E
   1
 .
   C
   1
   1
 .    0
  E
   1
 .    9
  E
 .
   8
  E
 .
   7
  E
   C
 .   6
   C
 .   5
 .
   4
  E
   C
 .   3
 .
   2
  E
 .
   1
  E
 .
   o
  t
 :
   b
  r
  a
 i
   G
  a

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35. (TCE-RS-ES – 2012) Considerando as 40. (TCE-RS-ES – 2012) Na auditoria de uma
definições acima e a proposição: empresa, o auditor concluiu que: “Ocorreu
desvio de recursos se, e somente se,
{(PvQ) → [R^(~S)]}v[(P^S) ↔ (Q^R)],
o gerente financeiro e o presidente da
 julgue os itens a seguir. A negação da empresa estiveram envolvidos nesse
referida proposição é a proposição: desvio”. Considerando que a conclusão
{[PvQ)^[( R)vS]}^{[( P)v( S)] ↔ ( Q)v ( R)]}.
~ ~ ~ ~ ~
do auditor corresponde a uma proposição
verdadeira, julgue os itens seguintes. A
proposição “Não ocorreu desvio se, e
36. (TCE-RS-ES – 2012) Considerando as somente se nem o gerente financeiro
definições acima e a proposição nem o presidente estiveram envolvidos” é
verdadeira.
{(PvQ) → [R^( S)]}v[(P^S) ↔ (Q^R)]
~

, julgue os itens a seguir. Essa proposição é


logicamente equivalente à proposição 41. (ANATEL– 2012) A negação da proposição
“Ocorre falha técnica na chamada ou a
{[( R)vS] →[( P)^( Q)]}v[(P^S) ↔ (Q^R)].
~ ~ ~

operadora interrompe a chamada de forma


proposital” é corretamente expressa por
37. (TCE-RS-ES – 2012) Considerando as “Não ocorre falha técnica na chamada nem
definições acima e a proposição a operadora interrompe a chamada de
forma proposital”.
{(PvQ) → [R^( S)]}v[(P^S) ↔ (Q^R)]
~

,julgue os itens a seguir. Se P e S forem


42. (ANATEL– 2012) Supondo que, por
V e Q e R forem F, então o valor lógico da
determinação da ANATEL, as empresas
proposição em questão será F.
operadoras de telefonia móvel tenham
enviado a seguinte mensagem a seus
38. (TCE-RS-ES – 2012) Considere que a proposição- clientes: “Caso não queira receber
conclusão do auditor possa ser escrita, mensagem publicitária desta prestadora,
simbolicamente, na forma P ↔ Q^R, em que envie um SMS gratuito com a palavra
P, Q e R sejam proposições adequadamente SAIR para 1111”, julgue os próximos
escolhidas. Nesse caso, a negação da proposição- itens, considerando que a mensagem
conclusão do auditor estará corretamente corresponda à proposição P. A proposição
escrita na forma [( P)^(Q^R)]v[ (Q^R)^P].
~ ~
P é logicamente equivalente à proposição
“Queira receber mensagem publicitária
desta prestadora ou envie um SMS gratuito
39. (TCE-RS-ES – 2012) Na auditoria de uma
com a palavra SAIR para 1111”.
empresa, o auditor concluiu que: “Ocorreu
desvio de recursos se, e somente se,
o gerente financeiro e o presidente da 43. (ANCINE– 2012) A negação da proposição
empresa estiveram envolvidos nesse “Todo ator sabe cantar e dançar” é
desvio”. Considerando que a conclusão equivalente a “Existe ator que não sabe
do auditor corresponde a uma proposição cantar ou que não sabe dançar”.
verdadeira, julgue os itens seguintes. A
proposição “Se o gerente financeiro esteve
envolvido no desvio mas o presidente não, 44. (ANCINE– 2012) A proposição [PvQ] ↔ [(¬P)^Q]
então não ocorreu desvio de recursos” é tem somente o valor lógico V, independentemente
verdadeira. dos valores lógicos de P e Q.

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