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RESUMO – RACIOCINIO LÓGICO

AULA 01 – BLOCO 04

ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU


EVENTOS FICTÍCIOS - PARTE 1

PROPOSIÇÃO

Conceito: conjunto de palavras ou simbolos

Exprime ideia de sentido completo

Ex de sentido incompleto: “3 + 7 = “

POSSIBILIDADE de ser verdadeiro ou falso  não há certeza

Enunciado é quem garante certeza

Apresenta VERBO  implícito ou explícito

Ex: Daniel foi aprovado no concurso do TJSP

Ex: carlos namora mariana e ela é advogada

Ex: 3² = 1² + 2² (três ao quadrado É igual a um ao quadrado mais dois ao quadrado)

Necessariamente falso  raciocínio matemático permite tal conclusão

Ex: se Daniel é servidor do TRT 5ª então ele é técnico judiciário

Obs: toda proposição e uma declaração afirmativa ou negativa

Não é proposição

Frase imperativa  ordem, conselho, pedido

Não há como garantir que é verdadeira ou falsa

Ex: Estude bastante, erga o braço, pegue agua

Frase interrogariva

Não há como garantir que é verdadeira ou falsa

Ex: há alguém em casa? Qual a sua profissão?

Frases exclamativas  expressa sentimento

Não há como garantir que é verdadeira ou falsa

Obs: observar sinalização ao fim da frase: ?, !


Sentenças abertas

Paradoxos

VALOR LÓGICO DE UMA PROPOSIÇÃO, PRINCÍPIOS BÁSICOS, PROPOSIÇÕES SIMPLES E


COMPOSTAS

Valor lógico: dizer se é V para verdadeiro e F para falso

Ex: A) a palavra cachorro tem duas vogais distintas

Valor lógico é V

Indica-se por V(A) = V

Ex: B) Salvador é a capital de Pernambuco

Valor lógico é F

Indica-se: V(B) = F

Obs: sempre vai ter uma letra maiúscula ou minúscula identificando a proposição,
justamente para fins de valoração

Princípios básicos

Principio do terceiro excluído  se só pode ser V ou F, o terceiro resultado está


excluído

Principio da não contradição  não pode ser V e F ao msm tempo

Ou seja: toda proposição assume um único valor lógico = V ou F

Principio da identidade  proposição DEVE SER necessariamente V ou F

Simples x composta

Simples: Da proposição não pode ser retirada nenhuma outra

São originais  elas podem dar sentido a outras proposições

Ex: mariana comprou um apartamento

Composta: da proposição pode ser retirada outras

Retira-se outras proposições completas

Ex: a palavra general possui três silabas e o número 14 é divisível por 2

Proposição 1: a palavra general possui três silabas

Proposição 2: o número 14 é divisível por 2

“E”: conectivo
Ex: um triangulo possui quatro ângulos então brasilia é a capital da argentina

Proposição 1: um triangulo possui quatro ângulos

Proposição 2: brasilia é a capital da argentina

“então”: conectivo

Ex: ou trabalho ou acordo tarde

Proposição 1: trabalho

Proposição 2: acordo tarde

“ou ou”: conectivo

CONECTIVOS, SIMBOLOGIAS E OPERAÇÕES LÓGICAS

Conectivo: decide o rumo do raciocínio

Simbologia: como o conectivo é representado na proposição

Operação lógica:

CONECTIVO SIMBOLOGIA OPERAÇÃO LÓGICA


Não ¬ ou ~ Negação
E, mas ^ ou & Conjunção
Ou v Disjunção inclusiva
Ou... ou... v OU vv Disjunção exclusiva
Se... então...  ou ͻ Condicional
Se e somente se  Bicondicional

Ex: P: a palavra general possui três silabas e o número 14 é divisível por 2

Proposição 1: A palavra general possui três silabas = A

Proposição 2: o número 14 é divisível por 2 = B

Conectivo: E (conjunção)

Simbolicamente: A ^ B; A & B

Ex: P: um triangulo possui quatro ângulos então brasilia é a capital da argentina

Proposição 1: um triangulo possui quatro ângulos = C

Proposição 2: brasilia é a capital da argentina = D

“então”: conectivo (condicional)

Simbolicamente: C  D; C ͻ D
TABELAS VERDADE - NEGAÇÃO (NÃO), CONJUNÇÃO (E)

Tabela verdade: operação para definir o valor lógico da proposição (se é V ou F)

Tabela negação

Mexer no NÃO para manipular V ou F

Não pode mexer nos elementos da proposição

Oposição direta à ideia anterior. Se é negativa vira positiva, se é verdade, vira falso

P ~P
V F
F V

Ex: P: 2 é par (V)

~P: 2 não é par (F)

Ex: Q: BH é a capital do brasil

~Q: BH não é a capital do brasil

Ex: ~(2 + 3 = 7)

Não dois mais três é igual a 7

Verdadeiro, pois 2 + 3 = 5

~(2 + 3 = 7) = V

Obs: NÃO é sinônimo de: NÃO É VERDADE QUE, NÃO É O CASO QUE, É FALSO QUE

Negação de símbolos matemáticos

Inverte o símbolo e retira o igual, se houver, ou inclui, se não houver

Aprovado com nota ≥ 8 (a partir de 8 já vale)

Não aprovado com nota < 8 (7,9 é reprovado)

Símbolo Negação
≥ <
≤ >
> ≤
< ≥
= ≠
≠ =

Ex: 5 + 3 < 9 (F) VIRA 5 + 3 ≥ 9 (V)


Ex: 5 + 3 < 9 (V) VIRA 5 + 3 ≥ 9 (F)

Tabela conjunção (^)

Presença de uma parte falsa torna tudo falso

Conectivo E exige a verdade em tudo para ser verdadeira

P Q P^Q
V V V Vitória é a capital do ES (V) e belem é a capital do PA (V)
V F F (por causa Vitória é a capital do ES (V) e belem não é a capital do PA (F)
de Q)
F V F (por causa Vitória não é a capital do ES (V) e belem é a capital do PA (V)
de P)
F F F (por causa Vitória não é a capital do ES (V) e belem não é a capital do PA
de P e Q) (V)

TABELAS-VERDADE DO OU E DO OU OU TABELA CONDICIONAL

Tabela OU

Conectivo OU: deve atender ao menos uma das opções

Pelo menos uma verdadade para que a proposição toda seja verdadeira

Se houver duas mentiras: proposição toda falsa

Disjunção inclusiva pq qualquer vdd torna tudo V

EX: O gerente do banco irá contratar um administrador e um economista

Se a pessoa atente os requisitos = V

Se não atende os requisitos = F

P Q PvQ
V V V A pessoa é administrador (V) e é economista (V)
V F V A pessoa é administrador (V) e não é economista (F)
F V V A pessoa não é administrador (F) e é economista (V)
F F F A pessoa não é administrador (F) e não é economista (F)

Tabela OU OU

Disjunção exclusiva: as duas situações não podem acontecer simultaneamente

Toda disjunção exclusiva INICIA COM OU

Todo OU OU de duas partes pode ser escrito também com MAS NÃO AMBOS

Ex: daniela é goiana ou paranaense, MAS NÃO AMBOS

Ex: daniela ou é goiana ou é paranaense


P Q PvQ
V V F É goiana e é paranaense (IMPOSSÍVEL)
V F V É goiana e não é paranaense
F V V Não é goiana e é paranaense
F F F Não é goiana e não é paranaense (F pq ela é goiana ou
paranaense, conforme enunciado)

TABELAS-VERDADE CONDICIONAL (SE ENTÃO) E BICONDICIONAL (SE E SOMENTE SE)

Tabela SE ENTÃO

Se Verdadeiro + então falso sempre dá falso

Condicional iniciando com FALSO sempre será VERDADEIRO

Mnemonico: VERA FISCHER FANTÁSTICA  V + F = F (a única linha que dá falso)

Ex: Se mariana nasceu em BH então ela é mineira

P Q PQ
V V V Nasceu em BH e é mineira (necessariamente)
V F F Nasceu em BH e não é mineira (impossível pois é a capital de
MG)
F V V Não nasceu em BH e é mineira (pode nascer em outra cidade)
F F V Não nasceu em BH e não é mineira (pode nascer em outra
cidade de outro estado)

Tabela SE (Condicional)

Condições andam juntas: duas verdades ou duas mentiras são V

Ex: o número é par se e somente se ele é divisível por 2

P Q P  Q
V V V É par e é divisível por 2 (necessariamente)
V F F É par e não é divisível por 2 (impossível)
F V F Não é par e é divisível por 2 (impossível)
F F V Não é par e não é divisível por 2 (possível)

RESUMO

Tabela não: sim opõe não, V opõe F

Tabela e: todas tem q ser V pra ser V

Tabela ou: ao menos uma verdade: V

Tabela ou ou: ou 1 ou outro: V


Tabela se então: Vera fischer foda: V + F = F (única chance de ser F)

Tabela se somente se: V + V; F + F = V

ORDEM DE PRECEDÊNCIA DOS CONECTIVOS

Discrimina a ordem de resolução das proposições de acordo com o tipo

Negação > OU ; E (na ordem que aparecem) > se então > se somente se

Ou ou: aparece pouco, dá pra resolver

Símbolos: () > [] > chave  regra aritmética

Ex: ¬P  Q^R

Considere P = F; Q = V; R = F

¬F  V^F

V  V^F (resolve negaçaõ primeiro  F vira V)

V  F (resolve E  exige tudo V pra ser V)

V  F = F (resolve se então -- > Vera fischer foda)

Ex: ¬((P  Q)^R)

Considere P = F; Q = V; R = F

¬((F  V)^F) (resolve o primeiro parêntese  se então, vera Fischer foda)

¬(V^F) (resolve o segundo parêntese  E, exige tudo V pra ser V)

¬(F) = V (resolve a negação  F vira V)

COMUTATIVIDADE DOS CONECTIVOS

Propriedade comutativa: admite o resultado igual independente da ordem dos fatores

P^Q  Q^P

Se P = V, e Q = F

V^F = F  F^V = F

Aplica-se pra todos exceto CONDICIONAL (se então)

PQ

Se P = V e Q = F

V  F = F (vera Fischer foda)


PQ

F  V = V (resultado diferente)

LEITURAS DE CONDICIONAL

Algumas expressões que passam a ideia de SE ENTAO porém não estão escritas de tal forma

Método: identificar a condição suficiente e a necessária e organizar a proposição  quebrar a


proposição em dois sentidos completos

Um sentido é antecedente (vem primeiro) e o outro é consequente (vem depois)

Ex: se estudar então serei aprovado

Estudar = condição suficiente  o que precisa (o que fica entre o SE e o ENTÃO)

Serei aprovado = condição necessária  a consequencia (fica após o ENTÃO)

Estudar é condição suficiente para ser aprovado

Basta eu estudar que serei aprovado

Ser aprovado é condição necessária para estudar

Basta que

É condição suficiente

Implica  retira o SE e substitui o ENTÃO

Implica em sentido de consequencia, não de aperriar

Estudar implica que serei aprovado

Somente se

Estudo somente se sou aprovado

É condicional, não SE SOMENTE SE

Para substituir SE ENTÃO por SOMENTE SE mantem a ordem da proposição

Condicional é a única que a mudança altera o resultado

Então

Estudo então sou aprovado

SE no meio da frase

Não há mudança de ordem pq a condição suficiente e a necessária permanecem as


mesmas

Serei aprovado SE eu estudar

Estudar: condição suficiente

Serei aprovado: condição necessária


Desde que: Desde que estude, serei aprovado

Serei aprovado desde que eu estude

Logo: estudo, logo serei aprovado

Portanto: estudo, portanto serei aprovado

Quando: quando estudar, serei aprovado

Dado que: dado que estudei, serei aprovado

Pois: fui aprovado, pois estudei

Porque: fui aprovado porque estudei

Consequencia: ser aprovado é a consequencia de ter estudado

Fui aprovado; isto é a consequencia de ter estudado

LEITURAS DE BICONDICIONAL

Sinônimos para SE SOMENTE SE

A ordem independe da posição

Todo bicondicional parte do inicio pro fim e retorna do fim pro começo mantendo o sentido

Nado se e somente se corro

Se nado então corro 

Nadar: condição suficiente

Correr, condição necessária

Se corro, então nado 

Correr: condição suficiente

Nadar: condição necessária

Obs: nadar é condição suficiente e necessária para correr

Correr é condição suficiente e necessária para nadar

Substituições:

E se nado, corro e se corro, nado

;  se nado, corro; se corro, nado

.  se nado, corro. Se corro, nado.

Implica: nadar implica correr e correr implica nadar

Se e somente se corro, eu nado


Se e somente nado, eu corro

Obs: como é uma operação comutativa permite qualquer ordem.

NÚMERO DE LINHAS DE UMA TABELA VERDADE (NÚMERO DE VALORAÇÕES V OU F)

Objetivo: definir se a proposição é verdadeira ou falsa quando não há dados no enunciado

Premissa é que todas as combinações são possíveis  sem condições

Vai testar todas as possibilidades: análise combinatória

Dado por 2ⁿ

N = numero de proposições simples distintas

Ex: [(P  Q) ^ ¬R] v (¬S  T)

5 proposições simples

2⁵ = 32 possibilidades de V ou F ou 32 linhas na tabela verdade

CONSTRUÇÃO DE TABELAS VERDADE

P  (¬P  Q)

Determinar numero de linhas

2ⁿ

2² (P – aparece duas vezes – e Q) = 4

Construir as colunas das proposições fundamentais

Quatro linhas e duas colunas

P Q

Construir uma coluna para cada operação logica, obedecendo-se a ordem de precedência dos
conectivos

Há três operações: ; ¬;  (três colunas)

Duas entre parênteses: ¬; 

Nas entre parênteses, prevalece a ¬

Em seguida, a 

Finalmente, a  fora dos parênteses


¬P Q P

Finalmente: duas colunas das proposições fundamentais + 3 colunas das operações

P Q ¬P Q P
V V F FV=V VV=V
V F F FF=V VV=V
F V V VV=V FV=V
F F V VF=F FF=V

A proposição é necessariamente VERDADEIRA, independente dos dados

As quatro possibilidades possíveis são V  uma tautologia

Obs: indeterminação ou contingência  quando há possibilidade de acontecer um F

Construção de tabelas verdade com 8 linhas

P ^ (~Q)  (P v R)

1º) 2³ = 8 linhas

2º)

P Q R

3º)

(~Q) (P v R) P^ 
Finalmente:

P Q R (~Q) (P v R) P ^ (~Q) P ^ (~Q)  (P v R)


V V V ~V = F VvV=V V^F=F FV=V
V V F ~V = F VvF=V V^F=F FV=V
V F V ~F = V VvV=V V^V=V VV=V
V F F ~F = V VvF=V V^V=V VV=V
F V V ~V = F FvV=V F^F=F FV=V
F V F ~V = F FvF=F F^F=F FF=V
F F V ~F = V FvV=V F^V=F FV=V
F F F ~F = V FvF=F F^V=F FF=V

Tautologia: sempre verdadeira

Como preencher:

Divide a primeira coluna na metade e as demais, na metade da primeira

Primeira coluna: Metade V (4) e metade F (4)

Segunda coluna: 2 V, 2 F, 2 V, 2 F

Terceira coluna: alterna V e F

Obs: mais q 8 linhas devem ter alternativas para resolver a questão

TAUTOLOGIA

Todas as hipóteses possíveis são verdades

Casos particulares

P v (~p)

PP

P  P

P v (~P)

Principio da substituição

Se uma proposição composta P (p, q, r...) é tautologia

Então P (P₀, Q₀, R₀...) também é

Não importa quais sejam as proposições P₀, Q₀, R₀...

Ex: se P  P é tautologia
Se P = p ^ q v r

Então (p ^ q v r)  (p ^ q v r) é tautologia

Então (p ^ q v r) v ~( p ^ q v r) é tautologia

Ex: [(A ^ B ^ C)  (D v ~E)] v ~[(~E v D)  (A ^ B ^ C)]

As proposições são espelho uma da outra

Ordem dos fatores não faz diferença pq não é SE ENTÃO

[(A ^ B ^ C)  (D v ~E)] = P

P v ~P = tautologia

Técnica: buscar uma proposição falsa pra desmanchar tudo

[A ^ (A  B)]  B

Pra ser falsa tem q ser V  F = F (VERA FISCHER FODA)

Vai supor que [A ^ (A  B)] = V e que que B = F

[A ^ (A  B)] = V tem um conectivo E (^)  exige sempre V

A teria que ser V

(A  B) teria que ser V

Se B = F, temos (A  F) = V

A única hipótese de dar esse resultado é se A for F também (vera Fischer foda)

Problema: A já é V na operação ^

Chega-se a um absurdo

A mesma proposta não poder V e F ao msm tempo

Se a única hipótese possível de dar F é um absurdo isso é tautologia

CONTRADIÇAO

Todas as hipóteses são falsas

Exemplos clássicos:

P ^ (~P). Ex: não estudei e não estudei PRINCIPAL

P  (~P)

PvP

Aplica-se o princípio da substituição para resolução


Ex: (p ^ q ^ r ^ s ^ t) ^ ~(p ^ q ^ r ^ s ^ t)  P ^ (~P)  contradição

Técnica: procurar uma proposição VERDADEIRA

Ex: (~p ^ ~q) ^ (p ^ q) é uma proposição E, exige todas V

Pressupõe que (~p ^ ~q) = V e (p ^ q) = V

Pra (~p ^ ~q) = V precisa que p = F e q = F

Pra (p ^ q) = V precisa que p = V e q = V

Absurso pq elas tem tem valores lógicos diferentes ao msm tempo

É contradição

INDETERMINAÇÃO (CONTINGENCIA)

Há possibilidade da proposição ter resultados VERDADEIROS e FALSOS

Valor lógico se alterna, de acordo com as possibilidades

Casos particulares

P^P

PvP

P  ~P

Principio da substituição: aplica-se

SENTENÇAS ABERTAS

Sentenças com incógnitas

Valor da sentença depende do valor da incógnita (x)

Não é proposição  não há possibilidade de julgar V ou F

Possibilidade depende do valor da incógnita (X)

O valor de x deve ser dado pelo enunciado.

Ex: x + 5 = 10 e 2x/3 > 0

Ex: o numero de mulheres é x e o de homens é y

Ex: ele é auditor fiscal da receita federal

Ele é incógnita, não pode ser definido  impossível saber se é V ou F

Transformar sentença aberta em proposição: quantificador

Na prova vai expressamente tratar sobre sentença aberta

Não procurar sentença aberta apenas com base nesses conceitos


Banca as vezes coloca os elementos sem tratar como sentença aberta

PARADOXO

Sentença contraditória com ela mesma

Ex: “a frase dentro destas aspas é uma mentira”

Se ela for verdade ela não pode ser mentira

Se ela for mentira ela é verdade  não pode ser mentira

Ex: eu sou mentiroso

Se está falando a verdade  não é mentiroso

Se está mentindo  está falando a verdade  não é mentiroso

Ex: esta frase é falsa

Se ela é FALSA ela é V  se ela é V, não pode ser FALSA

Obs: pra FCC  EXPRESSÃO x SENTENÇA

Expressão é uma sentença aberta  não é proposição

Não há sentido completo

Sentença fechada  é proposição

Há sentido completo
AULA 01 - ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES,
OBJETOS OU EVENTOS FICTÍCIOS - PARTE 2

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS - REPRESENTAÇÃO POR DIAGRAMAS

Proposições categóricas: apresentam quantificadores

Quantificadores

Todo  universal

Nenhum  universal

Algum  existencial

Formas básicas de apresentação

Todo A é B

Representação: um círculo A dentro de um circulo B

Conjunto A está contigo em B  A subconjunto de B  B contém A

Sentença universal afirmativa

Nenhum A é B

Representação: dois círculos A e B sem intersecção

A e B são disjuntos

Sentença universal negativa

Algum A é B

Representação: circulo A parcialmente dentro de B

A intersecção deve ser pintada/destacada/colorida  ela tem significado

Obs: ALGUM equivale a EXISTE, HÁ, PELO MENOS UM, etc.

Sentença existencial afirmativa/particular afirmativa

Algum A que não é B

Representação: circulo A parcialmente dentro de B

A parte de A sem contato com B é a pintada/destacada/colorida

Sentença existencial negativa/particular negativa

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS - EQUIVALÊNCIAS (COMUTATIVIDADE)

Símbolo de equivalência: <=>

Todo A é B
Todo A é B <=> B contém A  são equivalentes pq os dois raciocínios são iguais

Todo A é B =/= todo B é A  são diferentes

B é geralmente é maior que A  há elementos de B que não estão em A

Consequencia: não há comuntatividade

Ex: todo mineiro é brasileiro =/= todo brasileiro é mineiro

Nenhum A é B

Nenhum A é B <=> nenhum B é A

São equivalentes  mesmo desenho representa ambas as ideias

Ex: nenhum político é honesto <=> nenhum honesto é político

Algum A que é B

Algum A que é B <=> algum B que é A

São equivalentes  mesmo desenho representa ambas as ideias

Ex: algum aluno é cearense <=> algum cearense é aluno

Ex: algum aluno é cearense <=> PELO MENOS UM cearense é aluno

Algum A que não é B

Algum A que não é B =/= algum B que não é A

Algum A que não é B  elemento somente de A

Algum B que não é A  elemento somente de B

Não há comutatividade

Ex: algum professor não é argentino =/= algum argentino não é professor

EQUIVALÊNCIAS (NENHUM NÃO-TODO NÃO-NEM TODO)

Descobrir sinônimos para as formas canônicas  outros modos que elas podem ser indicadas

Primeiro: identificar proposição categórica  todo, algum, nenhum

Todo A que não é B

Todo + não = nenhum

Ex: nenhum A é B

Ex: nenhum brasileiro é rico


Nenhum rico é brasileiro  vale comutatividade

Todo brasileiro não é rico

Outras formas de escrever: nenhuma obra de arte é agradável

Toda obra de arte não é agradável

Não existem obras de arte que sejam agradáveis

Algum A não é B

Algum + não = nem todo

Ex: nem todo A é B

Ex: algum engenheiro não gosta de física

Nem todo engenheiro gosta de física

Outras formas de escrever: alguns filósofos não são geniais

Existem filósofos que não são geniais

Nem todo filosofo é genial

Pelo menos um filosofo não eh genial

Todo A é B:

Todo = nenhum + não

Ex: nenhum A que não é B  as duas negativas se anulam

AéB

Outras formas de escrever: todos os portugueses são europeus

Quaisquer portugueses são europeus

Os portugueses são europeus

Nenhum português não é europeu  duas negativas se anulam

Algum A que é B

Sem regra específica

Pelo menos, existe, há.

Outras formas de escrever: alguns animais são carnívoros

Existem animais que são carnívoros

Existe um animal que é carnívoro


Pelo menos um animal é carnívoro

EQUIVALÊNCIAS COM CONECTIVOS

Todo A é B: conectivo SE ENTÃO ()

Há relação condicional: se está em A, está em B também, necessariamente

Nenhum A é B: conectivo SE ENTÃO ()

Há relação condicional

Se A então não B <=> se não está B estão está em A

Algum A é B: conectivo E (^)

O elemento de A também é elemento de B

Algum A que não é B: conectivo: conectivo E (^)

Elemento A + elemento NÃO B

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS - NEGAÇÕES

Transformar o valor lógico na posição contrária

FV

VF

Ex: Todo número primo é impar

Proposição F  numéro 2 é primo e par.

Oposição  transformar em verdadeiro

Opção 1: nenhum número primo é impar  F

Opção 2: todo numero primo não é impar  F

Obs: OPÇÃO 2 é equivalente à OPÇÃO 2  todo + não = nenhum

Opção 3: algum numero primo não é impar  V

PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO
Todo A é B Algum A não é B/nem todo A é B
Nenhum A é B Algum A é B
Algum A é B Nenhum A é B
Algum A não é B/nem todo A é B Todo A é B

OU SEJA: toda universal plural é negada por uma existencial no singular

Se não tiver o singular aceita o plural. Mas se tiver, é preferencia

Ex: toda porta esta trancada  alguma porta está destrancada

Ex: todo homem é fiel  algum homem não é fiel/algum homem é infiel

Ex: todos os políticos são honestos  algum político é desonesto/não é honesto

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS - CONSTRUÇÃO DE TABELAS

Duas proposições são equivalentes quando as tabelas verdade forem idênticas

Identidade: mesmas combinações e mesmos resultados

Símbolo: 

Ex: verificar se (P ^ Q)  (¬Q) e [(¬P) v (¬Q)] são equivalentes

P Q (¬Q) (P ^ Q) (P ^ Q)  (¬Q)
V V F V F
V F V F V
F V F F V
F F V F V

P Q (¬P) (¬Q) ¬P v ¬Q
V V F F F
V F F V V
F V V F V
F F V V V

AS PROPOSIÇÕES SÃO EQUIVALENTES

Para as mesmas hipóteses combinatórias de P e Q o resultado é igual

Negação: combinações geram valores opostos às da outra

VV  V X VV  F

VF  F X VF  V

Descobrir se P ^ Q e (~P) v (~Q) são equivalentes

P Q P ^ Q // ~P v ~Q
V V V // F v F = F
V F F // F v V = V
F V F // V v F = V
F F F // V v V = V

AS PROPOSIÇÕES SÃO UMA NEGAÇÃO

Se P ^ Q e (~P) v (~Q) são NEGAÇÕES

~(P ^ Q) e (~P) v (~Q) são EQUIVALENTES

O sinal negativo vai inverter todo o resultado

EQUIVALÊNCIAS E NEGAÇÕES COM MAIS DE UM CONECTIVO

Ex: equivalência para P ^ Q  R v S

Qual regra seguir: a do último conectivo a ser calculado

Na proposição P ^ Q  R v S:

Primeiro faz ^

Depois faz v

Depois faz 

Vai usar a regra de equivalencia do 

Ex: negação de [(P  Q) ^ (R  S)] ^ [(~P) v S ^ T]

Qual regra seguir: a do último conectivo a ser calculado

Primeiro parênteses

Depois cochetes

Restou ^  vai usar a regra NEGAÇÃO do conectivo ^

Ex: ¬[(P ^ Q) v (R ^ S)  (¬P)]

Primeiro parênteses

Depois cochetes  SE ENTÃO

Como há uma negação de toda a proposição, usa a regra da NEGAÇÃO 

EQUIVALÊNCIAS PARA O CONECTIVO SE ENTÃO

Equivalências importantes:

Equivalencia SE ENTÃO par OU


P  Q  ~P v Q

1) Negar a primeira parte ~P


2) Trocar conectivo  para v
3) Manter a segunda parte igual

Obs: mnemônico: Sentou neymar  se/então  Negar 1ª + manter 2ª

Ex: se bernardo não é professor então Guilherme não é gerente de banco

Negar a primeira: bernardo é professor

Trocar conectivo: ou

Manter a segunda: Guilherme não é gerente de banco

Contrapositiva

Transformar o conectivo SE ENTÃO em outro SE ENTÃO

P  Q  ~Q  ~P

1) Negar as duas partes


2) Inverter as duas partes

Ex: se beber, não dirija  se for dirigir, não beba

Ex: se bernardo não é professor então Guilherme não é gerente de banco

Negar as duas partes: se bernardo é professor + se Guilherme é gerente de banco

Inverter: se Guilherme é gerente de banco então bernardo é professor

Ex: a proposição 2 + 3 = 6 ou 13 – 7 ≥ 8 é equivalente a:

Se 2 + 3 =/= 6 então 13 – 7 ≥ 8 (nega 1ª e mantem 2ª)

Que é equivalente a:

Se 13 – 7 < 8 então 2 + 3 =/= 6 (nega as duas prtes e inverte)

EQUIVALÊNCIAS PARA O CONECTIVO SE E SOMENTE SE

 para duas condicionais 

(P  Q)  (P  Q) ^ (Q  P)

Transforma em duas condicionais, uma que vai e outra q vem

Ex: não voo se e somente se tenho medo de avião

Não voo se tenho medo de avião + Se tenho medo de avião, não voo.

Se não tenho medo de avião então voo  equivalencia nega os 2 e inverte


Não tenho medo de avião ou não voo  equivalencia nega a primeira e
mantem a segunda, mudando o sinal da proposição

 para ou ou

Negar uma parte e manter a outra

(P  Q)  ~P v Q

(P  Q)  P v ~Q

Ex: não voo se e somente se tenho medo de avião

Ou voo ou tenho medo de avião

Ou não voo ou não tenho medo de avião

EQUIVALÊNCIAS PARA O CONECTIVO OU OU

OU OU para

P v Q  (P v Q) ^ ~(P ^ Q)

Ou trabalho ou viajo  trabalho ou viajo, mas não ambos

OU OU para 

Negar uma parte e manter a outra

(P v Q)  P  ~Q

(P v Q)  ~P  Q

Ou trabalho ou viajo

Não trabalho se e somente se viajo

Trabalho se e somente se não viajo

Se trabalho então viajo e se viajo então trabalho

Se trabalho então viajo  não trabalho ou viajo (nega 1 mantem 2,


troca sinal)

Se viajo então trabalho  se não trabalho então não viajo (nega 2 e


inverte)

EQUIVALÊNCIAS PARA O CONECTIVO E E OU

NEGAÇÃO DE E

Lei de DeMorgan: nega tudo, trocando E por OU e vice versa


~(P ^ Q)  (~P) v (~Q)

Negação de E com : Mantem a primeira e nega a segunda

~(P ^ Q)  P  (~Q)

NEGAÇÃO DE OU

Trocar por E: (~P) v (~Q)  ~(P ^ Q)

Ex: não estudei direito do trabalho, mas fiz o exercício de informativa

Negação para OU: estudei direito do trabalho OU não fiz o exercício de informática
(nega a primeira e mantem a segunda)

Negação para SE ENTÃO: Se não estudei direito do trabalho então não fiz o exercício
de informativa (mantem a primeira e nega a segunda)

Ex: todos os candidatos devem se apresentar ou alguns serão escolhidos por sorteio

Negar para E: nem todos/algum/existe/pelo menos um candidato não deve se


apresentar E nenhum será escolhido por sorteio

NEGAÇÃO DO CONECTIVO SE ENTÃO

Negação do SE ENTÃO com E

~(P  Q)  P ^ ~Q

Mantem a primeira e nega a segunda  Mnemonico MANÉ

Ex: não é verdade que se carlos é baiano então bernardo é capixaba

Não é verdade: ~

Carlos é baiano: P

Carlos é capixaba: Q

Equivalencia: carlos é baiano e bernardo é cabixaba  Q mantem a primeira e nega a


segunda

Obs: Se o enunciado é falso, a negação é verdadeira

Ex: negar a sentença “nenhum aluno é graduado em psicologia”

Se é aluno então não é graduado em psicologia


Negação para E: é aluno E é graduado em psicologia (mantem a 1ª e nega a 2ª)

Ex: negar a sentença: se daniel é gremista e guto não é atleticano, então tuco não é
palmeirense

P ^ ~Q  ~R

Vai utilizar a regra da ultima operação:  (MANÉ)

P ^ ~Q ^ R (MANTEM A PRIMEIRA E NEGA A SEGUNDA)

Daniel é gremista e guto não é atleticano: mantem a primeira

Tuco é palmeirense: nega a segunda

Ex: negar a sentença: se não estudei então viajei e fui a aula

Mantem a primeira: se não estudei

Negar a segunda: não viajei E não fui a aula (negativa de OU com E)

NEGAÇÃO DO CONECTIVO OU OU

Usando SE SOMENTE SE

Opção 1: manter as duas partes ou negar as duas

~(P v Q)  P  Q  ~P ~Q

Ou faz frio ou faz calor

Faz frio se e somente se faz calor

Não faz frio se e somente se não faz calor

Usando OU OU

~(P v Q)  ~P v Q  P v ~Q

Mantem um e nega o outro

Ou faz frio ou estudo

Ou faz frio ou não estudo

Ou não faz frio ou estudo

Usando OU

~(P v Q)  (P ^ Q) v (~P ^ ~Q)

MAMA NENE: Mantem a 1ª, mantem a 2ª OU nega a 1ª, nega a 2ª

Ou faz frio ou estudo


Faz frio e estudo ou não faz frio e não estudo

NEGAÇÃO DO CONECTIVO SE E SOMENTE SE

Usando OU OU

Manter as duas partes ou negar as duas

~(P  Q)  ~P v ~Q  P v Q

Ando se e somente se corro

Ou não ando ou não corro

Ou ando ou corro

Usando SE SOMENTE SE

Mantem a 1ª, nega a 2ª

Nega a 1ª, mantem a 2ª

~(P  Q)  P  ~Q  ~P  Q

Ando se e somente se corro

Ando se e somente se não corro

Não ando se e somente se corro

Usando OU

~(P  Q)  (P ^ ~Q) v (Q ^ ~P)

Mantem a 1ª, nega a 2ª OU Mantem a 2ª, nega a 1ª (MANE MANE)

Bicondicional: vai e volta

Ando se e somente se corro

Ando e não corro OU corro e não ando

Ex: negar “Gabriel é enfermeiro se e somente se tereza é enfermeira

Usando OU OU: ou Gabriel é enfermeiro ou tereza é enfermeira (mantem ambos)

Ou Gabriel não é enfermeiro ou tereza não é enfermeira (nega ambos)

Gabriel não é enfermeiro ou tereza não é enfermeira, mas não ambos

Usando SE E SOMENTE SE

Gabriel é enfermeiro se e somente se tereza não é enfermeira


Gabriel não é enfermeiro se e somente se tereza é enfermeira

Usando OU

Gabriel é enfermeiro e tereza não é enfermeira OU tereza é enfermeira e


Gabriel não é enfermeiro

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