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RACIOCÍNIO LÓGICO1

NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER!

Belezuuura Futuro(a) Agente/ Escrivão da Polícia Federal! Aqui é a professora Danielle Guimarães na
área! Vamos revisar tudo aquilo que você não pode fazer a prova sem saber!

RACIOCÍNIO LÓGICO: 1 Estruturas lógicas. 2 Lógica de argumentação: analogias, inferências,


deduções e conclusões. 3 Lógica sentencial (ou proposicional). 3.1 Proposições simples e compostas. 3.2
Tabelas-verdade. 3.3 Equivalências. 3.4 Leis de Morgan. 3.5 Diagramas lógicos. 4 Lógica de primeira ordem. 5
Princípios de contagem e probabilidade. 6 Operações com conjuntos. 7 Raciocínio lógico envolvendo
problemas aritméticos, geométricos e matriciais.

LÓGICA PROPOSICIONAL (OU SENTENCIAL)

O QUE SÃO PROPOSIÇÕES LÓGICAS?

DIRETO AO PONTO: Você precisa saber 2 aspectos principais do que é uma proposição no estudo da
Lógica Proposicional:

Uma proposição lógica é uma sentença/frase que transmite uma ideia que é:

• Declarativa (possui um verbo e declara algo sobre objetos ou fatos)


• Valorativa (possui certeza quanto a sua veracidade V ou falsidade F)
Resumindo:

possui um verbo e
DECLARATIVA declara algo sobre
objetos ou fatos
Proposição
É uma frase
Lógica
possui certeza quanto a
VALORATIVA sua veracidade V ou
falsidade F, mas não
ambos ao mesmo tempo

Assim, denomina-se proposição (ou sentença), toda frase DECLARATIVA da qual que podemos
classificá-la como Verdadeira ou Falsa, mas não ambas ao mesmo tempo.

Quando o valor lógico de uma proposição for verdadeiro, representamos por V, e se for Falso, F
(ambos em letra maiúscula). Ex: Ana passou em um concurso. (V)

O QUE NÃO SÃO PROPOSIÇÕES LÓGICAS?

#APOSTACICLOS A banca Cespe adora cobrar esse tópico do que é ou não uma proposição.

1
Profª Danielle Guimarães @adaniguima
Você pode perceber que nem toda frase será um proposição lógica. Geralmente elas não declaram
algo ou são apenas expressões do pensamento humano. São apresentadas como sentenças abertas,
expressam um sentimento ou pensamento subjetivo e não podemos acolher uma interpretação formal nem
um valor de veracidade ou falsidade.

Portanto, Não são Proposições Lógicas:

• Frases exclamativas!!! e interrogativas???


• Frases Imperativas (que impelem uma ordem, podendo ser cumprida ou não!)
• Sentenças abertas (contém incógnitas x, y, t,...)
• Parodoxos (entra em contradição: V e F ao mesmo tempo)

Exemplos:

ü Não acredito! (Exclamativa)


ü O jogo empatou? (Interrogativa)
ü Você deve dormir 8 horas por dia. (Imperativa)
ü A expressão x + y é positiva. (Sentença aberta, pois depende dos valores que damos ao x e
ao y para ser V ou F)
ü Eu sou mentiroso. (Paradoxo). Pois, se supormos que o valor lógico da sentença é verdade
(V), então teríamos um absurdo, uma vez que um mentiroso não fala a verdade. Se
supormos que o valor lógico é F (falso), é falso dizer que ele é um mentiroso, logo ele é
verdadeiro (ou veraz). Outro absurdo, pois a sentença é falsa.

PRINCÍPIOS DA LÓGICA SENTENCIAL OU PROPOSICIONAL

Vejamos 3 princípios importantes:

1. Princípio da Identidade: Se uma proposição é verdadeira, então ela é verdadeira sempre. Se ela
for falsa, continuará sendo falsa.
2. Princípio do Terceiro Excluído: Toda Proposição tem um dos dois valores lógicos: V ou F,
excluindo-se qualquer outro. Exclui-se o hipotético valor “talvez”, “pode ser”, etc.
3. Princípio de Não Contradição: Uma proposição não pode ser Verdadeira e Falsa ao mesmo
tempo.

MODIFICADORES

Modificador é a negação de uma proposição.

Costuma aparecer antes das proposições (p, q, r, ...), sendo utilizado para modificar o valor lógico das
proposições, sendo representado simbolicamente por (¬) ou (~).

Geralmente está presente nas frases: “É falso que...”, “Não é verdade que ...”, etc.

Vamos supor que temos uma proposição simples qualquer, que vamos chamar de p. O modificador
dessa proposição p é ~p, e seus valores lógicos serão sempre opostos ao valor lógico de p.
Em termos mais simples: Se p possui valor lógico V (verdadeiro), então ~p possui valor lógico F
(falso). Analogamente, se p é Falso, então ~p é Verdadeiro.

Vejamos na Tabela-Verdade abaixo.

p ~p

V F

F V

Figura 1: Tabela de Modificador

Exemplos: Seja p uma proposição simples qualquer, ~ é a negação ou o modificador, logo ~p vai negar a
proposição p.

p: Hoje choveu.(V)

Então, p pode ser modificada (~p) pelas seguintes sentenças:

~p: Hoje não choveu.(F)

~p: Não é verdade que hoje choveu.(F)

~p: É falso que hoje choveu.(F)

Perceba que todas as proposições com o modificador possuem valor lógico oposto ao valor da proposição
simples p.

A Tabela-Verdade dispõe sobre as relações entre os valores lógicos das proposições. São muito
utilizadas para determinar os valores lógicos de proposições compostas (construídas a partir de proposições
simples). A banca Cespe, no geral, não cobra a sua construção, mas cobra o número de linhas e algumas
características observadas a partir dela. Por isso, vamos aprender como construí-la, para então podermos
analisá-las.

O número de linhas de uma Tabela-Verdade de uma proposição composta com n proposições


simples é 2n. Cada linha (exceto a primeira – que contém as proposições) representa uma valoração.

PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS

Regra Geral: Uma proposição é simples quando declara algo sem o uso de conectivos.

Regra do Cespe: Uma proposição é simples quando comunica uma única ideia. Isto é: as
proposições simples são formadas por uma única oração, logo, possuem um único verbo.

Exemplos: p: a matemática é uma ciência exata. (Verdadeiro)

Assim, a banca CESPE/CEBRASPE, quando pergunta se a proposição é simples ou composta, quer


saber se podemos deduzir uma ou mais ideias da sentença. Desse modo, não interessa quantos verbos ou
conectivos podemos identificar na mesma.
Uma proposição é composta quando construímos novas proposições, a partir de proposições
simples, utilizando conectivos (operadores lógicos), tais como: “e”, “ou”, “se .... então”, “se e somente se”.

#ATENÇÃO: O modificador (~, ¬) não é um conectivo. Pois a expressão “não” é um advérbio de


negação e não conecta duas proposições, apenas as modificam. Isto é, nega a proposição da qual modifica.

Exemplos:

p: A resposta branda acalma o coração. (simples - 1 declaração)

q: O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem. (Simples – 1 declaração. O


sujeito da oração/proposição que é composto)

r: Se o filho é honesto, então o pai é exemplo de integridade. (composta – 2 proposições simples


unidas pelo conectivo “Se ... então”)

s: Estou com fome e quero comer. (composta – 2 proposições simples unidas pelo conectivo “e”)

CONECTIVOS LÓGICOS

Os conectivos lógicos são aqueles que irão unir, conectar duas ou mais proposições simples. Veremos
todos eles, a seguir:

1. O conectivo da CONJUNÇÃO (∧) “e”: p∧ q

É representado pelo símbolo (∧) e pode ser representado na frase como a conjunção (e), a mesma
que aprendemos em Língua Portuguesa.

#ATENÇÃO Esse conectivo vai trazer a ideia de VERDADE, pois duas proposições simples unidas por
ele só admitirá o valor V se ambas as proposições forem V.

Essas duas proposições estão combinadas pelo conectivo “e”, que é a nossa “conjunção” das 2
proposições lógicas simples, formando, assim, uma proposição composta.

Lembra que escrevi acima que esse conectivo da Conjunção (∧) vai trazer a ideia de VERDADE, pois
duas proposições simples unidas por ele só admitirá o valor V se ambas as proposições forem V? Então:

Vejamos sua tabela-verdade

p q p∧q

V V V

V F F

F V F

F F F

Figura 2: Tabela-Verdade Conjunção


2. O conectivo da DISJUNÇÃO (˅) “ou”: 𝒑˅𝒒

A disjunção (ou disjunção inclusiva) é representada pelo símbolo (˅). Sendo utilizado o operador (ou).
Simbolicamente, podemos representar por 𝒑˅𝒒.

#ATENÇÃO O uso desse conectivo só vai fazer a proposição composta ser FALSA se AMBAS AS
PROPOSIÇÕES forem FALSAS.

Simbolicamente, vou te apresentar o critério de valoração de qualquer disjunção com proposições


quaisquer dadas.

Se as proposições simples p, q são ambas FALSAS, simultaneamente, então a disjunção será FALSA.
E, caso qualquer uma delas for verdadeira, a disjunção já será necessariamente VERDADEIRA. Perceba que é
bem diferente do caso da conjunção!

Vejamos sua tabela-verdade:


p q 𝒑˅𝒒

V V V

V F V

F V V

F F F

Figura 3: Tabela-verdade Disjunção

→ DICAS #OLHAOGANCHO

• A conjunção p ∧ q só será VERDADEIRA se AMBAS as proposições forem VERDADEIRAS, nos demais


casos, será sempre FALSA. Logo, é falsa quando pelo menos uma delas for falsa.
• A disjunção 𝒑 ∨ 𝒒 só será FALSA se AMBAS as proposições forem FALSAS, nos demais casos, será
sempre verdadeira. Logo, é verdadeira quando pelo menos uma delas for verdadeira.

3. O conectivo da DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (∨) “ou ... ou”: 𝒑˅𝒒

A disjunção exclusiva é representada pelo símbolo (∨). Sendo utilizado o operador (ou ... ou).
Simbolicamente, podemos representar por 𝒑˅𝒒. É o mesmo símbolo da disjunção, vista acima, com esse
“tracinho” embaixo.

#ATENÇÃO O uso desse conectivo só vai fazer a proposição composta ser FALSA se AMBAS as
proposições forem tiverem o MESMO VALOR LÓGICO, ao mesmo tempo. Sejam elas ambas verdadeiras ou
ambas falsas, simultaneamente. Nos demais casos, será VERDADEIRA.

Se as proposições simples p, q possuem o mesmo valor lógico, simultaneamente, então a disjunção


exclusiva será FALSA. E, caso elas apresentem valores lógicos distintos ao mesmo tempo, a disjunção exclusiva
já será necessariamente VERDADEIRA.

Vejamos a tabela-verdade da Disjunção Exclusiva:


p q 𝒑˅𝒒

V V F

V F V

F V V

F F F

Figura 4: Tabela-verdade Disjunção Exclusiva

4. O conectivo da CONDICIONAL (→) “Se ... então” 𝒑 → 𝒒

#PARATUDO #ATENÇÃO

Esse conectivo é o mais cobrado em Provas!

É chamado de Condicional, pois apresenta uma condição “Se...” que, caso ocorra, necessariamente
vai ocorrer a consequência “então ...”. Sua representação simbólica é esta setinha (→).

Vejamos um exemplo prático:

Se eu estudo então eu aprendo.

Com as proposições:

p = eu estudo

q = eu aprendo

Pode ser representada simbolicamente por 𝒑 → 𝒒.

#DESPENCA EM PROVAS O componente da proposição composta que está entre “se ... então” é
chamado de ANTECEDENTE, (no caso: “eu estudo” é o antecedente) e o componente que se encontra após o
“então” é chamado CONSEQUENTE, (no caso: “eu aprendo” é o CONSEQUENTE)

Isto é: p é o antecedente, q é o consequente da Proposição Condicional 𝒑 → 𝒒.

Agora, vamos descrever o critério de valoração para o caso da Condicional:

O condicional 𝒑 → 𝒒 é FALSO somente quando p é verdadeira e q é falso, em todos os demais casos,


sempre será Verdadeiro.

No exemplo, se “Eu estudo é V” e “eu aprendo é F”, isto é, ocorre: 𝑽 → 𝑭, então a condicional será
Falsa.

Alguns concurseiros utilizam o mnemônico “Vera Fischer é Falsa”, ou seja, as proposições p com
valor V e q com seu valor lógico Falso, implicará que a condicional será Falsa.

Também podemos representar por: 𝑽 → 𝑭 é Falsa (Vera Fischer é Falsa). Nada contra a Vera
Fischer, é só para você lembrar no dia da sua prova, ok! Rsrsrs!
Vamos à tabela-verdade da Condicional. Perceba que apenas a 2ª linha da tabela-verdade é FALSA.

p q 𝒑→𝒒

V V V

V F F

F V V

F F V

Figura 5: Tabela-verdade Condicional

→ DICAS #OLHAOGANCHO
O condicional também pode ser lido como:
• p implica q;
• Quando p, q;
• Sempre que p, q;
• Se p, q;
• P é condição suficiente para q;
• Q é condição necessária para p
• p, logo q
• p, consequentemente q;
• Pois (invertendo a ordem da sequência padrão): q, pois p.
• Porque (invertendo a ordem da sequência padrão): q, porque p.

#FICAADICA O esquema acima é muito útil quando você estiver em dúvida na hora de resolver as questões!

5. O conectivo da BICONDICIONAL (↔) “Se ... e somente se” 𝒑 ↔ 𝒒

O conectivo “se e somente se” é conhecido como bicondicional, também chamado de dupla
implicação/ condicional. Simbolicamente, é representado por essa “flecha dupla” (↔), sendo comparado à
união de duas condicionais.

A proposição composta 𝒑 ↔ 𝒒 é chamada de bicondicional, nos passando uma ideia de


simultaneidade e terá valor lógico FALSO quando as proposições tiverem valores lógicos distintos, ou seja,
quando uma é V e a outra é F.

→ DICAS #OLHAOGANCHO

O bicondicional 𝒑 ↔ 𝒒 também pode ser lido como:


• p se e somente se q;
• q se e somente se p;
• p é condição necessária e suficiente para q;
• q é condição necessária e suficiente para p

Vejamos a tabela-verdade da Bicondicional:


p q 𝒑↔𝒒

V V V

V F F

F V F

F F V

Figura 6: Tabela-verdade BICONDICIONAL

Note que a primeira e a última linha resulta no valor lógico V, pois são os casos em que as duas
proposições simples têm o mesmo valor lógico. Na 2ª e 3ª linha temos o valor lógico F, pois as duas
proposições têm valores lógicos distintos, uma é V e a outra é F, ao mesmo tempo.

TABELAS-VERDADE

Quando temos uma única proposição p, a tabela-verdade que podemos montar é aquela da negação
de p, pois nem conectivo temos para trabalhar ainda, certo?

Vamos revê-la:

p ~p

V F

F V

Uma proposição simples apenas pode receber 2 valores lógicos, quais sejam: V ou F. Logo para uma
proposição simples temos 2 linhas de tabela-verdade. Sempre desconsideramos o cabeçalho ou título que
contém as proposições, beleza?

Outro ponto, vamos começar sempre colocando o valor V na 1ª linha da 1ª coluna. Ok!

Outro ponto importante: o número de linhas para cada caso! Quando tínhamos 1 única proposição,
tínhamos 2 linhas, e agora com 2 proposições, temos 4. E Se tivéssemos 3 proposições simples, p, q e r, por
exemplo? Seriam 8 linhas, e assim por diante.

Por isso, o número de linhas de uma tabela-verdade é dado por 2n, onde n = é o número total de
proposições trabalhadas.

→ DICAS #OLHAOGANCHO
• o número de linhas (nº de valorações) de uma tabela-verdade é dado por 2n, onde n = total de
proposições
• Se na proposição composta houver a repetição de uma proposição, como (𝒑 ∧ 𝒓) → (𝒒⋁𝒑), só
contamos aquelas que não se repetem. No exemplo, n = 3, pois a proposição p se repete 2 vezes.
• A negação de uma ou mais proposições não entra nessa fórmula, pois é apenas um modificador, o
que será acrescentado é uma outra coluna (não linha). Mas, isso vamos vendo no avançar da matéria,
beleza?
PRECEDÊNCIA DE CONECTIVOS

Quando temos separadores (parênteses, colchetes ou chaves) em nossa expressão, devemos realizar
as operações lógicas de acordo com a seguinte ordem:

• 1º parênteses ( )
• 2º colchetes [ ]
• 3º chaves { }.

Por exemplo, seja a seguinte proposição composta:

{P→(¬Q)}→{Q∨[(¬Q)∨R]}

No momento de construir a nossa tabela-verdade, vamos precisar seguir a ordem de precedência de
acordo com os separadores lógicos:

→ DICAS: Roteiro para construção da tabela-verdade:


• o número de linhas de uma tabela-verdade é dado por 2n, onde n = total de proposições
• Quantas proposições simples temos?
• Qual o número de linhas da tabela-verdade?
• Se houver modificador (negação), fazer uma coluna em separado.
• Resolver primeiro as proposições compostas na ordem: (), [] e {}
• Resolver a proposição composta principal (que une todos as outras intermediárias)

Dada a proposição {P→(¬Q)}→{Q∨[(¬Q)∨R]}

1. Quantas proposições simples temos? 3 (P,Q,R)

2. Qual o número de linhas da tabela-verdade? 2n=23=2x2x2= 8 linhas

3. Construir a tabela-verdade

4. Se houver modificador (negação), fazer uma coluna em separado. (¬Q)

5. Resolver primeiro as proposições compostas na ordem: (), [] e {}

6. Resolver a proposição composta principal (que une todos as outras intermediárias)

Vamos lá:

• Como temos 8 linhas, a metade (4 linhas) da 1ª coluna (proposição P) terá valor lógico V, e a outra
metade, F.
• Já para a proposição Q (2ª coluna), vamos intercalar 2 V e 2 F, V e F, começando sempre por V.
• Para a proposição R (3ª coluna), vamos intercalar V e F, começando sempre por V, também.
• Note que as combinações de P, Q e R não se repetem, pois aqui a ordem importa!
• Na coluna 4ª coluna (¬Q) vamos ter que olhar APENAS para a 2ª coluna (Q) e nas linhas
correspondentes trocar os valores dela. Isto é: onde for V na 2ª coluna, será F na 4ª coluna, na linha
correspondente. Veja abaixo:
P Q R ¬Q P→(¬Q) [(¬Q)∨R] Q∨[(¬Q)∨R] {P→(¬Q)}→{Q∨[(¬Q)∨R]}

1ª V V V F

2ª V V F F

3ª V F V V

4ª V F F V

5ª F V V F

6ª F V F F

7ª F F V V

8ª F F F V

• Finalmente, vamos resolver a proposição composta apresentada, que une todas as outras que
preenchemos na tabela. Analogamente, vamos utilizar apenas as colunas P→(¬Q) e Q∨[(¬Q)∨R],
unidas pelo conectivo da CONDICIONAL (→).

• Percebeu que seguimos a ordem de precedência dos separadores (parênteses, colchetes, chaves)?
Agora, vamos resolver a CONDICIONAL que une as duas proposições maiores:
{P→(¬Q)}→{Q∨[(¬Q)∨R]}. Qual a regra da Condicional? Vera Fischer é Falsa! Ou seja: só teremos
valores F na última coluna, quando tivermos, simultaneamente, V na coluna {P→(¬Q)} e F na coluna
{Q∨[(¬Q)∨R]}, nessa ordem.

P Q R ¬Q P→(¬Q) [(¬Q)∨R] Q∨[(¬Q)∨R] {P→(¬Q)}→{Q∨[(¬Q)∨R]}

1ª V V V F F V V V

2ª V V F F F F V V

3ª V F V V V V V V

4ª V F F V V V V V

5ª F V V F V V V V

6ª F V F F V F V V

7ª F F V V V V V V

8ª F F F V V V V V

Tabela 1: TAUTOLOGIA
• Mas, olha que interessante: Todos os valores da coluna Q∨[(¬Q)∨R] são V, logo, não há nenhuma
chance da Condicional ser Falsa, isto é, não tem nenhuma possibilidade de termos 𝑉 → 𝐹.
• Portanto, temos que o resultado da nossa tabela-verdade é uma TAUTOLOGIA, ou seja, só apresenta
valores V, para quaisquer valores de P,Q ou R.

Trabalhoso, não? Mas, com a prática, você resolve isso rapidinho e vai até gostar de montar as
tabelas ao invés de usar as propriedades dos conectivos, você vai ver!

ORDEM DE PRECEDÊNCIA DOS CONECTIVOS SEM SEPARADORES

Agora, no caso de NÃO termos esses separadores (parênteses, colchetes, chaves), é necessário que
você saiba a ordem de precedência dos conectivos lógicos para trabalharmos com os valores lógicos na ordem
correta de resolução.
Por exemplo, veja esta proposição:

𝒑 ∧ 𝒒 ∨ ~𝒒 ∧ 𝒓 → ~𝒑

Desse jeito, sem parênteses, colchetes ou chaves, as operações devem ser feitas na seguinte ordem:

1º - realizar as operações de negação (~)

2º - realizar as operações de conjunção (∧)

3º - realizar as operações de disjunção (∨)

4º - realizar as operações de condicional (→)

Assim, se for dado, por exemplo, que p é V, q é F e r é V, a partir da proposição:


𝒑 ∧ 𝒒 ∨ ~𝒒 ∧ 𝒓 → ~𝒑
Substituindo as proposições simples por seus respectivos valores lógicos dados:
𝑽 ∧ 𝑭 ∨ ~𝑭 ∧ 𝑽 → ~𝑽
Resolvendo primeiro a negação:
𝑽 ∧ 𝑭 ∨ 𝑽 ∧ 𝑽 → 𝑭
Agora a conjunção:
𝑽 ∧ 𝑭 ∨ 𝑽 ∧ 𝑽 → 𝑭
𝐹∨𝑉 →𝐹
Disjunção:
𝑉→𝐹
E, por fim, a Condicional:
𝑉 → 𝐹 é 𝐹𝐴𝐿𝑆𝑂

Logo, a proposição composta p ∧ q ∨ ~q ∧ r → ~p é FALSA.

TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA

As tabelas-verdade são ferramentas importantíssimas na resolução de exercícios que versam sobre


tautologias, contradições e contingências. Vamos aprender tais conceitos.
• Tautologia: uma proposição que é SEMPRE verdadeira.
• Contradição: uma proposição que é SEMPRE falsa.
• Contingência: uma proposição que pode assumir valores lógicos V e F, conforme o caso.

Com os conceitos acima, para analisar se uma determinada proposição é uma tautologia, uma
contradição ou uma contingência, basta prepararmos uma tabela-verdade e analisar a última coluna da
mesma! Se esta tabela ficar com o valor lógico V em todas as linhas (como na tabela que elaboramos juntos
acima), estamos diante de uma tautologia. Se ficar F em todas as linhas, temos uma contradição. Se em
algumas linhas tivermos V e em outras tivermos F, esta é uma contingência.

EQUIVALÊNCIAS lÓGICAS

Duas proposições são logicamente equivalentes entre si SE E SOMENTE SE 𝑃 ↔ 𝑄 é uma


TAUTOLOGIA. Ou seja, quando elas apresentam a mesma informação, mas de maneiras diferentes. Neste
caso, elas sempre terão o mesmo valor lógico – quando uma for V, a outra também será, caso a primeira seja
F, a segunda também será.

A Equivalência é representada pelo símbolo (⇔) e não se confunde com a bicondicional (↔), ok ;))

Assim, provamos que:

1. A proposição composta Bicondicional 𝑃 ↔ 𝑄 é logicamente equivalente a (𝑃 → 𝑄) ∧ (𝑄 → 𝑃).


Isto é: a proposição Bicondicional equivale à conjunção de duas condicionais. Em linguagem
simbólica:

EQUIVALÊNCIA DA BICONDICIONAL

𝑷 ↔ 𝑸 ⇔ (𝑷 → 𝑸) ∧ (𝑸 → 𝑷)

Tabela 2: EQUIVALÊNCIA BICONDICIONAL

2. E a proposição condicional 𝑷 → 𝑸 é logicamente equivalente a ~Q→~P (também chamada de


Contrapositiva da Condicional) e, também, a ~P∨Q, que são todas equivalentes entre si, pois
possuem a mesma tabela-verdade.

EQUIVALÊNCIA DA CONDICIONAL

𝑷→𝑸⇔ (~𝑸 →>


~𝑷)
=>>>?>>@ ⇔ (~𝑷 ∨ 𝐐)
𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒑𝒐𝒔𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍

Tabela 3: EQUIVALÊNCIA CONDICIONAL

Vejamos um esqueminha para você memorizar:


P→Q
Condicional

São equivalências
Lógicas entre si

~Q→~P ~P∨Q
Contrapositiva
"NeYmar"

Como esses três proposições realmente “despencam” em provas de concursos, vou te passar alguns
macetes para você lembrar na hora de resolver questões e, principalmente, no dia da sua prova:

• CONDICIONAL: Vamos supor que a temos uma proposição composta Condicional, então, a sentença
dada pode ser representada logicamente por: p→q.

Exemplo: Se =>> >>>?>>>>>@, então =>>>>>>?>>>>>>@


𝑣𝑜𝑢 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎 𝑠𝑜𝑢 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎ú𝑑𝑒.
/ 0

Para utilizarmos as equivalências lógicas da condicional, então, podemos ter as seguintes proposições:

• CONTRAPOSITIVA DA CONDICIONAL: (~𝑞 → ~𝑝) Nega tudo e inverte a ordem!

Exemplo: Se =>>>>>>>>?>>>>>>>>@
𝑛ã𝑜 𝑠𝑜𝑢 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎ú𝑑𝑒, então =>>>>>>?>>>>>>@
𝑛ã𝑜 𝑣𝑜𝑢 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎.
~0 ~/

• (~𝑃 ∨ Q) “NEYMAR” NEga a primeira, troca a condicional pela disjunção “∨” que já está sinalizada no
topo da letra Y e MAntém a segunda. Esses mnemônicos ajudam demais a memorizar. #FICAADICA!
Use-os sem moderação ;))

LEIS DE DE MORGAN

~(𝒑 ∧ 𝒒) ⇔ ~𝒑 ∨ ~𝒒

~(𝒑 ∨ 𝒒) ⇔ ~𝒑 ∧ ~𝒒

• Já posso te adiantar que você vai utilizar bastante essas leis, que basicamente são: a negação da
conjunção ∧ e da disjunção ∨. Nas quais, nega-se todas as proposições e troca-se a conjunção “e” pela
disjunção “ou” e vice e versa.


NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

• Para irmos direto ao ponto, vamos analisar a tabela a seguir que faz um paralelo entre as proposições
compostas e suas respectivas negações.
Proposições Negação em “português”
Simples 𝑝 ~𝑝 Negue a proposição simples
Negue as 2 proposições simples e troque o
Conjunção 𝑝∧𝑞 ~𝑝 ∨ ~𝑞
conectivo “e” pelo conectivo “ou”.
Negue as 2 proposições simples e troque o
Disjunção 𝑝∨𝑞 ~𝑝 ∧ ~𝑞
conectivo “ou” pelo conectivo “e”
“Regra da amante”: mantém a primeira “e”
Condicional 𝑝→𝑞 𝑝 ∧ ~𝑞 negue a segunda. Também conhecida como:
“MANÉ”
Lembra que a Bicondicional é formada por
duas Condicionais:
𝑝 ↔ 𝑞 ⇔ (𝑝 → 𝑞) ∧ (𝑞 → 𝑝)?
Bicondicional 𝑝↔𝑞 (𝑝 ∧ ~𝑞) ∨ (𝑞 ∧ ~𝑝)
Agora é só negar isso tudo, i.é.: aplica a regra
da negação da condicional nas duas e troca o
“e” pelo “ou”

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS

Primeiro, vamos definir o que são Proposições Categóricas, que alguns autores também chamam de
Proposições Quantificadas.

Proposições Categóricas: são proposições que utilizam expressões do tipo: Todo, Algum, Nenhum,
Existe um, etc... Elas estão muito presentes na Lógica da Argumentação, que veremos adiante.

Mas, por agora, bora para uma tabelinha estratégica para você não ficar perdendo muito tempo com
teoria? Sim ou Claro!? Simbora!

Proposições AFIRMAÇÃO NEGAÇÃO


Universal Afirmativa Todo A é B Algum A não é B
Universal Negativa Nenhum A é B Algum A é B
Particular Afirmativa Algum A é B Nenhum A é B
Particular Negativa Algum A não é B Todo A é B

Agora, vejamos a tabela acima com exemplos, para ficar mais claro:

EXEMPLOS AFIRMAÇÃO NEGAÇÃO


Universal Afirmativa Todo servidor é eficiente Algum servidor não é eficiente
Universal Negativa Nenhum servidor é eficiente Algum servidor é eficiente
Particular Afirmativa Algum servidor é eficiente Nenhum servidor é eficiente
Particular Negativa Algum servidor não é eficiente Todo servidor é eficiente

DIAGRAMAS LÓGICOS

Também chamados de Diagramas de Euler-Venn, os Diagramas lógicos são muito úteis na resolução
de questões que envolvem a análise de Proposições Categóricas.

PROPOSIÇÕES DEFINIÇÃO REPRESENTAÇÃO EM DIAGRAMAS

A
CATEGÓRICAS

𝐴⊂𝐵
Todo elemento de A também é elemento
Todo A é B
de B.

A e B são conjuntos disjuntos, ou seja: não 𝐴∩𝐵 =∅


Nenhum A é B A B
possuem elementos em comum.

𝐴∩𝐵 ≠∅
Os conjuntos A e B possuem pelo menos 1 A B
Algum A é B
elemento em comum.

O conjunto A possui ao menos 1 elemento A B


Algum A não é B
que não é elemento de B.

Tabela 4: DIAGRAMAS LÓGICOS

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