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EM
BANCO DE DADOS
REDES DE COMPUTADORES
(1º SEMESTRE)
MATEMÁTICA DISCRETA
(MMD001)
(MAT006)
________________________________________________________________________________________________________________________
FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BAURU (www.fatecbauru.edu.br)
Rua Manoel Bento Cruz, 3-30 – Centro – Bauru/SP – CEP 17015-171 – Fone: (14)3223-2083
Fatec Bauru 2
Sumário
Sumário .................................................................................................................... 2
Apresentação ............................................................................................................. 5
Lógica Proposicional ................................................................................................... 6
Introdução .............................................................................................................6
Conceito de Proposição .............................................................................................6
Valores Lógicos das Proposições .................................................................................7
Proposições simples e proposições compostas .................................................................8
Conectivos lógicos....................................................................................................9
Operações Lógicas ..................................................................................................... 10
Negação .............................................................................................................. 10
Conjunção ........................................................................................................... 10
Disjunção ............................................................................................................ 11
Disjunção exclusiva ............................................................................................... 12
Condicional/implicação ........................................................................................... 12
Bicondicional ........................................................................................................ 13
Valor Lógico de uma proposição composta ................................................................... 14
Exercícios ............................................................................................................ 16
Tabela-Verdade ......................................................................................................... 20
Construção da Tabela-Verdade de uma proposição composta ........................................... 20
Tautologias, Contradições e Contingências .................................................................. 21
Exercícios ............................................................................................................ 23
Equivalência Lógica ............................................................................................... 24
Exercícios ............................................................................................................ 25
Álgebra das Matrizes .................................................................................................. 26
Introdução ........................................................................................................... 26
Definição ............................................................................................................. 26
Representação de uma matriz .................................................................................. 27
Igualdade de Matrizes ............................................................................................ 27
Matrizes Especiais ................................................................................................. 27
Exercícios ............................................................................................................ 29
Operações Matriciais.................................................................................................. 30
Adição de Matrizes ................................................................................................ 30
Diferença de Matrizes ............................................................................................. 31
Multiplicação de Matriz por escalar (número) ................................................................ 31
Multiplicação de Matrizes ........................................................................................ 31
Matriz Inversa ...................................................................................................... 32
Exercícios ............................................................................................................ 34
Teoria dos Conjuntos ................................................................................................. 37
Introdução ........................................................................................................... 37
Alguns conjuntos importantes ................................................................................... 38
Relação de pertinência: elemento x conjunto ................................................................. 39
Subconjuntos........................................................................................................ 40
Igualdade de conjuntos ........................................................................................... 40
Definições ............................................................................................................ 87
Conceitos básicos da Teoria dos Grafos ...................................................................... 89
Exercícios ............................................................................................................ 91
Exercícios Complementares ...................................................................................... 93
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 97
Apresentação
informática, deve ser vista como uma ferramenta a ser usada na definição formal
Lógica Proposicional
Introdução
A lógica é utilizada na resolução de muitos problemas computacionais
como a criação de algoritmos e de programas de baixa ou alta complexidade.
Além disso, também serve para elaborar circuitos lógicos capazes de melhorar o
desempenho do hardware dos computadores, como o ganho de velocidade de
processamento ou armazenamento de dados e a diminuição dos dispositivos ou
melhorias no gerenciamento de energia dos computadores. De fato, para
desenvolver qualquer algoritmo e, consequentemente, qualquer software
computacional, são necessários conhecimentos básicos de Lógica. A lógica possui
um conceito universal, pois, a partir do momento em que se estabelece uma
rotina qualquer para a execução de determinado objetivo, é necessária a
utilização da lógica. Então existe mais de uma forma de alcançar um objetivo?
Claro que sim. A obtenção do sucesso depende das várias possibilidades
existentes em torno do objetivo pretendido. Duas pessoas podem executar tarefas
de maneiras distintas e chegar ambas ao mesmo resultado. Qual delas deverá ser
entendida como “logicamente” a melhor solução? Isso é simples: basta analisar
em ambas o tempo gasto para a execução, o trajeto mais curto, o menor custo, a
menor quantidade de cálculos ou etapas que precisaram ser realizadas. Sendo,
assim, podemos definir lógica como um conjunto de leis, princípios ou métodos
que determinam um raciocínio coerente, induzindo a uma solução prática e eficaz
de um determinado problema.
Conceito de Proposição
O ponto inicial da Lógica é o termo “proposição”. Por uma proposição
entendemos como sendo todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem
um pensamento de sentido completo. As proposições transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de
determinados entes. Toda proposição (ou declaração) é uma representação lógica
do juízo que afirma (valor lógico verdadeiro) ou nega (valor lógico falso) a
A sentença (a) é uma proposição, já que é falsa. A sentença (b) não pode
ser considerada falsa ou verdadeira, pois é uma pergunta. Ela não tem valor
verdadeiro nem falso e, portanto, não é uma proposição. A sentença (c) é uma
proposição, já que é falsa ou verdadeira (mesmo sem sermos capazes de decidir
qual das alternativas é válida). A sentença (d) não é falsa nem verdadeira, pois
“ela” não está especificada; por isso, (d) não é uma proposição. A sentença (e) não
é uma proposição, é apenas uma sentença aberta que depende da variável “hoje”.
Por virtude deste princípio diz-se que a Lógica Matemática é uma lógica
bivalente.
t: A impressora é um periférico
Conectivos lógicos
Conectivo é tudo aquilo que estabelece uma conexão, isto é, que une uma
coisa à outra. Na lógica, o conectivo é um termo ou símbolo dele, que relaciona
proposições de modo tal que a verdade ou falsidade da afirmação resultante é
determinada pela verdade ou falsidade dos seus componentes. De maneira geral,
chamam-se conectivos lógicos as palavras que usamos para formar novas
proposições a partir de outras. São conectivos usuais em Lógica Matemática as
palavras:
Exemplos:
Operações Lógicas
Negação
Chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por
“não p” (p), cujo valor lógico é a VERDADE (V) quando p é falsa e a FALSIDADE
(F) quando p é verdadeira. Assim, “não p” tem o valor lógico oposto daquele de p:
p p
V F
F V
Exemplos:
r: Roma é capital da França (F) r: Roma não é capital da França (V)
Conjunção
Chama-se conjunção de duas proposições p e q a proposição representada
por “p e q” (p q), cujo valor lógico é a VERDADE (V) quando as proposições p e
q são ambas verdadeiras e a FALSIDADE (F) nos demais casos. Através de uma
tabela, temos:
p q pq
V V V
V F F
F V F
F F F
Disjunção
Chama-se disjunção de duas proposições p e q a proposição representada
por “p ou q” (p q), cujo valor lógico é a VERDADE (V) quando ao menos uma
das proposições p e q são verdadeiras e a FALSIDADE (F) quando as proposições
p e q são ambas falsas. Através de uma tabela temos:
p q pq
V V V
V F V
F V V
F F F
q: 10 – 3 = 8 (F)
Disjunção exclusiva
Na linguagem comum a palavra “ou” tem dois sentidos. Assim, por
exemplo, consideremos as seguintes proposições:
p q p v q
V V F
V F V
F V V
F F F
Condicional/implicação
Chama-se proposição condicional uma proposição representada por “se p
então q” (p → q), cujo valor lógico é a FALSIDADE (F) no caso em que p é
verdadeira e q é falsa e a VERDADE (V) nos demais casos. Através de uma tabela
temos:
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Exemplos:
Bicondicional
Chama-se proposição bicondicional uma proposição representada por “p se
e somente se q” (pq), cujo valor lógico é a VERDADE (V) quando p e q são
ambas verdadeiras ou ambas falsas, e a FALSIDADE (F) nos demais casos.
Através de uma tabela temos:
p q pq
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplos:
não p
é falso que p Negação p
não é verdade que p
e; mas; também; além disso Conjunção pq
ou Disjunção pq
Se p então q
p implica q
p, logo q
p só se q; p somente se q Condicional p→q
q segue de p
p é uma condição suficiente para q; basta
p para q
q é uma condição necessária para p
p se e somente se q Bicondicional pq
p é condição necessária e suficiente para q
Resolução: V(P) = ~ (V F) ~ V ~ F :
V(P) = ~ V F
V(P) = F F
V(P) = V
Resolução: V(P) = (F → F) → (F → F F) :
V(P) = V → (F → F)
V(P) = V → V
V(P) = V
(1°) Negação
(3°) → Condicional
(4°) Bicondicional
Exercícios
a) (p w) (y ~ x) → (p → q)
b) (~ w → (q r)) ((p q) (~ p ~ r))
c) ~ ((~ r y (~ y → r)) ((p q) → (~ p ~ q)))
d) (w (p → y)) → ((~ x y) → y)
e) ((p → y) (y → p)) ((p y) (~ p ~ r))
f) ((w → (x → y)) ((w x) → y)) → ((w p) → (q x))
d) p → q e) p q f) (q → p)
p: Carla está com gripe q: Carla perdeu a prova r: Carla foi reprovada
a) Carla está com gripe ou perdeu a prova, mas não foi reprovada.
b) Carla está com gripe e perdeu a prova, ou não perdeu a prova e foi
reprovada.
d) Se não é verdade que Carla está com gripe ou foi reprovada, então ela
não perdeu a prova.
a) x = 0 x = y → y w
b) x 0 y = t → y = w
c) x 0 y w → y = t
d) x = 0 → (x y y t)
e) y t → ~(x = y y = w)
a) 2 + 5 = 8 se e somente se 4 3 = 81
b) Se 1 + 30 = 2 então 5 − 3 = 1
d) 32 + 42 = 52 é racional
e) 1 −1 (3 2 + 4 2 ) = 5 2
f) 1024 20 5 é racional
h) 34 = 81 → ( 2 + 1 = 3 5.0 = 0 )
i) ( 1 + 1 = 5 3 + 3 = 1 )
[7] Determinar o valor lógico de p, isto é, V(p), e o valor lógico de q, isto é, V(q),
em cada um dos itens a seguir:
[8] Três alunos cursam aulas de Inglês na Escola “SPEAK ALL” e eles são
suspeitos de não pagarem suas matrículas. A professora responsável pelo curso
entrevistou os três alunos, para cobrar a matrícula, e obteve os seguintes
depoimentos:
VIVIANE: “Eu paguei, mas pelo menos um dos outros não pagou”
[9] Considere a afirmação P: “A ou B”, onde A e B, por sua vez, são as seguintes
afirmações:
A: Carlos é dentista
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo, a única afirmação correta abaixo é?
(a) Carlos não é dentista; Ênio não é economista; Juca não é arquiteto
[10] Escreva cada uma das proposições compostas a seguir em notação simbólica
usando letras de proposição para denotar as componentes:
a) Se os preços subirem, então haverá muitas casas para vender e elas serão
caras; mas se as casas não forem caras, então, ainda assim, haverá muitas casas
para vender.
Tabela-Verdade
p q q p q (p q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
P(VF) = F
P(FV) = V
P(FF) = V
V V V F V
V F F V V
F V F V V
F F F V V
V V V V F F
V F F V F F
F V F V F F
F F F F V F
p q pvq pvq→p
V V V V
V F V V
F V V F
F F F V
Exercícios
[1] Construa a Tabela-Verdade para cada uma das proposições compostas abaixo
e em seguida classifique em tautologia, contradição ou contingência:
Equivalência Lógica
Diz-se que uma proposição P(p, q, r, s,...) é logicamente equivalente ou
apenas equivalente a uma proposição Q(p, q, r, s,...) se as Tabelas Verdade destas
duas proposições são idênticas.
V V V V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V
são iguais
1. Reflexiva:
2. Simétrica:
3. Transitiva:
Exercícios
[1] Demonstre por tabelas-verdade se as seguintes proposições são equivalentes:
(a) (p → q) → r e p ~ r →~ q
(b) (p → q) (p → r) e p →q r
(c) (p → q) (~ q p) e pq
(d) pq e (p q) (~ p ~ q)
(e) (p → r) → ~ q e q → (p → ~ r)
(a) ~ (p q) e ~ p~ q
(b) ~ (p q) e ~ p~ q
Introdução
Muitas vezes, para designar com clareza certas situações, é necessário
formar um grupo ordenado de números que se apresentam dispostos em linhas e
colunas numa tabela. Essas tabelas são chamadas na Matemática de Matrizes.
Com o advento da computação e a crescente necessidade de se guardar muita
informação, as matrizes adquiriram uma grande importância. Em geral,
definimos uma matriz como um arranjo retangular de números.
Definição
Dados dois números m e n naturais e não nulos, chama-se matriz m por
n (indica-se m x n) toda tabela A formada por números reais distribuídos em m
linhas e n colunas.
1 0 4
Assim: A = é uma matriz com duas linhas e três colunas.
3 - 6 8
A matriz A possui duas linhas e três colunas e, portanto, dizemos que ela é
uma matriz 2 x 3 (que se lê “matriz dois por três”).
OBS (3): para dar nomes às matrizes usamos letras maiúsculas do nosso
alfabeto: A, B, C, D, etc.; e os elementos são representados por letras minúsculas
acompanhadas de um duplo índice (indicando a posição ocupada pelo elemento
na matriz).
A = (a ij ) m x n
Igualdade de Matrizes
Duas matrizes A e B são iguais se tiverem a mesma dimensão e se os seus
elementos correspondentes são iguais, ou seja, se cada entrada de uma delas for
igual à entrada correspondente na outra matriz. Logo, a igualdade de duas
matrizes mxn é equivalente a um sistema de m.n igualdades, uma para cada par
de elementos correspondentes.
Matrizes Especiais
• Matriz-linha (ou vetor linha): é toda matriz do tipo 1 x n, ou seja, possui
apenas uma linha. A = − 3 2 4 0 1 x 4
• Matriz Nula (ou matriz zero): é toda matriz na qual os seus elementos
0 0 0 0
O=
0 0 0 0 2 x 4
Diagonal principal (i = j)
1 0 0
1 0
I2 = I 3 = 0 1 0
0 1 2 x2 0 0 1 3 x 3
− 4 3
− 4 8 5 − 1
A =
8
A= ➔ t
3 −1 2 02x 4 5 2
0 4 x 2
1 5 7
A = 5 0 2
7 2 6 3 x 3
Exercícios
[1] Represente na forma tabular as seguintes matrizes:
(−2) i + j , se i j
c ij = 2i + 3 - j, se i = j
C = (c ij ) 2 x 4 , tal que
4i
− , se i j
j
a 11.a 22 - a 12 .a 21
expressão 2 .
3
x + y 2x − 3y 4 − 7
(a) z - w z + 2w = − 6 6
x y (x + 3) (2x - 1) -1 w
z =
(b)
4 4 y x (5 + y) - 4
Operações Matriciais
Adição de Matrizes
Dadas duas matrizes de mesma dimensão, isto é, A = (a ij ) m x n e B = (b ij ) m x n .
A + B = (a ij + b ij ) m x n
− 1 5 3 4 8 − 2 3 13 1
Exemplo: + = 4
4 − 1 2 0 − 5 1
− 6 3
•A+B=B+A Comutativa
• A + (B + C) = (A + B) + C Associativa
− 1 2 − 3 1 − 2 3
B= , então teremos - B =
− 1 0 1 1 0 − 1
NOTA: B + (-B) = O (uma matriz somada com sua oposta resulta na matriz
nula)
Diferença de Matrizes
Dadas duas matrizes de mesma dimensão, isto é, A = (a ij ) m x n e B = (b ij ) m x n ,
A - B = (a ij − b ij ) m x n
−1 0 3 − 2 − 4 2
Exemplo: 4 − 5 - 1 0 = 3 − 5
3
1 − 1 5 4 − 4
por um número real k (denominado escalar) resulta em uma matriz na qual cada
entrada (elemento) da matriz original é multiplicada por este número real.
k. A = (k.a ij ) m x n
1
− 0
2
−1 0
1
Exemplo: . 4 − 8 = 2 − 4
2
−
3 2
3
−1
2
NOTA(1): (-1).A = -A (multiplicar uma matriz por -1, resulta em sua oposta)
Multiplicação de Matrizes
O produto das matrizes A e B (escreve-se A.B) não é determinado por meio
do produto dos seus respectivos elementos.
Para calcular A.B, o número de colunas de A tem que ser igual ao número
de linhas de B.
5 3
2 4 3
Exemplo: dadas as matrizes A = e B = 2 2
4 − 1 2
6 5
Matriz Inversa
Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, dizemos que A é invertível se
existir uma matriz quadrada X, tal que A.X = X.A = In (onde In é a Matriz
Identidade). Caso isso ocorra, denominamos a matriz X de matriz inversa de A,
-1
tendo como notação A .
3 1
Exemplo: verificar se existe a matriz inversa de A = .
2 1
Aplicando a definição: A . A -1 = I n
3 1 x y 1 0
2 1 . z =
w 0 1
3x + 1z 3y + 1w 1 0
2x + 1z =
2 y + 1w 0 1
3x + z = 1 3y + w = 0 2x + z = 0 2y + w = 1
3x + z = 1 3y + w = 0
2 x + z = 0 2y + w = 1
Resolvendo os sistemas acima (seja pelo método da substituição ou da
adição), chegamos aos valores:
x=1 y = -1 z = -2 w=3
1 − 1
A -1 =
− 2 3
NOTA (2): nem toda matriz quadrada possui inversa. Ela é invertível
somente quando os produtos de matrizes quadradas resultam numa matriz
identidade
Exercícios
[1] Se a matriz A for de dimensão 3x5 e a matriz B for de dimensão 5x2, então a
matriz A.B será de dimensão ____________________.
Seja B uma matriz de dimensão 2x3 e B.A 2 está definida, então A é uma matriz
de dimensão ___________________.
2 1 1 1 1 4
[4] Dadas as seguintes matrizes: A = , B = eC= , determine:
0 - 1 2 0 - 1 3
(a) 2A - 3B + C
(b) 3B - I 2
(c) - 4A - C + 2.(A + B - C)
(d) A t + B
(e) - (A t + B t )
1 − 3 −1 0 − 2
[5] Sejam as matrizes: A = 2
,
− 2 5 0
, , D = − 3 2
,
B= −1
=
4
4 C 2 3 1
3 0 1 4 2 3 4 3
1 6
3 5
E = − 2 1 e F = , determine:
4 3 −1 2
Modelo
Componentes
A B C
Eixos 2 3 4
Rodas 4 6 8
Para os dois primeiros meses do ano, a produção da fábrica deverá seguir
a tabela abaixo:
Meses
Modelos
Janeiro Fevereiro
A 30 20
B 25 18
C 20 15
1 3 − 2 5 0 2
[7] Dadas as matrizes A = 0 1 4 e B = 3 5 − 1 , determine X tal que:
−1 1 0 10 5 18
3X + 2A = B
0 1 1 1
(a) 2X – Y = e Y – X =
2 0 2 1
2 3 12 − 6
(b) X + Y = e 2X – 2Y =
7 − 4 10 − 8
1 3
(a) A =
0 2
5 10
(b) B =
2 4
2 3
(c) C =
4 5
2 7 0 - 3 7 − 28
[10] A Matriz A = 1 3 4 é a Matriz Inversa da Matriz B = 1 − 2 8 ?
0 0 1 0 1
0
Introdução
O conceito de conjunto é fundamental, pois praticamente todos os
conceitos desenvolvidos em Computação e Informática, bem como os
correspondentes resultados, são baseados em conjuntos ou construções sobre
conjuntos.
Conjunto é uma estrutura que agrupa objetos e constitui uma base para
construir estruturas mais complexas. Assim, entendemos um conjunto como
sendo qualquer coleção de objetos, sem repetições, não ordenados, denominados
elementos ou membros. O termo “elemento” é usado de maneira ampla, não é
definido formalmente e pode determinar um objeto concreto ou abstrato. Por
exemplo, podemos falar do conjunto de todos os alunos regularmente
matriculados no Curso de Redes, do conjunto de todas as letras do nosso
alfabeto, o conjunto de todos os números reais menores do que 4, o conjunto de
todos os jogadores da seleção brasileira de futebol, etc.
Na maior parte dos casos, os conjuntos serão definidos por meio de uma
propriedade característica dos objetos a ele pertencentes. Em geral, um conjunto
está completamente determinado quando os seus elementos estão todos
especificados, e existem, essencialmente, duas formas para fazer isto. Uma forma
é descrever, se possível, todos os elementos, ou seja, enumerar todos os seus
elementos. O conjunto que é definido listando todos os seus elementos separados
por vírgulas em qualquer ordem e dispostos habitualmente entre chaves, é
denominado denotação por extensão. Por exemplo:
Exemplos:
Exemplos:
forma de fração a
b
Subconjuntos
Sejam dois conjuntos A e B, dizemos que A é um subconjunto de B se, e
somente se, todos os elementos de A são também elementos de B, ou, se todos os
elementos de A pertencem também ao conjunto B. A notação A B significa que
A é um subconjunto de B. Algumas vezes, em lugar de dizermos que A é um
subconjunto de B, dizemos que A está incluído em B, ou que A está contido em
B.
BA CA
Igualdade de conjuntos
Dizemos que dois conjuntos A e B são iguais (ou idênticos) se, e somente
se, todo elemento de A pertencer a B e todo elemento de B pertencer ao conjunto
A. Neste caso, indicamos por A = B. Se um dos conjuntos contém algum elemento
que não pertence ao outro, dizemos que os dois conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.
Partes de um conjunto
Dado um conjunto A, podemos criar um novo conjunto cujos elementos
sejam todos os subconjuntos de A. Este novo conjunto é chamado de conjunto
das partes de A e denotamos por (A), ou seja: (A) = { X X A}.
NOTA (1): no exemplo acima, o conjunto das partes de A, indicado por (A)
é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A. Assim, teremos:
(A) = {, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2,3}, {1,2,3}}
denotamos por 2A
Exercícios
[1] Escreva os seguintes conjuntos através da denotação por extensão:
(e) conjuntos dos números naturais pares maiores que 4 e menores que 7
Diagrama de Venn-Euller
Introdução
Diagrama de Venn-Euller
Num Diagrama de Venn-Euller faz-se um esboço dos conjuntos, os quais
são representados por áreas fechadas no plano. As figuras usadas podem ser
diversas. Em geral, o conjunto Universal (U) é representado pelo interior de um
retângulo, mais precisamente, pelos pontos interiores ao retângulo. Qualquer
conjunto é desenhado como sendo uma curva fechada, inteiramente contida no
retângulo. Por exemplo, na situação referida
na introdução (acima):
Exercícios
[1] Seja o conjunto A = {xx é paulista} e B = {xx é pessoa inteligente}. Admitindo
que seja verdadeira a frase “todo paulista é inteligente”, como se representam
num Diagrama os conjuntos A e B?
(a) (b)
(c) (d)
Exercícios Complementares
(a) Não é verdade que João programa em Delphi ou Pascal, mas que programa em
Java.
(b) João programa em Pascal ou Java, mas não programa em Delphi e Java.
(c) Se João programa em Delphi então, ele não programa em Java ou Pascal.
(e) Se João programa em Pascal então, é falso que ele programa em Delphi e Java.
(a) (w → (x ~ p) (r y → q)) r
(b) (p → y) (y → w) (r ~ q) (~ x r)
A→4 B → 16 C → 25
(b) Q: (B / A = A) se e somente se (A + B = C)
(a) V, V, F, F, F
(b) F, V, V, V, V
(c) V, F, F, F, V
(d) F, V, F, V, F
(e) V, F, V, V, F
5 − 3 − 5 3 1 − 1 − 2 6
[6] Dadas as matrizes: A = ; B= ; C= ; D = ;
− 6 8 7 − 4 2 − 3 0 9
− 4 5
− 2 5 − 1
E= e F = 2 − 3 determine as seguintes operações:
3 4 6 1 − 1
(g) E . F (h) E . E t
4 7 2 2
(a) M = (b) N =
1 2 4 5
2 − 1 4 7
(c) P = (d) Q =
− 4 2 2 1
2i − j + 1, se i j
i + j
B = (b i j ) com 1 i < 4 e 1 j 3 tal que b i j = , se i = j
2
3j 2 , se i j
2 3 x 3
[10] Sejam as matrizes A = eB = . Encontre o valor de x e y, de modo
4 1 y 2
que tenhamos A.B = B.A
indicada abaixo apresenta a produção mensal dessa indústria. Cada elemento aij
representa o número de unidades do produto i, produzido na fábrica j, ou seja,
a11 representa o número de unidades do produto I, produzido na fábrica 1, e
assim por diante:
560 360 380 100
A = 340 450 420 80
280 270 210 380
[13] Sendo A = {1, 2}, B = {2, 3}, C = {1, 3, 4} e D = {1, 2, 3, 4, 5}. Classifique em (V)
ou (F) as seguintes sentenças:
AD C=D
BC D
3D 4C
AC {1, 2, 3} D
{, {1}} (A) {{3, 4}} (C)
{1, 2, 3} (D) {x x 2 + 10x + 8 = 0 } D
Introdução
Conjuntos podem ser combinados para gerar outros conjuntos. Para isso,
podemos considerar algumas regras (ou operações) que definem formas pelas
quais conjuntos podem ser combinados. Veremos agora quais são estas
operações.
Diferença
Dados os conjuntos A = {xx é vogal do nosso alfabeto} e B = {xx é letra da
palavra BAURU}, então temos: A = {a, e, i, o, u} e B = {b, a, u, r}.
Podemos definir o conjunto formado pelos elementos que pertencem ao
conjunto A e que não pertencem a B, ou seja:
A – B = { x x A e x B}, assim A – B = {e, i, o}
De maneira análoga, teremos: B – A = {b, r}
Observe que: A – B ≠ B – A
Interseção
Dados os conjuntos A = {xx é vogal do nosso alfabeto} e B = {xx é letra da
palavra BAURU}, então temos: A = {a, e, i, o, u} e B = {b, a, u, r}.
União ou reunião
Dados os conjuntos A = {xx é vogal do nosso alfabeto} e B = {xx é letra da
palavra BAURU}, então temos: A = {a, e, i, o, u} e B = {b, a, u, r}.
A B = { x x A ou x B }
NOTA (3): este “ou” da união não significa exclusão, significa que x A ou
x B ou x pertence a ambos, isto é, quando pelo menos uma das afirmações é
verdadeira.
➔ Comutativa: A B = B A
➔ Associativa: A (B C) = (A B) C = (A C) B
Observe que n(A B) n(A) + n(B), pois há dois elementos comuns a ambos
os conjuntos.
Assim: n(A B) = n(A) + n(B) – n(A B)
7 = 5 + 4 - 2
Conjunto Complementar
Sejam os conjuntos A e B, tal que B A . Chama-se complementar de B em
Leis de Morgan:
(A B) C
= A C BC
(A B)C = A C B C
Exercícios
[1] Dados os conjuntos: A = { x 2 ≤ x ≤ 8}
B = { x x é impar positivo menor que 10 }
C = { x 5 x 9 }
D = {2, 4, 6, 8}
Determine:
(a) A B
(b) B D
(c) A C
(d) B – C
(e) C DA
(f) (D – C) (A – B)
[2] Sejam A e B dois conjuntos tais que n(A) = 12, n(B) = 10 e n(A B) = 15.
Determinar:
(a) n(A B) =
(b) n(B – A) =
(c) n(A – B) =
[3] A Empresa Motors Inc., fabricou 325 carros com transmissão automática, 216
com direção hidráulica e 89 com ambas as opções. Quantos carros foram
fabricados, se cada carro possui pelo menos um dos opcionais?
(a) A B (b) (C – B) (A – B)
(c) (A B) C (d) (B C) A
(e) (B – A) C (f) (A B) (A C)
(g) (B - D) (C - A) (h) (A B) - (C D)
[6] Dados os conjuntos A = {4, 6, 8}, B = {4, 8, 11, 14}, C = {9, 11, 14, 21} e
considerando o conjunto Universo U = {4, 6, 8, 9, 11, 14, 21, 30} determine:
(a) A C − (B C) (b) (A C) - (B C) C
(c) (A B) - (B C) (d) B C - (A B)
[8] Em uma pesquisa foi demonstrado que 33% dos entrevistados são assinantes
do jornal A, 29% são assinantes do jornal B, 22% são assinantes do jornal C,
13% assinam os jornais A e B, 6% assinam os jornais B e C, 14% assinam os
jornais A e C, 6% assinam os três jornais.
(a) quantos por cento não assinam nenhum dos três jornais?
[9] Numa sala de aula com 60 alunos, 11 jogam xadrez, 31 são homens ou jogam
xadrez e 3 mulheres jogam xadrez. Concluímos, portanto, que:
(a) 31 são mulheres (b) 29 são homens
(c) 29 mulheres não jogam xadrez (d) 23 homens não jogam xadrez
(e) 9 homens jogam xadrez
[11] Os 36 alunos de uma classe fizeram uma prova de 3 questões. Sabendo que
4 erraram todas as questões, 5 só acertaram a primeira questão, 6 só acertaram
a segunda, 7 só acertaram a terceira, 9 acertaram a primeira e a segunda, 10
acertaram a primeira e a terceira e 7 acertaram a segunda e a terceira, determine
quantos acertaram as três questões.
[12] Num lote de placas-mãe para notebooks comprados pela “Alfadig Ltdaª” o
controle de qualidade verificou que, entre as placas-mãe compradas, 40
apresentavam defeitos na embalagem, na parte elétrica ou no acabamento.
Dentre estas peças, 28 tinham defeito de acabamento, 17 tinham a embalagem
defeituosa, 13 tinham defeitos na parte elétrica, 6 tinham defeitos tanto no
acabamento quanto na embalagem, 7 tinham defeitos de embalagem e na parte
elétrica e 10 tinham defeito no acabamento e na parte elétrica. Alguma peça tinha
todos os três tipos de defeito?
(b) n(C – B) =
(d) n(B – A – C) =
(e) n(A B) =
A C B
[14] A FATEC – Bauru pretende promover nas férias um curso de Programação
direcionado aos alunos regularmente matriculados nos cursos de Banco de
Dados e Redes de Computadores. Ela irá oferecer três opções de cursos:
Programação em Cobol, Programação em Delphi e Programação em Java. Para
verificação da disponibilidade de matrículas para estes cursos foi realizada uma
pesquisa sobre a intenção de modalidades que os alunos pretendem cursar e
foram obtidas as seguintes informações nesta pesquisa: 20 alunos pretendem
cursar Cobol e Java; 60 alunos pretendem cursar Delphi; 65 alunos pretendem
cursar Java; 21 alunos não pretendem cursar nem Delphi, nem Cobol; o número
de alunos que pretender cursar somente Delphi é idêntico ao número de alunos
que pretendem cursar somente Cobol; 17 alunos pretendem cursar Delphi e
Cobol; 45 alunos pretendem cursar Delphi e Java, sendo que destes, 30 não
pretendem cursar Cobol. Podemos afirmar, assim, que o número total de alunos
que responderam à pesquisa foi de:
(a) 93 (b) 103 (c) 114
(d) 110 (e) 99
Produto Cartesiano
Introdução
A operação produto cartesiano é uma operação binária a qual, quando
aplicada a dois conjuntos A e B, resulta em um conjunto constituído de
sequências de duas componentes, sendo que a primeira componente de cada
sequência é um elemento de A e, a segunda componente, um elemento de B.
Assim, para definir produto cartesiano, é necessário antes introduzir a
noção de sequência finita e, em particular, de sequência de dois elementos. Uma
sequência de n componentes, denominada de n-upla ordenada consiste de n
objetos (não necessariamente distintos) em uma ordem fixa. Em particular, uma
2-upla ordenada é denominada de par ordenado. Um par ordenado no qual a
primeira componente é x e a segunda é y, denotamos da seguinte forma:
(x , y) ou x , y . Analogamente, uma n-upla ordenada é denotada como segue:
(x 1 , x 2 , x 3 , x 4 , ... , x n ) ou x 1 , x 2 , x 3 , x 4 , ... , x n
A x B = { (x , y ) x A e y B}
A x B = {(1, 4), (1, 5), (2, 4), (2, 5), (3, 4), (3, 5)}
B x A = {(4, 1), (4, 2), (4, 3), (5, 1), (5, 2), (5, 3)}
Exercícios
[1] Sejam os conjuntos A = {-4, 2, 6} B = {-1, 5} e C = {3, 7}, determine:
AxB
AxC
CxB
B2
[3] Sejam os conjuntos A e B, tais que: A x B = {(-1, 0), (2, 0), (-1, 2), (2, 2), (-1, 3),
(2, 3)}. Então, qual será o número de elementos do conjunto (A – B) U (B – A)?
Relações Binárias
Definição de Relação
Consideremos os conjuntos A = {2, 3, 4} e B ={2, 3, 4, 5, 6}.
O produto cartesiano de A por B é o conjunto A x B = {(x, y) x A e y B}
formado por 3.5=15 elementos.
Os pares ordenados de A x B ficam facilmente demonstrados através de
uma “tabela de dupla entrada”, conforme a seguir:
R1 = {(x, y) A x B x ∕ y}
R2 = {(x, y) A x B x = y}
R3 = {(x, y) A x B y = 2x}
R4 = {(x, y) A x B y = x + 1}
R5 = Ø
R5 = {(x, y) A x B x = y = 100}
Im(R) = {5, 6, 7, 8}
Exemplo: o grafo orientado da relação R ={ (a, b), (a, d), (b, c), (c, e), (d, a),
(d, e), (e, c)} no conjunto A = {a, b, c, d, e} é mostrado na figura abaixo:
Exercícios
[1] Dados M = {3, 6, 9, 12} e N = {1, 3, 5, 7, 9} determine as seguintes relações:
R1 = { (x, y) M x N x < y}
R2 = { (x, y) M x N 2.x.y < 25}
R3 = { (x, y) M x N x 2 + y 2 < 50}
R1 = { (x, y) A x B │ y = x + 1}
R2 = { (x, y) B x A │ x ≥ y}
[8] Seja R a relação definida em * pela sentença aberta “2x + y = 10”, isto é, seja
R = { (x, y) * x * │2x + y = 10}. Determine o domínio e a imagem de R.
Função
Introdução
O conceito de função é muito utilizado no cotidiano e também é
amplamente utilizado em Informática e pode variar de acordo com sua aplicação.
Algumas funções que podemos citar: funções de entrada e saída de informações
em um algoritmo ou programa; funções de criptografia, utilizadas na segurança
de informações; funções de armazenamento, organização e recuperação de dados
(hashing); funções recursivas etc.
De forma geral, uma função pode ser definida como uma relação entre dois
ou mais conjuntos, estabelecida por uma lei de formação ou de associação, isso é,
uma regra geral. Os elementos de um grupo devem ser relacionados com os
elementos do outro grupo, através dessa lei. As funções possuem diversas
aplicações no cotidiano, sempre relacionando grandezas, valores, índices,
variações entre outras situações. Por exemplo: o consumo de banda larga é
função da oferta de pacotes das operadoras de telefonia do país.
Definição
Dados dois conjuntos A e B não vazios e f uma relação binária de A em B.
Dizemos que essa relação f é uma função (ou aplicação) definida de A em B se, e
somente se, para todo elemento x A existe um único elemento y B, de tal
forma que, (x, y) f.
R3 = {(0, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 7), (3, 8)}
Exercícios
[1] Sendo E = {a, b, c, d} e F = {1, 2, 3}, decida quais das relações abaixo são
funções definidas de E em F. Justifique:
(c) R3 = {(a, 1), (a, 2), (b, 1), (c, 2), (d, 3)}
(c) (d)
2x + 3 3 3
[4] A função f(x) = tem imagem igual à Im(f) = - , - 5, 1, . Qual é o
x−2 2 2
conjunto Domínio de f(x)?
Composição de Funções
Definição
Função composta é a composição de duas funções obtendo como
resultado uma outra função. A função composta é a aplicação de uma função
numa outra função, combinando suas variáveis.
É imediato que: f = {(-1, 1), (0, 0), (1, 1), (2, 4)}
A função h(x) tem também uma lei de correspondência que pode ser
encontrada da seguinte forma:
Exercícios
[1] Sabendo que a função f: A→ B é dada pela lei f(x) = 2x + 3 e g: B → C é dada
x +1
pela lei g(x) = , e que A = {1, 2, 3, 4}, B = {3, 5, 7, 9, 11} e C = {2, 3, 4, 5, 6},
2
determine:
Determine, então:
(a) fog
(b) gof
(c) fof
(d) gog
(e) gofof
(a) gof
(b) fog
(c) hof
(d) goh
2
[4] Sabendo que f(x) = , então, determine a função fof(x).
x+3
Função Inversa
Definições
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 3, 5, 7} consideremos a função f
de A em B definida por f(x) = 2x – 1. Notemos que a função f é bijetora formada
pelos pares ordenados f = { (1,1), (2,3), (3,5), (4,7)} onde D(f) = A e Im(f) = B.
Chamaremos de relação inversa de f, e que indicaremos por f −1 , a relação de B
em A tal que f −1 = { (y, x) │ (x, y) f}. Cada par ordenado pertencente à f −1 é
obtido invertendo-se a ordem dos elementos do par ordenado (x, y) de f. Assim,
temos: f −1 = { (1,1), (3,2), (5,3), (7,4)}
OBS (1): os pares ordenados que definem f −1 podem ser obtidos a partir
dos pares ordenados de f, permutando-se os elementos de cada par, isto é: (x, y)
f (y, x) f −1
(x, y) f -1( ) −1
( )
, isto é, a inversa de f −1 é a própria função f, ou seja, f -1
−1
=f .
Podemos assim afirmar que f e f −1 são inversas entre si, ou melhor, uma é inversa
da outra.
Resolução: y = f(x) = 2x – 1
x +1
x = 2y – 1 ➔ x + 1 = 2y ➔ =y
2
x +1
f −1 ( x) =
2
Exercícios
[1] Sendo os conjuntos A = {1, 3, 5, 7, 9}, B = {2, 3, 4, 5, 6} e C = {3, 7, 11, 15, 19}.
Sejam também as seguintes funções:
x +3
f: A → B definida pela sentença f(x) =
2
Determine:
(a) f −1
(b) g −1
(c) gof
(d) f −1o g -1
[2] Nas funções abaixo, obter a lei de correspondência que define a função
inversa:
4x − 1
(a) f (x) = 2x + 3 (b) f ( x) =
3
(c) f ( x) = (x - 1) + 2 (d) f ( x) = 3 x + 2
3
2x + 3
(e) f ( x) = 5x 2 + 4 (f) f ( x) =
3x - 5
1
[3] As funções f e f −1 são inversas entre si. Se f é definida por f(x) = , então
x -3
qual será o valor de f −1 (-1)?
(a) fo f −1
(b) f −1 o f
Análise Combinatória
Introdução
A Análise Combinatória, que inclui o estudo de permutações, combinações
e partições, trata da determinação do número de possibilidades lógicas de algum
evento sem necessariamente identificar todos os casos, ou seja, a Análise
Combinatória visa desenvolver métodos que permitam contar o número de
elementos de um conjunto, sendo estes elementos, agrupamentos formados sob
certas condições. Vejamos alguns exemplos:
C: CARA
K: COROA
Exercícios
[1] Com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 quantos números com três algarismos
podem ser formados? E com três algarismos distintos?
[3] Quantos números de dois algarismos podem ser formados sabendo que, o
algarismo das dezenas corresponde a um múltiplo de 2 (diferente de zero) e o
algarismo das unidades a um múltiplo de 3?
[4] Um homem tem oportunidade de jogar numa roleta, no máximo, cinco vezes.
Em cada jogada ele ganha ou perde 10 reais. Ele começa com 10 reais e é
obrigado a encerrar a série de jogadas se ocorrer uma destas hipóteses: ele perde
todo o seu dinheiro; ele soma 40 reais. De quantas maneiras o jogo pode se
desenrolar? Em quantas dessas maneiras ele sai ganhando e em quantas ele sai
perdendo?
Revisão de Fatorial
Considerando n natural, chama-se fatorial de n ou n fatorial o número
real n! tal que:
➔ se n = 0 então 0! = 1 ➔ se n = 1, então 1! = 1
➔ se n 2, então n! = n.(n-1).(n-2)....2.l (produtos de n fatores
decrescentes, de n até 1).
Exemplos: 5! = 5 . 4. 3. 2. 1 = 120 0! + 3! = 1 + 3.2.1 = 1 + 6 = 7
20! 20 .19 .18!
= = 20 .19 = 380
18! 18!
Arranjos
Consideremos o seguinte problema: com os elementos do conjunto A = {4,
6, 8, 9} vamos formar todos os números possíveis de 2 algarismos distintos:
46 48 49 64
68 69 84 86
89 94 96 98
n!
An , p = onde 0 p n
(n - p)!
n! n!
• An ,0 = = = 1 (isto pode ser interpretado dizendo-se que existe
(n - 0)! n!
apenas um arranjo ordenado de zero objetos: o conjunto vazio).
n! n.(n - 1)!
• A n ,1 = = = n (esta fórmula reflete o fato de que existem n
(n - 1)! (n - 1)!
arranjos ordenados de um objeto).
Permutações
No caso particular em que se tem p = n obtém An,n que é o número de
arranjos nos quais entram todos os elementos dados. Neste caso aos arranjos de
n elementos tomados p a p dá-se o nome de permutação.
n! n! n!
Pn = A n , n = = = = n!
(n - n)! 0! 1
Combinações
Consideremos o exemplo: dado o conjunto A = {a, b, c, d} vamos formar
todos os subconjuntos de A com três elementos:
{a, b, c} {a, b, d}
{a, c, d} {b, c, d}
por:
n!
Cn , p =
(n - p)! . p!
Exercícios
[1] De quantas maneiras uma família de 5 pessoas pode sentar-se num banco de
5 lugares para tirar uma foto? De quantas maneiras esta foto pode ser tirada,
ficando duas delas (pai e mãe) sempre juntas, em qualquer ordem?
[2] Quantos números naturais, de algarismos distintos, entre 3000 e 7000 podem
ser formados, utilizando-se dos algarismos 1, 3, 4, 6, 7 e 8?
[3] Uma equipe está sendo formada para a execução de um trabalho. Existem oito
pessoas participando da seleção e dessas, cinco são analistas de sistemas. De
quantas formas podemos formar uma equipe com quatro pessoas de modo que
metade das pessoas dessa equipe sejam analistas?
[8] De quantas maneiras três casais heterossexuais podem ocupar seis cadeiras,
dispostas em fila, de tal forma que as duas extremidades sejam ocupadas por
homens?
[10] Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras uma
única vez havendo ao todo 45 apertos de mão. Quantas pessoas estavam nesta
reunião? Sabendo-se que metade dessas pessoas são programadores em Java e a
outra metade programadores em COBOL, quantas comissões de quatro pessoas
podem ser formadas, sendo que, nesta comissão duas pessoas, no mínimo,
saibam programar em Java?
(a)
A n, 2 = 30
(b)
A n, 2 + A n +1, 2 = 18
Introdução
A teoria dos grafos é um ramo da Matemática Discreta que estuda as
relações entre objetos de um determinado conjunto. Os grafos são estruturas
discretas que consistem em vértices e arestas que ligam estes vértices. Estruturas
que podem ser representadas por grafos estão em toda parte e muitos problemas
de interesse prático podem ser formulados como questões sobre certos grafos.
Usando modelos de grafos, por exemplo, podemos determinar se é possível
percorrer todas as ruas de uma cidade sem passar por uma rua duas vezes,
podemos determinar se dois computadores estão ligados por um link de
comunicação usando modelo de grafo de redes de computadores. Neste capítulo
então, o objetivo é introduzir os conceitos básicos de teorias dos grafos e
apresentar alguns modelos de grafos diferentes.
Definições
Definição 1: Um grafo G = (V, E) consiste em V, um conjunto não vazio de
vértices (pontos ou nós) e E, um conjunto de vértices distintos, chamados de
arestas. Cada vértice v em V é representado por um ponto (ou pequeno círculo), e
cada aresta e = {v1, v2} é representada por uma curva que conecta seus extremos
v1 e v2.
. E consiste nas arestas e1 = {A, B}, e2 = {B, C}, e3 = {C, D}, e4 = {A, C}, e5 =
{B, D}
V = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
E = {(1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (4, 3), (6, 5)}
Conectando dois vértices, temos uma aresta: esses dois vértices são ditos
como incidentes à aresta.
Dois vértices são considerados adjacentes se uma aresta existe entre eles.
No grafo acima, os vértices 1 e 2 são adjacentes, mas os vértices 2 e 4 não são. O
conjunto de vizinhos de um vértice consiste de todos os vértices adjacentes a ele.
No grafo acima, o vértice 1 possui dois vizinhos: vértice 2 e vértice 5.
Temos:
Perceba que a soma dos graus é igual a 10, que, como esperado, é igual a
duas vezes o número de arestas.
Vejamos o grafo:
= (A, D, E, B, D, E, F, C)
= (A, D, B, E, C)
= (A, D, B, E, F, B, C)
= (A, D, B, F, C)
A sequência é uma trilha, uma vez que nenhuma aresta é usada duas
vezes; mas não é um caminho simples, pois o vértice B é usado duas vezes.
Exercícios
[1] Considere o grafo abaixo. Descreva formalmente o grafo G do diagrama, isto é,
ache o conjunto V de vértices de G e o conjunto E das arestas de G. Ache o grau
de cada vértice:
A 3 = {1, 3, 5, 7, 9} A 4 = {0, 2, 4, 6, 8}
A 5 = {0, 1, 8, 9}
(b) A1 = {...,−4, - 3, - 2, - 1, 0}
A 2 = {..., - 2, - 1, 0, 1, 2}
A 3 = {...,−6, - 4, - 2, 0, 2, 4, 6, ...}
A 4 = {...,−5, - 3, - 1, 1, 3, 5,...}
A 5 = {...,−6, - 3, 0, 3, 6,...}
[5] Dado o grafo orientado descrito formalmente por G = (V, E), tal que V = {1, 2,
3, 4, 5, 6} e E = {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (3, 4), (3, 5), (4, 5), (5, 6), (6, 3)}.
Exercícios Complementares
B = {1, 4, 5, 9}
C = {x x Z e 2 x < 5}
(a) A B (b) A C
(c) A – B (d) C – B
(e) (B – A) ( A – C) (f) AC (B – C)
(g) (C – A) (B – C)C
(a) A (b) B
(c) A B (d) A B
(e) (A - B) A (f) B – (B A)
[5] Dados P = {3, 10} e Q = {10, 21, 40}, determine o conjunto X, sabendo-se que
P X = {3}, Q X = {21} e P Q X = {3, 10, 21, 40, 51}.
(a) (B C) – (A C) (b) (A B) - C
(c) (B D) - (C A) (d) (A - B) (C - D)
[7] Numa empresa multinacional de TI, trabalham 122 analistas dos quais 96 são
brasileiros, 64 homens, 47 fumantes, 51 homens brasileiros, 25 homens
fumantes, 36 brasileiros fumantes e 20 homens brasileiros fumantes. Determine
o número de mulheres brasileiras não fumantes; o número de homens fumantes
não brasileiros; o número de mulheres fumantes; o número de homens
brasileiros fumantes; o número de mulheres não fumantes.
[11] Seja a função f: A → B tal que f(x) = 0, se x for par e f(x) = 1, se x for ímpar.
Sendo o conjunto A = {x *│x < 10} e B = {x │x é dígito do sistema binário}.
Escreva todos os pares ordenados da função f.
[12] Sejam os conjuntos A = {-1, 1, 2, -2, 3} e B = {2, 5,10, 20}; seja também a
relação definida por g = { (x, y) A x B y = x 2 + 1 }.
[13] Uma pessoa lança uma moeda sucessivamente até que ocorram duas caras
consecutivas, ou que quatro lançamentos sejam realizados, o que primeiro
ocorrer. Quais as sequências de resultados possíveis?
[17] Considere o grafo orientado abaixo. Descreva formalmente esse grafo. Ache o
grau de cada vértice. Determine todos os seus ciclos:
Referências Bibliográficas
ABE, Jair Minoro. Teoria intuitiva dos conjuntos. São Paulo: Makron McGraw-Hill,
1991.
ALENCAR FILHO, Edgard de. Iniciação à lógica Matemática. São Paulo: Nobel,
2002.