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TJSP

SUMÁRIO

Raciocínio Lógico
Visa avaliar a habilidade do candidato em entender a estrutura lógica das relações arbitrárias entre pessoas,
lugares, coisas, eventos fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas
para estabelecer a estrutura daquelas relações. Visa também avaliar se o candidato identifica as regularidades
de uma sequência, numérica ou figural, de modo a indicar qual é o elemento de uma dada posição. As questões
desta prova poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas, lógicas de argumentação, diagramas lógicos,
sequências

Este eBook foi adquirido por VALDERI SERGIO JOAQUIM - CPF: 294.771.838-06.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Raciocínio Lógico
Júlio Lociks

NOÇÕES DE LÓGICA Conectivos Lógicos (ou Estruturas Lógicas)

O Que é uma Proposição? Existem alguns termos e expressões que estão frequen‑
temente presentes nas proposições compostas tais como
Denomina‑se proposição a toda sentença, expressa “não”, “e”, “ou”, “se ... então” e “se e somente se” aos quais
em palavras ou símbolos, que exprima um juízo ao qual se denominamos conectivos lógicos ou estruturas lógicas.
possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois
valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso. Exemplo: A sentença “Se x não é maior que y, então x
Somente às sentenças declarativas pode‑se atribuir va‑ é igual a y ou x é menor que y” é uma proposição composta
lores de verdadeiro ou falso, o que ocorre quando a sentença na qual se pode observar alguns conectivos lógicos (“não” ,
é, respectivamente, confirmada ou negada. De fato, não se “se ... então” e “ou”) que estão agindo sobre as proposições
pode atribuir um valor de verdadeiro ou de falso às demais simples “x é maior que y”, “x é igual a y” e “x é menor que y”.
formas de sentenças como as interrogativas, as exclamativas
e outras, embora elas também expressem juízos. Os conectivos lógicos agem sobre as proposições a que
São exemplos de proposições as seguintes sentenças estão ligados de tal modo que o valor lógico (verdadeiro
declarativas: ou falso) de uma proposição composta depende somente:
– do valor lógico de cada uma de suas proposição
O número 6 é par. componentes;
O número 15 não é primo. – e da forma como estas proposições componentes
Todos os homens são mortais. sejam ligadas pelos conectivos lógicos utilizados.
Nenhum porco espinho sabe ler.
Alguns canários não sabem cantar. Exemplo: Compare as seguintes proposições e seus
Se você estudar bastante, então aprenderá tudo. respectivos valores lógicos:
Eu falo inglês e espanhol.
Míriam quer um sapatinho novo ou uma boneca.
Proposições Valores Lógicos
Não são proposições: O número 10 é inteiro. V
O número 10 ímpar. F
Qual é o seu nome?
Preste atenção ao sinal. O número 10 é inteiro e é ímpar. F
Caramba! O número 10 é inteiro ou é ímpar. V
Proposição Simples
V = verdadeiro ; F = falso
Uma proposição é dita proposição simples ou proposi‑
Algumas proposições compostas recebem denomina‑
ção atômica quando não contém qualquer outra proposição
ções especiais de acordo com a estrutura usada para ligar
como sua componente.
as proposições componentes.
Isto significa que não é possível encontrar como parte de
uma proposição simples alguma outra proposição diferente O reconhecimento de tais estruturas é muito importante
para a análise e a resolução dos problemas de raciocínio
dela. Não se pode subdividi‑la em partes menores tais que
lógico que estudaremos mais adiante.
alguma delas seja uma nova proposição.
A tabela seguinte mostra as seis principais estruturas
Exemplo: lógicas e suas denominações. A  partir deste ponto, pas‑
A sentença “Cínthia é irmã de Maurício” é uma proposi‑ saremos a nos referir a estas estruturas como estruturas
ção simples, pois não é possível identificar como parte dela fundamentais:
qualquer outra proposição diferente. Se tentarmos separá‑la
em duas ou mais partes menores nenhuma delas será uma Estruturas fundamentais Denominações
proposição nova. Não‑A Negação
A ou B Disjunção
Proposição Composta
Ou A ou B Disjunção Exclusiva
Uma proposição que contenha qualquer outra como AeB Conjunção
sua parte componente é dita proposição composta ou Se A, então B Condicional
Raciocínio Lógico

proposição molecular. Isto quer dizer que uma proposição A se e somente se B Bicondicional
é composta quando se pode extrair como parte dela uma
nova proposição. Negação: Não‑A

Exemplo: A sentença “Cínthia é irmã de Maurício e de Dada uma proposição qualquer A denominamos ne‑
Júlio” é uma proposição composta, pois é possível retirar‑se gação de A a proposição composta que se obtém a partir
dela duas outras proposições: “Cínthia é irmã de Maurício” da proposição A acrescida do conectivo lógico “não” ou de
e “Cínthia é irmã de Júlio”. outro equivalente.

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A negação “não‑A” pode ser representada simbolica‑ Disjunção: A ou B
mente como:
Denominamos disjunção a proposição composta for‑
~A mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas
ou pelo conectivo “ou”.
A A disjunção A ou B pode ser representada simbolica‑
ou ainda mente como:
¬A
A∨B
Podem‑se empregar também, como equivalentes de
“não‑A” as seguintes expressões: Exemplo: Dadas as proposições simples:
A: Alberto fala espanhol.
Não é verdade que A; B: Alberto é universitário.
É falso que A.
A disjunção “A ou B” pode ser escrita como:
Uma proposição A e sua negação “não‑A” terão sempre
valores lógicos opostos.
A ∨ B: Alberto fala espanhol ou é universitário.
Tabela‑Verdade da Negação (~A)
Na tabela apresentada a seguir, denominada tabela‑ver‑ Para que a disjunção “A ou B” seja verdadeira basta
dade, podemos observar os resultados possíveis da negação que pelo menos uma de suas proposições componentes
“~A” para cada um dos valores lógicos que A pode assumir. seja verdadeira.
Em outras palavras, se A for verdadeira ou se B for
verdadeira ou mesmo se ambas, A e B, forem verdadeiras,
A Não‑A
então a disjunção “A ou B” será verdadeira.
V F Ou seja, a disjunção “A ou B” é falsa somente quando
F V A é falsa e B é falsa também.

Como se pode observar na tabela‑verdade, uma propo‑ Tabela‑Verdade da Disjunção (A ∨ B)


sição qualquer e sua negação nunca poderão ser simultane‑ Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑
amente verdadeiras ou simultaneamente falsas. servar os resultados da disjunção “A ou B” para cada um dos
valores que A e B podem assumir.
Conjunção: A e B

Denominamos conjunção a proposição composta for‑ A B A∨B


mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas V V V
pelo conectivo “e”. V F V
A conjunção “A e B” pode ser representada simbolica‑ F V V
mente como:
F F F
A∧B
Disjunção Exclusiva: ou A ou B
Exemplo: Dadas as proposições simples:
Denominamos disjunção exclusiva a proposição com‑
posta formada por duas proposições quaisquer onde cada
A: Elisabeth é mãe de Cínthia.
uma delas esteja precedida pelo conectivo “ou”.
B: Elisabeth é mãe de Maurício.
A disjunção exclusiva ou A ou B pode ser representada
simbolicamente como:
A conjunção A e B pode ser escrita como:
A∨B
A ∧ B: Elisabeth é mãe de Cínthia e de Maurício.
(observe o sublinhado no símbolo ∨)
Uma conjunção é verdadeira somente quando as duas
proposições que a compõem forem verdadeiras. Ou seja, Exemplo: Dadas as proposições simples:
a  conjunção “A ∧ B” é verdadeira somente quando A é
verdadeira e B é verdadeira também. A: O número 19 é par.
B: O número 19 é ímpar.
Tabela‑Verdade da Conjunção (A ∧ B)
Na tabela apresentada a seguir (tabela‑verdade) pode‑ A disjunção exclusiva “ou A ou B” pode ser escrita como:
mos observar todos os resultados possíveis da conjunção “A e
Raciocínio Lógico

B” para cada um dos valores lógicos que A e B podem assumir. A ∨ B: Ou o número 19 é par ou o número 19 é ímpar.

A B A∧B Uma disjunção exclusiva é verdadeira somente quando


V V V uma e apenas uma das proposições que a compõem for
verdadeira.
V F F
Ou seja, a disjunção exclusiva “ou A ou B” é verdadeira
F V F somente quando A e B têm valores lógicos contrários (A é
F F F verdadeira e B é falsa ou vice‑versa).

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Se A e B tiverem o mesmo valor lógico (ambas verdadei‑ Alguns dos resultados da tabela acima podem parecer
ras ou ambas falsas) então a disjunção exclusiva será falsa. absurdos à primeira vista.
A fim de esclarecer o significado de cada um dos re‑
Tabela‑Verdade da Disjunção Exclusiva (A ∨ B) sultados possíveis numa sentença condicional, considere a
Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑ seguinte situação: numa tarde de domingo um casal está
servar os resultados da disjunção exclusiva “ou A ou B” para sentado no sofá da sala de seu apartamento assistindo a
cada um dos valores que A e B podem assumir. um filme quando a campainha toca. A mulher, que se diz
sensitiva, diz: “Se for uma mulher, então ela estará trazendo
um pacote nas mãos”. O marido, que não costuma dar muita
A B A∨B importância às previsões da mulher, resmunga “Vamos ver
V V F se você está mesmo certa!” e vai abrir a porta.
V F V Em que conjunto de situações poderemos dizer que a
F V V previsão da mulher estava errada?
Há quatro situações a serem analisadas:
F F F
1a – Quem tocou a campainha era realmente uma
Condicional: Se A então B mulher que estava mesmo trazendo um pacote nas mãos.
Neste caso teremos que reconhecer que a previsão da mu‑
lher era correta (este caso corresponde ao que está descrito
Denominamos condicional a proposição composta for‑
na primeira linha da tabela‑verdade apresentada para a
mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas
condicional).
pelo conectivo “Se ... então” ou por uma de suas formas
2a – Quem tocou a campainha era realmente uma mu‑
equivalentes.
lher, mas ela não estava trazendo um pacote nas mãos. Neste
A proposição condicional “Se A, então B” pode ser caso podemos dizer que a previsão da mulher mostrou‑se
representada simbolicamente como: errada (este caso corresponde ao que está descrito na segun‑
da linha da tabela‑verdade apresentada para a condicional).
A→B 3a – Quem tocou a campainha não era uma mulher
Exemplo: Dadas as proposições simples: embora estivesse mesmo trazendo um pacote nas mãos.
Neste caso não podemos dizer que a previsão da mulher
A: José é alagoano. estava errada, pois ela não disse que somente uma mulher
B: José é brasileiro. poderia estar trazendo um pacote nas mãos. Acontece que
toda proposição deve ser ou verdadeira ou falsa e esta não
A condicional “Se A, então B” pode ser escrita como: é falsa. Então é verdadeira! (Este caso corresponde ao que
está descrito na terceira linha da tabela‑verdade apresentada
A → B: Se José é alagoano, então José é brasileiro. para a condicional)
4a – Quem tocou a campainha não era uma mulher e
Na proposição condicional “Se A, então B” a proposição nem mesmo estava trazendo um pacote nas mãos. Neste
A, que é anunciada pelo uso da conjunção “se”, é denomi‑ caso também não podemos dizer que a previsão da mu‑
nada condição ou antecedente enquanto a proposição B, lher estava errada, pois a previsão de que a pessoa traria
apontada pelo advérbio “então” é denominada conclusão um pacote nas mãos estava condicionada ao fato de que
ou consequente. a pessoa fosse uma mulher. Não sendo uma mulher, não
As seguintes expressões podem ser empregadas como teria necessariamente que trazer um pacote nas mãos. No‑
equivalentes de “Se A, então B”: vamente, a proposição não é falsa. Logo, é verdadeira (este
caso corresponde ao que está descrito na quarta linha da
Se A, B; tabela‑verdade apresentada para a condicional).
B, se A;
Todo A é B; Cuidado: Usualmente, quando empregarmos uma sen‑
A implica B; tença do tipo “se A então B” esperamos que exista alguma
A somente se B; forma de relacionamento entre A e B ou que guardem entre
A é suficiente para B; si alguma relação de causa e efeito.
B é necessário para A. Neste sentido, aceitaríamos com facilidade, por exem‑
plo, a  proposição “Se um número inteiro termina com o
algarismo 8 então este número é par”.
Uma condicional “Se A então B” é falsa somente quando
No mesmo sentido, tenderíamos a recusar proposições
sua condição (A) é verdadeira e sua conclusão (B) é falsa,
como:
sendo verdadeira em todos os outros casos.
Isto significa que numa proposição condicional, a única “se um triângulo tem três lados então o número sete
situação inaceitável é termos uma condição verdadeira e é primo”
uma conclusão falsa.
Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑ Ou, ainda:
servar os resultados da proposição condicional “Se A então
Raciocínio Lógico

B” para cada um dos valores que A e B podem assumir. “se um quadrado tem sete lados então fala‑se o por‑
tuguês no Brasil”
A B A→B
V V V Provavelmente recusaríamos a primeira dizendo algo
como:
V F F
F V V “O que é que tem a ver um triângulo ter três lados com o
F F V fato de o número sete ser primo?”

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Quanto à segunda, é quase certo que alguém a recusasse Assim, percebemos que, para a Lógica, o valor lógico
alegando algo como: de uma proposição composta independe da existência de
qualquer relação entre as proposições dadas.
“Para começar, um quadrado não tem sete lados, mas
quatro. E mesmo que tivesse, isto não tem nada a ver com Bicondicional: A se e somente se B
falar‑se ou não o português no Brasil”.
Denominamos bicondicional a proposição composta
Esse tipo de recusa parece razoável, pois nestas afirma‑ formada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas
ções falta algo que relacione a primeira parte da proposição pelo conectivo “se e somente se”.
(condição) com a segunda (conclusão). A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode
No entanto, segundo as regras da Lógica, estas duas ser representada simbolicamente como:
proposições são verdadeiras!
Para verificarmos isto, basta analisarmos cada uma delas A↔B
seguindo as regras estudadas: Exemplo: Dadas as proposições simples:
Vejamos:
A: Adalberto é meu tio.
Proposição: Se um triângulo tem três lados então o B: Adalberto é irmão de um de meus pais.
número sete é primo.
A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode
Esta é uma proposição do tipo “Se A então B”. ser escrita como:

A condição da proposição é: A ↔ B: Adalberto é meu tio se e somente se Adalberto


A: Um triângulo tem três lados. é irmão de um de meus pais.
(verdade)
Como o próprio nome e símbolo sugerem, uma propo‑
A conclusão é: sição bicondicional “A se e somente se B” equivale à propo‑
B: O número sete é primo. sição composta “se A então B e se B então A”.
(verdade) Podem‑se empregar também como equivalentes de “A
se e somente se B” as seguintes expressões:
Como sabemos, uma proposição condicional onde a
condição e a conclusão sejam, ambas, verdadeiras será ela A se e só se B;
mesma, também, verdadeira. Todo A é B e todo B é A;
Todo A é B e reciprocamente;
Confira na tabela‑verdade: Se A então B e reciprocamente;
A é necessário e suficiente para B;
A B A→B A é suficiente para B e B é suficiente para A;
A é necessário para B e B é necessário para A.
V V V
V F F A proposição bicondicional “A se e somente se B” é
F V V verdadeira somente quando A e B têm o mesmo valor lógico
F F V (ambas são verdadeiras ou ambas são falsas), sendo falsa
quando A e B têm valores lógicos contrários.
Proposição: Se um quadrado tem sete lados então Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos
fala‑se o português no Brasil” observar os resultados da proposição bicondicional “A se e
somente se B” para cada um dos valores que A e B podem
A proposição é do tipo “Se A então B”. assumir.

Condição da sentença: A B A↔B


A: Um quadrado tem sete lados. V V V
(falso) V F F
F V F
Conclusão da sentença é:
B: Fala‑se o português no Brasil. F F V
(verdade)
Sentenças Abertas
Como sabemos, TODA proposição condicional com con‑
dição FALSA é, sempre, VERDADEIRA (independentemente Dizemos que uma expressão P(x) é uma sentença
de a conclusão ser verdadeira ou falsa). aberta na variável x se, e somente se, P(x) se tornar uma
proposição sempre que substituirmos a variável x por qual‑
quer elemento pertencente a certo conjunto denominado
Raciocínio Lógico

Confira na tabela‑verdade:
universo de discurso.
Note que, ao substituirmos a variável da sentença aberta
A B A→B por um elemento dado do seu universo de discurso, a pro‑
V V V posição resultante não tem que ser Verdadeira.
V F F
Exemplo: A expressão 2x + 5 = 25 é uma sentença aberta
F V V
na variável x. Quando substituímos a variável pelo número 5
F F V obtemos uma proposição Falsa: 2⋅(5) + 5 = 25.

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Tautologia Assim, quando uma proposição composta for uma
contingência, a última coluna de sua tabela‑verdade deverá
Uma proposição composta é uma tautologia se e so‑ apresentar o valor lógico V (verdadeiro) pelo menos uma
mente se ela for sempre verdadeira, independentemente vez e, também, o valor lógico F (falso) pelo menos uma vez.
dos valores lógicos das proposições que a compõem.
Deste modo, quando uma proposição composta for uma Exemplo:
tautologia, a última coluna de sua tabela‑verdade será o valor A proposição “Se A então B” é uma contingência, pois
lógico V (verdadeiro) em todas as suas linhas. será Falsa quando A for Verdadeira e B Falsa, sendo Verda‑
deira em todos os outros casos.
Exemplo:
A proposição “Se (A e B) então (A ou B)” é uma tau‑ As Três Leis Fundamentais do Pensamento Lógico
tologia, pois é sempre verdadeira independentemente
dos valores lógicos de A e de B, como se pode observar na Alguns autores citam três princípios como sendo funda‑
tabela‑verdade abaixo: mentais para o pensamento lógico.

A B AeB A ou B (A e B) → (A ou B) Princípio da Identidade


V V V V V
Se uma proposição qualquer é verdadeira, então ela é
V F F V V
verdadeira.
F V F V V Em símbolos:
F F F F V P→P

Contradição Princípio da Não Contradição

Uma proposição composta formada por duas ou mais Nenhuma proposição pode ser verdadeira e também
proposições é uma contradição se e somente se ela for ser falsa.
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das Em símbolos:
proposições que a compõem. ~(P ∧ ~P)
Portanto, quando uma proposição composta for uma
contradição a última coluna de sua tabela‑verdade será o Princípio do Terceiro Excluído
valor lógico F (falso) em todas as suas linhas.
Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.
Exemplo: Em símbolos:
A proposição “A se e somente se não A” é uma con‑ ou P ou ~P
tradição pois é sempre falsa, independentemente dos
valores lógicos de A e de não A, como se pode observar na
Implicação Lógica
tabela‑verdade abaixo:
Dizemos que a proposição A implica (ou acarreta) a
A ~A A ↔ ~A proposição B se, e somente se, for impossível termos simulta‑
V F F neamente A verdadeira e B falsa na proposição condicional
F V F “Se A então B” (em símbolos: A→B).
Quando A implica B anotamos:
O exemplo acima mostra que uma proposição qualquer
A e sua negação, ~A, nunca serão ambas verdadeiras nem A⇒B
ambas falsas. (lê‑se: A implica B ou A acarreta B)

Relação entre Tautologia e Contradição Propriedades da Implicação Lógica

Sabemos que uma tautologia é sempre verdadeira en‑ São propriedades da relação de implicação lógica:
quanto uma contradição, sempre falsa, daí pode‑se concluir 1ª – A ⇒ A (reflexiva);
que: 2ª – Se A ⇒ B e se B ⇒ C então A ⇒ C (transitiva);
3ª – A implicação lógica NÃO é simétrica.
A negação de uma tautologia é sempre uma contradição.
Proposições Logicamente Equivalentes
e
Dizemos que duas proposições são logicamente equi‑
A negação de uma contradição é sempre uma tautologia. valentes ou simplesmente equivalentes quando satisfazem
Raciocínio Lógico

às duas condições seguintes:


Contingência 1o – são compostas pelas mesmas proposições simples;
2o – têm tabelas‑verdade idênticas.
Uma proposição composta formada por duas ou mais
proposições é uma contingência se e somente se for possível Uma consequência prática da equivalência lógica é que
que ela seja verdadeira tanto quanto que ela também seja ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe
falsa, dependendo dos valores lógicos das proposições que seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
a compõem. dizê‑la.

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A equivalência lógica entre duas proposições, A e B, A tabela a seguir mostra as equivalências mais comuns
pode ser representada simbolicamente como: para as negações de algumas proposições compostas:

A⇔B Equivalente da
(lê‑se: A é equivalente a B) Proposição Negação direta
Negação
AeB Não (A e B) Não A ou não B
As proposições A e B serão equivalentes se, e somente
se, for impossível termos simultaneamente A verdadeira A ou B Não (A ou B) Não A e não B
com B falsa ou A falsa com B verdadeira na proposição Se A então B Não (se A então B) A e não B
bicondicional “ A se, e somente se, B” (em símbolos: A↔B). A se e Não (A se e Ou A ou B
somente se B somente se B)
Regras de Equivalência Todo A é B Não (todo A é B) Algum A não é B
Algum A é B Não (algum A é B) Nenhum A é B
Da definição de equivalência lógica podem‑se demons‑
trar as seguintes equivalências:
1. A ⇔ A (reflexiva); Diagramas Lógicos
2. Se A ⇔ B então B ⇔ A (simétrica);
Um diagrama lógico é um esquema que busca repre‑
3. Se A ⇔ B e se B ⇔ C então A ⇔ C (transitiva); sentar as relações existentes entre as diversas partes que
4. Se A e B são duas tautologias então A ⇔ B; compõem uma proposição.
5. Se A e B são duas contradições então A ⇔ B. O modelo mais comum para diagramas lógicos é o dos
diagramas de Venn‑Euler.
Leis de comutatividade Neste capítulo aprofundaremos nossos estudos sobre
6. A ∧ B ⇔ B ∧ A os digramas lógicos estudando uma variação do modelo
7. A ∨ B ⇔ B ∨ A de Venn‑Euler que nos permitirá uma representação mais
8. A ∨ B ⇔ B ∨ A precisa do que aquela vista anteriormente.
9. A ↔ B ⇔ B ↔ A
Universo de discurso (U)
Leis de associatividade
10. (A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C) Denomina‑se universo de discurso o conjunto de tudo o
11. (A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C) que se admite como possível em um dado contexto.
Deste modo, qualquer proposição possível será um
Leis de distributividade subconjunto do universo de discurso.
12. A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C) O universo de discurso será sempre indicado pela região
13. A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C) interna de um retângulo.
Cada proposição é indicada por uma região delimitada
Lei da dupla negação dentro do universo de discurso.
14. ~(~A) ⇔ A

Equivalências da Condicional
15. A → B ⇔ ~A ∨ B
16. A → B ⇔ ~B → ~A

Equivalências da Bicondicional
17. A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
18. A ↔ B ⇔ (A ∧ B) ∨ (~B ∧ ~A)
19. A ↔ B ⇔ ~(A ∨ B)
U = universo de discurso
Leis de Morgan A = proposição
20. ~(A ∪ B) ⇔ ~A ∩ ~B
21. ~(A ∩ B) ⇔ ~A ∪ ~B Uma proposição é verdadeira em qualquer ponto dentro
de sua região sendo falsa em todos os demais pontos do
universo de discurso.
Negação de Proposições Compostas
Um problema de grande importância para a lógica é
o da identificação de proposições equivalentes à negação
de uma proposição dada. Negar uma proposição simples é
uma tarefa que não oferece grandes obstáculos. Entretanto
podem surgir algumas dificuldades quando procuramos
Raciocínio Lógico

identificar a negação de uma proposição composta.


Como vimos anteriormente, a negação de uma propo‑
sição deve ter sempre valor lógico oposto ao da proposição
dada. Deste modo, sempre que uma proposição A for ver‑
dadeira, a sua negação não‑A deve ser falsa e sempre que
A for falsa, não‑A deve ser verdadeira.
Em outras palavras a negação de uma proposição deve Na região 1 a proposição A é verdadeira.
ser contraditória com a proposição dada. Na região 2 a proposição A é falsa.

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Diagrama Lógico da Disjunção Exclusiva
Na região 1 A e B são falsas.
Na região 2 A é verdadeira e B é falsa. Se as proposições A e B forem representadas como
Na região 3 A e B são verdadeiras. conjuntos através de um diagrama, a  disjunção exclusiva
Na região 4 A é falsa e B é verdadeira. “A ∨ B” corresponderá à união da parte do conjunto A que
não está em B (A−B) com a parte do conjunto B que não
Ao representar uma estrutura lógica por um diagrama está em A (B−A).
lógico somente as regiões para as quais o resultado da
(A−B) ∪ (B−A)
tabela‑verdade da estrutura representada for verdadeiro
serão sombreadas.

Diagrama Lógico da Negação

Num diagrama de conjuntos, se a proposição A for


representada pelo conjunto A, então a negação “não‑A”
corresponderá ao conjunto complementar de A.

Observe que isto equivale à diferença entre a união e a


interseção dos conjuntos A e B.

(A∪B) − (A ∩B)

Diagramas Lógicos da Condicional “A → B”

Se as proposições A e B forem representadas como


conjuntos através de um diagrama, a proposição condicional
“Se A então B” poderá ser indicada de dois modos:

Diagrama Lógico da Conjunção 1º Como nos casos anteriores, sombreando somente as


regiões dos conjuntos A e B correspondentes às linhas cujo
Se as proposições A e B forem representadas como resultado é V na tabela‑verdade da proposição condicional.
conjuntos através de um diagrama, a  conjunção “A ∧ B”
corresponderá à interseção do conjunto A com o conjunto
B, A ∩ B.

2º Como a inclusão do conjunto A no conjunto B (A está


contido em B).
Raciocínio Lógico

Diagrama Lógico da Disjunção

Se as proposições A e B forem representadas como


conjuntos através de um diagrama, a  disjunção “A ∨ B”
corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.

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Diagramas Lógicos da Bicondicional Representações Gráficas

Se as proposições A e B forem representadas como Deve‑se ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-
conjuntos através de um diagrama, a  proposição bicondi‑ 1783) a ideia de representar as proposições categóricas por
cional “A se e somente se B” corresponderá à igualdade meio de diagramas que, por isto, são denominados diagra‑
dos conjuntos A e B. mas de Euler ou diagramas lógicos.
Nas representações gráficas das proposições categóricas
considere o significado dos seguintes sinais que aparecerão
em certas regiões dos conjuntos citados:

Sinal Significado
x Esta região tem pelo menos um elemento.
? Esta região pode ter elementos ou não.

Todo A é B.

Algum A é B.

Proposições Categóricas
Na lógica clássica (também chamada lógica aristotélica)
o estudo da dedução era desenvolvido usando‑se apenas
quatro tipos especiais de proposições, denominadas pro‑
posições categóricas.
As proposições categóricas podem ser universais ou
particulares, cada uma destas podendo ser afirmativa ou
negativa. Temos, portanto, quatro proposições categóricas
possíveis. Nenhum A é B.
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas
formas típicas, são apresentadas no quadro seguinte:

Afirmativas Negativas
Universais Todo A é B. Nenhum A é B.
Particulares Algum A é B. Algum A não é B.

Sujeito e Predicado de uma Proposição Categórica

Dada uma proposição categórica em sua forma típica Algum A não é B.


chamamos de:
– sujeito o elemento da sentença relacionado ao quan‑
tificador da proposição;
– predicado o elemento que se segue ao verbo.

Exemplos:
Raciocínio Lógico

Proposições
Sujeito Predicado
Categóricas
Todo atleta nato é um ven‑ atleta nato um vencedor
cedor Neste último caso é importante lembrar que o conjunto
B não poderá resultar totalmente vazio. Isto se deve em
Nenhum ser vivo é imortal ser vivo imortal
obediência a um dos princípios da lógica das proposições
Algum quadro é obra de arte quadro obra de arte categóricas que estabelece que “toda classe tem que possuir
Algum político não é honesto político honesto pelo menos um elemento”.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Quantificação

A quantificação é uma forma de estabelecer uma relação


entre sujeito e predicado de uma proposição.
Quando dizemos “Todo atleta é um batalhador”, es‑
tamos fazendo referência a dois conjuntos – o conjunto
daqueles que são atletas e o conjunto daqueles que são ba‑
talhadores. Assim, o sentido da sentença é que “todo aquele
que pertença ao conjunto dos atletas, também pertence ao
conjunto dos batalhadores”.
Na teoria dos conjuntos, os elementos de um conjunto
é que são quantificados para que se possa estabelecer sua
relação de pertinência com um outro conjunto.
1. Contraditórias – Uma proposição categórica qualquer
Representação Simbólica e sua negação lógica são ditas contraditórias.

Os quantificadores são representados por símbolos es‑ “Todo A é B” e “Algum A não é B” são contraditórias.
peciais e sua leitura é feita de modo ligeiramente diferente
daquela como usamos nas proposições categóricas. “Nenhum A é B” e “Algum A é B” são contraditórias.

Duas proposições contraditórias não podem ser am‑


Quantificador Símbolo Significado bas verdadeiras nem ambas falsas, tendo sempre valores
Todo, lógicos opostos.
Universal ∀ Para todo ou
– Se soubermos que uma proposição qualquer é ver‑
Qualquer que seja
dadeira, poderemos garantir que a sua contraditória
Particular ∃ Existe algum será falsa.
– Se soubermos que uma proposição qualquer é falsa,
Particular negativo Não existe poderemos garantir que a sua contraditória será
∃/ verdadeira.
Particular exclusivo ∃I Existe um único
2. Contrárias – Uma afirmativa universal e a correspon‑
dente negativa universal são ditas contrárias.
Exemplos:
“Todo A é B” e “Nenhum A é B” são contrárias.
Universal afirmativa:
Todo A é B. Duas sentenças contrárias nunca são ambas verdadei‑
∀x, x∈A → x∈B ras, mas podem ser ambas falsas.
(para todo x, se x∈A então x∈B)
– Se soubermos que uma universal qualquer é verda‑
Universal negativa: deira poderemos garantir que a sua contrária é falsa.
Nenhum A é B. – Por outro lado se soubermos que uma universal
∀x, x∈A → x∉B qualquer é falsa não poderemos garantir que a sua
(para todo x, se x∈A então x∉B) contrária seja falsa também.
Particular afirmativa: 3. Subcontrárias – Uma afirmativa particular e a cor‑
Algum A é B. respondente negativa particular são ditas subcontrárias.
∃x, x∈A ∧ x∈B
(existe algum x tal que x∈A e x∈B) “Algum A é B” e “Algum A não é B” são subcontrárias.

Particular negativa: Duas sentenças subcontrárias nunca são ambas falsas,


Nenhum A é B. mas podem ser ambas verdadeiras.
∃/ x, x∈A ∧ x∈B
(não existe x tal que x∈A e x∈B) – Se soubermos que uma proposição particular é falsa,
poderemos garantir que a sua subcontrária é verda‑
Relações Quantificacionais deira.
– Por outro lado, se soubermos que uma proposição
Duas proposições categóricas distintas, que tenham particular é verdadeira não poderemos garantir que
mesmo sujeito e mesmo predicado, ou não poderão ser sua subcontrária seja verdadeira também.
Raciocínio Lógico

ambas verdadeiras ou não poderão ser ambas falsas, ou as


duas coisas. 4. Subalternas  – Duas afirmativas ou duas negativas
Dizemos que estarão sempre em oposição. (sendo uma universal e sua particular correspondente) são
ditas subalternas.
São quatro os tipos de oposição.
“Todo A é B” e “Algum A é B” são subalternas.
Observe o quadro a seguir que é conhecido como qua‑
dro de oposições. “Nenhum A é B” e “Algum A não é B” são subalternas.

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– Se soubermos que uma proposição universal é verda‑ premissa = hipótese
deira então poderemos garantir que sua subalterna conclusão = tese
particular também será verdadeira. A recíproca (da
particular para a universal) não pode ser garantida. Silogismo
– Se soubermos que uma proposição particular
é falsa então poderemos garantir que sua subalterna Um argumento formado por exatamente três proposi‑
universal será falsa também. A recíproca (da univer‑ ções, sendo duas como premissas e a outra como conclusão,
sal para a particular) não pode ser garantida. é denominado silogismo.
{ P1, P2 } ⇢ C
Existe uma forma simples de resumirmos o comporta‑ Assim, são exemplos de silogismos os seguintes argu‑
mento de duas proposições subalternas. mentos:
1º – Monte uma sentença condicional colocando as
proposições subalternas na seguinte ordem: I. P1: Todos os artistas são apaixonados.
P2: Todos os apaixonados gostam de flores.
Se (Universal) então (Particular) C : Todos os artistas gostam de flores.

2º – Marque o valor lógico (V ou F) junto da parte que II. P1: Todos os apaixonados gostam de flores.
contém a proposição cujo valor lógico é conhecido. P2: Míriam gosta de flores.
C : Míriam é uma apaixonada.
3º  – Deduzimos quais valores lógicos poderão ter a
subalterna restante de modo que a sentença condicional Silogismos Categóricos
seja verdadeira. Um silogismo é denominado categórico quando:
1o É composto por três proposições categóricas;
Exemplos: 2 o  As três proposições categóricas devem conter,
1. Sabemos que a proposição universal é verdadeira. ao todo, três únicos termos;
3o Cada um dos termos deve ocorrer em exatamente
Se (universal) então (particular) duas das três proposições que compõem o silogismo.
V → V Exemplo:
No silogismo:
Portanto, a proposição particular também é verdadeira. P1: Todo bom atleta é persistente.
P2: Hudson é um bom atleta.
2. Sabemos que a proposição universal é falsa. C: Hudson é persistente.

Se (universal) então (particular) Os três termos são:


F → V ou F bom atleta – que ocorre nas duas premissas, P1 e P2;
persistente – que ocorre na primeira premissa e na
Portanto, a proposição particular pode ser verdadeira conclusão;
ou falsa. Hudson – que ocorre na segunda premissa e na conclusão.

3. Sabemos que a proposição particular é verdadeira. Termos de um Silogismo


Cada um dos termos que ocorrem num silogismo cate‑
górico tem um nome especial:
Se (universal) então (particular) – Termo médio (M): é aquele que ocorre nas duas
V ou F ← V premissas.
– Termo maior (T): é o termo que ocorre como predi‑
Portanto, a proposição universal pode ser verdadeira cado da conclusão.
ou falsa. – Termo menor (t): é o termo que ocorre como sujeito
da conclusão.
4. Sabemos que a proposição particular é falsa.
Forma Típica de um Silogismo Categórico
Se (universal) então (particular)
Um silogismo categórico é dito de forma típica quando
F ← F
satisfaz às três seguintes condições:
1o As três proposições categóricas que o integram estão
Portanto, a proposição universal também é falsa. em suas formas típicas;
2o A primeira premissa (premissa maior) tem o predi‑
Argumento cado da conclusão (termo maior) como um de seus termos;
3o A segunda premissa (premissa menor) tem o sujeito
Raciocínio Lógico

Denomina‑se argumento a relação que associa um da conclusão (termo menor) como um de seus termos.
conjunto de proposições P1, P2, ... Pn, chamadas premissas
do argumento, a  uma proposição C a qual chamamos de Exemplo:
conclusão do argumento. Observe o silogismo categórico seguinte:
{P1, P2, ... Pn} ⇢ C
No lugar dos termos “premissa” e “conclusão” podem P1: Todo artista é brincalhão.
ser empregados os termos correspondentes “hipótese” e P2: Todo brincalhão é cortês.
“tese”, respectivamente. C: Todo artista é cortês.

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Este silogismo não está na forma típica, pois o seu 1 AAA
termo maior (cortês) está presente na segunda premissa e 2 AAE
não na primeira. 3 AAI
Para colocá‑lo na forma típica, no entanto, basta permu‑ 4 AAO
tarmos a premissas entre si. Assim teremos: 5 AEA
6 AEE
P1: Todo brincalhão é cortês. 7 AEI
P2: Todo artista é brincalhão. : :
C: Todo artista é cortês. : :
: :
Figura 64 OOO
Num silogismo categórico, na forma típica a posição do
termo médio em cada uma das duas premissas varia de um Forma
silogismo para outro havendo quatro situações possíveis. Como podemos observar dos conceitos que estudamos
Cada uma dessas quatro situações corresponde a uma de figura e de modo, um silogismo não é completamente
figura, conforme segue: caracterizado somente por sua figura nem somente por seu
Primeira Figura – O termo médio ocorre “nos extremos”, modo.
ou seja, o termo médio ocorre como sujeito da primeira Ou seja, podemos ter dois silogismos categóricos de mo‑
premissa e como predicado da segunda premissa. dos diferentes mas de mesma figura, assim como podemos
Segunda Figura – O termo médio ocorre como predica‑ ter dois silogismos categóricos de figuras diferentes mas de
do nas duas premissas. mesmo modo.
Para caracterizarmos completamente um silogismo
Terceira Figura – O termo médio ocorre como sujeito
categórico, devemos identificar, conjuntamente, tanto seu
nas duas premissas.
modo quanto sua figura.
Quarta Figura – O termo médio ocorre “nos meios”, Ao definirmos tanto o modo quanto a figura de um
ou seja, o termo médio ocorre como predicado da primeira silogismo, estamos identificando a sua forma.
premissa e como sujeito da segunda premissa. É, portanto
o inverso da primeira figura. ( modo ) + ( figura ) = ( forma )

Modo Exemplo:
O modo de um silogismo de forma típica é determina‑ Considere o seguinte silogismo categórico:
do pelos tipos de proposições categóricas usados em sua
“Todo elemento perigoso é potencialmente nocivo à
construção.
sociedade;
Cada modo é representado por três vogais, cada uma Todo motorista desatento é um elemento perigoso;
delas indicando uma proposição categórica de modo que: Logo, todo motorista desatento é potencialmente nocivo
– A primeira vogal indica o tipo da proposição categó‑ à sociedade”
rica da premissa maior;
– A segunda vogal indica o tipo da proposição categó‑ é um silogismo da forma AAA-1 (modo AAA – primeira figura)
rica da premissa menor;
– A terceira vogal indica o tipo da proposição categórica Número de Formas Possíveis de Silogismos
da conclusão. Cada um dos 64 modos possíveis de um silogismo pode
ocorrer em qualquer uma das 4 figuras.
As vogais representativas das proposições categóricas Portanto temos
são:
A: Universal Afirmativa – Todo X é Y. 64×4 = 256
E: Universal Negativa – Nenhum X é Y.
Este é o total de formas diferentes possíveis para os
I : Particular Afirmativa – Algum X é Y. silogismos.
O: Particular Negativa – Algum X não é Y. De todos os 256 silogismos categóricos possíveis, so‑
mente uma pequena parte constitui argumentos válidos,
Exemplo: conceito este que passaremos a estudar a seguir.
O silogismo
“Todos os cantores são pessoas vaidosas; Argumento Válido
Algumas pessoas vaidosas são chatas.
Logo, alguns cantores são pessoas chatas.” Dizemos que um argumento é válido ou ainda que ele é
legítimo ou bem construído quando a sua conclusão é uma
É um silogismo do modo AII pois a primeira premissa é consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Posto de outra forma:
Raciocínio Lógico

do tipo A (universal afirmativa) enquanto a segunda premissa


é do tipo I (particular afirmativa) e a conclusão é do tipo I
(particular afirmativa). Um argumento é válido quando, ao assumirmos as pre‑
Além disso, podemos dizer também que este silogismo missas do argumento como verdadeiras, a verdade da
conclusão fica logicamente estabelecida.
é da quarta figura, pois o termo médio ocorre nos “meios”
das duas premissas. Isto significa que, num argumento válido, jamais pode‑
Se enumerarmos todos os modos possíveis para um remos ter uma conclusão falsa quando as premissas forem
silogismo, verificaremos que eles são, ao todo, 64. verdadeiras.

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É importante observar que o estudo dos argumentos Na tabela abaixo podemos ver um resumo das situações
ocupa‑se tão somente da validade destes e não leva em possíveis para um argumento:
conta se as proposições que o compõem são realmente
verdadeiras ou não. Se um argumento e as premissas... então a conclusão
Deste modo, ao se discutir a validade de um argumento é... será:
é irrelevante saber se as premissas são realmente verda‑
são todas verda‑ n e ce s s a r i a m e nte
deiras ou não.
Válido deiras Verdadeira.
Tudo que precisamos fazer é assumir que as premissas
sejam todas verdadeiras e verificar se isto obriga ou não a (bem construído) não são todas ver‑ ou Verdadeira ou
conclusão a ser também verdadeira. dadeiras Falsa.

Exemplo: Se um argumento e as premissas... então a conclusão


Considere o silogismo: é... será:
“Todos os pardais adoram jogar xadrez. Independente‑
Nenhum enxadrista gosta de óperas. Inválido mente de serem ou Verdadeira ou
Portanto, nenhum pardal gosta de óperas.” (mal construído) ou não todas ver‑ Falsa.
dadeiras
Este silogismo está perfeitamente bem construído (veja
Noções sobre Cálculo de Predicados de 1a Ordem
o diagrama abaixo), sendo, portanto, um argumento válido
muito embora a verdade das premissas seja questionável.
Não existe um meio efetivo de testar a validade de
todos os argumentos possíveis. Daí surge o interesse no
desenvolvimento de um método que permita a dedução
da conclusão de um argumento qualquer, ou seja, o cálculo
axiomático de predicados.
Este assunto é vasto e uma abordagem completa exigiria,
primeiramente, que se fundamentasse axiomaticamente o
cálculo proposicional.
Faremos a seguir um breve resumo do assunto.
Op = Conjunto dos que gostam de Óperas
X = Conjunto dos que adoram jogar xadrez Sentenças Abertas
P = Conjunto dos pardais
Pelo diagrama pode‑se perceber que nenhum elemento o Considere uma expressão p(x) capaz de ser lida como
conjunto P (pardais) pode pertencer ao conjunto Op (os que uma proposição para cada valor atribuído a x num dado
gostam de Óperas). conjunto U não vazio, ou seja, p(x) ou é verdadeira ou é falsa
para todo x pertencente a U.
Argumento Inválido Nessas condições dizemos que p(x) é uma sentença
aberta em U.
Dizemos que um argumento é inválido, também de‑ Se p(x) é uma sentença aberta no conjunto U então
nominado ilegítimo, mal construído ou falacioso, quando esse conjunto é chamado conjunto-universo de discussão
a verdade das premissas não é suficiente para garantir a da sentença enquanto x é chamado variável de discussão
verdade da conclusão. da sentença.
Exemplo:
O silogismo: Exemplos:

“Todos os alunos do curso, passaram. Sentença aberta p(x) Universo Valor de p(2)
Maria não é aluna do curso.
x>3 Z Falso
Portanto, Maria não passou.”
2x+1 = 5 Z Verdadeiro
é um argumento inválido, falacioso, mal construído, 3x=10 Z Falso
pois as premissas não garantem (não obrigam) a verdade
da conclusão (veja o diagrama abaixo). Quando p(u) for verdadeira para algum u ∈ U dizemos
que esse u confirma p(x) ou ainda que u é uma solução de
p(x).
É preciso ficar bem claro que as sentenças abertas não
são verdadeiras nem são falsas. Ao substituirmos as variáveis
das sentenças abertas por valores específicos as sentenças
tornam-se proposições. Estas sim é que são ou verdadeiras
ou falsas. Por esse motivo é que as sentenças abertas tam‑
Raciocínio Lógico

bém são chamadas de funções proposicionais.


P = Conjunto das pessoas que passaram.
C = Conjunto dos alunos do curso. Conjunto-Verdade
m = Maria.
Pelo diagrama vê‑se que Maria pode ter passado mesmo Chama-se conjunto-verdade de p(x) em U, ou conjunto‑
sem ser aluna do curso. -solução de p(x) em U, ao  conjunto que reúne todos os
(a primeira premissa não afirmou que somente os alunos do elementos de U que sejam solução de p(x), ou seja, para os
curso haviam passado). quais p(x) é verdadeira.

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O conjunto-verdade é representado costumeiramente P3. O conjunto-verdade da conjunção p(x) ∧ q(x) é a
por V ou por S. interseção dos seus conjuntos-verdade.

V = {u ∈ U| p(u) é verdadeira}. Vp∧q = Vp ∩ Vq

Exemplos: P4. O conjunto-verdade da condicional p(x) → q(x) é a


união dos conjuntos-verdade de ~p(x) e de q(x).
Sentença aberta Universo Conjunto-Verdade
x>3 Z V={4, 5, 6, 7, 8, ...} Vp→q = V~p ∪ Vq
2x+1 = 5 Z V={2}
P5. O conjunto-verdade da bicondicional p(x) ↔ q(x)
3x=10 Q V={10/3}
é a interseção dos conjuntos-verdade de ~p(x) e de ~q(x).
3x=10 Z V=∅
Vp↔q = V~p ∩ V~q
Sentenças com duas ou mais Variáveis

Uma sentença aberta pode ter duas ou mais variáveis. Quantificação


p(x, y) sentença aberta nas variáveis, x e y. Existem duas maneiras de se transformar uma sentença
p(x, y, z) sentença aberta nas variáveis, x, y e z. aberta em uma proposição. Uma delas é atribuindo valores
p(x, y, z, w) sentença aberta nas variáveis, x, y, z e w. a suas variáveis. A outra é fazer uso da quantificação.
As quantificações estabelecem relações de inclusão ou
No conjunto-verdade de uma sentença aberta com duas exclusão entre sujeito e predicado em certas sentenças que
ou mais variáveis os elementos serão representados por funcionarão como proposições.
pares ordenados ou por seus análogos para mais variáveis. O quadro seguinte resume as quatro proposições quan‑
tificacionais fundamentais:
Exemplos:

– O conjunto-verdade da sentença aberta xy = 5 em Z Afirmativa Negativa


será: Universal Todo A é B. Nenhum A é B.
V={(1;5), (5;1), (−1; −5), (−5; −1)} Particular Algum A é B. Algum A não é B.

– O conjunto-verdade da sentença aberta 0 < (x+y+z) <


4 em N será: Símbolos Quantificacionais

V={(1; 1; 2), (1; 2; 1), (2; 1; 1)} Quando dizemos “Todo atleta é um batalhador.” estamos
fazendo referência a dois conjuntos – o conjunto daqueles
Operações lógicas sobre sentenças abertas que são atletas e o conjunto daqueles que são batalhadores.
Assim, o sentido da sentença é que “todo aquele que per‑
As operações lógicas proposicionais podem ser associa‑ tença ao conjunto dos atletas, também pertence ao conjunto
das às sentenças abertas criando outras sentenças abertas. dos batalhadores”.
Assim, se p(x) e q(x) forem duas sentenças abertas quais‑ Na teoria dos conjuntos os elementos de um conjunto é
quer, serão também sentenças abertas: que são quantificados para que se possa estabelecer sua
relação de pertinência com outro conjunto.
~p(x) Os quantificadores são representados por símbolos espe‑
~q(x) ciais e sua leitura é usualmente feita de modo ligeiramente
p(x) ∧ q(x) diferente daquela como usamos nas proposições categóricas.
p(x) ∨ q(x)
p(x) → q(x)
Quantificador Símbolo Significado
p(x) ↔ q(x)
etc. Universal ∀ Todo,
Para todo
Propriedades ou
Qualquer que seja
Se p(x) e q(x) são sentenças abertas discutidas no uni‑
Particular ∃ Existe algum
verso U e Vp representa o conjunto-verdade de p(x), então
valem as seguintes propriedades: Particular negativo ∃/ Não existe

P1. O conjunto-verdade da negação ~p(x) é o comple‑ Particular exclusivo ∃I Existe um único


Raciocínio Lógico

mento do conjunto verdade de p(x).


Exemplos
V~p = U − Vp
Universal afirmativa:
P2. O conjunto-verdade da disjunção p(x) ∨ q(x) é a
união dos seus conjuntos-verdade. Todo A é B.
∀x, x∈A → x∈B
Vp∨q = Vp ∪ Vq (para todo x, se x∈A então x∈B)

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Universal negativa: 8. silogismo disjuntivo
A ∨ B , ~A ∴ B
Nenhum A é B. A ∨ B , ~B ∴ A
∀x, x∈A → x∉B
(para todo x, se x∈A então x∉B) 9. dilema construtivo
(A→B) ∧ (C→D), A ∨ C ∴ B ∨ D
Particular afirmativa:
10. dilema destrutivo
Algum A é B. (A→B) ∧ (C→D), ~B ∨ ~D ∴ A ∨ C
∃x, x∈A ∧ x∈B
(existe algum x tal que x∈A e x∈B) Teoremas
Particular negativa: T1- (A ∨ B) , B→C ∴ (A ∨ C)
Nenhum A é B. T2- A→B ∴ ∼B→ ∼A
∃/ x, x∈A ∧ x∈B Rec- ∼B→ ∼A ∴ A→B
(não existe x tal que x∈A e x∈B)
T3- A→B , (∼A→B) ∴ B
Particular exclusiva:
T4- (A ∧ B) → C ∴ A → (B→C)
Só existe um número real que satisfaz a igualdade x+2 = 6 Rec- A → (B→C) ∴ (A ∧ B) → C
∃I x, x ∈ ℝ, x+2 = 6
(existe um único x tal que x∈ ℝ e x+2 = 6) T5- (A ∧ ∼B) → (C ∧ ∼C) ∴ A→B ( princ. da não con‑
tradição)
Variáveis Livres
T6- A → (B ∨ C) , ∼B ∴ A→C
Dizemos que uma variável é livre em uma dada sentença
se ela não está ligada a algum quantificador.
Proposições Dependentes
Exemplos
Sejam P1 e P2 duas proposições quaisquer. Dizemos que
x ≤ 3 (x é variável livre) P2 é dependente de P1 se, e somente se, o valor lógico de P2
depende do valor lógico dado a P1.
∃x (x ≠ w) (x não é variável livre mas w é) Ou seja, pelo menos uma das seguintes situações deve
ocorrer:
∀x (∃y (x ≥ y) ) (nem x nem y é livre) P1 Verdadeira obriga P2 Verdadeira
ou
Regras de Inferência P1 Verdadeira obriga P2 Falsa
ou
Nas regras apresentadas abaixo: P1 Falsa obriga P2 Verdadeira
– uma vírgula separa duas premissas; ou
– o sinal ∴ lê‑se portanto e separa as premissas da P1 Falsa obriga P2 Falsa
conclusão;
– as premissas estão sempre à esquerda do sinal ∴; Dependência entre Proposições
– a conclusão está sempre à direita do sinal ∴; Quanto à dependência entre duas proposições dadas,
– Rec. significa teorema recíproco do apresentado na P1 e P2, podem ocorrer somente duas situa­ções distintas:
linha anterior. 1ª Nenhuma das duas proposições tem seu o valor lógico
dependente do valor lógico da outra. Neste caso dizemos
1. modus ponens que não existe dependência ou ainda que as proposições
A , A→B ∴ B consideradas são independentes.
2ª  Cada uma das proposições tem seu o valor lógico
2. modus tollens dependente do valor lógico da outra. Neste caso dizemos
A→B , ~B ∴ ~A que existe dependência ou ainda que as proposições consi‑
deradas são dependentes.
3. dupla negação
~(~B) ∴ B Exemplos: Considere as seguintes proposições:
A: Ana é alta;
4. introdução da conjunção
B: Beto é baixo;
A, B ∴ A ∧ B
C: Ana não é alta;
5. eliminação da conjunção D: Se Ana é Alta então Beto é baixo.
Raciocínio Lógico

A∧B∴A
A∧B∴B As proposições A e B são independentes, pois, em prin‑
cípio, pode‑se ter qualquer uma delas verdadeira ou falsa in‑
6. adição dependentemente do valor lógico que seja atribuído à outra.
A, B ∴ A ∨ B As proposições A e C são dependentes. De fato uma
vez que se tenha atribuído algum valor lógico a uma delas,
7. silogismo hipotético a  outra, necessariamente ficará obrigada ao valor lógico
A→B , B→C ∴ A→C oposto, dado que C é a negação de A.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
As proposições A e D também são dependentes. Isto II)
pode ser constatado observando que ao colocarmos qual‑
quer uma das duas com Falsa a outra, obrigatoriamente,
será Verdadeira.

Número de Linhas de uma Tabela‑Verdade

Se uma tabela‑verdade tem como componentes as


proposições P1, P2, ..., Pn, duas a duas independentes, então
o número de linhas desta tabela‑verdade será igual a: III e IV)
n
Ln = 2
Exemplo: Sejam P1, P2 e P3, três proposições inde‑
pendentes entre si, então a tabela verdade da proposição
composta “(P1 e P2) ou não‑P3” terá 23 = 8 linhas, como se
pode ver abaixo:

P1 P2 P3 (P1 e P2) não‑P3 (P1 e P2) ou não‑P3 V)


1 V V V V F V
2 V V F V V V
3 V F V F F F
4 V F F F V V
5 F V V F F F
6 F V F F V V
7 F F V F F F
3. Dê uma negação para cada uma das proposições abaixo.
8 F F F F V V
a) O tempo será frio e chuvoso.
b) Ela estudou muito ou teve sorte na prova.
Exercícios Resolvidos c) Maria não é morena ou Regina é baixa.
d) Se o tempo está chuvoso então está frio.
1. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim
e) Todos os corvos são negros.
sendo:
a) Alguma pessoa tenaz não é um bom estudante. f) Nenhum triângulo é retângulo.
b) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto g) Alguns sapos são bonitos.
das pessoas tenazes. h) Algumas vidas não são importantes.
c) Toda pessoa tenaz é um bom estudante.
d) Nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante. Solução:
e) O conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto a) O tempo não será frio ou não será chuvoso.
dos bons estudantes. b) Ela não estudou muito e não teve sorte na prova.
c) Maria é morena e Regina não é baixa.
Solução: d) O tempo está chuvoso e não está frio.
Alternativa: e e) Algum corvo não é negro.
Dizer que “todos os bons estudantes são pessoas f) Algum triângulo é retângulo.
tenazes” equivale a dizer que dentro do conjunto que g) Nenhum sapo é bonito.
reúne todas as pessoas tenazes acharemos todos os h) Todas as vidas são importantes.
bons estudantes. Assim sendo, podemos dizer que o
conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto dos 4. Todo baiano gosta de “axé music”. Sendo assim:
bons estudantes. Isto poderia ser visualizado com um a) Todo aquele que gosta de “axé music” é baiano.
diagrama de conjuntos (diagrama de Euler‑Venn). b) Todo aquele que não é baiano não gosta de “axé
music”.
2. Represente com diagramas de conjuntos: c) Todo aquele não gosta de “axé music” não é baiano.
I) Algum A é B. d) Algum baiano não gosta de “axé music”.
II) Algum A não é B. e) Alguém que não goste de “axé music” é baiano.
III) Todo A é B.
IV) Se A, então B. Solução:
V) Nenhum A é B. Alternativa: c
Assumindo que “todo baiano gosta de ‘axé music’”
Solução: podemos dizer que o conjunto dos baianos (conjunto
Raciocínio Lógico

I) B) encontra‑se completamente dentro do conjunto


dos que gostam de ‘axé music’ (conjunto A). Qualquer
um que esteja fora do conjunto A não poderá estar no
conjunto B pois B está dentro de A. Mas todos os que
não gostam de ‘axé music’ estão fora do conjunto A.
Logo todos os que não gostam de ‘axé music’ estão fora
do conjunto B. Ou seja: todo aquele que não gosta de
‘axé music’ não é baiano.

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5. Se Ana é altruísta então Bruna é benevolente. Se Bruna é simplesmente que A é suficiente para B. Por outro lado,
benevolente então Cláudia é conservadora. Sabe‑se que sabemos que a não ocorrência de B implica a não ocor‑
Cláudia não é conservadora. Nestas condições pode‑se rência de A, ou seja: sem a ocorrência de B certamente
concluir que: A também não ocorreria. Por este motivo dizemos que
a) Ana não é benevolente. B é uma condição necessária para a ocorrência de A, ou
b) Bruna não é altruísta. simplesmente que B é necessária para A. No contexto
c) Ana não é conservadora. da questão: Chuva é condição suficiente para frio. Frio
d) Cláudia não é altruísta. é condição necessária para chuva.
e) Ana não é altruísta.
8. Numa competição de enigmas, três espertas participan‑
Solução: tes de uma das equipes propõem um desafio dizendo o
Alternativa: e seguinte:
Esta questão faz uso de uma estrutura bem conhecida Míriam: A Ana Flávia mente.
na Lógica: a cadeia de proposições condicionais – A Ana Flávia: A Anna Laryssa é que mente.
implica B que implica C ..... Por outro lado, toda vez Anna Laryssa: A Míriam e a Ana Flávia é que mentem.
que uma proposição condicional como ‘Se A então B’ O desafio consiste em descobrir, de acordo com as
for verdadeira será verdadeira também ‘Se não‑B então afirmações feitas, quem está mentindo e quem está
não‑A’(repare a ordem!), onde não‑B e não‑A são as dizendo a verdade. Nestas condições, marque a alter‑
negações das proposições B e A, respectivamente. Deste nativa correta:
modo, quando sabemos que ‘Se A então B’ e sabemos a) A única mentirosa é Míriam.
que B não ocorre, podemos concluir que A também não b) A única mentirosa é Ana Flávia.
ocorre. Neste problema podemos representar a cadeia c) Míriam e Anna Laryssa mentem.
de proposições condicionais dada como A implica B d) Ana Flávia e Míriam mentem.
que implica C que implica D. Como temos a negação e) Anna Laryssa e Ana Flávia mentem.
de D, teremos também não‑C, não‑B e não‑A consecu‑
tivamente. Ou seja: Cláudia não é conservadora, Bruna Solução:
não é benevolente e Ana não é altruísta. As  demais Alternativa: c
opções não podem ser aceitas como conclusões pois Míriam diz: “A Ana Flávia mente”. Suponha que o que
não há dados suficientes no enunciado para decidir se Míriam diz seja verdade. Então Ana Flávia é mesmo
são verdadeiras ou se são falsas. mentirosa. Sendo a Ana Flávia mentirosa, o que ela diz
é mentira e, portanto, a Anna Laryssa diz a verdade. Por
6. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí sua vez, se Anna Laryssa diz a verdade, então Míriam
pode‑se concluir que: deve ser mentirosa. Ora, isto contradiz a suposição inicial
a) Algum atleta é celta. de que Míriam diz a verdade. Logo, não é possível que
b) Nenhum atleta é celta. Míriam tenha dito a verdade. Então Míriam mente e,
c) Nenhum atleta é bondoso. se Míriam mente, Ana Flávia diz a verdade e, portanto,
d) Alguém que seja bondoso é celta. Anna Laryssa mente.
e) Ninguém que seja bondoso é atleta.
9. Um antiquário acordou assustado quando o alarme ins‑
Solução: talado em sua casa acusou, às 2 horas da madrugada,
Alternativa: b que sua loja estava sendo invadida. Chamou a polícia
Sejam A = o conjunto dos atletas, B o conjunto das por telefone e saiu correndo para a loja que ficava
pessoas bondosas e C o conjunto dos celtas. De acordo apenas a uma quadra de sua residência. Tudo o que
com o enunciado, o conjunto A esta totalmente dentro o pobre antiquário conseguiu ver foi um carro saindo
de B pois ‘todo atleta é bondoso’. O  conjunto C está em disparada, mas não conseguiu ver quem estava no
completamente fora de B pois ‘nenhum celta é bondoso’. carro e nem mesmo soube dizer quantos eram os seus
Sendo assim os conjunto A e C não podem ter qualquer ocupantes. Após investigar o caso, o detetive Berloque
elemento em comum, pois o primeiro está dentro de B Gomes conseguiu apurar os seguintes fatos:
e o segundo, fora. Ou seja: nenhum atleta é celta. – O carro visto pelo antiquário foi realmente o carro
usado para a fuga;
7. Se chove então faz frio. Assim sendo: – Ninguém mais, exceto três conhecidos delinquentes,
a) Chover é condição necessária para fazer frio. Ário, Bário e Cário, poderiam estar envolvidos no
b) Fazer frio é condição suficiente para chover. assalto;
c) Chover é condição necessária e suficiente para fazer – Cário nunca pratica um assalto sem usar, pelo menos,
frio. Ário como cúmplice;
d) Chover é condição suficiente para fazer frio. – Bário não sabe dirigir.
e) Fazer frio é condição necessária e suficiente para
chover. Admitindo que os fatos apurados por Berloque Gomes
sejam verdadeiros, pode‑se concluir logicamente que:
Raciocínio Lógico

Solução: a) Bário é necessariamente inocente.


Alternativa: d b) Cário é necessariamente inocente.
Esta questão faz referência aos conceitos de necessi‑ c) Ário é necessariamente inocente.
dade e de suficiência e às relações destes conceitos d) Cário é necessariamente culpado.
com as proposições condicionais. Como já vimos, numa e) Ário é necessariamente culpado.
proposição condicional ‘Se A então B’ a ocorrência de A
implica (garante) a ocorrência de B. Então dizemos que Solução:
A é uma condição suficiente para a ocorrência de B, ou Alternativa: e

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Existem somente três hipóteses razoáveis: Solução:
1. Ário cometeu o crime sozinho. Alternativa: b
2. Cário é culpado – Neste caso Ário também é culpado. – Se aquela que usava o vestido azul fosse Alba, ela teria
3. Bário é culpado  – Neste caso, alguém o ajudou a mentido ao dizer “Alba está de branco” mas sabemos
que Alba diz a verdade. Logo Alba não pode estar de
dirigir o carro da fuga (pois ele não sabe dirigir). Se
azul.
o motorista foi Cário, então Ário também é culpado – Alba também não pode estar de branco pois aquela
(pois Cário nunca pratica um roubo sem Ário). Se o que estava de branco disse “Eu sou Bianca” e sabe‑se
motorista foi Ário, não se pode provar nada sobre que Alba não poderia mentir dizendo ser Bianca.
Cário, mas Ário já está novamente implicado. – Ora, se Alba não está de azul e também não está de
Como se pode notar, em qualquer das três hipóteses branco, então Alba só pode estar usando o vestido
Ário está necessariamente envolvido. carmim.
Então concluímos que a afirmação de Alba (que estava de
10. Considere as afirmativas seguintes: carmim) foi “Clara está de branco” e como sabemos que
Alba diz a verdade o vestido de Clara é mesmo o branco.
I – A bolinha amarela está depois da branca. Por exclusão, resta o vestido azul para Bianca e, de quebra,
II – A bolinha azul está antes da verde. ainda poderíamos concluir que Bianca também mentiu!
III – a bolinha que está imediatamente após a azul é Resumindo o que descobrimos, as cores dos vestidos
maior que a que está antes desta. de Alba, Bianca e Clara, nesta ordem são Carmim, Azul,
IV – A bolinha verde é a menor de todas. e Branco.

Com base nas quatro afirmativas anteriores, a ordem 12. (Esaf) Se Beto briga com Glória, então Glória vai ao
correta das quatro bolinhas é: cinema. Se Glória vai ao cinema, então Carla fica em
casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla.
a) Branca, amarela, azul, verde.
Ora, Raul não briga com Carla. Logo,
b) Branca, azul, amarela, verde. a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória.
c) Branca, azul, verde, amarela. b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema.
d) Azul, branca, amarela, verde. c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema.
e) Azul, branca, verde, amarela. d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória.
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória.
Solução:
Alternativa: b Solução:
As afirmativas I e II estão satisfeitas em todas as alter‑ Alternativa: a
Se Beto brigasse com Glória, Glória iria ao cinema, Carla
nativas de resposta dadas. Assim, concentremos nossa ficaria em casa e Raul brigaria com Carla.
atenção nas afirmativas III e IV: Raul não brigou com Carla. Logo, Beto não briga com
– A afirmativa III indica a existência de ao menos uma Glória, Glória não vai ao cinema e Carla não fica em
bolinha ANTES e ao menos uma bolinha DEPOIS da Casa. A única alternativa concordante com estas con‑
bolinha azul. Portanto, a bolinha azul não pode ser clusões é a letra A: “Carla não fica em casa e Beto não
a primeira nem pode ser a última. Isto elimina as briga com Glória”.
alternativas de resposta D e E.
– Ainda na afirmativa III temos que a bolinha que está EXERCÍCIOS PROPOSTOS
imediatamente após a azul é MAIOR do que a bolinha
que está antes desta. Além disto, sabemos pela afir‑ Noções de Lógica
mativa IV que a bolinha verde é a MENOR DE TODAS.
Portanto a bolinha que está imediatamente após a 1. Sejam A e B duas proposições distintas quaisquer, então
pode‑se garantir que:
azul não pode ser a verde. Isto elimina as alternativas a) Sendo A verdadeira e B falsa a proposição composta
de resposta A e C. “A e B” será verdadeira.
Por exclusão, resta‑nos apenas a alternativa de resposta B. b) Sendo A falsa e B verdadeira a proposição composta
“A e B” será verdadeira.
11. Alba, Bianca e Clara foram a uma festa com vestidos de c) Sendo A falsa e B falsa a proposição composta “A e
cores diferentes, sendo um azul, um branco e um carmim, B” será verdadeira.
mas não necessariamente nesta ordem. Atraído pela d) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
beleza das três jovens, um rapaz aproximou‑se delas e composta “A e B” será falsa.
e) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
lhes perguntou quem era cada uma delas. A de azul res‑
composta “A e B” será verdadeira.
pondeu: “Alba está de branco.”. A que estava de branco
retrucou: “Eu sou Bianca!”. Então aquela que estava 2. Sejam A e B duas proposições distintas quaisquer, então
vestindo carmim disse: “Clara é que está de branco.”. pode‑se garantir que:
Perplexo, o rapaz pensou “Nossa, mas que confusão!”. a) Sendo A verdadeira e B falsa a proposição composta
Sabendo que Alba disse a verdade e que Clara mentiu, “A ou B” será falsa.
Raciocínio Lógico

deduza as cores dos vestidos de Alba, de Bianca e de b) Sendo A falsa e B verdadeira a proposição composta
Clara, nesta ordem: “A ou B” será falsa.
a) Carmim, branco e azul. c) Sendo A falsa e B falsa a proposição composta “A ou
B” será verdadeira.
b) Carmim, azul e branco. d) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
c) Azul, carmim, e branco. composta “A ou B” será verdadeira.
d) Azul, branco e carmim. e) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
e) Branco, azul e carmim. composta “A ou B” será falsa.

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3. Considere a proposição composta X = “Se A então B”, 9. Se Ana é altruísta então Bruna é benevolente. Se Bruna
onde A (condição) e B (conclusão) são duas outras pro‑ é benevolente então Cláudia é conservadora. Sabe‑se
posições quaisquer, A ≠ B. Nestas condições, assinale a que Bruna não é benevolente. Nestas condições pode‑se
única correta: concluir que:
a) X será verdadeira somente se a condição for falsa, a) Ana é altruísta.
independentemente de a conclusão ser verdadeira b) Ana não é altruísta mas Cláudia é conservadora.
ou falsa. c) Ana não é altruísta e Cláudia não é conservadora.
b) X será falsa sempre que a conclusão for verdadeira, d) Cláudia não é conservadora.
independentemente de a condição ser verdadeira ou e) Ana não é altruísta.
falsa.
c) X será verdadeira somente se A e B tiverem valores 10. (Esaf) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou
lógicos iguais , ou seja, A e B ambas verdadeiras ou Rui vai a Roma. Se Ana vai à África, então Luís compra
então ambas falsas. um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma.
d) X será falsa somente quando a condição e a conclusão Ora, Rui não vai a Roma, logo:
tiverem valores lógicos opostos, ou seja, A verdadeira a) Celso compra um carro e Ana não vai à África
com B falsa ou A falsa com B verdadeira. b) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro
e) X será falsa somente quando a conclusão for falsa. c) Ana não vai à África e Luís compra um livro
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro
4. Uma proposição X é dita logicamente equivalente a uma e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma
outra, Y, quando ocorrer que elas tenham sempre o
mesmo valor lógico, ou seja, sempre que uma das duas 11. (Esaf) Considere as afirmações:
é verdadeira a outra também é verdadeira e sempre que A – Se Patrícia é uma boa amiga, Vítor diz a verdade;
uma das duas é falsa a outra também é falsa. Com base B – Se Vítor diz a verdade, Helena não é uma boa amiga;
nesta definição assinale a única proposição abaixo que C – Se Helena não é uma boa amiga, Patrícia é uma boa
não é equivalente da proposição “Se A então B”: amiga.
a) Todo A é B.
b) A é condição suficiente para B. A análise do encadeamento lógico dessas três afirma‑
c) Se B então A. ções permite concluir que elas:
d) Se não‑B então não‑A. a) São equivalentes a dizer que Patrícia é uma boa amiga
e) B é condição necessária para A. b) Implicam necessariamente que Patrícia é uma boa
amiga
5. Entre as proposições abaixo assinale a única que não c) Implicam necessariamente que Vítor diz a verdade e
corresponde corretamente à negação da proposição “A que Helena não é uma boa amiga
e B”: d) São consistentes entre si, quer Patrícia seja uma boa
a) Não é verdade que A ou B. amiga, quer Patrícia não seja uma boa amiga
b) Não ocorre A ou não ocorre B. e) São inconsistentes entre si
c) Não ocorre A ou não ocorre B ou não ocorrem ambos.
d) É falso que tem‑se A e B. 12. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí
e) Não se tem A e B. pode‑se concluir que:
a) Algum atleta é celta.
6. Sabe‑se que a proposição “A ou B” é verdadeira. Assim b) Nenhum atleta é celta.
sendo: c) Nenhum atleta é bondoso.
a) Se soubermos também que a proposição A é verda‑ d) Alguém que seja bondoso é celta.
deira poderemos concluir que proposição B é falsa. e) Ninguém que seja bondoso é atleta.
b) Se soubermos também que a proposição A é falsa
poderemos concluir que proposição B é falsa. 13. (Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro,
c) Se soubermos também que a proposição A é falsa a governanta e o mordomo. Sabe‑se que o crime foi
poderemos concluir que proposição B é verdadeira. efetivamente cometido por um ou por mais de um deles,
d) Se soubermos também que a proposição A é ver‑ já que podem ter agido individualmente ou não. Sabe‑se,
dadeira poderemos concluir que proposição B é ainda, que:
verdadeira. A – se o cozinheiro é inocente, então a governanta é
e) Se soubermos também que a proposição A tem um culpada;
valor lógico (verdadeira ou falsa) poderemos concluir B – ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada,
que proposição B tem o valor lógico oposto (falsa ou mas não os dois;
verdadeira). C – o mordomo não é inocente.

7. Se é verdade que “Nenhum A é B”, então é necessaria‑ Logo:


mente verdadeiro que: a) a governanta e o mordomo são os culpados
a) Algum A não é B. b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
b) Algum A é B. c) Somente a governanta é culpada
c) Todo A é B. d) Somente o cozinheiro é inocente
d) Algum B é A. e) Somente o mordomo é culpado
Raciocínio Lógico

e) Todo B é A.
14. (Esaf) Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma
8. Todo artista é um boêmio. Sendo assim: festa com vestidos de cores diferentes. Uma vestiu azul,
a) Todo boêmio é um artista. a outra branco e a terceira preto. Chegando à festa o
b) Todo aquele que não é artista não é boêmio. anfitrião perguntou quem era cada uma delas. A de azul
c) Todo aquele não é boêmio não é artista. respondeu: “Ana é a que está de branco.” A de branco
d) Algum artista não é boêmio. falou: “Eu sou Maria.” E a de preto disse: “Cláudia é
e) Alguém que não é boêmio é artista. quem está de branco.” Como o anfitrião sabia que Ana

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sempre diz a verdade, que Maria às vezes diz a verdade a) Anaís será professora e Anelise não será cantora
e que Cláudia nunca diz a verdade, ele foi capaz de iden‑ b) Anaís não será professora e Ana não será atleta
tificar corretamente quem era cada pessoa. As cores dos c) Anelise não será cantora e Ana será atleta
vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram, respectivamente: d) Anelise será cantora ou Ana será atleta
a) preto, branco, azul. e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista
b) preto, azul, branco.
c) azul, preto, branco. 20. (TFC/SFC/2000) Se é verdade que “Nenhum artista é
d) azul, branco, preto. atleta”, então também será verdade que:
e) branco, azul, preto. a) todos não artistas são não atletas
b) nenhum atleta é não artista
15. (Esaf) Quatro amigos, André, Beto, Caio e Dênis, obtive­ c) nenhum artista é não atleta
ram os quatro primeiros lugares em um concurso de d) pelo menos um não atleta é artista
oratória julgado por uma comissão de três juízes. Ao co‑ e) nenhum não atleta é artista
municarem a classificação final, cada juiz anunciou duas
colocações, sendo uma delas verdadeira e a outra falsa: 21. (Gestor/2000) Dizer que “André é artista ou Bernardo
Juiz 1: “André foi o primeiro; Beto foi o se­gundo” não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer
Juiz 2: “André foi o segundo; Dênis foi o ter­ceiro” que:
Juiz 3: “Caio foi o segundo; Dênis foi o quarto” a) André é artista se e somente se Bernardo não é en‑
Sabendo que não houve empates, o primeiro, o segundo, genheiro.
o terceiro e o quarto colocados foram, respectivamente, b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
a) André, Caio, Beto, Dênis. c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro
b) Beto, André, Caio, Dênis. d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
c) Beto, André, Dênis, Caio. e) André não é artista e Bernardo é engenheiro
d) André, Caio, Dênis, Beto.
e) Caio, Beto, Dênis, André. 22. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim
sendo:
16. (AFC/SFC/2000) Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila
a) Alguma pessoa tenaz não é um bom estudante.
são, não necessariamente nesta ordem, Medicina, Bi­
b) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto
ologia e Psicologia. Uma delas realizou seu curso em
Belo Horizonte, a outra em Florianópo­lis, e a outra em das pessoas tenazes.
São Paulo. Márcia realizou seu curso em Belo Horizonte. c) Toda pessoa tenaz é um bom estudante.
Priscila cursou Psicolo­gia. Berenice não realizou seu d) Nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante.
curso em São Paulo e não fez Medicina. Assim, os cursos e) O conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto
e os respectivos locais de estudo de Márcia, Berenice e dos bons estudantes.
Priscila são, pela ordem:
a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Florianó‑ 23. (Esaf) Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum
polis, Biologia em São Paulo G é R”, então é necessariamente verdadeiro que
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianó‑ a) Algum A não é G
polis, Medicina em São Paulo b) Algum A é G
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianó‑ c) Nenhum A é G
polis, Psicologia em São Paulo d) Algum G é A
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo, e) Nenhum G é A
Psicologia em Florianópolis
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, 24. Todo baiano gosta de ‘axé music’. Sendo assim:
Psicologia em Florianópolis a) Todo aquele que gosta de ‘axé music’ é baiano.
b) Todo aquele que não é baiano não gosta de ‘axé
17. (AFC/SFC/2000) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla music’.
foram ao casamento. Se Carla não foi ao casamento, c) Todo aquele não gosta de ‘axé music’ não é baiano.
Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. d) Algum baiano não gosta de ‘axé music’.
Ora, o navio não afundou. Logo, e) Alguém que não goste de ‘axé music’ é baiano.
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casa­mento
b) Camile e Carla não foram ao casamento 25. Se chove então faz frio. Assim sendo:
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou a) Chover é condição necessária para fazer frio.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou b) Fazer frio é condição suficiente para chover.
e) Vera e Vanderléia não viajaram c) Chover é condição necessária e suficiente para fazer
frio.
18. (Analista/2002) Se M=2x+3y, então M=4p+3r. Se d) Chover é condição suficiente para fazer frio.
M=4p+3r, então M=2w−3r. Por outro lado, M=2x+3y e) Fazer frio é condição necessária e suficiente para
ou M=0. Se M=0 então M+H = 1. Ora, M+H ≠ 1. Logo, chover.
a) 2w−3r = 0
b) 4p+3r ≠ 2w−3r GABARITO
c) M ≠ 2x+3y
Raciocínio Lógico

d) 2x+3y ≠ 2w−3r 1. e 8. c 15. d 22. e


e) M = 2w−3r 2. d 9. e 16. c 23. a
3. e 10. a 17. e 24. c
19. (TFC/SFC/2000) Ou Anaís será professora, ou Anelise
4. c 11. d 18. e 25. d
será cantora, ou Anamélia será pianista. Se Ana for atle‑
ta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, 5. a 12. b 19. a
então Ana será atleta. Ora, Anamélia não será pianista. 6. c 13. b 20. d
Então: 7. a 14. b 21. d

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SEQUÊNCIAS 3. Determinar na sequência abaixo o valor do termo
indicado por x:
Denominaremos genericamente como sequência a toda (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, x)
fila ordenada de termos (números, letras, figuras, palavras,
etc) que obedeçam a um padrão de formação. Solução:
Cada termo, a partir do terceiro, foi obtido somando‑se
Exemplos: os dois anteriores.
1. Na sequência (13, 18, 23, 28, 33, 38) cada termo, Veja: 1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, 3+5=8, 5+8=13.
a  partir do segundo, é  igual ao anterior adicionado de 5
unidades. Então, seguindo o mesmo padrão teremos:

2. Na sequência (A, D, G, J) as letras foram tomadas de x = 8+13 = 21


três em três, em ordem alfabética, a partir do “A”, ou seja:
A, b, c, D, e, f, G, h, i, J. 4. Determinar na sequência abaixo a letra que deve
ocupar o lugar do x:
3. Na sequência (triângulo – 0, quadrado – 2, pentágo‑ (B, F, J, O, x)
no – 5, hexágono – 9) tem‑se os nomes de figuras planas a Obs.: As letras K, W e Y não devem ser consideradas.
partir de três lados, acompanhados do número de diagonais
em cada um deles, isto é: triângulo – nenhuma diagonal; Solução:
quadrado – duas diagonais; pentágono – cinco diagonais e As letras foram tomadas de quatro em quatro, a partir
de “B”.
hexágono – nove diagonais.
Continuando a sequência temos:
Determinação de um Termo por Indução B, c, d, e, F, g, h, i, J, l, m, n, O, p, q, r, S.
São comuns as questões de concurso onde se deve Deste modo, a letra que deve ocupar o lugar de x deve
encontrar o valor de um termo de uma dada sequência sem ser o “S”.
que seja declarado o padrão de formação de seus termos. Em
tais questões é necessário descobrir o padrão de formação e Determinação de um Termo dada uma Fórmula
isto exige um tipo de raciocínio, conhecido como raciocínio
indutivo ou indução, no qual nossas conclusões justificam‑se
Geral
apenas por sua coerência em relação aos casos anteriores.
Nas sequências numéricas, é bastante comum encon‑
Algo como: ‘se todos os casos anteriores obedeceram a
trarmos uma fórmula ou expressão matemática que permita
este padrão, então o próximo deverá obedecê‑lo também’.
determinarmos o valor de um dado termo conhecendo‑se
É importante salientar que não há nenhum tipo de ga‑
somente a posição ocupada por ele.
rantia lógica ou matemática de que as conclusões obtidas por
indução estejam certas. Existem, aliás, na matemática alguns Exemplos:
exemplos célebres de conclusões incorretas obtidas a partir
de raciocínios indutivos. Entretanto, o que se pretende veri‑ 1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
ficar com as questões que envolvem a percepção de padrões cada termo an é dado pela expressão:
é a capacidade do candidato de formular e testar hipóteses.
an = 3n + 4
Exemplos:
Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequên‑
1. Determinar na sequência abaixo o valor do termo cia. Nestas condições, qual será o valor do vigésimo termo
indicado por x: da sequência?
(2, 8, 32, 128, x)
Solução:
Solução: Usando a fórmula geral dada, o valor do vigésimo termo
será:
Cada termo, a partir do segundo, é igual ao quádruplo
do anterior. a20 = 3×20 + 4
Deste modo, seguindo o mesmo padrão o valor do
termo x será a20 = 60 + 4 = 64

128×4 = 512 2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
cada termo an é dado pela expressão:
2. Determinar na sequência abaixo o valor do termo
indicado por x: an = 2n2 – 3
Raciocínio Lógico

(2, 3, 5, 8, 12, x)
Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequ‑
Solução: ência. Nestas condições, qual será o valor encontrado na
Cada termo, a partir do segundo, foi obtido do termo décima posição desta sequência?
anterior somando‑se 1, 2, 3, e 4, respectivamente.
Assim, seguindo o mesmo padrão o valor do termo x será Solução:
Usando a fórmula geral dada, o valor do décimo termo
12 + 5 = 17 será:

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a10 = 2×102 – 3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a10 = 2×100 – 3 Nas questões de 1 a 13 cada uma das sequências apresen‑
tadas segue um determinado padrão de formação. Procure
a10 = 200 – 3 = 197 descobrir qual é o padrão de cada sequência e encontre o
valor que deve ocupar o lugar de cada incógnita, x ou y. (Note
Determinação de um Termo dada uma Fórmula que em algumas das sequências é possível encontrarmos
de Recorrência mais de um padrão que se ajuste a todos os termos.)

Frequentemente pode‑se estabelecer uma fórmula de 1. (30, 37, 44, 51, x)


recorrência capaz de produzir o valor de um certo termo a) 55 b) 56 c) 57 d) 58 e) 59
conhecendo‑se os valores de alguns dos termos anteriores
da sequência. 2. (9876, 7654, 5432, x)
a) 1234
b) 2345
Exemplo:
c) 3.210
d) 3456
1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
e) 4321
cada termo an , a partir do segundo, é dado pela expressão an
= 2×an – 1 + 3 , onde n e n–1 indicam as posições ocupadas por 3. (17, 20, 21, 24, 25, 28, x)
termos consecutivos na sequência. Sabendo que a1 = 0, qual a) 31 b) 29 c) 30 d) 27 e) 28
será o valor encontrado na sexta posição desta sequência?
4. (2, 3, 4, 5, 8, 7, x, y)
Solução: a) x = 16 e y = 9
Analisando a fórmula dada, vemos que o valor de cada b) x = 9 e y = 16
termo é calculado dobrando o valor do termo anterior e c) x = 6 e y = 5
adicionado 3 unidades ao resultado. Deste modo os valores d) x = 5 e y = 6
dos seis primeiros termos da sequência são: e) x = 16 e y = 9
a1 = 0
a2 = 2×0 + 3 = 3 5. (50, 360, 140, 180, 230, 90, x, y)
a3 = 2×3 + 3 = 9 a) x = 45 e y = 320
a4 = 2×9 + 3 = 21 b) x = 360 e y = 50
a5 = 2×21 + 3 = 45 c) x = 50 e y = 30
a6 = 2×45 + 3 = 93 d) x = 180 e y = 50
e) x = 320 e y = 45
No nosso exemplo, para obtermos o valor do sexto ter‑
mo tivemos que usar a fórmula de recorrência cinco vezes. 6. (243, 424, 245, 426, 247, x)
Daí já é possível notar que a determinação de algo como o a) 248 b) 249 c) 428 d) 429 e) 250
trigésimo ou o quinquagésimo termo de uma sequência,
usando somente uma fórmula de recorrência, não seria nada
‘confortável’ caso não dispuséssemos do valor de um termo
próximo ao termo desejado. Em tais casos, seria melhor
7. ( 124 , 36
9
, 30
6
, 48
8
, 63
x )
encontrar uma outra saída para o problema.
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
8. (1.568, 1586, 1658, x, y)
cada termo an , a partir do terceiro, é dado pela seguinte fór‑
a) x = 1.856 e y = 1.685
mula de recorrência an = an – 1 + an – 2 . Sabendo que os valores
b) x = 1.685 e y = 1.856
dos dois primeiros termos da sequência são definidos como
c) x = 1.658 e y = 1.865
a1 = 3 e a2 = 4, determinar o valor do oitavo termo.
d) x = 1.865 e y = 1.658
e) x = 1.568 e y = 1.568
Solução:
De acordo com a fórmula apresentada, o valor de cada
9. (37, 26, 17, 10, 5, x)
termo é conseguido adicionando‑se os valores dos dois ter‑
a) 5 b) 4 c) 3 d) 2 e) 1
mos imediatamente anteriores a ele na sequência. Assim,
teremos:
10. (3, 6, 10, 15, 21, x)
a1 = 3 a) 28 b) 27 c) 26 d) 25 e) 24
a2 = 4
11. (2, 6, 12, 20, 30, x)
Raciocínio Lógico

a3 = 3 + 4 = 7
a4 = 4 + 7 = 11 a) 32 b) 38 c) 42 d) 48 e) 52
a5 = 7 + 11 = 18
a6 = 11 + 18 = 29 12. (3, 10, 13, 23, 36, x)
a7 = 18 + 29 = 47 a) 56 b) 57 c) 58 d) 59 e) 60
a8 = 29 + 47 = 76
13. (77, 49, 36, 18, x)
O valor do oitavo termo da sequência é 76. a) 7 b) 8 c) 9 d) 10 e) 11

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Nas questões de 14 a 17 encontre a letra que deve ocupar o an = 2⋅an–1 + 5. Determine o valor do 11o termo desta
lugar de x em cada uma das sequências alfabéticas apresen‑ sequência.
tadas (considere o alfabeto sem as letras K, W e Y): a) 6.193
b) 3.619
14. (E, J, O, R, x) c) 6.139
a) T b) A c) L d) B e) D d) 3.916
e) 9.631
15. (R, O, L, H, x)
a) A b) B c) C d) D e) E 27. (FCC/TRF 1ª Reg./2006) Assinale a alternativa que com‑
pleta a série seguinte:
16. (B, D, G, L, x)
a) P b) Q c) R d) S e) T C3, 6G, L10,...

17. (S, Q, N, I, x) a) C4 b) 13M c) 9I d) 15R e) 6Y


a) A b) B c) C d) D e) E
28. (FCC/ TRF 1ª Reg./2006) Assinale a alternativa que com‑
Nas questões de 18 a 21 complete a última sequência se‑ pleta a série seguinte:
guindo o mesmo padrão da anterior (considere o alfabeto
sem as letras K, W e Y): 9, 16, 25, 36,...

18. (B, E, G, J) → (C, F, H, ?) a) 45 b) 49 c) 61 d) 63 e) 72


a) M b) J c) L d) P e) Q
29. (FCC/ TRF 1ª Reg./2006) Qual dos cinco desenhos repre‑
19. (E, G, A, C) → (L, N, G, ?) senta a comparação adequada?
a) E b) F c) G d) H e) I

20. (E, B, F, A) → (M, I, N, ?)


a) E b) F c) G d) H e) I

21. (J, L, N, H) → (D, E, G, ?) a)


a) Z b) A c) B d) C e) D

22. Considere a sequência numérica tal que o valor do ter‑


mo na n‑ésima posição é determinado pela expressão b)
an = n2  – 2n. Qual é o valor do vigésimo termo desta
sequência?
a) 420 b) 360 c) 280 d) 220 e) 180
c)
23. Dada a sequência numérica cujo termo geral é expresso
por an = 2n – 1, qual o valor da soma dos seis primeiros
termos desta sequência?
a) 36 b) 38 c) 46 d) 48 e) 56 d)

24. Sabe‑se que os valores da sequência cujo termo geral


e dado por dn = n×(n–3)÷2 correspondem, a partir do e)
terceiro termo, ao número de diagonais de um polígono
com n lados. Assim, por exemplo, um quadrado (n = 4)
tem d4 = 4×(4–3)÷2 = 2 diagonais enquanto um hexágo‑ 30. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) No esquema abaixo, ob‑
no (n =6) tem d6 = 6×(6–3)÷2 = 9 diagonais. A questão é: serve que há uma certa relação entre as duas primeiras
Qual o polígono no qual o número de diagonais é igual palavras.
ao número de lados?
a) Octógono. GATO – GALO : : LEÃO – ?
b) Hexágono.
c) Pentágono. A mesma relação deve existir entre a terceira palavra e
d) Heptágono. a quarta, que está faltando. Essa quarta palavra é
e) Eneágono. a) cachorro.
b) cobra.
25. Numa sequência cujo valor do primeiro termo é 4, cada c) cavalo.
termo, a partir do segundo, pode ser descrito como d) golfinho.
Raciocínio Lógico

e) sabiá.
an = an–1 + 5.
SENHA ALFABÉTICA
Qual é o valor do quinto termo desta sequência?
a) 34 b) 54 c) 44 d) 64 e) 24 Nas questões 31 a 37 deve‑se descobrir uma pala‑
vra‑chave. Para deduzir qual é a palavra‑chave são mos‑
26. Numa sequência o valor do primeiro termo é 1 e cada tradas, como pistas, cinco outras palavras‑teste, cada uma
termo, a  partir do segundo, pode ser descrito como delas seguida de dois números:

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• o primeiro número, em negrito, indica a quantidade a) CANAL d) BANAL
coincidências exatas entre as letras da palavra tes‑ b) COVIL e) SENIL
tada e da palavra‑chave (letras certas nos lugares c) CANIL
certos);
• o segundo número indica a quantidade de coincidên‑
35. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
cias parciais (letras certas mas em lugares errados).
F I L M E: 0 – 0
Assim, para a palavra‑chave CERTO teríamos: F O R M A: 2 – 0
PERTO: 4-0 (4 coincidências exatas: E, R, T, O e nenhuma L I M A R: 0 – 1
coincidência parcial) S U M I A: 1 – 2
NERVO: 3-0 (3 coincidências exatas: E, R , O e nenhuma
coincidência parcial) P L U M A: 3 – 0
TERNO: 3-1 (3 coincidências exatas: E, R, O e 1 coinci‑
dência parcial: T) a) POUSA d) LOURA
uma palavra‑chave é sempre formada por letras dis‑ b) LOUSA e) CAUSA
tintas. c) PAUSA

31. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave. 36. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
M Ê S 0 – 0 V I S T O: 0 – 0
S I M 0 – 1 R O G U E: 3 – 1
R Ó I 1 – 0 R O S N E: 1 – 1
R O L 0 – 1 G O S T A: 1 – 1
M O A 0 – 1 R E V O A: 3 – 0

a) ALI a) RENOVA d) RANGE


b) LIA b) VERONA e) RÉGUA
c) ELA c) RAVINA
d) RIA
e) DIA 37. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
B E S T A: 0 – 0
32. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
T U M B A: 0 – 2
R I J O 0 – 2 P O B R E: 1 – 2
T R E M 0 – 2 A M B A R: 0 – 2
P U M A 0 – 2 B R U T O: 3 – 0
S O L A 0 – 2
a) PRIMO d) PRUMO
a) AMOR b) ROMPE e) SURTO
b) ROMA c) CURTO
c) MORA
d) ROAM
e) ARMO
GABARITO
1. d 8. b 15. e 22. b 29. e 36. e
33. Assinale a alternativa que corresponde à palavra.
2. c 9. d 16. b 23. a 30. e 37. d
P U N H O: 0 – 0 3. b 10. a 17. d 24. c 31. a
C O N T A: 3 – 0 4. a 11. c 18. c 25. e 32. a
S U R D O: 0 – 1 5. e 12. d 19. e 26. c 33. c
P R E S O: 0 – 2 6. c 13. b 20. d 27. d 34. b
7. e 14. a 21. c 28. b 35. a
P O L A R: 0 – 1

a) BESTA QUESTÕES DE PROVA


b) CORTA
c) CESTA 1. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) Se
d) CARTA todo estudante de uma disciplina A é também estu‑
e) NESTA dante de uma disciplina B e todo estudante de uma
Raciocínio Lógico

disciplina C não é estudante da disciplina B, então é


34. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave. verdade que
M A D R E: 0 – 0 a) algum estudante da disciplina A é estudante da
M Ó V E L: 3 – 0 disciplina C.
b) algum estudante da disciplina B é estudante da
N A V I O: 2 – 1 disciplina C.
F R A C O: 0 – 2 c) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
C A S A L: 2 – 0 disciplina C.

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d) nenhum estudante da disciplina B é estudante da b) apenas o segundo cartão mostrado contradiz a
disciplina A. afirmação de Marta
e) nenhum estudante da disciplina A é estudante da c) todos os cartões mostrados contradizem a afir­mação
disciplina B. de Marta.
d) nenhum dos cartões mostrados contradiz a afir­
2. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) mação de Marta.
Considere verdadeira a seguinte afirmação: “Todos os e) apenas o segundo e o terceiro cartões mostrados
primos de Mirian são escreventes”. contradizem a afirmação de Marta.
Dessa afirmação, conclui‑se corretamente que
a) se Pâmela não é escrevente, então Pâmela não é 6. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) Uma
prima de Mirian. avaliação com apenas duas questões foi res­pondida por
b) se Jair é primo de Mirian, então Jair não é escre­vente. um grupo composto por X pessoas. Sabendo­‑se que exa‑
c) Mirian é escrevente tamente 160 pessoas desse grupo acertaram a primeira
d) Mirian não é escrevente. questão, que exatamente 100 pessoas acertaram as
e) se Arnaldo é escrevente, então Arnaldo é primo de duas questões, que exata­mente 250 pessoas acertaram
Mirian apenas uma das duas questões, e que exatamente 180
pessoas erraram a segunda questão, é possível afirmar,
3. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) corretamente, que X é igual a
Mantendo‑­se a regularidade da sequência numérica – 3,
a) 520. c) 370. e) 610.
1, – 5, 3, – 7, 5, …, os dois próximos elementos dessa
b) 420. d) 470.
sequência serão, respectivamente.
a) 10 e 6. c) 11 e 5. e) 13 e 3.
b) 9 e 7. d) 12 e 4. 7. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) Para
que seja falsa a afirmação “todo escrevente técnico
4. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) judiciário é alto”, é suficiente que
Considere as seguintes figuras de uma sequência de a) alguma pessoa alta não seja escrevente técnico
transparências, todas enumeradas: judiciário
b) nenhum escrevente técnico judiciário seja alto.
c) toda pessoa alta seja escrevente técnico judiciário.
d) alguma pessoa alta seja escrevente técnico judiciário
e) algum escrevente técnico judiciário não seja alto

8. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) Uma


equivalente da afirmação “Se eu estudei, então tirei
uma boa nota no concurso” está contida na alternativa:
a) Não estudei e não tirei uma boa nota no concurso.
b) Se eu não tirei uma boa nota no concurso, então não
estudei
Na referida sequência, a transparência 6 tem a mes‑ c) Se eu não estudei, então não tirei uma boa nota no
ma figura da transparência 1, a  transparência 7 tem concurso.
a mesma figura da transparência 2, a transparência 8 d) Se eu tirei uma boa nota no concurso, então estudei
tem a mesma figura da transparência 3, e assim por e) Estudei e tirei uma boa nota no concurso.
diante, obedecendo sempre essa regularidade. Dessa
forma, sobrepondo­‑se as transparências 113 e 206, 9. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) A
tem‑­se a figura afirmação “canto e danço” tem, como uma negação,
a afirmação contida na alternativa
a) c) e) a) não canto e não danço.
b) canto ou não danço.
c) não danço ou não canto.
b) d) d) danço ou não canto.
e) danço ou canto.

5. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) 10. (Vunesp/TJ‑SP/Escrevente Técnico Judiciário/2015) Se


Marta confeccionou três cartões em papel cartolina Márcio é dentista, então Rose não é enfermeira. Débora
e carimbou figuras em somente uma das faces de não é médica ou Marcelo não é professor. Identificado
cada cartão. Ao encontrar um de seus amigos, Marta que Marcelo é professor e que Rose é enfermeira,
informou­‑lhe que todo cartão de cor amarela tinha conclui­‑se corretamente que
carimbada, em uma das faces, uma figura em tinta na a) Débora não é médica e Márcio não é dentista
cor azul. Após dizer isso, ela mostrou a esse amigo três b) Débora é médica e Márcio é dentista.
cartões: o primeiro cartão, de cor amarela, con­tinha c) Débora é médica e Márcio não é dentista.
Raciocínio Lógico

uma figura carimbada em tinta na cor azul; o segundo d) Débora não é médica e Márcio é dentista
cartão, de cor vermelha, continha uma figura carimbada e) Se Débora não é médica, então Márcio é dentista
em tinta na cor preta; o terceiro cartão, na cor branca,
continha uma figura carimbada em tinta na cor azul. GABARITO
Com base no que foi apresentado, pode‑­se afirmar
corretamente que 1. c 3. b 5. d 7. e 9. c
a) apenas o terceiro cartão mostrado contradiz a afir‑
2. a 4. e 6. d 8. b 10. a
mação de Marta.

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