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Na situação temos duas proposições sendo repre-

sentadas pelas letras p e r.

Agora que já sabemos o que são proposições lógi-

RACIOCÍNIO LÓGICO E cas, fica tranquilo distinguir o que não são propo-
sições. Isto é fundamental, pois várias questões de
prova perguntam exatamente isso — são apresen-
MATEMÁTICO tadas algumas frases e você precisa identificar qual
delas não é uma proposição. Vejamos os casos em que
mais aparecem:

� Perguntas: são as orações interrogativas.


LÓGICA Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
PROPOSIÇÕES dadeira ou falsa;
� Exclamações: são frases exclamativas.
Proposições Lógicas Simples Exemplo: Que lindo cabelo!
Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que sentam percepções subjetivas;
é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir: � Ordens: são orações com verbo no imperativo.
Ex.: Paula vai à praia. Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
Para saber se temos ou não uma proposição, preci-
samos de três requisitos fundamentais: Uma ordem não pode ser classificada como verda-
deira ou falsa. Muito cuidado com esse tipo de oração,
z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos; pois pode ser facilmente confundida com uma propo-
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen- sição lógica.
tando uma situação, um fato; Não são proposições: perguntas, exclamações e
z Pode ser classificada como verdadeira ou falsa: ordens.
ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadei- Temos um outro caso menos cobrado em provas,
ro ou o valor lógico falso para a declaração. mas que também não é proposição lógica: o parado-
xo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a seguir:
Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen- Ex.: Esta frase é uma mentira.
te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição Quando atribuímos um valor de verdade para a
lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma frase, então, na verdade, ele mentiu, uma vez que a
informação completa (temos o sujeito claro na oração) própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso,
e podemos afirmar se é verdadeira ou falsa. então a frase é verdade, pois ela diz ser uma mentira
e já sabemos que isso é falso.
Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos
Importante! resulta um valor contrário, ou seja, estamos diante de
Proposição Lógica é uma oração declarativa que uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a
definição de um paradoxo.
admite apenas um valor lógico: V ou F.
Proposições Compostas
Ou então podemos também esquematizar o que é
uma proposição lógica assim: Temos proposições compostas quando há duas ou
Chama-se proposição toda sentença declarativa mais proposições simples ligadas por meio dos conec-
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só tivos lógicos. Veja os exemplos:
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta-
mente com o sentido completo (caráter informativo). z Sabino corre e Marcos compra leite;
z O gato é azul ou o pato é preto; RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Verdadeira z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar.

Sentença Cada conectivo tem sua representação simbólica e


ou Sentido sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos:
Declarativa
completo
CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA
Falsa
e Conjunção ^
Obrigatório ou Disjunção v
Disjunção v
Verbo ou...ou
Exclusiva
se...então Condicional →
Toda proposição pode ser representada simbolica-
se e somente se Bicondicional ⟷
mente pelas letras do alfabeto. Veja no exemplo:

z p: Sabino é um pintor esperto;


z r: Kate é uma mulher alta.
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Exemplos: CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA

z Na linguagem natural: Condicional


se...,então → Se p, então q
(implicação)
„ O macaco bebe leite e o gato come banana; p se e
„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta; se e Bicondicional
somente
„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta; somente se (bi-implicação)
se q
„ Se estudar, então vai passar;
„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber
z Conjunção (conectivo “e”): sua representação
dinheiro.
simbólica é ^. Exemplo:
z Na linguagem simbólica:
„ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
gato come banana;
„ p ^ q;
„ Na linguagem simbólica: p ^ q.
„ p v q;
„ p v q;
z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): sua repre-
„ p → q;
sentação simbólica é v. Exemplo:
„ p ⟷ q.
„ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
Agora que conhecemos os conectivos lógicos,
Juliano é atleta;
vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi-
„ Na linguagem simbólica: p v q.
cos que podem aparecer na prova. Veja:
z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): sua
� Conectivos “e” usando “mas”:
representação simbólica é: v. Exemplo:
Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
ambos”: „ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi-
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas do ou a raposa é lenta;
não ambos; „ Na linguagem simbólica: p v q.
� Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”: z Condicional (conectivos “se, então”): Sua repre-
Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à sentação simbólica é →. Exemplo:
praia;
Caso você estude, irá passar no concurso; „ Na linguagem natural: Se estudar, então vai
Basta Ana comer massas, e engordará; passar;
Quem joga bola é rápido; „ Na linguagem simbólica: p → q.
Todos os médicos sabem operar;
Qualquer criança anda de bicicleta; z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): Sua
Toda vez que chove, não vou à praia. representação simbólica é ⟷. Exemplo:

É importante saber que na condicional a primeira „ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e
proposição é o termo antecedente e a segunda é o somente se ele receber dinheiro;
termo consequente. „ Na linguagem simbólica: p⟷q.

P→Q z Negação: uma proposição quando negada, recebe


valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro-
P = antecedente posição original. O símbolo que iremos utilizar é
Q = consequente ¬p ou ~p. Exemplos:

CONECTIVOS „ p: O gato é amarelo;


„ ~p: O gato não é amarelo;
Os conectivos lógicos (ou operadores lógicos, como „ q: Raciocínio Lógico é difícil;
também podem ser chamados) servem para ligar duas „ ~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
ou mais proposições simples e formar, assim, propo- „ r: Maria chegou tarde em casa ontem;
sições compostas. „ ~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em
Temos cinco operadores lógicos no total e cada casa ontem.
um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
Veja a tabela a seguir: Dica
Tabela de Conectivos A negação, além da forma convencional, pode
ser escrita com as expressões a seguir:
É falso que... / Não é verdade que...
CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
e Conjunção ^ peq Agora que já fomos apresentados aos conectivos
ou Disjunção v p ou q lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera-
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:
Disjunção
ou...ou v Ou p ou q
exclusiva
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z Conectivo “e” usando “mas” Observe a tabela a seguir e veja que os resultados
são iguais, ou seja, equivalentes:
„ Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
A B ~A ~B A→B ~B → ~A ~A V B
z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
V V F F V V V
ambos”
V F F V F F F
„ Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, F V V F V V V
mas não ambos;
F F V V V V V
z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que” Equivalência Bicondicional

„ Exemplos: Geralmente aprendemos somente a equivalência


básica desse conectivo (a comutação), mas precisa-
Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia; mos ficar atentos para os casos especiais. O conectivo
Caso você estude, irá passar no concurso; “se e somente se” tem mais duas equivalências lógicas
Basta Ana comer massas, e engordará; quando interpretamos de maneira mais minuciosa o
Quem joga bola é rápido; seu significado e sua tabela verdade. A seguir veremos
Todos os médicos sabem operar; esses detalhes que estão aparecendo cada vez mais
Qualquer criança anda de bicicleta; nas provas. Vamos lá!
Toda vez que chove, não vou à praia.
z Comutação
Dica: na condicional, a 1ª proposição é o termo
antecedente e a 2ª é o termo consequente. Exemplo: A ⟷ B ⇔ B ⟷ A
P  Q1 O céu ficará azul se e somente se hoje não chover.
P = antecedente ⇔ Hoje não choverá se e somente se o céu ficar azul.
Q = consequente
„ Com o conectivo “e” e “se...então”
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Para fazer essa equivalência, vamos interpretar
Equivalência Condicional o conectivo “se e somente se”. Na sua nomenclatura
temos uma bicondicional; o que isso significa exata-
Agora vamos tratar de duas equivalências impor- mente? Significa que temos duas condicionais (se...
tantes desse conectivo que tem a maior incidência então).
nas provas de concursos. A primeira delas ensina Pensando nisso, podemos dizer então que temos
como transformar uma proposição composta pelo uma condicional indo e uma condicional voltan-
“se…então” em outra proposição composta pelo “se… do; repare que a simbologia (⟷) é composta por
então”. A outra ensina como transformar uma propo- duas setas. Agora vamos traduzir isso tudo com um
sição composta pelo “se…então” em uma composta exemplo.
pelo conectivo “ou” (e vice-versa). Vamos lá! Exemplo: A ⟷ B ⇔ (A → B) ^ (B → A)
O céu ficará azul se e somente se hoje não chover.
z Contrapositiva ⇔ Se o céu ficará azul, então hoje não vai chover e se
hoje não vai chover, então o céu ficará azul.
Para fazermos essa equivalência, devemos inver-
ter as proposições e depois negar todas as proposições. „ Com o conectivo “ou” e “tabela verdade”
Inverte e nega tudo mantendo o se então.
Exemplo: A → B ⇔ ~B → ~A Já para entendermos essa equivalência, precisa-
Se Marcos estuda, então ele passa. ⇔ Se Marcos mos lembrar dos casos na tabela verdade do conetivo
não passa, então ele não estuda. “se e somente se” quando temos resultados verda- RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Estas duas proposições são equivalentes. Percebeu deiros, ou seja, quando os valores lógicos são iguais.
o processo de construção da segunda a partir da pri- Sabendo disso, podemos dizer, então, que o conectivo
meira? Você deve inverter a ordem das proposições e “se e somente se” terá resultado verdadeiro quando
negar ambas. as proposições forem todas verdadeiras ou quando
forem todas falsas (vale lembrar que a negação de
„ “se...então” vira “ou” “V” será “F”). Logo, veja o exemplo de como ficará essa
equivalência:
Essa equivalência é feita negando a primeira pro- Exemplo: A ⟷ B ⇔ (A ^ B) v (~A ^ ~B)
posição, trocando o conectivo “se...então” pelo conec- O céu ficará azul se e somente se hoje não chover.
tivo “ou”, repetindo a segunda proposição. ⇔ O céu ficará azul e hoje não vai chover ou o céu não
Nega ou repete. ficará azul e hoje vai chover.
Exemplo: Agora observe a tabela verdade envolvendo todas
as equivalências da Bicondicional:
A → B ⇔ ~A v B.

Se o urso é ovíparo, então o macaco voa. ⇔ O urso


não é ovíparo ou o macaco voa.
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Quantificador Universal “Nenhum” (Negativo)
(A→B) (A ^ B)
A B ~A ~B A ⟷ B B⟷A ∧ V
(~A ^ ~B) Exemplos:
(B→A)
Nenhum A é B;
V V F F V V V V Nenhum homem joga bola.
V F F V F F F F Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
F V V F F F F F
que “Nenhum A é B” significa que A e B não tem ele-
F F V V V V V V mentos em comum, logo, temos apenas uma represen-
tação com diagrama:
QUANTIFICADORES

Lógica de 1ª ordem é igual a Quantificadores Lógi- A B


cos, então, toda vez que você vir esse tema no edi-
tal, terá que saber três coisas fundamentais sobre os
quantificadores:

z Negação; Não há intersecção entre o conjunto A e o conjunto B


z Equivalência; e
z Representação por diagramas. Quando “Nenhum A é B” é verdadeira, os valores
lógicos das outras proposições categóricas, interpre-
Quantificadores Lógicos ou Proposições Categó- tando o diagrama, serão os seguintes:
ricas são elementos que especificam a extensão da
validade de um predicado sobre um conjunto de cons- z Todo A é B: é falsa;
tantes individuais, ou seja, são palavras ou expressões z Algum A é B: é falsa;
que indicam que houve quantificação. São exemplos z Algum A não é B: é verdadeira.
de quantificadores as expressões: “existe”, “algum”,
“todo”, “pelo menos um” e “nenhum”. Quantificador Particular (Afirmativo): “Algum” / “Pelo
Menos Um” / “Existe”
Classificação Das Proposições Categóricas
Exemplo:
Algum A é B;
Estes quantificadores podem ser classificados em
Algum homem joga bola.
dois tipos:
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
z Quantificador Universal: “todo” e “nenhum”; que “Algum A é B” significa que o conjunto A tem pelo
z Quantificador Existencial (particulares): “pelo menos um elemento em comum com o conjunto B, ou
menos um”, “existe um” e o “algum”. seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
mos fazer representação com diagrama:
Quantificador Universal “Todo” (Afirmativo)
A B
Exemplos:
Todo A é B;
Todo homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
que “Todo A é B” significa que todo elemento de A
também é elemento de B. Logo, podemos representar
com o diagrama: Os dois conjuntos possuem uma parte em comum

B Veja que a representação de A e B possui inter-


secção. Então, quando “Algum A é B” é verdadeira,
A os valores lógicos das outras proposições categóricas,
interpretando o diagrama, serão os seguintes:

z Todo A é B: é indeterminado;
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminado.
O conjunto A dentro do conjunto B
Quantificador Particular (Negativo): “Algum” / “Pelo
Quando “Todo A é B” é verdadeira, os valores lógi- Menos Um” / “Existe” + A Partícula “Não”
cos das outras proposições categóricas, interpretando
os diagramas, serão os seguintes: Exemplo:
Algum A não é B;
z Nenhum A é B: é falsa; Algum homem não joga bola.
z Algum A é B: é verdadeira; Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
z Algum A não é B: é falsa. exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lem-
brar que “Algum A não é B” significa que o conjunto
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A tem pelo menos um elemento que não pertence ao z Se o quantificador utilizado for universal, a nega-
conjunto B. Logo, podemos fazer representação com ção utilizará um quantificador particular;
diagramas: z Se o quantificador utilizado for particular, a nega-
ção utilizará um quantificador universal;
z Se o verbo for afirmativo, a negação utilizará um
verbo negativo;
z Se o verbo for negativo, a negação utilizará um
verbo afirmativo.

Esquematizando tudo:

QUANTIFICADOR NEGAÇÃO EXEMPLO


Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há
contato de alguns elementos de A com B p: Todo homem
Universal afirmati- Particular negativa joga bola
Veja que nas representações o conjunto A tem pelo va “todo” “algum + não” ~p: Algum homem
não joga bola
menos um elemento que não pertence ao conjunto
B. Então, quando “Algum A não é B” é verdadeira, os p: Nenhum ho-
valores lógicos das outras proposições categóricas, Universal negativa Particular afirmati- mem joga bola
interpretando o diagrama, serão os seguintes: “nenhum” va “algum” ~p: Algum homem
joga bola

z Todo A é B: é falsa; p: Algum homem


z Nenhum A é B: é indeterminada; Particular afirmati- Universal negativa joga bola
va “algum” “nenhum” ~p: Nenhum ho-
z Algum A não é B: é indeterminado.
mem joga bola

Negação dos Quantificadores Lógicos ou p: Algum homem


Particular negativa Universal afirmati- não joga bola
Proposições Categóricas
“algum + não” va “todo” ~p: Todo homem
joga bola
Você vai aprender de uma vez por todas como
negar proposições quantificadas, ou seja, proposi- Olhando para as iniciais de cada quantificador
ções que utilizam expressões como “todo”, “algum” e lógico particular (Pelo menos / Existe / Algum), pode-
“nenhum”. Podemos, então, dizer que negar uma pro- mos escrever o lembrete abaixo para negação:
posição significa trocar o seu valor lógico. Em outras
palavras, a negação de uma proposição verdadeira é
uma proposição falsa; a negação de uma proposição Negação PEA + Não
Todo
falsa é uma proposição verdadeira.
Tudo que você precisa para negar uma proposição
quantificada é saber como classificá-la, então, veja Nenhum Negação PEA
alguns exemplos:

QUANTIFICADOR CLASSIFICAÇÃO EXEMPLO Equivalência Lógica de Quantificadores


Universal Todo homem joga
Todo
Afirmativo bola z Todo
Nenhum homem
Nenhum Universal Negativo
joga bola „ “Todo A é B” é equivalente a dizer “nenhum
Particular Algum homem A não é B”.
Algum
Afirmativo joga bola
Vemos aqui que troca-se “todo” por “nenhum”,
Particular Algum homem
Algum + Não ou seja, a primeira sentença é mantida e nega-se a
Negativo não joga bola
segunda. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Exemplo: “Todo gato pula alto” = “Nenhum gato
Sabendo disso, é muito simples negar proposições
não pula alto”.
quantificadas.
„ “Todo A é B” equivale a “Se é A, então é B”.
Universal Negação Particular
Exemplo: “Todo pato é amarelo”. = “Se é pato,
então é amarelo”.
Particular Negação Universal
z Nenhum

Verbo Verbo Negativo


„ “Nenhum A é B” é equivalente a dizer “Todo A
Negação
Afirmativo não é B”.

Verbo Verbo Vemos aqui que troca-se “nenhum” por “todo”, a


Negação Afirmativo primeira sentença é mantida e nega-se a segunda.
Negativo
Exemplo: “Nenhum macaco é branco” = “Todo
macaco não é branco”.
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Complemento de um Conjunto
Equivalência
O complemento de X é o conjunto formado por
Negação
todos os elementos do Universo e o elemento “y” faz
AéB A Não é B A Não é B parte dele, claro que com exceção daqueles que estão
Todo Algum Nenhum
presentes em X. Representamos o complemento ou
complementar pelo símbolo XC. Podemos afirmar que
A Não é B AéB
Negação
AéB “y” não pertence à X, mas pertence ao conjunto com-
plementar de X: matematicamente: y Є XC.
Equivalência
Interpretando Regiões e Conhecendo a Interseção e
União de Conjuntos
PREDICADOS
Uma outra situação é quando temos dois conjuntos (X
e Y), podemos representar da seguinte forma, no geral:
A lógica de predicados refere-se a símbolos, rela-
ções e funções. Inicialmente, é necessário entender
X Y
que um objeto pode ser qualquer coisa, uma pessoa,
um sentimento, um efeito climático, etc. Por con-
seguinte, seguem as compreensões sobre o que são
variáveis, constantes e predicados:

z Variáveis: conjunto de objetos.


z Constante: objeto específico.
z Predicados: relação entre os objetos. a b c

Vamos a um exemplo:
Considere a variável x, onde x = um humano. A d
constante j, onde j = João, que é humano, e também
a constante m, onde m= Maria. E o predicado mãe, Interpretando os conjuntos anterior temos:
onde mãe(m,j), ou seja, Maria é Mãe de João.
z o elemento “a” pertence apenas ao conjunto X, pois
ele está numa região que não tem contato com o
conjunto Y;
CONJUNTOS E SUAS OPERAÇÕES z o elemento “c” faz parte somente ao conjunto Y;
z o elemento “b” pertence aos dois conjuntos, ou
INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS seja, faz parte da interseção entre os conjuntos
X e Y. A representação simbólica é feita por X ∩ Y.
Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas Como o elemento “b” faz parte dessa região, temos:
que possuem a mesma característica, por exemplo,
numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só „ b Є (X ∩ Y) – o elemento “b” pertence à interse-
bebem cerveja ou o conjunto daquelas que só gostam ção dos conjuntos X e Y;
de músicas eletrônicas.
Representamos um conjunto da seguinte forma: z o elemento “d” não faz parte de nenhum dos dois
conjuntos. Logo, podemos dizer que “d” não per-
Conjunto X tence à União entre os conjuntos X e Y. A união é
a junção das regiões dos dois conjuntos e é repre-
sentada simbolicamente por X ∪ Y. Assim, d ∉ (X
y
∪ Y) – o elemento “d” não pertence à união entre
os conjuntos X e Y.
x
Vamos analisar uma outra situação:

X Y
Podemos afirmar que no interior do círculo há todos
os elementos que pertencem (compõem) ao conjunto X,
já na parte externa do círculo estão todos os elementos
que não fazem parte de X, ou seja, “y” não pertence ao
conjunto X.
X–Y X∩Y Y–X
No gráfico acima podemos dizer que o elemento “x”
pertence ao conjunto X e o elemento “y” não pertence.
Matematicamente, usamos o símbolo Є para indicar
essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o elemento
“y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o símbolo ∉
para essa relação de não pertinência. Matematicamente: Nesta representação, podemos interpretar a
região X – Y (diferença de conjuntos) como sendo a
região formada pelos elementos de X que não fazem
y ∉ X.
parte do conjunto Y. Veja o exemplo:
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X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} c, d} etc. Ainda podemos utilizar notações matemáti-
Y = {5, 6, 7, 9, 10} cas para representar os conjuntos. Veja o exemplo a
seguir:
X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele
e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3, 4, 8} A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}
Já no caso da região Y – X, temos:
Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} anterior da seguinte maneira: o conjunto A é compos-
Y = {5, 6, 7, 9, 10} to por todo x pertencente ao conjunto dos números
Y – X = {9, 10} inteiros, tal que x é maior ou igual a zero.
Agora, veja um outro exemplo:
Podemos falar, também, da região de interseção
dos conjuntos X ∩ Y. B = {∃ x Є Z | x > 5}

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto


Y = {5, 6, 7, 9, 10} B existe x pertencente ao conjunto dos números intei-
X ∩ Y = {5, 6, 7} ros, tal que x é maior do que 5.
Agora vamos esquematizar todas as simbologias
E por fim, vamos identificar a união entre os para que você possa gravar mais facilmente e aplicar
conjuntos X e Y. Observe que vamos juntar todos os na hora de resolver as questões. Observe a tabela a
elementos dos dois conjuntos, mas sem repetir os ele- seguir:
mentos presentes na interseção. Veja:
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Y = {5, 6, 7, 9, 10} Ex: X = {a,b,c} representa
X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} {,} chaves o conjunto X composto
por a, b e c
Relação de “Contém”/“Não Contém” e “Está Significa que o conjunto
Contido”/“Não Está Contido” entre Conjuntos conjunto
{ } ou ∅ não tem elementos, é um
vazio
conjunto vazio
Em algumas situações, a intersecção entre os con-
Significa “Para todo” ou
juntos X e Y pode ser todo o conjunto Y, por exemplo. ∀ para todo
“Para qualquer que seja”
Isso acontece quando todos os elementos de B são
também elementos de A. Veja isso no gráfico a seguir: Indica relação de perti-
Є pertence
nência de elementos
X Indica relação de não
∉ não pertence
pertinência de elementos
∃ existe Indica relação de existência
Indica que não há relação
Y ∄ não existe
de existência
Indica que um conjunto
⊂ está contido está contido em outro
conjunto
Indica que um conjunto
Perceba que realmente X ∩ Y = Y. Quando temos não está
⊄ não está contido em
a situação acima, podemos dizer que o conjunto Y contido
outro conjunto
está contido no conjunto X, representado matemati-
camente por Y ⊂ X. Ou podemos dizer, ainda, que o Indica que determinado
conjunto X contém o conjunto Y, representado mate- ⊃ contém conjunto contém outro RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
maticamente por X ⊃ Y. conjunto
Indica que determinado
⊅ não contém conjunto não contém
Importante! outro conjunto
Entenda a diferença: Serve para fazer a liga-
ção entre a composição
● falamos que um elemento pertence ou não | tal que
de um conjunto na “repre-
pertence a um conjunto;
sentação em chaves”
● falamos que um conjunto está contido ou não união de
está contido em outro conjunto. A∪B Lê-se como “X união Y”
conjuntos
interseção de Lê-se como “X intersec-
A∩B
Representação de Conjunto usando Chaves conjuntos ção Y”
diferença de Lê-se como “diferença de
Geralmente usamos letras maiúsculas para repre- A-B
conjuntos A com B”
sentar os nomes de conjuntos e minúsculas para
representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b,
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z preencha as demais informações no diagrama:
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO
Refere-se ao complemen- Matemática (20) Português (30)
XC complementar
to do conjunto X

Diagrama de Venn

Vamos entender como se resolve questões que


envolvem Operações com Conjuntos se relacionan-
do. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
como desenvolvemos suas resoluções:

z Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Mate-


mática, 30 gostam de Português, e 10 gostam das 5
duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam
de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos Total = X
há nessa sala de aula? 20 gostam de Matemática;
30 gostam de Português;
Siga os passos abaixo: 10 gostam dos dois;
10 gostam apenas de Matemática;
z identifique os conjuntos; 20 gostam apenas de Português;
z represente em forma de diagramas; 5 não gostam de nenhuma.
z preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações); Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
z preencha as demais informações no diagrama; tos envolvidos:
z some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. Matemática (20) Português (30)

Vamos à resolução:

z identifique os conjuntos;
z represente em forma de diagramas:

Matemática Português 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20

10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.

Também seria possível resolver esse tipo de ques-


tão usando a seguinte fórmula:

z preencha as informações de dentro para fora (da n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)
interseção para as demais informações):
Esta fórmula nos diz que o número de elementos
Matemática Português da União entre os conjuntos X e Y (X ∪ Y) é dado pelo
número de elementos de X, somado ao número de ele-
mentos de Y, subtraído do número de elementos da
interseção (X ∩ Y). Aplicando no exemplo, temos:
Matemática (M)
Português (p)

n(M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)


10
n(M ∪ P) = 20 + 30 – 10
n(M ∪ P) = 40

Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou


Português (aqui já está incluso quem gosta das duas
matérias). Para finalizar a resolução, devemos apenas
somar os 5 alunos que não gostam das duas matérias.
Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala.
Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quan-
do nós tivermos 3 conjuntos será possível resolver
o problema por meio de Diagramas de Venn ou por
124 meio de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
André, Bernardo e Carol ouviram certa quantidade z preencha as demais informações no diagrama:
de músicas. Nenhum deles gostaram de seis músicas
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou- André Bernardo
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram,
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve
música alguma que somente um deles tenha gostado.
O número de músicas que eles ouviram foi?
0 12 0
Siga os passos a seguir:
10
z identifique os conjuntos;
z represente em forma de diagramas; 9 4
z preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações); 0 Carol
z preencha as demais informações no diagrama;
z some todas as regiões e iguale ao total de elemen- 6
tos envolvidos.

Vamos à resolução:
Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
mos que os três gostaram de dez músicas, depois
z identifique os conjuntos;
preenchemos com as demais informações:
z represente em forma de diagramas:

André Bernardo z 12 músicas que somente André e Bernardo gosta-


ram (na interseção entre os 2 apenas);
z 9 que somente André e Carol gostaram;
z 4 que somente Bernardo e Carol gostaram;
z 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três
conjuntos);
z os “zeros” representam o fato de que não houve
música que somente um deles tenha gostado.

Logo, vem a última etapa:

z some todas as regiões e iguale ao total de elemen-


tos envolvidos;
Carol
Total = X
6+0+12+10+9+0+4+0=X
X = 41 músicas
z preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações): Questões com três conjuntos podem ser resolvidas
usando a seguinte fórmula:
André Bernardo
n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X
∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z)

Traduzindo a fórmula:
Total de elementos da união = soma dos conjuntos
– interseções dois a dois + interseção dos três. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
10 Bom! Já vimos a teoria e precisamos praticar o que
aprendemos, não é mesmo? Vamos praticar!

1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Determinado porto rece-


beu um grande carregamento de frango congelado,
Carol carne suína congelada e carne bovina congelada, para
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
foram carregados com carne bovina; 450, com carne
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
Nessa situação hipotética,
250 contêineres foram carregados somente com car-
ne suína.

( ) CERTO ( ) ERRADO
125
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Vamos extrair as informações e colocar dentro dos 3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Determinado porto rece-
diagramas: beu um grande carregamento de frango congelado, carne
800 contêineres distribuição; suína congelada e carne bovina congelada, para exporta-
0 contêineres com os 3 produtos; ção. Esses produtos foram distribuídos em 800 contêine-
300 contêineres carne bovina; res, da seguinte forma: nenhum contêiner foi carregado
450 contêineres carne suína; com os três produtos; 300 contêineres foram carregados
100 contêineres com frango e carne bovina; com carne bovina; 450, com carne suína; 100, com frango
150 contêineres com carne suína e carne bovina; e carne bovina; 150, com carne suína e carne bovina; 100,
100 contêineres com frango e carne suína. com frango e carne suína.
Nessa situação hipotética,
Bovina Frango 400 contêineres continham frango congelado.

50 100 X ( ) CERTO ( ) ERRADO

Com as informações colocadas nos diagramas na ques-


tão anterior, podemos somar todas as informações que
não possuem contato com o conjunto de frango e sub-
0
trair do total. Veja:
50 (só bovinos);
150 100 150 (bovinos e suínos);
200 (só suínos).
200 Suína Somando tudo isso, teremos 400 contêineres com
outras carnes, o que sobrou do total será a resposta
para a questão.
800-400= 400 contêineres contêm franco. (Lembre-se, a
banca não perguntou somente frango). Logo, 400 con-
Veja que apenas 200 contêineres foram carregados
têineres continham frango congelado. Resposta: Certo.
somente com carne suína. Resposta: Errado.
4. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um aeroporto, 30 pas-
2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Determinado porto rece-
sageiros que desembarcaram de determinado voo e que
beu um grande carregamento de frango congelado,
estiveram nos países A, B ou C, nos quais ocorre uma epi-
carne suína congelada e carne bovina congelada, para
demia infecciosa, foram selecionados para ser examina-
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
dos. Constatou-se que exatamente 25 dos passageiros
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
selecionados estiveram em A ou em B, nenhum desses
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
25 passageiros esteve em C e 6 desses 25 passageiros
foram carregados com carne bovina; 450, com carne
estiveram em A e em B.
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
que se seguem
Nessa situação hipotética,
Se 11 passageiros estiveram em B, então mais de 15 esti-
50 contêineres foram carregados somente com carne
veram em A.
bovina.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
Dos 30 passageiros, são 25 que estiveram apenas
Vamos extrair as informações e colocar dentro dos
em A ou B, de modo que os outros 5 passageiros esti-
diagramas:
veram apenas em C. Veja ainda que 6 passageiros
800 contêineres distribuição;
estiveram A e B, de modo que os outros 19 estiveram
0 contêineres com os 3 produtos;
somente em um desses dois países. Logo,
300 contêineres carne bovina;
450 contêineres carne suína;
A B
100 contêineres com frango e carne bovina;
150 contêineres com carne suína e carne bovina;
100 contêineres com frango e carne suína.

Bovina Frango X 6 25 – 6 – x =

50 100 X 19 – x

150 100
C 5
200 Suína

Veja que exatamente 50 contêineres foram carrega-


126 dos somente com carne bovina. Resposta: Certo.
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Sabemos que o número de pessoas que estiveram em B
B é dado pela soma 6 + (19 – X). Ou seja,
11 = 6 + (19 – X) A
11 = 25 – X
X = 25 – 11
X = 14
Logo, as pessoas que estiveram em A são X + 6 = 14
+ 6 = 20. Resposta: Certo.
O conjunto A dentro do conjunto B
5. (CEBRASPE-CESPE — 2016) Situação hipotética: A
ANVISA realizará inspeções em estabelecimentos
Quando Todo A é B é verdadeira, os valores lógi-
comerciais que são classificados como Bar ou Res-
cos das outras proposições categóricas, interpretando
taurante e naqueles que são considerados ao mesmo
os diagramas, serão os seguintes:
tempo Bar e Restaurante. Sabe-se que, ao todo, são 96
estabelecimentos a serem visitados, dos quais 49 são
z Nenhum A é B: é falsa;
classificados como Bar e 60 são classificados como
z Algum A é B: é verdadeira;
Restaurante. Assertiva: Nessa situação, há mais de 15
z Algum A não é B: é falsa.
estabelecimentos que são classificados como Bar e
como Restaurante ao mesmo tempo.
Quantificador Universal “Nenhum” (Negativo)
( ) CERTO ( ) ERRADO
Exemplos:
Extraindo os dados:
z Nenhum A é B;
total: 96;
z Nenhum homem joga bola.
bar: 49;
restaurante: 60.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
Somando tudo, temos 49 + 60 = 109. Passou o total de
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Lembre-se
96, porque estamos contando 2x vezes os estabeleci-
de que Nenhum A é B significa que A e B não tem
mentos que estão na interseção. Logo, descontamos
elementos em comum, logo, temos apenas uma repre-
o que passou do total. 109 - 96 = 13 estabelecimentos
sentação com diagrama:
que são classificados como Bar e como Restaurante
ao mesmo tempo. Resposta: Errado.
A B
DIAGRAMAS

Esse tema é diretamente ligado ao estudo dos


quantificadores lógicos ou proposições categóricas,
que são elementos que especificam a extensão da vali-
Não há intersecção entre o conjunto A e o conjunto B
dade de um predicado sobre um conjunto de constan-
tes individuais. Ou seja, são palavras ou expressões
que indicam que houve quantificação. São exemplos Quando Nenhum A é B é verdadeira, os valores
de quantificadores as expressões: existe, algum, todo, lógicos das outras proposições categóricas, interpre-
pelo menos um, nenhum. tando o diagrama, serão os seguintes:
Esses quantificadores podem ser classificados em
dois tipos: z Todo A é B: é falsa;
z Algum A é B: é falsa;
z quantificador universal; z Algum A não é B: é verdadeira.
z quantificador existencial (particulares).
Quantificador Particular (Afirmativo): Algum/Pelo
Nos quantificadores universais temos todo e Menos Um/Existe
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
nenhum, já nos particulares temos pelo menos um,
existe um e o algum. Exemplos:
Agora, vamos estudar a representação de cada um
dos quantificadores por meio dos diagramas lógicos. z Algum A é B;
z Algum homem joga bola.
Quantificador Universal “Todo” (Afirmativo)
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
Exemplos: exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo
z Todo A é B; menos um elemento em comum com o conjunto B, ou
z Todo homem joga bola. seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
mos fazer representações com diagramas:
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
que Todo A é B significa que todo elemento de A tam-
bém é elemento de B. Logo, podemos representar com
o diagrama:
127
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A B z Premissa menor: geralmente é a segunda. Con-
tém o termo menor (t), que é sempre o sujeito da
conclusão e indica-nos qual é a premissa menor;
z Conclusão: identificamos por não conter o termo
médio (M);
z Termo médio: estabelece a ligação entre o termo
maior e termo menor. Aparece nas duas premis-
sas, mas nunca aparece na conclusão.
Os dois conjuntos possuem uma parte em comum
Veja os exemplos a seguir:
Veja que as representações de A e B possuem inter- Exemplo 1:
secção. Então, quando Algum A é B é verdadeira, os
valores lógicos das outras proposições categóricas, z Todos os mamíferos são animais;
interpretando o diagrama, serão os seguintes: z Os cães são mamíferos;
z Logo, os cães são animais.
z Todo A é B: é indeterminada;
z Nenhum A é B: é falsa; „ Termo maior: animais;
z Algum A não é B: é indeterminada. „ Termo menor: cães;
„ Termo médio: mamíferos.
Quantificador Particular (Negativo): Algum/Pelo
Menos Um/Existe + a Partícula Não Exemplo 2:

Exemplos: z Todos os homens são mortais;


z Sócrates é homem;
z Algum A não é B; z Logo, Sócrates é mortal.
z Algum homem não joga bola.
„ Termo maior: mortais;
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no „ Termo menor: Sócrates;
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que „ Termo médio: homem.
Algum A não é B significa que o conjunto A tem pelo me-
nos um elemento que não pertence ao conjunto B. Logo, REGRAS DO SILOGISMO CATEGÓRICO
podemos fazer representações com diagramas:
Regras Relativas aos Termos

z 1ª regra: o silogismo tem três termos — o maior,


o menor e o médio. Exemplos:

„ As margaridas são flores;


„ Algumas mulheres são Margaridas;
„ Logo, algumas mulheres são flores.
Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há
contato de alguns elementos de A com B
Veja que margaridas e Margaridas são termos
Veja que em todas as representações o conjunto equívocos. Não respeitamos esta regra, porque esse
A tem pelo menos um elemento que não pertence ao silogismo tem quatro termos. O termo margaridas
conjunto B. Então, quando Algum A não é B é verda- está empregado em dois sentidos, valendo por dois
deira, os valores lógicos das outras proposições cate- termos;
góricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:
z 2ª regra: se um termo está distribuído na con-
z Todo A é B: é falsa; clusão, tem de estar distribuído nas premissas.
z Nenhum A é B: é indeterminada; Exemplos:
z Algum A não é B: é indeterminada.
„ Os espanhóis são inteligentes (predicado não
SILOGISMOS distribuído);
„ Os portugueses não são espanhóis;
O silogismo vem da Teoria Aristotélica dentro do „ Logo, os portugueses não são inteligentes.
raciocínio dedutivo. Geralmente é formado por três pro-
posições, em que, de duas delas (que funcionam como Menor extensão na conclusão do que nas
premissas ou antecedente), extrai-se outra proposição premissas;
(que é a sua conclusão ou consequente).Além disso,
podemos dizer que é um tipo especial de argumento. z 3ª regra: o termo médio nunca pode estar na con-
clusão. Exemplos:
Estrutura do Silogismo Categórico
„ Toda planta é ser vivo;
z Premissa maior: geralmente é a primeira. Con- „ Todo animal é ser vivo;
tém o termo maior (T), que é sempre o predicado „ Todo ser vivo é animal ou planta.
da conclusão e diz-nos qual é a premissa maior, da
128 qual faz parte;
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z 4ª regra: o termo médio tem de estar distribuído Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
pelo menos uma vez. Exemplos: ria com exercícios comentados de diversas bancas.
Vamos lá!
„ Alguns (não distribuído) homens são ricos;
„ Alguns (não distribuído) homens são artistas; 1. (FGV — 2019) Considerando que a afirmação “Nenhum
„ Alguns artistas são ricos. pescador sabe nadar” não é verdadeira, é correto con-
cluir que
Regras Relativas às Proposições
a) “Há, pelo menos, um pescador que sabe nadar”.
z 5ª regra: de duas premissas negativas, nada se b) “Quem não é pescador não sabe nadar”
pode concluir. Exemplos: c) “Todos os pescadores sabem nadar”.
d) “Todas as pessoas que sabem nadar são pescadores”.
„ Nenhum palhaço é chinês; e) “Ninguém que sabe nadar é pescador”.
„ Nenhum chinês é holandês;
„ Logo, (não se pode concluir). Veja que a questão pede a negação do quantificador
“nenhum”, e, como já aprendemos, nunca devemos
Não se pode concluir se existe ou não alguma rela- negar o “nenhum” usando o quantificado “todo” e
ção entre os termos “holandês” e “palhaço”, uma vez vice-versa. Sabendo disso, podemos eliminar estra-
que não existe nenhuma relação entre estes e o termo tegicamente as alternativas C, D e E. Como temos
médio (que é o único que nos permite relacioná-los);
um quantificador universal negativo e sabemos que
para negar precisamos de um particular afirmativo,
z 6ª regra: de duas premissas afirmativas, não se só nos resta a letra A como resposta, pois a letra B
pode tirar uma conclusão negativa. Exemplos:
não está de acordo com a regra. Você também pode-
ria usar o lembrete “nenhum nega com PEA”. Res-
„ Todos os mortais são desconfiados;
posta: Letra A.
„ Alguns seres são mortais;
„ Alguns seres não são desconfiados.
2. (FUNDATEC — 2019) A negação da sentença “algum
assistente social acompanhou o julgamento” está na
z 7ª regra: a conclusão segue sempre a parte mais
alternativa:
fraca (particular e/ou negativa). Se uma premissa
for negativa, a conclusão tem de ser negativa, se
uma premissa for particular, a conclusão tem de a) Algum assistente social não acompanhou o
ser particular. Exemplos: julgamento.
b) Todos os assistentes sociais acompanharam o
„ Todos os homens são felizes; julgamento.
„ Alguns homens são espertos; c) Nem todos os assistentes sociais acompanharam o
„ Todos os espertos são felizes (a conclusão nun- julgamento.
ca pode ser geral). d) Nenhum assistente social acompanhou o julgamento.
e) Pelo menos um assistente social não acompanhou o
z 8ª regra: de duas premissas particulares, nada se julgamento.
pode concluir. Exemplos:
A questão pede a negação do “algum” — quantifica-
„ Alguns italianos não são vencedores; dor particular afirmativo. Para fazer essa negação,
„ Alguns italianos são pobres; usamos um quantificador universal. Qual? O quan-
„ Logo, (nada se pode concluir). tificador “nenhum”, pois o mesmo é universal nega-
tivo. Assim, a nossa sentença ficará:
Pelo menos uma premissa tem de ser universal, p: “Algum assistente social acompanhou o
para que possa existir ligação entre o termo médio e julgamento”.
os outros termos e ser possível extrair uma conclusão. ~p: “Nenhum assistente social acompanhou o julga-
Esquematizando! mento”. Resposta: Letra D.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
REGRAS 3. (FUNDATEC — 2019) Assinale a alternativa que corres-
ponde à negação de “Todos os analistas de tecnologia
PREMISSAS TERMOS da informação são bons desenvolvedores”.
z Todo silogismo con-
z De duas premissas
tém somente três a) Pelo menos um analista de tecnologia da informação
negativas, nada se
termos: maior, médio não é bom desenvolvedor.
conclui
e menor b) Nenhum analista de tecnologia da informação é bom
z De duas premissas
z Os termos da conclu- desenvolvedor.
afirmativas, não pode
são não podem ter c) Todos os analistas de tecnologia da informação não
haver conclusão
extensão maior que os são bons desenvolvedores.
negativa
termos das premissas d) Alguns analistas de tecnologia da informação são
z A conclusão segue
z O termo médio bons desenvolvedores.
sempre a premissa
não pode entrar na e) Todos os desenvolvedores não são analistas de tecno-
mais fraca
conclusão logia da informação.
z De duas premissas
z O termo médio deve
particulares, nada se
ser universal ao A negação do “todo” pode ser feita usando o lembre-
conclui
menos uma vez te que aprendemos: “todo nega com PEA + não”, em
que PEA são as iniciais dos quantificadores lógicos 129
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particulares — “Pelo menos um”/“Existe”/“Algum” Agora, vamos analisar as afirmações feitas por
— seguidos pelo modificador lógico “não”, deixan- Laura:
do-os, assim, particulares negativos. Logo, I. Se Carlos é matemático, então ele é dialético (cor-
p: “Todos os analistas de tecnologia da informação reta, pois está de acordo com a equivalência acima).
são bons desenvolvedores” II. Se Pedro é dialético, então é matemático (incor-
~p: “Pelo menos um/Existe/Algum analista de tecno- reta, pois há dialéticos que não são matemáticos).
logia da informação não é bom desenvolvedor. Res-
posta: Letra A. Dialético

4. (VUNESP — 2019) A alternativa que corresponde à


negação lógica da proposição composta: “todos os Mat.
cantores são músicos e existe advogado que é can-
tor”, é:

a) Nenhum cantor é músico e não existe advogado que III. Se Luiz não é dialético, então não é matemático
seja cantor. (correta, pois todo matemático é dialético. Veja tam-
b) Pelo menos um cantor não é músico ou não existe bém que temos um dos casos de equivalência lógica
advogado que seja cantor. do conectivo “se...então” — a contrapositiva).
c) Há cantores que são músicos e existe advogado que
não é cantor. IV. Se Renato não é matemático, então não é dialéti-
d) Nenhum cantor é músico ou não existe advogado que co (incorreta, pois nem todo dialético é matemático
seja cantor. como vimos no diagrama da alternativa II). Respos-
e) Pelo menos um cantor não é músico ou existe advoga- ta: Letra A.
do que é cantor.

Só podemos negar um quantificador universal


(“Todo”/“Nenhum”) com um quantificador existen-
cial (“Existe”/“Algum”/“Pelo menos um”). Assim,
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E
eliminamos as letras A, C e D, ficando apenas as REAIS E SUAS OPERAÇÕES
letras B e E para análise. Segundo a Lei de Morgan,
devemos trocar o “e” por “ou” e negar tudo. Então, NÚMEROS INTEIROS
negando a proposição P ^ Q, fica ~ P v ~Q:
P: todos os cantores são músicos e (^) Os números inteiros são os números naturais e
Q: existe advogado que é cantor. seus respectivos opostos (negativos). Veja:
Negando: Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
~P: alguns cantores não são músicos (pelo menos O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa
um não é = algum não é) ou (v) importante é saber que todos os números naturais
~Q: não existe advogado que é cantor. (Não existe são inteiros, mas nem todos os números inteiros são
= nenhum) “Pelo menos um cantor não é músico naturais. Logo, podemos representar através de dia-
ou não existe advogado que seja cantor”. Resposta: gramas e afirmar que o conjunto de números naturais
Letra B. está contido no conjunto de números inteiros ou ain-
da que N é um subconjunto de Z. Observe:
5. (VUNESP — 2019) Considere como verdadeira a pro-
posição: “Nenhum matemático é não dialético”. Laura
enuncia que tal proposição implica, necessariamente,
que

I. Se Carlos é matemático, então ele é dialético.


II. Se Pedro é dialético, então é matemático. Z N
III. Se Luiz não é dialético, então não é matemático.
IV. Se Renato não é matemático, então não é dialético.

Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas


apenas:

a) I e III. Podemos destacar alguns subconjuntos de núme-


b) I e II. ros. Veja:
c) III e IV.
d) II e III. z Números inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja
e) II e IV. que são os números naturais;
z Números inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0};
Você precisa lembrar das equivalências para res- Veja que o zero também faz parte deste conjunto,
ponder essa questão. pois ele não é positivo nem negativo;
� “Nenhum matemático é não dialético” equivale a z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero
“Todo Matemático é dialético”; não faz parte;
� “Todo Matemático é dialético” equivale a “Se é z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen-
130 matemático, então é dialético”. te, o zero não faz parte.
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Operações com Números Inteiros „ Propriedade do fechamento: a subtração de
dois números inteiros sempre gera outro
Há quatro operações básicas que podemos efetuar número inteiro.
com estes números. São elas: adição, subtração, multi-
plicação e divisão. Ex.: 33 – 10 = 23.

z Adição z Multiplicação

É dada pela soma de dois números. Ou seja, a adi- A multiplicação funciona como se fosse uma repe-
ção de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25
tição de adições. Veja:
Veja mais alguns exemplos:
A multiplicação 20 · 3 é igual à soma do número 20
Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85 três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do número 3 vinte
vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3).
Principais propriedades da operação de adição: Algo que é muito importante e você deve lembrar
sempre são as regras de sinais na multiplicação de
„ Propriedade comutativa: a ordem dos números números.
não altera a soma. SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO

Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115. Operações Resultados

+ + +
„ Propriedade associativa: quando é feita a adi-
ção de 3 ou mais números, podemos somar 2 - - +
deles, primeiramente, e depois somar o outro,
em qualquer ordem, que vamos obter o mesmo + - -
resultado. - + -

Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10
Lembre-se:
„ Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da
adição, pois qualquer número somado a zero é z a multiplicação de números de mesmo sinal tem
igual a ele mesmo. resultado positivo.

Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55. Ex.: 51 · 2 = 102; (-33) · (-3) = 99

„ Propriedade do fechamento: a soma de dois z a multiplicação de números de sinais diferentes


números inteiros sempre gera outro número
tem resultado negativo.
inteiro.
Ex.: 25 · (-4) = -100; (-15) · 5 = -75
Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o
número inteiro 10 (8 + 2 = 10).
Principais propriedades da operação de
z Subtração multiplicação:

Subtrair dois números é o mesmo que diminuir, „ Propriedade comutativa: A · B é igual a B · A, ou


de um deles, o valor do outro. Ou seja, subtrair 7 de 20 seja, a ordem não altera o resultado.
significa retirar 7 de 20, restando 13: 20 – 7 = 13.
Veja mais alguns exemplos: Ex.: 8 · 5 = 5 · 8 = 40.
Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20 RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
„ Propriedade associativa: (A · B) · C é igual a (C ·
B) · A, que é igual a (A · C) · B.
Principais propriedades da operação de
subtração: Ex.: (3 · 4) · 2 = 3 · (4 · 2) = (3 · 2) · 4 = 24.

„ Propriedade comutativa: como a ordem dos „ Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento
números altera o resultado, a subtração de
neutro da multiplicação, pois ao multiplicar 1
números não possui a propriedade comutativa.
por qualquer número, este número permane-
cerá inalterado.
Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130.

„ Propriedade associativa: não há essa proprie- Ex.: 15 · 1 = 15.


dade na subtração.
„ Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da „ Propriedade do fechamento: a multiplicação
subtração, pois, ao subtrair zero de qualquer de números inteiros sempre gera um número
número, este número permanecerá inalterado. inteiro.

Ex.: 13 – 0 = 13. Ex.: 9 · 5 = 45 131


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„ Propriedade distributiva: essa propriedade é z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
exclusiva da multiplicação. Veja como fica: A · uma diferença enorme dentro das operações de
(B + C) = (A · B) + (A · C) números inteiros, pois a divisão não possui essa
propriedade, uma vez que ao dividir números
Ex.: 3 · (5+7) = 3 · (12) = 36 inteiros podemos obter resultados fracionários ou
Usando a propriedade: decimais.
3 · (5+7) = 3 · 5 + 3 · 7 = 15+21 = 36
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos
z Divisão números inteiros).

Quando dividimos A por B, queremos repartir a Exercite seus conhecimentos analisando os itens
quantidade A em partes de mesmo valor, sendo um que seguem.
total de B partes.
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50 1. (VUNESP — 2015) Dividindo-se um determinado número
em 10 partes de mesmo valor. Ou seja, nesse caso tere- por 18, obtém-se quociente n e resto 15. Dividindo-se o
mos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10 mesmo número por 17, obtém-se quociente (n + 2) e res-
· 5 = 50. Ou ainda podemos somar 5 unidades 10 vezes to 1. Desse modo, é correto afirmar que n(n + 2) é igual a
consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50.
Algo que é muito importante e você deve lembrar a) 440.
sempre são as regras de sinais na divisão de números. b) 420.
c) 400.
SINAIS NA DIVISÃO d) 380.
e) 340.
Operações Resultados
Dividendo = 18 · n + 15
+ + +
Dividendo = 17 · (n+2) + 1
- - + 18 · n + 15 = 17 · (n+2) + 1
18n + 15 = 17n + 34 + 1
+ - - 18n – 17n = 35 – 15
n = 20
- + -
Logo, n · (n+2) = 20 · (20+2) = 20 · 22 = 440. Resposta:
Letra A.
Dica
2. (FGV — 2019) O resultado da operação 2+3·4−1 é
� A divisão de números de mesmo sinal tem
resultado positivo. a) 13.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3 b) 15.
� A divisão de números de sinais diferentes tem c) 19.
resultado negativo. d) 22.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24 e) 23.

Esquematizando: Primeiro vamos fazer a multiplicação e depois as


demais operações:
Dividendo 2 + 3 · 4 − 1 = 2 + 12 − 1 = 13
Divisor
Resposta: Letra A
30 5
0 6 3. (INSTITUTO AOCP — 2018) O total de números que
estão entre o dobro de 140 e o triplo de 100 é igual a
Resto Quociente
a) 17.
b) 19.
Dividendo = Divisor · Quociente + Resto
c) 21.
30 = 5 · 6 + 0
d) 23.
e) 25.
Principais propriedades da operação de divisão:
Dobro de 140 = 280
„ Propriedade comutativa: a divisão não possui Triplo de 100 = 300
essa propriedade. Total de números entre 280 e 300:
„ Propriedade associativa: a divisão não possui 281 até 291 = 10 números
essa propriedade. 291 até 299 = 9 números
10 + 9 = 19 números.
z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu- Resposta: Letra B.
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número
por 1, o resultado será o próprio número. 4. (INSTITUTO CONSULPLAN — 2019) Os símbolos das
operações que deverão ser inseridos nos quadrados
Ex.: 15 / 1 = 15. para que o cálculo seja verdadeiro são, respectivamen-
te: 4_3_2_1 = 10
132
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a) + / x / + z Multiplicação de números decimais: aplicamos o
b) x / – / ÷ mesmo procedimento da multiplicação comum.
c) + / ÷ / –
d) x / + / + Ex.: 4,6 · 1,75 = 8,05

4 · 3 – 2/1= z Divisão de números decimais: devemos multipli-


4 · 3 = 12 car ambos os números (divisor e dividendo) por
–2/1= –2 = uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de
12 – 2 = 10 modo a retirar todas as casas decimais presentes.
Resposta: Letra B.
Após isso, é só efetuar a operação normalmente.
NÚMEROS RACIONAIS
Ex.: 5,7 ÷ 1,3
5,7 · 100 = 570
São aqueles que podem ser escritos na forma da
1,3 · 100 = 130
divisão (fração) de dois números inteiros. Ou seja,
570 ÷ 130 = 4,38
escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B
são números inteiros.
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também, Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
que os números 87, 321 e 1221 são racionais, pois são cios comentados a seguir.
divididos pelo número 1.
Lembre-se: qualquer número natural é também 1. (FGV — 2010) Julgue as afirmativas a seguir:
inteiro e todo número inteiro é também racional.
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos a) 0,555... é um número racional.
representar por meio de diagramas a relação entre os
conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja: ( ) CERTO ( ) ERRADO

Q Repare que o número 0,555... é uma dízima periódi-


ca. Vimos na teoria que as dízimas periódicas são
um tipo de número racional. Resposta: Certo.

b) Todo número inteiro tem antecessor.


Z N
( ) CERTO ( ) ERRADO

Qualquer número inteiro é possível obter o seu ante-


cessor. Basta subtrair 1 unidade. Veja: o antecessor
de 35 é o 34. O antecessor de 0 é -1. E o antecessor de
-299 é o -300. Resposta: Certo.

Representação Fracionária e Decimal 2. (FCC — 2018) Os canos de PVC são classificados de


acordo com a medida de seu diâmetro em polegadas.
Há 3 tipos de números no conjunto dos números Dentre as alternativas, aquela que indica o cano de
racionais: maior diâmetro é

z Frações: a) 1/2.
b) 1 ¼.
Ex.: 8 3 7 etc. c) 3/4.
3 , 5 , 11 d) 1 ½.
e) 5/8.
z Números decimais.
Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja, RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Ex.: 1,75 vamos dividir o numerador pelo denominador da
fração. Veja:
z Dízimas periódicas. 5/8 = 0,625
½ = 0,5
Ex.: 0,33333... 1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25
¾ = 0,75
Operações e Propriedades dos Números Racionais 1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5
Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que
z Adição de números decimais: segue a mesma lógi- corresponde a 1,5 polegadas. Resposta: Letra D.
ca da adição comum.
3. (FCC — 2017) Sabendo que o número decimal F é
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4 0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 . . . e que
o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da
z Subtração de números decimais: segue a mesma soma desses três números decimais, F, G e H, é igual a
lógica da subtração comum.
a) 6,111 . . .
Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18 b) 5,888 . . . 133
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c) 6 Em relação aos números reais, há ainda algumas
d) 3 propriedades específicas e de suma importância no
e) 5,98 que tange às operações de adição, multiplicação e
radiciação. Veja um pouco mais sobre elas:
Podemos resolver de forma aproximada, somando:
0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamen- Propriedades da Adição
te 2)
A soma é aproximadamente 3·2 = 6. Resposta: Letra z Comutatividade da adição: a ordem pela qual os
C. números são somados não afeta o resultado. Em
outras palavras, para quaisquer números reais a e
4. (FGV — 2016) Durante três dias, o capitão de um navio b, a + b = b + a;
atracado em um porto anotou a altura das marés alta z Associatividade da adição: a maneira como os
(A) e baixa (B), formando a tabela a seguir. números são agrupados em uma soma não afeta o
resultado; isto significa que para quaisquer núme-
ros reais a, b e c, (a + b) + c = a + (b + c);
A B A B A B A B A B A
z Identidade da adição: existe um número real cha-
1,0 0,3 1,1 0,2 1,3 0,4 1,4 0,5 1,2 0,4 1,0 mado elemento neutro da adição, que é o 0. Para
qualquer número real a, a + 0 = 0 + a = a;
z Inverso aditivo: para cada número real a, existe
A maior diferença entre as alturas de duas marés con-
um número real oposto (inverso aditivo) –a, tal
secutivas foi que a + (–a) = (–a) + a = 0.
a) 1,0. Propriedades da Multiplicação
b) 1,1.
c) 1,2. z Comutatividade da multiplicação: tal como na
d) 1,3. adição, a ordem pela qual os números são multi-
e) 1,4. plicados não afeta o resultado. Em outras palavras,
para quaisquer números reais a e b, a · b = b · a;
Vamos calcular as diferenças entre os valores da z Associatividade da multiplicação: a maneira
tabela. Veja: como os números são agrupados em uma multi-
0,3 – 1 = -0,7 plicação não afeta o resultado, ou seja, para quais-
1,1 – 0,3 = 0,8 quer números reais a, b e c, (a · b) · c = a · (b · c);
0,2 – 1,1 = -0,9 z Identidade da multiplicação: há um número real
1,3 – 0,2 = 1,1 chamado elemento neutro da multiplicação, que é o
0,4 – 1,3 = -0,9 1, então, para qualquer número real a, a · 1 = 1 · a = a.
1,4 – 0,4 = 1
0,5 – 1,4 = -0,9 Propriedades da Radiciação
1,2 – 0,5 = 0,7
0,4 – 1,2 = -0,8 z Propriedade da radiciação de um produto: a raiz
1,0 – 0,4 = 0,6 quadrada (ou a raiz de qualquer ordem ímpar) de
Note que a maior diferença é 1,1. Resposta: Letra D. um produto é igual ao produto das raízes indivi-
duais; isto significa que para quaisquer números
NÚMEROS REAIS (R) reais a e b não negativos, ]a $ bh = ]ah $ ]bh ;

O conjunto dos números reais inclui todos os Propriedade da radiciação de uma divisão:
números racionais e irracionais. Isso significa que ele a raiz quadrada (ou a raiz de qualquer ordem
abrange toda a reta numérica e é usado para repre- ímpar) de uma divisão é igual à divisão das raízes
sentar quantidades reais em qualquer contexto mate- individuais. Em outras palavras, para quaisquer
]a ' bh
mático ou científico. Os números reais são densos, o
que significa que, entre dois números reais quaisquer, números reais a e b não negativos, =
sempre existe outro número real. ]ah ' ]bh .

Relação entre os Conjuntos

Vejamos na imagem a seguir a relação entre os


conjuntos numéricos para entender melhor como eles
PORCENTAGEM
se organizam entre si:
A porcentagem é uma medida de razão com base
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi-
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar
R
como podemos representar um número porcentual.
Q
I Z N
30
30% = (forma de fração)
100
30
30% = = 0,3 (forma decimal)
100
PROPRIEDADES DA ADIÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E 30 3
RADICIAÇÃO 30% = = (forma de fração simplificada)
100 10
134
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de Dica
várias maneiras:
A avaliação do crescimento ou da redução per-
30 3 centual deve ser feita sempre em relação ao
30% = = 0,3 = valor inicial da grandeza.
100 10
-
Também é possível fazer a conversão inversa, isto Variação percentual = Final Inicial
é, transformar um número qualquer em porcentual. Inicial
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: Veja mais um exemplo para podermos fixar
melhor.
25 · 100 = 2500% Exemplo 2:
0,35 · 100 = 35% Juliano percebeu que ainda não assistiu a 200
0,586 · 100 = 58,6% aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o número de
aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se
Número Relativo Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o número terá
caído 20%?
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e A variação percentual de uma grandeza corres-
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- ponde ao índice:
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo
que estamos especificando. Para descobrir a quanto Variação percentual =
Final - Inicial
=
180 - 200
=
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. Inicial 200
20
10 · 1.000 = 100 – = - 0,10
10% de 1.000 = 200
100
Como o resultado foi negativo, podemos afirmar
Dessa maneira, 1.000 é todo, enquanto 100 é a par-
que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
te que corresponde a 10% de 1.000.
ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
Lembre-se: quando o todo varia, a porcentagem
errado ao afirmar que essa redução foi de 20%.
também varia! Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
Veja um exemplo: ria com exercícios comentados de diversas bancas.
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira. Vamos lá!
Sabendo que o curso que ele comprou possui um total
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas por 1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Em determinada loja,
Roberto? uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual, duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma par-
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração. cela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte.
Caso queira antecipar o crédito correspondente ao
2 1
= valor da parcela, a lojista paga para a financeira uma
8 4 taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da
parcela.
Precisamos transformar em porcentagem, ou seja, Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
vamos multiplicar a fração por 100: Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de
financiamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao
1 · 100 = 25% mês.
4
( ) CERTO ( ) ERRADO
Soma e Subtração de Porcentagem
Valor da bicicleta = 1.720,00
As operações de soma e subtração de porcentagem Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela) RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
são as mais comuns. É o que acontece quando se diz Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00
que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe- (entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00)
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja
corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou 800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
subtrair o percentual fornecido dos 100% e multiplicar (juros) e dividir por 800,00 resultado:
pelo valor da grandeza. 120,00/800,00 = 0,15% ao mês.
Exemplo 1: A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja,
Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula. está errada. Resposta: Errado.
Porém, com a publicação do edital, a escola precisou
aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de 2. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Na assembleia legislati-
horas-aula do curso ao final? va de um estado da Federação, há 50 parlamentares,
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total entre homens e mulheres. Em determinada sessão
de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o plenária estavam presentes somente 20% das deputa-
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% + das e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7
15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total parlamentares presentes à sessão.
de horas-aula do curso será: Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-
(1 + 0,15) · 200 = 1,15 · 200 = 230 horas-aula bleia legislativa, havia 135
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a) 10 deputadas. Vamos somar todos os valores e igualar ao total que
b) 14 deputadas. é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
c) 15 deputadas. 95% + X = 100%
d) 20 deputadas. X = 5%.
e) 25 deputadas. Resposta: Letra E.

50 parlamentares 5. (FUNCAB — 2015) Adriana e Leonardo investiram R$


Deputadas = X
20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação
Deputados = 50-X
que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez
Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7
meses. O restante foi investido em uma aplicação,
parlamentares. Não sabemos a quantidade exata de
cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante
valor de X. o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas
20% x + 10% (50 – x) = 7 no sistema de juros simples.
20/100 · x + 10/100 · (50 – x) = 7 Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles
2/10 · x + 1/10 · (50 – x) = 7 tiveram:
2x/10 + 50 – x/10 = 7 (faz o MMC)
2x + 50 – x = 70 a) prejuízo de R$2.800,00.
2x – x = 70 – 50 b) lucro de R$3.200,00.
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia Legis- c) lucro de R$2.800,00.
lativa. Resposta: Letra D. d) prejuízo de R$6.000,00
e) lucro de R$5.000,00.
3. (VUNESP — 2016) Um concurso recebeu 1500 ins-
crições, porém 12% dos inscritos faltaram no dia da 3/5 de 20.000,00 = 12.000,00
prova. Dos candidatos que fizeram a prova, 45% eram 12.000,00 · 4% = 480,00
mulheres. Em relação ao número total de inscritos, o
480 · 10 (meses) = 4.800 (juros)
número de homens que fizeram a prova corresponde a
O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli-
uma porcentagem de
cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao
a) 45,2%. mês, durante 10 meses:
b) 46,5%. 8.000,00 · 5% = 400,00
c) 47,8%. 400 · 10 meses= 4.000
d) 48,4%. Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 -
e) 49,3%. 4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros. Res-
posta: Letra C.
Veja que se 12% faltaram, então 88% fizeram a prova.
Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulhe-
res e 55% eram homens. Portanto, basta multiplicar
o percentual dos homens pelo total:
JUROS
55% de 88% das pessoas que fizeram a prova; ou
0,55 · 0,88 = 0,484.
JUROS SIMPLES
Transformando em porcentagem: 0,484 · 100 =
48,4%. Resposta: Letra D.
A premissa que é a base da matemática financeira
4. (FCC — 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevista- é a seguinte: as pessoas e as instituições do mercado
dos preferem suco de graviola e 50% suco de açaí. preferem adiantar os seus recebimentos e retardar
Se 15% dos entrevistados gostam dos dois sabores, os seus pagamentos. Do ponto de vista estritamente
então, a porcentagem de entrevistados que não gos- racional, é melhor pagar o mais tarde possível caso
tam de nenhum dos dois é de não haja incidência de juros (ou caso esses juros
sejam inferiores ao que você pode ganhar aplicando
a) 80%. o dinheiro).
b) 61%. “Juros” é o termo utilizado para designar o “preço
c) 20%. do dinheiro no tempo”. Quando você pega certa quan-
d) 10%. tia emprestada no banco, o banco te cobrará uma
e) 5%. remuneração em cima do valor que ele te emprestou,
pelo fato de deixar você ficar na posse desse dinhei-
Vamos dispor as informações em forma de conjun- ro por um certo tempo. Esta remuneração é expressa
tos para facilitar nossa resolução:
pela taxa de juros.
Graviola Açai Nos juros simples a incidência recorre sempre
sobre o valor original. Veja um exemplo para melhor
entender.
Exemplo 1:
60% – 15% = 15% 50% – 15% = Digamos que você emprestou 1000,00 reais, em um
45% 35% regime de juros simples de 5% ao mês, para um amigo
e que o mesmo ficou de quitar o empréstimo após 5
136 Nenhum = X meses. Então temos o seguinte:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CAPITAL No regime de juros simples, taxas de juros pro-
EMPRESTADO VALOR REAJUSTADO porcionais são também taxas de juros equivalentes.
(1000,00)
1° mês = 1.000,00 1000,00 + (5% de 1.000,00) = 1050,00 JUROS COMPOSTOS
2° mês = 1.050,00 1050,00 + (5% de 1.000,00) = 1100,00
Imagine que você pegou um empréstimo de R$
3° mês = 1.100,00 1100,00 + (5% de 1.000,00) = 1150,00 10.000,00 no banco, cujo pagamento deve ser realiza-
4° mês = 1.150,00 1150,00 + (5% de 1.000,00) = 1200,00 do após 4 meses, à taxa de juros de 10% ao mês. Ficou
5° mês = 1.200,00 1200,00 + (5% de 1.000,00) = 1250,00
combinado que o cálculo de juros de cada mês será
feito sobre o total da dívida no mês anterior, e não
somente sobre o valor inicialmente emprestado. Nes-
Ao final do 5° mês você terá recebido 250,00 reais
te caso, estamos diante da cobrança de juros compos-
de juros.
tos. Podemos montar a seguinte tabela:
Fórmulas utilizadas em juros simples

MÊS DO EMPRÉSTIMO 10.000,00


J=C·i·t
1º MÊS 11.000,00
M=C+J 2º MÊS 12.100,00
3º MÊS 13.310,00
M = C · (1 + i ·J)
4º MÊS 14.641,00
Onde,
J = juros
Logo, ao final de 4 meses você deverá devolver ao
C = capital
banco R$ 14.641,00 que é a soma da dívida inicial (R$
i = taxa em percentual (%) 10.000,00) e de juros de R$ 4.641,00.
t = tempo Fórmula utilizada em juros compostos
M = montante

TAXAS PROPORCIONAIS E EQUIVALENTES M = C · (1 + i)t

Para aplicar corretamente uma taxa de juros, é Poderíamos ter utilizado a fórmula no nosso exem-
importante saber a unidade de tempo sobre a qual plo. Veja:
a taxa de juros é definida. Isto é, não adianta saber
apenas que a taxa de juros é de “5%”. É preciso saber M = 10.000 · (1 + 10%)4
se essa taxa é mensal, bimestral, anual etc. Dizemos M = 10.000 · (1 + 0,10)4
que duas taxas de juros são proporcionais quando M = 10.000 · (1,10)4
guardam a mesma proporção em relação ao prazo. M = 10.000 · 1,4641
Por exemplo, 12% ao ano é proporcional a 6% ao se- M = 14.641,00 reais
mestre, e também é proporcional a 1% ao mês.
Basta efetuar uma regra de três simples. Para Podemos fazer a comparação entre juros simples e
obtermos a taxa de juros bimestral, por exemplo, que compostos. Observe a tabela a seguir:
é proporcional à taxa de 12% ao ano:
JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
12% ao ano ----------------------- 1 ano
Taxa bimestral ------------------ 2 meses Mais onerosos se t < 1 Mais onerosos se t > 1
Mesmo valor se t = 1 Mesmo valor se t = 1
Podemos substituir 1 ano por 12 meses, para dei-
Juros capitalizados no final Juros capitalizados perio-
xar os valores da coluna da direita na mesma unidade
do prazo dicamente (“juros sobre
temporal, temos:
juros”)
12% ao ano ---------------------- 12 meses Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Taxa bimestral ------------------ 2 meses Valores similares para Valores similares para
prazos e taxas curtos prazos e taxas curtos
Efetuando a multiplicação cruzada, temos:
z Juros compostos — cálculo do prazo:
12% · 2 = Taxa bimestral · 12
Taxa bimestral = 2% ao bimestre Nas questões em que é preciso calcular o prazo
você deverá utilizar logaritmos, visto que o tempo “t”
Duas taxas de juros são equivalentes quando são está no expoente da fórmula de juros compostos. A
capazes de levar o mesmo capital inicial C ao montan- propriedade mais importante a ser lembrada é que,
te final M, após o mesmo intervalo de tempo. sendo dois números A e B, então:
Uma outra informação muito importante e que
você deve memorizar é que o cálculo de taxas equi- log AB = B · log A
valentes quando estamos no regime de juros simples
pode ser entendido assim: 1% ao mês equivale a 6% Significa que o logaritmo de A elevado ao expoente
ao semestre ou 12% ao ano, e levarão o mesmo capital B é igual a multiplicação de B pelo logaritmo de A.
inicial C ao mesmo montante M após o mesmo perío- Uma outra propriedade bastante útil dos logarit-
do de tempo. mos é a seguinte: 137
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bAl
No regime de juros simples, a taxa de 21% ao mês é
log = 𝑙𝑜𝑔𝐴 − 𝑙𝑜𝑔B equivalente à taxa de 252% ao ano.
B

( ) CERTO ( ) ERRADO
Isto é, o logaritmo de uma divisão entre A e B é
igual à subtração dos logaritmos de cada número.
No regime simples, sabemos que taxas propor-
Também é importante ter em mente que “logA” cionais são também equivalentes. Como temos 12
significa “logaritmo do número A na base 10”. meses no ano, a taxa anual proporcional a 21%am
Observe um exemplo: é, simplesmente:
No regime de juros compostos com capitalização 21% · 12 = 252% ao ano
mensal à taxa de juros de 1% ao mês, a quantidade de Esta taxa de 252% ao ano é proporcional e também
meses que o capital de R$ 100.000 deverá ficar investi- é equivalente a 21% ao mês. Portanto, o item está
do para produzir o montante de R$ 120.000 é expressa certo. Resposta: Certo.
por:
3. (FUNDATEC — 2020) Qual foi a taxa mensal de uma
log2, 1 aplicação, sob regime de juros simples, de um capital
log1, 01 de R$ 3.000,00, durante 4 bimestres, para gerar juros
de R$ 240,00?

Temos a taxa j = 1%am, capital C = 100.000 e mon- a) 8%.


tante M = 120.000. Na fórmula de juros compostos: b) 5%.
c) 3%.
M = C · (1+j)t d) 2%.
120.000 = 100.000 · (1+1%)t e) 1%.

12 = 10 · (1,01)t J = 240
1,2 = (1,01)t C = 3.000
i=?
t = 4 bimestres, ou seja, 4 · 2 = 8 meses.
Podemos aplicar o logaritmo dos dois lados:
Substituindo:
J=C·i·t
log1,2 = log (1,01)t
240 = 3.000 · i · 8
log1,2 = t · log 1,01 240 = 24.000 · i
i = 240 / 24.000
log1, 1 i = 0,01 ou 1%
t= Resposta: Letra E.
log1, 01

4. (VUNESP — 2020) Um capital de R$ 1.200,00, aplicado


Logo, questão errada.
no regime de juros simples, rendeu R$ 65,00 de juros.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
Sabendo-se que a taxa de juros contratada foi de 2,5%
ria com exercícios comentados de diversas bancas.
ao ano, é correto afirmar que o período da aplicação
Vamos lá!
foi de
1. (FEPESE — 2018) Uma TV é anunciada pelo preço
a) 20 meses.
de R$ 1.908,00 para pagamento em 12 parcelas de b) 22 meses.
159,00. A mesma TV custa R$ 1.410,00 para paga- c) 24 meses.
mento à vista. Portanto o juro simples mensal incluído d) 26 meses.
na opção parcelada é: e) 30 meses.

a) Menor que 2%. J = c · i · t/100


b) Maior que 2% e menor que 2,5%. 65 = 1.200 · 2,5 · t/100
c) Maior que 2,5% e menor que 2,75%. 65 = 30t
d) Maior que 2,75% e menor que 3%. t = 65/30 · 12
e) Maior que 3%. t = 26 meses. Resposta: Letra D.

1.908 – 1.410 = 498 (juros durante 12 meses) 5. (IBADE — 2019) Juliana investiu R$ 5.000,00, a juros
J=C·I·t simples, em uma aplicação que rende 3% ao mês,
498 = 1410 · 12 · i / 100 durante 8 meses. Passados 8 meses, Juliana retirou
49.800 = 16.920i todo o dinheiro e investiu somente metade em uma
i = 49.800/16.920 outra aplicação, a juros simples, a uma taxa de 5% ao
i = 2,94%. Resposta: Letra D. mês por mais 4 meses. O total de juros arrecadado por
Juliana após os 12 meses foi:
2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Uma pessoa atrasou em
15 dias o pagamento de uma dívida de R$ 20.000, cuja a) R$ 1.200,00.
taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime de b) R$ 1440,00.
juros simples. c) R$ 620,00.
Acerca dessa situação hipotética, e considerando o d) R$ 1820,00.
138 mês comercial de 30 dias, julgue o item subsequente. e) R$ 240,00.
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J=C·i·t a) 6.600 reais.
J= 5.000 · 0,03 · 8 b) 7.200 reais.
J= 150 · 8 c) 7.800 reais.
J = 1.200 de lucro d) 7.986 reais.
Montante do aplicado com lucro M= C + J e) 8.016 reais.
M = 5.000 + 1.200
M = 6.200 montante inicial e lucro Aqui foram dados C = 6.000 reais, i = 10% a m e t = 3
Nova aplicação de metade que lucrou 6.200 / 2 = meses. Aplicando a fórmula, temos:
3.100 M = C · (1 + j)t
J=C·i·t M = 6.000 · (1,1)³
J = 3.100 · 0,05 · 4 M = 6.000 · 1,331
J = 155 · 4 M = 7.986 reais. Resposta: Letra D.
J = 620 lucro da nova aplicação
Somatório dos lucros: 9. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Um indivíduo investiu a
M = 1.200 + 620 = 1.820 dos lucros. Resposta: Letra D. quantia de R$ 1.000 em determinada aplicação, com
taxa nominal anual de juros de 40%, pelo período de 6
6. (FCC — 2017) A Cia. Escocesa, não tendo recursos para meses, com capitalização trimestral. Nesse caso, ao
pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data do ven- final do período de capitalização, o montante será de
cimento, fez um acordo com a instituição financeira cre-
dora para pagá-la 90 dias após a data do vencimento.
a) R$ 1.200.
Sabendo que a taxa de juros compostos cobrada pela
b) R$ 1.210.
instituição financeira foi 3% ao mês, o valor pago pela
c) R$ 1.331.
empresa, desprezando-se os centavos, foi, em reais,
d) R$ 1.400.
e) R$ 1.100.
a) 163.909,00.
b) 163.500,00.
Temos a taxa de 40% a. a. com capitalização trimes-
c) 154.500,00.
tral, o que resulta em uma taxa efetiva de 40%/4 =
d) 159.135,00.
10% ao trimestre. Em t = 6 meses, ou melhor, t = 2
e) 159.000,00.
trimestres, o montante será:
M = C · (1+j)t
Temos uma dívida de C = 150.000 reais a ser paga
após t = 3 meses no regime de juros compostos, com M = 1.000 · (1+0,10)2
a taxa de j = 3% ao mês. O montante a ser pago é M = 1.000 · 1,21
dado por: M = 1.210 reais. Resposta: Letra B.
M = C · (1+j)t
M = 150.000 · (1+0,03)3 10. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Julgue o item seguinte,
M = 150.000 · (1,03)3 relativo à matemática financeira.
M = 150.000 · 1,092727 Considere que dois capitais, cada um de R$ 10.000,
M = 15 · 10927,27 tenham sido aplicados, à taxa de juros de 44% ao mês
M = 163.909,05 reais. Resposta: Letra A. — 30 dias —, por um período de 15 dias, sendo um a
juros simples e outro a juros compostos. Nessa situa-
7. (FCC — 2017) O montante de um empréstimo de 4 ção, o montante auferido com a capitalização no regime
anos da quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram de juros compostos será superior ao montante auferido
juros compostos de 10% ao ano, será igual a com a capitalização no regime de juros simples.

a) R$ 26.000,00. ( ) CERTO ( ) ERRADO


b) R$ 28.645,00.
c) R$ 29.282,00. Veja que a taxa de juros é mensal, e o prazo da apli-
d) R$ 30.168,00. cação foi de t = 0,5 mês (quinze dias).
e) R$ 28.086,00. Quando o prazo é fracionário (inferior a 1 unidade
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
temporal), juros simples rendem mais que juros com-
Temos um prazo de t = 4 anos, capital inicial C = postos. Logo, o montante auferido com a capitalização
20.000 reais, juros compostos de j = 10% ao ano. O no regime de juros compostos será inferior ao mon-
montante final é: tante auferido no regime simples. Resposta: Errado.
M = C · (1+j)t
M = 20.000 · (1+0,10)4
M = 20.000 · 1,14
M = 20.000 · 1,4641
M = 2 · 14.641
PROPORCIONALIDADE DIRETA E
M = 29.282 reais. Resposta: Letra C. INVERSA

8. (FGV — 2018) Certa empresa financeira do mundo DIRETAMENTE PROPORCIONAL


real cobra juros compostos de 10% ao mês para os
empréstimos pessoais. Gustavo obteve nessa empre- Um dos tópicos mais comuns em questões de pro-
sa um empréstimo de 6.000 reais para pagamento, va é “dividir uma determinada quantia em partes
incluindo os juros, três meses depois. proporcionais a determinados números. Vejamos um
O valor que Gustavo deverá pagar na data do venci- exemplo para entendermos melhor como esse assun-
mento é: to é cobrado: 139
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A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em Agora basta substituir o valor de X nas razões para
partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor achar cada parte da divisão inversa.
dessas partes corresponde a:
Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro- x
=
1.200.000
= 300.000
porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X 4 4
é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor- x 1.200.000
cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de = = 240.000
5 5
razão. Veja:
x 1.200.000
= = 200.000
X Y Z 6 6
= = = constante de proporcionalidade.
4 5 6
Logo, as partes divididas inversamente propor-
Usando uma das propriedades da proporção, cionais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente,
somas externas, temos: 300.000, 240.000 e 200.000.

X+Y+Z 900.000
= 60.000
4+5+6 15
MEDIDAS DE COMPRIMENTO, ÁREA,
A menor dessas partes é aquela que é proporcional
a 4, logo: VOLUME, MASSA E TEMPO

X MEDIDAS DE COMPRIMENTO
= 60.000
4
Foram várias as unidades de medidas usadas ao
X = 60.000 · 4 longo do tempo desde a antiguidade. Não há muito
X = 240.000 tempo, o número de sapatos no Brasil era medido
através do tamanho de feijões colocados um do lado
INVERSAMENTE PROPORCIONAL do outro em sua maior extensão. Isso ocorria na zona
rural, onde, para comprar sapatos na cidade, uma pes-
É um tipo de questão menos recorrente, mas não soa fazia as compras para os outros, essa foi a origem
menos importante. Consiste em distribuir uma quan- do número/tamanho dos sapatos no Brasil, mas em
tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um outros países, os valores são outros.
quinhão inversamente proporcional a três números. Os pés, antebraço, braço de governantes eram as
Vejamos um exemplo: medidas usadas nos países europeus. Devido a essa
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes diversidade, a França convocou seus melhores cientis-
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6. tas para gerar um sistema métrico que pudesse servir
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis- de base para relações internas e internacionais.
tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res- A França, no final do século XVIII, ofereceu ao
pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao mundo o Sistema Métrico Decimal ou Sistema Inter-
total que dever ser distribuído para facilitar o nosso nacional de Unidades (SI) com valores objetivos para
cálculo, veja: as várias grandezas de comprimento, massa, tempo,
principalmente, e seus múltiplos e submúltiplos.
X
+
X
+
X
= 740.000 A medida de comprimento padrão do SI é o metro
4 5 6 (m), cujos múltiplos são quilômetro (km), hectômetro
(hm), decâmetro (dam), e os submúltiplos são decíme-
Agora vamos precisar tirar o M.M.C. (mínimo múl- tro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm). Existem
tiplo comum) entre os denominadores para resolver- mais múltiplos e submúltiplos que não são tão impor-
mos a fração. tantes nessa fase de sua formação, o que não o impede
de pesquisá-los.
4–5–6|2 As relações dos valores dos múltiplos e submúlti-
plos do metro são mostrados na tabela abaixo.
2–5–3|2
1–5–3|3
MÚLTIPLOS METRO SUBMÚLTIPLOS
1–5–1|5 km hm dam m dm cm mm
1 – 1 – 1 | 2 · 2 · 3 · 5 = 60 1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001 m

Assim, dividindo o M.M.C. pelo denominador e Dica


multiplicando o resultado pelo numerador temos:
Para transformar m em km, você deve pensar
15x 12x 10x que o km é 1000 vezes maior que o m, logo o
+ + valor final de m deverá ser um número 1000
60 60 60 = 740.000
vezes menor que o valor inicial dado, i.e, se o
37x
= 740.000 desejo é transformar 10 m em km, a relação usa-
60
da será 10/1000 = 0,01. Não faz sentido o m ser
140 X = 1.200.000 maior que o km!
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MEDIDAS DE ÁREA De fato, em termos gerais, as transformações seguem
o modelo acima de cálculo, dos múltiplos para os submúl-
As medidas de área são diretamente derivadas do tiplos multiplica-se, para cada medida à direita, o valor
metro (m), assim como as de volume que serão estu- 10, e dos submúltiplos para os múltiplos, divide-se cada
dadas a seguir. O ponto central é a medida m2 e seus medida à esquerda pelo valor 10. Veja que esse algoritmo
múltiplos e submúltiplo são o km2, o hm2, o dam2 e serve para todos os tipos de medidas com capacidade de
os submúltiplos do m2 são o dm2, o cm2 e o mm2. As expoente 1, e está representado na figura abaixo.
conversões de medidas elevadas ao expoente 2 (ao
quadrado) são feitas via múltiplos de 102 (100), veja 10x 10x 10x 10x 10x 10x
a figura:

K_ h_ da_ x_ d_ c_ m_
100x 100x 100x 100x 100x 100x

÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10
K_ h_ da_ x_ d_ c_ m_

MEDIDAS DE TEMPO
÷ 100 ÷ 100 ÷ 100 ÷ 100 ÷ 100 ÷ 100
Medindo intervalos de tempo, temos como mais
MEDIDAS DE VOLUME conhecidos hora, minuto e segundo. Veja como se faz
a relação nessa unidade:
A medida de capacidade mais usada é o litro (ℓ
ou L, dever ser representado em l cursivo ou com L z Para transformar de uma unidade maior para uma
maiúsculo). Apesar de as medidas de capacidade deri- unidade menor, multiplica-se por 60: 1 hora = 60
vadas do ℓ serem vastamente usadas, as medidas de minutos. Ou seja, 4 h = 4 · 60 = 240 minutos;
capacidade no SI são os valores tridimensionais das z Para transformar de uma unidade menor para
medidas de comprimento derivadas do m3, que for- uma unidade maior, divide-se por 60: 20 minutos =
mam o conjunto das medidas de volume. Nesse caso, 20
=
2
=
1
da hora.
estudaremos as duas medidas e suas transformações, 60 6 3
i.e., as medidas derivadas do litro e derivadas do m3.
A partir do ℓ, tem-se os múltiplos: quilolitro (kℓ),
hectolitro (hℓ) e o decalitro (daℓ); e os submúltiplos:
decilitro (dℓ), centilitro (cℓ) e o mililitro (mℓ). ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES
Um litro equivale a 0,001 m3, essa é uma relação ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS,
que você deve ter em mente para fazer as transfor-
LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS
mações entre ℓ e m3 e, também, para os múltiplos e
submúltiplos de ambos. FICTÍCIOS; DEDUÇÃO DE NOVAS
INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES
MÚLTIPLOS LITRO SUBMÚLTIPLOS
FORNECIDAS E AVALIAÇÃO
kl hl da l l dl cl ml
1.000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m
DAS CONDIÇÕES USADAS PARA
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 ESTABELECER A ESTRUTURA
1l 0,1l 0,01l 0,001l 0,0001l 0,00001l 0,000001l DAQUELAS RELAÇÕES
A tabela de conversão de expoentes cúbicos requer Neste tipo de conteúdo, intitulado “estrutura lógi-
que a conversão seja feita usando 103 (1000), veja a ca de relações arbitrárias”, você notará a presença
tabela abaixo. de situações diversas do mundo real, nas quais, a par-
tir de um conjunto de hipóteses, ou seja, informações
103x 103x 103x 103x 103x 103x previamente conhecidas, será requisitada uma infor-
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
mação implícita ao problema.
Os enunciados irão fornecer o mínimo possível de
K_ h_ da_ x_ d_ c_ m_ afirmações sobre os objetos de estudo, sejam frases de
negação, do tipo: “Maria não é a mais nova”, ou, ain-
÷ 103 ÷ 103 ÷ 103 ÷ 103 ÷ 103 ÷ 103 da, afirmações, como “João é o mais velho.” Você per-
ceberá, também, que frases de afirmação te dão mais
conclusões do que frases negativas, uma vez que, no
MEDIDAS DE MASSA primeiro tipo, as relações são mutuamente excluden-
tes, ou seja, em um mesmo problema, se João é o mais
No SI as unidades de medidas de massa são velho, então ele não é o mais novo e não há nenhuma
derivadas do grama. Os múltiplos seguem a mes- outra pessoa mais velha do que ele.
ma nomenclatura e símbolos, i.e., k_ para mil vezes Como, muitas vezes, os enunciados trazem uma
maior que o grama, h_ para 100 vezes maior, da_ para gama de informações, recomenda-se o uso de uma
10 vezes maior, logo, os submúltiplos são dez vezes tabela simples que deve ser preenchida de acordo com
menores para cada medida a direita, i.e., d_ 10 ou 0,1 as interpretações do problema. Cabe ressaltar, ainda,
vezes o valor do grama, c_ 100 ou 0,01 vezes o valor que a tabela não será completamente preenchida logo
do grama e, m_ 1000 ou 0,001 vezes o valor do grama. no primeiro momento, no qual o uso da interpretação
Esse raciocínio serve para todos os casos. será necessário para finalização dos exercícios. 141
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Acompanhe os exemplos a seguir e perceba a construção da tabela com os indivíduos do problema e suas
possíveis características.

1. (FUNRIO — 2012) Os carros X, Y e Z possuem 100, 110 e 150 cavalos de potência, não necessariamente nessa ordem.
Sabe-se que um deles é de fabricação nacional e que os outros dois são importados, sendo um de fabricação alemã
e o outro de fabricação japonesa. Porém não se sabe qual a correta associação entre carros e países de fabricação.
No entanto, sabe-se que: o carro X possui 100 cavalos de potência; o carro que possui 150 cavalos de potência é de
fabricação alemã; o carro que possui 110 cavalos de potência não é nacional; e que o carro Y não é de fabricação
japonesa.

Qual o país de fabricação e a potência do carro Y?

a) Alemanha e 150 cavalos.


b) Alemanha e 110 cavalos.
c) Japão e 100 cavalos.
d) Japão e 110 cavalos.
e) Brasil e 100 cavalos.

Primeiramente, podemos dispor uma tabela simples com as características principais do problema. Note que as
marcações nas lacunas em destaque referem-se às informações retiradas a partir do enunciado.
1º: se o carro de 150 cavalos é alemão e o de 110 não é nacional, então o de 110 cavalos só pode ser japonês.
2º: se o carro Y não é japonês e o carro X tem 100 cavalos, então o alemão de 150 cavalos será o carro Y.

100 110 150 BRASIL ALEMANHA JAPÃO

X V X X V X X

Y X X V X V X

Z X V X X X V

Portanto, o carro Y é de fabricação alemã e tem 150 cavalos. Resposta: Letra A.

2. (FUNRIO — 2012) André, Paulo e Raul possuem 30, 35 e 40 anos de idade, não necessariamente nessa ordem. Eles são
engenheiro, médico e psicólogo, porém não se sabe a correta associação entre nomes e profissão. Sabe-se, porém,
que André não tem 40 anos de idade nem é engenheiro, que Paulo possui 35 anos de idade, que Raul não é médico, e
que o médico não possui 30 anos de idade.

Respectivamente, as profissões de André, Paulo e Raul são:

a) psicólogo, engenheiro e médico.


b) psicólogo, médico e engenheiro.
c) médico, psicólogo e engenheiro.
d) médico engenheiro e psicólogo.
e) engenheiro médico e psicólogo.

Novamente, podemos dispor uma tabela simples com as características principais do problema. Perceba que as
marcações nas lacunas em destaque referem-se às informações retiradas a partir do enunciado.
1º: se André não tem 40 anos de idade e Paulo possui 35, então sobra apenas a idade de 30 anos para André.
2º: se André não é engenheiro e o médico não tem 30 anos, então sobra apenas a profissão de psicólogo para
André.
3º: se Raul não é médico e André é psicólogo, então Raul é engenheiro, portanto, Paulo é médico.

30 35 40 ENGENHEIRO MÉDICO PSICÓLOGO

ANDRÉ V X X X X V

RAUL X X V V X X

PAULO X V X X V X

142 Respectivamente, as profissões de André, Paulo e Raul são psicólogo, médico e engenheiro. Resposta: Letra B.
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RACIOCÍNIO SEQUENCIAL
COMPREENSÃO E ANÁLISE DA LÓGICA
DE UMA SITUAÇÃO, FORMAÇÃO DE O raciocínio sequencial se refere à capacidade de
organizar informações em uma ordem lógica e seguir
CONCEITOS E DISCRIMINAÇÃO DE uma sequência coerente de pensamento. Envolve a
ELEMENTOS habilidade de identificar padrões, relações e conexões
entre elementos e seguir uma sequência de passos ou
Para haver a compreensão e análise lógica de etapas para resolver um problema ou alcançar um
uma situação, diversos conteúdos de raciocínio lógi- objetivo.
co matemático são utilizados — em consonância com No raciocínio sequencial, é importante entender
o raciocínio verbal, raciocínio matemático e raciocí- a ordem correta dos eventos, seguir uma sequência
nio sequencial — sendo possível fazer a resolução de lógica de ações e reconhecer a relação de causa e efei-
diferentes questões. Mesmo que haja conteúdos que to entre diferentes elementos. É a habilidade de anali-
auxiliem no desenvolvimento desses raciocínios, na sar uma situação ou problema, identificar a sequência
orientação espacial e temporal, na formação de con- adequada de ações ou eventos e determinar as conse-
ceitos e na discriminação de conceitos, somente a prá- quências resultantes de cada etapa.
tica vai consolidar essas habilidades. Para desenvolver o raciocínio sequencial, é
Desta maneira, para além dos conteúdos apresen- importante praticar a observação, analisar padrões
tados nos outros tópicos desta apostila, apresentamos e sequências, pensar de forma lógica e seguir uma
linha de raciocínio coerente. Além disso, a familiari-
aqui alguns itens que auxiliarão no aperfeiçoamento
dade com conceitos matemáticos e a capacidade de
dessa habilidade.
aplicar princípios de ordem e sequência também são
fundamentais para o desenvolvimento do raciocínio
RACIOCÍNIO VERBAL
sequencial.
O raciocínio verbal se refere à habilidade de com-
ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL
preender e usar a linguagem de forma lógica e coe-
rente. Envolvendo a capacidade de pensar, processar
Entende-se por orientação, em especial orientação
e manipular informações verbais, como palavras, fra-
espacial e temporal, como a capacidade de ter cons-
ses e textos, a fim de resolver problemas, tomar deci-
ciência de se localizar no espaço e no tempo. As ques-
sões e comunicar-se efetivamente. tões de orientação espacial normalmente envolvem
O raciocínio verbal engloba várias habilidades figuras, dados, palitos e mapas. Quando as questões
como: compreensão de leitura, interpretação de tex- são de orientação temporal, elas comumente abor-
tos, análise de argumentos, identificação de pala- dam datas, calendários, anos, dias, horas, entre outros
vras-chave, inferência de significados, dedução de conceitos de tempo.
informações implícitas, entre outras. É a capacidade
de entender a estrutura e o significado das palavras e
frases. Como também, reconhecer padrões de lingua-
gem, identificar relações de causa e efeito, formular
hipóteses e tirar conclusões com base nas informa- COMPREENSÃO DE DADOS
ções fornecidas. APRESENTADOS EM GRÁFICOS E
Desenvolver o raciocínio verbal requer prática TABELAS
na leitura e na análise de diferentes tipos de textos,
ampliação do vocabulário, melhoria da compreensão A apresentação de dados estatísticos por meio de
de leitura e desenvolvimento da habilidade de expres- tabelas e gráficos faz parte do ramo da estatística des-
são verbal. critiva, que tem como objetivo descrever um conjunto
de dados, resumindo as suas informações principais.
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO Para isso, as tabelas e gráficos estatísticos são ferra-
mentas muito importantes.
O raciocínio matemático é uma habilidade cogniti-
va que envolve a capacidade de pensar logicamente, RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Tabelas
analisar informações e aplicar princípios matemá-
ticos para resolver problemas. É a capacidade de Para descrever um conjunto de dados, um recurso
compreender e usar conceitos numéricos, padrões, muito utilizado são tabelas. A seguinte tabela é refe-
relações e operações matemáticas de forma lógica e rente à observação da variável “Sexo dos moradores
coerente. de São Paulo”:
O raciocínio matemático envolve várias etapas,
como identificar e entender o problema, analisar as
informações disponíveis, reconhecer padrões, for- VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (FI)
mular estratégias de solução, aplicar as operações e Masculino 34
procedimentos matemáticos adequados e avaliar a
resposta obtida para verificar sua validade. Feminino 26
Desenvolver o raciocínio matemático requer prá-
tica, familiaridade com os conceitos matemáticos e a Observe que na coluna da esquerda colocamos as
capacidade de aplicá-los de maneira flexível e cria- categorias de valores que a variável pode assumir, ou
tiva. É uma habilidade que pode ser aprimorada ao seja, masculino e feminino, e na coluna da direita colo-
longo do tempo com estudo, resolução de problemas e camos o número de Frequências, isto é, o número de
exposição a diferentes tipos de desafios matemáticos. observações (ou repetições) relativas a cada um dos 143
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valores. Veja, ainda, que foi analisada uma amostra de
FREQUÊNCIAS
60 pessoas, das quais 34 eram do sexo masculino e 26
FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS
do sexo feminino. Estes são os valores de frequências CLASSE
(FI) ACUMULADAS
absolutas. Podemos ainda representar as frequências
(FCA)
relativas (percentuais): sabemos que 34 em 60 são
56,67%, e 26 em 60 são 43,33%. Portanto, teríamos: 1,60 | - 1,70 17 50

1,70 | - 1,80 13 63
FREQUÊNCIAS
VALOR DA VARIÁVEL 1,80 | - 1,90 17 80
RELATIVAS (FRI)

Masculino 56,67%
A coluna da direita exprime o número de indiví-
Feminino 43,33% duos que se encontram naquela classe ou abaixo dela.
Ou seja, o número acumulado de frequências do valor
Note que a frequência relativa é dada por Fi/n, mais baixo da amostra (1,50m) até o valor superior
onde Fi é o número de frequências de determinado daquela classe. Perceba que, para obter o número 50,
valor da variável, e n é o número total de observações. bastou somar 17 (da classe 1,60| - 1,70) com 33 (da
Agora, vamos analisar uma tabela onde a variável classe 1,50| - 1,60). Isto é, podemos dizer que 50 pes-
pode assumir muitos valores distintos. Vamos repre- soas possuem altura inferior a 1,70m (limite superior
sentar a variável “altura dos moradores de Campinas”: da última classe). Analogamente, 63 pessoas possuem
altura inferior a 1,80m.
VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (FI)
Gráficos Estatísticos
1,51m 12
z Colunas ou Barras Justapostas
1,54m 17

1,57m 4 Utilizamos o gráfico de colunas ou barras justapos-


tas para dados agrupados por valor, ou por atributo.
1,60m 2
Vamos supor que estamos interessados nas idades de
1,63m 10 alguns alunos. O gráfico relaciona as idades com as
respectivas frequências.
1,67m 5
Idade X Frequência
Frequência Absoluta Simples

1,75m 13
25
1,81m 15 20
1,89m 2 15
10
Quando isso acontece, é importante resumir os 5
dados de maneira que fique mais fácil para uma leitu-
0
ra e interpretação. Na ocasião, vamos criar intervalos
que chamaremos de “classes”. 20 23 27 30 33

Agora suponha, por exemplo, que queremos saber


CLASSE FREQUÊNCIAS (FI) a cidade natal de alguns alunos. Como algumas cida-
1,50 | - 1,60 33 des possuem nomes muito grandes, poderíamos optar
por usar um gráfico de barras justapostas. Veja:
1,60 | - 1,70 17
Cidade natal X Frequência
1,70 | - 1,80 13

1,80 | - 1,90 17 Salvador

Florianópolis
O símbolo “|” significa que o valor que se encontra
ao seu lado está incluído na classe. Por exemplo, 1,50 | -
Rio de Janeiro
1,60 nos indica que as pessoas com altura igual a 1,50 são
contadas entre as que fazem parte dessa classe, porém
São Paulo
as pessoas com exatamente 1,60 não são contabilizadas.
Veja abaixo novamente a última tabela, agora com a 0 2 4 6 8 10 12 14
coluna frequências absolutas acumuladas, à direita:
z Gráfico de Setores (ou de Pizza)
FREQUÊNCIAS
FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS Esse gráfico tem a vantagem de mostrar rapida-
CLASSE
(FI) ACUMULADAS mente a relação com o total de observações. Vamos
(FCA) supor que analisamos as notas trimestrais de alguns
alunos. Veja como fica a disposição usando o gráfico
1,50 | - 1,60 33 33
144 de pizza.
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Média de notas escolares trimestrais
Título do Gráfico
PROBLEMAS DE CONTAGEM E NOÇÕES
15%
28% DE PROBABILIDADE
24% NOÇÕES BÁSICAS DE CONTAGEM E
28% PROBABILIDADE

Para estudarmos probabilidade é necessário uma


boa base em noções básicas de contagem, ou seja, você
1 2 3 precisa saber muito bem o Princípio Fundamental da
1º Tri - 8,2 2º Tri - 9,5 3º4 Tri - 7,1 4º Tri - 4,3
Contagem e é isso que vamos estudar agora.
Primeiro, vamos aprender uma ferramenta impor-
z Gráfico de Linha tante para o nosso estudo: fatorial.

São mais utilizados nas representações de séries Fatorial de um Número Natural


temporais. Vamos analisar a evolução de um ano para
o outro, se houve um crescimento ou um decréscimo Serve para facilitar e acelerar resolução de ques-
no número de alunos de entre as séries que estão em tões. Veja sua representação simbólica:
evidência para estudo dentro da escola. Observe:
Fatorial de N = n!
Evolução anual no número de alunos
do sétimo ao nono anos
Sendo “n” um número natural, observe como
40
desenvolver o fatorial de n:
30
n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2
20

10
1! = 1

0 0! = 1
2017 2018 2019 2020
Exemplos:
sétimo ano oitavo ano novo ano

3! = 3 · 2 · 1= 6
z Histograma
4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
É muito utilizado na representação gráfica de dados 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
agrupados em classes (distribuição de frequências). Ima-
gine que realizamos uma pesquisa sobre os salários dos Agora, veja esse outro exemplo:
funcionários de uma empresa de cosméticos e obtivemos
a seguinte distribuição de frequências.
Calcular 6!
4!

SALÁRIOS EM
FREQUÊNCIA Resolução:
MILHARES DE REAIS
6! 6·5·4·3·2·1 = 6 · 5 = 30
10 – 15 15 =
4! 4·3·2·1
15 – 20 17
Poderíamos, também, resolver abrindo o 6! até 4! e
20 – 25 13 depois simplificar. Veja:

25 - 30 7
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
6! 6·5·4!
4! = 6 · 5 = 30
=
4!
Esses dados podem ser resumidos com um histo-
grama, como mostra o gráfico a seguir. Princípio Fundamental da Contagem

Salários dos funcionários da Podemos, também, encontrar como princípio mul-


empresa de cosméticos x tiplicativo. Vamos esquematizar uma maneira que vai
Milhares de reais ser bem simples para resolvermos problemas sobre o
20 tema, observe o lembrete:
15
z identificar as etapas do enunciado;
10 z calcular todas as possibilidades em cada etapa;
5 z multiplicar.

0
Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-For-
(10 - 15) (15 - 20) (20 - 25) (25-30) taleza-São Paulo, você pode escolher como meio de
transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas
É importante destacar que a área de cada retângu- maneiras posso escolher os transportes?
lo é proporcional à frequência. Resolução: usando o lembrete acima: 145
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z identificar as etapas do enunciado; Permutação com Repetição
z escolher o meio de transporte para ida e para a
volta; Quantos anagramas tem na palavra ARARA? O
z calcular todas as possibilidades em cada etapa; problema é causado por conta da repetição de letras
z na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, na palavra ARARA.
carro, moto ou avião) e para a volta temos 4 pos- Veja que temos 3 letras A e 2 letras R. De maneira
sibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou tradicional, faríamos 5! (número de letras na palavra),
avião); mas é preciso que descontemos as letras repetidas.
z multiplicar: Assim, devemos dividir pelo número de letras fatorial,
ou seja, 3! e 2!.
4 · 4 = 16 maneiras.
5! 5·4·3! = 5·4
= = 10
E se o problema dissesse que você não pode voltar 3!·2! 3!·2·1 2
no mesmo transporte que viajou na ida. Qual seria a
resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.
mudar na quantidade de possibilidades de escolhas
para voltar. Veja: Lembre-se: na permutação com repetição deve-
Resolução: Usando o lembrete: mos descontar os anagramas iguais, por isso dividi-
mos pelo fatorial do número de letras repetidas.
z identificar as etapas do enunciado;
z escolher o meio de transporte para ida e para a Permutação sem Repetição
volta;
z calcular todas as possibilidades em cada etapa; Vamos imaginar que temos uma mesa circular com
z na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, 5 lugares e queremos ordenar 5 pessoas de maneiras
carro, moto ou avião) e para a volta temos 3 pos- distintas. Observe as duas disposições das pessoas A,
sibilidades de escolha (não posso voltar no mesmo B, C, D, e E ao redor da mesa:
meio de transporte);
z multiplicar: E
A
4 · 3 = 12 maneiras.
B A
E D
Permutação Simples MESA
MESA

Imagine que temos 5 livros diferentes para serem


ordenados em uma estante. De quantas maneiras é D C C B
possível ordenar? Para questões envolvendo permu-
tação simples, devemos encarar de um modo geral
que temos n modos de escolhermos um objeto (livro) Diante do conceito de permutação, essas duas
que ocupará o primeiro lugar, n-1 modos de escolher disposições são iguais, ou seja, a pessoa A tem à sua
um objeto (um outro livro) que ocupará o segundo direita E, e à sua esquerda B, e assim sucessivamente).
lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro) Não podemos contar duas vezes a mesma disposição.
que ocupará o último lugar. Então, temos: Repare ainda que, antes da primeira pessoa se sentar
Modos de ordenar: à mesa, todas as 5 posições disponíveis são equivalen-
tes. Isto porque não existe uma referência espacial
n · (n-1) · ... 1 = n! (ponto fixo determinado). Nestes casos, devemos uti-
lizar a fórmula da permutação circular de n pessoas,
Então, resolvendo, teremos 5! = 5·4·3·2·1 = 120 que é:
maneiras de ordenar os livros na estante.
Agora, observe um outro exemplo: Pc (n) = (n-1)!
Quantos são os anagramas da palavra CAJU?
Resolução: Em nosso exemplo, o número de possibilidades de
Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será:
letras que a compõem, ou seja, C, A, J, U.
Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24

CAJU CUJA ACJU AUJC Arranjo Simples


CAUJ CJUA ACUJ ...
Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
CUAJ CJAU AUCJ ... soas nas cadeiras de uma praça, mas tínhamos apenas
3 cadeiras à disposição. De quantas formas podería-
Desta maneira, o número de anagramas é 4! = mos fazer isso?
4·3·2·1 = 24 anagramas. Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
Dica ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
Anagrama é a ordenação de maneira distinta das cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
146 letras que compõem uma determinada palavra. restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
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em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantidade de Substituindo na fórmula, os valores do exemplo,
formas de posicionar essas pessoas sentadas é dada temos:
pela multiplicação a seguir:
Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras = C(4, 3) =
4!
(4 - 3) !3!
5 · 4 · 3 = 60
4·3·2·1
C(4, 3) =
1·3·2·1
O exemplo acima é um caso típico de arranjo sim-
ples. Sua fórmula é dada a seguir: C(4, 3) = 4

n! Lembre-se:
A(n, p) =
(n - p) ! No arranjo a ordem importa.
Na combinação a ordem não importa.
Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-
mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade ria com exercícios comentados de diversas bancas.
da outra. Vamos lá!
Observe a resolução do nosso exemplo usando a
1. (VUNESP — 2016) Um Grupamento de Operações
fórmula:
Especiais trabalha na elucidação de um crime. Para
5! 5! investigações de campo, 6 pistas diferentes devem
A(5, 3) = = = 5·4·3·2·1 = 60 ser distribuídas entre 2 equipes, de modo que cada
(5 - 3) ! 2! 2·1
equipe receba 3 pistas. O número de formas diferen-
tes de se fazer essa distribuição é
Uma outra informação muito importante é que
nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
a) 6.
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente b) 10.
de uma possibilidade para outra. Vamos supor que as c) 12.
5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esme- d) 18.
ralda. Agora observe uma maneira de posicionar as e) 20.
pessoas na praça:
Vamos descobrir o número de formas de escolher 3
CADEIRA 1ª 2ª 3ª pistas em 6, visto que ao escolher 3 pistas, restarão
outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de
OCUPANTE Ana Bianca Clara
pistas. Dessa maneira, de quantas formas podemos
escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem
Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé não é relevante, então, vamos usar a combinação:
nessa disposição.
C(6, 3) = 6!
= 6 · 5 · 4 · 3! =
6·5·4
=
6·5·4
=
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
CADEIRA 1ª 2ª 3ª
5 · 4 = 20.
OCUPANTE Clara Bianca Ana
Resposta: Letra E.
A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a
Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou 2. (IDECAN — 2016) Felipe é uma criança muito bagun-
foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa.
simples mudança na posição da ordem gera uma nova Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode
possibilidade de posicionamento. levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho,
1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
Combinação RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
junto de brinquedos já levados antes?
Para entendermos esse tema, vamos imaginar
que queremos fazer uma salada de frutas e precisa-
a) 100 vezes.
mos usar 3 frutas das 4 que temos disponíveis: maçã,
b) 115 vezes.
banana, mamão e morango. Cortando as frutas maçã, c) 130 vezes.
banana e morango e depois colocando em um prato. d) 140 vezes.
Agora cortando as frutas banana, morango e maçã
para colocar em um outro prato. Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1, 5
Você percebeu que a ordem aqui não importou? bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher 1, que-
É exatamente isso, a ordem não importa e estamos remos formar grupos de 3 brinquedos, sendo um de cada
diante de um problema de Combinação. Será preciso tipo. O total de possibilidades será dado por: 7 · 5 · 4 = 140
calcular quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é pos- possibilidades (conjuntos de brinquedos diferentes).
sível formar. Resposta: Letra D.
Para resolvermos é necessário usar a fórmula:
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um aeroporto, 30
n!
C(n, p) = (n - p) !p! passageiros que desembarcaram de determinado
voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais 147
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ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados PROBABILIDADE
para ser examinados. Constatou-se que exatamente
25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou Conceito
em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
desses 25 passageiros estiveram em A e em B. A teoria da probabilidade é o ramo da Matemáti-
Com referência a essa situação hipotética, julgue o ca que cria modelos que são utilizados para estudar
item que segue. experimentos aleatórios, ou seja, estimar uma previ-
A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2 são do resultado de determinado experimento.
dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo
menos um deles tenha estado em C é superior a 100. Espaço Amostral e Evento

( ) CERTO ( ) ERRADO Chamamos de espaço amostral o conjunto de todos


os resultados possíveis do experimento.
Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles Imagine que você possui um dado e vai lançá-lo
em C, então, C teve 5 passageiros (é o que falta para uma vez. Os resultados possíveis são: 1, 2, 3, 4, 5 ou 6,
o total de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de isso é o que chamamos de espaço amostral, ou seja, o
modo que pelo menos um seja de C, teremos: conjunto dos resultados possíveis de um determinado
Podemos achar o total para escolha dos 2 passagei- experimento aleatório (não se pode prever o resul-
ros que seria: tado que será obtido, apenas podemos tentar achar
C30,2 = 30·29/2 = 15·29 = 435 algum padrão).
Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C, Agora, pense que você só tem interesse nos núme-
que seria: ros ímpares, isto é, 1, 3 e 5. Esse subconjunto do espa-
C25,2 = 25·24/2 = 25·12 = 300 ço amostral é o que chamamos de Evento – composto
Então, pelo menos um deles é de C, teremos: apenas pelos resultados que são favoráveis. Conhe-
435 - 300 = 135. cendo esses dois conceitos, podemos chegar na fórmu-
Resposta: Certo. la para calcular a probabilidade de um evento de um
determinado experimento aleatório, é o que podemos
4. (IBFC — 2015) Paulo quer assistir um filme e tem dis- chamar de probabilidade de um evento qualquer.
ponível 5 filmes de terror, 6 filmes de aventura e 3 fil-
mes de romance. O total de possibilidades de Paulo Dica
assistir a um desses filmes é de:
Espaço amostral é igual a todas as possibilida-
des possíveis e o evento é um subconjunto do
a) 90.
b) 33. espaço amostral.
c) 45.
PROBABILIDADE DE UM EVENTO QUALQUER
d) 14.

Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6 n (evento)


de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes Probabilidade do Evento =
disponíveis tem que escolher um, portanto o total n (espaço amostral)

de possibilidades será dado pela combinação de 14


elementos, tomados um a um. Na fórmula acima, n(Evento) é o número de ele-
C(14,1) = 14 possibilidades. mentos do subconjunto Evento, isto é, o número
Resposta: Letra D. de resultados favoráveis; e n(Espaço Amostral) é o
número total de resultados possíveis no experimento
5. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um processo de coleta aleatório.
de fragmentos papilares para posterior identificação de Por isso, costumamos dizer também que:
criminosos, uma equipe de 15 papiloscopistas deverá se
revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às 10 h.
número de resultados favoráveis
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a Probabilidade do Evento =
seguir. números total de resultados
Se dois papiloscopistas forem escolhidos, um para aten-
der no primeiro horário e outro no segundo horário, então Agora, voltando ao exemplo que apenas os núme-
a quantidade, distinta, de duplas que podem ser forma- ros ímpares que nos interessam, temos:
das para fazer esses atendimentos é superior a 300.
z n(Evento) = 3 possibilidades;
( ) CERTO ( ) ERRADO z n(Espaço Amostral) = 6 possibilidades.

Quantos servidores há para escolher que ficará no Logo,


1° horário? 15.
Agora, já para escolher o que ficará no 2° horário, Probabilidade do Evento = 3 = 1 = 0,50 = 50%
temos apenas 14, pois um já foi escolhido para ficar 6 2
no 1° horário. Multiplicando as possibilidades =
15·14 = 210. Se A é um evento qualquer, então 0 ≤ P(A) ≤ 1.
148 Resposta: Errado. Se A é um evento qualquer, então 0% ≤ P(A) ≤ 100%.
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Eventos Independentes Uma outra forma de calculá-la é por meio da
seguinte divisão:
Qual seria a probabilidade de, em dois lançamen-
tos consecutivos do dado, obtermos um resultado P (A k B)
P (A\B) =
ímpar em cada um deles? Veja que temos dois expe- P (B)
rimentos independentes ocorrendo: o primeiro lança-
mento e o segundo lançamento do dado. O resultado A fórmula nos diz que a probabilidade de A ocor-
do primeiro lançamento em nada influencia o resulta- rer, dado que B ocorreu, é a divisão entre a proba-
do do segundo. bilidade de A e B ocorrerem simultaneamente e a
Quando temos experimentos independentes, a probabilidade de B ocorrer. Para que A e B ocorram
probabilidade de ter um resultado favorável em um e simultaneamente (resultado ímpar e inferior a 4),
um resultado favorável no outro é feita pela multipli- temos como possibilidades o resultado igual a 1 e 3.
cação das probabilidades de cada experimento: Isto é, apenas 2 dos 6 resultados nos atende.
Logo,
P(2 lançamentos) = P(lançamento 1) · P(lançamento 2)
2 1
Em nosso exemplo, teríamos: P (A∩B) = 6 = 3

P(2 lançamentos) =0,50 0,50 = 0,25 = 25% Para que B ocorra (resultado inferior a 4), já vimos
que 3 resultados atendem.
Assim, a chance de obter dois resultados ímpares Portanto,
em dois lançamentos de dado consecutivos é de 25%.
Generalizando, podemos dizer que a probabilidade 3 1
de dois eventos independentes A e B acontecerem é P (A∩B) = =
6 2
dada pela multiplicação da probabilidade de cada um
deles: Usando a fórmula acima, temos:

P (A e B) = P(A) · P(B) 1
P (A + B) 3 = 1 2 = 2 = 66,6%
P (A\B) = = ·
Sendo mais formal, também é possível escrever P (B) 1 3 1 3
P(A ∩ B) = P(A) · P(B), onde ∩ simboliza a intersecção 2
entre os eventos A e B.
PROBABILIDADE DA UNIÃO DE DOIS EVENTOS
PROBABILIDADE CONDICIONAL
Dados dois eventos A e B, chamamos de A ∪ B
Neste tópico, vamos falar sobre um tema bem quando queremos a probabilidade de ocorrer o even-
recorrente em questões de concursos. Imagine que to A ou o evento B. Podemos usar a fórmula:
vamos lançar um dado, e estamos analisando 2 even-
tos distintos: P (A ∪ B) = P (A) + P (B) - P (A∩B)
A – sair um resultado ímpar
B – sair um número inferior a 4 A fórmula pode ser traduzida como a probabilidade da
Para o evento A ser atendido, os resultados favo- união de dois eventos é igual a soma das probabilidades de
ráveis são 1, 3 e 5. Para o evento B ser atendido, os ocorrência de cada um dos eventos, subtraída da proba-
resultados favoráveis são 1, 2 e 3. Vamos calcular rapi- bilidade da ocorrência dos dois eventos simultaneamente.
damente a probabilidade de cada um desses eventos: Neste caso, quando temos A ∩ B = ϴ, ou seja, eventos
mutuamente exclusivos, tem-se que P (A ∪ B) = P (A) + P (B).
3 1
P(A) = = 0,5 = 50% Imagine que você tem uma urna contendo 20 bolas
6 2
numeradas de 1 a 20. Quando uma bola é retirada ao aca-
3 1 so, qual é a probabilidade de o número ser múltiplo de 3
P(B) =
6
=
2
0,5 = 50% ou de 5? RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Ora, veja que temos a palavra “ou” na pergunta e isso
E se caso tivéssemos o seguinte questionamento: nos remete à ideia de “união” dos eventos. Sendo assim,
no lançamento de um dado, qual é a probabilidade podemos extrair os dados para aplicar na fórmula:
de obter um resultado ímpar, dado que foi obtido um
resultado inferior a 4? Em outras palavras, essa per- z P(A) = probabilidade de o número ser múltiplo de 3
gunta é: qual a probabilidade do evento A, dado que o
evento B ocorreu? Matematicamente, podemos escre- Múltiplos de 3 (3, 6, 9, 12, 15, 18) = 6 possibilidades
ver P(A/B) – leia “probabilidade de A, dado B”.
Aqui, já sabemos de antemão que B ocorreu. Por- P(A) =
6
tanto, o resultado do lançamento do dado foi 1, 2 ou 3 20
(três resultados possíveis). Destes resultados, apenas
dois deles (o resultado 1 e 3) atendem o evento A. Por- z P(B) = probabilidade de o número ser múltiplo de 5
tanto, a probabilidade de A ocorrer, dado que B ocor-
reu, é simplesmente: Múltiplos de 3 (5, 10, 15, 20) = 4 possibilidades

2 4
P (A\B) = = 66,6% P(B) =
3 20 149
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z P(A ∩ B) = probabilidade do número ser múltiplo c) 3/6.
de 3 e 5 d) 4/6.
e) 5/6.
Somente o número 15 é múltiplo de 3 e 5 ao mesmo
tempo. Basta calcular a probabilidade de vir 3 crianças (o
que a gente não quer). Depois subtrair de 1, para
1 obter os casos favoráveis.
P(A ∩ B) =
20 Probabilidade de sortear 3 crianças: 6/10 · 5/9 · 4/8
= 1/6
Aplicando na fórmula, temos: 1 – 1/6 = 5/6.
Resposta: Letra E.
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) - P (A ∩ B)
2. (VUNESP — 2017) Um centro de meteorologia infor-
6 4 1 6+4-1 9
P (A ∪ B) = 20 + 20 - 20 = = mou ao CIPM que é de 60% a probabilidade de chuva
20 20
no dia programado para ocorrer a operação. Mediante
essa informação, o oficial no comando afirmou que as
PROBABILIDADE DA INTERSEÇÃO DE DOIS probabilidades de que a operação seja realizada nesse
EVENTOS dia são de 20%, caso a chuva ocorra, e de 85%, se não
houver chuva. Nessas condições, a probabilidade de
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral. A que a operação ocorra no dia programado é de
probabilidade de A ∩ B é dada por:
a) 59%.
P (A ∩ B) = P (B\A) · P (A) = P (B) · P (A\B) b) 46%.
c) 41%.
Vale lembrar que P (B\A) é a probabilidade de d) 34%.
ocorrer o evento B, sabendo que já ocorreu o evento A e) 28%.
(probabilidade condicional).
Se a ocorrência do evento A não interferir na pro- Se a probabilidade de chover é de 60%, então, a
babilidade de ocorrer o evento B, ou seja, forem inde- probabilidade de não chover é de 40%. Para que a
pendentes, a fórmula para o cálculo da probabilidade operação ocorra no dia programado, temos duas
da intersecção será dada por: situações:
chove (60%) e ocorre a operação (20%) = 60% · 20%
P (A ∩ B) = P (A) · P (B) = 12%
não chove (40%) e ocorre a operação (85%) = 40% ·
Imagine que você vai lançar dois dados sucessi- 85% = 34%
vamente. Qual a probabilidade de sair um número Somando as probabilidades desses dois cenários,
ímpar e o número 5? temos: 12% + 34% = 46%.
O “e” que aparece na pergunta é que determina a Resposta: Letra B.
utilização da fórmula da interseção, pois queremos “a
probabilidade de sair um número ímpar e o número 3. (CEBRASPE-CESPE — 2019) A sorte de ganhar ou perder,
5”. Perceba que a ocorrência de um dos eventos não num jogo de azar, não depende da habilidade do jogador,
interfere na ocorrência do outro. Temos, então, dois mas exclusivamente das probabilidades dos resultados.
eventos independentes. Um dos jogos mais populares no Brasil é a Mega Sena,
Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5}; que funciona da seguinte forma: de 60 bolas, numeradas
Evento B: sair o número 5 = {5}; de 1 a 60, dentro de um globo, são sorteadas seis bolas. À
Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. medida que uma bola é retirada, ela não volta para dentro
Logo, do globo. O jogador pode apostar de 6 a 15 números dis-
tintos por volante e receberá o prêmio se acertar os seis
3 1 números sorteados. Também são premiados os acerta-
P(A) = =
6 2 dores de 5 números ou de 4 números.
1 A partir dessas informações, julgue o item que se
P(B) = segue.
6
A probabilidade de a primeira bola sorteada ser um
P (A ∩ B) = P (A) · P (B) =
1 1
· =
1 número múltiplo de 8 é de 10%.
2 6 12
( ) CERTO ( ) ERRADO
Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
ria com exercícios comentados de diversas bancas. Múltiplos de 8: {0, 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72...}
Vamos lá! Números da Mega Sena: 1 a 60.
Os múltiplos de 8 na Mega Sena são: 8, 16, 24, 32, 40,
1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um grupo de 10 48, 56, ou seja, 7 números.
pessoas, 4 são adultos e 6 são crianças. Ao se sele- Logo 7/60 = 11%.
cionarem, aleatoriamente, 3 pessoas desse grupo, a Resposta: Errado.
probabilidade de que no máximo duas dessas pes-
soas sejam crianças é igual a 4. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Em um jogo de azar, dois
jogadores lançam uma moeda honesta, alternada-
a) 1/6. mente, até que um deles obtenha o resultado cara. O
150 b) 2/6. jogador que detiver esse resultado será o vencedor.
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A probabilidade de o segundo jogador vencer o jogo y
logo em seu primeiro arremesso é igual a π
2 90º
a) 2/3.
b) 1/2.
c) 1/4.
d) 1/8.
e) 3/4.
180º 0º X
Precisamos calcular a probabilidade do primeiro π o 360º
jogador tirar coroa e o segundo jogador obter cara. 2π
Probabilidade de o primeiro tirar coroa: 1/2 e o
segundo tirar cara: 1/2. Logo, 1/2 · 1/2 = 1/4.
Resposta: Letra C.

5. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Cinco mulheres e quatro


homens trabalham em um escritório. De forma aleató- 3 π 270º
ria, uma dessas pessoas será escolhida para trabalhar 2
no plantão de atendimento ao público no sábado. Em
seguida, outra pessoa será escolhida, também aleato- Como 360o representam uma volta completa, 180º
riamente, para o plantão no domingo.
representam meia-volta.
Considerando que as duas pessoas para os plantões
serão selecionadas sucessivamente, de forma aleató- y
ria e sem reposição, julgue o próximo item. π
A probabilidade de os dois plantonistas serem homens 2 90º
é igual ou superior a 4/9.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Sábado: Há 4 homens possíveis, em 9 pessoas no


total = 4/9 180º 0º X
Domingo: Há 3 homens possíveis, de 8 pessoas no
total (uma já foi escolhida no sábado) = 3/8
Como queremos que seja escolhido um homem no Por sua vez, 90° representam metade de meia-volta,
sábado e um homem no domingo, multiplicamos as isto é, ¼ de volta. Este ângulo é conhecido como ângu-
probabilidades: 4/9 · 3/8 = 12/72 = 4/24. lo reto, e tem uma representação bem característica:
A questão é errada, pois 4/24 não é igual ou maior
que 4/9. B
Resposta: Errado.

90 º
GEOMETRIA BÁSICA
ÂNGULOS O A

Ângulo é a medida de uma abertura delimitada Os ângulos podem ser classificados quanto ao
por duas semirretas. Veja na figura: valor do ângulo em relação a 90°:

z Ângulos agudos: são aqueles inferiores à 90°. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO


Exemplos: 30o, 42o, 63o;
z Ângulos obtusos: são os superiores à 90o. Exem-
plos: 100o, 125o, 155o;
z Ângulos Rasos: os ângulos de 0° e 180º.

Observe abaixo o círculo trigonométrico com seus


respectivos ângulos.
O ponto desenhado acima, no encontro entre as
duas semirretas, é denominado “vértice do ângulo”.
Um ângulo é medido de acordo com a sua abertura,
sendo que, uma abertura completa mede 360 graus
(360º):

151
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π
= 90°
2
2π = 120° π
= 60°
3 3
3π = 135° π
= 45°
4 4
5π = 150° π
6 = 30°
6

π = 180° 0 = 360°

7π = 210° 11π = 330°


6 6
5π = 225° 7π = 315°
4 4
4π = 240° 5π = 300°
3 3
3π = 270°
2

Outra classificação de ângulos é com relação à medida:

z Ângulos congruentes: são congruentes (iguais) quando possuem a mesma medida;


z Ângulos complementares: são complementares quando a soma entre os ângulos é 90o. Exemplo: 60° + 30° =
90°. Os ângulos 30° e 60° são complementares um ao outro;
z Ângulos suplementares: são suplementares quando a soma entre os ângulos é 180o. Exemplo: 110° + 70° =
180°. Os ângulos 70° e 110° são suplementares entre si.

A semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais é denominada Bissetriz. Veja:

Bissetriz

α
α
O

Agora observe esse cruzamento de retas. Vamos tirar algumas conclusões interessantes.

A
C
D

z os ângulos formados pelo cruzamento das retas são denominados ângulos opostos pelo vértice, e têm o mesmo
valor. Ou seja, A = C e B = D;
z os ângulos A e B são suplementares, pois a soma entre eles é de 180o, assim como a soma dos ângulos B e C, C
e D, e D e A.

Atente-se: ângulos opostos pelo vértice têm a mesma medida.

Uma outra unidade de medida de ângulos é chamada de “radianos”. Dizemos que 180o correspondem a (“pi”)
radianos. Vamos usar uma regra de três simples para convertermos qualquer ângulo em radianos. Veja, vamos
converter 60o para radianos:

180° ------------------- radianos


60° ---------------------- x radianos
180x = 60
60r r
x= = radianos.
180 3
152
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TRIÂNGULOS POLÍGONOS

Os triângulos são as mais simples figuras geométricas Vamos considerar n (n ≥ 3) pontos ordenados A1,
com lados. Se por dois pontos passam uma única reta, A2, ..., An. Consideremos também os n segmentos con-
com três pontos forma-se um triângulo num plano, que é secutivos determinados por estes pontos (A1 A2 , A2 A3 ,
um polígono com três lados, três vértices e três ângulos. f, An A1) , de modo que não existam dois segmentos
Os lados formados pelo encontro dos segmentos de consecutivos colineares. Definimos polígono como a
reta formam ângulos. Os lados e ângulos dos triângulos reunião dos pontos dos n segmentos considerados.
são usados para classificá-los. Vejamos alguns exemplos:
Em função dos lados, os triângulos são classificados
em equiláteros, com três lados iguais, tal que (AB) ≅ (BC) A
≅ (CA); isósceles, com dois lados iguais, i.e., (AB) ≅ (BC), e
escaleno, com 3 lados diferentes (AB ≠ BC ≠ CA) D
Siga as análises olhando as figuras a seguir:

A A A

C
B
K
B C B C B C
Equilátero Isósceles I
Escaleno

Dica J
Lembre-se de que, apesar de três pontos num
E
plano gerarem um triângulo, não são quaisquer
três segmentos de retas que formam um triân-
gulo, há condições: um dos lados deve ser maior G
que o módulo da diferença dos outros dois lados
e menor que a soma dos outros dois lados. Em F
linguagem matemática:
|b-c| < a < b + c H
|a-c| < b < a + c L M
|a-b| < c < a + c Q O

Em relação aos ângulos internos, i.e., suas medidas


(os ângulos externos dos triângulos são estudados e
têm importância em análise geométrica), um triân-
R P N
gulo pode ser classificado em retângulo ou reto (o
nome refere-se à presença de um ângulo reto) desde
que qualquer um de seus ângulos tenha 90º; logo, os Figura 49. Polígonos.
outros têm menos de 90º, [med (Â) < 90°, med (B̂) = 90°
e med (Ĉ) < 90°], pois uma condição das propriedades Região Poligonal
dos triângulos planos é que a soma de seus ângulos
internos seja 180º. A região poligonal é a reunião do polígono com o
O triângulo acutângulo (o nome refere-se a ângu- seu interior.
los agudos) possui a medida de todos os seus ângulos
internos menor que 90º [med (Â) < 90°, med (B̂) < 90° G
e med (Ĉ) < 90°]. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
O triângulo obtusângulo (o nome refere-se a um
ângulo obtuso) possui seus ângulos internos com dois A
deles menores que 90º e um com medida maior que F
90º [med (Â) < 90°,med (B̂)<90° e 90° < med (Ĉ) < 180°].
As figuras a seguir mostram exemplos dos tipos de
triângulos classificados pelos seus ângulos internos:
H
A A A

D E B
B C B C B C
Retângulo Acutângulo Obtusângulo

C
Figura 50. Região poligonal. 153
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Polígono Côncavo e Polígono Convexo Observação:

Um polígono é convexo se, e somente se, qualquer z em um polígono côncavo, a região poligonal é côncava.
reta suporte, de um lado do polígono, deixar todos os
outros lados em um mesmo semiplano dos dois que Nomenclatura dos Polígonos
ela determina.
Nomeamos os Polígonos de acordo com o número
n de lados:

z 1° caso: 3 ≤ n ≤ 9
B
n = 3 — Triângulo
n = 4 — Quadrilátero
n = 5 — Pentágono
A n = 6 — Hexágono
n = 7 — Heptágono
n = 8 — Octógono
C n = 9 — Eneágono

z 2º caso: n é múltiplo de 10

n = 10 — Decágono
n = 20 — Icoságono
n = 30 ֫— Tricágono
E n = 40 — Quadricágono
D n = 50 — Pentacágono
n = 60 — Hexacágono

z 3° caso: n > 10 e n não é múltiplo de 10

n = 11 — Unodecágono
Figura 51. Polígono convexo. n = 17 — Heptdecágono
n = 26 — Hexaicoságono
Observação: n = 35 — Pentatricágono

z em um polígono convexo, a região poligonal é Número de Diagonais de um Polígono Convexo


convexa.
O número de diagonais em um polígono convexo
Por definição, um polígono que não é convexo é é dado pela expressão:
côncavo
n (n – 3)
d=
2
G
Ângulos Internos de um Polígono Convexo
I
A soma dos ângulos internos de um polígono con-
vexo é dada pela expressão:
H
F Si = (n – 2) · 180º

Ângulos Externos de um Polígono Convexo

A soma dos ângulos externos de um polígono con-


vexo sempre será 360°.

Perímetro de Polígonos

J Quando nos referimos ao perímetro de um polí-


gono, estamos, na prática, indicando que nosso inte-
Figura 52. Polígono côncavo. resse diz respeito à soma dos lados deste. Portanto,
para calcular o perímetro de um polígono qualquer,
basta somar o valor dos lados.

Polígonos Regulares

Um polígono é denominado de regular quan-


do possui todos os seus lados e ângulos internos
154 congruentes.
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Seguem alguns exemplos de polígonos regulares:

A B

Figura 54. Trapézio com vértices ABCD.

Observações:

z o lado AB é chamado de base maior;


z o lado CD é chamado de base menor.
L
K Classificação dos Trapézios

„ Trapézio isósceles: os lados não paralelos são


congruentes.

H
J

Q
P

O
Figura 55. Trapézio isósceles.

M
N
„ Trapézio escaleno: os lados não paralelos não
A1 são congruentes.
B1
z
D C
C1
W
D1
V RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
S
T U

Figura 53. Polígonos regulares. A B

Quadriláteros Notáveis
Figura 56. Trapézio escaleno.

z Trapézio
„ Trapézio retângulo: quando existem dois
ângulos internos retos.
Um quadrilátero é um trapézio se, e somente se,
tiver dois lados paralelos.

155
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B

Figura 57. Trapézio retângulo.


A C

z Paralelogramo

Um quadrilátero é paralelogramo se, e somente


se, possuir os lados opostos paralelos.

D C

Figura 59. Losango AB = BC = CD = DA.

A B z Propriedades dos Losangos


Figura 58. Paralelogramo com AB // CD e AD // BC.
„ Todo losango tem as diagonais perpendiculares;
„ Todo paralelogramo que tem as diagonais per-
z Propriedades dos Paralelogramos
pendiculares é losango;
„ Todo losango tem as diagonais nas bissetrizes
„ Em todo paralelogramo os ângulos opostos
dos ângulos internos;
são congruentes;
„ Todo paralelogramo que tem as diagonais nas
„ Todo quadrilátero convexo que possui ângulos
bissetrizes dos ângulos internos é losango.
opostos congruentes é paralelogramo;
„ Todo retângulo é paralelogramo;
z Retângulo
„ Em todo paralelogramo os lados opostos são
congruentes;
Um quadrilátero é um retângulo se, e somente se,
„ Todo quadrilátero convexo que possui os lados
possuir os quatro ângulos internos congruentes, isto é, os
opostos congruentes é paralelogramo;
quatro ângulos internos iguais e, consequentemente, os
„ Todo losango é paralelogramo;
quatro ângulos internos retos (ângulos de 90°).
„ Em todo paralelogramo as diagonais se inter-
ceptam nos respectivos pontos médios; B
„ Todo quadrilátero convexo em que as diagonais
se interceptam nos respectivos pontos médios é
paralelogramo.

z Losango

Um quadrilátero é um losango se, e somente se,


possuir os quatro lados congruentes, isto é, os quatro
lados iguais.

Figura 60. Retângulo AB = CD e BC = AD.

z Propriedades dos Retângulos

„ Todo retângulo tem as diagonais congruentes;


„ Todo paralelogramo que tem diagonais con-
gruentes é um retângulo.
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z Quadrado
AB AC AD BC
= = =
A'B' A'C' A'D' B'C
Um quadrilátero é um quadrado se, e somente se,
possuir os quatro ângulos internos congruentes e os Vejamos que existe uma proporção entre AB/A’B’, o
quatro lados congruentes, isto é, todos os lados iguais mesmo acontece com AC/A’C’, AD/A’D’ e BA/B’C’.
e todos os ângulos internos iguais. Perceba que, tal
como o retângulo, por possuir todos os lados iguais, o Vejamos o seguinte exemplo para fixar o conteúdo:
quadrado possui todos os ângulos internos retos; isto
é, todos os ângulos internos de 90°.

D A

6 a
E B

8 b
F C

Figura 61. Quadrado AB = CD e BC = AD.


Sabendo que a + b = 21, defina o valor de b. Pelo
DE + EF
Teorema de Tales, temos que o lado =
EF+
AB + BC 6+8 a b
, então, podemos dizer que = =
z Propriedades dos Quadrados 21
BC
14 21
8 b
" = . Fazendo uma regra de três, encontra-
b 8 b
„ Todo quadrado é retângulo; mos que:
„ Todo quadrado é losango.
168
14b = 21 · 8 → b = → b = 12
PROPORCIONALIDADE 14
PERÍMETRO
Teorema de Tales
O perímetro é um dos tópicos mais importantes
O Teorema de Tales diz que se duas retas são trans- em matemática, pois é uma ferramenta para quan-
versais de um conjunto de retas paralelas, então, a razão tificar espaços físicos e base para uma álgebra mais
entre dois segmentos quaisquer de uma delas é igual avançada, como trigonometria e cálculo.
à razão entre os segmentos correspondentes da outra. O perímetro é definido como a medida da distân-
cia da forma em torno de uma área de uma forma
qualquer, sendo as figuras geométricas os exemplos
mais simples de uso do perímetro.
t1 t2
Engenheiros, arquitetos, desenhistas gráficos e
geógrafos usam comumente o conceito de perímetro.
Os engenheiros civis, inicialmente, calculam o perí-
metro de um terreno para começar as obras e muitas
A A’ vezes os lotes e terrenos apresentam formato simples, RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
B’ inclusive com uma ou outra curva associada com
B
retas em sua área; o perímetro para os engenheiros é
usado, também, para calcular a quantidade de reboco
e de tinta a ser aplicados em paredes.
C C’ Para figuras planas, o perímetro é a distância em
torno da forma da figura. Basta pensar em uma corda
sendo passada em volta de uma pilastra na garagem
D’ de edifícios, local onde elas não estão associadas às
D
paredes. Após juntar as pontas, ou seja, trazer a corda
até o ponto inicial, meça a distância da corda e você
terá o perímetro da área transversal da pilastra. Have-
rá erro na sua medida, pois ela não foi feita em con-
dições ideais, algo comum em atividades práticas de
Figura 46. Feixe de retas paralelas, transversais e Teorema de Tales. engenharia.
Para a figura plana, dados os valores, adicionam-se
Pelo Teorema de Tales, temos as seguintes as medidas de todos os lados, como na figura abaixo
igualdades: com perímetro igual a 31 unidades de medida. 157
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5 QUADRADO
6
4 L
3

8
5
L L

O nome “semiperímetro” indica a própria expres-


são matemática, i.e., o valor de um perímetro P divi-
dido por 2 [P/2]. L
Esse é um conceito importante para calcular a
área de qualquer triângulo. Foi obtido por Heron de
A área também será dada pela multiplicação da
Alexandria, grego que viveu por volta do século III a.
base pela altura (b ‧ h). Como ambas medem L, tere-
C., por isso, é chamada de fórmula de Heron. A maio-
mos L ‧ L, ou seja:
ria dos estudos de geometria plana foram feitos pelos
gregos e são encontrados no livro “Os Elementos”, de
A = L2
Euclides de Alexandria. Esse livro também contém,
além da geometria plana, estudos sobre perspectivas,
Trapézio
seções cônicas, teoria dos números.
A fórmula de Heron ou Herão para o cálculo da
área de triângulos é: A = √(p(p – a) (p – b) (p – c)) , onde a, b Temos um polígono com 4 lados, sendo 2 deles
e c são os lados do triângulo e o semiperímetro: paralelos entre si, e chamados de base maior (B) e
base menor (b). Temos, também, a sua altura (h), que
é a distância entre a base menor e a base maior. Veja
na figura a seguir:

b
Lembre-se: essa fórmula para cálculo da área de
triângulos é pouco ensinada, mas é uma ferramenta
a mais que pode auxiliar na resolução de problemas
de geometria.
h
ÁREA

Retângulo
B
b
Conhecendo b, B e h, podemos calcular a área do
trapézio através da fórmula a seguir:

( B + b) $ h
h h A=
2

Losango

b L
L

Chamamos o lado “b” maior de base e o lado


menor “h” de altura.
Para calcularmos a área, vamos fazer a multipli-
L L
cação de sua base (b) pela sua altura (h), conforme a
fórmula:
A=b‧h
Para calcular a área de um losango, vamos preci-
sar das suas duas diagonais: maior (D) e menor (d), de
Exemplo: um retângulo com 10 centímetros de acordo com a figura a seguir:
lado e 5 centímetros de altura, a área será:

A = 10 cm ‧ 5 cm = 50 cm2 L L
d
Quando trabalhamos o conceito e o cálculo de
áreas das figuras geométricas, usamos a unidade ao D
quadrado. No nosso exemplo, tínhamos centímetros e L L
passamos para centímetros quadrados, que neste caso
é a unidade de área.
Assim, a área do losango é dada pela fórmula a
seguir:
158
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D$d Substituindo π por 3,14, temos:
A=
2
A = 3,14 · 100 = 314cm2
Paralelogramo
O perímetro de uma circunferência que é a mes-
b ma coisa que o comprimento da circunferência é dado
por:
h
C=2·π·r

Para exemplificar, vamos calcular o perímetro


b daquela circunferência com 10cm de raio:

A área do paralelogramo também é dada pela mul- C = 2 · 3,14 · 10


tiplicação da base pela altura: C = 6,28 · 10 = 62,8 cm

A=b‧h O diâmetro (D) de uma circunferência é um seg-


Triângulo mento de reta que liga um lado ao outro da circun-
ferência, passando pelo centro. Veja que o diâmetro
Para calcular a área do triângulo, é preciso conhe- mede o dobro do raio, ou seja, 2r.
cer a sua altura (h):

a c D = 2r

O lado “b”, em relação ao qual a altura foi dada, é Repare na figura a seguir:
chamado de base. Assim, calcula-se a área do triângu-
A
lo utilizando a seguinte fórmula:

A= b$h
α
2
Círculo
C B

Todos os pontos estão a uma mesma distância em


relação ao centro do círculo ou circunferência. Cha-
mamos de raio e geralmente é representada por “r”.
Veja na figura a seguir:

Note que formamos uma região delimitada dentro


do círculo. Essa região é chamada de setor circular.
Temos ainda um ângulo central desse setor circular RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
simbolizado por α. Com base neste ângulo, consegui-
r mos determinar a área do setor circular e o compri-
mento do segmento de círculo compreendido entre os
pontos A e B. Sabemos que o ângulo central de uma
volta completa no círculo é 360º. E também sabemos
a área desta volta completa, que é a própria área do
círculo ( π × r2). Vejamos como calcular a área do setor
circular, em função do ângulo central “α”:

A área de um círculo é dada pela fórmula: A = π · 360° ---------------------- π · r2


r2. Na fórmula, a letra π (“pi”) representa um número
irracional que é, aproximadamente, igual a 3,14. α ------------------------- Área do setor circular
Vejamos um exemplo para calcular a área de um
círculo com 10 centímetros de raio: Logo, área do setor circular =

A = π · r2 2
a # rr
A = π · (10)2 360c
A = π · 100 159
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Usando a mesma ideia, podemos calcular o com- Interpretando a fórmula, temos uma lista de
primento do segmento circular entre os pontos A e B, números (x1, x2, x3, ..., xn) com pesos respectivos (p1, p2,
cujo ângulo central é “α” e que o comprimento da cir- p3, ..., pn), então, a média aritmética ponderada é dada
cunferência inteira é 2 πr. Confira abaixo: pela fórmula apresentada acima.
Veja um exemplo: Um aluno prestou vestibular
360° --------------------- 2 πr para Engenharia e realizou provas de matemática,
Física, Química, História e Biologia. Suponha que o
α -------------------------- Comprimento do setor circular
peso de Matemática seja 4, de Física seja 4, de Química
seja 2, de História seja 1 e de Biologia seja 1. Suponha,
Logo, comprimento do setor circular = ainda, que o estudante obteve as seguintes notas:

a # 2rr MATÉRIAS NOTAS (XI) PESO (PI)


360c
Matemática 9,7 4

Física 8,8 4

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA Química 7,3 2

História 6,0 1
As medidas de posição ou de tendência central
constituem uma forma mais sintética de apresentar Biologia 5,7 1
os resultados contidos nos dados observados, pois
representam um valor central, em torno dos quais
Vamos calcular a média ponderada das notas des-
os dados se concentram; ou seja, o termo medida de
se aluno:
posição é usado para indicar, ao longo da escala de
medidas, onde a amostra ou a população está locada.
As medidas de posição mais empregadas são a média, 9,7·4 + 8,8 · 4 + 7,3·2 + 6,0·2 + 5,7·1
X=
a mediana e a moda. Esses parâmetros são úteis, pois 4+4+2+1+1
descrevem propriedades da população, ou seja, carac-
terizam a população. A média aritmética é a medida 38,8 + 35,2 + 14,6 + 6 +5,7
de posição mais conhecida e aplicada. No entanto, X=
nem sempre é a mais adequada. 5

MÉDIA 100,3
X= = 20,06
5
Média Aritmética
MODA
A média aritmética é um valor que pode substituir
todos os elementos de uma lista sem alterar a soma
A moda é definida como sendo aquele valor ou
dos elementos dessa lista. Considere que há uma lista
valores que ocorrem com maior frequência em um
de n números (x1, x2, x3, ..., xn). A soma dos termos des-
rol. É interessante saber que a moda pode não existir
ta lista é igual a (x1 + x2 + x3 + ... + xn).
e, quando existir, pode não ser única. Veja os exem-
Para calcular a média aritmética de uma lista de
plos a seguir:
números, basta somar todos os elementos e dividir
pela quantidade de elementos. Ou seja,
A: {1;1;2;3;3;4;5;5;5;7} = Mo = 5

X = X1+X2+ ⋯ +Xn B: {3;4;6;8;9;11} = não tem moda


n C: {2;3;3;3;5;6;6;7;7;7;8;9;10} = tem duas modas, ou seja,
M1 = 3 e M2=7.
Veja um exemplo: Calcular a média aritmética dos
números 5, 10, 15, 20, 50: Caminhando um pouco mais dentro do nosso
estudo de Estatística, vejamos, agora, um exemplo de
5+10+15+20+50 100 quando temos os dados dispostos em uma tabela com
X= = = 20 frequências e não agrupados em classes. Quando isso
5 5
. acontece, a localização da moda é imediata, bastando
para isso, verificar na tabela, qual o valor associado à
A média aritmética é igual a 20. maior frequência. Observe:

Média Ponderada
ESTATURA (M) FREQUÊNCIA
Para o cálculo da média aritmética ponderada (em 1,53 3
que levamos em consideração os pesos de cada parte),
devemos multiplicar cada parte pelo seu respectivo 1,64 7
peso, somar tudo e dividir pela soma dos pesos. Veja:
1,71 10
X = X1P1+X2P2+ ⋯ +XnPn 1,77 15
P1+P2+ ⋯ +Pn
160
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O desvio padrão é a raiz quadrada da variância(√σ²
ESTATURA (M) FREQUÊNCIA = σ). A variância é o quadrado do desvio padrão σ²).
Só há dois casos em que a variância e o desvio
1,80 5
padrão são iguais, sendo ela quando ambos valem
1,81 2 zero ou ambos valem 1, isso porque 02 = 0 e 12 = 1.
Vale ressaltar, também, que a variância e o desvio
1,89 1 padrão só serão iguais a zero se todos os elementos
forem iguais. Se os elementos forem todos iguais,
Na tabela acima, a maior frequência (15) está asso- todos os desvios serão iguais a zero. Consequentemen-
ciada à altura 1,77. Portanto, a moda é 1,77. te, a variância será nula e também o desvio padrão.
Atente-se: quando os dados são todos iguais, não
MEDIANA há dispersão. Todas as medidas (desvio médio, variân-
cia, desvio padrão etc.) são iguais a zero.
Uma outra medida que estudamos em Estatística
é a mediana (ou valor mediano), que é definida como
número que se encontra no centro de uma série de
números, estando estes de forma organizada segundo PLANO CARTESIANO
um padrão. Ou seja, é o valor situado de tal forma no
conjunto que o separa em dois subconjuntos de mes- SISTEMA DE COORDENADAS
mo número de elementos. Veja os exemplos:
O plano cartesiano conduz dois eixos (retas), x e
A: {2;2;3;8;9;9} = a mediana é 3. y, perpendiculares em relação ao ponto O, os quais
B: {1;5;5;7;8;9;9;9} = a mediana é a média entre os dois determinam um plano α. Chamamos esse plano α de
termos centrais, ou seja, (7+8)/2 = 7,5. plano cartesiano, sendo o ponto O (0,0) a origem do
sistema de coordenadas, o eixo x (Ox) chamado de
Agora, observe esse outro exemplo e perceba que abscissa e o eixo y (Oy) de ordenada. Para o ponto P
os dados não estão ordenados. pertencente ao plano α, ou seja, pertencente ao plano
cartesiano, suas coordenadas são dadas pelos valores
em x e y da projeção do ponto aos eixos. Os eixos x e y
C: {2;3;;7;6;6;8;5;5;5}
ainda dividem o plano cartesiano em quatro regiões,
chamadas quadrantes. Um ponto pertence ao eixo x
Para acharmos a mediana é necessário ordenar
quando o y é nulo, e vice-versa. Quando os valores de
os números primeiro e depois fazer a média entre os
x = y ou x = –y, esse ponto pertence à bissetriz dos qua-
dois termos centrais, pois o número de elementos é
drantes, ou seja, os pontos (2,2) e (–2,–2) são bissetri-
par. Vejamos:
zes dos quadrantes ímpares, e os pontos (–2,2) e (2,–2)
são bissetrizes dos quadrantes pares.
C: {2;3;3;5;5;5;6;6;7;8} = a mediana é a média entre
os termos centrais, ou seja, (5+5)/2 = 10.
Y

Dica
Moda: elemento(s) que mais aparece(m). P (x,y)
Mediana: elemento central de um conjunto de y
números.
� se a quantidade de elementos for ímpar, então,
a mediana é o termo do centro. x x
� se a quantidade de elementos for par, então, a
mediana será a média entre os dois elementos
centrais.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
VARIÂNCIA
Plano cartesiano (x.y) de origem O e ponto P.

σ² = Ʃ(x - x)²
DISTÂNCIA
N
Dados dois pontos A(x1,y1) e B(x2,y2), calculamos a
A variância é a média aritmética dos quadrados distância entre eles da seguinte forma:
dos desvios. Ou seja, para calcular a variância, deve-
mos elevar cada um dos desvios ao quadrado, somar
todos os valores, e dividir por “n”, que é a quantidade d = √(x2 – x1)2 + (y2 – y1)2
de elementos. A variância é representada simbolica-
mente por σ2. Sendo os pontos A(3,5) e B(1,-3) no plano cartesia-
no, qual seria a distância entre A e B?
DESVIO PADRÃO
dAB = √(x2 – x1)2 + (y2 – y1)2 = √(1 – 3)2 + (–3 – 5)2 =
O desvio padrão está inteiramente ligado à variân-
cia. O desvio padrão é a raiz quadrada da variância. A = √(–2)2 + (–8)2 = √4+64 = √68 = 2√17
sua representação simbólica é dada por σ.
161
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PROPRIEDADE DE IMPLICAÇÃO LÓGICA
PROBLEMAS DE LÓGICA E RACIOCÍNIO
LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS Propriedade Reflexiva

ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E Toda proposição composta implica nela mesma,


MATRICIAIS uma vez que todas proposições contêm a mesma colu-
na final em suas tabelas-verdade, ou seja, P ⇒ P.
Caro cliente, os tópicos: proporcionalidade dire-
ta e inversa; porcentagem; juros; ângulos; polígo- Propriedade Transitiva
nos; área; medidas de comprimento, área, volume,
massa e tempo, que foram apresentados no decorrer Se P implica Q, e Q implica R, então, naturalmente,
deste material, também competem ao assunto “Pro- podemos dizer que P implica R. Veja:
blemas de lógica e raciocínio lógico envolvendo pro- P⇒Q
blemas aritméticos, geométrico e matriciais”. Assim, Q⇒R
optamos por não repeti-los aqui, mas sugerimos que Então P ⇒ R.
caso seja necessário, você consulte novamente essa Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
parte do material. ria com exercícios comentados de diversas bancas.
Vamos lá!
Atenciosamente,
1. (IBID — 2020) Considere falsas as seguintes proposi-
Nova Concursos. ções a seguir:

IMPLICAÇÃO LÓGICA I. Ou Luna gosta de tango ou Levi gosta de samba.


II. Se Lia gosta de jazz, então Levi não gosta de samba.
Analisando-se as proposições, é possível concluir cor-
Dizemos que há uma implicação lógica sempre
retamente que
que a proposição P for verdadeira e a proposição Q
for verdadeira também. Veja o exemplo na tabela
a) Luna gosta de tango e Levi gosta de samba.
verdade:
b) se Levi gosta de samba, então Luna não gosta de
tango.
P^Q⟹P↔Q
c) Lia não gosta de jazz ou Levi não gosta de samba.
d) Luna gosta de tango e Lia não gosta de jazz.
P Q P^Q P↔Q
V V V V Veja que o enunciado afirmou que as sentenças são
falsas, então devemos começar pela condicional:
V F F F
I. Ou Luna gosta de tango (V) ou Levi gosta de sam-
F V F F ba (V). (Se a segunda parte sabemos que é V, então
F F F V a primeira terá que ser V também, pois a disjunção
exclusiva é falsa quando as proposições têm valores
iguais)
Podemos notar que a conjunção entre a proposi-
II. Se Lia gosta de jazz (V), então Levi não gosta de
ção P e a proposição Q implica na bicondicional entre samba (F). (A condicional só é falsa nessa situação
a proposição P e a proposição Q, pois quando a pri- VF)
meira assume o valor lógico verdadeiro na segunda Agora basta valorar as alternativas para achar o
também encontramos o valor verdade. gabarito:
Vejamos mais um exemplo: a) Luna gosta de tango (V) e Levi gosta de samba
(V). (verdadeira).
P↔Q⇒P→Q⇒Q→P Resposta: Letra A.

P Q P↔Q P→Q Q→P 2. (VUNESP — 2019) Sobre a família de Ana, sabe-se que
V V V V V seu pai e sua tia são técnicos em suporte de informá-
tica. Sendo assim, conclui-se, corretamente, que
V F F F V
F V F V F a) João não é pai de Ana e, portanto, não é técnico em
F F V V V suporte de informática.
b) Ana é técnica em suporte de informática.
c) Rita é técnica em suporte de informática e, portanto, é
Note, agora, que podemos afirmar que temos tia de Ana.
uma implicação realmente entre as proposições, pois d) Ana não é técnica em suporte de informática.
quando a proposição (P ↔ Q) assume valor verdade as e) Roberto não é técnico em suporte de informática e,
proposições (P → Q) e (Q → P) também assumem valor portanto, não é pai de Ana.
verdadeiro.
Com a definição vista sobre a implicação, podemos Veja que se é pai e tia de Ana, então são técnicos
chegar a duas conclusões: em suporte de informática. Agora basta uma pes-
soa não ser técnico em suporte de informática para
z toda proposição implica uma tautologia; que ela não tenha a possibilidade de ser Pai ou Tia
162 z apenas uma contradição implica outra. de Ana. Logo, a alternativa E fala exatamente essa
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conclusão, ou seja, se Roberto não é técnico em 5. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Considere a situação
suporte de informática e, portanto, não é pai de Ana. hipotética seguinte, que aborda compreensão de
Resposta: Letra E. estruturas lógicas.
No processo de manutenção de um computador, as
3. (FCC — 2019) Considere que as seguintes premissas seguintes afirmações são válidas:
são verdadeiras:
p: se aumentar o tamanho da memória ou instalar
z Todo bombeiro sabe nadar. um novo antivírus, então a velocidade da internet
z Geraldo é contador. aumentará;
z Alguns contadores sabem nadar. q: se a velocidade da Internet aumentar, então os apli-
cativos abrirão mais rapidamente.
De acordo com essas premissas, é correto afirmar: Concluída a manutenção, foi verificado que a velocida-
de da Internet não aumentou.
a) Geraldo é bombeiro.
b) Existem bombeiros que são contadores. Nessa situação, é correto concluir que
c) Todo contador que também é bombeiro sabe nadar.
a) os aplicativos não abrirão mais rápido.
d) Geraldo não sabe nadar.
b) o tamanho da memória não foi aumentado e também
e) Alguns contadores que sabem nadar, também são
não foi instalado um novo antivírus.
bombeiros.
c) ou o tamanho da memória não foi aumentado ou um
novo antivírus não foi instalado.
Para acharmos uma conclusão lógica para esse
d) o tamanho da memória pode ter sido aumentado, mas
enunciado é necessário fazer uso de diagramas lógi- um novo antivírus não foi instalado.
cos para facilitar a resolução. Veja: e) um novo antivírus pode ter sido instalado, mas o tama-
Sabe nadar
nho da memória não foi aumentado.

Contadores Começando a valoração pela proposição simples,


temos:
p: se aumentar o tamanho da memória (F) ou ins-
talar um novo antivírus (F), então a velocidade da
Bombeiro Geraldo Geraldo
internet aumentará (F);
q: se a velocidade da Internet aumentar (F), então os
aplicativos abrirão mais rapidamente (V/F).
A velocidade da Internet não aumentou (V).
Sendo assim,
B) o tamanho da memória não foi aumentado (V)
Analisando todas as alternativas, chegamos na con- e também não foi instalado um novo antivírus (V).
clusão de que a alternativa C é a única que podemos Resposta: Letra B.
ter 100% de certeza, pois é justamente a região de
interseção que demonstra isso uma vez que todo ASSOCIAÇÃO LÓGICA
bombeiro tem que saber nadar obrigatoriamente de
acordo com o enunciado, sendo ele contador ou não. Nas questões sobre associações normalmente tere-
Resposta: Letra C. mos um conjunto de pessoas e a uma série de infor-
mações com objetivo de associar cada pessoa algumas
características (exs.: idade, profissão, cores, animais
4. (FEPESE — 2019) Se Ancelmo não é educado, então
etc.). O objetivo principal é descobrir a correlação
Maria não é malandra e Joana é fiel. Se Joana é fiel,
entre os dados dessas informações.
então Afonso é bonito. Sabemos que Afonso não é
bonito.
QUESTÕES DE ASSOCIAÇÃO
Logo, podemos afirmar corretamente que:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Vamos entender e praticar com algumas questões
a) Joana é fiel.
a técnica básica para resolver esse tipo de questão.
b) Maria é malandra. Teremos que montar uma tabela, contendo todas as
c) Maria não é malandra. possíveis associações, para então analisar as informa-
d) Ancelmo não é educado. ções dadas no enunciado. Sem mais delongas, vamos
e) Ancelmo é educado. treinar.

Vamos valorar as proposições lógicas para con- 1. (FCC — 2016) Amanda, Brenda e Carmen são: médica,
cluirmos algo. Veja: engenheira e biblioteconomista, não necessariamente
Se Ancelmo não é educado (F), então Maria não é nessa ordem. Comparando a altura das três, a biblioteco-
malandra (V/F) e Joana é fiel (F). Se Joana é fiel (F), nomista, que é a melhor amiga de Brenda, é a mais baixa.
então Afonso é bonito (F). Sabemos que Afonso não Sabendo-se também que a engenheira é mais baixa do
é bonito (V). que Carmen, é necessariamente correto afirmar que
Sendo assim, alternativa E “Ancelmo é educado” é
verdade. a) Brenda é médica.
Resposta: Letra E. b) Carmen é mais baixa que a médica.
c) Amanda é biblioteconomista.
d) Carmen é engenheira. 163
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e) Brenda é biblioteconomista. AMIGA PROFISSÃO ALTURA
médica,
Note que há 3 amigas, 3 profissões e 3 alturas na
Amanda engenheira, baixa, média, alta
questão. Precisamos associar cada amiga a uma biblioteconomista
altura e profissão já que não sabemos quem é quem.
Vamos construir uma tabela relacionando as ami- médica,
Brenda engenheira, baixa, média, alta
gas a cada profissão e altura. Veja:
biblioteconomista
médica,
AMIGA PROFISSÃO ALTURA Carmen engenheira, baixa, média, alta
médica, engenheira, biblioteconomista
Amanda baixa, média, alta
biblioteconomista
médica, engenheira, Note que sobrou apenas a profissão “médica” para
Brenda baixa, média, alta
biblioteconomista Carmen e, com isso, sobra apenas “engenheira”
médica, engenheira, para Brenda. Como a engenheira é mais baixa do
Carmen baixa, média, alta
biblioteconomista que Carmen, então Carmen deve ser a mais alta e
Brenda a do meio:
Você também poderia construir a tabela usando
apenas as inicias de cada palavra para ganhar tem- AMIGA PROFISSÃO ALTURA
po na prova, ok? A tabela ficaria assim:
médica,
Amanda engenheira, baixa, média, alta
AMIGA PROFISSÃO ALTURA biblioteconomista

A m, e, b b, m, a médica,
Brenda engenheira, baixa, média, alta
B m, e, b b, m, a biblioteconomista
C m, e, b b, m, a médica,
Carmen engenheira, baixa, média, alta
Bom! Agora vamos analisar as informações que a biblioteconomista
questão nos deu e eliminar os dados que não fazem
sentido na tabela. Agora já conseguimos associar cada amiga com
Observe a passagem: “a biblioteconomista, que é a uma profissão e uma altura. Vejamos: Amanda é a
melhor amiga de Brenda, é a mais baixa”. Percebe- mais baixa e biblioteconomista, Brenda é a de altura
mos que Brenda não é a biblioteconomista (pois ela média e engenheira, e por fim Carmen que é a mais
é amiga da biblioteconomista) e não pode ser a mais alta e médica.
baixa. Então vamos cortar essas opções na tabela Resposta: Letra C.
relacionada a Brenda.
2. (FUNRIO — 2012) André, Paulo e Raul possuem 30, 35 e 40
AMIGA PROFISSÃO ALTURA anos de idade, não necessariamente nessa ordem. Eles são
engenheiro, médico e psicólogo, porém não se sabe a cor-
médica, engenheira,
Amanda baixa, média, alta reta associação entre nomes e profissão. Sabe-se, porém,
biblioteconomista
que André não tem 40 anos de idade nem é engenheiro, que
médica, engenheira,
Brenda baixa, média, alta Paulo possui 35 anos de idade, que Raul não é médico, e
biblioteconomista
que o médico não possui 30 anos de idade.
médica, engenheira, Respectivamente, as profissões de André, Paulo e Raul são:
Carmen baixa, média, alta
biblioteconomista
a) psicólogo, engenheiro e médico.
Nessa outra afirmação, temos: “a engenheira é mais b) psicólogo, médico e engenheiro.
baixa do que Carmen”. Vemos que Carmen não pode c) médico, psicólogo e engenheiro.
ser a engenheira nem a mais baixa, então cortamos d) médico, engenheiro e psicólogo.
na tabela também. e) engenheiro, médico e psicólogo

AMIGA PROFISSÃO ALTURA Primeiro precisamos montar nossa tabela e depois


médica,
interpretar o que a questão nos fornece.
Amanda engenheira, baixa, média, alta
biblioteconomista PESSOAS PROFISSÃO IDADE
médica, en- engenheiro, médico,
Brenda genheira, baixa, média, alta André 30, 35 ,40
biblioteconomista
psicólogo

médica, en- engenheiro, médico,


Paulo 30, 35 ,40
Carmen genheira, baixa, média, alta psicólogo
biblioteconomista engenheiro, médico,
Raul 30, 35 ,40
psicólogo
Veja que obrigatoriamente sobrou “baixa” para
Amanda e por conseguinte ela é a biblioteconomista Na passagem “André não tem 40 anos de idade nem
(o enunciado diz que a biblioteconomista é a mais é engenheiro” podemos cortar na tabela essas infor-
baixa). Nossa tabela fica assim: mações sobre André.
164
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Vamos utilizar as informações dadas no enunciado
PESSOAS PROFISSÃO IDADE
para “cortar” algumas das possibilidades e marcar
engenheiro, médico,
André 30, 35 ,40 outras. “Sabe-se que Rex, um cão marrom, não é de
psicólogo
Joana e pertence à irmã com idade do meio. Rosana,
engenheiro, médico,
Paulo 30, 35 ,40 que não é a mais nova, tem um cão branco que não
psicólogo
é o Touro”. Assim, perceba que Rex não é de Joana.
engenheiro, médico,
Raul 30, 35 ,40 E que Rosana não é a mais nova, e não é dona do
psicólogo
Touro. Até aqui temos:
Veja que em “Paulo possui 35 anos de idade” e que
“Raul não é médico”, vamos também atualizar nos- IRMÃ IDADE NOME DO CÃO COR DO CÃO
sa tabela com as informações: Nova, do Preto, marrom,
Luciana Rex, Bobby, Touro
meio, velha branco
PESSOAS PROFISSÃO IDADE Nova, do Preto, marrom,
Rosana Rex, Bobby, Touro
meio, velha branco
André engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40
Nova, do Preto, marrom,
Paulo engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40 Joana
meio, velha
Rex, Bobby, Touro
branco
Raul engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40
O cão de Rosana é branco. Podemos marcar essa
Sobrou a idade de 30 anos para André e na passa- cor para ela, e eliminar as demais possibilidades.
gem “o médico não possui 30 anos de idade” pode- Também podemos cortar a cor branca das demais
mos ver que André é o psicólogo, pois a questão já irmãs:
disse que ele também não é engenheiro. Por conse-
guinte, Raul tem 40 anos e é o engenheiro. Assim: IRMÃ IDADE NOME DO CÃO COR DO CÃO
Nova, do Preto, marrom,
PESSOAS PROFISSÃO IDADE Luciana Rex, Bobby, Touro
meio, velha branco
André engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40 Nova, do Preto, marrom,
Rosana Rex, Bobby, Touro
meio, velha branco
Paulo engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40
Nova, do Preto, marrom,
Raul engenheiro, médico, psicólogo 30, 35 ,40 Joana
meio, velha
Rex, Bobby, Touro
branco

Logo, respectivamente, as profissões de André, Pau- “Sabe-se que Rex, um cão marrom, não é de Joana
lo e Raul são: psicólogo, médico e engenheiro. Res- e pertence à irmã com idade do meio. Rosana, que
posta: Letra B. não é a mais nova, tem um cão branco que não é
o Touro”. Veja que Rex só pode ser de Luciana ou
3. (FCC — 2013) As irmãs Luciana, Rosana e Joana, de
Rosana. Mas Rex é marrom, e o cão de Rosana é
idades diferentes, possuem cada uma delas apenas
branco. Logo, Rex só pode ser de Luciana. Como Rex
um cão de estimação. Os nomes dos cães são: Rex,
Bobby e Touro. Um dos cães é preto, outro é marrom é da irmã do meio, esta também é Luciana. Assim:
e o outro é branco. A ordem expressa na questão não
representa a ordem das cores nem a ordem das donas. IRMÃ IDADE NOME DO CÃO COR DO CÃO
Sabe-se que Rex, um cão marrom, não é de Joana e Nova, do meio, Rex, Bobby, Preto, marrom,
Luciana
pertence à irmã com idade do meio. Rosana, que não velha Touro branco
é a mais nova, tem um cão branco que não é o Touro. Nova, do meio, Rex, Bobby, Preto, marrom,
Rosana
Sendo assim, é possível concluir corretamente que velha Touro branco
Nova, do meio, Rex, Bobby, Preto, marrom, RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Joana
a) Rex é marrom e é de Rosana. velha Touro branco
b) Bobby é branco e é de Luciana.
c) Touro não é branco e pertence a Rosana. Repare que sobrou para Rosana apenas a opção de
d) Touro não é marrom e pertence à irmã mais nova. ser a irmã mais velha, e ser dona do Bobby. Com
e) Rosana é a dona de Bobby que é preto.
isso, sobra para Joana apenas a opção de ser a irmã
mais nova, ser dona do Touro, e ser este cão da cor
Montando a tabela:
preta:

IRMÃ IDADE NOME DO CÃO COR DO CÃO


IRMÃ IDADE NOME DO CÃO COR DO CÃO
Nova, do Rex, Bobby, Preto, mar-
Luciana Nova, do meio, Rex, Bobby, Touro Preto, marrom,
meio, velha Touro rom, branco Luciana
velha branco
Nova, do Rex, Bobby, Preto, mar- Nova, do Rex, Bobby, Touro Preto, marrom,
Rosana Rosana
meio, velha Touro rom, branco meio, velha branco
Nova, do Rex, Bobby, Preto, mar- Nova, do Rex, Bobby, Touro Preto, marrom,
Joana Joana
meio, velha Touro rom, branco meio, velha branco
165
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Com isso, podemos analisar as alternativas e achar Prosseguindo analisando as afirmações “Quem
como gabarito a alternativa D que diz: Touro não é mora em Sorocaba tem o carro da marca A” (Denis
marrom e pertence à irmã mais nova. não mora em Sorocaba, pois tem o carro da marca
Resposta: Letra D. D) e “O morador de Itu tem menos netos do que Elvis
e do que quem tem o carro da marca C” (Elvis não
4. (VUNESP — 2019) Carlos, Denis, Elvis e Flávio têm 1, mora em Itu, não tem apenas 1 neto e não tem o car-
2, 3 ou 4 netos, um veículo de marca diferente, sendo ro de marca C), assim temos uma nova atualização:
as marcas A, B, C ou D, e moram em cidades distin-
tas, sendo Sorocaba, Itu, Valinhos, ou Araraquara, não NOMES NETOS MARCAS CIDADES
necessariamente nessas ordens. Sabe-se que: DE CARRO
Sorocaba, Itu,
z Carlos, que mora em Valinhos, tem mais netos do que
Carlos 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
Denis e do que quem tem o carro da marca A;
Araraquara
z Denis tem o carro da marca D;
z Quem mora em Sorocaba tem o carro da marca A; Sorocaba, Itu,
z O morador de Itu tem menos netos do que Elvis e do Denis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
que quem tem o carro da marca C; Araraquara
z Quem mora em Araraquara tem 2 netos e não tem o Sorocaba, Itu,
carro da marca D; Elvis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
z Quem tem o carro da marca B tem 4 netos. Araraquara
z Com essas informações, assinale a alternativa que
contém uma associação correta. Sorocaba, Itu,
Flávio 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
Araraquara
a) Quem mora em Valinhos tem o carro da marca C.
b) Quem mora em Itu tem o carro da marca D.
c) Flávio mora em Sorocaba. Sabe-se que “Quem mora em Araraquara tem 2
d) Elvis tem 4 netos. netos e não tem o carro da marca D” (sabendo disso
e) Flávio tem 3 netos. então Denis não mora em Araraquara e não tem 2
netos) e “Quem tem o carro da marca B tem 4 netos”
Vamos montar a tabela e analisar as afirmações: (Denis não pode ter 4 filhos)

MARCAS DE NOMES NETOS MARCAS CIDADES


NOMES NETOS CIDADES
CARRO DE CARRO

Carlos 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Sorocaba, Itu, Sorocaba, Itu,
Valinhos, Araraquara Carlos 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
Sorocaba, Itu, Araraquara
Denis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Valinhos, Araraquara Sorocaba, Itu, Vali-
Denis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Elvis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Sorocaba, Itu, nhos, Araraquara
Valinhos, Araraquara
Sorocaba, Itu, Vali-
Sorocaba, Itu, Elvis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Flávio 1, 2, 3, 4 A, B, C, D nhos, Araraquara
Valinhos, Araraquara
Sorocaba, Itu, Vali-
Flávio 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
De acordo com as primeiras afirmações: “Carlos, nhos, Araraquara
que mora em Valinhos, tem mais netos do que Denis
e do que quem tem o carro da marca A” (Carlos não Perceba que sobrou a cidade de Itu para Denis e
pode ter apenas 1 neto, também não tem o carro fazemos mais uma atualização na nossa tabela cor-
da marca A, mora em Valinhos e Denis não tem 4 tando ou circulando as informações que tiramos
netos) e “Denis tem o carro da marca D” podemos das afirmações do enunciado.
atualizar nossa tabela:
NOMES NETOS MARCAS CIDADES
NOMES NETOS MARCAS CIDADES DE CARRO
DE CARRO
Sorocaba, Itu,
Sorocaba, Itu, Carlos 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
Carlos 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos, Araraquara
Araraquara
Sorocaba, Itu, Vali-
Denis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
Sorocaba, Itu, nhos, Araraquara
Denis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
Sorocaba, Itu, Vali-
Araraquara Elvis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
nhos, Araraquara
Sorocaba, Itu,
Sorocaba, Itu, Vali-
Elvis 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos, Flávio 1, 2, 3, 4 A, B, C, D
nhos, Araraquara
Araraquara
Sorocaba, Itu,
Nesse momento, eu paro e te mostro uma dica infalí-
Flávio 1, 2, 3, 4 A, B, C, D Valinhos,
vel para esse tipo de questão: toda vez que tivermos
Araraquara uma tabela grande, interprete todas as informações
166 que estão claras e depois tente achar a resposta!
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Perceba que olhando para as alternativas já temos
PESSOAS DISCIPLINAS QUALIFICAÇÕES
o nosso gabarito, pois na letra B fala exatamente o
que já achamos até aqui, ou seja, Denis mora em Itu Física, Química, Especialista, Mestre,
Alfa
e tem um carro da marca D. Matemática Doutor
Caso você não encontre o gabarito usando essa dica, Física, Química, Especialista, Mestre,
volte e tente interpretar de maneira mais minuciosa Beta
Matemática Doutor
as informações, mas lembre-se: todo tempo é valio-
so na hora da prova, então seja estrategista sempre. Física, Química, Especialista, Mestre,
Gama
Resposta: Letra B. Matemática Doutor

5. (COLÉGIO PEDRO II — 2017) Os professores Alfa, Beta Resposta: Letra C.


e Gama lecionam Física, Química e Matemática, não
necessariamente nesta ordem. Sabe-se também que um
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
deles é especialista, outro é mestre e o outro, doutor.
Sobre eles são feitas as seguintes afirmações:
Vamos relembrar alguns conceitos e fórmulas
sobre aritmética para que possamos resolvermos
z Alfa não é o professor especialista;
questões sobre esse tópico. Como o próprio nome já
z Beta não leciona Física;
z O professor de Matemática é o mestre; diz “Problemas de Raciocínio Lógico envolvendo Arit-
z Gama é o doutor. mética”. Então, vamos fazer várias questões ao longo
da teoria para entender e praticar mais ainda sobre
A partir das informações acima, é correto afirmar que esse assunto.

a) Alfa leciona Química e é especialista. RAZÃO E PROPORÇÃO COM APLICAÇÕES


b) Beta leciona Matemática e é mestre.
c) Beta leciona Química e é especialista. A razão entre duas grandezas é igual à divisão
d) Gama leciona Química e é doutor. entre elas, veja:

Precisamos montar uma tabela relacionando pro- 2


fessores, disciplina e qualificação. Então temos: 5

Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se “2 está


PESSOAS DISCIPLINAS QUALIFICAÇÕES
para 5”).
Física, Química, Especialista, Mestre, Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:
Alfa
Matemática Doutor
Física, Química, Especialista, Mestre, 2 4
Beta =
Matemática Doutor 3 6

Física, Química, Especialista, Mestre,


Gama Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6
Matemática Doutor
(Lê-se “2 está para 3 assim como 4 está para 6”).
Os problemas mais comuns que envolvem razão
Agora vamos analisar as informações para atuali- e proporção é quando se aplica uma “variável” qual-
zarmos nossa tabela. Sobre eles são feitas as seguin- quer dentro da proporcionalidade e se deseja saber o
tes afirmações: valor dela. Veja o exemplo:
� Alfa não é o professor especialista; (já podemos
cortar especialista) 2 x ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
� Beta não leciona Física; (aqui cortamos Física) 3
=
6
� O professor de Matemática é o mestre; (não faze-
mos nada por enquanto)
Para resolvermos esse tipo de problema devemos
� Gama é o doutor. (Circulamos doutor e cortamos
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor-
matemática)
ção: “produto dos meios pelos extremos”. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Meio: 3 e x
PESSOAS DISCIPLINAS QUALIFICAÇÕES Extremos: 2 e 6
Física, Química, Especialista, Mestre, Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
Alfa numa igualdade. Observe:
Matemática Doutor
Física, Química, Especialista, Mestre,
Beta 3·X=2·6
Matemática Doutor
Física, Química, Especialista, Mestre, 3X = 12
Gama
Matemática Doutor X = 12/3
X=4
Perceba que agora já conseguimos completar nossa
tabela, pois sobrou apenas a qualificação de mes- Lembre-se de que a maioria dos problemas en-
tre para Alfa e automaticamente ele é professor de volvendo esse tema são resolvidos utilizando essa
matemática. A partir disso as outras informações propriedade fundamental. Porém, algumas questões
irão se completar. Veja: acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Va-
mos a elas.
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Propriedade das Proporções x 2
=
-
14 x 5
� Somas Externas:
x + 14 - x 2+5
a c a+c =
= = x 2
b d b+d
14 7
=
Vamos entender um pouco melhor resolvendo x 2
uma questão-exemplo: 7 · x = 2 · 14
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos x=
14 · 2
=4
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro- 7
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos. Quan- Portanto, encontramos que x = 4.
to cada um vai receber?
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C Observação: vale lembrar que essa propriedade
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que também serve para subtrações internas;
Diego vai receber, então temos:
z Soma com Produto por Escalar:
C D
=
3 2 a c a + 2b c + 2d
= = =
b d b d
Utilizando a propriedade das somas externas:
Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
C D C+D Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
= =
3 2 3+2 proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos.
então podemos substituir na proporção: Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa,
C
=
D
=
C+D
= 10.000 = 2.000 temos:
3 2 3+2 5 A B
=
2 3
Aqui cabe uma observação importante: esse valor
2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionali- Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3
dade”, é que nos mostra o valor real das partes dentro funcionários na categoria B, podemos escrever que a
da proporção. Veja: soma total dos prêmios é igual a R$13.000.

C
= 2.000 2A + 3B = 13.000
3
Agora, multiplicando em cima e embaixo de um
C = 2000 · 3
lado por 2 e do outro lado por 3, temos:
C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
D 2A 3B
=
= 2.000 4 9
2
D = 2.000 · 2 Aplicando a propriedade das somas externas,
D = 4.000 (esse é o valor de Diego) podemos escrever o seguinte:

2A 3B 2A + 3B
Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece- = =
ber R$4.000; 4 9 4+9

z Somas Internas: Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-


porção, temos:
a c a+b c+d
= = = 2A + 3B
b d b d 2A 3B 13.000
= = = = 1.000
4 9 4+9 13
É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
minador ao efetuar essa soma interna, desde que Logo,
o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
proporção. 2A
= 1.000
4
a c a+b = c+d
= =
b d a c 2A = 4 · 1.000

168 Vejamos um exemplo: 2A = 4.000


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Izaias Ivo Oliveria - 688.134.819-34, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A = 2.000 21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes-
soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma
Fazendo a mesma resolução em B: pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é
3B
= 1.000
9
a) 30.
3B = 9 · 1.000 b) 29.
c) 28.
3B = 9.000
d) 27.
B = 3.000 e) 26.

Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3 número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5.
anos de casa receberão R$3.000 de bônus. 120 4x
O total pago pela empresa será: =
121 5x Total de 9x
Total = 2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000 No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão
aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e
Agora vamos estudar um tipo de problema que a razão em questão passará a ser de 5/8.
aparece frequentemente em provas de concursos 120 4x - 2
envolvendo razão e proporção. = = 5
121 5x + 2 - 1 8
Agora veremos exercícios envolvendo proporcio-
nalidade direta e inversa (regra da sociedade), que foi 4x - 2 5
=
abordado anteriormente. 5x + 1 8

Exercite seus conhecimentos através dos exercí- 8 · (4x - 2) = 5 · (5x + 1)


cios comentados a seguir. 32x – 16 = 25x + 5

1. (FAEPESUL — 2016) Em uma turma de graduação 7x = 21


em Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos x=3
que a razão entre o número de mulheres e o número
total de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120 valor de X na primeira equação:
alunos. 9x = 9 · 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
grupo. Resposta: Letra D.
a) 43 homens.
b) 45 homens.
3. (IBADE — 2018) Três agentes penitenciários de um
c) 44 homens.
país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson, recebem
d) 46 homens.
juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
e) 47 homens.
que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que
o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária
A razão entre o número de mulheres e o número
de cada um, em ordem crescente de valores.
total de alunos é de 5/8:
M
=
5 a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.
T 8 b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
A turma tem 120 alunos, então: T = 120
d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00.
Fazendo os cálculos: e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.
M 5 RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
T
=
8 D + A + W = 721
A = D + 36
M
=
5 W = A - 44
120 8 Substituímos Arley em Wanderson:
W= A - 44
8 · M = 5 · 120
W= 36+D-44
8M = 600 W= D-8
600 Substituímos na fórmula principal:
M= D + A + W = 721
8
D + 36 + D + D – 8 = 721
M = 75 3D + 28 = 721
3D = 721 - 28
A quantidade de homens da sala:
D = 693/3
120 - 75 = 45 homens. Resposta: Letra B. D = 231
Substituímos o valor de D nas outras:
2. (VUNESP — 2020) Em um grupo com somente pessoas A = D + 36
com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número A= 231+36= 267
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com W = A - 44 169
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W= 267-44 REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
W= 223
Logo, os valores em ordem crescente que Wander- Regra de Três Simples
son, Darlan, Arley recebem são, respectivamente,
R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00. Resposta: Letra D. A Regra de Três Simples envolve apenas duas
grandezas. São elas:
4. (CEBRASPE-CESPE — 2018) A respeito de razões, pro-
porções e inequações, julgue o item seguinte. z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se
deseja calcular a partir da grandeza explicativa;
Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque-
R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham, la utilizada para calcular a variação da grandeza
para ser divido entre elas, de forma inversamente pro- dependente.
porcional a 1/6, 2/9 e 3/8, respectivamente. Assertiva:
Existem dois tipos principais de proporcionalida-
Nessa situação, Sandra deverá receber menos de R$
des que aparecem frequentemente em provas de con-
2.500.
cursos públicos. Veja a seguir:
( ) CERTO ( ) ERRADO
z Grandezas Diretamente Proporcionais: o
aumento de uma grandeza implica o aumento da
6x 9x 8x
+ + = 7.900 outra;
1 2 3
z Grandezas Inversamente Proporcionais: o
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos: aumento de uma grandeza implica a redução da
outra.
36x 27x 16x
6
+
6
+ 6
= 7.900
Vamos esquematizar para sabermos quando será
79x direta ou inversamente proporcionais:
= 7.900
6
DIRETAMENTE
x = 600 PROPORCIONAL + / + OU - / -

Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-


nal a: Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
9x (sinais iguais)
2

Basta substituirmos o valor de X na proporção. PROPORCIONAL + / - OU - / +

9x 9 x 600
= = 2.700
2 2 Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes)
(Valor que Sandra irá receber é MAIOR que 2.500).
Agora vamos esquematizar a maneira que iremos
Resposta: Errado. resolver os diversos problemas:

5. (IESES — 2019) Uma escola possui 396 alunos matri- DIRETAMENTE


Multiplica cruzado
culados. Se a razão entre meninos e meninas foi de PROPORCIONAL
5/7, determine o número de meninos matriculados.
INVERSAMENTE
PROPORCIONAL
Multiplica na horizontal
a) 183
b) 225
c) 165 Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco
d) 154 mais como isso tudo funciona.
Exemplo 1: um muro de 12 metros foi construí-
Total de alunos = 396 do utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir um
muro de 30 metros nas mesmas condições do ante-
Meninos = H
rior, quantos tijolos serão necessários?
Meninas = M Primeiro vamos montar a relação entre as gran-
dezas e depois identificar se é direta ou inversamente
H 5x
Razão: + proporcional.
M 7x

Agora vamos somar 5x com 7x = 12x 12 m -------- 2 160 (tijolos)


30 m -------- X (tijolos)
12x é igual ao total que é 396
12x = 396 Veja que de 12m para 30m tivemos um aumen-
to (+) e que para fazermos um muro maior vamos
x = 33 precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser
aumentado (+). Logo, as grandezas são diretamente
Portanto o número de meninos será:
proporcionais e vamos resolver multiplicando cruza-
170 Meninos = 5x = 5 · 33 = 165. Resposta: Letra C. do. Observe:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
12 m -------- 2.160 (tijolos) 6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril).
30 m -------- X (tijolos) Resposta: Errado.

12 · X = 30 · 2160 2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) O motorista de uma


12X = 64800 empresa transportadora de produtos hospitalares
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega
X = 5400 tijolos de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima-
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des-
Assim, comprovamos que realmente são necessá- pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu
rios mais tijolos. veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside-
Exemplo 2: uma equipe de 5 professores gastou 12 rou que esse consumo é constante.
dias para corrigir as provas de um vestibular. Consi- Considerando essas informações, julgue o item que
derando a mesma proporção, quantos dias levarão 30 segue.
professores para corrigir as provas? Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de
Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos gasolina.
montar a relação e analisar:
( ) CERTO ( ) ERRADO
5 (prof.) --------- 12 (dias)
30 (prof.) -------- X (dias) Com 1 litro ele faz 10 km.
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um dizer que com 1dm³ ele faz 10km
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi- Portanto,
pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente. 10 km -------- 1dc³
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des- 1.100 km --------- x
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio- 10x = 1.100
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal. x = 110dm³ (a gasolina que será consumida).
Observe: Resposta: Errado.

5 (prof.) 12 (dias) 3. (VUNESP — 2020) Uma pessoa comprou determinada


quantidade de guardanapos de papel. Se ela utilizar 2
30 (prof.) X (dias)
guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar
30 · X = 5 · 12 15 dias a mais do que duraria se ela utilizasse 3 guar-
danapos por dia. O número de guardanapos compra-
30X = 60
dos foi
X=2
a) 60.
A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias b) 70.
para corrigir as provas. c) 80.
d) 90.
Exercite seus conhecimentos através dos exercí- e) 100.
cios comentados a seguir.
x = dias
1. (CEBRASPE-CESPE — 2019) No item seguinte apre- 3 guardanapos por dia -------- x
senta uma situação hipotética, seguida de uma asser- 2 guardanapos por dia -------- x+15
tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade, São valores inversamente proporcionais, quanto
porcentagens e descontos. mais guardanapos por dia, menos dias durarão.
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com- Assim, multiplicamos na horizontal:
prou alimentos em quantidades suficientes para que 3x = 2 · (x+15)
eles e seus dois filhos consumissem durante os 30 3x = 30+2x RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos 3x-2x = 30
chegou de surpresa para passar o restante do mês x = 30
com a família. Nessa situação, se cada uma dessas Podemos substituir em qualquer uma das duas
seis pessoas consumir diariamente a mesma quan- situações:
tidade de alimentos, os alimentos comprados pelo 3 guardanapos x 30 dias= 90
casal acabarão antes do dia 20 do mesmo mês. 2 guardanapos x 45(30+15) dias = 90.
Resposta: Letra D.
( ) CERTO ( ) ERRADO
4. (FUNDATEC — 2017) Cinco mecânicos levaram 27
4 Pessoas ------- 24 Dias minutos para consertar um caminhão. Supondo que
6 Pessoas ------- x Dias fossem três mecânicos, com a mesma capacidade e
Temos grandezas inversas, então é só multiplicar ritmo de trabalho para realizar o mesmo serviço, quan-
na horizontal: tos minutos levariam para concluir o conserto desse
6x = 4 · 24 mesmo caminhão?
6x = 96
x = 96/6 a) 20 minutos.
x = 16 b) 35 minutos.
Como já haviam comido por 6 dias é só somar: c) 45 minutos. 171
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d) 50 minutos. 40 ? ?
= #
e) 55 minutos. X ? ?

Mecânicos ------ Minutos Analisando isoladamente duas a duas:


5 ---------------- 27
3 ---------------- x 6 (imp.) -------- 40 (min)
Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gas- 3 (imp.) ---- ---- X (min)
tarão para finalizar o trabalho, logo a grande-
za é inversamente proporcional. Multiplica na Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras o
horizontal: valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ), pois ago-
3x = 27·5 ra teremos menos impressoras para realizar a tarefa. Logo,
3x = 135 as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.
x = 135/3
x = 45 minutos. 40 3 ?
Resposta: Letra C. = #
X 6 ?

5. (IESES — 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa Analisando isoladamente duas a duas:
em 28 dias. Se o número de pedreiros fosse aumenta-
do para sete, em quantos dias essa mesma casa fica- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
ria pronta? 2000 (panf.) ------ -- X (min)

a) 18 dias. Perceba que de 1000 panfletos para 2000 panfle-


b) 16 dias. tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
c) 20 dias. aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve-
d) 22 dias. mos manter a razão.

5 (pedreiros) ---------- 28 (dias) 40 3 1000


7 (pedreiros) ------------- X (dias) = #
X 6 2000
Perceba que as grandezas são inversamente propor-
cionais, então basta multiplicar na horizontal. Agora basta resolver a proporção para acharmos
5 · 28=7 · X o valor de X.
7X = 140
X = 140/7 40 3000
X = 20 dias. X
= 12000
Resposta: Letra C.
3X = 40 · 12
Regra de Três Composta 3X = 480

A Regra de Três Composta envolve mais de duas X = 160


variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-
mente e inversamente proporcionais devem ser feitas As três impressoras produziriam 2000 panfletos em
cautelosamente, levando em conta alguns princípios: 160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 minutos.
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
z as análises devem sempre partir da variável vamos analisar mais um exemplo.
dependente em relação às outras variáveis; Exemplo 2: Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas
z as análises devem ser feitas individualmente. Ou cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas, Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o
número de linhas por página e para 40 o número de
mantendo as demais constantes;
letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas
z a variável dependente fica isolada em um dos
condições, determine o número de páginas ocupadas.
lados da proporção.
Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante-
rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida.
Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática
como isso tudo funciona.
6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)
Exemplo 1: Se 6 impressoras iguais produzem
1000 panfletos em 40 minutos, em quanto tempo 3 des- X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
sas impressoras produziriam 2000 desses panfletos? 6 ? ?
Da mesma forma que na regra de três simples, = #
X ? ?
vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
cada uma delas isoladamente duas a duas.
Analisando isoladamente duas a duas:
6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
6 (pág.) -------- 45 (linhas)
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)
X (pág.) -- ----- 30 (linhas)
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a
parte dependente de um lado e igualando às razões da Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor diminui
seguinte forma – se for direta vamos manter a razão, ( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( + ). Logo, as
172 agora se for inversa vamos inverter a razão. Observe: grandezas são inversas e devemos inverter a razão.
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6 30 ? horas por dia. O número de dias necessários para que
= #
X 45 ? 4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabri-
quem dois lotes dessas peças é
Analisando isoladamente duas a duas:
a) 11.
6 (pág.) -------- 80 (letras) b) 12.
X (pág.) ------- 40 (letras) c) 13.
d) 14.
Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui e) 15.
( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( + ). Logo,
as grandezas são inversas e devemos inverter a razão. 5 máquinas -------1 lote --------- 8 dias ------------ 6 horas
4 máquinas -------2 lotes --------x dias -------------8 horas
6 30 40 Quanto mais dias para entrega do lote, menos
= # horas trabalhadas por dia (inversa), menos máqui-
X 45 80
nas para fazer o serviço (inversa) e mais lotes para
6 2
#
1 serem entregues (direta).
=
X 3 2 Resolvendo:
6 2 8/x = 1/2 · 8/6 · 4/5 (simplifique 8/6 por 2)
X
=
6 8/x = 1/2 · 4/3 · 4/5
8/x = 16/30 (simplifique 16/30 por 2)
2X = 36 8/x = 8/15
8x = 120
X = 18 x = 120/8
x = 15 dias.
O número de páginas a serem ocupadas pelo texto Resposta: Letra E.
respeitando as novas condições é igual a 18.
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) No item a seguir é apre-
Exercite seus conhecimentos através dos exercí- sentada uma situação hipotética, seguida de uma
cios comentados a seguir. assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalida-
de, divisão proporcional, média e porcentagem.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Determinado equipa- Todos os caixas de uma agência bancária trabalham
mento é capaz de digitalizar 1.800 páginas em 4 dias, com a mesma eficiência: 3 desses caixas atendem 12
funcionando 5 horas diárias para esse fim. Nessa clientes em 10 minutos. Nessa situação, 5 desses cai-
situação, a quantidade de páginas que esse mesmo xas atenderão 20 clientes em menos de 10 minutos.
equipamento é capaz de digitalizar em 3 dias, operan-
do 4 horas e 30 minutos diários para esse fim, é igual a ( ) CERTO ( ) ERRADO

a) 2.666. 3 caixas - 12 clientes - 10 minutos


b) 2.160. 5 caixas - 20 clientes - x minutos
c) 1.215.
10 5 12
d) 1.500. = #
X 3 20
e) 1.161.
5 · 12 · X = 10 · 3 · 20
Primeiro vamos passar para minutos:
5h = 300min. 60x = 600

4h30min= 270min. X = 10.

min.-----Dias-----Pag. Os 5 caixas atenderão em exatamente 10 minutos.


Não em menos de 10 como a questão afirma.
300 -------4-------1800 Resposta: Errado.
270 -------3-------X RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
4. (VUNESP — 2020) Das 9 horas às 15 horas, de trabalho
Resolvendo temos: ininterrupto, 5 máquinas, todas idênticas e trabalhan-
do com a mesma produtividade, fabricam 600 unida-
300 (Simplifica por 30) des de determinado produto. Para a fabricação de 400
1800 4
= # 270 (Simplifica por 30) unidades do mesmo produto por 3 dessas máquinas,
X 3
trabalhando nas mesmas condições, o tempo estima-
1800
=
4
#
10 do para a realização do serviço é de
X 3 9
a) 5 horas e 54 minutos.
4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9
b) 6 horas e 06 minutos.
X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é c) 6 horas e 20 minutos.
capaz de digitalizar. d) 6 horas e 40 minutos.
e) 7 horas e 06 minutos.
Resposta: Letra C.
Das 9h às 15h = 6 horas = 360 min
2. (VUNESP — 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas
operando com a mesma capacidade de produção, 360 min ------ 5 máquinas ----- 600 unidades (corta os
fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 zeros iguais) 173
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x ------------- 3 máquinas ---- 400 unidades (corta os Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de
zeros iguais) financiamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao
360 3 6 mês.
= #
X 5 4
( ) CERTO ( ) ERRADO
x·3·6 = 360·5·4
Valor da bicicleta =1720,00
x·18 = 7.200 Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela)
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00
x = 7200/18
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00)
x = 400 No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
Logo, transformando minutos para horas novamen- (juros) e dividir por 800,00 resultado:
te temos: 120,00/800,00 = 0,15% ao mês.
X = 400min A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja,
está errada.
X = 6h40min Resposta: Errado.
Resposta: Letra D.
2. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Na assembleia legislati-
5. (VUNESP — 2020) Em uma fábrica de refrigerantes, 3 va de um estado da Federação, há 50 parlamentares,
máquinas iguais, trabalhando com capacidade máxi- entre homens e mulheres. Em determinada sessão
ma, ligadas ao mesmo tempo, engarrafam 5 mil uni- plenária estavam presentes somente 20% das deputa-
dades de refrigerante, em 4 horas. Se apenas 2 dessas das e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7
máquinas trabalharem, nas mesmas condições, no parlamentares presentes à sessão.
engarrafamento de 6 mil unidades do refrigerante, o Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-
tempo esperado para a realização desse trabalho será bleia legislativa, havia
de
a) 10 deputadas.
a) 6 horas e 40 minutos. b) 14 deputadas.
b) 6 horas e 58 minutos. c) 15 deputadas.
c) 7 horas e 12 minutos. d) 20 deputadas.
d) 7 horas e 20 minutos. e) 25 deputadas.
e) 7 horas e 35 minutos.
50 parlamentares
3 máquinas ------------ 5 mil garrafas ------------ 4 horas Deputadas = X
2 máquinas ------------ 6 mil garrafas ------------ x Deputados = 50-X
Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7
Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer parlamentares. Não sabemos a quantidade exata de
que serão engarrafados mais refrigerantes (direta) e cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o
se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são valor de X.
menos máquinas trabalhando (inversa). 20% x + 10% (50-x) = 7
4 5000 2 20/100 · x + 10/100 · (50-x) = 7
= #
X 6000 3 2/10 · x + 1/10 · (50-x) = 7
2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC)
2·X·5 = 4·6·3 2x + 50 - x = 70
10X = 72 2x - x = 70 - 50
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia
x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 · 60 Legislativa.
min = 7 horas e 12 minutos) Resposta: Letra D.
Obs: Para transformar horas em minutos, basta
multiplicarmos o número por 60 min. Logo, 0,2 3. (VUNESP — 2016) Um concurso recebeu 1500 ins-
horas = 0,2 · 60 = 120/10 = 12 min. crições, porém 12% dos inscritos faltaram no dia da
prova. Dos candidatos que fizeram a prova, 45% eram
Resposta: Letra C. mulheres. Em relação ao número total de inscritos, o
número de homens que fizeram a prova corresponde a
Agora veremos alguns exercícios envolvendo uma porcentagem de
porcentagem e juros, que foram tópicos aboradados
anteriormente. a) 45,2%.
b) 46,5%.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Em determinada loja, c) 47,8%.
uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em d) 48,4%.
duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma par- e) 49,3%.
cela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte.
Caso queira antecipar o crédito correspondente ao Veja que se 12% faltaram, então 88% fizeram a
valor da parcela, a lojista paga para a financeira uma prova.
taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulhe-
parcela. res e 55% eram homens. Portanto, basta multiplicar
Com base nessas informações, julgue o item a seguir. o percentual dos homens pelo total:
174
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Izaias Ivo Oliveria - 688.134.819-34, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
55% de 88% das pessoas que fizeram a prova; ou esse tópico. Todavia antes disso, lembre-se que, geral-
0,55 · 0,88 = 0,484. mente, os tópicos como fração, razão e proporção e
Transformando em porcentagem porcentagem são os mais cobrados e por isso este é o
0,484 · 100 = 48,4%. nosso foco principal. Mãos à obra.
Resposta: Letra D.
1. (FGV — 2015) Francisco vendeu seu carro e, do valor
4. (FCC — 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevista- recebido, usou a quarte parte para pagar dívidas, fican-
dos preferem suco de graviola e 50% suco de açaí. do então com R$ 21.600,00. Francisco vendeu seu car-
Se 15% dos entrevistados gostam dos dois sabores, ro por:
então, a porcentagem de entrevistados que não gos-
tam de nenhum dos dois é de a) R$ 27.600,00.
b) R$ 28.400,00.
a) 80%. c) R$ 28.800,00.
b) 61%. d) R$ 29.200,00.
c) 20%. e) R$ 29.400,00.
d) 10%.
e) 5%. Aqui temos uma questão clássica sobre problemas
com frações. Para resolver, você precisa ficar atento
Vamos dispor as informações em forma de conjun- ao enunciado da questão para extrair os dados da
tos para facilitar nossa resolução: melhor maneira possível. Veja:
Açaí Se Francisco usou 1/4 do valor recebido para pagar
Graviola
dívidas, a fração restante é igual a 3/4, pois essa é
a fração complementar para completar um inteiro
¼ + ¾ = 1.
60% - 15% = 15% 50% - 15% = Assim, 3/4 do valor do carro equivalem a R$
21.600,0. Qual o valor do carro todo?
45% 35% 3/4x = 21600
4x · 21600 = 3
Nenhum = x x = 28800.
Vamos somar todos os valores e igualar ao total que Resposta: Letra C.
é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
95% + X = 100% 2. (FCC — 2016) Em um curso de informática, 2/3 dos
X = 5%. alunos matriculados são mulheres. Em certo dia de
Resposta: Letra E. aula, 2/5 das mulheres matriculadas no curso esta-
vam presentes e todos os homens matriculados esta-
5. (FUNCAB — 2015) Adriana e Leonardo investiram R$ vam presentes, o que totalizou 27 alunos (homens e
20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação mulheres) presentes na aula. Nas condições dadas, o
que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez total de alunos homens matriculados nesse curso é
meses. O restante foi investido em uma aplicação, igual a
que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante
o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas a) 18.
no sistema de juros simples. b) 10
Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles c) 15.
tiveram: d) 12.
e) 21.
a) prejuízo de R$2.800,00.
b) lucro de R$3.200,00. Seja x a quantidade de alunos matriculados no cur-
c) lucro de R$2.800,00. so, sabemos que 2/3 são mulheres. Assim, temos
d) prejuízo de R$6.000,00. 2x/3 mulheres e x/3 homens. Sabemos que 2/5 das
e) lucro de R$5.000,00. mulheres e todos os homens estavam presentes,
totalizando 27 pessoas. Temos: RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
3/5 de 20.000,00 = 12.000,00 2 2x x
12.000,00 · 4% = 480,00 # + = 27
5 3 3
480 · 10 (meses) = 4.800 (juros)
O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli- 4x x
+ = 27
cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao 15 3
mês, durante 10 meses: 5x + 4x
8.000,00 · 5% = 400,00 = 27
15
400 · 10 meses= 4.000
Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 - 9x = 27 · 15
4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros.
Resposta: Letra C. 9x = 405
x=45
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
O total de homens é igual a x/3 = 45/3 = 15. Resposta:
Letra C.
Vimos no início dessa apostila toda a parte teóri-
ca que nos dá suporte para que cheguemos até aqui
e consigamos resolver mais algumas questões sobre 175
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3. (FGV — 2017) Fernando teve três filhos em três anos 5. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Em um tanque A, há uma
seguidos. Quando ele fez 39 anos reparou que essa mistura homogênea de 240 L de gasolina e 60 L de
sua idade era igual à soma das idades dos seus três álcool; em outro tanque B, 150 L de gasolina estão
filhos. Nesse dia, o seu filho mais velho tinha: misturados homogeneamente com 50 L de álcool.
A respeito dessas misturas, julgue os itens subsequentes.
a) 12 anos. Para que a proporção álcool/gasolina no tanque A fique
b) 13 anos. igual à do tanque B é suficiente acrescentar no tanque A
c) 14 anos. uma quantidade de álcool que é inferior a 25 L.
d) 15 anos.
e) 16 anos. ( ) CERTO ( ) ERRADO

Perceba que os filhos nasceram em anos seguidos, A proporção álcool/gasolina do tanque B é de 50/150
então, podemos dizer que o mais novo tem X anos, = 1/3.
os demais têm X+1 e X+2 anos de idade. Sabemos Suponha que precisamos acrescentar uma quanti-
que a idade de Fernando (39) é igual à soma das ida-
dade X de álcool no tanque A para ele chegar nesta
des dos filhos, ou seja,
mesma proporção. A quantidade de álcool passará
39 = X + X+1 + X+2
a ser de 60 + X e a de gasolina será 240, de modo que
39 = 3X + 3
3X = 39 – 3 ficaremos com a razão:
3X = 36 1/3 = (60+X) / 240
X = 12 Como o 240 está dividindo o lado direito, vamos
O filho mais velho tem X+2 = 12+2= 14 anos. passá-lo para o lado esquerdo multiplicando:
Resposta: Letra C. 240 · 1/3 = 60 + X
80 = 60 + X
4. (VUNESP — 2018) Três quartos do total de uma ver- 60 + X = 80
ba foi utilizada para o pagamento de um serviço A, e X = 80 - 60
um quinto do que não foi utilizado para o pagamento X = 20 litros.
desse serviço foi utilizado para o pagamento de um Resposta: Certo.
serviço B. Se, da verba total, após somente esses
pagamentos, sobraram apenas R$ 200,00, então, é 6. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os indivíduos S1, S2, S3
verdade que o valor utilizado para o serviço A, quando e S4, suspeitos da prática de um ilícito penal, foram
comparado ao valor utilizado para o serviço B, corres- interrogados, isoladamente, nessa mesma ordem. No
ponde a um número de vezes igual a depoimento, com relação à responsabilização pela
prática do ilícito, S1 disse que S2 mentiria; S2 disse
a) 13. que S3 mentiria; S3 disse que S4 mentiria.
b) 14.
c) 15. A partir dessa situação, julgue os itens a seguir.
d) 16. Caso S3 complete 40 anos de idade em 2020, S1 seja 8
e) 17. anos mais novo que S3 e S2 seja 2 anos mais velho que
S4, se em 2020 a soma de suas idades for igual a 140 anos,
Seja “X” o valor da verba. O serviço A foi pago com então é correto afirmar que S2 nasceu antes de 1984.
¾ dessa verba: ¾ de x = 3x/4. Não foi utilizado, por-
tanto, ¼ de x = x/4. ( ) CERTO ( ) ERRADO
O serviço B foi pago com um quinto do que não foi
utilizado do serviço A. S3 tem 40 anos em 2020. S1 é 8 anos mais novo que
Logo: 1/5 de x/4 = x/20. S3, ou seja, em 2020 sabemos que S1 terá 32 anos de
Após esses dois pagamentos, restaram 200 reais. idade. Como S2 é 2 anos mais velho que S4, podemos
Portanto: dizer que:
Idade de S2 = Idade de S4 + 2
x - 3x - x = 200 Usando X1, X2, X3 e X4 para designar as respectivas
4 20
idades no ano de 2020, podemos escrever que:
20x - 15x - x X2 = X4 + 2
= 200
20 Sabemos que a soma das idades, em 2020, é igual a
4x 140 anos:
= 200 X1 + X2 + X3 + X4 = 140
20
32 + (X4+2) + 40 + X4 = 140
4x = 200 · 20 74 + 2X4 = 140
4x =4000 2. X4 = 66
X4 = 33
x =1000 Logo, X2 = X4 + 2 = 33 + 2 = 35 anos em 2020.
Os valores usados para pagar os serviços A e B E S2 deve ter nascido em 2020 – 35 = 1985. Não
foram: podemos afirmar que S2 nasceu antes de 1984.
Resposta: Errado.
Serviço A = 3000/4 = 750 reais
Serviço B = 1000/20 = 50 reais PROBLEMAS GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS

Logo, o valor de A em relação a B é: 750/50 = 15 Antes de começar a resolver exercícios sobre esse
vezes maior. assunto, é necessário ter o entendimento adequado
176 Resposta: Letra C. sobre geometria e matrizes. Para isso, vamos explanar
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a parte teórica sobre geometria e matriz e logo em „ Um plano pode ser determinado de algumas
seguida iremos resolver algumas questões envolven- maneiras. Veja:
do problemas geométricos e matriciais.
Três pontos não colineares:
GEOMETRIA
C α
Ponto, Reta e Plano

Quando falamos sobre ponto, reta e plano, deve-


mos ficar atentos que a parte mais importante é em
B
relação à sua representação geométrica e espacial. A

z Representação Simbólica:

„ Os pontos são representados por letras maiús- Por uma reta e um ponto fora dela:
culas do nosso alfabeto, ou seja, A, B, C etc.;
„ As retas são representadas pelas letras minús-
culas do nosso alfabeto, ou seja, a, b, c etc.; P α
„ Os planos são representados pelas letras gregas
minúsculas, ou seja, β, ∞, α etc.

z Representação Gráfica:
r A B
r
P
α
Por duas retas concorrentes:
ponto

α
reta plano
S C
Vamos, agora, há alguns pontos interessantes:
r A B
„ Passando por um ponto “P” qualquer podemos
traçar infinitas retas e dois pontos determinam
uma única reta. Veja:
Por duas retas distintas
Pelo ponto P podemos Os pontos A e B definem a
traçar infinitas retas posição de uma reta

α
A
P S
B
r

z Razão entre Segmentos de Reta:


„ Pontos colineares são aqueles que pertencem à
mesma reta. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Quando dois pontos delimitam um conjunto de
pontos numa mesma reta, chamamos de segmento de
C reta e podemos representar por duas letras como, por
B exemplo AB. O início do segmento é em A e termina
B em B. Veja a seguir:
A
A c Reta s
r s
COLINEARES
r
NÃO COLINEARES Segmento de Reta AB
A B t

Semirreta AB
A B u

177
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z Feixe de Retas Paralelas: b) 180°.
c) 185°.
Um conjunto de três ou mais retas paralelas num d) 190°.
plano é chamado feixe de retas paralelas. Temos, e) 195°.
ainda, uma reta que corta a reta de feixe que é chama-
da de reta transversal. Veja: J

s t
55° x
a
a D E
115°
b

c a 55°

K L
d
Veja que podemos colocar o ângulo “a” como suple-
mentar de 115°, pois os segmentos KL e DE são
z Teorema de Tales: paralelos. Assim como o ângulo 55° é suplementar
do ângulo “x”. Assim,
Quando temos um feixe de retas paralelas sobre a + 115 = 180
duas transversais quaisquer, determinamos segmen- a = 65º
tos proporcionais. Veja a figura a seguir para entender ------------------
um pouco mais: x + 55 = 180
x = 125º
s t Logo, x + a = 190º.
Resposta: Letra D.
A D a
2. (CONSULPLAN — 2018) A soma dos ângulos internos
B E de um polígono regular que tem 20 diagonais é
b

C F a) 495.
c
b) 720.
D G c) 990.
d d) 1080.

Vamos aplicar a fórmula das diagonais de um polí-


Vamos destacar algumas proporções: gono para descobrir o número de lados:
n # (n - 3)
z AB ⁄ BC = DE ⁄ E F; D=
2
z BC ⁄ AB = EF ⁄ DE;
z AB ⁄ D E = BC ⁄ E F; 2
n - 3n
z D E ⁄ AB = EF ⁄ BC. 20 =
2

Agora faremos exercícios envolvendo ângulos e 40 = n2 - 3n


polígonos. n2 – 3n - 40 = 0

1. (IDECAN — 2013) No triângulo a seguir, o lado KL é Vamos achar as raízes da equação do 2° grau:
paralelo ao segmento DE.
- (-3) ± √(-3)2 -4 · 1 · (- 40)
J n=
2·1

x 3 ± √9 + 160
D E n=
115° 2

3 ± 13
a 55°
n=
K L 2

A soma dos valores dos ângulos “x” e “a” é Como “n” é o número de diagonais, precisamos ape-
nas pegar o resultado positivo. Logo,
a) 170°.
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GEOMETRIA ESPACIAL
3 + 13
n= = 8 lados
2 Poliedros

Aplicando a fórmula da soma dos ângulos internos São figuras espaciais formadas por diversas faces,
de um polígono, temos: cada uma delas sendo um polígono regular. Vamos
conhecer os principais poliedros, destacando alguns
S = (n – 2) · 180° pontos importantes como área e volumes.
S = (8 – 2) · 180°
Paralelepípedo Reto-Retângulo e Cubo
S = 1080°.
Resposta: Letra D.

3. (FEPESE — 2019) Na figura abaixo, as retas r e s são c a


paralelas.

r b
α a a

O cubo é um caso particular do paralelepípedo reto-


-retângulo, ou seja, basta que igualemos os valores de a
β = b = c.
Para calcular o volume de um paralelepípedo reto-re-
θ tângulo, devemos multiplicar suas três dimensões. Veja:
s
V=a·b·c
Se o ângulo α mede 44°30’ e o ângulo θ mede 55°30’,
então a medida do ângulo β é: No caso do cubo, o volume fica:

a) 100°. V = a · a · = a3
b) 55°30’.
c) 60°. As faces do paralelepípedo são retangulares,
d) 44°30”. enquanto as faces do cubo são todas quadradas.
e) 80°. A área total do cubo é a soma das 6 faces quadra-
das. Ou seja,
r
α
AT = 6a2

Agora, no paralelepípedo reto-retângulo, temos 2


α retângulos de lados (a, b), dois retângulos de lados (b,
β c) e dois retângulos de lados (b, c). Portanto, a área
total de um paralelepípedo é:
θ θ
s
AT = 2ab + 2ac + 2bc
β=α+θ
β = 44°30’ + 55°30’ = 99°60’ = 100° Prismas

Resposta: Letra A. Vamos estudar os prismas retos, ou seja, aqueles


que têm as arestas laterais perpendiculares às bases.
4. (ESAF — 2003) Os ângulos de um triângulo encon- Os prismas são figuras espaciais bem parecidas com
tram-se na razão 2 : 3 : 4. O ângulo maior do triângulo, os cilindros. O que os difere é que a base de um pris-
portanto, é igual a: RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
ma não é uma circunferência.
O prisma será classificado de acordo com a sua
a) 40°. base. Por exemplo, se a base for um pentágono, o pris-
b) 70°. ma será pentagonal.
c) 75°.
d) 80°.
e) 90°.

Se os ângulos do triângulo se encontram na razão


2:3:4, podemos chamá-los de 2x, 3x e 4x e a soma dos
ângulos de um triângulo qualquer é sempre 180º.
Assim, 2x + 3x + 4x = 180° Prisma triangular Prisma Prisma Prisma
Pentagonal Hexagonal Quadrangular
9x = 180°
x = 20°
O maior ângulo é 4x = 4 ∙ 20° = 80° O volume para qualquer tipo de prisma será sem-
Resposta: Letra D. pre o produto da área da base pela altura. Veja:

V = Ab · h
179
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A área total de um prisma será a soma da área late- 4 3
ral com duas bases. V = 3 # rr

AT = Al + 2Ab E a área da superfície pela fórmula a seguir:

Cilindro A = 4 · πr2

Vamos estudar o cilindro reto cujas geratrizes são Cone


perpendiculares às bases. Observe a figura a seguir:
Observe a figura a seguir:

Altura

Base (círculo) Geratriz

Geratriz

A distância entre as duas bases é chamada de altu-


ra (h). Quando a altura do cilindro é igual ao diâmetro Base
da base, o cilindro é chamado de equilátero.
Vamos extrair algumas informações:
Cilindro equilátero: ℎ = 2r
A base de um cone é um círculo, então a área da
base é πr2.
A base do cilindro é um círculo. Portanto, a área da Quando “abrimos” um cone, temos seguinte figura:
base do cilindro é igual a πr2.
Perceba que se “desenrolarmos” a área lateral e
““abrirmos” todo o cilindro, temos o seguinte:
G

H H

R
R C

R
Temos, também, a área lateral que é dada pela fór-
mula πrg , onde “g” é o comprimento da geratriz do
A área da superfície lateral do cilindro é igual a cone.
2πℎ e o volume do cilindro é o produto da área da Para calcularmos o volume de um cone, basta
base pela altura: V = πr2 · ℎ. sabermos que equivale a 1/3 do produto entre a área
da base pela altura. Veja:
Esfera
2
rr h
Quando estamos estudando a esfera, precisamos V=
3
lembrar que tudo depende e gira em torno do seu raio,
ou seja, é o sólido geométrico mais fácil de trabalhar. Em um cone equilátero a sua geratriz será igual ao
diâmetro, ou seja, 2r.

Pirâmides

A base de uma pirâmide poderá ser qualquer polí-


gono regular, no caso estamos falando apenas de pirâ-
mides regulares.

O raio é simplesmente a distância do centro da es-


fera até qualquer ponto da sua superfície.
O volume da esfera é calculado usando a seguinte
180 fórmula:
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×

Pirâmide Pirâmide Pirâmide


Triangular Quadrangular Pentagonal × + 20
Figura fora de escala

Sabendo que 70% da área dessa praça estão recober-


tos de grama, então, a área não recoberta com grama
tem

a) 450 m2.
b) 500 m2.
c) 400 m2.
d) 350 m2.
Pirâmide Pirâmide e) 550 m2.
Hexagonal Heptagonal
Foi dado o perímetro dessa praça, que corresponde
O segmento de reta que liga o centro da base a um à soma de todos os lados. Logo:
ponto médio da aresta da base é denominado “apó- 2x + 2 · (x + 20) = 160
tema da base”. Por sua vez, indicaremos por “m” 2x + 2x + 40 = 160
o apótema da base. E o segmento que liga o vértice 4x = 120
da pirâmide ao ponto médio de uma aresta da base x = 30 m
é denominado “apótema da pirâmide”. Indicaremos A área, portanto, será:
por m′ o apótema da pirâmide. Veja: Área = 30 · (30 + 20)
Área = 30 · 50 = 1500 m²
Como 70% está recoberta por grama, 100 – 70 = 30%
não é recoberta. Logo:
Área não recoberta = 0,3 · 1500 = 450 m². Resposta:
Letra A.

2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os lados de um terreno qua-


m' drado medem 100 m. Houve erro na escrituração, e ele foi
registrado como se o comprimento do lado medisse 10%
a menos que a medida correta. Nessa situação, deixou-se
de registrar uma área do terreno igual a

a) 20 m².
m b) 100 m².
c) 1.000 m².
d) 1.900 m².
e) 2.000 m².
A área lateral da pirâmide é dada por:
A área de um quadrado é L². Inicialmente os lados
Aℓ = pm′
do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a
área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis- RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
A área total da pirâmide é dada por: trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% · 100 =
90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
AT = Ab + Aℓ Então, a área que deixou de ser registrada foi de:
10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.
O volume da pirâmide é calculado da mesma for-
ma que o volume do cone: 1/3 do produto da área da 3. (IDECAN — 2018) A figura a seguir é composta por
base pela altura. Veja: losangos cujas diagonais medem 6 cm e 4 cm. A área
da figura mede
Ab # h
V=
3
Agora fazaremos alguns exercícios envolvendo
área de polígonos e medidas de comprimento, que
foram tópicos abordados anteriormente.

1. (VUNESP — 2018) Uma praça retangular, cujas medi-


das em metros, estão indicadas na figura, tem 160m
de perímetro. 181
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a) 48 cm2. a) 1,25.
b) 50 cm2. b) 1,5.
c) 52 cm2. c) 1,75.
d) 60 cm2. d) 2,0.
e) 64 cm2. e) 2,5.

Sendo D e d as diagonais de um losango, sua área é O volume total do reservatório é de 4 + 3,5 = 7,5m3.
dada por: Usando a fórmula para calcular o volume, ou seja,
Área = D · d / 2 = 6 · 4 / 2 = 12cm2 Volume = comprimento x largura x altura
Como ao todo temos 5 losangos, a área total é: 7,5 = 2,5 · 2 · h
5 · 12 = 60cm2. Resposta: Letra D. 3=2·h
h = 1,5m
4. (IBFC — 2017) A alternativa que apresenta o número Resposta: Letra B.
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é:
MATRIZES E DETERMINANTES
a) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas.
b) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. Matrizes
c) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas.
d) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. Uma matriz Mmxn é uma tabela com “m linhas e n
e) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas. colunas”. Os elementos desta tabela são representa-
dos na forma aij, onde “i representa a linha e j repre-
Um tetraedro é uma figura formada por 4 faces ape- senta a coluna” deste termo. Veja um exemplo de uma
nas, veja: matriz A2x2:

V
; E
5 -3
A=
1 7
a
a

Veja que temos 2 linhas e 2 colunas, ou seja, Aij =


C A2x2.
A O termo a12, por exemplo, é igual a -3.
a É importante saber que dizemos que a ordem des-
a ta matriz é 2x2. A partir dela, podemos criar a matriz
B transposta AT, que é construída trocando a linha de
cada termo pela sua coluna, e a coluna pela linha.
Repare que a ordem de AT é 2x2:
Temos 4 vértices A, B, C e V. Também sabemos que
temos 4 faces. O número de arestas pode ser conta-
< 3 7F
5 1
do ou, então, obtido pela relação: AT =
V+F=A+2 -
4+4=A+2
A = 6 arestas .
Resposta: Letra D. Uma matriz é quadrada quando possui o mesmo
número de linhas e colunas. Foi o que aconteceu no
5. (VUNESP — 2018) Em um reservatório com a forma de nosso exemplo.
paralelepípedo reto retângulo, com 2,5 m de comprimen- Uma matriz possui uma diagonal principal, que no
to e 2 m de largura, inicialmente vazio, foram despejados
nosso exemplo da matriz A2x2 é formada pelos núme-
4 m³ de água, e o nível da água nesse reservatório atingiu
ros 5 e 7. A outra diagonal é dita secundária, formada
uma altura de x metros, conforme mostra a figura.
pelos números -3 e 1.

; E
5 -3
A=
1 7

Secundária Principal
×
Falamos que há uma matriz de identidade de ordem
“n” quando a matriz quadrada possui todos os termos da
h diagonal principal iguais a 1 e todos os demais termos
2 iguais a zero. Veja a matriz identidade de ordem 3:

RS1 0 0V
W
SS W
2,5
I3 = S 1 0W
W
SS0 WW
Sabe-se que para enchê-lo completamente, sem transbor-
S0 0 1W
dar, é necessário adicionar mais 3,5 m³ de água. Nessas
T X
condições, é correto afirmar que a medida da altura desse
182 reservatório, indicada por h na figura, é, em metros, igual a
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Dada uma matriz A, chamamos de inversa de A, ou z Matriz de ordem 4 ou superior
A-1, a matriz tal que:
Siga os seguintes passos:
A · A-1 = I (matriz identidade)
„ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
Determinantes preferência para a que tiver mais zeros);
„ Calcular o cofator relativo a cada termo da
O determinante de uma matriz é um número a ela linha ou coluna escolhida;
associado. Vejamos como calcular. „ Multiplicar cada termo da linha ou coluna esco-
lhida pelo seu respectivo cofator e, então, somar
z Matriz de ordem 1 tudo.

Em uma matriz quadrada de ordem 1, o determi- „ Cofator


nante é o próprio termo que forma a matriz. Exemplo:
O cofator de uma matriz de ordem n ≥ 2 é definido
Se A = [4], então det(A) = 4. como:
Aij = (-1) i + j. Dij
z Matriz de ordem 2
Veja um exemplo:
Em uma matriz quadrada de ordem 2, o determinan-
te é dado pela subtração entre o produto da diagonal JK1 2 1 0N
O
principal e o produto da diagonal secundária. Veja: KK O
3 1 0O
Se A = K O
2
KK O
1O
; E
5 -3 KK2 -3 2 OO
Se A = K2
1 7 1 1 4O
L P

Então det(A) = 5·7 – (-3) · 1 = 38.


Então, devemos seguir os passos apresentados
acima:
z Matriz de ordem 3
„ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
Em uma matriz quadrada de ordem 3, o determi-
preferência para a que tiver mais zeros);
nante é calculado da seguinte forma:

RS 1 1 2V
W JK1 2 1 0N
S W KK O O
Se A = SSS- 2 3 5W
W 3 1 0O
SS 0 WW KK2 O O
7 - 1W KK2 3 2 1O
OO
T X KK
2 1 1 4O
L P
Então, veja o passo a passo como calcular o det(A).
„ Calcular o cofator relativo a cada termo da
„ Repetir as duas primeiras colunas: linha ou coluna escolhida;

1 1 2 1 1 Os termos da quarta coluna são o a14, a24, a34 e a44, e


-2 3 5 -2 3 chamaremos os respectivos cofatores de A14, A24, A34 e
A44. Como os termos a14 e a24 são iguais a zero, eu não
0 7 -1 0 7
preciso calcular os cofatores A14 e A24, pois eles serão
multiplicados por zero e o resultado final será igual a RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
„ Multiplicar os termos no sentido da diagonal zero.
principal (retas pontilhadas) e subtrair a mul-
tiplicação dos termos no sentido da diagonal
O cofator A34 será:
secundária (retas lisas):
„ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
1 1 2 1 1 preferência para a que tiver mais zeros);
-2 3 5 -2 3
0 7 -1 0 7 JK1 2 1 0N
O
KK O
KK2 3 1 0O
O
KK2 O
[(1 · 3 · (-1) +1 · 5 · 0 + 2 · (-2) · 7)] - [(2 · 3 · 0 + 1 · 5 · 7 + 1 3 2 1O
OO
KK
· (-2) · (-1))] 2 1 1 4O
L P
(-3 + 0 – 28) – (0 + 35 + 2) =
-31 – 37 = -68. Olhando somente para os termos que sobraram,
veja que temos uma matriz com 3 linhas e 3 colunas
Logo, o det(A) = -68. apenas, cujo determinante sabemos calcular: 183
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Determinante = 1·3·1 + 2·1·2 + 2·1·1 – 1·3·2 – 2·2·1 1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os lados de um terreno qua-
– 1·1·1 drado medem 100 m. Houve erro na escrituração, e ele foi
Determinante = -2 registrado como se o comprimento do lado medisse 10%
O cofator A34 será: a menos que a medida correta. Nessa situação, deixou-se
de registrar uma área do terreno igual a
A34 = (-1)3+4 · determinante
a) 20 m².
A34 = (-1)7 · (-2)
b) 100 m².
A34 = (-1) · (-2) c) 1.000 m².
d) 1.900 m².
A34 = 2 e) 2.000 m².

Agora, vamos calcular o cofator A44. Para isso, A área de um quadrado é L². Inicialmente, os lados
devemos excluir a quarta linha e a quarta coluna da do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a
matriz original, ficando com: área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis-
trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% · 100 =
JK1 2 1 0N 90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
KK O O Então, a área que deixou de ser registrada foi de:
KK2 3 1 0O
O 10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.
KK2 O
-3 2 1O
OO
KK
4O
2. (FCC — 2017) Um terreno tem a forma de um trapézio.
2 1 1
L P Os lados não paralelos têm a mesma medida.
A base maior desse trapézio mede 12 m, a base menor
Calculando o determinante 3x3 que restou, temos: mede 6 m e a altura mede 4 m. A área e o perímetro
Determinante = 1·3·2 + 2·1·2 + 2·(-3)·1 – 1·3·2 – 1·(- desse terreno são, respectivamente, iguais a
3)·1 – 2·2·2
Determinante = -7 a) 32 m² e 28 m.
Assim, o cofator A44 é: b) 36 m² e 28 m.
c) 36 m² e 24 m.
d) 32 m² e 24 m.
A44 = (-1)4+4 · determinante
e) 36 m² e 26 m.
A44 = (-1)8 · (-7)
A44 = 1 · (-7)
A44 = -7. Extraindo os dados temos B = 12 m, b = 6 m e H =
4m. Vamos chamar os lados não paralelos de “L”.
Veja como fica esse trapézio:
Agora, podemos calcular o determinante da matriz
original: 6m
Determinante = a14· A14 + a24· A24 + a34 · A34 + a44· A44
Determinante = 0A14 + 0A24 + 1·2 + 4 (-7) L L
Determinante = 0 + 0 + 2 - 28 4m

Determinante = -26
3m 3m
As principais propriedades do determinante são:
12 m

z o determinante de A é igual ao de sua transposta AT;


Para descobrir o valor de L, basta aplicar o Teore-
z se uma fila (linha ou coluna) de A for toda igual a
ma de Pitágoras no triângulo formado pelo lado L
zero, det(A) = 0;
com a altura de 4m e o trecho de 3m. Veja:
z se multiplicarmos todos os termos de uma linha ou
coluna de A por um valor “k”, o determinante da L² = 4² + 3²
matriz será também multiplicado por k;
L² = 16 + 9
z se multiplicarmos todos os termos de uma matriz
por um valor “k”, o determinante será multiplica- L² = 25
do por kn, onde n é a ordem da matriz; L=5m
z se trocarmos de posição duas linhas ou colunas de A,
o determinante da nova matriz será igual a –det(A); O perímetro do trapézio é dado pela soma de seus
z se A tem duas linhas ou colunas iguais, então quatro lados. Logo:
det(A) = 0; L + L + 6 + 12 = 5 + 5 + 18 = 28 m
z sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem,
A área é dada por:
det(AxB) = det(A)det(B);
z uma matriz quadrada A é inversível se, e somente (B + b) # h
A=
se, det(A) ≠ 0; 2
z se A é uma matriz inversível, det(A-1) = 1/det(A).
(12 + 6) # 4
A=
2
PROBLEMAS GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS
18 # 4
A=
Agora que já relembramos a parte teórica sobre 2
geometria e matrizes, chegou o momento de resolver-
72
mos mais questões sobre esses tipos de problemas. A= = 36m2
2
Assim, saberemos exatamente como as questões são
184 cobradas em provas. Resposta: Letra A.
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3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) O preço do litro de deter-
minado produto de limpeza é igual a R$ 0,32. Se um
recipiente tem a forma de um paralelepípedo retângu-
15 cm
lo reto, medindo internamente 1,2 dam × 125 cm × 0,08
hm, então o preço que se pagará para encher esse reci-
piente com o referido produto de limpeza será igual a:
x
a) R$ 3,84. 6 cm
b) R$ 38,40. (Figura fora de escala)

c) R$ 384,00.
d) R$ 3.840,00. Sabendo que o volume dessa peça é 720 cm3, a área
e) R$ 38.400,00. da base é
a) 40 cm2.
Devemos colocar todas as medidas na mesma uni- b) 48 cm2.
dade. Veja que: c) 44 cm2.
1,2 dam = 12m = 120dm = 1200 cm d) 36 cm2.
0,08hm = 0,8dam = 8m = 80dm = 800cm e) 52 cm2.
Assim, o volume total é de:
V = 1200 · 125 · 800 O volume é dado pela multiplicação das dimensões,
V = 120.000.000 cm3 ou seja,
V = 120.000 dm3 720 = 15 · 6 · x
V = 120.000 litros 120 = 15 · x
Se cada litro custa 0,32 reais, o preço total será de: 40 = 5 · x
Preço = 0,32 · 120.000 8=x
Preço = 38.400 reais. Resposta: Letra E. A área da base é:
Área = 6·x = 6·8 = 48 cm2.
4. (IBFC — 2016) Considerando as matrizes: Resposta: Letra B.

; E e B = < 1 2F
3 -2 1 4
A=
HORA DE PRATICAR!
1 2 -

Então, o resultado da expressão 1. (FGV — 2022) Sabe-se que a sentença “Se a camisa é
azul, então a calça não é branca ou o boné é preto” é
detA FALSA.
detB
É correto então concluir que
É igual a:
a) a camisa não é azul, a calça não é branca, o boné não
é preto.
a) 4/3.
b) a camisa é azul, a calça não é branca, o boné é preto.
b) -2.
c) a camisa não é azul, a calça não é branca, o boné é
c) 3/4.
preto.
d) 2.
d) a camisa é azul, a calça é branca, o boné não é preto.
e) ½.
e) a camisa não é azul, a calça é branca, o boné é preto.
Para encontra a resposta da questão, você precisa
2. (FGV — 2022) Sabe-se que as 3 afirmações a seguir
achar o determinante de cada matriz. Sendo assim:
são verdadeiras:
3 2
det A = = 3 · 2 – (-2 · 1) = 6 + 2 = 8 Marlene é médica;
1 2 RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Olga é oftalmologista;
1 4 Priscila não é professora.
det B = = 1 · 2 – 4 · (-1) = 6 É correto concluir que:
1 2

Logo, a) Marlene é médica e Olga não é oftalmologista.


b) Priscila é professora ou Marlene não é médica.
detA 8 4 c) Se Priscila é professora, então Marlene não é médica.
= = d) Se Priscila não é professora, então Olga não é
detB 6 3
oftalmologista.
Resposta: Letra A. e) Se Olga é oftalmologista, então Marlene não é médica.

5. (VUNESP — 2017) Uma peça de madeira tem o for- 3. (FGV — 2022) Considere a sentença:
mato de um prisma reto com 15 cm de altura e uma
base retangular com 6 cm de comprimento, conforme “Se Pedro é senador e Simone não é deputada federal,
mostra a figura. então Carlota é vereadora”. Sabe-se que a sentença
dada é FALSA.

185
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É então correto concluir que a) Se o cinto é marrom, então o sapato é marrom;
b) Se o sapato não é marrom, então a camisa não é preta;
a) Pedro é senador, Simone não é deputada federal, Car- c) Se a calça é branca, então o sapato é marrom;
lota não é vereadora. d) Se a camisa é preta, então a calça não é branca;
b) Pedro não é senador, Simone é deputada federal, Car- e) Se a camisa é preta, então o cinto é marrom.
lota é vereadora.
c) Pedro é senador, Simone não é deputada federal, Car- 8. (FGV — 2021) Considere como verdadeiras as senten-
lota é vereadora. ças a seguir.
d) Pedro não é senador, Simone é deputada federal, Car-
lota não é vereadora. z Se Priscila é paulista, então Joel é capixaba.
e) Pedro não é senador, Simone não é deputada federal, z Se Gabriela não é carioca, então Joel não é capixaba.
Carlota não é vereadora. z Se Gabriela é carioca, então Priscila não é paulista.

4. (FGV — 2022) Se não é verdade que Daniel fala man- É correto deduzir que:
darim ou japonês, avalie as afirmativas a seguir e assi-
nale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. a) Gabriela é carioca;
b) Gabriela não é carioca;
( ) Pode ser que Daniel fale mandarim e não fale japonês. c) Priscila não é paulista;
( ) Daniel não fala nem mandarim nem japonês. d) Priscila é paulista;
( ) Pode ser que Daniel fale mandarim e japonês. e) Joel não é capixaba.

As afirmativas são, respectivamente, 9. (FGV — 2022) Considere a afirmação:

a) V, V e V. “À noite, todos os gatos são pretos.”


b) F, V e F.
c) V, V e F. Se essa frase é falsa, é correto concluir que
d) F, F e V.
e) F, F e F. a) De dia, todos os gatos são pretos.
b) À noite, todos os gatos são brancos.
5. (FGV — 2021) Considere a sentença: c) De dia há gatos que não são pretos.
d) À noite há, pelo menos, um gato que não é preto.
“Apaguei a luz e tranquei a porta.” e) À noite nenhum gato é preto.

A negação lógica dessa sentença é 10. (FGV — 2022) Sabe-se que:

a) Não apaguei a luz e tranquei a porta. Todo A é B. Nem todo B é C.


b) Apaguei a luz e não tranquei a porta.
c) Não apaguei a luz e não tranquei a porta. É correto concluir que:
d) Não apaguei a luz ou não tranquei a porta.
e) Se não apaguei a luz então não tranquei a porta. a) todo A é C;
b) nenhum A é C;
6. (FGV — 2023) Considere como verdadeiras as senten- c) algum C não é B;
ças a seguir. d) algum B não é C;
e) algum C não é A.
z Casemiro é vascaíno ou Raquel é flamenguista.
z Se Raquel é flamenguista, então Rosa é 11. (FGV — 2022) Considere verdadeira a afirmação:
botafoguense.
z Rosa não é botafoguense. “Todos os corredores são magros”.
Observe, a seguir, três conclusões da afirmação dada:
É correto concluir que
1. Se João é magro então é corredor.
a) se Casemiro é vascaíno, então Raquel é flamenguista. 2. Se João não é corredor, então não é magro.
b) se Casemiro não é vascaíno, então Rosa é 3. Se João não é magro então não é corredor.
botafoguense.
c) Casemiro não é vascaíno ou Raquel é flamenguista. Denotando por V uma conclusão verdadeira e por F
d) Casemiro é vascaíno e Rosa é botafoguense. uma conclusão falsa, para as três conclusões dadas,
e) se Raquel não é flamenguista, então Casemiro não é temos, respectivamente,
vascaíno.
a) V, V, V.
7. (FGV — 2023) Sabe-se que a sentença: b) F, V, V.
c) F, F, V.
“Se a camisa é preta e a calça é branca, então o cinto d) V, V, F.
é marrom ou o sapato é marrom” é FALSA. e) V, F, F.

É correto afirmar que:

186
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12. (FGV — 2021) Observe o raciocínio a seguir. 16. (FGV — 2022) José, Lucas, Caio, Pedro e Túlio são
crianças e brincam na casa de um deles. Certo
- Os juízes acertam em suas decisões momento, a dona da casa ouve algo se quebrar, vai até
- A população deve acatar as decisões judiciais onde eles estão e pergunta: “quem quebrou o vaso?”

Nesse caso, a conclusão deve ser recusada porque: - José disse: não fui eu nem Caio.
- Lucas disse: foi Caio ou Túlio.
a) a premissa não é verdadeira; - Caio disse: foi Pedro.
b) a conclusão não tem relação lógica com a premissa; - Pedro disse: Lucas mente.
c) a conclusão provém de uma só premissa; - Túlio disse: foi Pedro ou José.
d) a premissa não contém os termos da conclusão;
e) a premissa é verdadeira, mas não é suficiente. Sabe-se que apenas um deles mentiu e que os outros
disseram a verdade.
13. (FGV — 2023) Marco, Júlio, Lauro e César são 4 ami-
gos que moram em um mesmo bairro. Um deles mora Quem quebrou o vaso foi
na Rua A, outro mora na Rua B, o terceiro, na Rua C, e o
último, na Rua D. a) José.
b) Lucas.
Marco tem 12 anos de idade e é um ano mais velho do c) Caio.
que aquele que mora na rua A. César mora na rua D. d) Pedro.
Quem mora na Rua B tem 10 anos de idade. César é 3 e) Túlio.
anos mais velho que Lauro, o mais novo dos quatro.
17. (FGV — 2021) Dulce vê seus três netos reunidos e
Sendo assim, é correto afirmar que pergunta:

a) Marco mora na Rua B. – Que dia do mês é hoje?


b) César tem 11 anos de idade. Para brincar com a avó eles responderam:
c) Lauro mora na Rua B. – Hoje não é dia 14.
d) Lauro tem 11 nos de idade. – Ontem foi dia 12.
e) Júlio mora na Rua C. – Amanhã será dia 15.

14. (FGV — 2022) Os amigos Abel, Breno e Caio são casa- Sabe-se que um deles mentiu e que os outros dois
dos e suas esposas chamam-se Manuela, Nina e Pau- falaram a verdade.
la. Sabe-se que:
Dulce fez a pergunta no dia
z Duas dessas três moças são irmãs.
z Paula não é esposa de Abel. a) 11.
z Breno é casado com a irmã de Paula. b) 12.
z O casamento de Manuela ocorreu depois do casa- c) 13.
mento de Abel. d) 14.
e) 15.
É correto concluir que
18. (FGV — 2022) Uma sequência de números inteiros é
a) Caio é casado com Nina. tal que cada termo, a partir do terceiro, é a soma do
b) Manuela não é esposa de Breno. seu termo antecessor com o dobro do antecessor do
c) Abel é casado com Nina. antecessor.
d) Nina é a irmã de Paula.
e) Nina é esposa de Breno. Sabe-se que o sexto termo dessa sequência é 85 e, o
oitavo, é 341.
15. (FGV — 2021) Fernando, Gabriel e Hugo são médicos: RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
um é cardiologista, outro é obstetra e outro é dermato- O quarto termo da referida sequência é
logista, e dois deles são irmãos.
a) 15.
Sabe-se que: b) 17.
c) 19.
z Fernando não é cardiologista. d) 21.
z Gabriel não é obstetra. e) 23.
z O irmão de Hugo é dermatologista.
z O cardiologista não tem irmão. 19. (FGV — 2022) Na sequência a seguir são utilizados
apenas os dígitos 1, 2, 3, 4 e 5, e seus elementos obe-
É correto concluir que: decem a um determinado padrão.

a) Fernando não é dermatologista. 12123454543212123454543212123454


b) Hugo é obstetra. 5 4 3 2 1 2 1 2 3 4 ...
c) Gabriel é dermatologista.
d) Hugo é cardiologista. O 500º termo dessa sequência é:
e) Gabriel e Hugo são irmãos.
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a) 1.
b) 2. 18 D
c) 3. 19 D
d) 4.
e) 5. 20 E

20. (FGV — 2022) Rafael fez certo percurso partindo do


ponto A da figura a seguir, andando apenas sobre as
linhas do quadriculado e fazendo diversos movimen-
tos em sequência. A unidade de movimento de um
ANOTAÇÕES
percurso é o lado de um quadradinho.

Cada uma das quatro letras a seguir representa o


movimento de 1 unidade em cada uma das quatro
direções: N = norte, S = sul, L = leste e O = oeste. Rafael
fez, em sequência, os movimentos representados pelo
código L L N L L L N N O N L N, chegando ao ponto B.

Um código que permite a Rafael sair de B e chegar em


a) OSSOOOSLSSOO
b) OOSSOSSOO
c) LSSSOSOOSOO
d) OOSSSOSSOO
e) OOSOSSLSOOOS

9 GABARITO

1 D

2 C

3 A

4 B

5 D

6 B

7 A

8 C

9 D

10 D

11 C

12 A

13 C

14 C

15 B

16 D

17 C
188
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