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CÂMARA DOS
DEPUTADOS
Analista Legislativo - Técnica
Legislativa
Raciocínio Lógico
Autores
ISBN: 978-65-5451-207-7
Edição: Agosto/2023
RACIOCÍNIO LÓGICO............................................................................................................5
LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL)-ESTRUTURAS LÓGICAS......................................... 5
TABELAS VERDADE.............................................................................................................................................9
EQUIVALÊNCIAS................................................................................................................................................15
DIAGRAMAS LÓGICOS....................................................................................................................... 21
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que é uma proposição lógica. Observe a frase
a seguir:
Ex.: Paula vai à praia.
Para saber se temos ou não uma proposição, precisamos de três requisitos fundamentais:
Tendo isso em vista, podemos afirmar claramente que a frase “Paula vai à praia” é uma
proposição lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma informação completa (temos
o sujeito claro na oração) e podemos afirmar se é verdadeira ou falsa.
Importante!
Proposição Lógica é uma oração declarativa que admite apenas um valor lógico: V ou F.
Verdadeira
RACIOCÍNIO LÓGICO
Sentença
ou Sentido
Declarativa
completo
Falsa
Obrigatório
Verbo
Uma ordem não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Muito cuidado com esse
tipo de oração, pois pode ser facilmente confundida com uma proposição lógica.
Não são proposições: perguntas, exclamações e ordens.
Temos um outro caso menos cobrado em provas, mas que também não é proposição lógi-
ca: o paradoxo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a seguir:
Ex.: Esta frase é uma mentira.
Quando atribuímos um valor de verdade para a frase, então, na verdade, ele mentiu, uma
vez que a própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso, então a frase é verdade, pois
ela diz ser uma mentira e já sabemos que isso é falso.
Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos resulta um valor contrário, ou seja,
estamos diante de uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a definição de um
paradoxo.
z Sentença Aberta
Dizemos que uma sentença é aberta quando não conseguimos ter a informação completa
que a oração nos mostra. Veja o exemplo a seguir:
Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
Perceba que há presença do verbo e que conseguimos parcialmente entender o que a frase
quer dizer. Todavia, logo surge a pergunta: ele quem? Aqui nossa informação não consegue
ser completa e por isso temos mais um caso que não é proposição lógica. Observe outros
exemplos:
X + 5 = 10
5+5
X – Y = 20
Todos os exemplos acima são sentenças abertas, então podemos resumir da seguinte
forma:
As variáveis: ele, aquele ou variáveis matemáticas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
Sempre será uma proposição lógica na escrita matemática e podemos notar que há verbos
nos casos a seguir:
z = (é igual);
z ≠ (é diferente);
z > (é maior);
z < (é menor);
z ≥ (é maior ou igual);
z ≤ (é menor ou igual).
Sentenças Interrogativas(?)
Sentenças Abertas
Paradoxo
É fundamental que você conheça três princípios para deixarmos tudo alinhado com as
proposições lógicas. Veja:
z Princípio do terceiro excluído: uma proposição deve ser verdadeira ou falsa, não haven-
do outra possibilidade. Não é possível que uma proposição seja “quase verdadeira” ou
“quase falsa”;
z Princípio da não contradição: dizemos que uma mesma proposição não pode ser, ao
mesmo tempo, verdadeira e falsa;
RACIOCÍNIO LÓGICO
z Princípio da Identidade: cada ser é único, ou seja, uma proposição não assume o signifi-
cado de outra proposição lógica.
Proposições Compostas
Temos proposições compostas quando há duas ou mais proposições simples ligadas por
meio dos conectivos lógicos. Veja os exemplos:
Cada conectivo tem sua representação simbólica e sua nomenclatura. Veja a relação de
conectivos:
Exemplos:
z Na linguagem natural:
z Na linguagem simbólica:
p ^ q;
p v q;
p v q;
p → q;
p ⟷ q.
Agora que conhecemos os conectivos lógicos, vamos ver algumas camuflagens dos opera-
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:
P→Q
P = antecedente
Q = consequente
TABELAS VERDADE
Trata-se de uma tabela na qual conseguimos apresentar todos os valores lógicos possíveis
de uma proposição.
Neste momento, vamos aprender a construir tabelas verdade para proposições compostas.
Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.
P Q PVQ
z 3º passo: dispor os valores “V” e “F” na primeira coluna fazendo o agrupamento pela
RACIOCÍNIO LÓGICO
P Q PVQ
V
V
F
F
9
P Q PVQ
V V
V F
F V
F F
Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisamos aprender qual o resultado que tere-
mos quando combinamos os valores lógicos usando os conectivos lógicos.
Número de linhas da tabela verdade:
2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).
Vamos caminhar mais um pouco e aprender todas as combinações lógicas possíveis para
cada conectivo lógico.
Negação (~P)
Uma proposição, quando negada, recebe valores lógicos opostos ao da proposição original.
O símbolo que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.
P ~P
V F
F V
P ~P ~(~P)
V F V
F V F
Só teremos uma resposta verdadeira quando todos os valores lógicos envolvidos forem
verdadeiros.
P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F
10
Teremos resposta verdadeira quando pelo menos um dos valores lógicos envolvidos for
verdadeiro.
P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F
P Q PVQ
V V F
V F V
F V V
F F F
P Q PQ
V V V
V F F
F V F
F F V
Especialmente neste caso, vamos aprender quando teremos o resultado falso, pois o conec-
tivo condicional só tem uma possibilidade de tal ocorrência Somente teremos resposta falsa
quando o valor lógico do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.
RACIOCÍNIO LÓGICO
11
VF=F
CONECTIVOS LÓGICOS
p: Matemática é difícil.
(~p) ou (¬p): Matemática não é difícil.
Outras maneiras que podemos usar para negar uma proposição e que vêm aparecendo muito nas provas de
concursos são:
Conjunção (Conectivo E)
z Na linguagem natural:
z Na linguagem simbólica:
p ^ q.
z Na linguagem natural:
12
p v q.
z Na linguagem natural:
z Na linguagem simbólica:
p ⊻ q.
z Na linguagem natural:
z Na linguagem simbólica:
p → q.
z Na linguagem natural:
z Na linguagem simbólica:
p ⟷ q.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!
( ) CERTO ( ) ERRADO
Veja que temos uma proposição condicional (se então) e a representação simbólica apresen-
tada é de uma bicondicional. Representação da condicional (). Resposta: Errado.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é (verbo de ligação) consequência da radi-
calização da sociedade civil em suas posições políticas. Temos apenas um verbo e por
14 esse motivo é uma proposição simples. Cuidado com o uso da palavra “consequência” em
( ) CERTO ( ) ERRADO
Para ser proposição composta, haveria mais de um verbo na frase, por isso, a frase em questão é
considerada uma proposição simples. Procure o verbo na oração.
A fiscalização federal é imprescindível para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto
dos medicamentos que a população consome. Resposta: Certo.
EQUIVALÊNCIAS
P⟺Q
p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
P (P ∧ Q)
P Q R Q∨R ∧ P∧Q P∧R ∨
(Q ∨ R) (P ∧ R)
V V V V V V V V
RACIOCÍNIO LÓGICO
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F
p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) 15
p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
P (P ∧ Q)
P Q R Q∧R ∧ P∧Q P∧R ∧
(Q ∧ R) (P ∧ R)
V V V V V V V V
V V F F F V F F
V F V F F F V F
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F F F F F F
F F V F F F F F
F F F F F F F F
p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
P (P ∨ Q)
P Q R Q∨R ∨ P∨Q P∨R ∨
(Q ∨ R) (P ∨ R)
V V V V V V V V
V V F V V V V V
V F V V V V V V
V F F F V V V V
F V V V V V V V
F V F V V V F V
F F V V V F V V
F F F F F F F F
z Idempotência
p ⇔ (p ∧ p)
16
p ⇔ (p ∨ p)
P P P∨P
V V V
F F F
z Pela Exportação-Importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
(P ∧ Q) P→
P Q R P∧Q Q→R
→R (Q → R)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F V V V
V F F F V V V
F V V F V V V
F V F F V F V
F F V F V V V
F F F F V V V
Podemos dizer que as três proposições condicionais que contêm p e q são associadas a p →
q. Veja a seguir:
Proposições recíprocas: p → q: q → p;
Proposição contrária: p → q: ~p → ~q;
~P → ~Q →
P Q ~P ~Q P→Q Q→P
~Q ~P
V V F F V V V V
RACIOCÍNIO LÓGICO
V V F V F V V F
V F V F V F F V
V F V V V V V V
Na lógica proposicional, temos uma regra de substituição que diz que é válido que uma
sentença condicional seja substituída por uma disjunção em que o antecedente é negado;
essa é a implicação material.
A regra determina que P implica Q é logicamente equivalente a não ~P ou Q e pode substi-
tuir o outro em provas lógicas: P → Q ⟺ ~P v Q, onde “⟺” é um símbolo que representa “pode
ser substituído em uma prova com.”
Ou seja, sempre que uma instância de “P → Q” é exibida em uma linha de uma prova, ela
pode ser substituída por «~P v Q”.
Exemplo: Se ele é um tigre P, então ele pode correr Q.
Assim, ele não é um tigre ~P ou ele pode correr Q.
Se for descoberto que o tigre não podia correr, escrito simbolicamente como P v ~Q, ambas as
sentenças são falsas, mas caso contrário, elas são ambas verdadeiras.
z Transposição
P→Q⟺~Q→~P
Em que “⟺” é um símbolo que representa “pode ser substituído em uma prova com.”
Ou seja, sempre que uma instância de “P → Q” é exibida em uma linha de uma prova, ela
pode ser substituída por ~ Q → ~ P “.
Exemplo: Se ele é um tigre P, então ele pode correr Q.
Assim, se ele não pode correr ~Q, então ele não é um tigre ~P.
Equivalência Condicional
Agora vamos tratar de duas equivalências importantes desse conectivo que tem a maior
incidência nas provas de concursos. A primeira delas ensina como transformar uma pro-
posição composta pelo “se…então” em outra proposição composta pelo “se…então”. A outra
ensina como transformar uma proposição composta pelo “se…então” em uma composta pelo
conectivo “ou” (e vice-versa). Vamos lá!
z Contrapositiva
Para fazermos essa equivalência, devemos inverter as proposições e depois negar todas as
proposições.
Inverte e nega tudo mantendo o se então.
Exemplo: A → B ⇔ ~B → ~A
Se Marcos estuda, então ele passa. ⇔ Se Marcos não passa, então ele não estuda.
18
A → B ⇔ ~A v B.
Se o urso é ovíparo, então o macaco voa. ⇔ O urso não é ovíparo ou o macaco voa.
Observe a tabela a seguir e veja que os resultados são iguais, ou seja, equivalentes:
A B ~A ~B A→B ~B → ~A ~A V B
V V F F V V V
V F F V F F F
F V V F V V V
F F V V V V V
Equivalência Bicondicional
z Comutação
Exemplo: A ⟷ B ⇔ B ⟷ A
O céu ficará azul se e somente se hoje não chover. ⇔ Hoje não choverá se e somente se
o céu ficar azul.
Para fazer essa equivalência, vamos interpretar o conectivo “se e somente se”. Na sua nomen-
clatura temos uma bicondicional; o que isso significa exatamente? Significa que temos duas con-
dicionais (se...então).
Pensando nisso, podemos dizer então que temos uma condicional indo e uma condicional
voltando; repare que a simbologia (⟷) é composta por duas setas. Agora vamos traduzir isso
tudo com um exemplo.
Exemplo: A ⟷ B ⇔ (A → B) ^ (B → A)
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Já para entendermos essa equivalência, precisamos lembrar dos casos na tabela verda-
de do conetivo “se e somente se” quando temos resultados verdadeiros, ou seja, quando
os valores lógicos são iguais. Sabendo disso, podemos dizer, então, que o conectivo “se e
somente se” terá resultado verdadeiro quando as proposições forem todas verdadeiras
ou quando forem todas falsas (vale lembrar que a negação de “V” será “F”). Logo, veja o
exemplo de como ficará essa equivalência:
Exemplo: A ⟷ B ⇔ (A ^ B) v (~A ^ ~B)
O céu ficará azul se e somente se hoje não chover. ⇔ O céu ficará azul e hoje não vai cho-
ver ou o céu não ficará azul e hoje vai chover.
Agora observe a tabela verdade envolvendo todas as equivalências da Bicondicional:
(A→B) (A ^ B)
A B ~A ~B A⟷B B⟷A ∧ V
(B→A) (~A ^ ~B)
V V F F V V V V
V F F V F F F F
F V V F F F F F
F F V V V V V V
TAUTOLOGIA
P ~P P V ~P
V F V
F V V
CONTRADIÇÃO
20
P ~P P ^ (~P)
V F F
F V F
CONTINGÊNCIA
Sempre que uma proposição composta recebe valores lógicos falsos e verdadeiros, inde-
pendentemente dos valores lógicos das proposições simples componentes, dizemos que a
proposição em questão é uma contingência. Ou seja, é quando a tabela verdade apresenta,
ao mesmo tempo, alguns valores verdadeiros e alguns falsos.
Exemplo: a proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma contingência, conforme a tabela verdade.
DIAGRAMAS LÓGICOS
Esse tema é diretamente ligado ao estudo dos quantificadores lógicos ou proposições cate-
góricas, que são elementos que especificam a extensão da validade de um predicado sobre
um conjunto de constantes individuais. Ou seja, são palavras ou expressões que indicam que
houve quantificação. São exemplos de quantificadores as expressões: existe, algum, todo,
pelo menos um, nenhum.
Esses quantificadores podem ser classificados em dois tipos:
RACIOCÍNIO LÓGICO
z quantificador universal;
z quantificador existencial (particulares).
Nos quantificadores universais temos todo e nenhum, já nos particulares temos pelo
menos um, existe um e o algum.
Agora, vamos estudar a representação de cada um dos quantificadores por meio dos dia-
gramas lógicos.
21
Exemplos:
z Todo A é B;
z Todo homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que Todo A é B significa que todo elemento de A também é elemento de B. Logo,
podemos representar com o diagrama:
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A é B: é verdadeira;
z Algum A não é B: é falsa.
Exemplos:
z Nenhum A é B;
z Nenhum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Lembre-se de que Nenhum A é B significa que A e B não tem elementos em comum, logo,
temos apenas uma representação com diagrama:
A B
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z Todo A é B: é falsa;
z Algum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é verdadeira.
Exemplos:
z Algum A é B;
z Algum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento em
comum com o conjunto B, ou seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, podemos fazer
representações com diagramas:
A B
z Todo A é B: é indeterminada;
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminada.
RACIOCÍNIO LÓGICO
23
Exemplos:
z Algum A não é B;
z Algum homem não joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que
Algum A não é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao conjunto B. Logo,
podemos fazer representações com diagramas:
Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há contato de alguns elementos de A com B
Veja que em todas as representações o conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B. Então, quando Algum A não é B é verdadeira, os valores lógicos das
outras proposições categóricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:
z Todo A é B: é falsa;
z Nenhum A é B: é indeterminada;
z Algum A não é B: é indeterminada.
Entende-se o raciocínio lógico analítico como uma habilidade cognitiva que envolve a
capacidade de desmembrar um problema complexo em partes menores, analisar cada com-
ponente de forma detalhada e identificar relações lógicas entre eles. É uma abordagem que
visa compreender a estrutura subjacente de um problema, bem como as interações entre
seus elementos, a fim de chegar a conclusões informadas e resolver desafios de maneira
eficaz.
Para resolver questões de raciocínio lógico analítico, alguns conceitos são de grande valia,
como os tipos de argumentação. Vejamos sobre eles:
Argumentação Dedutiva
Argumentação Indutiva
Argumentação Abdutiva
Lógica de 1ª ordem é igual a Quantificadores Lógicos, então, toda vez que você vir esse
tema no edital, terá que saber três coisas fundamentais sobre os quantificadores:
z Negação;
z Equivalência;
z Representação por diagramas.
Exemplos:
Todo A é B;
Todo homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que “Todo A é B” significa que todo elemento de A também é elemento de B.
Logo, podemos representar com o diagrama:
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A é B: é verdadeira;
z Algum A não é B: é falsa.
Exemplos:
Nenhum A é B;
Nenhum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que “Nenhum A é B” significa que A e B não tem elementos em comum, logo,
temos apenas uma representação com diagrama:
A B
Exemplo:
Algum A é B;
Algum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que “Algum A é B” significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento em
comum com o conjunto B, ou seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, podemos fazer
representação com diagrama:
A B
z Todo A é B: é indeterminado;
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminado.
Exemplo:
Algum A não é B;
Algum homem não joga bola.
RACIOCÍNIO LÓGICO
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que “Algum A não é B” significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento
que não pertence ao conjunto B. Logo, podemos fazer representação com diagramas:
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Veja que nas representações o conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence
ao conjunto B. Então, quando “Algum A não é B” é verdadeira, os valores lógicos das outras
proposições categóricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:
z Todo A é B: é falsa;
z Nenhum A é B: é indeterminada;
z Algum A não é B: é indeterminado.
Você vai aprender de uma vez por todas como negar proposições quantificadas, ou seja,
proposições que utilizam expressões como “todo”, “algum” e “nenhum”. Podemos, então,
dizer que negar uma proposição significa trocar o seu valor lógico. Em outras palavras, a
negação de uma proposição verdadeira é uma proposição falsa; a negação de uma proposi-
ção falsa é uma proposição verdadeira.
Tudo que você precisa para negar uma proposição quantificada é saber como classificá-
-la, então, veja alguns exemplos:
Verbo Verbo
Negação
Negativo Afirmativo
Esquematizando tudo:
28
Olhando para as iniciais de cada quantificador lógico particular (Pelo menos / Existe /
Algum), podemos escrever o lembrete abaixo para negação:
z Todo
Vemos aqui que troca-se “todo” por “nenhum”, ou seja, a primeira sentença é mantida e nega-
-se a segunda.
Exemplo: “Todo gato pula alto” = “Nenhum gato não pula alto”.
z Nenhum
Vemos aqui que troca-se “nenhum” por “todo”, a primeira sentença é mantida e nega-se a
segunda.
Exemplo: “Nenhum macaco é branco” = “Todo macaco não é branco”.
29
Negação
AéB A Não é B A Não é B
Equivalência
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!
1. (FGV — 2019) Considerando que a afirmação “Nenhum pescador sabe nadar” não é verdadeira, é
correto concluir que
Veja que a questão pede a negação do quantificador “nenhum”, e como já aprendemos, nunca
devemos negar o “nenhum” usando o quantificado “todo” e vice-versa. Sabendo disso, pode-
mos eliminar estrategicamente as alternativas C, D e E. Como temos um quantificador uni-
versal negativo e sabemos que para negar precisamos de um particular afirmativo, só nos
resta a letra A como resposta, pois a letra B não está de acordo com a regra. Você também
poderia usar o lembrete “nenhum nega com PEA”.
Resposta: Letra A.
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A negação do “todo” pode ser feita usando o lembrete que aprendemos: “todo nega com PEA
+ não”, onde o PEA são as iniciais dos quantificadores lógicos particulares – “Pelo menos
um” / “Existe” / “Algum” – seguidos pelo modificador lógico “não”, deixando-os, assim, parti-
culares negativos. Logo,
p: “Todos os analistas de tecnologia da informação são bons desenvolvedores”
~p: “Pelo menos um / Existe / Algum analista de tecnologia da informação não é bom desen-
volvedor. Resposta: Letra A.
4. (VUNESP — 2019) A alternativa que corresponde à negação lógica da proposição composta: “todos os
cantores são músicos e existe advogado que é cantor”, é:
Resposta: Letra B.
5. (VUNESP — 2019) Considere como verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialético”.
Laura enuncia que tal proposição implica, necessariamente, que
a) I e III.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
Dialético
Mat.
III. Se Luiz não é dialético, então não é matemático (Correta, pois todo matemático é dialéti-
co. Veja também que temos um dos casos de equivalência lógica do conectivo “se...então” – a
contrapositiva).
IV. Se Renato não é matemático, então não é dialético (Incorreta, pois nem todo dialético é
matemático como vimos nos diagrama da alternativa II).
Resposta: Letra A.
Neste tipo de conteúdo, intitulado “estrutura lógica de relações arbitrárias”, você nota-
rá a presença de situações diversas do mundo real, nas quais, a partir de um conjunto de
hipóteses, ou seja, informações previamente conhecidas, será requisitada uma informação
implícita ao problema.
32
1. (FUNRIO — 2012) Os carros X, Y e Z possuem 100, 110 e 150 cavalos de potência, não necessa-
riamente nessa ordem. Sabe-se que um deles é de fabricação nacional e que os outros dois são
importados, sendo um de fabricação alemã e o outro de fabricação japonesa. Porém não se sabe
qual a correta associação entre carros e países de fabricação. No entanto, sabe-se que: o carro X
possui 100 cavalos de potência; o carro que possui 150 cavalos de potência é de fabricação alemã;
o carro que possui 110 cavalos de potência não é nacional; e que o carro Y não é de fabricação
japonesa.
33
Novamente, podemos dispor uma tabela simples com as características principais do proble-
ma. Perceba que as marcações nas lacunas em destaque referem-se às informações retiradas
a partir do enunciado.
1º: se André não tem 40 anos de idade e Paulo possui 35, então sobra apenas a idade de 30
anos para André.
2º: se André não é engenheiro e o médico não tem 30 anos, então sobra apenas a profissão
de psicólogo para André.
3º: se Raul não é médico e André é psicólogo, então Raul é engenheiro, portanto, Paulo é
médico.
ENGENHEI- PSICÓLO-
30 35 40 MÉDICO
RO GO
ANDRÉ V X X X X V
RAUL X X V V X X
PAULO X V X X V X
Para haver a compreensão e análise lógica de uma situação, diversos conteúdos de racio-
cínio lógico matemático são utilizados — em consonância com o raciocínio verbal, raciocínio
matemático e raciocínio sequencial — sendo possível fazer a resolução de diferentes ques-
tões. Mesmo que haja conteúdos que auxiliem no desenvolvimento desses raciocínios, na
34
RACIOCÍNIO VERBAL
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL
RACIOCÍNIO LÓGICO
ORIENTAÇÃO
HORA DE PRATICAR!
1. (FGV — 2023) Sejam p, q, r e t proposições simples e ∼ p, ∼ q, ∼ r e ∼ t, respectivamente, as suas
negações. Se as seguintes proposições compostas têm valor lógico falso:
p∨ ∼ q
q∧ ∼ r
r→t
a) p e q.
b) p e t.
c) q e r.
d) p, q e r.
e) q, r e t.
2. (FGV — 2023) Sejam p, q, r, s e t proposições simples e ~p, ~q, ~r, ~s e ~t as suas respectivas
negações.
a) p é verdadeiro e q é falso.
b) q é verdadeiro e r é falso.
c) r é verdadeiro e s é falso.
d) s é verdadeiro e t é falso.
e) t é verdadeiro e r é falso.
3. (FGV — 2022) Sabe-se que a sentença “Se a camisa é verde, então a calça é azul ou o sapato não
é preto” é falsa.
36
Marlene é médica;
Olga é oftalmologista;
Priscila não é professora.
5. (FGV — 2023) “Se a TV não está ligada, então eu estou dormindo ou estou lendo”.
Assinale a opção que descreve uma sentença logicamente equivalente à afirmação acima.
6. (FGV — 2023) Sabe-se que a sentença “Se o sapato é marrom, então a calça é bege ou a camisa
é azul” é FALSA.
37
8. (FGV — 2022) Considere os operadores lógicos listados a seguir, apresentados na ordem decres-
cente de precedência de cada operação.
~ Negação (not)
& Conjunção (and)
| Disjunção (or)
Disjunção exclusiva
V
(xor)
Dado que P e Q são variáveis lógicas, no domínio [True, False], assinale a expressão equivalente
a P V Q.
a) ( ~P | Q ) & ( P | ~Q)
b) ( P & Q ) & ( ~P | Q )
c) ~( P & ~Q )
d) ~( P & Q ) & ( P | Q )
e) ~( P & Q ) | ( P & Q )
13. (FGV — 2022) Considere as seguintes afirmativas a respeito de um objeto chamado biba:
17. (FGV — 2022) No censo de 2010 Laura foi entrevistada pelo recenseador Mário.
Início da entrevista:
40
Denotando por V uma conclusão verdadeira e por F uma conclusão falsa, para as três conclusões
dadas, temos, respectivamente,
a) V, V, V.
b) F, V, V.
c) F, F, V.
d) V, V, F.
e) V, F, F.
I. Nenhum C é A.
II. Algum A é B.
RACIOCÍNIO LÓGICO
a) nenhum C é B.
b) algum B não é C.
c) algum C é B.
d) nenhum B é C.
e) algum B é C.
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9 GABARITO
1 C
2 C
3 A
4 C
5 B
6 E
7 B
8 D
9 E
10 E
11 B
12 D
13 A
14 D
15 D
16 D
17 D
18 C
19 B
20 A
ANOTAÇÕES
42
43