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1. Lógica
Elementos de Lógica e Linguagem Matemática
CÁLCULO 1
Teoria Exercícios de Fixação (5)
1. Lógica
Princípio da Indução Finita Faaaaaala aí, pequeno gafanhoto! Vamos começar a ver a Lógica Matemática!
Você deve estar pensando: “Pra mim, não tem lógica nenhuma, nunca entendo nada”
Mas calma, nessa teoria você começar a entender. Para começar, vou te dizer o porquê de
2. Conjuntos aprendermos ela: a Matemática possui uma linguagem própria, assim como você tem o português.
3. Polinômios
4. Trigonometria
Porque os grandes sábios foram se deparando com escritas em que precisaram tornar universal, para
que todos pudessem interpretar corretamente!
O que mais complica na nossa vida de estudante é que, às vezes, os termos matemáticos têm
significados muito precisos e diferentes do usual, do que estamos acostumados. Porém, relaxa que
vou fazer de tudo aqui para você compreender um pouco dessa nova linguagem!
Bom, você deve ter notado que temos duas teorias de Lógica. Porém, olha que legal, vamos trabalhar
apenas uma coisa nelas duas: proposições!
As proposições matemáticas nada mais são que frases (ou sentenças) às quais são atribuídas um
valor de VERDADEIRO ou FALSO.
Por exemplo:
“ ”
“ é primo”
Todas essas frases são proposições, pois podemos dizer que são verdadeiras ou falsas. Olha um
exemplo de uma frase que NÃO é uma proposição:
Não podemos dizer que é verdadeira ou falsa, porque não sabemos o que é estar quente,
precisaríamos de uma temperatura de comparação! Outro exemplo:
Tem como dizer se isso é verdadeiro ou falso? Não! Portanto, não é uma proposição!
Em toda teoria usaremos as letras e para identificarmos uma proposição, ok? Vamos nessa!
Proposições abertas
Vou colocar aqui algumas proposições que você vai ver ao longo do seu curso, e aí vamos identificar
cada coisinha nela:
Percebe que a gente não tem como falar de cara se isso é VERDADEIRO ou FALSO, pois não temos
como julgar isto dessa maneira, então chamamos isso de proposições abertas (justamente porque o
valor de verdadeiro ou falso fica em aberto), onde a proposição depende de uma ou mais variáveis (
).
Para começar, perceba que temos ali no início um . Como eu te disse, é como identificamos a
proposição e escrevemos , pois é uma proposição que tem a variável como sujeito dela.
O conjunto dos números naturais é o nosso universo de discurso, ou seja, nós substituímos o por
número que pertençam ao conjunto dos naturais, TAL QUE (aquele símbolo ) o nosso esteja entre
e .
Bom, eu disse que não tem como julgar de cara o , mas podemos julgar, por exemplo, . Ou
seja, vamos substituir por e checar se é verdade:
Opa, isso verdade, concorda comigo? pertence aos naturais e está entre e . Vamos verificar cada
número natural que esteja entre e . Serão os números . Então conjunto:
É chamado de conjunto verdade. Isto é, é o conjunto de termos que faz com que a nossa proposição
seja verdadeira.
Ufa! Falamos de tudo que é importante numa proposição aberta: variável, universo de discurso e
conjunto verdade.
Usando essas proposições abertas, a gente pode fazer afirmações sobre todos os elementos de um
conjunto, usando o quantificador universal que significa “para todo”, “para cada” ou “qualquer que
seja”. Chamei de quantificador, pois ele exprime uma ideia de quantidade!
Olha um exemplo:
Para escrever simbolicamente a proposição “Para todo número natural temos que é par”:
Ou
Em que é
Além disso, também conseguimos fazer afirmações sobre pelo menos um elemento de um
conjunto, usando o quantificador existencial que significa “existe”, ou seja, podem ter mais
elementos que satisfaçam a relação. Olha um exemplo:
Para escrever simbolicamente a proposição “Existe número natural tal que ele é menor que
”:
Ou:
Em que
Existem casos em que apenas um elemento do universo de discurso satisfaz a relação, olha o
exemplo:
Para escrever simbolicamente a proposição “Existe número natural e é único tal que ele é
menor que ”:
Colocamos um ponto de exclamação para indicar que existe o elemento e ele é único (no caso,
seria o )
Fazendo um apanhado geral: a proposição é universal quando diz respeito a todos os elementos
de um conjunto e é particular quando não.
Exemplos e contraexemplos
éí
ú éí
Concorda comigo que faz com que essa afirmação seja verdadeira? Pois .A
gente o chama de exemplo: todo número que faz com que a proposição seja verdadeira.
Concorda comigo que faz com que essa afirmação seja falsa? Pois . A gente o
chama de contraexemplo: todo número que faz com que a proposição seja falsa (ou seja, todo
número que pertence ao domínio, mas não está no conjunto verdade)
Já o número não é exemplo nem contraexemplo, pois ele nem pertence ao domínio
(universo de discurso)
De uma maneira geral, se uma proposição universal tem contraexemplos, ela é falsa. Pensa
comigo: na proposição universal, estamos falando de todos os elementos de um conjunto. Se a
gente encontra alguém do conjunto que não respeita a relação, então aquilo é mentira.
Além disso, se uma proposição é particular, ela só é verdadeira se tem exemplos que
comprovem, não tem problema nenhum ter contraexemplos.
E, ou e não
Agora que já várias proposições, nós vamos aprender a combiná-las. Por exemplo:
éí é
é é
Na primeira frase, nós temos o conectivo (chama-se assim porque ele conecta duas proposições)
“ ” . Matematicamente escrevendo:
éí
E essa combinação só será verdadeira se as duas proposições forem verdadeiras! Caso uma
delas seja falsa, então a proposição composta é falsa também.
Portanto:
Temos então:
Pois é, aqui está a diferença do que estamos acostumados. Na Matemática, essa proposição
composta com o “ ” é verdadeira sempre que uma das proposições for verdadeira! Ou seja, a
única forma dela ser falsa é se as duas proposições forem falsas! Deixo aqui uma tabelinha pra
você:
Quando negamos uma proposição, estamos dizendo que ela não é verdade. Grava aí:
çã é ã
çã é ã ã
çã é ã ã
çã ã é
Ou seja, meu anjo, toda vez que você for negar ou , pensa que um vira o outro. Primeiro
você joga o não em tudo, depois conserta o símbolo: se era vira e se era vira . Faz
sentido que a negação da negação seja o próprio .
Exemplo:
A negação de é í é í é
ã é í ã é í
Agora vamos aprender a negar os quantificadores e . Adivinha só? Um vira o outro também!
Exemplo:
Ou
Em que
Perceba que o “tal que” vira uma vírgula na negação! E se você tiver uma vírgula, ela vira um “tal
que” na negação! Além disso, fizemos tipo uma distributiva, jogando a negação para antes do antigo
tal que e para depois dele também. Continuando:
Sei que parece bem mais intuitivo dizer que a negação de “existe” é “não existe” (e não está errado), e
eu concordo, porém, o mais correto é você colocar o “para todo”:
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