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AULA 3

ARGUMENTOS
VÁLIDOS, SÓLIDOS
E COGENTES
DÚVIDAS COM EXERCÍCIOS aula
anterior?
ARGUMENTOS

VALIDADE INVALIDADE

São qualidades próprias dos argumentos,


resultantes do facto de as premissas
apoiarem/garantirem ou não a conclusão.

A validade traduz uma certa


VALIDADE relação entre os valores de VALIDADE
DEDUTIVA verdade das premissas e o valor de NÃO
DEDUTIVA
verdade da conclusão.
ARGUMENTO

Conjunto de proposições devidamente articuladas

Premissa(s) Conclusão (tese)

A(s) premissa(s) procura(m)


defender, sustentar ou
justificar a conclusão.
Não se enquadram na categoria de “argumentos”
aqueles que são meros conjuntos de proposições
sem qualquer conexão lógica entre si.

Exemplos Os rapazes são giros.


As cerejas fazem bem à saúde.
Logo, as férias devem continuar.

Todos os deuses são imortais.


Alguns carros funcionam a gasolina.
Logo, as palavras são indispensáveis.
Exemplo Premissa
Os alunos da turma 10L são
estudantes de Filosofia.
CHAMA-SE
ANTECEDENTE Premissa Pedro e Miguel são alunos da turma
10L.

Logo, Pedro e Miguel são


CHAMA-SE Conclusão estudantes de Filosofia.
CONSEQUE Nexo lógico
NTE Indicador
de
conclusão

Um argumento tem subjacente uma inferência ou raciocínio, uma


operação mental através da qual chegamos a uma conclusão partindo
de determinadas razões e efetuando a transição lógica entre
proposições.
Quando, num argumento, a transição lógica falha,
percebemos que algo está errado.
Exemplo

Os alunos da turma 10L são


estudantes de Filosofia.
Pedro e Miguel são estudantes
de Filosofia.
Logo, Pedro e Miguel são
alunos da turma 10L.

Neste exemplo, compreendemos facilmente que o facto de


Pedro e Miguel serem estudantes de Filosofia não implica que
façam parte da turma 10L. Neste sentido, estaremos a cometer
um erro de raciocínio, tornando o argumento inválido e,
portanto, nada convincente.
No nosso discurso quotidiano, formulamos constantemente
argumentos. Usamos expressões que indicam a presença
de premissas e de conclusões.
Alguns indicadores de Alguns indicadores de
premissa conclusão
Porque…
Pois… Logo…
Admitindo que… Então…
Pressupondo que… Por conseguinte…
Considerando que… Portanto…
Partindo do princípio de que… Por isso…
Consequentemente…
Sabendo que…
Segue-se que…
Dado que… Infere-se que…
Uma vez que… Conclui-se que…
Devido a… É por essa razão que…
Como… Daí que…
Ora… Assim…
Em virtude de… Isso prova que…
Indicadores de premissa e de conclusão –
exemplos

Uma vez que é uma Proposição 1 – O desporto é


atividade física, o desporto atividade física.
é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é
atividade física é saudável.
saudável.
Proposição 3 – A atividade física
é saudável.
Indicadores de
premissa Toda a atividade física é saudável.
Todo o desporto é atividade física.
Logo, todo o desporto é saudável.

Indicador de
conclusão
Exemplo
Todos os alunos são sensatos. Todos os alunos são sensatos.
Todos os jovens de dezasseis anos Todos os jovens de dezasseis anos
são alunos. são sensatos.
Logo, todos os jovens de dezasseis Logo, todos os jovens de dezasseis
anos são sensatos. anos são alunos.

Argumento dedutivo válido Argumento dedutivo


inválido
É logicamente impossível as
duas premissas serem A verdade da conclusão não é
verdadeiras e a conclusão garantida pela verdade das
falsa. premissas.

Todos os A são B. Todos os A são B.


Todos os C são A. Todos os C são B.
Logo, todos os C são B. Logo, todos os C são A.

FORMA VÁLIDA Forma inválida


Pode haver argumentos dedutivos válidos com
premissas e conclusão falsas.

Todos os portugueses são pintores.


Bertrand Russell é português.
Logo, Bertrand Russell é pintor.

Pode haver argumentos dedutivos inválidos com


premissas e conclusão verdadeiras.

Todos os naturais de Lisboa são portugueses.


Fernando Pessoa é português.
Logo, Fernando Pessoa é natural de Lisboa.
Os argumentos podem ser:

VÁLIDOS

SÓLIDOS

COGENTES
ARGUMENTOS VÁLIDOS
Argumento dedutivo
VÁLIDO

Argumento que tem uma forma lógica tal


Argumentos que a verdade das premissas garante
dedutivos sempre a verdade da conclusão, sendo
impossível que as premissas sejam
verdadeiras e a conclusão falsa.

Argumento dedutivo INVÁLIDO

Argumento que tem uma forma lógica tal


que a verdade das premissas não garante
a verdade da conclusão.
Todos os gatos são psicadélicos
Ivo é um gato
Logo, Ivo é psicadélico
Num argumento VÁLIDO É IMPOSSÍVEL
QUE A CONCLUSÃO SEJA FALSA SE AS
PREMISSAS FOREM VERDADEIRAS

HÁ UMA CONEXÃO LÓGICA ENTRE ESTAS


E CONCLUSÃO DE TAL FORMA QUE ESTA
SE SEGUE DELAS
ARGUMENTOS SÓLIDOS
Argumentos sólidos

Argumentos válidos constituídos por


premissas verdadeiras.

A solidez já pressupõe a validade- SE É SÓLIDO


É VÁLIDO.

Exemplos Todos os portugueses são europeus. v


João é português.
Logo, João é europeu. v
VÁLIDO!
UM ARGUMENTO SÓLIDO É UM ARGUMENTO
VÁLIDO COM PREMISSAS VERDADEIRAS
(MAS não é bom/cogente)- válido e sólido

Todos os homens são mortais


Platão é homem
Platão é mortal
ARGUMENTOS COGENTES
OS ARGUMENTOS BONS OU COGENTES:

1. SÃO VÁLIDOS
2. TÊM PREMISSAS VERDADEIRAS
3. AS PREMISSAS SÃO MAIS PLAUSÍVEIS/ACEITÁVEIS
DO QUE A PRÓPRIA CONCLUSÃO E ASSIM
ACEITA-SE A MESMA (CONCLUSÃO) POR ESTAS
SEREM PERSUASIVAS
Exemplo:

Os animais não têm deveres plausível


Se só tivessem direitos quem tem deveres os animais não
tinham direitos plausível

Logo, é falso que só tem direitos quem tem deveres VÁLIDO

A FUNÇAO DE UM ARGUMENTO COGENTE É O DE PERSUADIR DE FORMA QUE


SE ACEITARMOS AS PREMISSAS NÃO CONSEGUIMOS NEGAR A
CONCLUSÃO .SÃO MAIS DIFÍCEIS DE ENCONTRAR
OS ARGUMENTOS COGENTES REUNEM AS 3 CONDIÇÕES:
VAMOS TESTAR?
1- TENDO EM CONTA AS 3 CONDIÇÕES, VALIDADE, SOLIDEZ
E COGÊNCIA JUSTIFIQUE OS SEGUINTES ARGUMENTOS:

A. SE CHOVER, O CHÃO FICA MOLHADO


CHOVEU
LOGO, O CHÃO FICOU MOLHADO

B. SE CHOVER, O CHÃO FICA MOLHADO


O CHÃO FICOU MOLHADO
LOGO, CHOVEU

1.A) É VÁLIDO MAS NÃO SÓLIDO PQ PODEMOS


DEITAR BALDE COM AGUA E NÃO É PLAUSÍVEL A
PREMISSA 1 POR ISSO NÃO É COGENTE

B) É INVÁLIDO E NÃO SÓLIDO (PQ NÃO É VÁLIDO)NEM


COGENTE
AULA 4

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

CONECTIVAS PROPOSICIONAIS
“VENDEDOR: Minha senhora, este aspirador de pó
vai reduzir o seu trabalho para metade.
CLIENTE: Ótimo! Dê-me dois.”
A LÓGICA TRABALHA COM AS FRASES SIMPLES E
COMPLEXAS

CHAMA-SE PROPOSICIONAL PORQUE TRABALHA


COM AS PROPOSIÇÕES

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES


Há proposições simples ou atómicas e proposições
complexas, compostas ou moleculares.

As proposições simples são aquelas que não se


podem decompor em mais proposições, uma vez
que se apresentam no estado elementar, como por
exemplo: os professores são boas pessoas (!!!)
Para além disso as proposições simples não
contêm nenhuma das cinco conectivas que
iremos conhecer de seguida

“os filósofos são jogadores” é um exemplo de


uma proposição simples.
Outros exemplos :

Está bom tempo.


Vou à praia.
Vou jantar fora.

Estas são proposições simples( ou atómicas)

Formalizam-se (representam-se) pela letras P,


Q, R e assim sucessivamente, denominadas de
variáveis.
REPRESENTAMOS AS PALAVRAS OU FRASES POR
VARIÁVEIS.

O QUE É UMA VARIÁVEL?

É UM SÍMBOLO, NESTE CASO USA-SE UMA LETRA


“VARIÁVEL” (MAS PODIA VARIAR) QUE REPRESENTA
A PALAVRA OU PROPOSIÇÃO JÁ QUE O CONTEÚDO
NÃO IMPORTA PARA A SUA VALIDAÇÃO
As proposições complexas são constituídas por
duas ou mais proposições simples, ligadas por
intermédio de

operadores lógicos (conectores) – e, mas, ou, logo,


equivale, etc.

e podem ser decompostas em duas ou mais simples.

Por ex:
Os filósofos são jogadores e (os filósofos são)
simpáticos
Exemplo

Vou à praia e vou jantar fora.

Se estiver bom tempo, vou à praia.

Ou vou à praia e não vou jantar fora ou não vou à


praia e vou jantar fora.

João é arquitecto ou maria é médica

Neste exemplo, qualquer uma destas proposições é


complexa, na medida em que resulta da ligação de
duas ou mais proposições simples.
O QUE É UMA CONECTIVA OU CONECTOR OU OPERADOR
LÓGICO/PROPOSICIONAL?

É UMA PALAVRA OU SEQUÊ NCIA DE PALAVRAS QUE


FUNCIONA COMO INSTRUMENTO DE LIGAÇÃ O,( UM
OPERADOR DE FORMAÇÃ O DE FRASES) ENTRE
PROPOSIÇÕ ES SIMPLES QUE PERMITE CONTRUIR
ARGUMENTOS
MAS

NEM TODAS AS CONECTIVAS SÃO IGUAIS.

Expressões como e, mas, ou, se… então, se e somente


se são exemplos de conectivas porque estabelecem a
ligação entre as proposições.

No entanto não nos permitem saber valor de verdade


de proposições complexas nem de argumentos.

(A negaçã o, apesar de nã o estabelecer a ligaçã o entre


proposiçõ es, é considerada um operador ló gico também.)
CONECTIVAS/ OPERADORES VEROFUNCIONAIS

São aquelas conectivas que permitem saber o


valor de Verdade de uma proposição complexa.

/COMO FAZEMOS ISSO?


PELAS TABELAS DE VERDADE/
VAMOS RELEMBRAR

As proposições podiam ser:

- categóricas- afirmam ou negam algo de forma


absoluta e sem condições, sem alternativa- S é P

- Condicionais- estabelecem relações de


consequência ou implicação entre proposições-
se estou aqui não estou aí ( a verdade da 1ª é
condição suficiente da 2ª e a 2ª é condição
necessária da 1ª.
Bicondicionais- Se as condições forem ao
mesmo tempo necessárias e suficientes trata-
se de uma proposição bicondicional

(Se A então B condicional)

A se e só se B- só sou da nave star trek se e


somente se for da tripulação

Se uma for V a outra é também é


Se uma for F a outra também é
Disjuntivas- Afirmam ou negam em forma
de alternativas que se excluem (disjunção
exclusiva) ou não (disjunção inclusiva).

Disjunção exclusiva:
Ou nasci em Lx ou em Paris (ou…ou) só uma
pode ser V

Disjunção inclusiva:
Platão foi filósofo ou escritor(…ou..) se uma
for F a outra não tem que ser
A que é condição suficiente chama-se antecedente ; a que
é condição necessária chama-se consequente

Indicadores de condição suficiente: se/desde


que/sempre que/quando/ na condição de/basta que/caso

Indicadores de condição necessária: só se/apenas se/


somente se/ apenas no caso de/ é preciso que/ é
necessário que
Por exemplo: se sou gato, então sou felino

Ser gato é condição suficiente (se eu for gato


tenho condições para ser felino , mas há outros
felinos que o são, por exemplo o lince ).

Ser felino é condição necessária de ser gato (se


não for felino impossível pertencer à classe dos
gatos)

Implicam-se uma a outra. É impossível que uma


seja F e a outra V já que são consequência uma
da outra
PARA FORMALIZARMOS OU SEJA REPRESENTARMOS
AS PROPOSIÇÕES OU ARGUMENTOS TEMOS QUE:

1.ESCOLHER VARIÁVEIS QUE AS REPRESENTAM- P, Q,


R, W, .(Normalmente segue-se o dicionário)
2- FAZER UM DICIONÁRIO QUE FAÇA CORRESPONDER
A CADA PALAVRA (TERMO)/PROPOSIÇÃO UMA DESSAS
VARIÁVEIS.

3- USAR AS CONECTIVAS PARA REPRESENTAR e UNIR

4- CONSTRUIR A EXPRESSÃO FORMALMENTE


COMO CONSTRUIR UM DICIONÁRIO?
SENDO A INTERPRETAÇÃO DO ARGUMENTO, O
DICIONÁRIO FAZ CORRESPONDER AS PROPOSIÇÕES
SIMPLES A VARIÁVEIS- P, Q, R - QUE PODERIA
SER QUALQUER UMA, POR EXEMPLO OU

POIS REPRESENTAM LUGARES VAZIOS CUJA


VALIDADE DEPENDE APENAS DA ESTRUTURA, NÃO
DO CONTEÚDO
Se somos livres, então podemos estar na praia
Somos livres
Logo podemos estar na praia

1 - C omeçamos por identificar as


proposições simples do argumento:
Somos livres; podemos estar na praia

2- Atribuímos a c a d a uma delas uma variável


proposicional.(Tradicionalmente) P para a primeira
proposição simples, seguindo depois a ordem do
alfabeto, Q etc.
P – somos livres
Q – podemos estar na praia
outro EXEMPLO:

Os seres humanos são racionais mas fazem mal


ao planeta

O enunciado teria o seguinte dicionário:

P – Os seres humanos são racionais


Q – Os seres humanos fazem mal ao planeta
VAMOS treinar?

Transcreve o exercício para o


caderno
1. Indique as proposições simples presentes nas
seguintes proposições complexas:

A. A filosofia impele-nos a refletir e a


construir ideias próprias.

B. A arte e a filosofia procuram o


conhecimento

NÃO esqueças ! Identificar as proposições simples


implica fazer o dicionário
Correção:
1.
A. P = A filosofia impele-nos a refletir.
Q = A filosofia impele-nos a construir ideias
próprias.

B. P = A arte procura o conhecimento.


Q = A filosofia procura o conhecimento.
NÃO ESQUEÇAS!

A LÓGICA PROPOSICIONAL É FORMAL (MAIS TARDE


IREMOS FALAR DE LÓGICA INFORMAL)

PORQUE O QUE INTERESSA PARA SABER DA VALIDADE


OU NÃO DE UMA PROPOSIÇÃO OU ARGUMENTO É A
FORMA, NÃO O CONTEÚDO

OU SEJA

O USO DAS REGRAS


QUAIS SÃO AS CONECTIVAS
PROPOSICIONAIS?
CONECTIVAS, CONECTORES OU
OPERADORES LÓGICOS
(SÃO símbolos que funcionam como instrumentos
que permitem transformar e assegurar a ligação
entre as diversas proposições simples,
assegurando a construção de raciocínios).

negação conjunção disjunção condicional  bicondicional

(¬) (˄) (V) (→) (←→)


¬P P˄Q PVQ P→Q P ←→ Q
Operação Proposição Formalização
lógica
Negação Savater não é filósofo ¬P
Conjunção Savater é filósofo e poeta P⋀Q
Disjunção Savater é filósofo ou poeta PVQ
(inclusiva)
Disjunção Ou Savater é filósofo ou poeta P  v Q
exclusiva
Condicional Se Savater é filósofo, então é P→Q
poeta

Bicondicional Savater é filósofo se e P↔Q


só se for poeta
AGORA QUE JÁ SABES CONSTRUIR UM
DICIONÁRIO

E QUE JÁ SABES QUAIS SÃO AS CONECTIVAS

Por exemplo: os sapos são verdes e comem


lagosta

P- os sapos são verdes


Q- os sapos comem lagosta

PODES FORMALIZAR: P∧Q


FORMALIZAÇÃO DAS VÁRIAS
OPERAÇÕES LÓGICAS
FORMALIZAR A NEGAÇÃO
Formalização da negação:
¬
¬P
Expressão canónica: a verdade não é azul

Expressões alternativas:

não é verdade que a verdade seja azul

é falso que a verdade seja azul


FORMALIZAR A CONJUNÇÃO ∧
Formalização da conjunção:
P∧Q
Expressão canónica: o filme é bom e belo

Expressões alternativas:
Embora o filme seja bom também é belo
O filme é bom mas também é belo
FORMALIZAR A DISJUNÇÃO INCLUSIVA
Formalização da disjunção inclusiva:

P∨Q
Expressão canónica:
O lugar é aceitável para rapazes ou raparigas

Expressões alternativas:
Aceitam-se para o lugar rapazes ou
raparigas
O lugar é tão aceitável para rapazes
como
para raparigas REPARA QUE UMA NÃO
INVALIDA A OUTRA. SE UMA
FOR V A OUTRA NÃO TEM QUE
SER F
FORMALIZAR A DISJUNÇÃO EXCLUSIVA  v
Formalização da disjunção exclusiva:
P v Q (=ou p ou q)
Expressão canónica:
Ou nasceste em Lisboa ou em Milão
Expressões
alternativas:
Nasceste ou em Lisboa ou em Milão
Nasceste em Lisboa ou em Milão mas não nos
dois sítios
FORMALIZAR A CONDICIONAL →
Formalização condicional / implicação:

P→Q
Expressão canónica:
Se o peixes têm pés então andam
Expressões alternativas:
Os peixes têm pés desde que andem
Os peixes têm pés só se andarem
FORMALIZAR A BICONDICIONAL ↔
Formalização da bicondicional / equivalência:

P↔Q
Expressão canónica:
Uma coisa só vale se for rara
Expressões alternativas:
Uma coisa só tem valor se e somente se for rara
Uma condição para alguma coisa ser
valiosa é ser rara
CONCLUI-SE QUE:

PARTES DA V OU F DE CADA UMA DAS


PROPOSIÇÕES SIMPLES PARA (CONFORME O
OPERADOR) SABER O VALOR DE VERDADE DA
PROPOSIÇÃO COMPLEXA
HÁ EXPRESSÕES/PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
MAIS COMPLEXAS E PODERÁS TER QUE USAR
PARENTESIS

Sabes a origem?

do grego parenthesis, “colocado ao lado”, do


verbo parentithenai, “colocar ao lado de”
ÂMBITO DOS

Os parêntesis indicam qual o âmbito (ou alcance) da


conectiva que imediatamente os antecede.

Nem sempre é fácil aplicá-los.

Permitem agrupar as proposições, ordenar,


estabelecer prioridades .
Por exemplo: não é verdade que João gosta de
gelados e de cinema

P-João gosta de gelados


Q-João gosta de cinema

¬P∧Q = ¬ (P ∧ Q)
aqui só se nega P
R
VAMOS treinar?
Ficha de consolidação de
conhecimentos

Verifica que sabes quais são as conectivas


antes de começares a realizar a ficha

Realiza apenas o exercício 1 até à alínea d)

15minutos
Correcção da ficha
1. Formalize os seguintes enunciados
indicando as proposições simples:
A. A Star Trek foi a Marte e a Calypso.
P- Stark Trek foi a Marte
Q-Star Trek foi a Calypso

P^Q
B. A Star Trek foi a Marte mas não a Calypso
P- Stark Trek foi a Marte

Q-Star Trek foi a Calypso P^ ¬ Q

 
C. Aceitam-se gatos ou cães
P- Aceitam-se gatos
Q-Aceitam-se cães

PvQ
D. Ou sou humano ou felino
P-sou humano

Q-sou felino P v Q
Monty Python
A tiger in Africa

The bridge of death 6m


2- . Depois de ver os sketchs dos Monty Python invente
2 expressões em linguagem natural /de preferências
muito ilógicas /que representem:
A. P ^ ¬ Q
dicionário:

A. Lancelot era totó e não gostava de perguntas


ilógicas
P- Lancelot era totó Q- Lancelot gostava de
perguntas ilógicas
B. (P V Q ) → ¬ R

B. Se a perna foi comida por um vírus ou por um tigre


cor de rosa então não foi por uma couve simpática
Dicionário
P- a perna foi comida por um vírus
Q- a perna foi comida por um tigre cor de rosa
R-a perna foi comida por uma couve simpática
E. Aristóteles e Platão são filósofos da época antiga.
P: Aristóteles é um filósofo da época antiga

Q: Platão é um filósofo da época antiga P^Q


 
F. Um dia é de chuva se tiver nuvens.
P: um dia de chuva

Q: um dia com nuvens Q→P


G. Faça chuva ou faça sol, irei sempre ao
concerto.
P: Faz chuva
Q: faz sol
R: vou ao concerto (P v Q)→R
 H. A maçã e a laranja são ricas em vitaminas,
então é importante comer frutos.
P = A maçã é rica em vitaminas
Q = A laranja é rica em vitaminas
R = É importante comer frutos. (P Λ Q)→
R
I. As grandes ideias ou nascem do acaso ou então
dependem da genética.
P = As grandes ideias nascem do acaso
Q = As grandes ideias dependem da genética. P v Q
 
J. Não é verdade que os alunos são preguiçosos e
aborrecidos.
P= os alunos são preguiçosos
Q= os alunos são aborrecidos ¬(P^ Q )
Outros exercícios para treinares
Identifique as premissas e a conclusão dos seguintes argumentos.
1. Há uma causa de todas as coisas, porque todas as coisas têm um criador.

2. Os filósofos querem ser justos, pois são pessoas bondosas, e todas as


pessoas bondosas querem ser justas.
3. Não há diferença entre a astronomia e a astrologia, já que qualquer uma
delas pretende conhecer os astros.
4. Dado que o conhecimento é uma crença verdadeira justificada, a fé na
existência de Deus é incompatível com o conhecimento da sua
existência.
5. Se tudo está determinado, então não há livre-arbítrio. Mas há livre-
arbítrio. Por conseguinte nem tudo está determinado.
EXERCÍCIOS:

Construa um dicionário para os


seguintes argumentos:

Ou somos europeus ou africanos.


Não somos europeus.
Logo, somos africanos.

SOLUÇÃO:

P - Nós somos europeus.


Q - Nós somos africanos.

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