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Matemática p/ TJ-PR

Teoria e exercícios comentados


Prof Marcos Piñon – Aula 01

AULA 01: Raciocínio Lógico (Parte 1)

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Conceitos Básicos de Lógica 1
2. Tautologia, Contradição e Contingência 22
3. Implicação Lógica 28
4. Equivalência Lógica 29
5. Questões comentadas nesta aula 59
6. Gabaritos 69

Olá! Hoje trarei o conteúdo básico de lógica, que é algo que pode ser exigido na
prova. Deixei a parte da lógica da argumentação para a próxima aula. Na aula 3,
trarei questões de Raciocínio Lógico que não exigem uma teoria específica. Mãos
à obra!!!

1 – Conceitos Básicos de Lógica

Vamos começar lembrando desse assunto que é cobrado em praticamente todos


os concursos em que o tema Raciocínio Lógico é abordado. Trata-se do que
aprendemos na escola simplesmente com o nome de Lógica (você deve lembrar:
p e q, se p ... então q, ... etc.). Era um dos assuntos mais detestados pelos alunos,
mas é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes para você que se prepara
para passar em concurso. Por isso, vamos deixar o preconceito de lado e passar a
amar a boa e velha Lógica!

No estudo da lógica matemática, estaremos em muitas ocasiões diante da


linguagem corrente, como vemos no seguinte exemplo:

"Arnaldo é alto ou Beto é baixo"

Usar essa linguagem, porém, não é adequado para resolvermos questões de


concurso. Para isso, deveremos transformar essa linguagem em outra que indique
apenas símbolos, a qual denominamos linguagem simbólica.

A linguagem simbólica possui dois elementos essenciais: as proposições e os


operadores.

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Antes de definirmos as proposições, devemos saber que elas são constituídas de


sentenças. As sentenças são um conjunto de palavras, ou símbolos, que
exprimem um pensamento de sentido completo. São compostas por um sujeito e
por um predicado (não, isso não é aula de português!). Vamos a alguns exemplos:

Pedro ganhou na loteria.


Carlos não comprou uma Ferrari.
Que horas você chegou ao trabalho?
Como o dia está lindo!
Tome um café.

Podemos perceber que elas podem ser:

Afirmativas: Pedro ganhou na loteria.


Negativas: Carlos não comprou uma Ferrari.
Interrogativas: Que horas você chegou ao trabalho?
Exclamativas: Como o dia está lindo!
Imperativas: Tome um café.

Ai você me diz: “mas professor, isso tá parecendo aula de português!”. E eu lhe


digo: “calma, que já já eu chego lá!”.

Analisando estas frases, qual delas nós podemos julgar se é verdadeira ou falsa?

O que realmente interessa nessas sentenças é identificar quais são proposições e


quais não são proposições.

Agora chegamos onde eu queria, que é no conceito de proposição. Trata-se de


uma sentença fechada, algo que será declarado por meio de palavras ou de
símbolos (expressões matemáticas) e cujo conteúdo poderá ser considerado
verdadeiro ou falso. Ou seja, poderemos atribuir um juízo de valor acerca do
conteúdo dessa proposição.

Ex: Pedro é pedreiro.

Caso ele realmente seja pedreiro o valor lógico desta proposição será verdadeiro,
caso ele não seja pedreiro, o valor lógico da proposição será falso (por exemplo,
se ele for bombeiro).

Nas cinco frases apresentadas, apenas as duas primeiras são proposições, pois
podemos julgá-las com “V” ou “F”. Frases como: “Que horas você chegou ao
trabalho?”, “Como o dia está lindo!” ou “Tome um café.”, não são proposições,
pois, como vimos acima, não podemos atribuir um juízo de valor a respeito delas.

Fica a dica, sentenças interrogativas, exclamativas ou no imperativo não são


proposições. Apenas as sentenças afirmativas e negativas poderão ser
proposições.

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Perceberam o “poderão ser”? É isso mesmo, não basta a frase ser afirmativa ou
negativa para ser considerada uma proposição. É preciso que ela possa ser
julgada com “F” ou “V”. Vejamos mais alguns exemplos:

2+3=4
A metade de oito

E então, esses dois exemplos são proposições? Bom, voltando ao conceito “algo
declarado por meio de palavras ou de símbolos (expressões matemáticas) e cujo
conteúdo poderá ser considerado verdadeiro ou falso”. Portanto, só o primeiro
exemplo é considerado uma proposição, pois sabemos que 2 + 3 = 5 e não 4, o
que torna essa proposição falsa. Já o segundo exemplo, ele não apresenta algo
que poderá ser julgado com V ou F, pois a informação não possui sentido
completo, falta o predicado. Chamamos esse segundo exemplo apenas de
“expressão”.

Devemos saber também que existem expressões matemáticas e sentenças


afirmativas ou negativas às quais não podemos atribuir um valor lógico verdadeiro
ou falso. Isso mesmo, pode acontecer de uma sentença não ser nem exclamativa,
nem interrogativa e nem mesmo uma ordem, e, ainda assim, nós não
conseguimos atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela. Vejamos dois
exemplos:

Ele é campeão mundial de futebol com a seleção brasileira


x + 5 = 10

No primeiro caso, apesar de termos uma frase afirmativa, não podemos avaliar
sobre quem está se afirmando ser campeão mundial de futebol. O sujeito é uma
variável que pode ser substituída por um elemento qualquer que transformará a
sentença em verdadeira ou falsa. Ou seja, se esse “Ele” se referir a Pelé (por
exemplo) a sentença será verdadeira, caso se refira a Zico (por exemplo) a
sentença será falsa.

No segundo caso, a depender do valor atribuído para o “x”, a sentença será


verdadeira ou será falsa. Essas sentenças são denominadas sentenças abertas.
Existe a possibilidade de essas sentenças serem transformadas em proposições
com a utilização de um quantificador (“todo”, “existe”, etc). Mas isso nós veremos
mais na frente.

Assim, podemos classificar as sentenças em abertas e fechadas. A sentença


aberta é aquela em que existe uma variável que faz com que nós não consigamos
avaliar se são verdadeiras ou falsas. Já a sentença fechada é aquela que não
possui nenhuma variável, todas as informações são bem claras.

Por enquanto basta saber que mesmo as sentenças afirmativas e negativas


podem ser sentenças abertas e assim não serem consideradas proposições. Isso

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ocorrerá sempre que houver uma variável e nós não conseguirmos atribuir um
valor lógico para elas (vimos isso nesses dois últimos exemplos).

O último ponto que vale destacar é a sentença contraditória, o que chamamos de


paradoxo. São frases que serão falsas se a considerarmos verdadeiras e serão
verdadeiras se a considerarmos falsas. Confuso? Vejamos um exemplo:

“eu sempre falo mentiras”

Bom, se eu realmente sempre falo mentiras, essa frase é verdadeira, mas


contradiz o que está escrito nela, já que eu estaria falando uma verdade, o que a
torna falsa. Por outro lado, se eu não falo mentiras, essa frase é falsa, mas
contradiz o que está escrito nela, o que a torna verdadeira. Portanto, uma frase
como essa é chamada de paradoxo e não é considerada proposição lógica.

Resumindo:

Sentenças abertas: Possuem uma variável e por isso não podemos atribuir um
valor lógico para elas. Não são proposições.

Frases interrogativas, exclamativas ou imperativas: Não conseguimos atribuir um


valor lógico para elas. Não são proposições.

Paradoxos: Não são considerados proposições

Expressões sem sentido completo: Não são consideradas proposições

Proposições: São sentenças as quais podemos atribuir um valor lógico Verdadeiro


ou Falso.

Princípios

Existem alguns princípios que regem o estudo da lógica que devem ser vistos
aqui:

• Uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.


(Princípio da identidade);

• Nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.


(Princípio da Não-Contradição);

• Uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa: não há outra


possibilidade. (Princípio do Terceiro Excluído).

Esses princípios parecem bem óbvios. E são mesmo! Mas toda a teoria parte
destes princípios. Não é preciso decorá-los, foi só pra você ir perdendo o
preconceito e vendo que o assunto é bem simples!

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Vamos às questões!!!

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01 - (TCE/PB 2006 – FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o
termo a respeito do qual se declara algo) e predicado (o que se declara sobre
o sujeito). Na relação seguinte há expressões e sentenças:

1. Três mais nove é igual a doze.


2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.

É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de


números

(A) 1, 2 e 6.
(B) 2, 3 e 4.
(C) 3, 4 e 5.
(D) 1, 2, 5 e 6.
(E) 2, 3, 4 e 5.

Solução:

Nessa questão, vamos avaliar cada item e verificar quais são as sentenças:

1. Três mais nove é igual a doze.

Temos um sujeito (Três mais nove) e um predicado (é igual a doze). Portanto, é


uma sentença.

2. Pelé é brasileiro.

Temos um sujeito (Pelé) e um predicado (é brasileiro). Portanto, é uma sentença.

3. O jogador de futebol.

Aqui, temos apenas uma expressão, pois nada é dito a respeito do jogador de
futebol. Portanto, não é uma sentença.

4. A idade de Maria.

Aqui, temos apenas uma expressão, pois nada é dito a respeito da idade de Maria.
Portanto, não é uma sentença.

5. A metade de um número.

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Aqui, temos apenas uma expressão, pois nada é dito a respeito da metade de um
número. Portanto, não é uma sentença.

6. O triplo de 15 é maior do que 10.

Temos um sujeito (O triplo de 15) e um predicado (é maior de que 10). Portanto, é


uma sentença.

Assim, são sentenças os itens 1, 2 e 6.

Resposta letra A.

02 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere as seguintes frases:

I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.


II. (x + y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em
2000.

É verdade que APENAS

(A) I é uma sentença aberta.


(B) II é uma sentença aberta.
(C) I e II são sentenças abertas.
(D) I e III são sentenças abertas.
(E) II e III são sentenças abertas.

Solução:

Bom, nessa questão devemos identificar quais das frases são consideradas
sentenças abertas. Vimos que “Sentenças abertas possuem uma variável e por
isso não podemos atribuir um valor lógico para elas”. Assim, vamos analisar cada
uma:

I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.

Bom, nessa frase nós não sabemos identificar sobre quem estamos falando. O
“Ele” é uma variável que, a depender da pessoa a quem esteja se referindo, irá
tornar esta frase verdadeira ou falsa. Portanto, temos uma sentença aberta.

II. (x + y)/5 é um número inteiro.

Nessa frase temos duas variáveis “x” e “y”. A depender dos valores atribuídos a “x”
e a “y”, esta frase será verdadeira ou falsa. Portanto, temos uma sentença
aberta.

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III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em


2000.

Por fim, não temos nenhuma variável, podemos julgá-la verdadeira ou falsa, pois
se João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo a frase será
verdadeira, caso contrário será falsa. Portanto, não temos uma sentença aberta.

Resposta letra C.

03 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Das cinco frases abaixo,


quatro delas têm uma mesma característica lógica em comum, enquanto
uma delas não tem essa característica.

I. Que belo dia!


II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
III. O jogo terminou empatado?
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
V. Escreva uma poesia.

A frase que não possui essa característica comum é a

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) IV.
(E) V.

Solução:

Nessa questão, a maior dificuldade é saber o que a questão considera como


“característica lógica comum”. Aqui, essa “característica lógica comum” é
sabermos se as frases são ou não proposições. Isso ocorre com certa frequência
com questões de concurso, os enunciados às vezes não são muito claros. Qual o
problema de perguntar “Qual das frases abaixo é uma proposição?”. Pois é
exatamente isso que a questão quer saber. Vamos analisar cada frase:

I. Que belo dia!

Temos uma frase exclamativa, que já vimos que não é uma proposição.

II. Um excelente livro de raciocínio lógico.

Aqui está faltando o predicado, pois nada é dito a respeito de um excelente livro
de raciocínio lógico. Assim, esta frase não é uma proposição.

III. O jogo terminou empatado?

Temos uma frase interrogativa, que já vimos que não é uma proposição.

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IV. Existe vida em outros planetas do universo.

Bom, se existir vida em outro planeta, esta frase será verdadeira, caso não exista
vida em outro planeta, esta frase será falsa. Portanto, essa frase é uma
proposição.

V. Escreva uma poesia.

Temos uma frase no imperativo, que já vimos que não é uma proposição.

Resposta letra D.

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Voltando à teoria, devemos saber que as proposições podem ser simples ou


compostas:

A proposição simples é o elemento básico da lógica matemática. Ao dizer


“Arnaldo é alto” estamos fazendo uma única afirmação (ser alto) a respeito de uma
única pessoa (Arnaldo). Se disséssemos, por exemplo, “Arnaldo é alto e magro”,
estaríamos diante de duas informações (ser alto e ser magro) a respeito de uma
pessoa (Arnaldo). Esse segundo exemplo é o que chamamos proposição
composta que é o conjunto de duas ou mais proposições simples.

Podemos ver pela definição de proposição composta que ela pode possuir duas
ou mais proposições simples, que é o que normalmente encontramos em questões
de concurso.

Costumamos denominar as proposições simples por letras (A, B, C, P, Q ...).

“Arnaldo é alto”

A: Arnaldo é Alto

Quando estamos diante de uma proposição composta, denominamos cada


proposição simples contida nela por uma letra distinta.

“Arnaldo é alto e magro”

A: Arnaldo é Alto
B: Arnaldo é magro

Outro importante elemento da lógica matemática são os operadores lógicos. Eles


são os elementos que unem as proposições.

A seguir, apresentamos os operadores utilizados na lógica:

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~: negação
∧: conjunção (chamado de “e” ou “mas”)
v: disjunção (chamamos pela palavra “ou”)
→: condicional (lemos "se... então...")
↔: bicondicional (lê-se "...se e somente se...")
v: disjunção exclusiva (sua leitura é "ou...ou...")

Os mais comuns em questões de concurso são: ~, ∧, v, →. Os outros dois (↔ e v)


também aparecem, só que com menos frequência.

Devemos saber, agora, que toda e qualquer proposição deve possuir um valor
lógico Verdade ou Falsidade. Se uma proposição é verdadeira, seu valor lógico é
verdade e se uma proposição é falsa seu valor lógico é falsidade. Nunca poderá
existir uma proposição que seja falsa e verdadeira ao mesmo tempo.

Assim, para dizer que uma proposição composta é verdadeira ou falsa, devemos
analisar dois itens: o valor lógico de suas proposições simples e o tipo de operador
lógico que as une.

Vamos ver agora, como funciona cada operador. Para isso, utilizaremos umas
tabelinhas chamadas de tabelas-verdade. Essas tabelas indicam qual o resultado
da operação para cada possibilidade de valor lógico de suas proposições.

~: negação

Vamos ver sua tabela verdade:

A ~A
V F
F V

A negação transforma o valor lógico da proposição em seu valor oposto, ou seja,


se p é verdadeiro, ~p é falso, ou se p é falso, ~p é verdadeiro. Assim, a negação
de p é igual a ~p e a negação de ~p é igual a p.

∧: conjunção (“e” ou “mas”)

Fazendo sua tabela verdade:

A B A∧B
V V V
V F F
F V F
F F F

Vemos que na conjunção, o valor lógico resultante da operação só será verdadeiro


quando todas as suas proposições forem verdadeiras. Caso contrário, se alguma

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proposição for falsa, o valor lógico resultante será falso, ou seja, basta uma
proposição falsa para o resultado ser falso.

v: disjunção (“ou”)

Construindo sua tabela verdade:

A B AvB
V V V
V F V
F V V
F F F

Percebemos que na disjunção, o valor lógico resultante da operação só será falso


quando todas as suas proposições forem falsas. Caso contrário, se alguma
proposição for verdadeira, o valor lógico resultante será verdadeiro, ou seja, basta
uma proposição verdadeira para o resultado ser verdadeiro.

→: condicional (“se ... então ...”)

Fazendo sua tabela verdade, temos:

A B A→B
V V V
V F F
F V V
F F V

Aqui, vemos que na condicional o valor lógico resultante só será falso se a


primeira proposição for verdadeira e a segunda proposição for falsa.

Existe uma denominação utilizada na condicional que é de vital importância no


estudo para concursos que é saber quem é a condição necessária e quem é a
condição suficiente.

Numa condicional A → B, dizemos que:

A é condição suficiente para B


B é condição necessária para A

↔: bicondicional (“... se e somente se ...”)

Fazendo sua tabela verdade:

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A B A↔B
V V V
V F F
F V F
F F V

Agora, vemos que na bicondicional o valor lógico da operação será verdadeiro se


as duas proposições tiverem o mesmo valor, ou seja, se as duas forem
verdadeiras ou as duas forem falsas. Caso contrário, se as duas proposições
tiverem valores lógicos diferentes, o valor lógico resultante da operação será falso.

Aqui também existe uma denominação particular.

Numa bicondicional A ↔ B, dizemos que:

A é condição necessária e suficiente para B


B é condição necessária e suficiente para A

Podemos olhar para uma bicondicional como sendo a união de duas condicionais.
Vejamos:

A ↔ B é o mesmo que (A → B) ∧ (B → A).

v: disjunção exclusiva (“ou ... ou ...”)

Fazendo sua tabela verdade:

A B AvB
V V F
V F V
F V V
F F F

Para esse operador devemos observar que seu resultado será verdadeiro se os
valores lógicos das duas proposições forem diferentes. Caso contrário, se os
valores lógicos das duas proposições forem iguais, seu valor lógico será falso.

Vale destacar que este operador “v” difere do operador “v”, pois se as duas
proposições (“A” e “B”) forem verdadeiras, o resultado será verdadeiro para a
disjunção simples (“ou”) e será falso para a disjunção exclusiva (“ou ... ou ...”).

Antes das questões, vamos aprender a construir uma tabela verdade qualquer.

Para construir a tabela-verdade, primeiro é importante saber quantas linhas e


quantas colunas terá esta tabela. Para ilustrar melhor essa explicação, vamos
construir a tabela-verdade da proposição (A v B) → (C ∧ ~A).

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Para começar, o número de linhas vai depender da quantidade de variáveis


distintas da proposição. Essa quantidade é dada por 2n, onde n é a quantidade de
variáveis. Ou seja, quando temos 2 variáveis, teremos 22 = 4 linhas. Para 3
variáveis, teremos 23 = 8 linhas, e assim por diante. No caso do nosso exemplo,
temos 3 variáveis (A, B e C), portanto, teremos 23 = 8 linhas.

Agora, precisamos saber quantas colunas terá nossa tabela. Esse número de
colunas pode variar, mas deve ter no mínimo uma coluna para cada variável e
uma coluna para o resultado a ser calculado. No nosso exemplo teríamos 4
colunas (3 variáveis + 1 resultado). Essa é a quantidade mínima. De forma mais
didática, fazemos uma coluna para cada variável e uma coluna para cada
operação. No nosso exemplo temos 3 variáveis (A, B e C) e 4 operações (“~A”,
“v”, “∧” e “→”), um total de 3 + 4 = 7 colunas. Temos, também, que adicionar uma
linha para o cabeçalho, que terá primeiro as variáveis e depois as operações,
prevalecendo a ordem da matemática. Vamos partir para o desenho:

A B C ~A AvB C ∧ ~A (A v B) → (C ∧ ~A)
Cabeçalho

8 linhas

7 colunas

Agora, é só preencher a tabela. Começamos pelas variáveis, listando todas as


possíveis combinações. No nosso exemplo A, B e C podem ser: VVV, VVF, VFV,
VFF, FVV, FVF, FFV e FFF.

A B C ~A AvB C ∧ ~A (A v B) → (C ∧ ~A)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Por fim, fazemos as operações, sempre na ordem da matemática (primeiro o que


está dentro dos parênteses, em seguida, o que está dentro dos colchetes e, por
fim, o que está fora):

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A B C ~A AvB C ∧ ~A (A v B) → (C ∧ ~A)
V V V F V F F
V V F F V F F
V F V F V F F
V F F F V F F
F V V V V V V
F V F V V F F
F F V V F V V
F F F V F F V

Pra fixar, vamos às questões!

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04 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere a proposição


“Paula estuda, mas não passa no concurso”. Nessa proposição, o conectivo
lógico é:

(A) condicional.
(B) bicondicional.
(C) disjunção inclusiva.
(D) conjunção.
(E) disjunção exclusiva.

Solução:

Nessa questão, devemos simplesmente identificar qual o conectivo da frase


“Paula estuda, mas não passa no concurso”. Vimos que os conectivos unem
duas proposições simples. Assim:

“Paula estuda, mas não passa no concurso”

Separando as proposições simples, percebemos que o conectivo é o “mas”, que,


como vimos na parte teórica, trata-se de uma conjunção.

Resposta letra D.

05 - (TJ/SE 2009 – FCC) Considere as seguintes premissas:

p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.

A afirmação “Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata” é FALSA se

(A) p é falsa e ~q é falsa.


(B) p é falsa e q é falsa.
(C) p e q são verdadeiras.

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(D) p é verdadeira e q é falsa.


(E) ~p é verdadeira e q é falsa.

Solução:

Nessa questão, temos as proposições simples “p” e “q”, e devemos saber quando
que a proposição composta “~p v q” é falsa. Vimos que para uma disjunção ser
falsa, todas as suas proposições devem ser falsas. Assim, “~p” deve ser falsa e “q”
deve ser falsa para que a proposição “~p v q” seja falsa. Ou seja, “p” deve ser
verdadeira e “q” deve ser falsa. Vamos analisar cada alternativa:

(A) p é falsa e ~q é falsa.

Vimos que a proposição “p” deve ser verdadeira. Alternativa incorreta.

(B) p é falsa e q é falsa.

Vimos que a proposição “p” deve ser verdadeira. Alternativa incorreta.

(C) p e q são verdadeiras.

Vimos que a proposição “q” deve ser falsa. Alternativa incorreta.

(D) p é verdadeira e q é falsa.

Realmente, “p” deve ser verdadeira e “q” deve ser falsa. Alternativa correta.

(E) ~p é verdadeira e q é falsa.

Vimos que a proposição “~p” deve ser falsa. Alternativa incorreta.

Resposta letra D.

06 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Assinale a alternativa que apresenta


uma proposição composta cujo valor lógico é verdadeiro.

(A) 42 = 24 ∧ (−3)2 = −9
(B) 2 + 3 = 6 v 21 é primo
(C) 7 ≤ 7 → −1 < −2
(D) 32 = 8 → 1 < 2
(E) 3 − 2 = 1 → 4 ≤ 3

Solução:

Bom, a questão pede que marquemos a alternativa que apresenta uma proposição
composta com valor lógico verdadeiro. Para isso, vamos analisar cada alternativa:

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(A) 42 = 24 ∧ (−3)2 = −9

Nessa alternativa, estamos diante de uma conjunção (∧). Toda conjunção só será
verdadeira se os valores lógicos de suas proposições simples forem todos
verdadeiros. Com isso, devemos testar se “42 = 24” é verdadeiro e se “(−3)2 = −9”
também é verdadeiro:

42 = 24
16 = 16

Temos uma identidade, o que prova que esta proposição simples é verdadeira.

(−3)2 = −9
9 = -9

Como 9 não é igual a –9, estamos diante de uma proposição falsa. Assim:

42 = 24 ∧ (−3)2 = −9
V ∧ F (a conjunção V ∧ F possui valor lógico falso)
F

Portanto, este item não possui valor lógico verdadeiro. Item errado!

(B) 2 + 3 = 6 v 21 é primo

Nessa alternativa, estamos diante de uma disjunção (v). Toda disjunção será
verdadeira se os valores lógicos de qualquer uma de suas proposições simples
forem verdadeiros. Com isso, basta que “2 + 3 = 6” seja verdadeiro ou que “21 é
primo” seja verdadeiro:

2+3=6
5=6

Como 5 não é igual a 6, estamos diante de uma proposição falsa.

21 é primo

Como 21 não é um número primo, já que ele é divisível por 1, 3, 7 e 21, esta
proposição é falsa (lembrando que um número natural é primo quando ele é
divisível apenas por 1 e por ele mesmo). Assim:

2 + 3 = 6 v 21 é primo
F v F (a disjunção F v F possui valor lógico falso)
F

Portanto, este item não possui valor lógico verdadeiro. Item errado!

(C) 7 ≤ 7 → −1 < −2

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Nessa alternativa, estamos diante de uma condicional (→). A condicional será


verdadeira sempre que a primeira proposição for falsa ou quando as duas
proposições forem verdadeiras. Com isso, basta que “7 ≤ 7” seja falsa, ou, se
“7 ≤ 7” for verdadeira, que “−1 < −2” também seja verdadeira:

7≤7

Como 7 = 7, esta proposição é verdadeira. Com isso, a proposição “−1 < −2”
também deverá ser verdadeira para que a condicional seja verdadeira:

−1 < −2

Como –1 é maior do que –2, esta proposição é falsa. Assim:

7 ≤ 7 → −1 < −2
V → F (a condicional V → F possui valor lógico falso)
F

Portanto, este item não possui valor lógico verdadeiro. Item errado!

(D) 32 = 8 → 1 < 2

Nessa alternativa, estamos mais uma vez diante de uma condicional (→). Vimos
no item anterior que a condicional será verdadeira sempre que a primeira
proposição for falsa ou quando as duas proposições forem verdadeiras. Com isso,
basta que “32 = 8” seja falsa, ou, se “32 = 8” for verdadeira, que “1 < 2” também
seja verdadeira:

32 = 8
9=8

Como 9 não é igual a 8, esta proposição é falsa. Assim, isso já é suficiente para
que a proposição “32 = 8 → 1 < 2” seja verdadeira, pois para F → K, K pode
possuir qualquer valor lógico que esta condicional será verdadeira. Item correto!

(E) 3 − 2 = 1 → 4 ≤ 3

Só para ilustrar, estamos mais uma vez diante de uma condicional. Assim:

3−2=1
1=1

Como 1 é igual a 1, esta proposição é verdadeira.

4≤3

Como 4 é maior do que 3, esta proposição é falsa. Com isso:

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3−2=1→ 4≤3
V → F (a condicional V → F possui valor lógico falso)
F

Portanto, este item não possui valor lógico verdadeiro. Item errado!

Resposta letra D.

07 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) Considere as proposições simples


abaixo.

p: “Janaína é irmã de Mariana.”


q: “Mariana é filha única.”

Simbolizam-se por ~p e ~q, respectivamente, as negações de p e de q.

A proposição composta ~p ∧ q corresponde a:

(A) Janaína é irmã de Mariana e Mariana é filha única.


(B) Janaína não é irmã de Mariana e Mariana é filha única.
(C) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana é filha única.
(D) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana não é filha única.
(E) Se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.

Solução:

Nessa questão, temos:

p: “Janaína é irmã de Mariana.”


q: “Mariana é filha única.”

Queremos saber como fica na linguagem corrente a proposição ~p ∧ q:

~p: “Janaína não é irmã de Mariana.”

Assim,

~p ∧ q
~p ∧ q: Janaína não é irmã de Mariana e Mariana é filha única

Resposta letra B.

08 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Leia atentamente as proposições simples P


e Q:

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P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.


Q: João foi aprovado em um concurso.

Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta em relação a P


e Q é:

(A) Se não Q, então P.


(B) Se não P, então não Q.
(C) Se P, então Q.
(D) Se Q, então P.
(E) Se P, então não Q.

Solução:

Vimos que numa condicional, quando a primeira proposição simples é verdadeira,


a segunda também deverá ser verdadeira para que a condicional seja verdadeira.
Caso a primeira proposição simples seja falsa, a segunda proposição simples
pode ser verdadeira ou falsa que a condicional será verdadeira.

Agora, vamos analisar cada alternativa:

(A) Se não Q, então P.

Se João não foi aprovado em um concurso então João foi aprovado no concurso
do Tribunal.

Veja que se a primeira proposição simples for verdadeira (João não foi aprovado
em um concurso) a segunda será falsa (pois ele não poderá ter sido aprovado no
concurso do Tribunal). Portanto, essa condicional não está correta.

(B) Se não P, então não Q.

Se João não foi aprovado no concurso do Tribunal então João não foi aprovado
em um concurso.

Veja que se a primeira proposição simples for verdadeira (João não foi aprovado
no concurso do Tribunal) a segunda poderá ser falsa ou verdadeira (pois ele pode
ou não ter sido aprovado em outro concurso). Portanto, essa condicional não
está correta.

(C) Se P, então Q.

Se João foi aprovado no concurso do Tribunal então João foi aprovado em um


concurso.

Veja que se a primeira proposição simples for verdadeira (João foi aprovado no
concurso do Tribunal) com certeza a segunda será verdadeira (pois ele

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certamente terá sido aprovado em um concurso: o do próprio Tribunal). Portanto,


essa condicional está correta.

(D) Se Q, então P.

Se João foi aprovado em um concurso então João foi aprovado no concurso do


Tribunal.

Veja que se a primeira proposição simples for verdadeira (João foi aprovado em
um concurso) a segunda poderá ser falsa ou verdadeira (pois ele poderá ter sido
aprovado ou não no concurso do Tribunal, já que ele pode ter sido aprovado em
outro concurso). Portanto, essa condicional não está correta.

(E) Se P, então não Q.

Se João foi aprovado no concurso do Tribunal então João não foi aprovado em
um concurso.

Veja que se a primeira proposição simples for verdadeira (João foi aprovado no
concurso do Tribunal) a segunda certamente será falsa (pois ele realmente foi
aprovado em um concurso). Portanto, essa condicional não está correta.

Resposta letra C.

09 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC)) Considere o argumento


seguinte:

Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação


fiscal, então a arrecadação aumenta. Ou as penalidades aos sonegadores
não são aplicadas ou o controle de tributos é ineficiente. É exercida a
repressão à sonegação fiscal. Logo, se as penalidades aos sonegadores são
aplicadas, então a arrecadação aumenta.

Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-verdade,


qual deverá ser o seu número de linhas?

(A) 4
(B) 8
(C) 16
(D) 32
(E) 64

Solução:

Lembram-se da quantidade de linhas da tabela-verdade? É igual 2n, onde n é a


quantidade de variáveis. Assim, basta contarmos a quantidade de variáveis
envolvidas no argumento:

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Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação fiscal,


então a arrecadação aumenta.

Ou as penalidades aos sonegadores não são aplicadas ou o controle de tributos é


ineficiente.

É exercida a repressão à sonegação fiscal.

Logo, se as penalidades aos sonegadores são aplicadas, então a arrecadação


aumenta.

Pelas cores que eu destaquei, podemos perceber que temos 4 variáveis (letras
que representam as proposições simples). Por exemplo:

p: o controle de tributos é eficiente


q: é exercida a repressão à sonegação fiscal
r: a arrecadação aumenta
s: as penalidades aos sonegadores são aplicadas

Portanto, o número de linhas da tabela verdade é dado por:

2n = 24 = 16

Resposta letra C.

10 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e


q são proposições.

p q ?
V V F
V F V
F V F
F F F

A proposição composta que substitui corretamente o ponto de interrogação


é

(A) p ↔ q
(B) ~ (p v q)
(C) p ∧ q
(D) p → q
(E) ~(p → q)

Solução:

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Bom, uma maneira de resolver essa questão é construir a tabela-verdade de cada


alternativa e compará-las com o enunciado. Vamos lá!

(A) p ↔ q

Essa é direta

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Portanto, alternativa incorreta.

(B) ~ (p v q)

Aqui temos a negação de uma disjunção simples

p q pvq ~(p v q)
V V V F
V F V F
F V V F
F F F V

Portanto, alternativa incorreta.

(C) p ∧ q

Essa também é direta

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Portanto, alternativa incorreta.

(D) p → q

Mais uma direta

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p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Portanto, alternativa incorreta.

(E) ~(p → q)

Aqui temos a negação de uma condicional

p q p → q ~(p → q)
V V V F
V F F V
F V V F
F F V F

Portanto, alternativa correta.

Resposta letra E.

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2 - Tautologia, Contradição e Contingência

Esses assuntos são bem simples. Tratam-se, na verdade, de casos particulares


das proposições compostas. Por meio da tabela-verdade é possível identificá-los
de maneira rápida e direta. Vejamos:

Tautologia - Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia (ou uma
proposição logicamente verdadeira) quando, ao testarmos todos os possíveis
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a
última coluna contém somente a letra V. Ou melhor, é toda proposição composta
cujo valor lógico será sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos
de suas proposições simples.

Exemplo:

p v ~p

p ~p p v ~p
V F V
F V V

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Contradição - Dizemos que uma proposição composta é uma contradição (ou


uma proposição logicamente falsa) quando, ao testarmos todos os possíveis
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a
última coluna contém somente a letra F. Ou melhor, é toda proposição composta
cujo valor lógico será sempre F (falsidade), independentemente dos valores
lógicos de suas proposições simples. A contradição é o oposto da tautologia, pois
enquanto na tautologia há unanimidade da letra V na última coluna da tabela-
verdade, na contradição somente aparece a letra F.

Exemplo:

p ∧ ~p

p ~p p ∧ ~p
V F F
F V F

Aqui vale fazer uma observação: Toda negação de uma tautologia consiste numa
contradição e toda negação de uma contradição resulta numa tautologia.

A contingência é toda proposição composta que não é nem uma tautologia nem
uma contradição. Há, pelo menos, um V e um F na última coluna da tabela-
verdade. É bem simples, caso a proposição composta não seja nem uma
tautologia nem uma contradição, será chamada de contingência.

Exemplo:

p∧q

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Vamos às questões!!!

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11 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Seja a sentença aberta


A: (~p v p) ↔ e a sentença B: “Se o espaço for ocupado por
uma __(I)__ , a sentença A será uma __(II)__”. A sentença B se tornará
verdadeira se I e II forem substituídos, respectivamente, por

(A) tautologia e contingência.


(B) contingência e contingência.
(C) contradição e tautologia.
(D) contingência e contradição.

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(E) tautologia e contradição.

Solução:

Essa é uma questão muito interessante. Podemos perceber que o retângulo


poderá tornar a sentença A uma tautologia, uma contradição ou uma contingência.
Vejamos:

A: (~p v p) ↔

Analisando esta bicondicional, podemos perceber que (~p v p) será sempre


verdadeira:

p ~p ~p v p
V F V
F V V

Assim, podemos reescrever A da seguinte forma:

A: V ↔

Logo, sabendo que uma bicondicional é verdadeira quando os dois termos


possuem o mesmo valor lógico e que a bicondicional é falsa quando os dois
termos possuem valores lógicos diferentes, podemos concluir que A será
verdadeira quando o retângulo for verdadeiro e será falsa quando o retângulo for
falso. Assim, temos três opções para o retângulo: sempre verdadeiro (tautologia),
sempre falso (contradição) ou às vezes verdadeiro às vezes falso (contingência).
Para cada uma dessas três opções, a proposição A terá um comportamento
diferente:

Para o retângulo considerado uma tautologia ⇒ “A” também é uma tautologia

Para o retângulo considerado uma contradição ⇒ “A” também é uma contradição

Para o retângulo considerado uma contingência ⇒ “A” também é uma


contingência

Portanto, a única alternativa apresentada que satisfaz essa análise é a letra B.

Resposta letra B.

12 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Dada a sentença


→ ~(~p ∧ q ∧ r), complete o espaço com uma e uma só das
sentenças simples p, q, r ou a sua negação ~p, ~q ou ~r para que a sentença
dada seja uma tautologia. Assinale a opção que responde a essa condição.

(A) Somente q.

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(B) Somente p.
(C) Somente uma das duas: q ou r.
(D) Somente uma das três: ~p, q ou r.
(E) Somente uma das três: p, ~q ou ~r.

Solução:

Bom, devemos lembrar que uma condicional só será falsa se a primeira


proposição for verdadeira e a segunda for falsa, ou seja, se o retângulo tiver valor
lógico verdadeiro e a proposição “~(~p ∧ q ∧ r)” tiver valor lógico falso. Assim,
vamos primeiro verificar as possibilidades da proposição “~(~p ∧ q ∧ r)” ser falsa.

Olhando com cuidado, podemos perceber que temos uma negação da proposição
(~p ∧ q ∧ r). Assim, essa negação só será falsa quando a proposição
(~p ∧ q ∧ r) for verdadeira. Essa proposição é uma conjunção, que só será
verdadeira quando “~p”, “q” e “r” forem verdadeiras simultaneamente.

Com isso, podemos concluir que sempre que o retângulo for substituído pelas
proposições “~p”, “q” ou “r”, a condicional poderá ter um valor falso (e não será
uma tautologia), pois teremos:

~p sendo verdadeiro

~p → ~(~p ∧ q ∧ r)
V → ~(V ∧ q ∧ r), que será falso para “q” e “r” verdadeiros

q sendo verdadeiro

q → ~(~p ∧ q ∧ r)
V → ~(~p ∧ V ∧ r), que será falso para “~p” e “r” verdadeiros

r sendo verdadeiro

r → ~(~p ∧ q ∧ r)
V → ~(~p ∧ q ∧ V), que será falso para “~p” e “q” verdadeiros

Assim, podemos concluir que só teremos tautologia quando p, ~q ou ~r


substituírem o retângulo.

Resposta letra E.

13 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Abaixo são apresentadas 3


proposições compostas.

I. p ∧ ~p
II. p v ~p
III. p → p

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É(São) tautologia(s) APENAS

(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.

Solução:

Conforme vimos acima, uma proposição composta é considerada uma tautologia


(ou logicamente verdadeira) se sua tabela-verdade apresenta apenas valor “V”
para todos os possíveis valores lógicos de suas proposições simples.

Assim, vamos analisar cada um dos três itens por meio de suas tabelas-verdade:

I. p ∧ ~p

p ~p p ∧ ~p
V F F
F V F

Olhando para a tabela-verdade, percebemos que não se trata de uma tautologia,


e sim, de uma contradição (só apresenta valor “F” na última coluna). Item errado.

II. p v ~p

p ~p p v ~p
V F V
F V V

Olhando para a tabela-verdade, percebemos que se trata de uma tautologia, pois


só aparece valor “V” na última coluna. Item correto.

III. p → p

p p→p
V V
F V

Olhando para a tabela-verdade, percebemos que se trata de uma tautologia, pois


só aparece valor “V” na última coluna. Item correto.

Portanto, apenas II e III são tautologias.

Resposta letra E.

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14 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) Tautologias são proposições compostas


cuja tabela-verdade dá sempre verdadeiro, não importando se as
proposições simples p e q são verdadeiras ou falsas. Na proposição
composta p  (p ∆ q) os símbolos  e ∆ representam conectivos. Assinale a
alternativa que apresenta, na ordem, conectivos que, ao substituírem o
quadrado e o triângulo, transformam a proposição composta em uma
tautologia.

(A) → v
(B) → ∧
(C) ∧ →
(D) ∧ ∧
(E) ∧ v

Solução:

Bom, uma maneira de resolver essa questão é testar cada uma das cinco
alternativas e verificar se resultam em tautologia ou não. Vamos lá!

(A) → v

p q pvq p → (p v q)
V V V V
V F V V
F V V V
F F F V

Portanto, já encontramos a resposta da nossa questão. Item correto.

De qualquer forma, vamos continuar testando as outras alternativas.

(B) → ∧

p q p∧q p → (p ∧ q)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V

Portanto, não é uma tautologia. Item errado.

(C) ∧ →

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p q p→q p ∧ (p → q)
V V V V
V F F F
F V V F
F F V F

Portanto, não é uma tautologia. Item errado.

(D) ∧ ∧

p q p∧q p ∧ (p ∧ q)
V V V V
V F F F
F V F F
F F F F

Portanto, não é uma tautologia. Item errado.

(E) ∧ v

p q pvq p ∧ (p v q)
V V V V
V F V V
F V V F
F F F F

Portanto, não é uma tautologia. Item errado.

Resposta letra A.
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3 - Implicação Lógica

Dizemos que uma proposição “A” implica em outra “B”, se “B” é verdadeira todas
as vezes que “A” é verdadeira. Assim, em nenhuma linha da tabela-verdade de “A”
e “B” aparece VF, ou seja, não temos simultaneamente o “A” verdadeiro e o “B”
falso. Usamos para a implicação o símbolo ”⇒”. Vamos ver um exemplo:

p ⇒ (p v q)

p q pvq
V V V
V F V
F V V
F F F

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Podemos dizer que p ⇒ p v q, pois sempre que o “p” é verdadeiro, “p v q” também


é verdadeiro.

Devemos notar que uma proposição “A” implica numa proposição “B”, sempre que
a condicional “A → B” for verdadeira.

Das possíveis implicações, a mais importante para concurso é a propriedade


transitiva:

(p → q) ∧ (q → r) ⇒ p → r

p q r p→q q→r (p → q) ∧ (q → r) p→r


V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F V F V
V F F F V F F
F V V V V V V
F V F V F F V
F F V V V V V
F F F V V V V

4 - Equivalência Lógica

Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas forem formadas pelas
mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade forem iguais. Ou seja, pra os
mesmos valores lógicos de suas proposições simples, seus valores resultantes
serão sempre os mesmos. Usamos para a equivalência o símbolo "⇔". Vamos
ver um exemplo:

A proposição “~p v q” e a proposição “p → q”:

p q ~p ~p v q p→q
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Podemos dizer que ~p v q ⇔ p → q, pois as suas tabelas verdade são iguais,


conforme mostrado acima.

Devemos notar que uma proposição “A” é equivalente à proposição “B”, sempre
que a bicondicional “A ↔ B” for verdadeira.

Negação de proposições compostas

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Algumas das principais equivalências são aquelas que negam as proposições


compostas.

Já vimos o operador “~” (negação) utilizado numa proposição simples. Veremos,


agora, o que ocorre se negarmos uma proposição composta. O resultado
dependerá da estrutura dessa proposição.

• Negação da conjunção: ~(p ∧ q)

Para realizar a negação de uma conjunção, executaremos 3 passos:

1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “e” pelo “ou”

Portanto, a negação de (p ∧ q) é (~p v ~q). Podemos dizer então que:

~(p ∧ q) ⇔ ~p v ~q

Não iremos demonstrar aqui, como chegamos a este resultado. Basta saber que a
tabela-verdade da proposição composta e de sua negação devem ser opostas, ou
seja, sempre que uma for verdadeira, a outra deverá ser falsa e sempre que uma
for falsa a outra deverá ser verdadeira.

p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p v ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

• Negação da disjunção: ~(p v q)

Para realizar a negação de uma disjunção, executaremos, também, 3 passos:

1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “ou” pelo “e”

Portanto, a negação de (p v q) é (~p ∧ ~q). Podemos dizer então que:

~(p v q) ⇔ ~p ∧ ~q

Da mesma forma que a conjunção, vamos apenas demonstrar a tabela-verdade:

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p q ~p ~q pvq ~(p v q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

• Negação da condicional: ~(p → q)

Para realizar a negação de uma condicional, executaremos, mais uma vez, 3


passos:

1- Mantemos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “se ... então...” pelo “e”

Portanto, a negação de (p → q) é (p ∧ ~q). Podemos dizer então que:

~(p → q) ⇔ p ∧ ~q

Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade:

p q ~p ~q p → q ~(p → q) p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F V F F
F F V V V F F

• Negação da bicondicional: ~(p ↔ q)

Na negação da bicondicional (p ↔ q), que como vimos acima, é o mesmo que


(p → q) ∧ (q → p), faremos o que já aprendemos para a negação da conjunção e
da condicional. Vejamos:

1- Chamamos “p → q” de k
2- Chamamos “q → p” de j

Teremos então uma conjunção: k ∧ j

Para negar uma conjunção, já vimos que devemos negar as proposições e trocar o
operador “e” por “ou”. Assim:

~(k ∧ j) = ~k v ~j

Retornando os valores de k e j, temos:

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~(p → q) v ~(q → p)

Substituindo, agora, o que aprendemos para a negação da condicional, temos:

~(p → q) v ~(q → p) = (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)

Portanto, a negação de (p ↔ q) é (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p).

~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)

Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade:

p q ~p ~q p ↔ q ~(p ↔ q) (p ∧ ~q) (q ∧ ~p) (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)


V V F F V F F F F
V F F V F V V F V
F V V F F V F V V
F F V V V F F F F

Vamos a algumas questões!

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15 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) A negação de p → ~q é

(A) p → q
(B) ~p → q
(C) p v q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q

Solução:

Devemos saber que a negação de uma condicional A → B é dada por:

~(A → B) = A ∧ ~B

Ou seja, mantemos o primeiro termo (A), substituímos a condicional (→) por uma
conjunção (∧), e negamos o segundo termo (B)

Assim, a negação de p → ~q é dada por:

~(p → ~q) = p ∧ ~(~q)


~(p → ~q) = p ∧ q

Resposta letra E.

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16 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) A negação da proposição composta


“Janaína é irmã de Mariana e Mariana não é filha única” é

(A) se Janaína é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.


(B) se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana não é filha única.
(C) se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.
(D) Janaína é irmã de Mariana e Mariana é filha única.
(E) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana é filha única.

Solução:

Passando a proposição “Janaína é irmã de Mariana e Mariana não é filha única”


para a linguagem simbólica, temos:
p ∧ ~q
Janaína é irmã de Mariana e Mariana não é filha única

Portanto, devemos negar uma proposição composta do tipo A ∧ B (uma


conjunção). Sabemos que a negação dessa conjunção é dada por:

~(A ∧ B) = ~A v ~B

Assim, a negação de p ∧ ~q é dada por:

~(p ∧ ~q) = ~p v ~(~q)

que é o mesmo que

~(p ∧ ~q) = ~p v q

Assim, temos:

p: “Janaína é irmã de Mariana.”


q: “Mariana é filha única.”
e
~p: “Janaína não é irmã de Mariana.”
~q: “Mariana não é filha única.”

Por fim,

~p v q = “Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana é filha única”

Resposta letra E.

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Voltando para a teroria...

Mais Equivalências

• Lei Associativa

(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)

Essa propriedade, que vale apenas para a conjunção e para a disjunção, pode ser
verificada por meio da tabela-verdade. Vamos demonstrar a propriedade para a
conjunção:

A B C A ∧ B (A ∧ B) ∧ C B ∧ C A ∧ (B ∧ C)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F

O mesmo pode ser verificado para a disjunção (tente em casa!).

• Lei Distributiva

A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)

Mais uma vez, a propriedade só vale para a conjunção e para a disjunção. Vamos
demonstrar, por meio da tabela-verdade:

A B C BvC A ∧ (B v C) A ∧ B A ∧ C (A ∧ B) v (A ∧ C)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F

• Dupla Negação

~(~A) ⇔ A

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Essa é bem intuitiva. Vamos direto para a tabela-verdade:

A ~A ~(~A)
V F V
F V F

• Equivalências da Condicional

~A → A ⇔ A

Vamos direto para a tabela-verdade:

A ~A ~A → A
V F V
F V F

A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A

Essas são as equivalências mais importantes. Vamos demonstrar as duas com


uma única tabela-verdade:

A B ~A ~B A → B ~A v B ~B → ~A
V V F F V V V
V F F V F F F
F V V F V V V
F F V V V V V

• Equivalências da Bicondicional

A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)

Para concluir, as duas últimas equivalências:

A B A → B B → A A ↔ B (A → B) ∧ (B → A)
V V V V V V
V F F V F F
F V V F F F
F F V V V V

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A B ~A ~B A ∧ B ~A ∧ ~B A ↔ B (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)
V V F F V F V V
V F F V F F F F
F V V F F F F F
F F V V F V V V

Agora, para fixar, vamos listar todas as equivalências citadas acima:

(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)
~(~A) ⇔ A
~A → A ⇔ A
A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)

Não é preciso decorar essas equivalências, pois todas elas podem ser
demonstradas a qualquer momento. No entanto, na medida em que formos
resolvendo as questões, iremos perceber que elas podem ser muito úteis. Com o
tempo, algumas dessas equivalências serão decoradas por você naturalmente.
Isso fará com que você ganhe tempo na hora da prova.

Vamos às questões!!!

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

17 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Se p e q são proposições,


então a proposição p ∧ (~q) é equivalente a

(A) ~(q → ~p)


(B) ~(p v q)
(C) ~(p → ~q)
(D) ~(p → q)
(E) ~q → ~p

Solução:

Nessa questão, podemos simplesmente construir a tabela-verdade de todas as


alternativas e compará-las com a tabela verdade da proposição do enunciado.
Outra forma de resolver é tentar simplificar as proposições das alternativas
tentando encontrar a proposição do enunciado. Vejamos:

(A) ~(q → ~p)

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A negação dessa condicional é dada por:

~(q → ~p) = q ∧ ~(~p) = q ∧ p = p ∧ q (que é diferente da proposição do


enunciado). Item errado

(B) ~(p v q)

A negação dessa disjunção é dada por:

~(p v q) = ~p ∧ ~q (que é diferente da proposição do enunciado). Item errado.

(C) ~(p → ~q)

A negação dessa condicional é dada por:

~(p → ~q) = p ∧ ~(~q) = p ∧ q (que é diferente da proposição do enunciado). Item


errado.

(D) ~(p → q)

A negação dessa condicional é dada por:

~(p → q) = p ∧ ~q (que é igual à proposição do enunciado). Item correto.

(E) ~q → ~p

Nessa última alternativa, já temos a condicional resultante. Sabemos que uma


condicional qualquer só possui um possível valor lógico falso, enquanto que uma
conjunção só possui um possível valor lógico verdadeiro. Logo, essas proposições
não podem ser equivalentes. Item errado.

Resposta letra D.

18 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Assinale a alternativa que apresenta


uma proposição logicamente equivalente a ~p → q.

(A) p → q
(B) p → ~q
(C) q → ~p
(D) ~q → p
(E) ~q → ~p

Solução:

Devemos lembrar que duas proposições são ditas equivalentes quando elas
possuem a mesma tabela-verdade, ou seja, os mesmos valores lógicos. Assim,

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para resolver esta questão basta construir a tabela verdade de cada uma das
alternativas e comparar com a tabela-verdade de ~p → q:

p q ~p ~p → q
V V F V
V F F V
F V V V
F F V F

Comparando com as alternativas, temos:

(A) p → q

p q ~p p→q ~p → q
V V F V V
V F F F V
F V V V V
F F V V F

Item errado, pois as tabelas-verdade não são iguais.

(B) p → ~q

p q ~p ~q p → ~q ~p → q
V V F F F V
V F F V V V
F V V F V V
F F V V V F

Item errado, pois as tabelas-verdade não são iguais.

(C) q → ~p

p q ~p q → ~p ~p → q
V V F F V
V F F V V
F V V V V
F F V V F

Item errado, pois as tabelas-verdade não são iguais.

(D) ~q → p

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p q ~p ~q ~q → p ~p → q
V V F F V V
V F F V V V
F V V F V V
F F V V F F

Item correto, pois suas tabelas-verdade são iguais. Essa é a resposta.

(E) ~q → ~p

p q ~p ~q ~q → ~p ~p → q
V V F F V V
V F F V F V
F V V F V V
F F V V V F

Item errado, pois as tabelas-verdade não são iguais.

Uma outra forma de resolver esta questão é você se lembrar desta equivalência:

p → q = ~q → ~p (uma condicional é equivalente a sua contrapositiva)

Assim, fazendo o mesmo para ~p → q:

~p → q = ~q → ~(~p)

que é o mesmo que:

~p → q = ~q → p

Resposta letra D.

19 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Das proposições abaixo, a


única que é logicamente e equivalente a p → q é

(A) q → ~p
(B) ~(q → p)
(C) ~q → ~p
(D) ~q → p
(E) ~p → ~q

Solução:

Nessa questão, da mesma forma que fizemos na questão anterior, poderíamos


simplesmente construir as tabelas-verdade das alternativas e compará-las com a

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tabela-verdade da proposição do enunciado. Outra forma de resolver é


simplesmente lembrar da principal equivalência da condicional:

p → q ⇔ ~q → ~p

Aconselho decorar essa equivalência, pois ela pode ser muito útil na prova. Nessa
questão, por exemplo, você não perderia mais do que um minuto para resolvê-la
se tivesse decorado essa equivalência.

Resposta letra C.

20 - (TCE/MG 2007 – FCC) São dadas as seguintes proposições:

(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.


(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é
eficiente.
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.

É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições


de números

(A) 2 e 4
(B) 2 e 3
(C) 2, 3 e 4
(D) 1, 2 e 3
(E) 1, 3 e 4

Solução:

Nessa questão, vamos começar passando as quatro proposições para a


linguagem simbólica:

(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.

p: Jaime trabalha no Tribunal de Contas


q: Jaime é eficiente

Assim, a proposição 1 fica:

(1) p → q

(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.

(2) ~p → ~q

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(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é


eficiente.

(3) ~(p ∧ ~q)

(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.

(2) q v ~p

Bom, agora nos resta verificar quais são as proposições equivalentes. Para isso,
vou construir um “tabelão-verdade”:

(1) (2) (3) (4)


p q ~p ~q p ∧ ~q p→q ~p → ~q ~(p ∧ ~q) q v ~p
V V F F F V V V V
V F F V V F V F F
F V V F F V F V V
F F V V F V V V V

Portanto, são equivalentes as proposições 1, 3 e 4.

Resposta letra E.

21 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Dentre as alternativas abaixo,


assinale a correta.

(A) A proposição "Se está quente, ele usa camiseta", é logicamente


equivalente à proposição "Não está quente e ele usa camiseta".
(B) A proposição "Se a Terra é quadrada então a Lua é triangular"é falsa.
(C) A proposição ~(p ∧ q) e (~p v ~q) não são logicamente equivalentes.
(D) A negação da proposição "Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo
está bom", é a proposição "Ele não faz caminhada se, e somente se, o tempo
não está bom".
(E) A proposição ~[p v ~(p ∧ q)] é logicamente falsa.

Solução:

Nessa questão, vamos analisar cada alternativa:

(A) A proposição "Se está quente, ele usa camiseta", é logicamente


equivalente à proposição "Não está quente e ele usa camiseta".

Vamos começar passando as duas proposições para a linguagem simbólica:

p: está quente
q: ele usa camiseta

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p → q: Se está quente, ele usa camiseta


~p ∧ q: Não está quente e ele usa camiseta

Construindo a tabela-verdade dessas duas proposições, temos:

p q ~p p→q ~p ∧ q
V V F V F
V F F F F
F V V V V
F F V V F

Logo, as duas proposições não são logicamente equivalentes. Item errado.

(B) A proposição "Se a Terra é quadrada então a Lua é triangular" é falsa.

Podemos perceber que temos nesse item uma condicional. Passando para a
linguagem simbólica, temos:

p: a Terra é quadrada
q: a Lua é triangular

p → q: Se a Terra é quadrada então a Lua é triangular

Ora, sabemos que a Terra não é quadrada e sabemos que a Lua não é triangular,
portanto, tanto o “p” quanto o “q” são falsos. Assim:

p→q
F→F=V

Logo, o item está errado.

(C) As proposições ~(p ∧ q) e (~p v ~q) não são logicamente equivalentes.

Podemos perceber que a proposição ~(p ∧ q) é a negação de uma conjunção, que


é dada por:

~(p ∧ q) = ~p v ~q

Logo, ~(p ∧ q) é equivalente a (~p v ~q). Item errado.

(D) A negação da proposição "Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo
está bom", é a proposição "Ele não faz caminhada se, e somente se, o tempo
não está bom".

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Passando a proposição "Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo está bom"
para a linguagem simbólica, temos:

p: Ele faz caminhada


q: O tempo está bom

p ↔ q: Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo está bom

Vimos que a negação da bicondicional é dada por:

~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)

Voltando, agora, para a linguagem corrente, temos:

(p ∧ ~q): Ele faz caminhada e o tempo não está bom


(q ∧ ~p): O tempo está bom e ele não faz caminhada

(p ∧ ~q) v (q ∧ ~p): Ele faz caminhada e o tempo não está bom ou o tempo está
bom e ele não faz caminhada

Logo, o item está errado.

(E) A proposição ~[p v ~(p ∧ q)] é logicamente falsa.

Vamos construir a tabela-verdade dessa proposição e verificar se realmente ela é


logicamente falsa:

p q p∧q ~(p ∧ q) p v ~(p ∧ q) ~[p v ~(p ∧ q)]


V V V F V F
V F F V V F
F V F V V F
F F F V V F

Podemos perceber que a proposição ~[p v ~(p ∧ q)] é logicamente falsa. Item
correto.

Resposta letra E.

22 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Em uma declaração ao tribunal, o acusado


de um crime diz:

“No dia do crime, não fui a lugar nenhum. Quando ouvi a campainha e
percebi que era o vendedor, eu disse a ele:

− hoje não compro nada.

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Isso posto, não tenho nada a declarar sobre o crime.”

Embora a dupla negação seja utilizada com certa frequência na língua


portuguesa como um reforço da negação, do ponto de vista puramente
lógico, ela equivale a uma afirmação. Então, do ponto de vista lógico, o
acusado afirmou, em relação ao dia do crime, que

(A) não foi a lugar algum, não comprou coisa alguma do vendedor e não tem
coisas a declarar sobre o crime.
(B) não foi a lugar algum, comprou alguma coisa do vendedor e tem coisas a
declarar sobre o crime.
(C) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e tem coisas a
declarar sobre o crime.
(D) foi a algum lugar, não comprou coisa alguma do vendedor e não tem
coisas a declarar sobre o crime.
(E) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e não tem coisas a
declarar sobre o crime.

Solução:

Bom, temos três declarações do acusado:

não fui a lugar nenhum


não compro nada
não tenho nada a declarar sobre o crime

Perceba que as três declarações apresentam dupla negação.

Na primeira afirmativa, o correto seria falar que “não fui a lugar algum”, mas
quando se fala ”não fui a lugar nenhum” há uma dupla negação, o “não ir” e o
“nenhum lugar”.

Na segunda afirmativa, o correto seria falar que “não compro algo”, mas quando
se fala ”não compro nada” há uma dupla negação, o “não comprar” e o “nenhum
objeto”.

Na terceira afirmativa, o correto seria falar que “não tenho algo a declarar ...”, mas
quando se fala ”não tenho nada a declarar ...” há uma dupla negação, o “não ter” e
o “nenhuma coisa a declarar”.

Resposta letra C.

23 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Qual, dentre as proposições abaixo, é


uma proposição logicamente equivalente a ~p → ~q ?

(A) p → q
(B) p → ~q

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(C) q → ~p
(D) q → p
(E) ~q → ~p

Solução:

Mais uma questão semelhante ao que já vimos anteriormente. Devemos saber


qual das alternativas é logicamente equivalente ~p → ~q. Para isso, como fizemos
lá em cima, podemos construir as tabelas-verdade e compará-las, ou,
simplesmente, lembrar que uma condicional A → B é equivalente à sua
contrapositiva ~B → ~A. Assim, temos:

A → B = ~B → ~A

Da mesma forma,

~p → ~q = ~(~q) → ~(~p)

ou seja,

~p → ~q = q → p

Resposta letra D.

24 - (Assembléia Legislativa/SP 2010 – FCC) Durante uma sessão no plenário


da Assembléia Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração,
dirigindo-se às galerias da casa:

“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não


darei início à votação”.

Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação

(A) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações


desrespeitosas foram interrompidas.
(B) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as
manifestações desrespeitosas não foram interrompidas.
(C) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o
presidente da mesa dará início à votação.
(D) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da
mesa começará a votação.
(E) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente
da mesa não começará a votação.

Solução:

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Bom, devemos verificar qual das alternativas é equivalente à frase do presidente


da mesa. Lembremos que duas proposições lógicas são ditas equivalentes se elas
forem formadas pelas mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade forem
iguais. Nessa questão, vamos passar todas as proposições para a linguagem
simbólica e construir suas tabelas-verdade para compará-las.

“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não


darei início à votação”.

p: as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas


q: eu não darei início à votação

p → q: Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu


não darei início à votação

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Agora, vamos checar cada alternativa:


~q ~p
(A) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas.

~q → ~p

p q ~p ~q p→q ~q → ~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Portanto, as tabelas-verdade de p → q e de ~q → ~p são iguais. Item correto.

q p
(B) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as
manifestações desrespeitosas não foram interrompidas.

q→p

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p q p→q q→p
V V V V
V F F V
F V V F
F F V V

Portanto, as tabelas-verdade de p → q e de q → p não são iguais. Item errado.

~p ~q
(C) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o
presidente da mesa dará início à votação.

~p → ~q

p q ~p ~q p→q ~p → ~q
V V F F V V
V F F V F V
F V V F V F
F F V V V V

Portanto, as tabelas-verdade de p → q e de ~p → ~q não são iguais. Item errado.

p ~q
(D) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da
mesa começará a votação.

p → ~q
p q ~q p→q p → ~q
V V F V F
V F V F V
F V F V V
F F V V V

Portanto, as tabelas-verdade de p → q e de p → ~q não são iguais. Item errado.

~p q
(E) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente
da mesa não começará a votação.

p → ~q

p q ~p p→q ~p → q
V V F V V
V F F F V
F V V V V
F F V V F

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Portanto, as tabelas-verdade de p → q e de ~p → q não são iguais. Item errado.

Resposta letra A.

25 - (TRF 3ª Região 2007 – FCC) Se Lucia é pintora, então ela é feliz.


Portanto:

(A) Se Lucia não é feliz, então ela não é pintora.


(B) Se Lucia é feliz, então ela é pintora.
(C) Se Lucia é feliz, então ela não é pintora.
(D) Se Lucia não é pintora, então ela é feliz.
(E) Se Lucia é pintora, então ela não é feliz.

Solução:

Bom, o que essa questão está querendo é que encontremos uma proposição
equivalente ao enunciado. Podemos fazer da mesma forma que a questão
anterior, ou podemos lembrar da equivalência da condicional e ir direto para a
resposta. Vou utilizar o segundo método na resolução dessa questão. Assim,
vamos começar passando o enunciado para a linguagem simbólica:

Se Lucia é pintora, então ela é feliz

p: Lúcia é pintora
q: Lúcia é feliz

p → q: Se Lucia é pintora, então ela é feliz

Devemos lembrar que uma equivalência da condicional é dada por:

p → q ⇔ ~q → ~p

Assim:

~p: Lúcia não é pintora


~q: Lúcia não é feliz

~q → ~p: Se Lúcia não é feliz então ela não é pintora

Resposta letra A.

26 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Um economista deu a seguinte declaração


em uma entrevista: “Se os juros bancários são altos, então a inflação é
baixa”. Uma proposição logicamente equivalente à do economista é:

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(A) se a inflação não é baixa, então os juros bancários não são altos.
(B) se a inflação é alta, então os juros bancários são altos.
(C) se os juros bancários não são altos, então a inflação não é baixa.
(D) os juros bancários são baixos e a inflação é baixa.
(E) ou os juros bancários, ou a inflação é baixa.

Solução:

Mais uma questão bastante parecida. Vamos encontrar a equivalência:

Se os juros bancários são altos, então a inflação é baixa

p: os juros bancários são altos


q: a inflação é baixa

p → q: Se os juros bancários são altos, então a inflação é baixa

Lembrando aquela equivalência da condicional:

p → q ⇔ ~q → ~p

~p: os juros bancários não são altos


~q: a inflação não é baixa

~q → ~p: Se a inflação não é baixa, então os juros bancários não são altos.

Resposta letra A.

27 - (ANA 2012 – Cetro) Dizer que “X é azul ou Y não é vermelho” é


logicamente equivalente a dizer que

(A) Se X é azul, então Y não é vermelho


(B) X é azul se e somente se Y não é vermelho
(C) Se X não é azul, então Y é vermelho
(D) Se Y é vermelho, então X é azul
(E) X não é azul e Y é vermelho

Solução:

Bom, nessa questão, devemos verificar qual a alternativa que apresenta uma
proposição equivalente ao enunciado. Vejamos:

p: X é azul
q: Y é vermelho

p v ~q: X é azul ou Y não é vermelho

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p q ~q p v ~q
V V F V
V F V V
F V F F
F F V V

Agora, vamos checar cada alternativa:

(A) Se X é azul, então Y não é vermelho (p → ~q)

p q ~q p → ~q p → ~q
V V F F V
V F V V V
F V F V F
F F V V V

Não são equivalentes.

(B) X é azul se e somente se Y não é vermelho (p ↔ ~q)

p q ~q p ↔ ~q p → ~q
V V F F V
V F V V V
F V F V F
F F V F V

Não são equivalentes.

(C) Se X não é azul, então Y é vermelho (~p → q)

p q ~p ~q ~p → q p → ~q
V V F F V V
V F F V V V
F V V F V F
F F V V F V

Não são equivalentes.

(D) Se Y é vermelho, então X é azul (q → p)

p q ~q q→p p → ~q
V V F V V
V F V V V
F V F F F
F F V V V

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Portanto, as duas proposições são equivalentes. Essa é a resposta.

(E) X não é azul e Y é vermelho (~p ∧ q)

p q ~p ~q ~p ∧ q p → ~q
V V F F F V
V F F V F V
F V V F V F
F F V V F V

Não são equivalentes.

Portanto, resposta letra D.

28 - (ANA 2012 – Cetro) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,

(A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia cantar


(B) Viviane não dançar é condição necessária para Márcia não cantar
(C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia cantar
(D) Viviane não dançar é condição suficiente para Márcia cantar
(E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia não cantar

Solução:

Nessa questão, temos o seguinte:

p: Viviane dança
q: Márcia canta

Assim, podemos representar a proposição da seguinte forma:

~p → ~q: Se Viviane não dança, Márcia não canta

Sabemos que numa condicional A → B, o A é a condição suficiente para B e o B é


a condição necessária para A. Não temos nenhuma alternativa que diga que
“Viviane não dançar é condição suficiente para Márcia não cantar” ou que
diga que “Márcia não cantar é condição necessária para Viviane não dançar”.
Assim, substituindo a proposição da equação por uma proposição equivalente,
temos:

~p → ~q = q → p

q → p: Se Márcia canta, Viviane dança

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Com isso, podemos concluir que “Márcia cantar é condição suficiente para
Viviane dançar” ou que “Viviane dançar é condição necessária para Márcia
cantar”.

Portanto, resposta letra C.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Continuando com a teoria, vamos aprender mais algumas simbologias e sua


aplicação na lógica.

Lembram quando eu disse que era possível transformar sentenças abertas em


proposições com a utilização de quantificadores? Pois é, isso nós veremos agora!

Já sabemos que a expressão “x + 5 = 10” é uma sentença aberta (também


chamada de “função proposicional”), e, portanto, não é considerada uma
proposição, já que ela possui um elemento (o “x”) que não permite sabermos se é
verdadeira ou falsa. Mas se eu disser que “existe x tal que x + 5 = 10”. Será que
agora poderemos atribuir um valor lógico a essa sentença? Claro que sim! E esse
valor lógico é V, já que realmente existe x (nesse caso x = 5) que torna a sentença
verdadeira.

Mas como representamos simbolicamente esses quantificadores?

Os principais quantificadores são representados da seguinte forma:

∃: (lê-se: existe; existe pelo menos um; existe um)


∀: (lê-se: para todo; qualquer que seja; para cada)
∃|: (lê-se: existe só um; existe um e um só; existe só um) (este aparece muito
pouco em concurso)

Assim, para transformar a sentença aberta “x + 5 = 10” em proposição,


adicionamos um quantificador e representamos assim:

(∃ x)(x + 5 = 10): (lê-se: existe x tal que x mais cinco é igual a dez)

Nesse caso, o valor lógico dessa proposição é verdadeiro, pois para x = 5,


x + 5 = 10.

Ou então:

(∀ x)(x + 5 = 10): (lê-se: para todo x, temos que x mais cinco é igual a dez)

Nesse caso, o valor lógico é falso, pois para x = 4 (por exemplo), x + 5 ≠ 10.

É preciso saber também, a negação desses quantificadores. Vejamos:

- A negação de “existe... que é...” (∃) é “todo... não é...” (∀) (ou, “nenhum ... é ...”).

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- A negação de “todo... é...” (∀) é “existe... que não é...” (∃).

Portanto, a negação de “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...” e a
negação de “todo ... é ...” é dado por “existe ... que não é ...”.

Vamos ver umas questões para tentar melhorar o entendimento.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

29 - (BANCO DO BRASIL 2010 – CESGRANRIO) Qual a negação da


proposição “Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos
de 20 anos”?

(A) Todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20


anos.
(B) Não existe funcionário da agência P do Banco do Brasil com 20 anos.
(C) Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem mais de 20 anos.
(D) Nenhum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20
anos.
(E) Nem todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20
anos.

Solução:

Devemos saber que a negação de uma proposição do tipo “algum ... é ...” é dada
por “todo ... não é ...” ou então por “nenhum ... é ...”. Assim, temos:

A: Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos

Então,

~A: Todo funcionário da agência P do Banco do Brasil não tem menos de 20 anos

que é o mesmo que

~A: Nenhum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos

Resposta letra D.

30 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) A correta negação da proposição “todos os


cargos deste concurso são de analista judiciário” é:

(A) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.


(B) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.
(C) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
(D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
(E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário.

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Solução:

Bom, temos uma proposição do tipo “Todo A é B”. Vimos que a negação de uma
proposição deste tipo é “Algum A não é B”. Assim:

A: “Todos os cargos deste concurso são de analista judiciário”


~A: “Algum cargo deste concurso não é de analista judiciário”.

Resposta letra B.

31 - (CITEPE 2010 – CESGRANRIO) A negação de “Todas as portas estão


trancadas” é

(A) “Todas as portas estão destrancadas”.


(B) “Todas as portas estão abertas”.
(C) “Alguma porta está fechada”.
(D) “Alguma porta está trancada”.
(E) “Alguma porta está destrancada”.

Solução:

Lembrando que a negação de “Todo ... é ...” é dada pro “Algum ... não é ...”,
temos:

A: Todas as portas estão trancadas


~A: Alguma porta não está trancada

que é o mesmo que

~A: Alguma porta está destrancada

Resposta letra E.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Vimos, até agora, as proposições do tipo “se Marcos ... então Pedro ...” ou então
“(A v B) → C”. Ocorre que as proposições também podem aparecer na forma de
expressões matemáticas, por exemplo: “Se X > 0 então X ∈ R”. E então, se eu
pedir para vocês me falarem a negação dessa proposição, como fica? Calma, que
eu explico!

É bem simples, da mesma forma que fizemos quando tínhamos as sentenças na


linguagem corrente, faremos para as expressões matemáticas: passaremos tudo
para a linguagem simbólica. Vamos ao nosso exemplo:

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Proposição: Se X > 0 então X ∈ R (lê-se “se X é maior do que zero, então a raiz
quadrada de X pertence ao conjunto dos números reais”)

Batizando as proposições simples, temos:

A: X > 0
B: X ∈ R

Assim, estamos diante de uma proposição A → B. Para encontrar o resultado da


negação dessa proposição, fazemos:

~(A → B) = A ∧ ~B

O “A” continua o mesmo, resta saber qual é a negação do “B” ( X ∈ R). Como
você negaria essa proposição se ela lhe fosse apresentada na linguagem
corrente? Isso mesmo: “a raiz quadrada de X não pertence ao conjunto dos
números reais”. Agora é só escrever isso na forma de uma expressão matemática:

~B: X ∉ R”

Assim, a negação de “Se X > 0 então X ∈ R” é dado por:

X>0e X ∉R

Não é simples? Pois é, o que pode dificultar é você não se lembrar desses
símbolos utilizados na matemática. Vou apresentar uma tabela para ajudar vocês
a se lembrarem.

Símbolo da
Símbolo Significado Significado
Negação
= Igual ≠ Diferente
> Maior que ≤ Menor ou igual que
< Menor que ≥ Maior ou igual que
∈ Pertence ∉ Não pertence
⊂ Está contido ⊄ Não está contido

Vamos às questões!

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32 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere as afirmações


abaixo.

I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.


II. A proposição "(10 < 10 ) ↔ (8 – 3 = 6)" é falsa.

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III. Se p e q são proposições, então a proposição "(p → q) v (~q)" é uma


tautologia.

É verdade o que se afirma APENAS em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

Solução:

Nessa questão, devemos analisar se as proposições são verdadeiras ou falsas.


Vamos analisar cada uma:

I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.

Vimos que o número de linhas de uma tabela-verdade é dado por 2n, onde n é a
quantidade de variáveis (proposições simples). Ora, 2n sempre será um número
par, pois como teremos pelo menos uma variável, n sempre será maior do que
zero e, assim, 2n sempre será um número par:

Para n = 1, 21 = 2
Para n = 2, 22 = 4
Para n = 3, 23 = 8
...

Assim, essa proposição é verdadeira.

II. A proposição "(10 < 10 ) ↔ (8 – 3 = 6)" é falsa.

Sabemos que 10 é maior do que raiz de 10 e sabemos que 8 – 3 = 5. Logo:

(10 < 10 ) é falso


(8 – 3 = 6) é falso

(10 < 10 ) ↔ (8 – 3 = 6)
F↔F=V

Assim, essa proposição é falsa.

III. Se p e q são proposições, então a proposição "(p → q) v (~q)" é uma


tautologia.

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Vamos construir a tabela-verdade e verificar se "(p → q) v (~q)" é uma tautologia:

p q ~q p→q (p → q) v (~q)
V V F V V
V F V F V
F V F V V
F F V V V

Portanto, a proposição "(p → q) v (~q)" é uma tautologia, e essa proposição é


verdadeira.

Resposta letra E.

33 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) A negação da proposição “x é positivo


e y é ímpar” é

(A) x é negativo e y é par.


(B) x é negativo ou y é par.
(C) x é negativo ou y não é ímpar.
(D) x não é positivo e y é par.
(E) x não é positivo ou y é par.

Solução:

Bom, nessa questão devemos negar a proposição “x é positivo e y é ímpar”.


Podemos perceber que estamos diante de uma conjunção. Vejamos:
A ∧ B
x é positivo e y é ímpar

A: x é positivo
B: y é impar

Devemos lembrar que a negação de uma conjunção A ∧ B é dada por ~A v ~B.


Assim, temos:

~A: x não é positivo


~B: y não é impar

Portanto, ~A v ~B é dado por:

~A v ~B
x não é positivo ou y não é ímpar

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Olhando rapidamente para as alternativas, podemos perceber que não há


nenhuma literalmente igual a “x não é positivo ou y não é ímpar”. Vamos, então,
analisar cada alternativa com mais calma:

A) x é negativo e y é par.

Essa alternativa está errada, pois o conectivo utilizado foi o “e” e não o “ou”. Item
errado.

B) x é negativo ou y é par.

Podemos perceber que o conectivo está correto (ou). Agora, resta comparar se “x
não é positivo” é o mesmo que “x é negativo” e se “y não é ímpar” é o mesmo que
“y é par”.

“x não é positivo” X “x é negativo”

Dizer que um número não é positivo não é o mesmo que dizer que um número é
negativo, pois, a título de exemplo, o zero não é positivo e também não é negativo.
Portanto, item errado.

C) x é negativo ou y não é ímpar.

Da mesma forma que o item “B”, podemos perceber que este item está errado,
pois, dizer que um número não é positivo não é o mesmo que dizer que um
número é negativo. Item errado.

D) x não é positivo e y é par.

Essa alternativa está errada, pois o conectivo utilizado foi o “e” e não o “ou”. Item
errado.

E) x não é positivo ou y é par.

Só restou esse item. Comparando “x não é positivo ou y é par” com “x não é


positivo ou y não é ímpar”, temos que a única diferença é saber se dizer que “y
é par” é o mesmo que dizer que “y não é ímpar”.

“y é par” X “y não é ímpar”

Para números inteiros, dizer que um número é par é o mesmo que dizer que ele
não é ímpar, pois o zero é considerado par. Portanto, este item está correto.

Resposta letra E.

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5 - Questões comentadas nesta aula

01 - (TCE/PB 2006 – FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o
termo a respeito do qual se declara algo) e predicado (o que se declara sobre o
sujeito). Na relação seguinte há expressões e sentenças:

1. Três mais nove é igual a doze.


2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.

É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de


números

(A) 1, 2 e 6.
(B) 2, 3 e 4.
(C) 3, 4 e 5.
(D) 1, 2, 5 e 6.
(E) 2, 3, 4 e 5.

02 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere as seguintes frases:

I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.


II. (x + y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.

É verdade que APENAS

(A) I é uma sentença aberta.


(B) II é uma sentença aberta.
(C) I e II são sentenças abertas.
(D) I e III são sentenças abertas.
(E) II e III são sentenças abertas.

03 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Das cinco frases abaixo, quatro
delas têm uma mesma característica lógica em comum, enquanto uma delas não
tem essa característica.

I. Que belo dia!


II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
III. O jogo terminou empatado?
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
V. Escreva uma poesia.

A frase que não possui essa característica comum é a

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(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) IV.
(E) V.

04 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere a proposição “Paula


estuda, mas não passa no concurso”. Nessa proposição, o conectivo lógico é:

(A) condicional.
(B) bicondicional.
(C) disjunção inclusiva.
(D) conjunção.
(E) disjunção exclusiva.

05 - (TJ/SE 2009 – FCC) Considere as seguintes premissas:

p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.

A afirmação “Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata” é FALSA se

(A) p é falsa e ~q é falsa.


(B) p é falsa e q é falsa.
(C) p e q são verdadeiras.
(D) p é verdadeira e q é falsa.
(E) ~p é verdadeira e q é falsa.

06 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Assinale a alternativa que apresenta uma


proposição composta cujo valor lógico é verdadeiro.

(A) 42 = 24 ∧ (−3)2 = −9
(B) 2 + 3 = 6 v 21 é primo
(C) 7 ≤ 7 → −1 < −2
(D) 32 = 8 → 1 < 2
(E) 3 − 2 = 1 → 4 ≤ 3

07 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) Considere as proposições simples abaixo.

p: “Janaína é irmã de Mariana.”


q: “Mariana é filha única.”

Simbolizam-se por ~p e ~q, respectivamente, as negações de p e de q.

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A proposição composta ~p ∧ q corresponde a:

(A) Janaína é irmã de Mariana e Mariana é filha única.


(B) Janaína não é irmã de Mariana e Mariana é filha única.
(C) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana é filha única.
(D) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana não é filha única.
(E) Se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.

08 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Leia atentamente as proposições simples P e Q:

P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.


Q: João foi aprovado em um concurso.

Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta em relação a P e Q


é:

(A) Se não Q, então P.


(B) Se não P, então não Q.
(C) Se P, então Q.
(D) Se Q, então P.
(E) Se P, então não Q.

09 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC)) Considere o argumento seguinte:

Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação fiscal,


então a arrecadação aumenta. Ou as penalidades aos sonegadores não são
aplicadas ou o controle de tributos é ineficiente. É exercida a repressão à
sonegação fiscal. Logo, se as penalidades aos sonegadores são aplicadas, então
a arrecadação aumenta.

Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-verdade, qual
deverá ser o seu número de linhas?

(A) 4
(B) 8
(C) 16
(D) 32
(E) 64

10 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e q


são proposições.

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p q ?
V V F
V F V
F V F
F F F

A proposição composta que substitui corretamente o ponto de interrogação é

(A) p ↔ q
(B) ~ (p v q)
(C) p ∧ q
(D) p → q
(E) ~(p → q)

11 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Seja a sentença aberta


A: (~p v p) ↔ e a sentença B: “Se o espaço for ocupado por uma
__(I)__ , a sentença A será uma __(II)__”. A sentença B se tornará verdadeira se I
e II forem substituídos, respectivamente, por

(A) tautologia e contingência.


(B) contingência e contingência.
(C) contradição e tautologia.
(D) contingência e contradição.
(E) tautologia e contradição.

12 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Dada a sentença


→ ~(~p ∧ q ∧ r), complete o espaço com uma e uma só das
sentenças simples p, q, r ou a sua negação ~p, ~q ou ~r para que a sentença
dada seja uma tautologia. Assinale a opção que responde a essa condição.

(A) Somente q.
(B) Somente p.
(C) Somente uma das duas: q ou r.
(D) Somente uma das três: ~p, q ou r.
(E) Somente uma das três: p, ~q ou ~r.

13 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Abaixo são apresentadas 3 proposições


compostas.

I. p ∧ ~p
II. p v ~p
III. p → p

É(São) tautologia(s) APENAS

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(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.

14 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) Tautologias são proposições compostas cuja


tabela-verdade dá sempre verdadeiro, não importando se as proposições simples
p e q são verdadeiras ou falsas. Na proposição composta p  (p ∆ q) os símbolos
 e ∆ representam conectivos. Assinale a alternativa que apresenta, na ordem,
conectivos que, ao substituírem o quadrado e o triângulo, transformam a
proposição composta em uma tautologia.

(A) → v
(B) → ∧
(C) ∧ →
(D) ∧ ∧
(E) ∧ v

15 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) A negação de p → ~q é

(A) p → q
(B) ~p → q
(C) p v q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q

16 - (CITEPE 2009 – CESGRANRIO) A negação da proposição composta


“Janaína é irmã de Mariana e Mariana não é filha única” é

A) se Janaína é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.


B) se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana não é filha única.
C) se Janaína não é irmã de Mariana, então Mariana é filha única.
D) Janaína é irmã de Mariana e Mariana é filha única.
E) Janaína não é irmã de Mariana ou Mariana é filha única.

17 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Se p e q são proposições, então a


proposição p ∧ (~q) é equivalente a

(A) ~(q → ~p)


(B) ~(p v q)
(C) ~(p → ~q)
(D) ~(p → q)

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(E) ~q → ~p

18 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Assinale a alternativa que apresenta uma


proposição logicamente equivalente a ~p → q.

(A) p → q
(B) p → ~q
(C) q → ~p
(D) ~q → p
(E) ~q → ~p

19 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Das proposições abaixo, a única


que é logicamente e equivalente a p → q é

(A) q → ~p
(B) ~(q → p)
(C) ~q → ~p
(D) ~q → p
(E) ~p → ~q

20 - (TCE/MG 2007 – FCC) São dadas as seguintes proposições:

(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.


(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.

É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de


números

(A) 2 e 4
(B) 2 e 3
(C) 2, 3 e 4
(D) 1, 2 e 3
(E) 1, 3 e 4

21 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Dentre as alternativas abaixo,


assinale a correta.

(A) A proposição "Se está quente, ele usa camiseta", é logicamente equivalente à
proposição "Não está quente e ele usa camiseta".
(B) A proposição "Se a Terra é quadrada então a Lua é triangular"é falsa.
(C) A proposição ~(p ∧ q) e (~p v ~q) não são logicamente equivalentes.

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(D) A negação da proposição "Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo está
bom", é a proposição "Ele não faz caminhada se, e somente se, o tempo não está
bom".
(E) A proposição ~[p v ~(p ∧ q)] é logicamente falsa.

22 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Em uma declaração ao tribunal, o acusado de


um crime diz:

“No dia do crime, não fui a lugar nenhum. Quando ouvi a campainha e percebi que
era o vendedor, eu disse a ele:

− hoje não compro nada.

Isso posto, não tenho nada a declarar sobre o crime.”

Embora a dupla negação seja utilizada com certa frequência na língua portuguesa
como um reforço da negação, do ponto de vista puramente lógico, ela equivale a
uma afirmação. Então, do ponto de vista lógico, o acusado afirmou, em relação ao
dia do crime, que

(A) não foi a lugar algum, não comprou coisa alguma do vendedor e não tem
coisas a declarar sobre o crime.
(B) não foi a lugar algum, comprou alguma coisa do vendedor e tem coisas a
declarar sobre o crime.
(C) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e tem coisas a declarar
sobre o crime.
(D) foi a algum lugar, não comprou coisa alguma do vendedor e não tem coisas a
declarar sobre o crime.
(E) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e não tem coisas a
declarar sobre o crime.

23 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) Qual, dentre as proposições abaixo, é


uma proposição logicamente equivalente a ~p → ~q ?

(A) p → q
(B) p → ~q
(C) q → ~p
(D) q → p
(E) ~q → ~p

24 - (Assembléia Legislativa/SP 2010 – FCC) Durante uma sessão no plenário da


Assembléia Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-
se às galerias da casa:

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“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não darei


início à votação”.

Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação

(A) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações


desrespeitosas foram interrompidas.
(B) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas não foram interrompidas.
(C) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente
da mesa dará início à votação.
(D) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa
começará a votação.
(E) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da
mesa não começará a votação.

25 - (TRF 3ª Região 2007 – FCC) Se Lucia é pintora, então ela é feliz. Portanto:

(A) Se Lucia não é feliz, então ela não é pintora.


(B) Se Lucia é feliz, então ela é pintora.
(C) Se Lucia é feliz, então ela não é pintora.
(D) Se Lucia não é pintora, então ela é feliz.
(E) Se Lucia é pintora, então ela não é feliz.

26 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) Um economista deu a seguinte declaração em


uma entrevista: “Se os juros bancários são altos, então a inflação é baixa”. Uma
proposição logicamente equivalente à do economista é:

(A) se a inflação não é baixa, então os juros bancários não são altos.
(B) se a inflação é alta, então os juros bancários são altos.
(C) se os juros bancários não são altos, então a inflação não é baixa.
(D) os juros bancários são baixos e a inflação é baixa.
(E) ou os juros bancários, ou a inflação é baixa.

27 - (ANA 2012 – Cetro) Dizer que “X é azul ou Y não é vermelho” é logicamente


equivalente a dizer que

(A) Se X é azul, então Y não é vermelho


(B) X é azul se e somente se Y não é vermelho
(C) Se X não é azul, então Y é vermelho
(D) Se Y é vermelho, então X é azul
(E) X não é azul e Y é vermelho

28 - (ANA 2012 – Cetro) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,

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(A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia cantar


(B) Viviane não dançar é condição necessária para Márcia não cantar
(C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia cantar
(D) Viviane não dançar é condição suficiente para Márcia cantar
(E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia não cantar

29 - (BANCO DO BRASIL 2010 – CESGRANRIO) Qual a negação da proposição


“Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos”?

(A) Todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.


(B) Não existe funcionário da agência P do Banco do Brasil com 20 anos.
(C) Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem mais de 20 anos.
(D) Nenhum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.
(E) Nem todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.

30 - (TRT 9ª Região 2004 – FCC) A correta negação da proposição “todos os


cargos deste concurso são de analista judiciário” é:

(A) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.


(B) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.
(C) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
(D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
(E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário.

31 - (CITEPE 2010 – CESGRANRIO) A negação de “Todas as portas estão


trancadas” é

(A) “Todas as portas estão destrancadas”.


(B) “Todas as portas estão abertas”.
(C) “Alguma porta está fechada”.
(D) “Alguma porta está trancada”.
(E) “Alguma porta está destrancada”.

32 - (Agente Fiscal de Rendas/SP 2006 – FCC) Considere as afirmações abaixo.

I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.


II. A proposição "(10 < 10 ) ↔ (8 – 3 = 6)" é falsa.
III. Se p e q são proposições, então a proposição "(p → q) v (~q)" é uma
tautologia.

É verdade o que se afirma APENAS em

(A) I.

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(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

33 - (PROMINP 2010 – CESGRANRIO) A negação da proposição “x é positivo e y


é ímpar” é

(A) x é negativo e y é par.


(B) x é negativo ou y é par.
(C) x é negativo ou y não é ímpar.
(D) x não é positivo e y é par.
(E) x não é positivo ou y é par.

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6 - Gabaritos

01 - A
02 - C
03 - D
04 - D
05 - D
06 - D
07 - B
08 - C
09 - C
10 - E
11 - B
12 - E
13 - E
14 - A
15 - E
16 - E
17 - D
18 - D
19 - C
20 - E
21 - E
22 - C
23 - D
24 - A
25 - A
26 - A
27 - D
28 - C
29 - D
30 - B
31 - E
32 - E
33 - E

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