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RACIOCÍNIO
LÓGICO

3
AULA
Lógica de argumentação;
Diagramas Lógicos
Talio Itrio - ServidorPúblico Federal
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Raciocínio Lógico-Matemático Talio Itrio - Servidor Público Federal

Lógica de argumentação; Diagramas Lógicos

Talio Itrio - Servidor Público Federal.


Formação em Engenharia Civil na Universidade do Estado do Ama-
zonas em 2013 . Engenheiro na área de obras e projetos de 2013
até 2019 e aprovado no cargo de Policial Rodoviário Federal.

Raciocínio Lógico: 1. Estruturas lógicas; 4.


Princípios fundamentais da contagem e Probabilidade.

AULA 1 - Lógica Sentencial (ou proporcional). Proposições


Simples e Compostas. Valores lógicos. Conectivos. Tabela-
Verdade.

AULA 2 - Proposições equivalentes e negação de


proposições. TAUTOLOGIA\CONTRADIÇÃO\contingência

AULA 3 - 2. Lógica de argumentação. Analogias, inferências,


deduções e lógicas;\DIAGRAMAS LÓGICOS

AULA 4 - Princípios fundamentais da contagem e


Probabilidade.

AULA 5 – OPERAÇÕES COM CONJUNTOS / RACIOCÍNIO


LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS

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Lógica de argumentação Raciocínio Lógico-Matemático

Lógica Sentencial

O que é um argumento lógico?

Primeiramente, vamos definir o que é um argumento.

Quando queremos argumentar algo em uma conversa, primeiramente expomos os


supostos fatos e por fim, com base no conjunto destes mesmos fatos, apresentamos
nossa CONCLUSÃO.

O que são esses fatos?

SÃO AS PREMISSAS

As premissas são fundamentalmente VERDADEIRAS. Estas mesmas premissas levam


a referida conclusão.

IMPORTANTE!!!

Essas premissas precisam levar única e exclusivamente a uma conclusão P. Se com


essas mesmas premissas for possível levar a uma conclusão oposta à P (~P) ou que
não leve a P, então este argumento NÃO É VÁLIDO.

COMPOSIÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO LÓGICA

PREMISSA 1(V) + PREMISSA 2(V) + PREMISSA 3(V) + … + PREMISSA N(V) →


CONCLUSÃO

1-ARGUMENTOS CATEGÓRICOS

São aqueles compostos por premissas simples, tendo a presença de um


QUANTIFICADOR(TODOS, NENHUM, ALGUM NÃO É, ALGUM É, PELO MENOS UM É,
PELO MENOS UM NÃO É), sujeito, verbo e predicado.

Exemplo 1: Todos os cachorros são mamíferos.

Uma BREVE PAUSA ao falar de proposições com QUANTIFICADORES.

Pegando o Exemplo 1, a proposição: “Todos os cachorros são mamíferos”

O quantificador TODOS dá a ideia de generalização, não deixando margem para


nenhum tipo de margem para existir uma situação oposta.
Se uma questão apresentar a seguinte assertiva.

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Lógica de argumentação Talio Itrio - Servidor Público Federal

A negação da proposição P: TODO POLÍTICO É LADRÃO é dada por ~P: NENHUM


POLÍTICO É LADRÃO

Comentários: Conforme dito acima, a negação de um quantificador é basicamente o


mínimo necessário para que exista uma contradição deste quantificador.

Usando um diagrama para exemplificar a proposição P

Conforme explicado acima, para negar/contradizer uma proposição com quantificador,


basta acharmos o mínimo necessário para tal.

Então conforme o exemplo acima, a proposição NENHUM POLÍTICO É CORRUPTO não


é a negação da proposição P.
A correta negação da proposição P é ~P: Existe pelo menos um político que não é
corrupto

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Lógica de argumentação Raciocínio Lógico-Matemático

RESUMO QUANTIFICADORES E SUAS NEGAÇÕES

2-ANÁLISE DE VALIDADE DE ARGUMENTOS

Para analisar um argumento, o jeito mais fácil é verificar se a sequência das premissas
apresentam contradições que podem levar a uma conclusão diferente ou oposta a
Conclusão apresentada.

Para isso podemos utilizar vários métodos de análise do argumento, alguns argumentos
podem ser analisados por mais de um método, cabe a você achar o que fica mais
confortável para você:

1. DIAGRAMA DE CONJUNTOS
2. TABELA-VERDADE
3. ANÁLISE DAS OPERAÇÕES COM OS CONECTIVOS
4. MÉTODO DA CONCLUSÃO FALSA
5.

1o MÉTODO - ANÁLISE DE VALIDADE POR DIAGRAMA DE CONJUNTOS

Geralmente utilizado em Argumentos compostos por proposições que possuem


QUANTIFICADORES( TODO, NENHUM, ALGUM A É B…)
EXEMPLO 1:

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P1:Todas as galinhas são mamíferos


P2:Nenhum mamífero é pokemon
C: Logo, nenhuma galinha é pokemon

Comentário: Primeiramente, por mais que nenhuma das premissas faça sentido
(sabemos que galinha não é mamífero e muito menos que não existem pokemons), o
que está sendo analisado é a construção deste argumento, por mais absurdas que as
premissas sejam, elas são VERDADEIRAS para a análise deste argumento, e com base
nelas, temos que ver se essas premissas levam OBRIGATORIAMENTE para a
Conclusão(Nenhuma galinha é Pokemon).

PREMISSA 1: Todas as galinhas são mamíferos – VERDADEIRA

O Conjunto GALINHA, dado ao quantificador TODAS, ficará totalmente contida no


conjunto Mamíferos GALINHAS⊂ MAMÍFEROS

PREMISSA 2: Nenhum mamífero é Pokemon - VERDADEIRA

Conclusão: Nenhuma galinha é pokemon

Ao analisar a figura acima, vemos que não existe como o Subconjunto Galinhas, ter
intersecção no conjunto Pokemon porque o Conjunto Mamíferos não tem interseção no
Conjunto Pokemon.

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Lógica de argumentação Raciocínio Lógico-Matemático

Logo o argumento é Válido.

GABARITO: CORRETO

Exemplo 2:
P1:Toda pessoa saudável pratica esportes
P2:Alberto pratica esportes

Conclusão: Alberto é saudável

Comentário:

PREMISSA 1: Toda pessoa saudável pratica esportes


O quantificador TODA, conforme o exemplo anterior, deixa claro que SAUDÁVEL é um
subconjunto de ESPORTES

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PREMISSA 2: Alberto pratica esportes

CONCLUSÃO: Alberto é saudável.

Aqui o candidato pode se emocionar e dizer que é um argumento válido, porém antes
de tudo, tem que desenhar o diagrama para melhor compreender o argumento com
base nas duas premissas.

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Olhando a imagem acima, e com base nas duas premissas, não é possível concluir que
o subconjunto SAUDÁVEL esteja englobando Alberto. É sabido que Alberto pratica
esportes, ESPORTE é um conjunto MACRO, o qual tem como subconjunto SAUDÁVEL,
porém este subconjunto não necessariamente tem o mesmo tamanho de ESPORTE,
então o conjunto ESPORTE pode ter vários subconjuntos dentro dele(EX: Futebol,
magro, alto, baixo) dentre os quais Saudável é um subconjunto. E em nenhum
momento é mostrada uma premissa em que ALBERTO esteja dentro de SAUDÁVEL.
Alberto pode estar tanto dentro, quanto fora de SAUDÁVEL, a única certeza que temos
é que ele está dentro de ESPORTES, assim como SAUDÁVEL.

Então, após repetir incansavelmente as palavras SAUDÁVEL, ESPORTES e ALBERTO,


não é possível afirmar que ALBERTO É SAUDÁVEL, tornando assim o argumento
invalido.

GABARITO: ERRADO

2o MÉTODO – TABELA - VERDADE

Entre os métodos mais eficientes para qualquer tipo de argumentação, a tabela-


verdade funciona aplicando o conceito básico de uma argumentação.

O argumento é válido, se a partir de suas PREMISSAS, for possível chegar


exclusivamente na sua CONCLUSÃO

EXEMPLO 1:

As seguintes proposições lógicas formam um conjunto de premissas de um


argumento:

• Se Pedro não é músico, então André é servidor da ABIN.

• Se André é servidor da ABIN, então Carlos não é um espião.

• Carlos é um espião.

A partir dessas premissas, julgue o item a seguir, acerca de lógica de argumentação.

Se a proposição lógica “Pedro é músico.” for a conclusão desse argumento, então, as


premissas juntamente com essa conclusão constituem um argumento válido.

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COMENTÁRIO:

Vamos estruturas as premissas e conclusão com as devidas proposições simples.


P1: Se Pedro não é músico, então André é servidor da ABIN.
~PEDRO_MÚSICO(~A) → ANDRÉ_ABIN(B) (VERDADEIRA)

P2: Se André é servidor da ABIN, então Carlos não é um espião.

ANDRÉ_ABIN(B)→ ~CARLOS_ESPIÃO(~C) (VERDADEIRA)

P3: CARLOS É ESPIÃO

CARLOS_ESPIÃO(C) (VERDADEIRA)

CONCLUSÃO SUGERIDA: Pedro é músico

PEDRO__MÚSICO(A)

Agora, vamos elaborar a Tabela Verdade com cada uma dessas proposições.

Como achamos 3 proposições simples (A, B, C) então teremos 2 3 =8 linhas na


Tabela-Verdade

RESOLVENDO A TABELA, TEMOS A SEGUINTE DISTRIBUIÇÃO


PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3 CONCLUSÃO
A B C
~A → B B → ~C C A
V V V V F V V
V V F V V F V

V F V V V V V OBSERVE ESTA LINHA

V F F V V F V
F V V V F V F
F V F V V F F
F F V F V V F
F F F F V F F

Repetindo o que é um argumento.

É um conjunto de PREMISSAS (SEMPRE VERDADEIRAS), em que a sua combinação


tem que levar para uma única CONCLUSÃO, sendo esta conclusão relacionada com as
suas premissas.

Analisando a linha em destaque, temos esta mesma situação, uma combinação em que
as três PREMISSAS são verdadeiras e elas levam para uma Conclusão VERDADEIRA.
Se por algum acaso existisse uma linha em que as três premissas estivessem
VERDADEIRAS e também existisse uma conclusão FALSA nesta mesma linha, então o
argumento não poderia ser considerado válido.

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Mais uma observação, vemos que temos algumas linhas em que a CONCLUSÃO
também é verdadeira, porém isso não invalida o argumento porque não existem nestas
mesmas linhas, uma combinação das 3 premissas com valor verdadeiro. Ou seja, é
possível N maneiras de chegar a conclusão verdadeira, mas por uma outra combinação
de proposições. A base da argumentação é que com base em premissas pré
estabelecidas(neste caso, nas premissas 1, 2 e 3), você tem que chegar única e
exclusivamente nesta conclusão.

Finalizando, o argumento é valido

GABARITO: CORRETO

3O MÉTODO - ANÁLISE DE VALIDADE POR DIAGRAMA DE CONJUNTOS

Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento.


Porém, só devemos utilizá-lo na impossibilidade do primeiro método.

Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das
operações lógicas com os conectivos, descobriremos o valor lógico da conclusão, que
deverá resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.

Exemplo 1 : Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido

PvQ
~P

Q
Comentários:

P1: PvQ
P2: ~P

C: Q

Conforme sabemos, a premissa precisa ser verdadeira sempre, a premissa que é mais
fácil já definir isso é a P2, pois é uma proposição simples.

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~P (V)

por consequência, já sabemos que P é FALSA

P(F)

Agora que já temos que P é F, podemos jogar seu valor lógico na PREMISSA 1

P1: P(F) v Q(?) = V


P2: ~P = V

Sabemos que a premissa precisa ser verdadeira, com isso, vimos na P1 que P possui
valor FALSO, e a proposição de P1 é uma disjunção.

Vamos lembrar a TABELA-VERDADE de uma proposição com Disjunção.

P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F

Nós já sabemos que P é FALSA, sabemos que P1 é uma PREMISSA e por conta disso
ela precisa ser VERDADE, e ao analisar a disjunção, ela será FALSA se todas as
proposições que a compõe forem falsas.

Então, para a premissa continuar verdadeira, sendo que na disjunção apresentada já


temos P sendo FALSA, é NECESSÁRIO que Q seja VERDADEIRA.

P1: P(F) v Q(V) = VERDADEIRA


P2: ~P (V) = VERDADEIRA

Com Q sendo verdadeira e a Conclusão sendo Q, então sabemos que a conclusão


também será verdadeira, tornando o argumento válido

C: Q(V)

GABARITO: CORRETO

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Exemplo 2:

Sobre as atividades fora de casa no domingo, Carlos segue fielmente as seguintes


regras:

- Ando ou corro.

- Tenho companhia ou não ando.

- Calço tênis ou não corro.

Domingo passado Carlos saiu de casa de sandálias.

É correto concluir que, nesse dia, ANDOU e NÃO TEVE COMPANHIA

Comentários:

Estruturando as premissas e conclusões em proposições simples

P1: ANDAR v CORRER

P2: COMPANHIA v ~ANDAR

P3:CALÇAR_TÊNIS v ~CORRER

P4: SANDÁLIAS

C: ANDAR ^ ~COMPANHIA

Tomando a conclusão como verdadeira, e sabendo que ela é uma CONJUNÇÃO. É


necessário que para uma CONJUNÇÃO ser VERDADE, que as proposições que a
compõe sejam também VERDADEIRAS.

Logo:

C: ANDAR(V) ^ ~COMPANHIA(V)

Agora vamos distribuir os valores lógicos de COMPANHIA e ANDAR para os seus


respectivos pares nas premissas, lembrando que se existir algum COMPANHIA ou
~ANDAR, então esses terão valores FALSOS.

Outro dado importante, é que ele cita que ele saiu de sandálias, isso pode ser tratado
com uma premissa, mas também por lógica, torna que CALÇAR_TENIS é FALSA.

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Literalmente: Desenhando para ficar mais fácil

Agora, com essa primeira distribuição de valores, vamos analisar novamente cada
premissa:

P1: Uma disjunção que já possui um valor VERDADEIRO, então não importa qual seja
o valor descoberto de CORRER( V ou F), ela já possui condição suficiente para P1 ser
VERDADEIRA.

P2: COMPANHIA(V) v ~ANDAR(F) : ATENÇÃO AGORA!!!

F v F = FALSA: Aqui encontramos uma inconsistência, com base na


distribuição dos referidos valores lógicos da imagem acima, acabou
resultando em uma P2 FALSA. Isso vai totalmente contra a regra primordial
de qualquer argumento válido

AS PREMISSAS SÃO SEMPRE VERDADEIRAS!!!!

Se chegamos a este ponto de contradição, então não precisamos mais fazer nada, pois
fica claro que com base na CONCLUSÃO VERDADEIRA, foi possível chegar em uma
PREMISSA FALSA, o que invalida totalmente o argumento.

GABARITO: ERRADA

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4O MÉTODO – CONCLUSÃO FALSA

Outro método, também muito eficiente. Neste, você toma a Conclusão como sendo
FALSA e com base na distribuição de valores, você pode resultar nas seguintes
situações:

 Suceder em atribuir valores lógicos para todas as proposições das premissas, se


isso acontecer e não ocorrer contradições, então isso torna o argumento invalido.
Pois ficou provado que com a Conclusão sendo Falsa, as premissas continuaram
sendo verdadeiras. Ou seja, não é um argumento.

Este método tem muita eficiência quando a conclusão é uma CONDICIONAL,


DISJUNÇÃO e DISJUNÇÃO EXCLUSIVA.

Exemplo 1:
Considere verdadeiras as afirmações abaixo.
I. Ou Bruno é médico, ou Carlos não é engenheiro.
II. Se Durval é administrador, então Eliane não é secretária.
III. Se Bruno é médico, então Eliane é secretária.
IV. Carlos é engenheiro.
Logo, se Eliane não é secretária, então Bruno não é médico.

Comentários: Elaborando as proposições.

P1:BRUNO_MÉDICO v ~(CARLOS_ENGENHEIRO)

P2:DURVAL_ADMINISTRADOR → ~(ELIANE_SECRETÁRIA)

P3:BRUNO_MÉDICO → ELIANE_SECRETÁRIA

P4:CARLOS_ENGENHEIRO
CONC: ~(ELIANE_SECRETÁRIA)→ ~(BRUNO_MÉDICO)

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Conforme citado acima, este método é muito eficiente se a Conclusão for uma
Condicional. Por quê? Pois o único caso de CONDICIONAL FALSA é o famoso “VERA
FISHER É FALSA”.
V → F = F

1o PASSO – ATRIBUIR OS VALORES LÓGICOS PARA A CONCLUSÃO FALSA.

2o PASSO – COM O ~(ELIANE_SECRETÁRIA) sendo VERDADEIRA, então é claro que


atribuiremos ELIANE_SECRETÁRIA como FALSA. Não estamos já atribuindo isso em
definitivo para já ir respondendo a questão, estamos apenas distribuindo os valores
com base na Conclusão Falsa
e testando se encontramos
alguma contradição(se isso
acontecer, o argumento é
válido) ou se conseguiremos
ir até o final e atribuir valores
para todas as
proposições(nesse caso o
argumento será invalido).

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3o PASSO – TORNAR AS PREMISSAS VERDADEIRAS SEMPRE.


Considerando a Proposição P1, com a Disjunção Exclusiva, sabemos que ela só será
verdadeira se tivermos em uma das proposições, valor VERDADEIRO e na outra
Proposição valor FALSO. Como já foi determinado que BRUNO_MÉDICO é
VERDADEIRO, só resta considerar ~(CARLOS_ENGENHEIRO) como FALSO, e isso não
entra em contradição com a P4, pois se a premissa tem que ser verdadeira,
inevitavelmente CARLOS_ENGENHEIRO já teria que ser VERDADEIRO.

4o PASSO – PRESTE ATENÇÃO!!!

Olhe atentamente para a imagem acima, conforme foi dito no 3 o passo, as premissas
têm que ser VERDADEIRAS. Então analise a P3.

Pela distribuição dos valores nos passos anteriores, BRUNO_MÉDICO ficou com valor
VERDADEIRO, sabemos que as premissas não podem ser FALSAS, então
ELIANE_SECRETÁRIA não pode ser FALSA, justamente para não ocorrer o “VERA
FISHER É FALSA”( V→F =F). O que tornaria a P3 FALSA.
Por lógica, somos obrigados a atribuir valor VERDADEIRO para ELIANE_SECRETÁRIA

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Olhe atentamente a imagem acima. Veja se tem algo errado…


Se não percebeu, vamos destacar:

Ocorreu um paradoxo. ELIANE_SECRETÁRIA e ~(ELIANE_SECRETÁRIA) acabaram


resultando em VERDADEIRO. Isso não pode ocorrer de jeito nenhum, pois uma
proposição e sua devida negação não podem ter o mesmo valor lógico.

Quando ocorre esta situação, é a prova ferrenha que se você tornar a conclusão falsa
e as premissas não se manterem verdadeira, então podemos confirmar sem sombras
de dúvida, que o ARGUMENTO É VÁLIDO!

GABARITO: CORRETO

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EXERCÍCIOS
1-Considere verdadeira a afirmação “Se Márcia é Analista de Suporte, então Roberto
é especialista em regulação” e falsa a afirmação “Márcia é Analista de Suporte e
Roberto é especialista em regulação”

Então, necessariamente, Roberto não poderá ser Especialista em Regulação

2- Considere as seguintes premissas


a. Se Laura é arquiteta, então Maria é Cientista.
b. Se Nara é pianista, então Maria não é cientista.
c. Se Laura não é arquiteta, então Nara não é pianista.
d. Laura é arquiteta ou Nara é pianista.
Uma conclusão que tornará válido esse argumento é a proposição “Laura é arquiteta,
Maria é Cientista e Nara não é Pianista.’’

3- Considerando-se que, se Maria passar no concurso, ela casa com João; se Maria
casar com João, então vai chover muito; se chover muito, não se pode viajar de carro;
e que se pode viajar de carro, é correto concluir que Maria não casa com João e não
passa no concurso.

4-A partir do argumento “A saúde é uma fonte de riqueza, pois as pessoas saudáveis
são muito trabalhadoras, e as pessoas trabalhadoras sempre enriquecem.”, julgue o
próximo item.
A proposição “as pessoas saudáveis são muito trabalhadoras.” é a conclusão do referido
argumento.

5-Considere que as proposições abaixo sejam premissas de determinado argumento:

1. Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.


2. Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a
associar-se.
3. Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não
foi obrigada a associar-se.
Com base nessas premissas, podemos afirmar que

 Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Roberto é brasileiro.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1-Considere verdadeira a afirmação “Se Márcia é Analista de Suporte, então Roberto
é especialista em regulação” e falsa a afirmação “Márcia é Analista de Suporte e
Roberto é especialista em regulação”

Então, necessariamente, Roberto não poderá ser Especialista em Regulação

RESOLUÇÃO:
Dividindo a primeira sentença em duas proposições

P: Marcia é Analista de Suporte

Q: Roberto é Especialista em Regulação

Sentença 1 : P 🡪 Q

Com base nas Proposições P e Q a segunda sentença pode ser reescrita da seguinte
forma

Márcia é Analista de Suporte e Roberto é especialista em regulação” : P ∧ Q

Conforme afirmado no comando da questão a primeira sentença é VERDADEIRA e a


segunda é FALSA

ANALISANDO O QUADRO, EXISTEM DUAS POSSIBILIDADES EM QUE A SENTENÇA 1 É


VERDADEIRA E AO MESMO TEMPO A SENTENÇA 2 É FALSA: A PROPOSIÇÃO P É FALSA
EM TODOS ESTES CASOS, ENQUANTO A PROPOSIÇÃO Q( Roberto é Especialista em
Regulação) PODE SATISFAZER ESTAS CONDIÇÕES SENDO TANTO VERDADEIRA
QUANTO FALSA, OU SEJA, NÃO É NECESSÁRIO QUE ROBERTO SEJA ESPECIALISTA EM

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REGULAÇÃO PARA QUE SATISFAÇA O AFIRMADO NO COMANDO DA QUESTÃO.

2- Considere as seguintes premissas


a. Se Laura é arquiteta, então Maria é Cientista.
b. Se Nara é pianista, então Maria não é cientista.
c. Se Laura não é arquiteta, então Nara não é pianista.
d. Laura é arquiteta ou Nara é pianista.
Uma conclusão que tornará válido esse argumento é a proposição “Laura é arquiteta,
Maria é Cientista e Nara não é Pianista.’’

RESOLUÇÃO:
As premissas de um argumento possuem valor verdadeiro, com isso utilizando a
conclusão, podemos utilizar os valores atribuídos na mesma para trabalhar as 4
premissas.
P: LAURA É ARQUITETA – V
Q : MARIA É CIENTISTA – V
R : NARA NÃO É PIANISTA – V

a: SE LAURA É ARQUITETA ENTÃO MARIA É CIENTISTA P(V) → Q(V)


Com isso temos V V = V, a premissa “A’’ se confirma verdadeira

b: SE NARA É PIANISTA, ENTÃO MARIA NÃO É CIENTISTA. ~(R) (F) → ~(Q) (F)
Assim temos F F = V, a premissa “b” se confirma verdadeira.

c. SE LAURA NÃO É ARQUITETA, ENTÃO NARA NÃO É PIANISTA. ~(P)(F) →


(R)(V)
F V = V, também satisfazendo a condição da premissa “c” ser verdadeira.
d. LAURA É ARQUITETA OU NARA É PIANISTA. P(V) v ~(R)(F)
V v F = V, também satisfazendo a condição da premissa “d” ser verdadeira.

Com isso podemos afirmar que a Conclusão sugerida torna o argumento valido, pois
com base nele todas as premissas mantiveram-se VERDADEIRAS.

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Lógica de argumentação Talio Itrio - Servidor Público Federal

Uma outra forma de resolver esta questão seria fazendo a tabela verdade e identificar
as linhas em que todas as premissas se tornassem verdadeiras, identificando assim as
opções em que tornariam o argumento valido.

Conforme acima a única opção em que é possível este resultado seria “Laura é
arquiteta, Maria é Cientista e Nara não é Pianista.’’

GABARITO: CORRETO

3- Considerando-se que, se Maria passar no concurso, ela casa com João; se Maria
casar com João, então vai chover muito; se chover muito, não se pode viajar de carro;
e que se pode viajar de carro, é correto concluir que Maria não casa com João e não
passa no concurso.

RESOLUÇÃO:
PROPOSIÇÕES
P: MARIA PASSAR NO CONCURSO
Q: MARIA CASA COM JOÃO
R: VAI CHOVER MUITO
S: NÃO SE PODE VIAJAR DE CARRO

PREMISSAS
1- Se Maria passar no concurso, ela casa com João P→Q
2- Se Maria casar com João, então vai chover muito Q→R
3- Se chover muito, não se pode viajar de carro R→S
4- Se pode viajar de carro ~S

Iniciando com base na premissa , temos que ~S é VERDADEIRA, ou seja, a


proposição S é FALSA

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Sabendo que a proposição S é FALSA, na sentença 3 ficamos com a seguinte


opção: R → S(F)
Como toda premissa de um argumento tem de ser verdadeira, a única opção
para a proposição R que satisfaz esta condição é se a mesma for falsa, dado
que se R fosse verdadeira, teríamos V F = F, ou seja, a sentença 3 seria
FALSA, valor que não pode ser atribuído a uma premissa de argumento.

Com isso temos até então S e R sendo FALSAS. No mesmo raciocínio a


sentença 2 necessita que a proposição Q seja FALSA para manter o valor de
VERDADEIRO para a premissa da sentença 2. E por conseguinte também
chegamos que a Sentença 1 necessita que a proposição P também seja FALSA
por conta do mesmo motivo.

1- P → Q = F→ F=V
2- Q → R = F → F=V

3- R→S = F → F=V

4- ~S = V

Com base nessas premissas temos que as proposições P e Q são falsas, ou


seja, Maria não passa no concurso (~P=V) e não casa com João(~Q=V)

GABARITO: CORRETO

4-A partir do argumento “A saúde é uma fonte de riqueza, pois as pessoas saudáveis
são muito trabalhadoras, e as pessoas trabalhadoras sempre enriquecem.”, julgue o
próximo item.
A proposição “as pessoas saudáveis são muito trabalhadoras.” é a conclusão do referido
argumento.

RESOLUÇÃO:
Conforme lógica argumentativa, a sentença afirma duas premissas: que as pessoas
saudáveis são muito trabalhadoras e que as pessoas trabalhadoras sempre
enriquecem. Estas duas premissas servem para chegar a conclusão de que A saúde é
uma fonte de riqueza, ainda mais ressaltada pela palavra POIS, abrindo as premissas
para a referida conclusão. Não é necessário entrar no mérito se as premissas com esta
conclusão constituem um argumento válido.

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Diferente do que afirma a questão, a conclusão do argumento é: A saúde é uma fonte


de riqueza

GABARITO: ERRADO

5-Considere que as proposições abaixo sejam premissas de determinado argumento:

1. Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.


2. Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a
associar-se.
3. Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não
foi obrigada a associar-se.
Com base nessas premissas, podemos afirmar que

 Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Roberto é brasileiro.

RESOLUÇÃO:

ROBERTO É BRASILEIRO = A

ROBERTO TEM PLENA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO = B

MAGNOLIA FOI OBRIGADA A ASSOCIAR-SE = C

CARLOS INTERPRETOU CORRETAMENTE A LEGISLAÇÃO = D

TEMOS QUE TRATAR AS PREMISSAS COMO VERDADEIRAS SEMPRE.

1- A→B (V)

2 - ~B v C (V)

3- ~D → C (V)

A conclusão Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então


Roberto é brasileiro. ficaria simbolizada por

~D → A
Podemos partir para o método da Conclusão FALSA, pois se adotarmos a conclusão
como FALSA e aplicar os valores lógicos nas premissas e as 3 premissas resultarem
VERDADEIRAS, então temos uma incongruência, pois as premissas só podem levar a
conclusão a ser VERDADEIRA, caso as premissas dêem margem para dois resultados

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lógicos para a mesma conclusão, as premissas perdem o valor de confiabilidade em


ser VERDADEIRAS.

Usando a CONCLUSÃO

~D → A como falsa : Para uma sentença “SE → ENTÃO) dar FALSA, temos que
colocar o consequente como Falso e a condição como VERDADEIRO

Então temos (A como FALSA) e (~D como Verdadeiro / Lógicamente podemos inferir
que D é Falso)

Levando estes valores para as premissas

Premissa 1

A(F) → B(em aberto) = V

Premissa 2

~B(em aberto) v C (em aberto) = V

Premissa 3

~D(V) → C (em aberto) = V

PEGANDO A PREMISSA 3 , sabemos que a Para uma sentença “SE → ENTÃO) dar
FALSA, temos que colocar o consequente como Falso e a condição como
VERDADEIRO

Então podemos para manter a premissa com a condição de VERDADEIRA, não


podemos definir C como FALSA, então por consequência C precisa ser VERDADEIRA

Premissa 3

~D(V) → C (V) = V

Com isso

Premissa 1

A(F) → B(em aberto) = V

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Premissa 2

~B(em aberto) v C (V) = V

Premissa 3

~D(V) → C (V) = V

Chegamos em um ponto onde não podemos mais evoluir, pois tanto na premissa 2 e
premissa 1, os valores que já temos definidos (C = V e A = F) automaticamente já
deixam as duas premissas verdadeiras, independentemente dos valores que possamos
atribuir para B(V ou F), ou seja, com a conclusão sendo Falsa, continuamos tendo
resultados de premissas Verdadeiras. Então não podemos concluir que a conclusão é
válida. Com essas premissas a CONCLUSÃO pode tanto ser verdadeira como falsa,
tornando um argumento invalido.

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