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RACIOCÍNIO LÓGICO
Apresentação do curso
Conteúdo do edital:
1 Estruturas lógicas. 2 Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. 3 Lógica sentencial (ou propo-
sicional). 3.1 Proposições simples e compostas. 3.2 Tabelas verdade. 3.3. Equivalências. 3.4 Leis de De Morgan. 3.5. Diagramas
lógicos. 4 Lógica de primeira ordem. 5 Princípios de contagem e probabilidade. 6 Operações com conjuntos. 7 Raciocínio lógico
envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
No NOVA nós seguimos a sequencia do edital. Não creio que a sequencia do edital esteja boa na parte inicial, pois isola estruturas
lógicas de tabela-verdade. Depois, coloca argumentação antes de tabela verdade.
Caso queira minha orientação para melhorar seu entendimento, creio que você deveria seguir a seguinte sequencia: 1, 3, 2, 4, 5,
6 e 7.
Faremos uma análise global dos tópicos, através de explicações bem detalhadas, com dicas e orientações de como proceder para
resolver as questões e em menor tempo. Teremos vários exercícios das principais bancas de concursos públicos do país.
A proposta do curso é facilitar o seu trabalho e reunir toda a teoria e inúmeros exercícios, no que tange aos assuntos do edital, em
um só material. Nosso curso será completo (teoria detalhada e muitas questões por aula). Ao mesmo tempo, não exigirá muitos
conhecimentos prévios, na maioria do curso. Portanto, se você está iniciando seus estudos no assunto, fique tranquilo, pois, nosso
curso atenderá aos seus anseios perfeitamente. Se você já estudou os temas e apenas quer revisá-los, o curso também será bastante útil,
pela quantidade de exercícios que teremos e pelo rigor no tratamento da matéria, o que lhe permitirá uma excelente revisão do conteúdo.
Por isto sua preparação com afinco e dedicação pode ser seu diferencial. E aqui estou, junto a você, nesta batalha. Eu e o pessoal
da NOVA procuraremos a sua melhor preparação.
Lembre-se que, como concursando, muitas vezes você se sente sozinho, desacreditado e sem muita confiança. Mas saiba que o
trabalho do estudo é duro, solitário, cansativo e requer muita vontade e dedicação. Quando vier sua aprovação, sua vitória você verá
que o seu sucesso pertence a todos (inclusive àqueles que nunca te apoiaram... mas assim é a vida). Força e pense sempre em você,
nos seus familiares, naqueles por quem você tem amor.
Desejo um excelente estudo e ótimos resultados nesta jornada. Muito boa sorte, dedicação e boa prova!!!!
Vamos ao trabalho‼‼
Didatismo e Conhecimento 1
RACIOCÍNIO LÓGICO
1. ESTRUTURAS LÓGICAS.
Breve introdução
Não há um consenso quanto à definição da lógica, mas alguns autores a definem como o estudo dos processos válidos e gerais
pelos quais atingimos a verdade, inclusive pelo estudo dos princípios da inferência válida. É a Ciência que expõe as leis, modos e
formas do conhecimento científico. É uma ciência formal que se dedica ao estudo das formas válidas de inferência. Trata-se, portanto,
do estudo dos métodos e dos princípios utilizados para distinguir o raciocínio correto do incorreto.
A lógica foi criada por Aristóteles, no século IV a.C., como uma ciência autônoma que se dedica ao estudo dos atos do pensa-
mento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração) do ponto de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer
conteúdo material. É por esta razão que esta lógica aristotélica se designa também por lógica formal.
Segundo os registros foi Aristóteles quem sugeriu o silogismo como sendo o argumento válido. Aristóteles é considerado o pai
da lógica formal.
Conceito de proposição
Vamos a um conceito básico, em função de ter encontrado diversos conceitos:
“Chama-se proposição toda oração declarativa que admite um dos dois valores lógicos: Falso (F) ou Verdadeiro (V), mas não
as duas valorações”.
Em função de ser uma oração é esperado que apresente, portanto, sujeito e predicado. A expressão: “As belas ruas de paralelepí-
pedo de Ribeirão Preto” NÃO se constitui uma proposição devido à ausência de predicado.
Como anteriormente mencionado a oração é declarativa. Portanto, teremos alguns tipos de expressões que NÃO serão proposi-
ções, por serem do tipo imperativo, interjeições, exclamativa, interrogativas, indefinidas (abertas).
Desta forma, não são proposições expressões do tipo:
a) Que bela manhã! (exclamativa).
b) Quer uma xícara de café? (interrogativa).
c) Pare!!! (imperativa – indica ordem).
d) Feliz Natal!. (optativa – exprime desejo).
e) Ele foi o melhor jogador do campeonato. (sentença aberta; não se sabe quem é “ele” e, assim, não podemos valorar tal expres-
são).
Veja algumas frases que são proposições (aquelas que podemos valorar em verdadeira ou falsa)
a) A lua é o único satélite do planeta Terra (V)
b) A cidade do Recife é a capital do estado do Maranhão. (F)
c) O número 612 é ímpar (F)
d) A raiz quadrada de dois é um número irracional (V)
Mas, uma proposição pode ser qualquer outro tipo de expressão, tais como as matemáticas, conjunto de símbolos que possuam
um significado, e que pode ser valorada em verdadeiro ou falso.
Exemplo:
4>7
Estamos afirmando que o número quatro é maior que o número sete. Temos, neste caso, símbolos numéricos, o que ainda assim
nos permite dizer que isto é uma proposição. No caso, é uma proposição falsa.
Veja o exemplo abaixo:
x-8 = 0
Não podemos valorar esta expressão em verdadeiro ou falso, simplesmente porque não se conhece o valor de x. Se x valer oito,
teremos x – 8 = 0. Porém, para qualquer outro valor de x que não seja oito, a igualdade acima está errada.
Sendo “x” uma variável, pode assumir inúmeros valores. Quando a expressão apresentar uma variável, nós dizemos que ela é
uma sentença aberta. Isto nos impede de julgá-la em verdadeira ou falsa. Logo, não é proposição.
Em algumas situações teremos expressões que serão denominadas paradoxos. E estas não podem ser valoradas em falsa ou ver-
dadeira porque teríamos uma situação de contradição. Veja a seguinte frase:
Um meliante declara à polícia: “Eu sou mentiroso”.
Isto não pode ser uma proposição lógica, pois, se consideramos que o meliante disse a verdade, então é verdade que ele é um
mentiroso e, portanto, sendo um mentiroso ele não pode declarar uma verdade. Contradição!
Didatismo e Conhecimento 2
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resumindo:
Não são proposições: frases exclamativas, interrogativas, opinativas, as expressões de desejo, as expressões de sentimentos, as
interjeições, orações imperativas, e aquelas que contenham variáveis (sentenças abertas).
A partir daí, podemos encontrar alguns princípios que devem sempre ser observados:
1) Princípio da Identidade: Uma proposição verdadeira é sempre verdadeira. Uma proposição falsa é sempre falsa.
2) Princípio da não-contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa simultaneamente.
3) Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição só pode ter dois valores lógicos, isto é, é verdadeira (V) ou falsa (F), não
podendo ter outro valor. Não há meio termo.
Exercícios resolvidos
Resolução.
A sentença I é uma pergunta. Não podem ser julgado em verdadeiro ou falso, não sendo classificada como proposição.
Na sentença II temos uma expressão de opinião sobre o Palácio do Itamaraty. Alguém está dizendo expressando sua opinião de que o
Palácio é belo. Não é proposição.
Na sentença III, temos duas variáveis (x e y). Quando temos variáveis, trata-se de uma sentença aberta, que não pode ser julgada em ver-
dadeira ou falsa. Logo, não é uma proposição.
Na sentença IV, temos outra expressão de opinião. Também não é proposição.
Gabarito: errado.
Exemplo: (BB1/2007/Cespe) Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa
(F), mas não como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda
não pode ser nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras.
do alfabeto — A, B, C, etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F
se A for V e B for F, caso contrário é V.
Considerando as informações contidas no texto acima, julgue o item subsequente.
01. Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.
“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
“A expressão X + Y é positiva.”
“O valor de 7= 3 +4.”
“Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.”
O que é isto?
Resolução
- “A frase dentro destas aspas é uma mentira”.
É uma oração declarativa, mas não pode ser classificada em verdadeiro ou falso. Se tentarmos classificá-la como verdadeira, teremos uma contradição. Se
classificarmos como falsa, temos uma nova contradição, pois é falso dizer que a frase dentro daquelas aspas é mentira, e, portanto, ela seria verdadeira. Logo, a
frase “A frase dentro destas aspas é uma mentira” não é uma proposição lógica. É um paradoxo.
- A expressão X + Y é positiva.
É uma sentença aberta e não pode ser valorada em V ou F, pois não conhecemos os valores de X e Y.
Didatismo e Conhecimento 3
RACIOCÍNIO LÓGICO
- A frase p: O valor de 7 = 3 + 4 é proposição, pois se constitui em oração declarativa e que assume apenas um dos dois valores
lógicos V ou F.
- Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira é proposição, pois se constitui em oração declarativa e que assume apenas um
dos dois valores lógicos V ou F.
- O que é isto?
É uma frase interrogativa e, portanto, não é uma proposição.
O item está errado porque há exatamente duas proposições.
Questões propostas
Questão 1) (ICMS-SP/2006/FCC) Das cinco frases abaixo, quatro delas têm uma mesma característica lógica em comum, en-
quanto uma delas não tem essa característica.
I. Que belo dia!
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
III. O jogo terminou empatado?
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
V. Escreva uma poesia.
A frase que não possui essa característica comum é a
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
Questão 2) As frases “Transforme seus boletos de papel em boletos eletrônicos” e “O carro que você estaciona sem usar as
mãos” são, ambas, proposições abertas.
Questão 3) (TRT 17ª Região 2009/CESPE-UnB) Proposições são frases que podem ser julgadas como verdadeiras — V — ou
falsas — F —, mas não como V e F simultaneamente.
A partir das informações do texto, julgue o item a seguir.
A sequência de frases a seguir contém exatamente duas proposições.
- A sede do TRT/ES localiza-se no município de Cariacica.
- Por que existem juízes substitutos?
- Ele é um advogado talentoso.
Questão 4) (TCE-PB/2006/FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara algo) e
predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há expressões e sentenças:
1. Três mais nove é igual a doze.
2. Pelé é brasileiro.
3. O jogador de futebol.
4. A idade de Maria.
5. A metade de um número.
6. O triplo de 15 é maior do que 10.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens de números.
a) 1,2 e 6.
b) 2,3 e 4.
c) 3,4 e 5.
d) 1, 2, 5 e 6.
e) 2, 3,4 e 5.
Didatismo e Conhecimento 4
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 5) SEFAZ SP 2006 [FCC]
Considere as seguintes frases:
I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
II. (x+ y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.
Questão 8) (BB2/2007/Cespe) Uma proposição é uma afirmação que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não
como ambas. As proposições são usualmente simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto, como, por exemplo, P, Q, R, etc. Se a
conexão de duas proposições é feita pela preposição “e”, simbolizada usualmente por ∧, então se obtém a forma P∧Q, lida como
“P e Q” e avaliada como V se P e Q forem V, caso contrário, é F. Se a conexão for feita pela preposição “ou”, simbolizada usualmen-
te por ∨, então se obtém a forma P∨Q, lida como “P ou Q” e avaliada como F se P e Q forem F, caso contrário, é V. A negação de uma
proposição é simbolizada por ¬P, e avaliada como V, se P for F, e como F, se P for V. A partir desses conceitos, julgue o próximo item.
Questão 9) (PM-BA 2009/FCC) Define-se sentença como qualquer oração que tem sujeito (o termo a respeito do qual se declara
alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação que segue há expressões e sentenças:
Didatismo e Conhecimento 5
RACIOCÍNIO LÓGICO
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos itens da relação acima, são sentenças APENAS os de números.
(A) 1 3 e 5.
(B) 2, 3 e 5.
(C) 3, 5 e 6.
(D) 4 e 6.
(E) 5 e 6.
Questão 1) Resolução
A frase I é exclamativa. A frase II não possui predicado, não sendo assim uma oração.
A frase III é interrogativa e a frase V é imperativa.
Portanto a característica comum entre as frases I, II, III e V é que elas não são proposições. A única proposição é a frase IV, pois
é uma oração declarativa, que podemos classificar em V ou F, apesar de não sabermos o seu valor lógico.
Questão 2) Resolução
Para que uma frase seja uma sentença aberta, o sujeito deve ser uma variável. A primeira frase é imperativa. Portanto não é pro-
posição.
A segunda frase não tem sentido completo. Não se trata de uma proposição lógica, pois estas devem possuir sentido completo.
O item está errado.
Questão 3) Resolução
A primeira frase é uma oração declarativa e que, mesmo que não saibamos, pode ser classificada em V ou F.
A segunda frase é interrogativa. Não é proposição.
A terceira frase é uma sentença aberta. “Ele” é um termo que varia. Esta frase não pode ser classificada em V ou F. Não é pro-
posição.
O item está errado.
Questão 4) Resolução
As frases 1, 2 e 6 têm sujeito e predicado. São, portanto, sentenças.
As frases 3,4 e 5 não possuem sentido completo. Não são sentenças.
Questão 5) Resolução
I. A expressão utiliza a palavra “ele” para dar o teor de indefinição. A cada possível pessoa designada por “ele”, temos um valor
lógico diferente. Trata-se de uma sentença aberta, que não é proposição.
II. Temos variáveis (x e y). Novamente não é uma proposição, e sim uma sentença aberta.
III. Temos uma proposição, pois pode ser julgada em verdadeiro ou falso. Ou é verdade que João foi o secretário, ou é falso.
Não há uma terceira opção. Se é possível julgar em V ou F, é proposição. Concluindo: I e II são sentenças abertas; III é proposição.
Gabarito: A
Questão 6) Resolução.
A frase II é uma pergunta, não podendo ser julgada em V ou F. A frase III é uma ordem, que também não é proposição. Logo,
são proposições as frases I e IV.
Gabarito: A
Questão 7) Resolução.
Observem que a primeira sentença é uma pergunta, que não pode ser julgada em verdadeiro ou falso. Logo, não é proposição.
As demais sentenças são proposições, pelo que o item é verdadeiro.
Gabarito: certo
Questão 8) Resolução
As frases (I) e (III) são proposições, pois são orações declarativas. A frase (II) é imperativa e, portanto, não é uma proposição.
O item está certo.
Didatismo e Conhecimento 6
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 9) resolução:
1. Tomara que chova! (exclamativa)
2. Que horas são? (interrogativa)
3. Três vezes dois são cinco (proposição).
4. Quarenta e dois detentos.(sem predicado)
5. Policiais são confiáveis. (proposição)
6. Exercícios físicos são saudáveis. .(proposição)
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos itens da relação acima, são sentenças APENAS os de números:
(A) 1, 3 e 5.
(B) 2, 3 e 5.
(C) 3, 5 e 6.
(D) 4 e 6.
(E) 5 e 6.
2 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO:
ANALOGIAS, INFERÊNCIAS,
DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
ARGUMENTAÇÃO LÓGICA
Chama-se argumento uma sequência finita de proposições P (P1, P2, P3,...Pn) que inferem uma proposição Q (ou C), ou seja, um
grupo de proposições iniciais denominadas premissas, que findam em uma proposição final, denominada de conclusão do argumento,
que será consequência das premissas iniciais.
Há um caso de argumento, em que temos duas premissas e uma conclusão. Tal argumento recebe o nome de silogismo categórico
(Aristóteles).
As premissas também podem ser denominadas de hipóteses e a conclusão de tese.
Vejamos alguns exemplos de argumentos:
Exemplo 1)
p1: Todos os homens são mortais
P2: Sócrates é homem
C: Logo, Sócrates é mortal.
Vamos interpretar estas premissas?
Acima, temos duas premissas (Todos os homens são mortais; Sócrates é homem). Estamos dizendo que essas duas premissas
acarretam na nossa conclusão (Sócrates é mortal). Eis nosso exemplo de argumento.
Exemplo 2)
Primeira premissa: Todos os homens são analfabetos
Segunda premissa: Raquel de Queiroz é homem
Conclusão: Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta.
Acima, temos duas premissas (Todos os homens são analfabetos; Raquel de Queiroz é homem). Estamos dizendo que essas duas
premissas acarretam na nossa conclusão (Raquel de Queiroz é analfabeta). Eis nosso exemplo de argumento.
IMPORTANTE:
- O tipo de argumento ilustrado nos exemplos acima é chamado silogismo. Ou seja, silogismo é o argumento formado por duas
premissas e a conclusão.
- Em um argumento lógico, sempre consideraremos as premissas como sendo verdadeiras.
- O argumento lógico afirma que o conjunto de premissas tem como consequência uma determinada conclusão.
Didatismo e Conhecimento 7
RACIOCÍNIO LÓGICO
Mas fica uma questão: todos os argumentos lógicos são válidos?
Façamos, então, um estudo dos argumentos lógicos, para verificar se eles são válidos ou inválidos. É isso o que interessa. Então,
passemos a seguir a tentar entender o que significa um argumento válido e um argumento inválido.
Validade de um argumento
Dizemos que um argumento é válido, quando a sua conclusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas, ou
seja, as premissas verdadeiras garantem que a conclusão também será verdadeira.
Existem casos em que o argumento é INVÁLIDO. Veremos em algumas situações que as premissas e a própria conclusão po-
derão ser visivelmente falsas (e até absurdas), e o argumento, ainda assim, poderá ser considerado válido. Isto pode ocorrer porque,
na Lógica, o estudo dos argumentos não leva em conta a verdade ou a falsidade das premissas que compõem o argumento, mas tão
somente a validade deste.
OBS:
A grande dificuldade para o concursando é que ele pensa na lógica do cotidiano e, muitas vezes atribui valor falso para premissas
ou conclusões por considerá-las absurdas para o mundo real. Na lógica argumentativa pouco importa se, no mundo real, as premissas
são de fato verdadeiras ou não. Não nos cabe avaliar se uma premissa é realmente verdadeira. Isto cabe a outros ramos das diversas
ciências (física, química, biologia, Astronomia, Energia Nuclear, Medicina, etc).
Na lógica argumentativa estamos interessados na forma do argumento. O que nós analisaremos é se o argumento está bem cons-
truído, bem formulado, isto é, se as premissas, de fato, suportam a conclusão, resultando num argumento válido, muito embora a
veracidade das premissas e da conclusão sejam totalmente questionáveis.
Aqui vale a teoria do pedreiro: “o que vale é a construção e não o seu conteúdo” (kkkk, não existe esta teoria, mas a frase é
totalmente válida).
Com uma construção adequada o argumento é válido, independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão.
RECAPITULANDO:
Considerando SEMPRE que as premissas são verdadeiras, a conclusão necessariamente também seja verdadeira, então o ar-
gumento é válido. Caso contrário, se existir um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão seja falsa, então o
argumento é inválido.
O que devemos fazer para determinar se um argumento é mesmo válido? Vermos muitos métodos que poderão ser úteis e que
serão usados com frequência em questões que pedem a verificação da validade de um argumento qualquer. Porém, dentre estes méto-
dos podemos ter um cuidado inicial em selecionar, eleger, qual o que nos daria a resposta com maior rapidez. Porém, um método será
visto com mais atenção, pois, nos dá toda a base teórica que NUNCA podemos desprezar: a tabela-verdade. Este método, dependendo
do caso, não é o recomendado devido ao tamanho (número de linhas) da tabela.
Existem várias técnicas desenvolvidas por estudiosos e professores. O número de técnicas chega facilmente a, pelo menos, SEIS.
Porém, para cada caso devemos eleger o que seria mais conveniente.
A) Através da tabela-verdade
Para analisar um argumento por meio da tabela-verdade, devemos seguir alguns passos básicos:
- montar uma tabela-verdade contendo todas as premissas e a conclusão.
– identificar as linhas em que todas as premissas são verdadeiras.
– verificar se, nas linhas indicadas no item anterior a conclusão também é verdadeira.
- FINALIZANDO: nas linhas avaliadas se as premissas e a conclusão forem verdadeiras o argumento é válido. Em caso negativo,
o argumento é inválido.
Didatismo e Conhecimento 8
RACIOCÍNIO LÓGICO
Veja a situação abaixo:
Como analisar uma questão sem frases, apenas empregando a linguagem lógica para as premissas e conclusão?
EXEMPLO:
(p ∧ q) → r
~r
____________
~p ∨ ~q
1º passo) Construir as tabelas-verdade para as duas premissas e para a conclusão. Teríamos, portanto, três tabelas a construir
(uma tabela para cada premissa e uma tabela para a conclusão). Para economizarmos espaço, ganharmos tempo e facilitarmos a exe-
cução do deste passo, faremos somente uma tabela-verdade, em que as premissas e a conclusão corresponderão a distintas colunas
nesta tabela, conforme se observa abaixo.
Observe que as premissas e a conclusão são obtidas pelos seguintes procedimentos:
- A 1ª premissa (4ª coluna da tabela) é obtida pela condicional entre a 3ª e a 2ª colunas.
- A 2ª premissa (5ª coluna) é obtida pela negação da 2ª coluna.
- A conclusão (8ª coluna) é obtida pela disjunção entre a 6ª e a 7ª colunas.
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
1 V V V V F F F F
2 V F V F V F F F
3 F V F V F F V V
4 F F F V V F V V
5 V V F V F V F V
6 V F F V V V F V
7 F V F V F V V V
8 F F F V V V V V
2º passo) Agora, vamos verificar quais são as linhas da tabela em que os valores lógicos das premissas são todos V. Daí, obser-
vamos que a 4ª, 6ª e 8ª linhas apresentam todas as duas premissas com valor lógico V.
3º passo) Finalizando, temos que verificar qual é o valor lógico da conclusão para estas mesmas 4ª, 6ª e 8ª linhas. Em todas elas
a conclusão é também V. Portanto, o argumento é válido.
Didatismo e Conhecimento 9
RACIOCÍNIO LÓGICO
PREMISSAS VERDADEIRAS E CONCLUSÕES VERDADEIRAS = ARGUMENTO VÁLIDO.
Didatismo e Conhecimento 10
RACIOCÍNIO LÓGICO
-E aí? Vai encarar esta tabela? Só se for para treinar, porque na prova você não deverá dispender tanto tempo assim. Só se tiver
tempo de sobra e ainda não consegui responder por outra técnica.
UMA POSSIBILIDADE INTERESSANTE, QUANDO se usa a tabela-verdade é a possibilidade de eliminar as linhas que po-
dem originar premissas falsas (já que elas devem ser sempre verdadeiras para o argumento poder ser válido e partimos sempre desta
consideração). Mas dependendo do número de premissas, ainda assim seria trabalhosa.
EXEMPLO
Classifique o argumento abaixo em válido ou inválido Premissas:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
3 – Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto. Conclusão: Manuel não vai ao mercado.
Já vimos a montagem da tabela-verdade vamos usá-la novamente o exemplo anterior. Portanto:
Didatismo e Conhecimento 11
RACIOCÍNIO LÓGICO
Vamos analisar a primeira premissa: trata-se de uma condicional. E só temos um caso em que ela será falsa. Isto não nos ajuda
muito. Portanto, não perderemos tempo com ela. Analisaremos a terceira premissa, pois esta é uma conjunção:
Tal fato nos ajudará muito, pois, as linhas em que isto não ocorrer podem ser omitidas da tabela-verdade. Vejam, na tabela acima
que marquei em vermelho onde b e s são falsos. Com isto o número de linhas já diminuiria muito e restariam as linhas abaixo.
m → c∨p b∧ s ~ s ∨ ~p ~m
c
Vamos para a quarta premissa. Por que esta premissa agora? Porque temos informação sobre Suelen. Em nenhuma outra premissa
temos informação sobre Beatriz. Portanto, é o que nos resta de caminho.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto. É uma premissa. Como qualquer premissa, deve ser verdadeira. Temos
uma disjunção. Para que seja verdadeiro, pelo menos uma das parcelas deve ser verdadeira. A primeira parcela, esta nós já sabemos
alguma coisa sobre ela. Vimos que Suelen vai ao shopping (s é verdadeiro). Mas na premissa Suelen não vai ao shopping torna esta
parcela falsa. Analisaremos a segunda parte da proposição molecular da premissa 4.
Nesta disjunção temos a ocorrência da negação de s ( ~s, que teria valor falso). Portanto, para que esta disjunção seja verdadeira,
a segunda proposição obrigatoriamente deverá ser verdadeira. Mas veja: a segunda proposição sendo verdadeira corresponderá à
negação de p sendo verdadeiro. Portanto p é falso (linhas a serem eliminadas). Com isto, descartaremos as linhas em que p é falso.
Na tabela acima marcarei em vermelho as linhas em que p é falso. Nossa tabela-verdade ficará assim:
Didatismo e Conhecimento 12
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como temos também uma disjunção na segunda premissa, faremos a mesma análise, levando em consideração que em
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
Sabemos que Pedro ir ao porto é falso é obrigatório que Claudia vai ao cinema seja verdadeiro.(c: deve ser verdadeiro.). Elimi-
naremos assim as linhas em que c tenha valor lógico Falso.
Na tabela acima marcarei em vermelho as linhas em que c é falso.
Nossa tabela-verdade fica reduzida a:
Deste modo, não conseguimos excluir mais linhas da nossa tabela-verdade. Ela ficará da forma como vimos acima.
Ora, nós fomos retirando todos os casos que tornavam as premissas falsas. Logo, nos casos restantes, todas as premissas são
verdadeiras.
Didatismo e Conhecimento 13
RACIOCÍNIO LÓGICO
Assim, só montamos as linhas que interessam: só aquelas em que todas as premissas são verdadeiras. Nestas linhas, vamos analisar
a conclusão.
Agora buscaremos as linhas em que a conclusão também seja verdadeira. Caso tenhamos linha com premissas verdadeiras e a
conclusão seja falsa o argumento não é valido. Vejam que existe um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Outra técnica possível, e eu arriscaria dizer que é a mais rápida e mais empregada para se resolver as questões, é a que eu, pes-
soalmente, denomino de:
Buscaremos, agora, determinar o valor lógico das proposições simples p e q, com a finalidade de, após isso, obter o valor lógico
da conclusão.
Observando a 2ª premissa, verificamos que esta é uma proposição simples (e, portanto verdadeira, segundo a técnica).
Didatismo e Conhecimento 14
RACIOCÍNIO LÓGICO
Conclusão:
2ª premissa: ~p é verdade
Como ~p é verdade, logo p é falso.
Usaremos esta informação para obter o valor lógico da proposição simples p, na proposição composta da premissa 1).
Observação:
Avaliando a 1ª premissa antes da segunda premissa não teríamos como obter de imediato o valor lógico de p, e nem de q,
mesmo considerando a premissa como verdadeira
2º passo)
Análise da 1ª premissa:
p ∨ q é verdade
Sabendo que p é falso, e que p ∨ q é verdade, então o valor lógico de q, de acordo com a tabela-verdade do “ou” (uma das
premissas deve ser verdadeira), é necessariamente verdade.
Portanto, até o momento concluímos que:
p é falso
q é verdade
3º passo) Agora vamos utilizar os valores lógicos obtidos para p e q a fim de encontrar o valor lógico da Conclusão. Como
esta é formada apenas pela proposição simples q, então a conclusão tem o mesmo valor lógico de q, ou seja, verdade. Desta forma,
o argumento é válido.
EXEMPLO 2:
Classifique o argumento abaixo em válido ou inválido
Premissas:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
3 – Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.
Vamos considerar todas as premissas como verdadeiras e usar a informação da premissa fácil e com a análise dos conectivos,
para ver se a conclusão dada é verdadeira e definirmos a validade do argumento.
Observa-se que ao final do texto existe uma informação dada por uma premissa simples, que é a conclusão (que pode ser V ou F).
A premissa 3 que é a dica, pois, a única maneira da conjunção ser verdadeira é que ambas as parcelas sejam verdadeiras. Portanto, a
premissa 3 nos permite concluir que:
3- Beatriz vai ao boliche (V) e Suelen vai ao Shopping (V).
Observe que a premissa que novamente traz Beatriz (não tem mais premissa) ou Suelen é a premissa 4, que está na forma
de disjunção. Ora, a tabela-verdade da disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a outra seja falsa. Como sabemos que
Suelen não vai ao shopping é falso, a outra parcela deve ser verdadeira. Portanto, concluímos que “Pedro não vai ao porto” é verdade.
Portanto, “Pedro vai ao porto” é falso.
4 – Suelen não vai ao shopping (F) ou Pedro não vai ao porto. (V)
Observe que a premissa que novamente traz Pedro é a premissa 2, que está na forma de disjunção. Ora, a tabela-verdade da
disjunção requer que uma das parcelas seja verdadeira e a outra seja falsa. Como sabemos que “Pedro vai ao porto” é falso, a outra
parcela deve ser verdadeira. Portanto, concluímos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade. Portanto,
(F) Cláudia vai ao cinema (V) ou Pedro vai ao porto (F).
Didatismo e Conhecimento 15
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como sabemos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade. Portanto, para a condicional ser verdadeira com a segunda parcela sendo
verdade é necessário que a primeira parcela também seja verdade. Portanto, concluímos que “Cláudia vai ao cinema” é verdade.
Portanto, “Manuel vai ao mercado” deve ser verdadeiro, para que a premissa 1 (e todas as premissas sejam, no caso, verdadeiras).
Se Manuel vai ao mercado (V), então Cláudia vai ao cinema (V).
Agora, comparemos com a conclusão que nos foi dada no enunciado:
Conclusão: Manuel não vai ao mercado.
Análise das premissas: Manuel vai ao mercado.
Premissas verdadeiras e a conclusão para a mesma premissa é oposta (portanto, falsa).
RESULTADO: argumento INVÁLIDO.
Veja que esta mesma questão fora anteriormente resolvida pela confecção da tabela-verdade (claro, obtendo-se mesmo
resultado), porém, com muito mais trabalho para resolver.
Vamos a um exemplo.
Exemplo 01)
Premissa 1: Se fizer sol então vou nadar ou jogar futebol
Premissa 2: Se eu nadar então não fez sol.
Premissa 3: Se chover então não vou jogar futebol
Conclusão: Se fizer sol então não chove.
Veja, que se considerarmos a conclusão como verdade teríamos três possibilidades para que isto aconteça. Porém, ao considerá-
-la falsa teremos uma única situação:
Antecedente Verdade e consequente falso.
Portanto, concluiríamos que:
Fez sol é verdade
Não Choveu é falso (logo, choveu é verdade).
Didatismo e Conhecimento 16
RACIOCÍNIO LÓGICO
Depois devemos procurar nas premissas onde teríamos as proposições “Chover” e “fez sol” e substituir pelos valores lógicos
atribuídos na conclusão
Veja que temos nas premissas 1 e 2 a condicional com a parcela referente ao sol e na premissa e 3 a parcela referente a chuva
(chover).
Vamos, então, adicionar os valores lógicos e depois concluirmos o que for possível:
Agora já sabemos que jogar futebol é falso e que nadar é falso podermos substituir na premissa 1, que ficaria assim:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F).
Tivemos aqui um problema: Não conseguimos chegar a todas as premissas como sendo verdadeiras. Veja:
Premissa 1: Se fizer sol (V)então vou nadar (F) ou jogar futebol (F). RESULTADO: PREMISSA FALSA!!!!!
Esta contradição nos valores lógicos ocorreu porque não foi possível, chegar a todas as premissas verdadeiras, chegarmos
a uma conclusão falsa. Daí, concluímos que nosso argumento é válido.
Em outras: para que o argumento fosse dito inválido, teríamos que conseguir chegar a todas as premissas verdadeiras. Porem, a
primeira premissa foi avaliada como falsa. Concluímos que o argumento é válido!
EM RESUMO: se conseguirmos obter todas as premissas como verdadeiras, à partir de valor lógico falso para a conclusão tería-
mos argumento inválido (pois argumento válido deve ter premissas e conclusão verdadeiras).
Veja o segundo exemplo da técnica anterior. Constatamos que o argumento era inválido. Tente, como treino, aplicar esta técnica
e você verá que será possível tornar todas as premissas verdadeiras, partindo da conclusão tomada como falsa.
QUESTÃO COMENTADA
(Técnico MPU/2004-2/Esaf) Se Pedro é pintor ou Carlos é cantor, Mário não é médico e Sílvio não é sociólogo. Dessa pre-
missa pode-se corretamente concluir que:
a) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Mário é médico ou Sílvio é sociólogo.
b) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Mário é médico ou Sílvio não é sociólogo.
c) Se Pedro é pintor e Carlos é cantor, Mário é médico e Sílvio não é sociólogo.
d) se Pedro é pintor e Carlos é cantor, Mário é médico ou Sílvio é sociólogo.
e) se Pedro não é pintor ou Carlos é cantor, Mário não é médico e Sílvio é sociólogo.
Didatismo e Conhecimento 17
RACIOCÍNIO LÓGICO
Poxa professor, como fazer um ”trem” destes. O enunciado é enorme, cheio de premissas e nomes... fiquei confuso!!!!!
Calma!!!! Relaxe. A ESAF gosta de colocar frases múltiplas, com muitos nomes, com nomes parecidos, só pra confundir o can-
didato. Mas, muitas vezes ela te dá a premissa fácil
Vamos considerar que a proposição trazida nesta alternativa é a conclusão do argumento. Pelo método, devemos designar o valor
lógico falso para a proposição da conclusão. Daí: (P e ~C) → (M ou S) é falso
Para que esta condicional tenha valor lógico falso é necessário que 1ª parte, (P e ~C), tenha valor V e a 2ª parte, (M ou S), tenha
valor F.
- Para que (P e ~C) seja V, é necessário que: P é V e ~C é V. (Consequentemente C é F).
- Para que (M ou S) seja F, é necessário que: M é F e S é F .
Resumindo:
P é V , C é F, M é F e S é F
Vamos agora testar estes valores lógicos na premissa (P ou C) → (~M e ~S) e ver se ela pode ser verdade com esses valores
lógicos.
Vamos substituir os valores lógicos:
(V ou F) → (~F e ~F) , que é o mesmo que: (V ou F) → (V e V) .
Resolvendo esta última proposição, obtemos V → V, que resulta no valor lógico V. Portanto, acabamos de verificar que é possível
existir a situação
RESULTADO: conclusão falsa e premissa verdade. Logo, esta conclusão não é consequência obrigatória da premissa, e por isso
esta alternativa não é a correta.
Didatismo e Conhecimento 18
RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto: (P e ~C) → (M ou ~S) é falso
Para que esta condicional tenha valor lógico falso é necessário que 1ª parte, (P e ~C), tenha valor V e a 2ª parte, (M ou ~S), tenha
valor F.
Disto resulta:
- Para que (P e ~C) seja V, é necessário que: P é V e ~C é V (e é claro C é F) (Viu? Namorou a alternativa? Esta parte nem teria
que ser refeita).
- Para que (M ou ~S) seja F, é necessário que: M é F e ~S é F (e é claro S é V).
Resumindo:
P é V , C é F, M é F e S é V
Vamos agora testar estes valores lógicos na premissa (P ou C) → (~M e ~S) pode ser verdade com esses valores lógicos.
Vamos substituir os valores lógicos:
(V ou F) → (~F e ~V) , que é o mesmo que: (V ou F) → (V e F) .
Resolvendo esta última proposição, obtemos V → F, que resulta no valor lógico F.
Verificamos que não é possível existir a situação: conclusão falsa e premissa verdade. Logo, esta conclusão é consequência
obrigatória da premissa, e por isso esta alternativa é a resposta da questão.
Método da Construção da em qualquer caso, mas preferencialmente nas linhas da tabela em que os valores lógicos
Tabela- Verdade do argumento quando o argumento tiver no máximo duas das premissas têm valor V, os valores lógicos
proposições simples relativos a coluna da conclusão forem também
(SILOGISMO). V.
Método da Premissa Fácil Método a acima não puder ser empregado, o valor encontrado para a conclusão é
Considerar as premissas e houver uma premissa fácil (que seja uma obrigatoriamente verdadeiro.
verdadeiras e o valor lógico da proposição simples; ou que esteja na forma
conclusão verdadeiro de uma conjunção)
Método da conclusão falsa for inviável a aplicação dos métodos não for possível a existência simultânea de
Considerar a Conclusão como anteriores. Também é recomendável que a conclusão falsa e premissas verdadeiras.
Falsa e verificar se as premissas conclusão seja uma proposição simples ou
podem ser verdadeiras uma disjunção ou uma condicional.
Didatismo e Conhecimento 19
RACIOCÍNIO LÓGICO
QUESTÕES PROPOSTAS
Questão 1: Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala di-
namarquês. Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala espanhol se e somente se não for verdade que Francisco
não fala francês. Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo,
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês.
b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês.
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol.
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano.
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês.
Questão 2: Sabe-se que todo o número inteiro n maior do que 1 admite pelo menos um divisor (ou fator) primo. Se n é primo, então tem
somente dois divisores, a saber, 1 e n. Se n é uma potência de um primo p, ou seja, é da forma ps, então 1, p, p2, ..., ps são os divisores positivos
de n. Segue-se daí que a soma dos números inteiros positivos menores do que 100, que têm exatamente três divisores positivos, é igual a:
a) 25
b) 87
c) 112
d) 121
e) 169
Questão 3: Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica. Por outro lado, se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Daí segue-se
que, se Artur gosta de Lógica, então:
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.
Questão 4: Três suspeitos de haver roubado o colar da rainha foram levados à presença de um velho e sábio professor de Lógica. Um dos
suspeitos estava de camisa azul, outro de camisa branca e o outro de camisa preta. Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é culpado e que
o culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. Sabe-se, também, que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que são inocentes), um sempre
diz a verdade e o outro sempre mente. O velho e sábio professor perguntou, a cada um dos suspeitos, qual entre eles era o culpado. Disse o de
camisa azul: “Eu sou o culpado”. Disse o de camisa branca, apontando para o de camisa azul: “Sim, ele é o culpado”. Disse, por fim, o de camisa
preta: “Eu roubei o colar da rainha; o culpado sou eu”. O velho e sábio professor de Lógica, então, sorriu e concluiu corretamente que:
a) O culpado é o de camisa azul e o de camisa preta sempre mente.
b) O culpado é o de camisa branca e o de camisa preta sempre mente.
c) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre mente.
d) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre diz a verdade.
e) O culpado é o de camisa azul e o de camisa azul sempre diz a verdade.
Questão 5: O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do castelo, e é condição suficiente para a duquesa ir ao jardim.
Por outro lado, o conde encontrar a princesa é condição necessária e suficiente para o barão sorrir e é condição necessária para a
duquesa ir ao jardim. O barão não sorriu. Logo:
a) A duquesa foi ao jardim ou o conde encontrou a princesa.
b) Se o duque não saiu do castelo, então o conde encontrou a princesa.
c) O rei não foi à caça e o conde não encontrou a princesa.
d) O rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim.
e) O duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.
Questão 6: (ESAF - 2012 - Auditor Fiscal da Receita Federal). Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar em
Passárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar em Passárgada. Assim,
(A) não viajo e caso.
(B) viajo e caso.
(C) não vou morar em Passárgada e não viajo.
(D) compro uma bicicleta e não viajo.
(E) compro uma bicicleta e viajo.
Didatismo e Conhecimento 20
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 7: (Chesf - Analista de Sistemas - CESGRANRIO – 2012. Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro terá
aula de futebol ou natação. Quando Pedro tem aula de futebol ou natação, Jane o leva até a escolinha esportiva. Ao levar Pedro até
a escolinha, Jane deixa de fazer o almoço e, se Jane não faz o almoço, Carlos não almoça em casa. Considerando-se a sequência de
implicações lógicas acima apresentadas textualmente, se Carlos almoçou em casa hoje, então hoje
(A) é terça, ou quinta ou sexta-feira, ou Jane não fez o almoço.
(B) Pedro não teve aula de natação e não é segunda-feira.
(C) Carlos levou Pedro até a escolinha para Jane fazer o almoço.
(D) não é segunda, nem quarta, mas Pedro teve aula de apenas uma das modalidades esportivas.
(E) não é segunda, Pedro não teve aulas, e Jane não fez o almoço.
Questão 8: (VUNESP - 2011 - TJM-SP). Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. Se o instrumento soa bem, então toco
muito bem. Ou não toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo ser verdadeira a frase: não sonho acordado. Dessa forma, conclui-se
que
(A) sonho dormindo.
(B) o instrumento afinado não soa bem.
(C) as cordas não foram afinadas.
(D) mesmo afinado o instrumento não soa bem.
(E) toco bem acordado e dormindo.
RESOLUÇÕES:
Questão 1:
(P1) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão.
(P2) Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês.
(P3) Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol.
(P4) Mas Elton fala espanhol se e somente se não for verdade que Francisco não fala francês.
(P5) Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês.
Ao todo são cinco premissas, formadas pelos mais diversos conectivos (Se então, Ou, Se e somente se, E). Mas o que importa
para resolver este tipo de argumento lógico é que ele só será válido quando todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão tam-
bém for verdadeira. Uma boa dica é sempre começar pela premissa formada com o conectivo e.
Na premissa 5 tem-se: Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo para esta proposição composta pelo conectivo
e ser verdadeira as premissas simples que a compõe deverão ser verdadeiras, ou seja, sabemos que:
Francisco não fala francês
Ching não fala chinês
Na premissa 4 temos: Elton fala espanhol se e somente se não for verdade que Francisco não fala francês. Temos uma proposição
composta formada pelo se e somente se, neste caso, esta premissa será verdadeira se as proposições que a formarem forem de mesmo
valor lógico, ou ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou seja, como se deseja que não seja verdade que Francisco não fala francês e ele
fala, isto já é falso e o antecedente do se e somente se também terá que ser falso, ou seja: Elton não fala espanhol.
Da premissa 3 tem-se: Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Uma premissa composta formada por outras duas sim-
ples conectadas pelo se então (veja que a vírgula subentende que existe o então), pois é, a regra do se então é que ele só vai ser falso
se o seu antecedente for verdadeiro e o seu consequente for falso, da premissa 4 sabemos que Elton não fala espanhol, logo, para que
a premissa seja verdadeira só poderemos aceitar um valor lógico possível para o antecedente, ou seja, ele deverá ser falso, pois F Î F
= V, logo: Débora não fala dinamarquês.
Da premissa 2 temos: Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Vamos analisar o conse-
quente do se então, observe: ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. (temos um ou exclusivo, cuja regra é, o ou exclusivo,
só vai ser falso se ambas forem verdadeiras, ou ambas falsas), no caso como Ching não fala chinês e Débora não fala dinamarquês,
temos: F ou exclusivo F = F. Se o consequente deu falso, então o antecedente também deverá ser falso para que a premissa seja ver-
dadeira, logo: Iara não fala italiano.
Didatismo e Conhecimento 21
RACIOCÍNIO LÓGICO
Da premissa 1 tem-se: Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Ora ocorreu o antecedente, vamos reparar no consequen-
te... Só será verdadeiro quando V Î V = V pois se o primeiro ocorrer e o segundo não teremos o Falso na premissa que é indesejado,
desse modo: Ana fala alemão.
Observe que ao analisar todas as premissas, e tornarmos todas verdadeiras obtivemos as seguintes afirmações:
Francisco não fala francês
Ching não fala chinês
Elton não fala espanhol
Débora não fala dinamarquês
Iara não fala italiano
Ana fala alemão.
A única conclusão verdadeira quando todas as premissas foram verdadeiras é a da alternativa (A), resposta do problema.
Questão 2:
Resposta “B”.
O número que não é primo é denominado número composto. O número 4 é um número composto. Todo número composto pode
ser escrito como uma combinação de números primos, veja: 70 é um número composto formado pela combinação: 2 x 5 x 7, onde
2, 5 e 7 são números primos. O problema informou que um número primo tem com certeza 3 divisores quando puder ser escrito da
forma: 1 p p2, onde p é um número primo.
Observe os seguintes números:
1 2 22 (4)
1 3 3² (9)
1 5 5² (25)
1 7 7² (49)
1 11 11² (121)
Veja que 4 têm apenas três divisores (1, 2 e ele mesmo) e o mesmo ocorre com os demais números 9, 25, 49 e 121 (mas este
último já é maior que 100) portanto a soma dos números inteiros positivos menores do que 100, que têm exatamente três divisores
positivos é dada por: 4 + 9 + 25 + 49 = 87.
Questão 3:
Resposta “B”.
O Argumento é uma sequência finita de proposições lógicas iniciais (Premissas) e uma proposição final (conclusão). A validade
de um argumento independe se a premissa é verdadeira ou falsa, observe a seguir:
Todo cavalo tem 4 patas (P1)
Todo animal de 4 patas tem asas (P2)
Logo: Todo cavalo tem asas (C)
Observe que se tem um argumento com duas premissas, P1 (verdadeira) e P2 (falsa) e uma conclusão C. Veja que este argumento
é válido, pois se as premissas se verificarem a conclusão também se verifica: (P1) Todo cavalo tem 4 patas. Indica que se é cavalo
então tem 4 patas, ou seja, posso afirmar que o conjunto dos cavalos é um subconjunto do conjunto de animais de 4 patas.
(P2) Todo animal de 4 patas tem asas. Indica que se tem 4 patas então o animal tem asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto
dos animais de 4 patas é um subconjunto do conjunto de animais que tem asas.
Didatismo e Conhecimento 22
RACIOCÍNIO LÓGICO
(C) Todo cavalo tem asas. Indica que se é cavalo então tem asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto de cavalos é um subcon-
junto do conjunto de animais que tem asas.
Observe que ao unir as premissas, a conclusão sempre se verifica. Toda vez que fizermos as premissas serem verdadeiras, a con-
clusão também for verdadeira, estaremos diante de um argumento válido. Observe:
Desse modo, o conjunto de cavalos é subconjunto do conjunto dos animais de 4 patas e este por sua vez é subconjunto dos ani-
mais que tem asas. Dessa forma, a conclusão se verifica, ou seja, todo cavalo tem asas. Agora na questão temos duas premissas e a
conclusão é uma das alternativas, logo temos um argumento. O que se pergunta é qual das conclusões possíveis sempre será verda-
deira dadas as premissas sendo verdadeiras, ou seja, qual a conclusão que torna o argumento válido. Vejamos:
Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)
Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. (P2)
Artur gosta de Lógica (P3)
Observe que deveremos fazer as três premissas serem verdadeiras, inicie sua análise pela premissa mais fácil, ou seja, aquela
que já vai lhe informar algo que deseja, observe a premissa três, veja que para ela ser verdadeira, Artur gosta de Lógica. Com esta
informação vamos até a premissa um, onde temos a presença do “ou exclusivo” um ou especial que não aceita ao mesmo tempo que
as duas premissas sejam verdadeiras ou falsas. Observe a tabela verdade do “ou exclusivo” abaixo:
p q pVq
V V F
V F V
F V V
F F F
Sendo as proposições:
p: Lógica é fácil
q: Artur não gosta de Lógica
p v q = Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)
Observe que só nos interessa os resultados que possam tornar a premissa verdadeira, ou seja, as linhas 2 e 3 da tabela verdade.
Mas já sabemos que Artur gosta de Lógica, ou seja, a premissa q é falsa, só nos restando a linha 2, quer dizer que para P1 ser verda-
deira, p também será verdadeira, ou seja, Lógica é fácil. Sabendo que Lógica é fácil, vamos para a P2, temos um se então.
Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Do se então já sabemos que:
Geografia não é difícil - é o antecedente do se então.
Lógica é difícil - é o consequente do se então.
Chamando:
r: Geografia é difícil
~r: Geografia não é difícil (ou Geografia é fácil)
p: Lógica é fácil
(não p) ~p: Lógica é difícil
~r → ~p (lê-se se não r então não p) sempre que se verificar o se então tem-se também que a negação do consequente gera a
negação do antecedente, ou seja: ~(~p) → ~(~r), ou seja, p → r ou Se Lógica é fácil então Geografia é difícil.
Didatismo e Conhecimento 23
RACIOCÍNIO LÓGICO
De todo o encadeamento lógico (dada as premissas verdadeiras) sabemos que:
Artur gosta de Lógica
Lógica é fácil
Geografia é difícil
Vamos agora analisar as alternativas, em qual delas a conclusão é verdadeira:
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. (V → F = F) a regra do “se então” é só ser falso se o antecedente for verdadeiro
e o consequente for falso, nas demais possibilidades ele será sempre verdadeiro.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. (V ^ V = V) a regra do “e” é que só será verdadeiro se as proposições que o formarem
forem verdadeiras.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. (V ^ F = F)
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil. (F ^ V = F)
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil. (F v F = F) a regra do “ou” é que só é falso quando as proposições que o formarem forem
falsas.
Questão 4:
Alternativa “A”.
Com os dados fazemos a tabela:
Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é culpado e que o culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. Sabe-se, também,
que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que são inocentes), um sempre diz a verdade e o outro sempre mente.
I) Primeira hipótese: Se o inocente que fala verdade é o de camisa azul, não teríamos resposta, pois o de azul fala que é culpado
e então estaria mentindo.
II) Segunda hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o de camisa preta, também não teríamos resposta, observem: Se ele fala
a verdade e declara que roubou ele é o culpado e não inocente.
III) Terceira hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o de camisa branca achamos a resposta, observem: Ele é inocente e
afirma que o de camisa branca é culpado, ele é o inocente que sempre fala a verdade. O de camisa branca é o culpado que ora fala a
verdade e ora mente (no problema ele está dizendo a verdade). O de camisa preta é inocente e afirma que roubou, logo ele é o inocente
que está sempre mentindo.
O resultado obtido pelo sábio aluno deverá ser: O culpado é o de camisa azul e o de camisa preta sempre mente (Alternativa A).
Questão 5:
Resposta “C”.
Uma questão de lógica argumentativa, que trata do uso do conectivo “se então” também representado por “→”. Vamos a um
exemplo:
Se o duque sair do castelo então o rei foi à caça. Aqui estamos tratando de uma proposição composta (Se o duque sair do castelo
então o rei foi à caça) formada por duas proposições simples (duque sair do castelo) (rei ir à caça), ligadas pela presença do conectivo
(→) “se então”. O conectivo “se então” liga duas proposições simples da seguinte forma: Se p então q, ou seja:
- p será uma proposição simples que por estar antes do então é também conhecida como antecedente.
- q será uma proposição simples que por estar depois do então é também conhecida como consequente.
- Se p então q também pode ser lido como p implica em q.
- p é conhecida como condição suficiente para que q ocorra, ou seja, basta que p ocorra para q ocorrer.
- q é conhecida como condição necessária para que p ocorra, ou seja, se q não ocorrer então p também não irá ocorrer.
Vamos às informações do problema:
1) O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do castelo. Chamando A (proposição rei ir à caça) e B (proposição
duque sair do castelo) podemos escrever que se B então A ou B → A. Lembre-se de que ser condição necessária é ser consequente
no “se então”.
2) O rei ir à caça é condição suficiente para a duquesa ir ao jardim. Chamando A (proposição rei ir à caça) e C (proposição duquesa
ir ao jardim) podemos escrever que se A então C ou A → C. Lembre-se de que ser condição suficiente é ser antecedente no “se então”.
Didatismo e Conhecimento 24
RACIOCÍNIO LÓGICO
3) O conde encontrar a princesa é condição necessária e suficiente para o barão sorrir. Chamando D (proposição conde encontrar
a princesa) e E (proposição barão sorrir) podemos escrever que D se e somente se E ou D ↔ E (conhecemos este conectivo como um
bicondicional, um conectivo onde tanto o antecedente quanto o consequente são condição necessária e suficiente ao mesmo tempo),
onde poderíamos também escrever E se e somente se D ou E → D.
4) O conde encontrar a princesa é condição necessária para a duquesa ir ao jardim. Chamando D (proposição conde encontrar
a princesa) e C (proposição duquesa ir ao jardim) podemos escrever que se C então D ou C → D. Lembre-se de que ser condição
necessária é ser consequente no “se então”.
A única informação claramente dada é que o barão não sorriu, ora chamamos de E (proposição barão sorriu). Logo barão não
sorriu = ~E (lê-se não E).
Dado que ~E se verifica e D ↔ E, ao negar a condição necessária nego a condição suficiente: esse modo ~E → ~D (então o conde
não encontrou a princesa).
Se ~D se verifica e C → D, ao negar a condição necessária nego a condição suficiente: ~D→ ~C (a duquesa não foi ao jardim).
Se ~C se verifica e A → C, ao negar a condição necessária nego a condição suficiente: ~C→ ~A (então o rei não foi à caça).
Se ~A se verifica e B → A, ao negar a condição necessária nego a condição suficiente: ~A→~B (então o duque não saiu do
castelo).
Observe entre as alternativas, que a única que afirma uma proposição logicamente correta é a alternativa C, pois realmente
deduziu-se que o rei não foi à caça e o conde não encontrou a princesa.
Questão 6:
Resposta “B”.
1°: separar a informação que a questão forneceu: “não vou morar em Pasárgada”.
2°: lembrando-se que a regra do ou diz que: para ser verdadeiro tem de haver pelo menos uma proposição verdadeira.
3°: destacando-se as informações seguintes:
- caso ou compro uma bicicleta.
- viajo ou não caso.
- vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta.
Logo:
- vou morar em Pasárgada (F)
- não compro uma bicicleta (V)
- caso (V)
- compro uma bicicleta (F)
- viajo (V)
- não caso (F)
Conclusão: viajo, caso, não compro uma bicicleta.
Outra forma:
c = casar
b = comprar bicicleta
v = viajar
p = morar em Pasárgada
Temos as verdades:
c ou b
v ou ~c
p ou ~b
Transformando em implicações:
~c → b = ~b → c
~v → ~c = c → v
~p → ~b
Assim:
~p → ~b
~b → c
c→v
Didatismo e Conhecimento 25
RACIOCÍNIO LÓGICO
Por transitividade:
~p → c
~p → v
Não morar em Pasárgada implica casar. Não morar em Pasárgada implica viajar.
Questão 7:
Resposta “B”.
Sendo:
Segunda = S e Quarta = Q,
Pedro tem aula de Natação = PN e
Pedro tem aula de Futebol = PF.
V = conectivo ou e → = conectivo Se, ... então, temos:
S V Q → PF V PN
Sendo Je = Jane leva Pedro para a escolinha e ~Je = a negação, ou seja Jane não leva Pedro a escolinha. Ainda temos que ~Ja =
Jane deixa de fazer o almoço e C = Carlos almoça em Casa e ~C = Carlos não almoça em casa, temos:
PF V PN → Je
Je → ~Ja
~Ja → ~C
Em questões de raciocínio lógico devemos admitir que todas as proposições compostas são verdadeiras. Ora, o enunciado diz que
Carlos almoçou em casa, logo a proposição ~C é Falsa.
~Ja → ~C
Para a proposição composta ~Ja → ~C ser verdadeira, então ~Ja também é falsa.
~Ja → ~C
Na proposição acima desta temos que Je → ~Ja, contudo já sabemos que ~Ja é falsa. Pela mesma regra do conectivo Se, ... então,
temos que admitir que Je também é falsa para que a proposição composta seja verdadeira.
Na proposição acima temos que PF V PN → Je, tratando PF V PN como uma proposição individual e sabendo que Je é falsa, para
esta proposição composta ser verdadeira PF V PN tem que ser falsa.
Ora, na primeira proposição composta da questão, temos que S V Q → PF V PN e pela mesma regra já citada, para esta ser verda-
deira S V Q tem que ser falsa. Bem, agora analisando individualmente S V Q como falsa, esta só pode ser falsa se as duas premissas
simples forem falsas. E da mesma maneira tratamos PF V PN.
Representação lógica de todas as proposições:
S V Q → PF V PN
(f) (f) (f) (f)
F F
PF V PN → Je
F F
Je → ~Ja
F F
~Ja → ~C
F F
Conclusão: Carlos almoçou em casa hoje, Jane fez o almoço e não levou Pedro à escolinha esportiva, Pedro não teve aula de
futebol nem de natação e também não é segunda nem quarta. Agora é só marcar a questão cuja alternativa se encaixa nesse esquema.
Questão 8:
Resposta “C”.
Dê nome:
A = AFINO as cordas;
I = INSTRUMENTO soa bem;
T = TOCO bem;
S = SONHO acordado.
Montando as proposições:
1° - A → I
Didatismo e Conhecimento 26
RACIOCÍNIO LÓGICO
2° - I → T
3° - ~T V S (ou exclusivo)
Como S = FALSO; ~T = VERDADEIRO, pois um dos termos deve ser verdadeiro (equivale ao nosso “ou isso ou aquilo, escolha
UM”).
~T = V
T=F
I→T
(F)
Em muitos casos, é um macete que funciona nos exercícios “lotados de condicionais”, sendo assim o F passa para trás.
Assim: I = F
Novamente: A → I
(F)
O FALSO passa para trás. Com isso, A = FALSO. ~A = Verdadeiro = As cordas não foram afinadas.
Outra forma: partimos da premissa afirmativa ou de conclusão; última frase:
Não sonho acordado será VERDADE
Admita todas as frases como VERDADE
Ficando assim de baixo para cima
Ou não toco muito bem (V) ou sonho acordado (F) = V
Se o instrumento soa bem (F) então toco muito bem (F) = V
Se afino as cordas (F), então o instrumento soa bem (F) = V
A dica é trabalhar com as exceções: na condicional: só dá falso quando a primeira parcela é V e a segunda parcela é F. Na disjun-
ção exclusiva (ou... ou) as divergentes se atraem, o que dá verdade. Extraindo as conclusões temos que:
Não toco muito bem, não sonho acordado como verdade.
Se afino as corda deu falso, então não afino as cordas.
Se o instrumento soa bem deu falso, então o instrumento não soa bem.
Joga nas alternativas:
(A) sonho dormindo (você não tem garantia de que sonha dormindo, só temos como verdade que não sonho acordado, pode ser
que você nem sonhe).
(B) o instrumento afinado não soa bem deu que: Não afino as cordas.
(C) Verdadeira: as cordas não foram afinadas.
(D) mesmo afinado (Falso, deu que não afino as cordas) o instrumento não soa bem.
(E) toco bem acordado e dormindo, absurdo. Deu não toco muito bem e não sonho acordado.
3 LÓGICA SENTENCIAL
(OU PROPOSICIONAL).
3.1 PROPOSIÇÕES SIMPLES
E COMPOSTAS.
3.2 TABELAS VERDADE.
Didatismo e Conhecimento 27
RACIOCÍNIO LÓGICO
As proposições simples não contêm nenhuma outra proposição fazendo parte integrante de si mesmas, ou seja: elas não podem
ser divididas em outras proposições menores.
Veja o exemplo abaixo:
p: Marcela é auditora
q: Paulo é bancário
r: Wagner é professor
As proposições compostas são formadas por duas ou mais proposições ligadas por meio de determinadas palavras ou expressões
a que chamamos operadores ou conectivos lógicos.
As proposições simples combinam-se com outras, ou são modificadas por alguns operadores (conectivos), gerando novas sen-
tenças chamadas de moleculares.
Quando juntamos duas ou mais proposições simples, formamos outra proposição, maior, chamada de proposição composta.
Geralmente simbolizamos as proposições simples por letras minúsculas e as proposições compostas por letras maiúsculas do alfabeto.
Cuidado:
Várias questões de prova pedem que se “converta” uma frase escrita para a simbologia lógica, ou vice versa. Por isto, é im-
portante que, inicialmente, você se familiarize com estas formas de representação. Muitas bancas (principalmente CESPE) utilizam
apenas esta forma de linguagem em algumas questões. Vejamos alguns exemplos:
Considere as seguintes proposições lógicas representadas pelas letras P, Q, R e S:
P: Nesse país o direito é respeitado.
Q: O país é próspero.
Didatismo e Conhecimento 28
RACIOCÍNIO LÓGICO
R: O cidadão se sente seguro.
S: Todos os trabalhadores têm emprego.
Considere também que os símbolos “ ∨ ”, “ ∧ ”, “ → ” e “ ¬ ” representem os conectivos lógicos “ou”, “e”, “se, então” e
“não”, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro” pode ser representada simbolicamente
por P ∧ (¬R) .
2. A proposição “Se o país é próspero, então todos os trabalhadores têm emprego” pode ser representada simbolicamente
por Q→S.
3. A proposição “O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego” é uma consequência de, “nesse país, o direito
ser respeitado” pode ser representada simbolicamente por (Q ∧ R)→P.
Resolução.
Primeiro item. Temos:
“Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro” Vamos colocar parêntesis para delimitar as proposições
simples:
(Nesse país o direito é respeitado), mas (o cidadão não se sente seguro)
As duas parcelas são unidas pela palavrinha “mas”, que acrescenta uma informação. Ela tem um papel análogo ao do “e”. É como
se afirmássemos que o direito é respeitado e o cidadão não se sente seguro.
Além disso, vemos que a segunda parcela apresenta uma negação. Portanto, a proposição mencionada pode ser representada por:
P ∧ (¬R)
Item certo
Segundo item. A sentença é:
Se (o país é próspero), então (todos os trabalhadores têm emprego).
Em símbolos: Q → S
Item certo
Terceiro item.
A proposição é: “O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego” é uma consequência de, “nesse país, o direito ser
respeitado”.
Vamos usar parêntesis para delimitar as proposições simples:
((O país ser próspero) e (todos os trabalhadores terem emprego)) é uma consequência de, (nesse país, o direito ser respeitado).
A expressão “é uma consequência”, remete ao condicional (se, então). Podemos reescrever a frase assim:
Se (nesse país, o direito é respeitado), então ((o país é próspero) e todos os trabalhadores têm emprego)).
Em símbolos, ficamos com: P → (Q ∧ S )
Não foi essa a simbologia indicada pelo enunciado. Item errado.
Gabarito: certo, certo, errado
Didatismo e Conhecimento 29
RACIOCÍNIO LÓGICO
Tabela-verdade das proposições compostas
A tabela-verdade é uma tabela em que combinamos todas as possibilidades das proposições simples para ver quais são os resulta-
dos das proposições compostas. A tabela-verdade, como se sabe, é um instrumento eficiente para a especificação de uma composição
de proposições. A seguir trabalharemos com a tabela-verdade dos conectivos aqui tratados, explicando suas possibilidades.
Antes de iniciarmos é interessante se conhecer quantas linhas irão compor a tabela-verdade de qualquer tipo de conectivo. Para
isto, devemos usar uma expressão matemática, onde x é o número de linhas da tabela-verdade e n é o número de proposições simples:
X = 2n
Ou seja: se tivermos uma proposição simples teremos duas possibilidades; V ou F. Mas se tivermos duas proposições termos 4
possibilidades, conforme esquema abaixo:
X = 22 = 4
p q
V V
V F
F V
F F
Estas opções são decorrentes das possíveis “combinações” ente as proposições. Uma dica para montar a tabela-verdade é sempre
colocar para p (no caso de 2 proposições) VV, FF e depois colocar alternados V e F para a proposição q.
Veja:
Se tivermos 3 proposições teremos X = 23 = 8. Ou seja: 8 linhas na tabela-verdade. E como montá-la? Simples! Divida o total
ao meio (8 dividido por 2 = igual a 4) e este valor será o número de repetições dos valores lógicos V e depois, F, para a primeira
proposição. Depois, diminua sucessivamente ao meio este valor obtido para as demais proposições, alternando-as. Veja: 4, 2, 1 (uma
progressão).
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Observou? p 4 em 4, q de 2 em 2 e r alternados.
Didatismo e Conhecimento 30
RACIOCÍNIO LÓGICO
Veja as possibilidades:
Caso a tabela-verdade tenha 4 proposições teríamos X = 24 = 16 linhas. Divida o total ao meio (16 dividido por 2 = igual a 8) e
este valor será o número de repetições dos valores lógicos V e, também, a quantidade de valores correspondentes a falsos (F) para a
primeira proposição. Depois, diminua sucessivamente ao meio este valor obtido para as demais proposições, alternando-as. Veja: 4,
2, 1.
p q r s
V V V V
V V V F
V V F
V V F
V F
V F
V F
V F
F
F
F
F
F
F
F
F
Observe que eu intencionalmente, desta vez, não completei a tabela. Deu pra perceber que existe uma alternância nos valores V
e F, em proporção?
Vale ressaltar que é muito raro aparecerem 4 proposições nas questões dos concursos públicos. Geralmente aparecem duas e,
menos frequente, três proposições.
Porém, é importante que você saiba como montar a tabela. Você verá que, com a prática, esta tabela NÃO precisará ser montada,
principalmente para não se perder tempo na resolução das questões. Porém, é preciso saber como montá-la, para analisar as possibi-
lidades das interpretações.
Didatismo e Conhecimento 31
RACIOCÍNIO LÓGICO
Tabela-verdade das conjunções e seus significados
Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções. Simbolicamente, esse conectivo pode ser
representado por “^”.
Se tivermos a sentença:
“Paulo é advogado e Maria é professora”
Poderemos representá-la apenas por: p uma das proposições e q a outra, onde:
p = Paulo é advogado
q = Maria é professora.
Como se revela o valor lógico de uma conjunção? Da seguinte forma: uma conjunção só será verdadeira, se ambas as proposi-
ções simples componentes forem também verdadeiras (veja o nome: Conjunção ou proposição conjuntiva e as respostas Conjunta-
mente verdadeiras).
Então, diante da sentença “Paulo é advogado e Maria é professora”, só poderemos concluir que esta proposição composta é ver-
dadeira se for verdade, ao mesmo tempo, que “Paulo é advogado e que Maria é professora”.
Pensando pelo caminho inverso, teremos que basta que uma das proposições componentes seja falsa, e a conjunção será, toda ela,
falsa. Obviamente que o resultado falso também ocorrerá quando ambas as proposições componentes forem falsas. Essas conclusões
todas as quais acabamos de chegar podem ser resumidas em uma tabela-verdade, de fácil construção e de fácil entendimento.
Veja as nossas premissas:
p = Paulo é advogado
q = Maria é professora.
Se tivermos que ambas são verdadeiras, a conjunção formada por elas (Paulo é advogado e Maria é professora) será também
verdadeira. Teremos:
Exemplo: O professor Wagner quer fazer uma caipirinha e não tem limão nem cachaça. Como fazer a bebida sem estes compo-
nentes? Impossível. Então, ele pede à sua dedicada esposa que compre os tais ingredientes: limão e cachaça.
Consideremos como proposições:
p: ela comprou limão
q: ela comprou cachaça
Porém, a esposa de Wagner teve, para ilustrar o caso em questão, as possíveis distintas condutas:
a) comprou apenas limão
b) comprou apenas cachaça
c) não comprou nem limão nem cachaça
d) comprou limão e cachaça
De acordo com estas situações vamos analisar o que podemos concluir:
Dá pra fazer a
Comprou limão Comprou cachaça
caipirinha?
p q P (p e q)
V F NÃO
F V NÃO
F F NÃO
V V SIM
Didatismo e Conhecimento 32
RACIOCÍNIO LÓGICO
Deu pra perceber? Ah!!!! Com caipirinha todo mundo entendeu, né? Kkkk. Mesmo fora da ordem convencional (o que não faz
uma caipirinha).
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a conjunção “ p e q “ corresponderá à
intersecção do conjunto p com o conjunto q. Teremos:
Na área de intersecção tivemos a situação em que se comprou o limão e a cachaça:
Tabela-verdade da disjunção
Vamos abusar do professor Wagner neste exemplo. Agora, neste caso a esposa de Wagner quer fazer o almoço e percebe que está
sem a famosa “mistura”. Então, ela pede ao seu dedicado marido que compre carne de frango ou carne bovina para fazer a mistura
do almoço, pois, ela irá fazer uma das duas misturas.
Porém, Wagner, depois da caipirinha (ehehehe) teve, para ilustrar o caso em questão, as distintas condutas:
a) comprou apenas carne de frango
b) comprou apenas carne bovina
c) não comprou nem carne de frango nem carne bovina
d) comprou carne de frango e carne bovina.
Veja que neste caso, basta que apenas uma das proposições seja verdadeira (disjuntamente, separadamente, verdadeiras) para
que o conjunto seja verdadeiro. Ou seja: obedeceu ao que se pediu.
Portanto uma disjunção só será FALSA, se ambas as proposições componentes forem também FALSAS (e o professor vai apa-
nhar em casa quando chegar sem nenhuma das misturas, eheheh). Ou seja: só é falsa se as duas partes forem descumpridas! (veja o
nome: DISjunção ou proposição DISjuntiva).
As proposições p V q podem ser representadas por conjuntos:
Didatismo e Conhecimento 33
RACIOCÍNIO LÓGICO
Tabela-verdade da disjunção exclusiva
Há outro tipo de proposição do tipo disjunção, bem parecido com a disjunção que acabamos de analisar acima. Porém, esta
apresenta uma discreta diferença. Vamos comparar duas sentenças abaixo, referentes a presente de Natal. Você diz ao seu filho duas
frases muito parecidas, tais como:
“Darei-te uma raquete ou te darei um tablet”.
“ou te darei uma raquete ou te darei um tablet”
A diferença é singela, todavia, importante. Repare que na primeira sentença vê-se facilmente que se a primeira parte for verdade
(te darei uma raquete), isso não impedirá que a segunda parte (darei um tablet) também o seja. Já na segunda proposição, se for ver-
dade que “te darei uma raquete, então teremos que não será dado o tablet. E vice-versa, ou seja, se for verdade que “darei um tablet”,
então teremos que não será dada a raquete.
Ou seja: a segunda estrutura apresenta duas situações mutuamente excludentes, de sorte que apenas uma delas pode ser verda-
deira, e a restante será necessariamente falsa. Ambas nunca poderão ser, ao mesmo tempo, verdadeiras; ambas nunca poderão ser, ao
mesmo tempo, falsas.
Na segunda sentença acima, este tipo de construção é uma disjunção exclusiva, pela presença dos dois conectivos “ou”, que
determina que uma sentença é necessariamente verdadeira, e a outra, necessariamente falsa. Daí, o nome completo desta proposição
composta é disjunção exclusiva.
Veja a diferença destas disjunções nas suas respectivas tabelas-verdade. Uma disjunção exclusiva só será verdadeira se obedecer
à mútua exclusão das sentenças. Ou seja: só será verdadeira se houver uma das sentenças verdadeira e a outra falsa. Nos demais casos,
a disjunção exclusiva será falsa.
Ganhar a Ganhar o
Ou ganhar a raquete ou ganhar o tablet
raquete tablet
p q P(p V q)
V V FALSO
V F VERDADE
F V VERDADE
F F FALSO
Tabela-verdade da condicional
Vimos que a estrutura condicional refere-se a “Se p então q”.
Estamos agora falando de proposições como as que se seguem:
“Se Augusto é advogado, então Silvia é farmacêutica.”
“Se amanhecer chovendo, então não irei à praia.”
Vamos analisar a seguinte sentença:
Regra: O que está à esquerda da seta é sempre condição suficiente e o que está à direita é sempre condição necessária (p → q).
Para não confundir quem é necessário e quem é suficiente, uma dica.
Observe a proposição.
S p, então q.
A palavra “Se” começa com “S”. E suficiente também começa com “s”.
A palavra “então” possui a letra “n”. E necessária também possui “n”.
Didatismo e Conhecimento 34
RACIOCÍNIO LÓGICO
Proposições associadas a uma condicional
A partir da condicional p → q podemos obter as condicionais
(1) q → p, denominada proposição recíproca de p → q;
(2) ~p → ~q, denominada proposição contrária de p → q;
(3) ~q → ~p, denominada proposição contrapositiva de p → q.
Observe que a condicional só será falsa se a antecedente (lado esquerdo da seta) for verdadeiro e a consequente (lado direito) da
seta for falso.
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a proposição condicional “Se p então
q” corresponderá à inclusão do conjunto p no conjunto q (p está contido em q):
Tabela-verdade da bicondicional
A estrutura dita bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”, separando as duas sentenças. Pode ser entendida como
uma Bi-implicação.
A bi-implicação (SE, SOMENTE SE), entre duas fórmulas é verdadeira quando ambas são verdadeiras ou ambas são falsas.
Interpretação: “p ↔ q” pode ser interpretada como “p se e somente se q”, “p é equivalente a q”, “p e q possuem o mesmo valor
de verdade”.
Assim, se p significa “O número natural é divisível por cinco” e q significa “’O último algarismo do número natural é zero ou
cinco”, “p ↔ q” pode ser interpretado como “O número natural é divisível por 5 se, e somente se, o seu último algarismo é zero ou
cinco”.
Basta que uma das proposições ou condições seja falsa para que o enunciado se torne falso.
Na linguagem natural o problema está em confundir uma condição necessária como sendo a única possibilidade para se chegar
ao resultado verdadeiro.
Didatismo e Conhecimento 35
RACIOCÍNIO LÓGICO
Mas, veja esta outra situação.
p = 24 é múltiplo de 3 (V)
q = 6 é par (V)
p ↔ q = “24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é par”. (V).
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a proposição bicondicional “p se e
somente se q” corresponderá à igualdade dos conjuntos p e q.
Observação: Uma proposição bicondicional “p se e somente se q” equivale à proposição composta: “(se p então q) e (se q
então p)”, ou seja, “ p ↔ q “ é equivalente a “(p → q) e (q→p)”. (Equivalência será abordada futuramente).
Resumindo
- a conjunção é verdadeira somente quando ambas as proposições são verdadeiras.
- a disjunção é falsa somente quando ambas as proposições são falsas.
- a condicional é falsa somente quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda falsa.
- a bicondicional é verdadeira somente quando as proposições possuem valores lógicos iguais.
- a disjunção exclusiva é verdadeira quando as proposições tiverem valores lógicos diferentes.
- a bicondicional será verdadeira quando ambas as proposições forem falsas ou ambas as proposições forem verdadeiras.
Montar a tabela com 8 linhas e determinar a tabela-verdade apenas para a relação (p V q), observando-se os valores lógicos de
p e de q:
p q r pVq
V V V V
V V F V
V F V V
V F F V
F V V V
F V F V
F F V F
F F F F
Didatismo e Conhecimento 36
RACIOCÍNIO LÓGICO
Depois, estabelecer a tabela-verdade da relação entre a coluna obtida e a proposição r (observe que eu desloquei de posição a
coluna r para evitar erro no momento de atribuir o valor lógico):
(p V q)
p q pVq r
→r
V V V V V
V V V F F
V F V V V
V F V F F
F V V V V
F V V F V
F F F V V
F F F F V
Didatismo e Conhecimento 37
RACIOCÍNIO LÓGICO
Sabendo que se trata de uma disjunção, basta que uma das partes seja verdadeira (no caso, a segunda parcela é verdadeira) para
que o valor lógico da proposição composta seja verdadeira. Neste caso, a resposta é verdadeira independente da primeira parte ser
verdadeira ou falsa. Em uma prova você já poderia dar a resposta e não perder tempo resolvendo a primeira parte. Caso a segunda
parte fosse falsa, deveríamos analisar a primeira parte.
A primeira parte é uma conjunção e ambas devem ser verdadeiras para que esta parte seja verdadeira. (Pela nossa análise verifi-
camos que a primeira parte é falsa, mas isto não iria interferir na nossa resposta neste caso em questão).
Resumindo:
Ficamos com:
(V e F) ou V
Entre parêntesis, temos um “e”, em que uma parcela é falsa. Logo, a expressão entre parêntesis é falsa.
(F) ou V
Assim, nosso “ou” tem uma parcela verdadeira. Logo, a proposição dada na alternativa é verdadeira, independente da parcela
entre parêntesis.
Questões propostas
Questão 2: (Cespe - Analista do Seguro Social - INSS) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras
(V) ou falsas (F), mas não como ambas. Se p e q são proposições, então a proposição “Se p então q”, denotada por P → Q, terá valor
lógico F quando p for V e q for F, e, nos demais casos, será V. Uma expressão da forma ~p, a negação da proposição p, terá valores
lógicos contrários aos de p. (p v q, lida como “p ou q”, terá valor lógico F quando p e q forem, ambas, F; nos demais casos, será V.
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C, que podem ou não estar de acordo
com o artigo 50 da Constituição Federal.
A: A prática do racismo é crime afiançável.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será extraditado.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir da Constituição Federal, julgue
o item. Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores lógicos, a proposição B = C é V. Certo ou Errado?
Questão 3: Roberta, Rejane e Renata são servidoras de um mesmo órgão público do Poder Executivo Federal. Em um treina-
mento, ao lidar com certa situação, observou-se que cada uma delas tomou uma das seguintes atitudes:
A1: deixou de utilizar avanços técnicos e científicos que estavam ao seu alcance;
A2: alterou texto de documento oficial que deveria apenas ser encaminhado para providências;
A3: buscou evitar situações procrastinatórias.
Cada uma dessas atitudes, que pode ou não estar de acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal (CEP), foi tomada por exatamente uma das servidoras. Além disso, sabe-se que a servidora Renata tomou
a atitude A3 e que a servidora Roberta não tomou a atitude A1. Essas informações estão comtempladas na tabela a seguir, em cada
célula, correspondente ao cruzamento de uma linha com uma coluna, foi preenchida com V(verdadeiro) ou F(falso).
A1 A2 A3
Roberta F
Rejane
Renata V
Com base nessas informações, julgue o item seguinte: Se p for proposição “Rejane alterou texto de documento oficial que deveria
apenas ser encaminhado para providências” e q for proposição” Renata buscou evitar situações procrastinatórias”, então a proposição
pq tem valor lógico V. Certo ou errado?
Didatismo e Conhecimento 38
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 4: (FCC - Oficial de Justiça - TJ/PE) Suponha que exista uma pessoa que só fala mentiras as terças, quartas e
quintas-feiras, enquanto que, nos demais dias da semana, só fala a verdade. Nessas condições, somente em quais dias da semana seria
possível ela fazer a afirmação “Eu menti ontem e também mentirei amanha”?
(A) Terça e quinta-feira.
(B) Terça e sexta-feira.
(C) Quarta e quinta-feira.
(D) Quarta-feira e sábado.
(E) Quinta-feira e domingo.
Questão 5: Na análise de um argumento, podem-se evitar considerações subjetivas, por meio da reescrita das proposições envol-
vidas na linguagem da lógica formal. Considere que P, Q, R e S sejam proposições e que “∧”, “∨”, “¬” e “→” sejam os conectores
lógicos que representam, respectivamente, “e”, “ou”, “negação” e o “conector condicional”. Considere também a proposição a se-
guir: Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus ou de metrô, ele sempre leva um guarda-chuva e também dinheiro trocado.
Assinale a opção que expressa corretamente a proposição acima em linguagem da lógica formal, assumindo que:
Questão 6: (CESPE – Banco do Brasil – Escriturário) Proposições são frases que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou
falsas (F), mas não ambas; são frequentemente simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto. A proposição simbolizada por A→B
lida como “se A, então B”, “A é condição suficiente para B”, ou “B é condição necessária para A”, tem valor lógico F quando A é V
e B é F; nos demais casos, seu valor lógico é V. A proposição A∧B lida como “A e B” tem valor lógico V quando A e B forem V e
valor lógico F, nos demais casos. A proposição A, a negação de A, tem valores lógicos contrários aos de A.
Se o valor lógico da proposição “Se as operações de crédito no país aumentam, então os bancos ganham muito dinheiro” é V,
então é correto concluir que o valor lógico da proposição “Se os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações de crédito
no país não aumentam” é também V.
( ) Certo ( ) Errado
Questão 7: (CESPE – Banco do Brasil – Escriturário) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras - V
- ou falsas - F -, mas não como ambas, simultaneamente. As proposições são frequentemente representadas por letras maiúsculas e,
a partir de proposições simples, novas proposições podem ser construídas utilizando-se símbolos especiais. Uma expressão da forma
A → B, que é lida como “se A, então B”, é F se A for V e se B for F e, nos demais casos, será sempre V. Uma expressão da forma A
∧ B, que é lida como “A e B”, é V se A e B forem V e, nos demais casos, será sempre F. Uma expressão da forma A ∨ B, que é lida
como “A ou B”, é F se A e B forem F e, nos demais casos, será sempre V. Uma expressão da forma ¬A, a negação de A, é V se A for
F e é F se A for V.
Julgue os itens que seguem, a respeito de lógica sentencial e de primeira ordem, tendo como referência as definições apresentadas
no texto. Se a proposição “Algum banco lucra mais no Brasil que nos EUA” tiver valor lógico V, a proposição “Se todos os bancos
lucram mais nos EUA que no Brasil, então os correntistas têm melhores serviços lá do que aqui” será F.
( ) Certo ( ) Errado
Questão 8: (CESPE - INSS - Analista) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F),
mas não como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição “Se P então Q”, denotada por P→Q, terá valor lógico F quando
P for V e Q for F, e, nos demais casos, será V. Uma expressão da forma P, a negação da proposição P, terá valores lógicos contrários
aos de P. P∨Q, lida como “P ou Q”, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F: nos demais casos, será V.
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C, que podem ou não estar de acordo
com o artigo 5.º da Constituição Federal.
Didatismo e Conhecimento 39
RACIOCÍNIO LÓGICO
A: A prática do racismo é crime afiançável.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será extraditado.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir da Constituição Federal, julgue o
item a seguir. De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a proposição (A) ∨ ((C) tem valor lógico F.
( ) Certo ( ) Errado
Questão 9: (CESPE – TRT – Técnico Judiciário) Uma proposição é uma sentença que pode ser julgada como verdadeira - V -, ou
falsa - F -, mas não V e F simultaneamente. Proposições simples são simbolizadas por letras maiúsculas A, B, C etc., chamadas letras
proposicionais. São proposições compostas expressões da forma A ∨ B, que é lida como “A ou B” e tem valor lógico F quando A e
B forem F, caso contrário será sempre V; A ∧ B, que é lida como “A e B” e tem valor lógico V quando A e B forem V, caso contrário
será sempre F; ¬A, que é a negação de A e tem valores lógicos contrários aos de A.
Considerando todos os possíveis valores lógicos V ou F atribuídos às proposições A e B, assinale a opção correspondente à pro-
posição composta que tem sempre valor lógico F.
(A) [A ∧ (¬B)] ∧ [(¬A) ∨ B]
(B) (A ∨ B) ∨ [(¬A) ∧ (¬B)]
(C) [A ∧ (¬B)] ∨ (A ∧ B)
(D) [A ∧ (¬B)] ∨ A
(E) A ∧ [(¬B) ∨ A]
Resoluções
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Poderíamos resumir a tabela verdade do conectivo “se então” pela seguinte regra: “A implicação p→q só será FALSA quando
p for VERDADEIRA e q for FALSA, nesta ordem”. Observe que estamos falando da segunda linha. Observe também que todos os
demais valores lógicos de p→q que não se tratam da regra passam a ser verdadeiros (1ª, 3ª e 4ª linhas).
Agora por definição informamos que dado que p→q se verifica então também se verifica que ~q→~p. Para analisarmos esta
afirmação devemos conhecer um novo conectivo, o conectivo “não” ou “negação”, cuja tabela verdade se verifica a seguir:
Didatismo e Conhecimento 40
RACIOCÍNIO LÓGICO
p ~p
V F
F V
O “~” representa o conectivo “não” e a tabela verdade do conectivo não é a inversão do valor lógico da proposição, vejamos, se
a proposição p é verdadeira, então ~p é falsa e vice-versa, se a proposição p é falsa, ~p é verdadeira. Desse modo vamos comprovar o
que foi afirmado logicamente, ou seja, dado que p→q posso afirmar que negando a condição necessária eu nego a condição suficiente,
observe através da tabela verdade:
p q ~p ~q p→q ~q→~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
Observe que para a mesma entrada de valores (V) ou (F) as colunas que representam os possíveis valores de p→q e de ~q→~p
são exatamente iguais, o que equivale a afirmar que são expressões logicamente equivalentes. Sabendo um pouco mais a respeito do
“se então” vamos ao exercício:
Se você se esforçar então irá vencer
- você se esforçar é a proposição p também conhecida como antecedente.
- irá vencer é a proposição q também conhecida como consequente.
- você se esforçar é a proposição p também conhecida como condição suficiente para que ocorra q
- irá vencer é a proposição q também conhecida como condição necessária para que ocorra q.
Dado p→q é uma equivalente lógica de: ~q→~p. Ou seja, Se você se esforçar então irá vencer é uma equivalente lógica de Se
você não venceu então você não se esforçou.
Observe que p e q podem ser quaisquer conjuntos de palavras ou símbolos que expressam um sentido completo, por mais absurdo
que pareça basta estar na forma do conectivo “se então” que as regras acima transpostas estão logicamente corretas. Vamos analisar
as alternativas:
Se você se esforçar então irá vencer. Assim sendo,
a) errada, a alternativa “A” encontra erro uma vez que você se esforçar é a condição suficiente para que você vença, ou seja, basta
que você se esforce que você irá vencer, e a afirmação nega isto.
b) errada, na forma p→q, o p é o antecedente e condição suficiente para que q ocorra.
c) errada, esta afirmação sempre vai cair em prova.
Cuidado: Sempre vai levar muitos candidatos ao erro, ao afirmar: Se você se esforçar então irá vencer a única conclusão possível
é de que basta que você se esforce que você irá vencer, e se você não se esforçar, ora se não ocorreu a condição suficiente nada posso
afirmar, se você não se esforçar você poderá ou não vencer. Na tabela verdade é possível comprovar que (Se você se esforçar então
irá vencer p→q) e (Se você não se esforçar então não irá vencer ~p→~q) não são equivalentes lógicas. Observe que as proposições
p→q e ~p→~q não apresentam os mesmos valores lógicos, ou seja, afirmar uma não quer dizer afirmar a outra.
d) errada, você vencerá só se se esforçar, indica que seu esforço é condição necessária para você vencer, o que não é verdade.
e) correta, seu esforço (você se esforçar) é condição suficiente para que você vença.
Analisando as proposições:
A: “A prática do racismo é crime afiançável”- é falsa
B: “A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado” - é verdadeira;
C: “Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será extraditado” - é falsa.
Então, a proposição composta “B - C” pode ser traduzida em “V > F” e, pela regra do conectivo → (implica), a proposição com-
posta terá valor lógico F.
Didatismo e Conhecimento 41
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 3: Resposta “Certo”.
Sabendo que cada uma das servidoras tomou apenas uma das atitudes, basta completar a tabela de acordo com os dados do
enunciado:
A1 A2 A3
Roberta F V F
Rejane V F F
Renata F F V
Analisando a questão: Como (a proposição p) “Rejane alterou texto de documento oficial que deveria apenas ser encaminhado
para providências” tem valor lógico F e (a proposição q) “Renata buscou evitar situações procrastinatórias” tem valor lógico V, a
proposição “p → q” pode ser traduzida em “F → V” e, pela regra do conectivo → (implica), o valor lógico da proposição é V.
- Domingo, segunda, sexta, sábado: a sentença é falsa, pois nesses dias a pessoa fala a verdade. Portanto, temos uma contradição.
- Terça e quinta: a sentença é falsa, mas como a pessoa sempre mente na terça e na quinta, não há contradição.
- Quarta: a sentença é verdadeira, mas como a pessoa mente na quarta, há contradição. Então, a alternativa “A” satisfaz ao enun-
ciado.
Já na parte final da proposição, como ele sempre leva um guarda-chuva e também dinheiro trocado, essa parte da proposição
é interligada pelo conectivo “e”: R ∧ S. Reunindo então as duas partes da proposição original, obtém-se (P ∨ Q) ∧ (R ∧ S).
“Se as operações de crédito no país aumentam, então os bancos ganham muito dinheiro”. Equivale a A → B;
“Se os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações de crédito no país não aumentam”. Equivale a ~B → ~A;
Logo, como A → B equivale a ~B → ~A a afirmativa é correta.
Negação:
Todo A é B = Algum A não é B.
Algum A é B = Todo A não é B.
Algum A é B = Nenhum A é B.
Nenhum A é B = Algum A é B.
Didatismo e Conhecimento 42
RACIOCÍNIO LÓGICO
Equivalência:
Todo A é B = Nenhum A não é B.
Nenhum A é B = Todo A não é B.
Todo A é B = A condicionado a (→) B.
1- Verdadeiro - Algum banco lucra mais no Brasil do que nos EUA.
2- Falso - Todo banco não lucra mais no Brasil do que nos EUA.
3- Equivalente à segunda - Se todos os bancos não lucram mais no Brasil do que nos EUA, então... (quer dizer que nos EUA
lucram mais).
A primeira parte é falsa, a segunda parte não importa, pois falso condicionado a qualquer coisa sempre será verdadeiro. Equi-
valente à terceira - Se todos os bancos lucram mais no EUA do que no Brasil, então... Não importa o resto, continua sendo falso
condicionado a qualquer coisa, sendo verdadeiro, portanto.
A B ~A ~B
V V F V
V F F F
F V V V
F F V F
Didatismo e Conhecimento 43
RACIOCÍNIO LÓGICO
(C) [A ∧ (¬B)] ∨ (A ∧ B)
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o resultado seria
verdade, Ex: (C) [(V ∧ (F)] ∨ (V ∧ V) = verdade.
(D) [A ∧ (¬B)] ∨ A
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o resultado seria
verdade, Ex: (D) [V ∧ (F)] ∨ V = verdade.
(E) A ∧ [(¬B) ∨ A]
Linha (I) - Considerando A verdade e B verdade. A segunda parte da OR (OU) seria verdade, consequentemente o resultado seria
verdade, Ex: (E) V ∧ [(F) ∨ V] = verdade.
NEGAÇÃO
A negação é um tópico bastante abordado em concursos. E muitos candidatos erram, por não seguirem as regras básicas dos
conectivos a serem negados Trabalharemos agora com esta parte do raciocínio lógico.
É muito importante saber negar uma proposição. As pessoas pensam que basta apenas colocar a palavra não que estará tudo
resolvido. Mas não é assim.
No caso de uma proposição simples, a negação é a mais fácil de estabelecer: basta pôr a palavra não antes da sentença.
Exemplos:
“Sérgio é arquiteto”
Negativa: Sérgio não é arquiteto.
“Maria é estudante.”
Negativa: Maria não é estudante.
Caso tenhamos na sentença original uma negativa (já traga a palavra não), teremos que fazer a negativa (negar o sentido negativo
já presente).
Exemplo:
“Sérgio não é arquiteto.”
Negativa: (“Sérgio não não é arquiteto”): “Sérgio é arquiteto.”
Lembra das operações matemáticas básicas (- com - = +).
O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~), antecedendo a frase. Assim, a tabela-
-verdade da negação é bem simples.
Veja:
p ~p
V F
F V
Algumas situações também são negações, porém, descritas das seguintes formas:
-”não A”,
- Não é verdade que A.
- É falso que A.
Didatismo e Conhecimento 44
RACIOCÍNIO LÓGICO
É uma questão de treino. Você já deve ter encontrado este conselho em quase todos os materiais didáticos. Mas é verdade.
E como ganhar tempo para resolver uma certa quantidade de questões sem empenhar muito tempo nos estudos? Agru-
pando informações. Vamos lá!!!!
Exemplo 16): negar a proposição “Não consegui marcar um gol e meu time perdeu”
Negação: “Consegui marcar um gol OU meu time não perdeu”
Neste caso a primeira proposições tem significado “negativo”. Por isto, aparecem nesta proposição sentido positivo.
Como analisaremos a tabela-verdade das duas situações? Vamos analisar o primeiro exemplo:
“Ganhei uma camisa e uma gravata”
p = Ganhei uma camisa
q = ganhei uma gravata
p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F
p q p^q ~p ~q
V V V F F
V F F F V
F V F V F
F F F V V
E a seguir, fazer a coluna referente à disjunção entre ~p e ~q, que é a negação da conjunção:
~(p^q)=
p q p^q ~p ~q
~p V ~q
V V V F F F
V F F F V V
F V F V F V
F F F V V V
Didatismo e Conhecimento 45
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que as tabelas verdades da conjunção e sua negação (no caso uma disjunção) são opostas.
p^q
V
F
F
F
~(p^q)= ~p V
~q
F
V
V
V
Exemplo: negar a proposição “Não consegui marcar um gol ou meu time perdeu”
Negação: “Consegui marcar um gol e meu time não perdeu”
(Neste caso a primeira proposições tem significado “negativo”. Por isto, aparecem nesta proposição sentido positivo).
Convertendo para a linguagem da lógica, diremos que:
~(p V q) = ~p ^ (~q)
Como analisaremos a tabela-verdade das duas situações? Vamos analisar o primeiro exemplo:
“Ganhei uma camisa e uma gravata”
p = Ganhei uma camisa
q = ganhei uma gravata
p q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F
Didatismo e Conhecimento 46
RACIOCÍNIO LÓGICO
Agora adicionarei as colunas referentes às negações das proposições p e q:
p q pVq ~p ~q
V V V F F
V F V F V
F V V V F
F F F V V
p q pVq ~p ~q ~(pVq) = ~p ^ ~q
V V V F F F
V F V F V F
F V V V F F
F F F V V V
Observe que as tabelas verdades da DISjunção e sua negação (no caso uma CONjunção) são opostas.
pVq
V
V
V
F
~(pVq) = ~p ^ ~q
F
F
F
V
Repare que as duas situações de negação são muito semelhantes. Negar tudo e trocar os conectivos “e” por “ou” e vice-
-versa.
Didatismo e Conhecimento 47
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como analisaremos a tabela-verdade das duas situações? Vamos analisar o primeiro exemplo:
“Se chover então ficarei em casa”
p = chover
q = ficarei em casa
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
p q p→q ~q
V V V F
V F F V
F V V F
F F V V
~( p → q) =
p q p→q ~q
p ^ ~q
V V V F F
V F F V V
F V V F F
F F V V F
Observe que as tabelas verdades da CONDICIONAL e sua negação (no caso uma CONjunção) são opostas.
Este é um caso mais raro, porém, quando aparece muitos concursandos “dançam feio”, porque a muitos materiais didáticos não
trazem estas formas de negação.
Para negarmos uma proposição do tipo disjunção exclusiva , basta transformá-la em uma estrutura bicondicional. Observe:
“Ou José é rico ou Paulo é bonito”.
p= José é rico
q = Paulo é bonito
Negando-a temos;
Didatismo e Conhecimento 48
RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto, podemos concluir que a negação de uma estrutura bicondicional é também a disjunção exclusiva, pois, suas
tabelas-verdades são opostas.
Podemos fazer um resumo dos conectivos e suas tabelas-verdade e as suas respectivas negações:
negação de (p e q) ~p ou ~q
negação de (p ou q) ~p e ~q
negação de (p → q) p e ~q
negação de (p ↔ q) Ou p Ou q
Questões propostas
Questão 1:. Considere as proposições p: Está frio e q: Está chovendo. Traduza para linguagem corrente as seguintes proposições:
a) p ˅ ~q
b) p → q
c) ~p ^ ~q
d) p ↔ ~q
e) (p ˅ ~q) ↔ (q ^~p)
Questão 2: Considere as proposições p: A terra é um planeta e q: A terra gira em torno do Sol. Traduza para linguagem simbólica
as seguintes proposições:
a) Não é verdade: que a Terra é um planeta ou gira em torno do Sol.
b) Se a Terra é um planeta então a Terra gira em torno do Sol.
c) É falso que a Terra é um planeta ou que não gira em torno do Sol.
d) A Terra gira em torno do Sol se, e somente se, a Terra não é um planeta.
e) A Terra não é nem um planeta e nem gira em torno do Sol.
(Expressões da forma “não é nem p e nem q” devem ser vistas como “não p e não q”)
Didatismo e Conhecimento 49
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 4: a) Supondo V (p ^ q ↔ r ˅ s) = F e V (~r ^ ~s) = V, determine V (p → r ^ s).
b) Supondo V (p ^ (q ˅ r)) = V e V (p ˅ r → q) = F, determine V (p), V (q), V(r).
c) Supondo V (p → q) = V, determine V (p ^ r → q ^ r) e V (p ˅ r → q ˅ r).
Com base nas informações acima e considerando a notação introduzida no texto, julgue os itens seguintes.
a) A sentença I pode ser corretamente representada por P ^ (¬ T).
b) A sentença II pode ser corretamente representada por (¬ P) ^ (¬ R).
c) A sentença III pode ser corretamente representada por R → P.
d) A sentença IV pode ser corretamente representada por (R ^ (¬ T)) → P.
e) A sentença V pode ser corretamente representada por T → ((¬ R) ^ (¬ P)).
Questão 6: Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é loura, outra é morena e a outra é ruiva. O agente sabe que
uma delas se chama Bete, outra se chama Elza e a outra se chama Sara. Sabe, ainda, que cada uma delas fará uma viagem a um país
diferente da Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá à França e a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que queria identificar
o nome e o destino de cada uma, elas deram as seguintes informações:
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
O agente de viagens concluiu, então, acertadamente, que:
a) A loura é Sara e vai à Espanha.
b) A ruiva é Sara e vai à França.
c) A ruiva é Bete e vai à Espanha.
d) A morena é Bete e vai à Espanha.
e) A loura é Elza e vai à Alemanha.
Didatismo e Conhecimento 50
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 9: Escreva a negação das seguintes proposições numa sentença o mais simples possível.
a) É falso que não está frio ou que está chovendo.
b) Se as ações caem aumenta o desemprego.
c) Ele tem cabelos louros se e somente se tem olhos azuis.
d) A condição necessária para ser um bom matemático é saber lógica.
e) Jorge estuda física mas não estuda química.
(Expressões da forma “p mas q” devem ser vistas como “p e q”)
Questão 10: ESAF AFC-STN) A afirmação “Alda é alta, ou Bino não é baixo, ou Ciro é calvo” é falsa. Segue-se, pois, que é
verdade que:
a) se Bino é baixo, Alda é alta, e se Bino não é baixo, Ciro não é calvo.
b) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino é baixo, Ciro é calvo.
c) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino não é baixo, Ciro não é calvo.
d) se Bino não é baixo, Alda é alta, e se Bino é baixo, Ciro é calvo.
e) se Alda não é alta, Bino não é baixo, e se Ciro é calvo, Bino não é baixo.
Questão 11: Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a
seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico
b) nenhum economista é médico
c) nenhum médico é economista
d) pelo menos um médico não é economista
e) todos os não médicos são não economistas
Questão 12: A negação da afirmação condicional “se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva” é:
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva.
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva.
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva.
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
Questão 13: Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Maria e Julia tem a mesma idade. Se Maria e Julia tem a mesma idade,
então João é mais moço do que Pedro. Se João é mais moço do que Pedro, então Carlos é mais velho do que Maria. Ora, Carlos não
é mais velho do que Maria. Então:
a) Carlos não é mais velho do que Leila, e João é mais moço do que Pedro.
b) Carlos é mais velho que Pedro, e Maria e Julia tem a mesma idade.
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
d) Carlos é mais velho do que Pedro, e João é mais moço do que Pedro.
e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Julia não tem a mesma idade.
Questão 14: José quer ir ao cinema assistir ao filme “Fogo Contra Fogo”, mas não tem certeza se o mesmo está sendo exibido.
Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm opiniões discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então Júlio
está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado. Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido.
Ora, ou o filme “Fogo contra Fogo” está sendo exibido, ou José não ira ao cinema. Verificou - se que Maria está certa. Logo,
a) O filme “Fogo contra Fogo” está sendo exibido.
b) Luís e Júlio não estão enganados.
c) Júlio está enganado, mas Luís não.
d) Luís está enganado, mas Júlio não.
e) José não irá ao cinema.
Didatismo e Conhecimento 51
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 15: (SEFAZ/FCC) Considere a proposição “Paula estuda, mas não passa no concurso”. Nessa proposição, o conectivo
lógico é:
a) Disjunção inclusiva.
b) Conjunção.
c) Disjunção exclusiva.
d) Condicional.
e) Bicondicional.
RESOLUÇÕES
Questão 1: Considere as proposições p: Está frio e q: Está chovendo.
Traduza para linguagem corrente as seguintes proposições:
a) P ˅ ~q Está frio OU NÃO Está chovendo
b) p → q Se Está frio então Está chovendo
c) ~p ^ ~q não Está frio e não Está chovendo
d) p ↔ ~q Esta(rá) frio se e somente se Estiver chovendo
e) (p ˅ ~q) ↔ (q ^~p) Estará frio ou não Estará chovendo se e somente se Estiver chovendo e não Estiver frio
Questão 2:
Traduza para linguagem simbólica as seguintes proposições:
a) Não é verdade: que (negação) a terra é um planeta ou (a terra) gira em torno do Sol ~(p V q)
b) Se A terra é um planeta então a terra gira em torno do Sol. p → q
c) É falso que (negação) a terra é um planeta ou que (a terra) não gira em torno do Sol ~(p ˅ ~q) negação do( p ou ~q)
d) A terra gira em torno do Sol se, e somente se, a Terra não é um planeta. q ↔ ~p
e) A Terra não é nem (negação) um planeta e nem (negação) gira em torno do Sol.
~p ^ ~q
Questão 3:
a) a contrapositiva: “Se p 2 e p é par, então p não é primo”.
b) a recíproca: “Se p = 2 ou p é ímpar, então p é primo”.
Questão 4:
a) Supondo V (p ^ q ↔ r ˅ s) = F (1) e V (~r ^ ~s) = V (2), determine V (p → r ^ s). Solução: De (2) temos que V (r) = V (s) = F;
Usando estes resultados em (1) obtemos: V (p) = V (q) = V, logo, V (p → r ^ s) = F
b) Supondo V (p ^ (q ˅ r)) = V (1) e V (p ˅ r → q) = F (2), determine V (p), V (q) e V (r). Solução: De (1) concluímos que V (p)
= V e V (q ˅ r) = V e de (2) temos que V (q) = F, logo V (r) = V
Questão 5:
a) Item ERRADO. Sua representação seria P ^ T.
b) Item CERTO. Apenas deve-se ter o cuidado para o que diz a proposição R: “Fumar não faz bem à saúde”. É bom sempre
ficarmos atentos à atribuição inicial dada à respectiva letra.
c) Item CERTO. É a representação simbólica da Condicional entre as proposições R e P.
d) Item CERTO. Proposição composta, com uma Conjunção (R ^ ¬T) como condição suficiente para P.
d) Item ERRADO. Dizer “...consequentemente...” é dizer “se... então...”. A representação correta seria ((¬ R) ^ (¬ P)) → T.
Didatismo e Conhecimento 52
RACIOCÍNIO LÓGICO
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
Faça uma tabela:
Cor dos
Loura Morena Ruiva
cabelos
Nem eu nem
Não vou à França Meu nome não
Afirmação Elza vamos
nem a Espanha é Elza nem Sara
à França
País Alemanha França Espanha
Nome Elza Bete Sara
Questão 7:
a) p: Nenhum aluno gosta de geometria.
~p: Existe algum aluno que gosta de geometria.
d) p: Comprei um CD e um livro.
~p: Não comprei um CD ou não comprei um livro.
Questão 8:
Sejam:
p: Um político tem muito dinheiro;
q: Ele pode ganhar as eleições.
q →
p q ~p ~q p→q ~p→~q ~q →~p ~p→~q
p
V V F F V V V V V
V F F V F V V F V
F V V F V F F V F
F F V V V V V V V
Didatismo e Conhecimento 53
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que as duas únicas colunas iguais são aquelas em negrito.
b) A negação de (I) é ~(p → q):
“Não é verdade que se um político tem muito dinheiro então ele pode ganhar as eleições”.
Podemos observar essa resolução com um pouco mais de detalhe.
Vejamos: a afirmação p → q é equivalente a ~p ∨ q.
Logo, a afirmação ~ (p → q) é equivalente a ~ (~p ∨ q) que, por sua vez, é equivalente a p ∧ ~q. Vamos verificar essa última
equivalência através da tabela-verdade:
p q ~p ~q ~p∨q ~(~p∨q) p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F V F F
F F V V V F F
Questão 9:
a) “Não está frio ou está chovendo”.
b) “As ações caem e não aumenta o desemprego”.
c) “Ele tem cabelos louros e não tem olhos azuis ou ele tem olhos azuis e não tem cabelos louros”.
d) A proposição é equivalente a “Se é um bom matemático então sabe lógica”.
e) “Jorge não estuda lógica ou estuda química”.
p q r ~q p ˅ ~q ˅ r
V V V F V
V V F F V
V F F V V
F V V F V
F F V V V
F V F F F
V F V V V
F F F V V
Didatismo e Conhecimento 54
RACIOCÍNIO LÓGICO
Com isso, descobrimos que “Alda não é alta”, “Bino é baixo” e “Ciro não é calvo”. A questão pede uma proposição composta
com valor lógico verdade, a partir dos valores lógicos de p, q e r. Escrevendo cada item em linguagem simbólica temos:
a)
q → p ^ ~q → ~r
V→F^F→V
F^V
Falsidade
b)
p→q^q→r
F→V^V→F
V^F
Falsidade
c)
p → q ^ ~q → ~r
F→V^F→V
V^V
Verdade
d)
~q → p ^ q → r
F→F^V→F
V^F
Falsidade
e)
~p → ~q ^ r → ~q
V→F^F→F
F^v
Falsidade
Questão 11:
Aprendemos que a palavra TODOS é negada por PELO MENOS UM (=ALGUM). Daí, se o enunciado diz que é FALSA a sen-
tença “Todos os economistas são médicos”, o que ela quer na verdade é que façamos a NEGAÇÃO desta frase! Ora, se é mentira que
todos os economistas são médicos, é fácil concluirmos que pelo menos um economista não é médico! Alternativa “A”.
Questão 12:
Resposta “E”. O que a questão pede é a negação de uma condicional. Ora, já aprendemos como se faz isso: mantém-se a primeira
parte E nega-se a segunda. Daí, concluiremos o seguinte: “se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva” é igual a: “está chovendo E
eu não levo o guarda-chuva”.
Questão 13:
Se Carlos não é mais velho do que Maria, então João não é mais moço que Pedro Se João não é mais moço que Pedro, então
Maria e Julia não tem a mesma idade Se Maria e Julia não tem a mesma idade, então Carlos não é mais velho que Pedro. Logo, a
única opção correta é: e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Julia não tem a mesma idade.
Questão 14:
Se Maria está certa, então Júlio está enganado. Se Júlio está enganado, então Luís está enganado. Se Luís estiver enganado, então
O Filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme está sendo exibido ou José não irá ao cinema. Logo, concluímos que: José não irá
ao cinema. Resposta “E”.
Questão 15:
O conectivo mas é semelhante ao e. Conectivo lógico (conjunção)
Didatismo e Conhecimento 55
RACIOCÍNIO LÓGICO
3.3. EQUIVALÊNCIAS.
EQUIVALÊNCIA
A equivalência entre proposições compostas ocorre quando suas tabelas verdades forem idênticas mesmo expressas com o uso
de diferentes expressões. Porém, “diríamos a mesma coisa de maneiras ou formas diferentes”.
Duas proposições compostas são equivalentes quando apresentam o mesmo valor lógico, independentemente dos valores lógicos
das proposições simples que as compõem.
Para expressarmos a ocorrência de uma equivalência usaremos a seguinte simbologia (⇔ ou mais excepcionalmente, ≡).
Nos concursos a incidência de equivalência é muito grande. Principalmente quando se trabalha com a proposição na forma con-
dicional.
O motivo disto é que são possíveis duas distintas formas de equivalência para a condicional. E isto gera um grau de dificul-
dade muito grande para o candidato, fazendo com que ele erre muitas questões (creio que objetivo da banca, para selecionar quem
sabe menos de quem sabe mais do assunto).
Para verificar esse fato, vamos examinar as tabelas-verdade:
1 2 3 4 5 6
(p → ~p→ (q→ ~q→ p^ ~
p q ~p ~q
q) ~q p) ~p ~q pVq
V V F F V V V V F V
V F F V F V V F V F
F V V F V F F V F V
F F V V V V V V F V
Observe que as tabelas-verdade em azul (casos 1,4 e 6) são idênticas. Portanto, são situações equivalentes.
Vamos fazer aqui uma análise muito importante:
Temos na tabela a coluna 1 que corresponde à tabela-verdade da condicional. Quando negamos uma condicional (resultando na
tabela-verdade da coluna 5) devemos negá-la com uma conjunção. Quando se nega uma conjunção (coluna 5) devemos negar com
uma disjunção (obtendo a tabela-verdade da coluna 6). Portanto, considerando que a condicional é verdadeira ao negá-la teremos
valor lógico correspondente falso e ao negar novamente teremos a volta ao valor lógico verdadeiro.
O que quero dizer com isso? É que negar a verdade resulta em mentira e negar a mentira resulta em verdade. Portanto, a negação
da negação é equivalente à proposição inicial.
Por isto, as colunas em azul 1 e 6 são idênticas (e são equivalentes).
Se considerarmos coluna 1 a proposição verdadeira, sua negação seria a coluna 5. E se negarmos a coluna 5, o resultado seria a
coluna 6.
A equivalência contrapositiva
Há um caso muito especial de equivalência da condicional que é a chamada contrapositiva. O que seria a contrapositiva? Como
fazer sua expressão?
Repare que teremos uma equivalência da condicional com uma disjunção (exemplos das colunas 1 e 6). Porém, podemos ter uma
equivalente de condicional na forma de condicional (coluna 4). Observe que neste caso, teremos a inversão da ordem das proposições
simples, ambas negadas e unidas com conectivo condicional.
Existem formas de se determinar esta expressão, porém, para evitar criar mais dificuldades e complexidade para você, caro aluno,
basta memorizar, como citado acima, a expressão lógica da contrapositiva.
Didatismo e Conhecimento 56
RACIOCÍNIO LÓGICO
RESUMINDO:
Equivalências da condicional:
- com uma disjunção: ~p V q
- com outra condicional (contrapositiva): ~q → ~p.
Vamos fazer duas questões para exemplificar:
Vale a pena ressaltar que muitas bancas trazem uma condicional e pedem sua equivalência. Porem, costumam colocar nas alterna-
tivas expressões com diferentes conectivos, com negação ou não, etc. E isto gera uma confusão muito grande na cabeça do candidato,
em caso destas relações não estarem bem memorizadas.
Portanto, memorize: (p → q) ⇔ ~q → ~p ⇔ ~p V q
Outras equivalências
A ^ B ⇔ B ^A
AV B ⇔ B VA
AV B ⇔ B VA
A↔B ⇔B↔A
Questões propostas
Questão 1: (AFC-STN/2005) Se Marcos não estuda, João não passeia. Logo:
a) Marcos estudar é condição necessária para João não passear.
b) Marcos estudar é condição suficiente para João passear.
c) Marcos não estudar é condição necessária para João não passear.
d) Marcos não estudar é condição suficiente para João passear.
e) Marcos estudar é condição necessária para João passear.
Questão2: (Fiscal Trabalho/98) Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é, do ponto de vista lógico, o
mesmo que dizer que:
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
Questão 3: (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista, então Luísa é solteira” é:
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
c) Se Luísa é solteira, Pedro é economista;
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira;
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
Didatismo e Conhecimento 57
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 4: (FCC TCE-MG 2007) São dadas as seguintes proposições:
I. Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.
II. Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
III. Não é verdade que Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.
IV. Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de números:
a) 2 e 4
b) 2 e 3
c) 2, 3 e 4
d) 1, 2 e 3
e) 1, 3 e 4
Questão 7: Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade
que:
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.
Questão 8: (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equi-
valente a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico
b) nenhum economista é médico
c) nenhum médico é economista
d) pelo menos um médico não é economista
e) todos os não médicos são não economistas
RESOLUÇÕES:
Questão 1:
Conforme aprendemos na aula passada, a estrutura condicional pode ser traduzida também com uso das expressões condição
suficiente e condição necessária. Lembrados? Usando essa nomenclatura, teremos que:
- a primeira parte da condicional é uma condição suficiente; e a segunda parte da condicional é uma condição necessária.
Daí, tomando a sentença “Se Marcos não estuda, então João não passeia”, teremos que:
- Marcos não estudar é condição suficiente para João não passear ou
- João não passear é condição necessária Marcos não estudar.
Ocorre que nenhum desses dois resultados possíveis acima consta entre as opções de resposta. Daí, resta-nos uma saída: teremos
que encontrar uma condicional equivalente à esta da questão. Qual seria?: p → q = ~q →~p. Teremos:
Se Marcos não estuda, então João não passeia = Se João passeia, então Marcos estuda.
Viram o que foi feito? Fizemos as duas negativas e trocamos a ordem. Daí, agora analisando esta condicional equivalente, con-
cluiremos que:
- João passear é condição suficiente para Marcos estudar ou
- Marcos estudar é condição necessária para João passear. - (Letra E)
Didatismo e Conhecimento 58
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 2:
Aqui também teremos que transformar uma disjunção em uma condicional. Já sabemos, pela resolução da questão anterior, que
poderemos usar a seguinte equivalência: ~p ou q = p →q.
Teremos, pois que:
- Pedro não é pedreiro = ~p
- Paulo é paulista = q
Daí, a condicional equivalente a esta disjunção será a seguinte:
- Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Resposta! (Letra A)
Questão 3:
A questão nos trouxe uma condicional e pediu uma proposição equivalente. Podemos testar as duas equivalências da condi-
cional que conhecemos.
Comecemos pela seguinte: p → q = ~q → ~p
Daí, considerando que:
- Pedro é economista = p e
- Luísa é solteira = q
Sua condicional equivalente será:
Questão 4:
Simplificamos primeiro as proposições:
I) Trabalha → eficiente
II) ~Trabalha → ~eficiente
III) ~(trabalha ^ eficiente)
IV) eficiente v ~trabalha
Agora buscamos as equivalências lógicas.
I) Trabalha → eficiente é equivalente a essas duas:
~eficiente → ~Trabalha
~trabalha v eficiente
II) ~Trabalha → ~eficiente é equivalente a essas duas:
eficiente → trabalha
trabalha v ~eficiente
III) ~(trabalha ^ ~eficiente) é equivalente a:
~trabalha v eficiente
(a negação de p ^ q é ~p v ~q)
IV) eficiente v ~trabalha é equivalente a essas duas:
~eficiente → ~trabalha
trabalha → eficiente
letra E
Questão 5: Nesta questão procuramos uma relação de equivalência. Para responder a este problema devemos nos perguntar
quando que duas proposições são equivalentes.
EQUIVALÊNCIA LÓGICA
Dadas as proposições p e q, dizemos que “p é equivalente a q” quando p e q têm tabelas-verdades iguais, isto é, quando p e q têm
sempre o mesmo valor lógico. Aqui chamamos a atenção que p e q podem ser proposições compostas também.
No problema, temos a proposição composta “se estudo então passo”.
p: estudo
q: passo
O conectivo “então” representado por conhecido como condicional.
p q: se estudo então passo.
Poderíamos fazer a tabela-verdade para cada uma das alternativas procurando encontrar a solução, mas para algumas equivalên-
cias já temos a resposta, isto é, com a prática e verificação já saberemos exatamente de algumas implicações tão facilmente que não
precisaremos fazer uso da tabela.
Esta questão é um desses casos, pois temos o condicional p q que é equivalente a ~q ~p, uma equivalência que aparece em
diversos exercícios e questões de concursos. Como símbolo de equivalência utilizaremos .
Didatismo e Conhecimento 59
RACIOCÍNIO LÓGICO
(p q) (~q ~p)
p q p q ~q ~p ~q ~p
V V V F F V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
Observe as duas colunas em vermelho acima na tabela-verdade, elas mostram a equivalência lógica entre as proposições. Portan-
to, “se estudo então passo” é logicamente equivalente a “se não passo então não estudo”.
Questão 6:
Mostraremos que (p → q) → r ⇔ r ∨ (p ∧ ~q) é uma tautologia, de fato:
Ordem Proposição
1 (p → q) → r ⇔
2 ⇔(~p ∨ q) → r ⇔
3 ⇔~(~p ∨ q) ∨ r ⇔
4 ⇔ r ∨ ~(~p ∨ q)
5 r ∨ (p ∧ ~q)
Questão 7:
Trata-se da negação (“não é verdade que) de uma conjunção (E). Ora, sabemos que na hora de negar uma conjunção, teremos:
~(p ∧ q) = ~p ∨ ~q
Daí, negando a primeira parte, teremos: Pedro não é pobre. Negando a segunda parte:
Alberto não é alto. Finalmente, trocando o E por um OU, concluiremos que: Não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é
alto é igual a:
Resposta (letra A)
Questão 8:
A palavra TODOS é negada por PELO MENOS UM (=ALGUM). Daí, se o enunciado diz que é FALSA a sentença “Todos os
economistas são médicos”, o que ela quer na verdade é que façamos a NEGAÇÃO desta frase. Ora, se é mentira que todos os
economistas são médicos, é fácil concluirmos que pelo menos um economista não é médico. É nossa resposta a alternativa A.
As Leis de Morgan foram vistas no tópico Negação, que foi demonstrado ao se discutir tabela verdade das proposições (itens 3.1
e 3.2 para evitar a quebra do raciocínio entre as proposições e tabela verdade).
Didatismo e Conhecimento 60
RACIOCÍNIO LÓGICO
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser usados é na
determinação da quantidade de elementos que apresentam uma determinada característica.
CUIDADO: no preenchimento dos conjuntos deve-se começar pela informação que traz a região de intersecção, ou seja: ao
grupo de indivíduos que fazem todas as atividades ou características apresentadas em questão. Se forem duas características A e B
devemos começar preenchendo pelo número dos que possuem a característica A e B, simultaneamente. Depois, desconta-se este valor
para determinar o número de indivíduos que apresentam apenas a característica A e B. Vejamos um exemplo bem simples abaixo:
EXEMPLO 01) Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto.
Baseando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
- quantas pessoas têm no grupo
- quantas dirigem somente carro
- ainda quantas dirigem somente motos.
- quantas podem não dirigir nem carro nem moto.
Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de motos e motoristas de carros. Come-
çaremos marcando quantos elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros espaços.
Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A partir
dos valores reais, é que poderemos responder as perguntas feitas.
Concluindo-se que:
Didatismo e Conhecimento 61
RACIOCÍNIO LÓGICO
Temos nas somas individuas 8 + 33, que perfaz 41 indivíduos. E mais 10 pessoas na intersecção. Total: 51 indivíduos entrevis-
tados. Dos quais:
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
EXEMPLO 02) No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada
a seguinte tabela:
Jornais Leitores
A 300
B 250
C 200
AeB 70
AeC 65
BeC 105
A, B e C 40
Nenhum 150
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que representam cada conjunto. A colocação dos
valores começará pela intersecção dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último às regiões que representam
cada conjunto individualmente. Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo que indicará o conjunto universo da pesquisa.
Didatismo e Conhecimento 62
60
RACIOCÍNIO LÓGICO
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são leitores de nenhum dos três jornais.
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o jornal
C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115
+ 65 + 70 + 150.
Diagrama de Euler
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida como a
área de intersecção entre dois ou mais contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir um universo de discurso, isto é, ele pode
definir um sistema no qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos
para animal, mineral e quatro patas teria que conter intersecções onde alguns estão em ambos os animais, mineral e de quatro patas.
Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou conjunções.
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas (geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os tamanhos
e formas das curvas não são importantes: a significância do diagrama está na forma como eles se sobrepõem. As relações espaciais
entre as regiões delimitadas por cada curva (sobreposição, contenção ou nenhuma) correspondem relações teóricas (subconjunto
interseção e disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas regiões ou zonas estão: o interior, que representa simbolica-
mente os elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos
interiores não se cruzam representam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores se interceptam representam conjuntos que têm
elementos comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa o conjunto de elementos comuns a ambos os conjuntos (intersecção
dos conjuntos). Uma curva que está contida completamente dentro da zona interior de outro representa um subconjunto do mesmo.
Didatismo e Conhecimento 63
RACIOCÍNIO LÓGICO
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas as pos-
síveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, representando todas as combinações de inclusão / exclusão de seus conjuntos
constituintes, mas em um diagrama de Euler algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que motivou Venn a desenvolver
seus diagramas. Existia a necessidade de criar diagramas em que pudessem ser observadas, por meio de suposição, quaisquer relações
entre as zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no campo da
matemática ou lógica matemática no campo da lógica. Eles também podem ser utilizados para representar relacionamentos comple-
xos com mais clareza, já que representa apenas as relações válidas. Em estudos mais aplicados esses diagramas podem ser utilizados
para provar / analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se possa deduzir uma conclusão.
Diagramas de Venn
Designam-se por diagramas de Venn os diagramas usados em matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas
e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respetivos diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas sobre
um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a representação das relações de pertença entre conjuntos e seus elementos
(por exemplo, 4 {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2,
3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que possuem continência;
ao passo que o ponto interno a uma curva representa um elemento pertencente ao conjunto.
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas repre-
senta, simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses diagramas é
que classes (ou conjuntos) sejam representadas por regiões, com tal relação entre si que todas as relações lógicas possíveis entre as
classes possam ser indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço para qualquer relação possível entre as classes, e
a relação dada ou existente pode então ser definida indicando se alguma região em específico é vazia ou não vazia”. Pode-se escrever
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em um
plano. C é uma família independente se a região formada por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o
exterior de Ci, é não vazia, em outras palavras, se todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis. Se, além disso, cada
uma dessas regiões é conexa e há apenas um número finito de pontos de interseção entre as curvas, então C é um diagrama de Venn
para n conjuntos.
Nos casos mais simples, os diagramas são representados por círculos que se encobrem parcialmente. As partes referidas em
um enunciado específico são marcadas com uma cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados como completamente
inseridos dentro de um retângulo, que representa o conjunto universo daquele particular contexto (já se buscou a existência de um
conjunto universo que pudesse abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell mostrou que tal tarefa era impossível).
A ideia de conjunto universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo modo, espaços internos comuns a dois ou mais
conjuntos representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
representa sua união.
John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX, ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de Leibniz e Euler.
E, na década de 1960, eles foram incorporados ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples construir diagramas de Venn
para dois ou três conjuntos, surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número maior. Algumas construções possíveis são
devidas ao próprio John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso,
encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto B
representa os animais capazes de voar. A área onde os dois círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou intersecção
A-B, conteria todas as criaturas que ao mesmo tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
Didatismo e Conhecimento 64
RACIOCÍNIO LÓGICO
Considere-se agora que cada espécie viva está representada por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os humanos e
os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos são bípedes, mas
não podem voar. Os mosquitos, que voam, mas têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora da sobreposição.
Os canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não fosse
bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de cada cír-
culo que pertence a ambos os círculos (onde há sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão em um círculo ou
no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco - fora).
Essas configurações são representadas, respectivamente, pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença de B
para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes áreas
(mais escuras) no diagrama:
Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os animais
que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das características); tal conjunto seria representado pela união de A e B. Já os animais
que voam e não possuem duas patas mais os que não voam e possuem duas patas, seriam representados pela diferença simétrica entre
A e B. Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, que incluem também outros dois casos.
Didatismo e Conhecimento 65
RACIOCÍNIO LÓGICO
Complementar de A em U: AC = U \ A
Complementar de B em U: BC = U \ B
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou, sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o exemplo
anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete áreas distintas, que
podem combinar-se de 256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.
Didatismo e Conhecimento 66
RACIOCÍNIO LÓGICO
A \ (B C)
(B C) \ A
Questões Propostas
Questão 1) Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?
Questão 2) Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de alunos da
classe é:
Didatismo e Conhecimento 67
RACIOCÍNIO LÓGICO
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.
(D) 42.
(E) 44.
Questão 1)
Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos de F o
conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar o problema e
sempre comece a preencher os dados de dentro para fora.
Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após fazermos o diagrama, este número vai entre os conjuntos, na área de intersecção.
Passo 2:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
Questão 2)
Resposta “E”.
n = 20 + 7 + 8 + 9
n = 44
Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposições com quantificadores. A resolução análise do argumento destes
argumentos torna-se mais fácil quando se lança mão do uso da teoria dos conjuntos, com representações dos conjuntos e que chama-
remos de diagramas lógicos. Vimos que a sentença aberta é aquela que possui pelo menos uma variável.
Exemplo:
X -3 = 9
Aqui temos uma sentença aberta que possui a variável x.
Não podemos valorar esta sentença como V ou F. Mas, se atribuirmos valor a x então será gerado uma proposição que poderá, a
dado valor de x, ser julgada em V ou F.
A sentença aberta, então tem como particularidade o fato dela poder dar origem a diversas proposições, dependendo do valor
atribuído à variável x.
Didatismo e Conhecimento 68
RACIOCÍNIO LÓGICO
RECAPITULANDO:
- X -3 = 9 não pode ser considerada proposição. É sentença aberta e não pode ser julgada em V ou F.
- atribuindo-se valor a x isto gerará uma proposição que pode ser valorada em V ou F.
- Geralmente estas sentenças abertas podem ser acompanhadas de quantificadores que possibilitam torná-las proposições e pas-
síveis de valoração.
- O quantificador universal é simbolizado por: ∀. Ele indica que todos os elementos do conjunto satisfazem a uma dada sentença
aberta.
- A sentença aberta é indicada por p(x). Estamos indicando que o seu valor lógico depende da variável, que está entre parêntesis.
- O quantificador existencial é simbolizado por: ∃. Ele indica que existe pelo menos um elemento do conjunto que satisfaz à
sentença aberta.
- Por fim, temos o quantificador de existência e unicidade (∃!). Significado: Existe pelo menos um
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Chamam-se de proposições categóricas proposições simples e diretas na forma de sujeito-predicado. Elas apresentam-se em
quatro tipos:
A: Todo M é N
B: Nenhum M é N ( Todo M não é N)
C: Algum M é N.
D: Algum M não é N
Onde:
A é uma proposição universal afirmativa.
B é uma proposição universal negativa.
C é uma proposição particular afirmativa.
D é uma proposição particular negativa.
- Os principais quantificadores estão representados por palavras e, os principais (mais comuns) são: algum, nenhum, existe, todo.
- Argumentos decorrentes destes tipos de proposições são mais facilmente estudados por meio de diagramas (diagramas lógicos),
que representam os diversos conjuntos das possibilidades geradas pelo uso dos quantificadores envolvidos na questão.
- Este tópico costuma trazer muitas dificuldades para o concursando, porque exige uma visão interpretativa das relações dos
“conjuntos” que irão aparecer nas resoluções.
Exemplo de frases:
“Nenhum candidato foi aprovado”
“Todos os homens gostam de futebol”
“Alguma ave é azul”
“Existe vida inteligente em Marte”
O estudo das proposições categóricas pode ser feito utilizando os diagramas de Euler- Venn. É habitual representar um conjunto
por uma linha fechada e não entrelaçada.
Vejamos como representar cada uma das proposições categóricas utilizando os diagramas de Euler-Venn.
- Todo A é B
Didatismo e Conhecimento 69
RACIOCÍNIO LÓGICO
Teremos duas possibilidades.
Nenhum A é B é falso.
Algum A é B é verdadeiro.
Algum A não é B é falsa.
- Algum A é B
Nenhum A é B é falso.
Observe que quando afirmamos que “Algum A é B” estamos dizendo que existe pelo menos um elemento de A que também é
elemento de B.
Didatismo e Conhecimento 70
RACIOCÍNIO LÓGICO
- Nenhum A é B
- Algum A não é B
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três representações possíveis:
Didatismo e Conhecimento 71
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que “Algum A não é B” não equivale a “Algum B não é A”. Por exemplo, dizer que “Algum brasileiro não é mineiro”
não equivale a dizer que “Algum mineiro não é brasileiro”.
Se “algum A não é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais proposições categóricas?
Todo A é B é falso.
Nenhum A é B é indeterminado – pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A é B é indeterminado – pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3).
Veremos a seguir como são representados através de formas simbólicas as proposições categóricas e as interpretações para cada
uma delas.
Didatismo e Conhecimento 72
RACIOCÍNIO LÓGICO
Existe equivalência ou negação entre estas proposições? Como fazer?
De modo geral, a negação do quantificador universal de uma função proposicional é equivalente a uma quantificação existencial
sobre a negação da mesma função proposicional. A negação de uma proposição que usa quantificador é feita negando o quantificador
e também o predicado P, ou seja, a negação da proposição “para cada x, P(x)” é “existe x, P(x)”. A negação da proposição “existe x,
P(x)” é “para cada x, ~P(x)”
Aqui, caro aluno, vai um esquema que permitirá a você resolver uma grande quantidade de questões quanto à equivalên-
cia ou negação de UMA proposição categórica. Basta usar o triângulo abaixo e dispender pouco tempo com a teoria.
QUESTÕES PROPOSTAS
Questão 01) (TTN-98 ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro
que:
a) algum A não é G;
b) algum A é G
c) nenhum A é G;
d) algum G é A;
e) nenhum G é A;
Didatismo e Conhecimento 73
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 02) VUNESP/2011 – Concurso TJM-SP – Analista de Sistemas (Judiciário)
Observe o seguinte diagrama. De acordo com o diagrama, pode-se afirmar que:
TRT-17 – CESPE- 2009. Nos diagramas acima estão representados dois conjuntos de pessoas que possuem o diploma de curso
superior em Direito, dois conjuntos de juízes e dois elementos desses conjuntos: Mara e Jonas. Julgue os itens subsequentes tendo
como referencia esses diagramas e o texto.
Questão 07) A proposição “Se Jonas não é um juiz, então Mara e Jonas são formados em direito” é falsa.
Didatismo e Conhecimento 74
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 08) Considerando as seguintes proposições: “Alguns filósofos são matemáticos” e “não é verdade que algum poeta é
matemático”, pode-se concluir apenas que:
a) algum filósofo é poeta.
b) algum poeta é filósofo.
c) nenhum poeta é filósofo.
d) nenhum filósofo é poeta.
e) algum filósofo não é poeta.
Questão 09) CESPE – Polícia Federal – 2009) Se A for a proposição “Todos os policiais são honestos”, então a proposição ¬A
estará enunciada corretamente por “Nenhum policial é honesto”.
Questão 11) (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
RESOLUÇÕES
Questão 01)
Observamos que a questão traz, no enunciado, duas proposições categóricas:
1. Alguns A são R
2. Nenhum G é R
Vamos fazer a representação gráfica de cada uma delas por círculos.
1. Alguns A são R
Não há uma representação gráfica única para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente a representação em
que os dois círculos se interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão.
Didatismo e Conhecimento 75
RACIOCÍNIO LÓGICO
Representação de:
2. Nenhum G é R
Vamos juntar os desenhos das duas proposições categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como a questão não
informa sobre a relação entre os conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de representar graficamente os três conjuntos (A,
G e R).
A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para quaisquer dessas representações.
Questão 02)
Como pode ser visto no diagrama, parte dos felizes não são músicos nem cantores.
Questão 03)
Todo Platz que não é Plutz é também Pletz. Ou seja, Platz e Pletz são duas coisas ao mesmo tempo.
Alguns Platz também são Plitz. Ou seja, o Plitz pode ser Platz, mas isso não é uma regra geral.
A letra E é falsa porque não existe delimitação para o conjunto Plitz e ele não fica sozinho;
A letra B também está errada porque afirma que existe Platz que não é Plutz nem é Pletz. Mas a afirmação do enunciado garante
que “Todo Platz que não é Plutz é também Pletz.”
A letra C está incorreta porque essa afirmação não é dita em nenhum momento do enunciado.
A letra D está incorreta porque não há uma regra em relação a isso também.
Didatismo e Conhecimento 76
RACIOCÍNIO LÓGICO
Questão 04)
Ao analisar as informações dadas pode-se concluir que Jorge não pertence ao grupo de jogadores e sim ao conjunto compreen-
dido entre os rápidos e estudantes.
Questão 05)
Usando o esqueminha:
Todo A: homens
~B: são bons motoristas, portanto, B: não são bons motoristas.
Resposta: Algum A é B:
Algum homem não é bom motorista. (não encontramos nas alternativas).
Devemos “trabalhar” em busca de palavras com significados semelhantes.
Algum (ao menos um; existe pelo menos um etc).
Não é bom motorista (é mau motorista). Logo:
e) ao menos um homem é mau motorista.
Questão 06) A proposição “Mara é formada em direito e é juíza” é FALSA, pois, numa conjunção ambas as parcelas devem
ser verdadeiras. Mara é formada em direito, mas, não é juíza. O enunciado diz que tal afirmativa é verdadeira. Isto está errado. Esta
proposição é falsa.
Questão 07) A proposição “Se Jonas não é um juiz (F), então Mara e Jonas são formados em direito” (V) é falsa. Ocorre que
neste caso se trata de uma condicional. Sempre que em uma condicional a primeira parcela for falsa nem importa o valor lógico da
segunda parcela e a proposição será verdadeira. Então o enunciado diz que esta é falsa. ERRADO.
Questão 08)
As premissas envolvem filósofos, matemáticos e poetas.
Premissas:
1) Alguns filósofos são matemáticos
2) Não é verdade que algum poeta é matemático.
Da primeira premissa, temos que existem elementos na intersecção entre filósofos e matemáticos.
A segunda premissa nos diz que: “Não é verdade que algum poeta é matemático”. Em outras palavras, é falso que: algum poeta
é matemático.
Assim, a negação disso é verdadeira.
Didatismo e Conhecimento 77
RACIOCÍNIO LÓGICO
A negação de “algum poeta é matemático” é “nenhum poeta é matemático”
Ou seja, no fundo, a segunda premissa nos diz que “nenhum poeta é matemático”.
Isso nos garante que não há elementos na intersecção entre poetas e matemáticos. Vejamos cada uma das alternativas.
a) algum filósofo é poeta – não temos como garantir isso.
A intersecção entre os conjuntos verde e preto está em branco: é uma região de incerteza. Não sabemos se existem ou não ele-
mentos ali.
b) algum poeta é filósofo – análise idêntica à da letra “a”.
c) nenhum poeta é filósofo – novamente, não temos certeza sobre a intersecção entre os conjuntos verde e preto. Pode ser que
contenha algum elemento ou não.
d) nenhum filósofo é poeta – análise idêntica à da letra “c”.
e) algum filósofo não é poeta. – esta conclusão é válida. Basta ver a região assinalada com um (X). Nela, temos o indicativo de
que existem elementos dentro do conjunto preto, que estão fora do conjunto verde.
Gabarito: E
Questão 09)
Se se deseja a negação, então, devemos usar Algum A, B. Lembrando que quando se tem categórico “todo” a segunda parte
corresponde a ~B.
“Todos os policiais (A) são honestos (~B)”.
Questão 10)
(A)
(B)
Didatismo e Conhecimento 78
RACIOCÍNIO LÓGICO
(C)
(D)
Questão 11)
Resposta “B”.
instrutivo
livro
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a
situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Percebam como todos os elementos do diagrama “livro” estão inseridos no
diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.
5 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E
PROBABILIDADE.
Análise Combinatória
Análise combinatória é uma parte da matemática que estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e estuda os métodos
de contagem que existem em acertar algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo nasceu no século XVI, pelo matemático
italiano Niccollo Fontana (1500-1557), chamado também de Tartaglia. Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-
1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve métodos que permitem contar, indiretamente, o número de elementos de um
conjunto. Por exemplo, se quiser saber quantos números de quatro algarismos são formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9,
é preciso aplicar as propriedades da análise combinatória. Veja quais propriedades existem:
Didatismo e Conhecimento 79
RACIOCÍNIO LÓGICO
Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes
e as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois estágios caracterizados como suces-
sivos e independentes:
Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual ao produto m . n
Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e inicialmente ela quer se decidir qual o modelo e a cor do seu novo veículo.
Na concessionária onde Alice foi há 3 tipos de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e Astra, sendo que para cada carro há 5
opções de cores: preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total de opções que Alice poderá fazer?
Resolução: Segundo o Principio Fundamental da Contagem, Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela poderá optar por 15
carros diferentes. Vamos representar as 15 opções na árvore de possibilidades:
Generalizações: Um acontecimento é formado por k estágios sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk possibilidades
para cada. O total de maneiras distintas de ocorrer este acontecimento é n1, n2, n3, … , nk
Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por 10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se diferenciam pela natureza de um dos elemento.
ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela ordem dos
elementos.
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes algarismos pretendemos
obter números, neste caso, os agrupamentos de 13 e 31 são considerados distintos, pois indicam números diferentes.
Didatismo e Conhecimento 80
RACIOCÍNIO LÓGICO
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pontos pretendemos
obter retas, neste caso os agrupamentos são iguais, pois indicam a mesma reta.
Conclusão: Os agrupamentos...
1. Em alguns problemas de contagem, quando os agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um de seus elementos,
os agrupamentos serão considerados distintos.
ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados combinações.
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o problema é saber quantas retas esses pontos determinam.
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela ordem de seus elementos, os problemas de contagem serão agrupados e
considerados distintos.
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados arranjos.
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos e o problema é contar os números por eles determinados.
Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número natural n, representado por n!, é o produto de todos os inteiros positivos
menores ou iguais a n. A notação n! foi introduzida por Christian Kramp em 1808. A função fatorial é normalmente definida por:
Note que esta definição implica em particular que 0! = 1, porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum número é 1. Deve-
se prestar atenção neste valor, pois este faz com que a função recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1) funcione para n = 0.
Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Por exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar n objetos distintos
numa sequência. (Os arranjos são chamados permutações) E o número de opções que podem ser escolhidos é dado pelo coeficiente
binomial.
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem ou pela natureza
dos elementos componentes. Seja A um conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual a n. Os arranjos simples k a k dos
n elementos de A, são os agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus
elementos.
No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o número total de arranjos simples dos n elementos de A (tomados k a k), temos:
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1)
(é o produto de k fatores)
Didatismo e Conhecimento 81
RACIOCÍNIO LÓGICO
Multiplicando e dividindo por (n – k)!
Permutações: Considere A como um conjunto com n elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, são denominados
permutações simples de n elementos. De acordo com a definição, as permutações têm os mesmos elementos. São os n elementos de
A. As duas permutações diferem entre si somente pela ordem de seus elementos.
O número total de permutações simples de n elementos indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1) (n – 2) . …
. (n – k + 1), temos:
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1) (n – 2) . … .1 = n!
Portanto: Pn = n!
Combinações Simples: são agrupamentos formados com os elementos de um conjunto que se diferenciam somente pela natureza
de seus elementos. Considere A como um conjunto com n elementos k um natural menor ou igual a n. Os agrupamentos de k
elementos distintos cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus elementos são denominados combinações simples k
a k, dos n elementos de A.
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com elementos distintos. Com os elementos de A podemos formar 4 combinações
de três elementos cada uma: abc – abd – acd – bcd
Didatismo e Conhecimento 82
RACIOCÍNIO LÓGICO
Logo: C4,3 . P3 = A4,3
Cálculo do número de combinações simples: O número total de combinações simples dos n elementos de A representados por C
n,k
, tomados k a k, analogicamente ao exemplo apresentado, temos:
a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, obtemos Pk arranjos distintos.
b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos distintos.
A n,k
C n,k =
Pk
Lembrando que:
Arranjos Completos: Arranjos completos de n elementos, de k a k são os arranjos de k elementos não necessariamente distintos.
Em vista disso, quando vamos calcular os arranjos completos, deve-se levar em consideração os arranjos com elementos distintos
(arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de arranjos completos de n elementos, de k a k, é indicado simbolicamente por
A*n,k dado por: A*n,k = nk
Considerando:
α elementos iguais a a,
β elementos iguais a b,
γ elementos iguais a c, …,
λ elementos iguais a l,
Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.
Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λ o número de permutações distintas que é possível formarmos com os n elementos:
Combinações Completas: Combinações completas de n elementos, de k a k, são combinações de k elementos não necessariamente
distintos. Em vista disso, quando vamos calcular as combinações completas devemos levar em consideração as combinações com
elementos distintos (combinações simples) e as combinações com elementos repetidos. O total de combinações completas de n
elementos, de k a k, indicado por C*n,k
Didatismo e Conhecimento 83
RACIOCÍNIO LÓGICO
QUESTÕES
01. Quantos números de três algarismos distintos podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?
02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14 clubes, sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada clube enfrente o
outro no seu campo e no campo deste. O número total de jogos a serem realizados é:
(A)182
(B) 91
(C)169
(D)196
(E)160
03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um sistema, começando por três letras escolhidas entre as cinco A, B, C, D e
E, seguidas de quatro algarismos escolhidos entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se entre as letras puder haver repetição, mas se os algarismos forem
todos distintos, o número total de senhas possíveis é:
(A) 78.125
(B) 7.200
(C) 15.000
(D) 6.420
(E) 50
04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões com todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia executou a tarefa
considerando as letras A e à como diferentes, contudo, João queria que elas fossem consideradas como mesma letra. A diferença
entre o número de cartões feitos por Cláudia e o número de cartões esperados por João é igual a
(A) 720
(B) 1.680
(C) 2.420
(D) 3.360
(E) 4.320
05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra PROVA foram listadas em ordem alfabética, como se fossem palavras de
cinco letras em um dicionário. A 73ª palavra nessa lista é
(A) PROVA.
(B) VAPOR.
(C) RAPOV.
(D) ROVAP.
(E) RAOPV.
06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 diretores, dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para que se analisem
as suspeitas, será formada uma comissão especial com 5 diretores, na qual os suspeitos não sejam maioria. O número de possíveis
comissões é:
(A) 66
(B) 72
(C) 90
(D) 120
(E) 124
07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola possui um banco de questões de matemática composto de 5 questões
sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode montar uma prova com 8
questões, sendo 3 de parábolas, 2 de circunferências e 3 de retas?
(A) 80
(B) 96
(C) 240
(D) 640
(E) 1.280
Didatismo e Conhecimento 84
RACIOCÍNIO LÓGICO
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre assistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para uma eventualidade
qualquer, dois particulares enfermeiros, por serem os mais experientes, nunca são escalados para trabalharem juntos. Sabendo-se
que em todos os grupos participa um dos dois enfermeiros mais experientes, quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser
formados?
(A) 06
(B) 10
(C) 12
(D) 15
(E) 20
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes para concorrer a uma gincana. O número de maneiras diferentes de formar
duas equipes é
(A) 10
(B) 15
(C) 20
(D) 25
(E) 30
01.
03.
Algarismos
Letras
04.
I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
Didatismo e Conhecimento 85
RACIOCÍNIO LÓGICO
Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
05. Se as permutações das letras da palavra PROVA forem listadas em ordem alfabética, então teremos:
P4 = 24 que começam por A
P4 = 24 que começam por O
P4 = 24 que começam por P
A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que começa por R. Ela é RAOPV.
06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão de 5 diretores
na qual os suspeitos não sejam maioria, podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o número de possíveis comissões é
08.
I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes e outros 3.
II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes e 2 entre os
3 restantes.
III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre os 2 mais experientes é
09.
10.
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000
b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464
Probabilidade
Em uma tentativa com um número limitado de resultados, todos com chances iguais, devemos considerar:
Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos resultados possíveis.
Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos resultados possíveis; será representado por S e o número de elementos do espaço
amostra por n(S).
Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do espaço amostral; será representado por A e o número de elementos do evento
por n(A).
Didatismo e Conhecimento 86
RACIOCÍNIO LÓGICO
Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S, portanto são eventos.
Ø = evento impossível.
S = evento certo.
Conceito de Probabilidade
As probabilidades têm a função de mostrar a chance de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer um determinado
evento A, que é simbolizada por P(A), de um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre o número de elementos A e o número
de elemento S. Representando:
Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados de 1 a 6, e observar o lado virado para cima, temos:
- um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
- um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2, 4, 6} C S.
- o número de elementos do evento número par é n(A1) = 3.
- a probabilidade do evento número par é 1/2, pois
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1. Simbolicamente:
P(Ø) = 0 e P(S) = 1.
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ P(A) ≤ 1.
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) = 1 - P(A).
Demonstração das Propriedades
Didatismo e Conhecimento 87
RACIOCÍNIO LÓGICO
União de Eventos
Considere A e B como dois eventos de um espaço amostral S, finito e não vazio, temos:
B
S
B
S
Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B = 0, portanto: P(A
B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre mutuamente exclusivos, nesse caso
temos, analogicamente:
Eventos Exaustivos
Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois em dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados exaustivos
se A1 A2 A3 … An = S
Então, logo:
Didatismo e Conhecimento 88
RACIOCÍNIO LÓGICO
Probabilidade Condicionada
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é dada pela
probabilidade de ocorrência de B sabendo que já ocorreu A. É representada por P(B/A).
Veja:
Eventos Independentes
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente quando:
Intersecção de Eventos
Considerando A e B como dois eventos de um espaço amostral S, finito e não vazio, logo:
Assim sendo:
Considerando A e B como eventos independentes, logo P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A) . P(B). Para
saber se os eventos A e B são independentes, podemos utilizar a definição ou calcular a probabilidade de A ∩ B. Veja a representação:
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B)
Considere uma experiência sendo realizada diversas vezes, dentro das mesmas condições, de maneira que os resultados de cada
experiência sejam independentes. Sendo que, em cada tentativa ocorre, obrigatoriamente, um evento A cuja probabilidade é p ou o
complemento A cuja probabilidade é 1 – p.
Problema: Realizando-se a experiência descrita exatamente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento A só k vezes?
Resolução:
- Se num total de n experiências, ocorrer somente k vezes o evento A, nesse caso será necessário ocorrer exatamente n – k vezes
o evento A.
- Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do evento A é 1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k vezes o evento A e
n – k vezes o evento A, ordenadamente, é:
Didatismo e Conhecimento 89
RACIOCÍNIO LÓGICO
- As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer entre as n vezes possíveis. O número de maneiras de escolher k vezes o
evento A é, portanto Cn,k.
- Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que possuem a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a probabilidade
desejada é: Cn,k . pk . (1 – p)n-k
QUESTÕES
01. A probabilidade de uma bola branca aparecer ao se retirar uma única bola de uma urna que contém, exatamente, 4 bolas
brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é:
02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o Ensino Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião comemorativa.
Várias delas haviam se casado e tido filhos. A distribuição das mulheres, de acordo com a quantidade de filhos, é mostrada no gráfico
abaixo. Um prêmio foi sorteado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a)
filho(a) único(a) é
03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52 cartas, qual a probabilidade de se obter um rei ou uma dama?
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces, numeradas de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das duas faces voltadas para
cima. Calcular a probabilidade de serem obtidos dois números ímpares ou dois números iguais?
05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500. Uma bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade de que seja
escolhida uma bola com um número de três algarismos ou múltiplo de 10 é
(A) 10%
(B) 12%
(C) 64%
(D) 82%
(E) 86%
06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a probabilidade de
ela ser amarela ou branca?
Didatismo e Conhecimento 90
RACIOCÍNIO LÓGICO
07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com probabilidade 40% e 30%, respectivamente, de acertar. Nestas condições, a
probabilidade de apenas uma delas acertar o alvo é:
(A) 42%
(B) 45%
(C) 46%
(D) 48%
(E) 50%
08. Num espaço amostral, dois eventos independentes A e B são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos concluir que o
valor de P(B) é:
(A) 0,5
(B) 5/7
(C) 0,6
(D) 7/15
(E) 0,7
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de cada bola antes
de retirar a seguinte. A probabilidade de só a primeira e a terceira serem brancas é:
10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores: laranja, abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são utilizadas 3 laranjas e
a probabilidade de um cliente pedir esse suco é de 1/3. Se na lanchonete, há 25 laranjas, então a probabilidade de que, para o décimo
cliente, não haja mais laranjas suficientes para fazer o suco dessa fruta é:
Respostas
01.
02.
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho.
06 mulheres com 2 filhos.
02 mulheres com 3 filhos.
Comoas 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) filho(a) único(a) é
igual a P = 7/25.
04. No lançamento de dois dados de 6 faces, numeradas de 1 a 6, são 36 casos possíveis. Considerando os eventos A (dois números
ímpares) e B (dois números iguais), a probabilidade pedida é:
Didatismo e Conhecimento 91
RACIOCÍNIO LÓGICO
Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo geral da P.A., em que
a1 = 10
an = 500
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 → n = 50
06.
Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas e V1, V2, V3 as vermelhas.
Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
07.
Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer os seguintes eventos:
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta.
Assim, temos:
P (A B) = P (A) + P (B)
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30%
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30
P (A B) = 0,28 + 0,18
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46%
08.
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos:
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
0,7 . (PB) = 0,5
P(B) = 5/7.
Didatismo e Conhecimento 92
RACIOCÍNIO LÓGICO
10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram servidos com apenas
um desses sucos, então:
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros clientes, pois
seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito tenham pedido
sucos de laranjas, e um deles tenha pedido outro suco.
A probabilidade de isso ocorrer é:
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre os respectivos números de
elementos.
Note que ao subtrairmos os elementos comuns evitamos que eles sejam contados duas vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim a relação dada será
verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma eficiência.
Didatismo e Conhecimento 93
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe o diagrama e comprove.
Conjuntos
Conjuntos Primitivos
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primitivos, ou seja, não são definidos.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou
um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um feixe de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é também conjunto
(de pontos).
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, y,
..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos) por letras
minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.
Exemplos
Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A, este fica bem
determinado.
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer temos:
Didatismo e Conhecimento 94
RACIOCÍNIO LÓGICO
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
{x : x tem a propriedade P}
Exemplos
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler consiste em representar o conjunto através de um “círculo” de tal forma
que seus elementos e somente eles estejam no “círculo”.
Exemplos
- Se A = {a, e, i, o, u} então
- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou, simplesmente { }.
Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/
Exemplos
- 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
- 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
- 0/ = {x | x ≠ x}
Subconjunto
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é também elemento de B, dizemos que A é um subconjunto de B ou A é a
parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A ⊂ B.
Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B)
Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto de B ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em B.
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos, um elemento de A que não é elemento de B.
Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B)
Didatismo e Conhecimento 95
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplos
- {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
- {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4}
- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6}
Inclusão e pertinência
A definição de subconjunto estabelece um relacionamento entre dois conjuntos e recebe o nome de relação de inclusão ( ⊂ ).
A relação de pertinência ( ∈ ) estabelece um relacionamento entre um elemento e um conjunto e, portanto, é diferente da relação
de inclusão.
Simbolicamente
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A
Igualdade
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B é
também subconjunto de A.
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem os mesmos elementos.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é subconjunto
de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou B ⊄ A
Exemplos
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não deve ser
levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto fica determinado pelos elementos que o mesmo possui e não pela ordem
em que esses elementos são descritos.
- {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂ {2,2,2,4}. Isto nos mostra que a repetição de elementos é desnecessária.
- {a,a} = {a}
- {a,b = {a} ⇔ a= b
- {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto formado por todos os subconjuntos (partes) de A. Esse novo conjunto
chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das partes) de A e é indicado por P(A).
Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂ A
Exemplos
a) = {2, 4, 6}
P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
b) = {3,5}
P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B}
c) = {8}
P(C) = { 0/ , C}
d) = 0/
P(D) = { 0/ }
Didatismo e Conhecimento 96
RACIOCÍNIO LÓGICO
Propriedades
0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ }
0/ ⊂ A ⇔ 0/ ∈ P(A) A ⊂ A ⇔ A ∈ P(A)
União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B. Representa-se
por A ∪ B.
Simbolicamente: A ∪ B = {X | X ∈ A ou X ∈ B}
Exemplos
- {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6}
- {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5}
- {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
- {a,b} ∪ φ {a,b}
Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem, simultaneamente, a A e a B.
Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B = {X | X ∈ A ou X ∈ B}
Exemplos
- {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
- {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3}
- {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3}
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ
Didatismo e Conhecimento 97
RACIOCÍNIO LÓGICO
Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X ∈ A e X ∉ B}
Exemplos
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5}
Observações: Alguns autores preferem utilizar o conceito de completar de B em relação a A somente nos casos em que B ⊂ A.
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto complementar de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A ⇔ B = A – B = CAB`
Exemplos
Didatismo e Conhecimento 98
RACIOCÍNIO LÓGICO
Número de elementos de um conjunto
Sendo X um conjunto com um número finito de elementos, representa-se por n(X) o número de elementos de X. Sendo, ainda, A
e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de elementos temos:
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B)
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B)
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B)
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B)
Exercícios
2. Seja o conjunto A = {1, 2, 3, {3}, {4}, {2, 5}}. Classifique as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F).
a) 2 ∈ A
b) (2) ∈ A
c) 3 ∈ A
d) (3) ∈ A
e) 4 ∈ A
3. Um conjunto A possui 5 elementos . Quantos subconjuntos (partes) possuem o conjunto A?
4. Sabendo-se que um conjunto A possui 1024 subconjuntos, quantos elementos possui o conjunto A?
9. Numa escola mista existem 42 meninas, 24 crianças ruivas, 13 meninos não ruivos e 9 meninas ruivas. Pergunta-se
a) quantas crianças existem na escola?
b) quantas crianças são meninas ou são ruivas?
Didatismo e Conhecimento 99
RACIOCÍNIO LÓGICO
Podemos afirmar então que n é igual a:
a)7
b)8
c)9
d)10
e)11
Respostas
1) Resposta “E”.
Solução: A ligação entre elemento e conjunto é estabelecida pela relação de pertinência ( ∈ ) e não pela relação de igualdade (=).
Assim sendo, 3 ∈ {3} e 3≠{3}. De um modo geral, x ≠ {x}, ∀ x.
2) Solução:
a) Verdadeira, pois 2 é elemento de A.
b) Falsa, pois {2} não é elemento de A.
c) Verdadeira, pois 3 é elemento de A.
d) Verdadeira, pois {3} é elemento de A.
e) Falsa, pois 4 não é elemento de A.
3) Resposta “32”.
Solução: Lembrando que: “Se A possui k elementos, então A possui 2k subconjuntos”, concluímos que o conjunto A, de 5
elementos, tem 25 = 32 subconjuntos.
4) Resposta “10”.
Solução: Se k é o número de elementos do conjunto A, então 2k é o número de subconjuntos de A.
Assim sendo: 2k=1024 ⇔ 2k=210 ⇔ k=10.
A ∪ B={1,3,4,5,6,7}
b)
A ∩ B={3,4}
A ∪ C={1,3,4,5,6,8}
d)
A ∩ C={4,6}
6) Resposta “X={1;3;5}”.
Solução: Como X ∩ A= φ e X ∪ A=S, então X= A =S-A=CsA ⇒ X={1;3;5}
7) Resposta “X = {2;3;4}
Solução: Como A ⊂ X, então A ∪ X = X = {2;3;4}.
8) Resposta “A”.
Solução: De acordo com o enunciado, temos:
n(A ∩ B ∩ C) = 7
n(A ∩ B) = a + 7 = 26 ⇒ a = 19
n(A ∩ C) = b + 7 = 10 ⇒ b = 3
Assim sendo:
Sejam:
A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
C o conjunto dos meninos não-ruivos e n(C) = 13
D o conjunto das meninas não-ruivas e n(D) = y
De acordo com o enunciado temos:
n( B ∪ D) = n( B) + n( D) = 9 + y = 42 ⇔ y = 33
n( A ∪ D) = n( A) + n( B) = x + 9 = 24 ⇔ x = 15
Assim sendo
a) O número total de crianças da escola é:
n( A ∪ B ∪ C ∪ D ) = n( A) + n( B ) + n(C ) + n( D ) = 15 + 9 + 13 + 33 = 70
n[( A ∪ B ) ∪ ( B ∪ D )] = n( A) + n( B ) + n( D ) = 15 + 9 + 33 = 57
Daí:
n(M È T) = n(M) + n(T) – n(M Ç T)
7 = n(M) + n(T) – 0
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},
o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=número em alemão). Este
conjunto pode ser escrito por: Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira.
Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos que os
representam distam igualmente da origem.
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos números inteiros
negativos a idéia de perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dispensado.
Propriedades da adição de números inteiros: O conjunto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros
ainda é um número inteiro.
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus. Qual a
temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos analisar
tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular da adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números inteiros, devemos obedecer à seguinte regra de sinais:
(+1) x (+1) = (+1)
(+1) x (-1) = (-1)
(-1) x (+1) = (-1)
(-1) x (-1) = (+1)
Propriedades da multiplicação de números inteiros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a multiplicação de
dois números inteiros ainda é um número inteiro.
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
zx1=z
7x1=7
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
z x z–1 = z x (1/z) = 1
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a divisão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro número inteiro,
diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o quociente é um número inteiro positivo.
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes, o quociente é um número inteiro negativo.
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem
ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
1- Não existe divisão por zero.
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é
igual a zero.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0
A potência an do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base e o número
n é o expoente.
an = a x a x a x a x ... x a
a é multiplicado por a n vezes
Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9
Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = (+13)8 – 6 = (+13)2
Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro não negativo b que elevado
à potência n fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do
radical).
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro não negativo que elevado
ao quadrado coincide com o número a.
Observação: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento de:
√9 = ±3
mas isto está errado. O certo é:
√9 = +3
Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao cubo seja
igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos números não negativos.
Exemplos
(a) 3 8 = 2, pois 2³ = 8.
(b) 3 − 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
(c) 3 27 = 3, pois 3³ = 27.
(d) 3 − 27 = –3, pois (–3)³ = -27.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.
Exercícios
2. Um número inteiro é expresso por (53 – 38 + 40) – 51 + (90 – 7 + 82) + 101. Qual é esse número inteiro?
3. Calcule:
a) (+12) + (–40)
b) (+12) – (–40)
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20)
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15)
5. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, segundo as informações?
Tempo no Brasil: Instável a ensolarado no Sul.
Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul.
Máxima prevista 37° no Piauí.
6. Qual é o produto de três números inteiros consecutivos em que o maior deles é –10?
7. Três números inteiros são consecutivos e o menor deles é +99. Determine o produto desses três números.
8. Copie as igualdades substituindo o x por números inteiros de modo que elas se mantenham:
a) (–140) : x = –20
b) 144 : x = –4
c) (–147) : x = +21
d) x : (+13) = +12
e) x : (–93) = +45
f) x : (–12) = –36
9. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplicando a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?
10. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o que ocorrerá com
o total?
Respostas
1) Resposta “9²”.
Solução: Basta identificar os quadrados perfeitos.
Os números quadrados perfeitos são:
1² = 1 (menor que dois algarismos)
2² = 4
3² = 9
4² = 16 (dois algarismos)
5² = 25
6² = 36
7² = 49
8² = 64
9² = 81
10² = 100 (mais que dois algarismos)
2) Resposta “270”.
Solução:
(53 – 38 + 40) – 51 + (90 – 7 + 82) + 101
55 – 51 + 165 + 101 = 270
4) Solução:
a) x + (–12) = –5 → x = -5 + 12 → x = 7
b) x + (+9) = 0 → x = -9
c) x – (–2) = 6 → x = 6 – 2 → x = 4
d) x + (–9) = –12 → x = -12 + 9 → x = -3
e) –32 + x = –50 → x = -50 + 32 → x = -18
f) 0 – x = 8 → x = -8
5) Resposta “40˚”.
Solução:
A diferença está entre -3º e +37º. Se formos ver... -3º, -2º, -1º, 0º, 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º... será +40º.
6) Resposta “-1320”.
Solução:
(x) . (x+1) . (x+2) = ?
x+2 = -10
x= -10 -2
x = -12
(-12) . (-12+1) . (-12+2) =
-12 . -11 . -10 = - 1320
7) Resposta “999900”.
Solução:
(x) . (x+1) . (x+2) = ?
x= 99
8) Solução:
a) (–140) : x = –20
-20x = -140
x=7
b) 144 : x = –4
-4x = 144
x = -36
c) (–147) : x = +21
21x = -147
x = -7
d) x : (+13) = +12
x = 12 . 13
x = 156
e) x : (–93) = +45
x = 45 . -93
x = -4185
9) Resposta “738”.
Solução:
x + (-846) . -3 = 324
x – 846 . -3 = 324
-3 (x – 846) = 324
-3x + 2538 = 324
3x = 2538 – 324
3x = 2214
x=
x = 738
t+8-5=t+3
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2 = 0,4
5
1 = 0,25
4
35 = 8,75
4
153 = 3,06
50
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente.
Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
1 = 0,04545...
22
167 = 2,53030...
66
Representação Fracionária dos Números Decimais
Trata-se do problema inverso: estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de fração.
Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto
pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado:
0,9 = 9
10
57
5,7 =
10
0,76 = 76
100
3,48 = 348
100
0,005 = 5 = 1
1000 200
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos:
Exemplo 1
Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 = 3
2 2 2 2
Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do outro. As
distâncias dos pontos – 32 e 3 ao ponto zero da reta são iguais.
2
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os números
a c
racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d
a c ad + bc
+ =
b d bd
O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto é, a soma de dois números racionais ainda é um número racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que q + (–q) = 0
A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q)
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois números
racionais a e c , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d
a c ac
x =
b d bd
O produto dos números racionais a e b também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto de dois números racionais ainda é um número racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × b ) × c
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q
- Elemento inverso: Para todo q = a em Q, q diferente de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 = 1 a x b =1
b a b a
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c )
A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q =
p × q-1
A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)
Exemplos:
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125
b)
- Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual ao
inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente anterior.
2
⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
−2
⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9
- Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma só potência, conservamos a
base e somamos os expoentes.
2 3 2+3 5
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ . ⎟⎠ .⎜⎝ . . ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ =⎜ ⎟
5 5 5 5 5 5 5 5 ⎝ 5⎠
- Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um quociente de potências de mesma base a uma só potência, conservamos
a base e subtraímos os expoentes.
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente, conservamos a base e
multiplicamos os expoentes
Exemplo 1
Exemplo 3
0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3
0,216 = 0,6.
N Z Q
O número -100
9
não tem raiz quadrada em Q, pois tanto -10 como +10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
3 3 9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um quadrado perfeito.
2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 3
Exercícios
a) 7 − ⎡⎛⎜ 5 − 1 ⎞⎟ − ⎛⎜ − 7 + 3 ⎞⎟ ⎤
24 ⎢⎣⎝ 12 8 ⎠ ⎝ 6 4 ⎠ ⎥⎦
⎡⎛ 3 ⎞ ⎛ 1 ⎞ 5 ⎤ ⎛ 9 7 ⎞
b) ⎢⎜ + ⎟ : ⎜ − ⎟ + ⎥ − ⎜ − ⎟
⎣⎝ 16 ⎠ ⎝ 12 ⎠ 2 ⎦ ⎝ 4 2 ⎠
3 7
2 2
2. Escreva o produto + . + como uma só potência.
3 3
12 4
16 ⎛ 16 ⎞ como uma só potência.
3. Escreva o quociente ⎛⎜ − ⎞⎟ : −
⎝ 25 ⎠ ⎜⎝ 25 ⎟⎠
1
5. Para encher um álbum de figurinhas, Karina contribuiu com 6 das figurinhas, enquanto Cristina contribuiu com das figurinhas
3 . Com que fração das figurinhas as duas juntas contribuíram?
4
1 1
6. Ana está lendo um livro. Em um dia ela leu 4
do livro e no dia seguinte leu 6
do livro. Então calcule:
1 1
9. No dia do lançamento de um prédio de apartamentos, 3
desses apartamentos foi vendido e 6 foi reservado. Assim:
1) Solução
7 ⎡⎛ 5 1 ⎞ ⎛ 7 3 ⎞ ⎤ 7 ⎡⎛ 10 − 3 ⎞ ⎛ −14 + 9 ⎞ ⎤
a) − ⎜ − ⎟ −⎜− + ⎟ = − ⎜ ⎟ −⎜ ⎟
24 ⎢⎣⎝ 12 8 ⎠ ⎝ 6 4 ⎠ ⎥⎦ 24 ⎢⎣⎝ 24 ⎠ ⎝ 12 ⎠ ⎥⎦
7 ⎛ 7 5 ⎞ 7 ⎛ 7 + 10 ⎞ 7 17 10 5
−⎜ + ⎟= −⎜ ⎟⎠ = − =− =−
24 ⎝ 24 12 ⎠ 24 ⎝ 24 24 24 24 12
b)
mmc:(4;2)=4
2) Solução:
10
⎛ 2⎞
⎜⎝ + ⎟⎠
3
3) Solução:
8
⎛ 16 ⎞
⎜⎝ − ⎟⎠
25
4) Solução:
3
− 13 − 1 + 3
− :
24 2 4
− 13 − 1 + 3
− :
24 8 4
− 13 − 1 + 4
− .
24 8 3
− 13 − 4
−
24 24
− 13 4
+
24 24
−9 −3
=
24 8
5) Resposta 11
Solução: 12
1
+ 3 = 2 + 9 = 11
6 4 12 12 12
a) 1 + 1 = 3 + 2 = 5
4 6 12 12 12
12 5
b) 1- 5 = - = 7
12 12 12 12
7) Respostas 7
15
Solução:
4
- 1 = 12 - 5 = 7
5 3 15 15 15
8) Resposta 4
Solução: 9
5
1- = 9 - 5 = 4
9 9 9 9
9) Solução:
1 1 1 3 1
a) + = 2 + = =
3 6 6 6 6 2
b) 1- 1 = 2 - 1 = 1
2 2 2 2
10) Solução:
208 52
a) 2,08 → =
100 25
14 7
b) 1,4 → =
10 5
17
c) 0,017 →
1000
3217
d) 32,17 →
100
Geometria Plana
A Geometria é a parte da matemática que estuda as figuras e suas propriedades. A geometria estuda figuras abstratas, de uma per-
feição não existente na realidade. Apesar disso, podemos ter uma boa idéia das figuras geométricas, observando objetos reais, como
o aro da cesta de basquete que sugere uma circunferência, as portas e janelas que sugerem retângulos e o dado que sugere um cubo.
As Figuras Básicas
Aproveitaremos o cubo, figura bastante conhecida de todos, para mencionar três figuras básicas da geometria: o ponto, a reta e
o plano.
No cubo seguinte, três faces são visíveis, e três não. As três faces visíveis têm em comum apenas o ponto A.
Os matemáticos consideram que os pontos são tão pequenos que não chegam a ter tamanho algum. Para representar um ponto
fazemos uma marca bem pequena no papel e para nomeá-lo usamos uma letra maiúscula: A, B, C, etc.
Considere agora a face superior do cubo e a face que vemos à direita. Estas faces têm em comum o segmento de reta AB, com
extremidades nos pontos A e B.
A semi-reta AB A semi-reta BA
(sua origem é A e (sua origem é B e
“ela não tem fim”) “ela não tem fim”)
A seguir, indicamos a reta AB
A reta AB (“não tem começo nem fim”)
Os matemáticos consideram que as retas não têm largura. Para nomeá-las, além de anotações como AB , é muito comum o uso
de letras minúsculas: r, s, t, etc. Prolongando indefinidamente uma face de um cubo em todas as direções, como indica a próxima
figura, temos um plano.
Os planos não têm espessura. Para nomeá-los, usamos letras gregas, principalmente as três primeiras α (alfa), β (beta) e γ (gama).
Perímetro
Entendendo o que é perímetro.
Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de comprimento.
Quantos metros lineares serão necessários para colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de largura e que nela
não se coloca rodapé?
A conta que faríamos seria somar todos os lados da sala, menos 1m da largura da porta, ou seja:
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1
P = 26 – 1
P = 25
Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua superfície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente à quantidade de
quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área:
Sua área será um valor aproximado. Cada é uma unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4 unidades.
No estudo da matemática calculamos áreas de figuras planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular a sua área.
Área do Retângulo
Existe dois tipos de retângulos: com lados todos iguais (quadrado) e com os lados diferentes.
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. Se contarmos, veremos
que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é a medida da superfície de uma figuras podemos dizer
que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.
O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro, só que representado de forma diferente. O cálculo da área do retângulo
pode ficar também da seguinte forma:
A = 6 . 4 A = 24 cm²
A=b.h
Quadrado
É um tipo de retângulo específico, pois tem todos os lados iguais. Sua área também é calculada com o produto da base pela altura.
Mas podemos resumir essa fórmula:
Como todos os lados são iguais, podemos dizer que base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na fórmula A = b . h,
temos:
A= .
A= ²
Área do Trapézio
A área do trapézio está relacionada com a área do triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
A = b . h (b = base e h = altura).
2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua área):
Um trapézio é formado por uma base maior (B), por uma base menor (b) e por uma altura (h).
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
A área desse trapézio pode ser calculada somando as áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo separadamente observamos que eles possuem bases diferentes e alturas iguais.
AT = A∆1 + A∆2
B⋅h b⋅h
AT = +
2 2
B⋅h + b⋅h
AT = - Colocar a altura (h) em evidência, pois é um temo comum aos dois fatores
2
h(B + b)
AT =
2
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer utilizamos a seguinte fórmula:
h(B + b)
A=
2
h = altura
B = base maior do trapézio
b = base menor do trapézio
Área do Triângulo
Observe o retângulo abaixo, ele está dividido ao meio pela diagonal:
A área do retângulo é A = b. h, a medida da área de cada metade será a área do retângulo dividida por dois. Cada parte dividida
do retângulo é um triângulo, assim podemos concluir que a área do triangulo será:
b⋅h
A=
2
Mas como veremos a altura no triângulo? A altura deve ser sempre perpendicular à base do triângulo.
No triângulo retângulo é fácil ver a altura, pois é o próprio lado do triângulo, e forma com a base um ângulo de 90° (ângulo reto).
Quando a altura não coincide com o lado do triângulo, devemos traçar uma reta perpendicular à base (formando um ângulo de
90º com a base) que será a altura do triângulo.
Exemplo: Observe o triângulo eqüilátero (todos os lados iguais). Calcule a sua área.
Como o valor da altura não está indicado, devemos calcular o seu valor, para isso utilizaremos o teorema de Pitágoras no triângulo:
42 = h2 + 22
16 = h2 + 4
16 – 4 = h²
12 = h²
h = √12
h = 2√3 cm
Com o valor da altura, basta substituir na fórmula A = h (B + b) o valor da base e da altura.
2
A = 4 . 2√3
2
A = 2 . 2√3
A = 4 √3 cm2
Matriz
A tabela seguinte mostra a situação das equipes no Campeonato Paulista de Basquete masculino.
Observando a tabela, podemos tirar conclusões por meio de comparações das informações apresentadas, por exemplo:
→ COC/Ribeirão lidera a classificação com 20 pontos juntamente com Tilibra/Bauru
→ Essa informação encontra-se na 2ª linha e 3ª coluna.
Chamamos de matriz m x n (m Є N* e n Є N*) qualquer tabela formada por m . n elementos (informações) dispostos em m linhas
e n colunas
Exemplos
1°)
⎡ 1 0 −2 3 ⎤
⎢ ⎥
⎣ 1 1 3 2 ⎦ é uma matriz 2 x 4
2º)
⎡ 1 0 1 ⎤
⎢ ⎥
⎢ 2 3 3 ⎥
⎢⎣ 1 4 2 ⎥⎦
é uma matriz 3 x 3
3º)
⎡⎣ 1 0 3 ⎤⎦
é uma matriz 1 x 3
4º)
⎡ 2 ⎤
⎢ ⎥
⎣ 0 ⎦ é uma matriz 2 x 1
O nome de uma matriz é dado utilizando letras maiúsculas do alfabeto latino, A, por exemplo, enquanto os elementos da matriz
são indicados por letras latinas minúsculas, a mesma do nome de matriz, afetadas por dois índices, que indicam a linha e a coluna
que o elemento ocupa na matriz.
Assim, um elemento genérico da matriz A é representado por aij.
O primeiro índice, i, indica a linha que esse elemento ocupa na matriz, e o segundo índice, j, a coluna desse comando.
↑
j − ésima ⋅ coluna
Exemplo
Na matriz B de ordem 2 x 3 temos:
⎡ 1 0 3 ⎤
B=⎢ ⎥
⎢⎣ 2 −1 4 ⎥⎦
Matrizes Especiais
Exemplos
- A = [-1, 0]
- B = [1 0 0 2]
Exemplos
⎡ 0 ⎤
⎡ 2 ⎤ ⎢ ⎥
−A = ⎢ ⎥ −B = ⎢ −1 ⎥
⎣ 1 ⎦ ⎢⎣ 3 ⎥⎦
Exemplos
⎡ 0 0 ⎤ ⎡ 0 0 0 ⎤
1 )A = ⎢ ⎥ 2 )B = ⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 0 ⎥⎦
Exemplos
⎡ 1 3 ⎤
1 )A = ⎢ ⎥
⎢⎣ 2 −1 ⎥⎦ É a matriz quadrada de ordem 2.
3ª) Dada a matriz quadrada de ordem n, chamamos de diagonal secundária da matriz ao conjunto dos elementos que possuem
a soma dos dois índices igual a n + 1.
Exemplo
{a14, a23, a32, a41} é a diagonal secundária da matriz A.
Exemplos
⎡ 2 0 0 ⎤
⎢ ⎥
1 )A = ⎢ 0 1 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 3 ⎥⎦
Exemplo
⎡ 1 2 ⎤
⎡ 1 0 3 ⎤ ⎢ ⎥
A=⎢ ⎥ ,então At =⎢ 0 1 ⎥
⎢⎣ 2 1 4 ⎥⎦ ⎢ ⎥
⎢⎣ 3 4 ⎥⎦
Igualdade de Matrizes
Sendo A e B duas matriz de mesma ordem, dizemos que um elemento de matriz A é correspondente a um elemento de B quando
eles ocupam a mesma posição nas respectivas matrizes.
Definição
Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, têm a mesma ordem e os elementos correspondentes são iguais.
Indica-se:
A=B
Então:
A = (aij)n x n e B = (bij)p x q
Observações: Dada uma matriz A = (aij)m x n , dizemos que uma matriz B = (bij)m x n é oposta de A quando bij = -aij para todo i, Ī ≤
i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n.
Exemplo
⎡ 3 −1 ⎤ ⎡ −3 1 ⎤
A=⎢ ⎥ ⇒ B= ⎢ ⎥
⎢⎣ 2 4 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 −4 ⎥⎦
- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é simétrica quando aij = aji para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n. Isto é, A = At.
- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é anti-simétrica quando aij = -aij para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n. Isto é,
A é anti-simétrica quando At = -A.
Definição
Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n, denominamos soma da matriz A com a matriz B à matriz C, de ordem m x n,
cujos elementos são obtidos quando somamos os elementos correspondentes das matrizes A e B. Indicamos:
C=A+B
Assim:
⎡ 1 3 4 ⎤ ⎡ 2 1 1 ⎤ ⎡ 3 4 5 ⎤
⎢ ⎥+⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎢⎣ 2 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ 3 2 3 ⎥⎦ ⎢⎣ 5 3 1 ⎥⎦
Propriedades da Adição
A – B = A + (B)
Exemplo
Sendo:
⎡ 3 2 ⎤ ⎡ 4 5 ⎤
A=⎢ ⎥ e B=⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 1 ⎥⎦ , então
⎡ 3 2 ⎤ ⎡ 4 5 ⎤
A− B= ⎢ ⎥−⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 1 ⎥⎦
⎡ 3 2 ⎤ ⎡ −4 −5 ⎤
A− B= ⎢ ⎥+⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ 2 −1 ⎥⎦
A-B=
⎡ −1 −3 ⎤
A− B= ⎢ ⎥
⎢⎣ 3 −3 ⎥⎦
Observação: Na prática, para obtermos a subtração de matrizes de mesma ordem, basta subtrairmos os elementos correspondentes.
Definição
Consideremos uma matriz A, de ordem m x n, e um número real. O produto de por A é uma matriz B, de ordem m x n, obtida
quando multiplicamos cada elemento de A por.
Indicamos:
B= α . A
Exemplo
Sendo:
⎡ 1 3 ⎤
A=⎢ ⎥
⎢⎣ 2 5 ⎥⎦ , temos
⎡ 2.1 2.3 ⎤ ⎡ 2 6 ⎤
2 . A =⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎢⎣ 2.2 2.5 ⎥⎦ ⎢⎣ 4 10 ⎥⎦
Multiplicação de Matrizes
O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)m x p por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n, de modo que cada
elemento cij é obtido multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, e somando-se
os produtos assim obtidos. Indicamos:
B= α . A
Propriedades
Sendo A uma matriz de ordem m x n, B e C matrizes convenientes e, são válidas as seguintes propriedades.
- ( A . B) . C = A . (B . C) (associativa)
- C . (A + B) = C . A + C . B (distributiva pela esquerda)
- (A + B) . C = A . C + B (distributiva pela direita)
- A . In = Im . A = A (elemento neutro)
- (α . A) . B = A . (α . B ) = . (A . B)
- A . O n x p = O m x p e Op x m . A = O p x n
- (A . B)t = Bt . At
Observação: Para a multiplicação de matrizes não vale a propriedade comutativa (A . B ≠ B . A). Esta propriedade só é verdadeira
em situações especiais, quando dizemos que as matrizes são comutáveis.
Matriz Inversa
No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0, existe um número b, denominado inverso de a, satisfazendo a condição:
a.b=b.a=1
1
Normalmente indicamos o inverso de a por a ou a-1.
Analogamente para as matrizes temos o seguinte:
Definição
Uma matriz A, quadrada de ordem n, diz-se inversível se, e somente se, existir uma matriz B, quadrada de ordem n, tal que:
A.B=B.A=In
A matriz B é denominada inversa de A e indicada por A-1.
Exemplos
4 − 3
- Verifique que a matriz B= é a inversa da matriz A= 1 3
−1 1
1 4
Resolução
1 3 4 − 3 1 0
A.B= . =
1 4 − 1 1 0 1
B.A= 4 − 3 . 1 3 = 1 0
− 1 1 1 4 0 1
Observação: É bom observarmos que, de acordo com a definição, a matriz A também é a inversa de B, isto é, A=B-1, ou seja,
A=(A-1)-1.
3 1
- Encontre a matriz inversa da matriz A= , se existir.
2 1
Resolução
a b
Supondo que B= é a matriz inversa de A, temos:
c d
3 1 a b 1 0
A.B= . =
2 1 c d 0 1
3a + c 3b + d 1 0
2a + c 2b + d = 0 1
Assim:
3a + c = 1 e 3b + d = 0
2a + c = 0 2b + d = 1
Observação: Quando uma matriz é inversível, dizemos que ela é uma matriz não-singular; caso a matriz não seja inversível,
dizemos que ela é uma matriz singular.
Propriedades
Sendo A e B matrizes quadradas de ordem n e inversíveis, temos as seguintes propriedades:
- (A-1)-1=A
- (A-1)t= At)-1
- (A.B)-1=B-1..A-1
- Dada A, se existir A-1, então A-1 é única.
Exemplo
Sendo A, B e X matrizes inversíveis de ordem n, isolar X em (X.A)-1‑=B.
Resolução
(X.A)-1=B⇒ A-1.X-1=B
Determinantes
Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz e Seki Shinsuke
Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções de um “Sistema linear”, assunto que estudaremos a seguir.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um único número real que denominamos determinante de A e que
indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre duas barras verticais, como no exemplo abaixo:
1 2 12
A= → det A=
4 5 45
Definições
Exemplos
1º) A=[-2] → det A= -2
2º) B=[5] → det B=5
3º) C=[0] → det C=0
⎣ 21 22 ⎦
Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer que o determinante é a diferença entre o produto dos elementos da
diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. Esquematicamente:
⎡ a11 a12 ⎤
det A = ⎢ ⎥=a . a −a . a
⎢ a a ⎥ 11 22 21 12
⎣ 21 22 ⎦
Exemplos
1 2
- A=
5 3
det A=1.3-5.2=-7
2 − 1
- B=
2 3
det B=2.3-2.(-1)=8
detA= a11 a22 a33+ a12 a23 a31+a32 a21 a13-a31 a22 a13+
-a12 a21 a33-a32 a23 a11
Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3, usamos a regra prática denominada Regra de Sarrus:
2º) Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em diagonal e associando o sinal indicado dos produtos, temos:
detA= a11 a22 a33+ a12 a23 a31+a13 a21 a32-a13 a22 a31+
-a11 a23 a32-a12 a21 a33
Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada repetindo a 1º e 2º linhas, ao invés de repetirmos a 1º e 2º colunas.
Exemplo
a b a c
A= ⇒ At=
c d b d
det A = ad − bc t
⇒ det A = det A
det At = ad − bc
Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadrada A, quando trocamos entre si a posição de duas filas
paralelas, então:
detB = -detA
Exemplo
a b c d
A= e B=
c d a b
Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui duas filas paralelas “iguais”tem determinante igual a zero.
Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna “iguais”, é igual a A. Assim, de
acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA
Assim: detA = 0
Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma matriz quadrada A, quando multiplicamos uma de sua filas (linha ou
coluna) por uma constante k, então detB = k.detA
Exemplo
ka kb ⎡ a b ⎤
= k. ⎢ ⎥
c d ⎢⎣ c d ⎥⎦
- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é obtida multiplicando todos os elementos de A por k, então:
det(k.A)=kn.detA
⎡ a b c ⎤ ⎡ ka kb kc ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢
A = d e f ⇒ k.A = kd ke kf ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ g h i ⎥⎦ ⎢⎣ kg kh ki ⎥⎦
⎡ ka kb kc ⎤ ⎡ a b c ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
det(k.A) = ⎢ kd ke kf ⎥ = k.k.k ⎢ d e f ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ kg kh ki ⎥⎦ ⎢⎣ g h i ⎥⎦
Assim:
det(k.A)=k3.detA
Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, tais que os elementos correspondentes de A, B e C são
iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C são iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e B,
então.
Exemplos:
a b x a b r a b x + r
c d y + c d s = c d y + s
e f z e f z e f z + t
Exemplo
Exemplo abc
Considere o determinante detA= d e f
g hi
a b c + ma a b c a b ma
d e f + md (P4) d e f + d e md
g h i + mg g h i g h mg
a b c + ma a b a
d e f + md = det A + m d e d
g h i + mg g h g
Igual a zero
a b c + ma
d e f + md = det A
g h i + mg
Exemplo
D=8+0+0-60-0-0=-52
D1=48+0+0-100-0-0=-52
Observe que D1=D, de acordo com a propriedade.
Consequência
Quando uma fila de um determinante é igual à soma de múltiplos de filas paralelas (combinação linear de filas paralelas), o
determinante é igual a zero.
Exemplo
1 2 8
SejaD = 3 2 12
4 −1 05
Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª coluna multiplicada por 3.
8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.
Exemplo
1 2
A= ⇒ detA=3
0 3
4 3
B= ⇒ detB=-2
2 1
8 5
A.B= ⇒ det(A.B)=-6
6 3
Logo, det(AB)=detA. detB
Dada uma matriz quadrada A=(aij)nxn (n ≥ 2), chamamos menor complementar do elemento aij e indicamos por Mij o determinante
da matriz quadrada de ordem n-1, que se obtém suprimindo a linha i e a coluna j da matriz A.
Exemplo
1 2 3
4 1 0
Sendo A= , temos:
2 1 2
1 0
M11= =2
1 2
M12= 4 0 =8
2 2
M13= 4 1 =2
2 1
Exemplo
3 −1 4
Sendo A 2 1 3 , temos:
− 1 3 0
1 3
A11=(-1)1+1.M11=(-1)2. =-9
3 0
2 3
A12=(-1)1+2.M12=(-1)3. − 1 0 =-3
3 −1
A33=(-1)3+3.M33=(-1)6. =5
2 1
Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n ≥ 2, chamamos matriz co-fatora de A a matriz cujos elementos são os co-fatores dos ele-
mentos de A; indicamos a matriz co-fatora por cof A. A transposta da matriz co-fatora de A é chamada de matriz adjunta de A, que
indicamos por adj. A.
Exemplo
1 3 2
Sendo A= 1 0 − 1 , temos:
4 2 1
0 −1
A11=(-1)1+1. =2
2 1
1 −1
A12=(-1)1+2. 4 1 =-5
1 0
A13=(-1)1+3. =2
4 2
3 2
A21=(-1)2+1. =1
2 1
1 2
A22=(-1)2+2. 4 1 =-7
1 3
A23=(-1)2+3. =10
4 2
3 2
A31=(-1)3+1. =-3
0 −1
1 2
A32=(-1)3+2. 1 − 1 =3
1 3
A33=(-1)3+3. =-3
1 0
Definição.
Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.
Seja A uma matriz quadrada de ordem n.
Então:
- Para n = 1
A=[a11] ⇒ det A=a11
- Para n ≥ 2:
an1 an 2 ... an
ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n
Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n ≥ 2 é a soma dos produtos dos elementos da primeira linha da matriz
pelos respectivos co-fatores.
Exemplos
⎡ a11 a12 ⎤
1º) Sendo A = ⎢ ⎥ , temos:
⎢ a a ⎥
⎣ 21 22 ⎦
detA=a11.A11+a12.A12, onde:
A11=(-1)1+1.|a22|=a22
A12=(-1)1+2.|a21|=a21
Assim:
detA=a11.a22+a12.(-a21)
detA=a11.a22-a21.a12
Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição vista anteriormente.
⎡ 3 0 ⎤ 0 0
⎢ ⎥
⎢ 1 2 3 2 ⎥
− Sendo A = ⎢ ⎥ ,temos :
⎢ 23 5 4 3 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ −9 3 0 2 ⎥⎦
Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é facilitado.
Teorema de Laplace
Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n ⇒ 2, seu determinante é a soma dos produtos dos elementos de uma fila (linha ou
coluna) qualquer pelos respectivos co-fatores.
Exemplo
5 0 1 2
3 2 1 0
Sendo A=
4 1 0 0
3 − 2 2 0
Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos que calcular apenas um co-fator.
Assim:
detA=2.A14+0.A24+0.A34+0.A44
3 2 1
A14=(-1)1+4 4 1 0 =+21
3 − 2 2
detA=2.21=42
Observações Importantes: No cálculo do determinante de uma matriz de ordem n, recaímos em determinantes de matrizes de
ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes de ordem n-2, e assim sucessivamente, até recairmos em determinantes
de matrizes de ordem 3, que calculamos com a regra de Sarrus, por exemplo.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando escolhemos uma fila com a maior quantidade de zeros.
- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante pelo teorema de Laplace.
Exemplo 1 2 3 1
0 −1 2 1
Calcule det A sendo A=
−2 3 1 2
3 4 6 3
A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema de Laplace, calcularemos ainda
três co-fatores.
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero”em A31=-2 e A41=3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando com a 3ª e multiplicando
a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:
1 2 3 1
0 − 1 2 1
A=
0 7 7 4
0 − 2 − 3 0
−1 2 1 −1 2 1
4 = 7
detA=1.(-1) . 7 1+1 7
7 4
− 2 − 3 0 − 2 − 3 0
det A=(0-16-21)-(-14+12+0)
detA=0-16-21+14-12-0=-49+14
detA=-35
Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o produto dos elementos da diagonal principal; podemos verificar isso
desenvolvendo o determinante de A através da 1ª coluna, se ela for triangular superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular
superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular inferior.
Assim:
1ª) A é triangular superior
1 0 0 0
0 1 0
0
I n= 0 0 1 0
0 0 0 1
det/n=1
Uma determinante de ordem n ≥ 2 é chamada determinante de Vandermonde ou determinante das potências se, e somente se,
na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e
assim sucessivamente.
Exemplos
1º) Determinante de Vandermonde de ordem 3
1 1 1
a b c
a 2 b2 c2
1 1 1 1
a b c d
a2 b2 c2 d 2
a 3 b3 c3 d 3
Propriedade
Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de todas as diferenças que se obtêm subtraindo-se de cada um dos elementos
característicos os elementos precedentes, independente da ordem do determinante.
Exemplo
Calcule o determinante:
1 2 4
det A = 1 4 16
1 7 49
1 1 1
det At = 2 4 7
1 16 49
Exercícios
3. Calcule a soma dos elementos da diagonal principal com os elementos da diagonal secundária da matriz .
Respostas
a11 = 2 . 1 + 1 = 3
a12 = 2 . 1 + 2 = 4
a13 = 2 . 1 + 3 = 5
a21 = 2 . 2 + 1 = 5
a22 = 2 . 2 + 2 = 6
a23 = 2 . 2 + 3 = 7
Portanto, A =
x + 1 = 0 → x = -1
y – 2 = 0 → y = -2
Portanto, x = -2, y = 1 e z = 4.
6) Solução:
7) Solução:
⎡ a11 a12 ⎤
A=⎢ ⎥
⎢ a a ⎥ → a11 = 1 + 1 = 2, a12 = 1 + 2 = 3, a21 = 2 + 1 = 3, a22 = 2 + 2 = 4.
⎣ 21 22 ⎦
⎡ 2 3 ⎤ ⎡ −2 −3 ⎤
Logo, A = ⎢ ⎥e − A = ⎢ ⎥
⎢⎣ 3 4 ⎥⎦ ⎢⎣ −3 −4 ⎥⎦
8) Solução:
⎡ a11 a12 a13 ⎤
⎢ ⎥
A = ⎢ a 21 a22 a23 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ a31 a32 a33 ⎥⎦
a11 = 1 – 2 . 1 = -1
a12 = 1 – 2 . 2 = -3
a13 = 1 – 2 . 3 = -5
a21 = 2 – 2 . 1 = 0
a22 = 2 – 2 . 2 = -2
a23 = 2 – 2 . 3 = -4
a31 = 3 – 2 . 1 = 1
a32 = 3 – 2 . 2 = -1
a33 = 3 – 2 . 3 = -3
⎡ −1 −3 −5 ⎤ ⎡ −1 0 1 ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
Portanto, A = ⎢ 0 −2 −4 ⎥ e At = ⎢ −3 −2 −1 ⎥.
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −1 −3 ⎥⎦ ⎢⎣ −5 −4 −3 ⎥⎦
At = .
Portanto, a = 2 ou a = -2.
10) Solução:
⎡ 1 0 3 ⎤ ⎡ −1 1 2 ⎤
A+ B= ⎢ ⎥+⎢ ⎥
⎢⎣ −2 4 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 3 −2 5 ⎥⎦
⎡ 1+ ( −1) 0 + 1 3 + 2 ⎤ ⎡ 0 1 5 ⎤
=⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 1 2 7 ⎥
⎢⎣ −2 + 3 4 + (−2) 2 + 5 ⎥⎦ ⎣ ⎦
Bons estudos‼!
Boa Prova‼!
ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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