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GABARITO D
Questão 26 (Enade 2014)
A filosofia exerce uma influência espiritual extremamente poderosa. Nos períodos de
opressão, ela se opõe às propagandas; nos períodos de tolerância, ela se torna,
para os próprios governantes, o melhor meio para refletir sobre as condições e os
problemas da ação política.
MICHEL, A. La philosophe politique à Rome d’Auguste à Marc Aurèle. Paris: Armand
Colin, 1969, p.9 (adaptado).
GABARITO B
Questão 23 (Enade 2011)
No seu livro Sociedades do Antigo Oriente Próximo, Ciro Flamarion Cardoso realiza
uma discussão sobre dois modelos teóricos e metodológicos que procuram explicar
a constituição das organizações estatais nas sociedades da antiguidade do Oriente
Próximo. Na sua explanação, o autor demonstra a inviabilidade da aplicação da
chamada “hipótese causal hidráulica”, elaborada do Karl Wittfogel, e a retomada, a
partir dos anos de 1960, do conceito de “modo de produção asiático”, conforme o
trecho reproduzido a seguir.
Entre os marxistas, o livro de Wittfogel – que provocou grande indignação –
constituiu apenas um entre muitos fatores que deram impulso à retomada do
interesse pelo conceito de “modo de produção asiático”. Outros fatores foram: a
“desestalinização”, iniciada pelo XX Congresso do Partido Comunista da União
Soviética, que, no campo do materialismo histórico, desencadeou um ataque à
noção do unilinearismo evolutivo das sociedades humanas; o progresso dos
movimentos de libertação nacional, sobretudo a partir da década de 1950, com a
admissão sucessiva às Nações Unidas de numerosas nações afro-asiáticas, cujos
problemas socioeconômicos específicos exigiam também respostas de tipo histórico;
a ampla circulação dos Grundrisse, texto de Marx praticamente desconhecido até a
mesma década, bem como a republicação de seus artigos sobre a Índia e de
escritos de Plekhanov, Varga e outros autores acerca das sociedades “asiáticas”.
CARDOSO, C. F. Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986, p. 20.
A partir do que foi exposto acima, avalie se cada uma das afirmações a seguir
identifica evidências que possibilitam o uso teórico e metodológico do conceito de
modo de produção asiático.
I. A ilustração mostra a elite estatal de Ur coordenando, disciplinando e dirigindo o
trabalho dos camponeses e os recursos necessários para a construção de obras
hidráulicas
II. A ilustração mostra uma distribuição igualitária entre os súditos da cidade-Estado
de Ur dos bens provenientes do comércio intercomunitário e dos tributos extraído
mediante coação fiscal.
III. A ilustração mostra um grupo ínfimo que subordina a si o trabalho das
comunidades, pelas quais é sustentado, e decide por todos; este poder de decisão
tende a se personalizar e ter como expoente uma só pessoa.
IV. A ilustração mostra uma economia baseada na concentração, transformação e
redistribuição dos excedentes extraídos por templos e palácios dos produtores
diretos – em sua maioria membros de comunidades aldeãs.
V. A ilustração mostra que a imensa maioria da população se dedica às atividades
agropecuárias, entregando parte do que produz ao poder central, mas essa
população não participava das decisões comuns. É correto apenas o que se afirma
em
a) I, II e IV.
b) I, II e V.
c) I, III e V.
d) II, III e IV.
e) III, IV e V.
GABARITO E
Questão 24 (Enade 2011)
Ao estudar o período Homérico, a partir dos poemas de Homero, a Ilíada e a
Odisseia, Moses Israel Finley alinhavou um conjunto de categorias e conceitos para
a reflexão histórica da sociedade grega à época. No texto abaixo, do seu livro
Mundo de Ulisses, publicado, pela primeira vez, em 1954, o autor define o conceito
de oikos como unidade política, cultural e socioeconômica do período. A casa
patriarcal, o oikos, era o centro à volta do qual a vida se organizava e de onde
provinham não somente a satisfação das necessidades materiais, incluindo a
segurança, mas também as normas e os valores éticos, as ocupações, as
obrigações e as responsabilidades, os vínculos sociais e as relações com os
deuses. O oikos não era simplesmente a família; compreendia todas as pessoas da
casa com seus haveres; daí resulta que a “economia” (da forma latinizada, oecus), a
arte de administrar um oikos, significava explorar um domínio, e não conseguir
manter a paz na família.
FINLEY, M. I. O mundo de Ulisses. 3 ed. Lisboa: Editorial Presença, 1988, p. 55.
Ulisses y Penélope (Museu do Louvre), terracota procedente de Milo (450 a.C.). Disponível
em: <http://es.wikipedia.org>. Acesso em: 21 set. 2011. Penépole e os pretendentes, de
John William Waterhouse, de 1912. Disponível em: <www.jwwaterhouse.net/>. Acesso em:
21 set. 2011.
GABARITO B
Questão 36 (Enade 2011)
Entre 3100 e 2500 a. C., a Baixa Mesopotâmia conheceu um processo histórico que
pode ser classificado, primeiramente, como uma revolução urbana e,
posteriormente, o de consolidação e disseminação das cidades Estados
emergentes. Analisando esse período, Ciro Flamarion Cardoso fez as seguintes
observações e relacionou as dificuldades quanto aos seus estudos e investigações
históricas:
A Baixa Mesopotâmia aparece plenamente urbanizada no período de Jemdet Nasr
(3100-2900 a. C.) — época, segundo a Lista Real Suméria (documento redigido em
época bem posterior), em que “a realeza desceu do céu”, pela primeira vez, antes do
dilúvio. Mas esta fase, como aliás todo o período anterior a 2700 a. C., ou mesmo
2500 a. C, é muito mal conhecida. Os raros textos descobertos são apenas
parcialmente legíveis e não muito informativos acerca das realidades políticas. A
arqueologia é a base quase única de nosso conhecimento direto da primeira época
urbana, e é difícil extrair dela certezas no tocante ao poder e às instituições. Parece
razoável a ideia, transmitida pela lista real já mencionada, de que cinco cidades
dominaram sucessivamente a cena política regional “antes do dilúvio”: Eridu,
Badtibira, Sippar, Larak e Shuruppak.
CARDOSO, C. F. Sete olhares sobre a antiguidade. Brasília: EdUnB, 1994, p.63.
GABARITO A
A leste (...) chega-se ao território dos citas nômades, que nada semeiam e não lavram terra
alguma. Todo aquele território (...) é desprovido de árvores. (...) O inverno é tão rigoroso que
durante oito meses do ano o frio é insuportável;(...) o mar congela (...) e os citas (...) passam
por cima do gelo e irrompem com seus carros no território dos sindos. (...) [Nos] quatro
meses restantes ainda faz frio. Esse inverno é de uma espécie diferente daquele de todas
as outras terras; nessa estação, normalmente chuvosa em outras regiões, as chuvas lá são
insignificantes, mas durante todo o verão chove ininterruptamente. (...)
Heródoto, História. Brasília: UnB, 1988, IV, 19-30.
GABARITO C
Questão 16 (Enade 2008)
GABARITO B
“Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis, que, confiando nos deuses
imortais, não plantam nem lavram; entre os quais tudo nasce, sem que a terra tenha
recebido semente nem cultura [...] Não têm assembléias que julguem ou deliberem, nem leis
[...] e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres, sem se preocuparem uns com os outros.”
HOMERO. Odisséia. Tradução Frederico Lourenço. Lisboa: Cotovia, 2003.
GABARITO D