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141 Q671569 Português > Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Provas: IBFC - 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH -
Técnico em Informática (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Técnico em Contabilidade (HU-FURG) ...

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou
de um barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho,
mas também de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode,
tradicionalmente se constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas prezada como tal. Fazer a barba é um rito de
passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho
se olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos
mira do espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia
levam consigo sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que
façamos. Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho,
nos olha sem entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre: L&PM, 2003)

Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em
destaque justifica-se pela mesma regra aplicada em:

A Ninguém chegou.

B Qual de nós nunca errou?


C A maioria das pessoas chegaram tarde.

D Houve muitos problemas.


E Mais de um carro se chocaram.

142 Q671264 Português > Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2016 - MGS - Técnico Contábil | IBFC - 2016 - MGS - Técnico em Informática ...

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito.
Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm
como teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com
pé direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder
aquisitivo, não revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida
ou monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que
amamos espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas
coisas por consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo
lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso
habitat, que nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão
perfeitas que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas
por dentro. Há casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas prontas para receber
visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso
castelo, o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.
No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”. Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em
destaque deve-se à concordância com a seguinte palavra:

A “há”

B “casas”

C “lareira”

D “frias”

143 Q671263 Português > Morfologia , Sintaxe , Uso dos conectivos


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2016 - MGS - Técnico Contábil | IBFC - 2016 - MGS - Técnico em Informática ...

O conectivo que introduz o segundo parágrafo expressa uma oposição entre:

A a casa da gente e a casa dos outros.

B os que não têm casa e os que a possuem.


C o mundo interior e o mundo exterior.

D o nosso jeito de ser e o jeito de morar.

144 Q663583 Português > Sintaxe , Regência


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Provas: IBFC - 2016 - EBSERH - Advogado (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Engenheiro de
Segurança do Trabalho (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista Administrativo - Administração (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH -
Engenheiro Civil (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista Administrativo - Contabilidade (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de
Tecnologia da Informação - Sistemas Operacionais (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de Tecnologia da Informação - Suporte de Redes (HU-
FURG) ...

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder à questão

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que
parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola.
Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar
tentando alcançar o seu estilo. ”

Atentando-se às regras de regência verbal e preocupando-se em manter o sentido original, a reescritura da frase “Prefiro não ter o
talento do mestre, mas continuar vivo.” estaria correta apenas em:

A Prefiro não ter o talento do mestre do que continuar vivo.

B Prefiro não ter o talento do mestre a continuar vivo.


C Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre.

D Prefiro continuar vivo do que ter o talento do mestre.


E Prefiro ter o talento do mestre do que continuar vivo.

145 Q663581 Português > Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Provas: IBFC - 2016 - EBSERH - Advogado (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Engenheiro de
Segurança do Trabalho (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista Administrativo - Administração (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH -
Engenheiro Civil (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista Administrativo - Contabilidade (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de
Tecnologia da Informação - Sistemas Operacionais (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de Tecnologia da Informação - Suporte de Redes (HU-
FURG) ...

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder à questão

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que
parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola.
Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar
tentando alcançar o seu estilo. ”

Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em “Faz oito meses que parei”:

A Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

B Todos haviam chegado cedo.


C Havia pessoas demais na festa.

D Todos se fizeram presentes na festa.

E A mãe faz tudo o que ela quer.

146 Q663577 Português > Sintaxe , Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Provas: IBFC - 2016 - EBSERH - Advogado (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Engenheiro de
Segurança do Trabalho (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de Tecnologia da Informação - Processos (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH -
Analista Administrativo - Administração (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Engenheiro Civil (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista
Administrativo - Contabilidade (HU-FURG) | IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de Tecnologia da Informação - Sistemas Operacionais (HU-FURG) |
IBFC - 2016 - EBSERH - Analista de Tecnologia da Informação - Suporte de Redes (HU-FURG) ...

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense.
Pra mim, o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho para o bairro com olhos de turista, admirado com suas
madames que almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente, com a crença da quase totalidade de seus
moradores de que o pão e o presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao
dentista. Mas mudei de assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No Leblon. Ia ao dentista. Mal
pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida,
ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondí, dei-lhe um abraço e ela
gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”

Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que
parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola?Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas
ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando
alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas
que o leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros,
outra velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não estava escrevendo), que se identificava com as
minhas histórias, e que minha coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escreví às
sextas, mas ela me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o
Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa bem, é muita ingenuidade
da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do
jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu
também já tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar, nos meus textos, uma personalidade que levasse o
leitor a me identificar nas ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando, pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me
responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano
de andar com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade. Só não decidi ainda se eu mesmo
autografo ou peço pro Cony autografar.

As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que
me conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria
Padilha?” Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?

Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não
analiso a conjuntura política, nunca escreví um livro de mistério. Sou o outro, aquele outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do
prefeito, vê novelas... lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas
com o Caetano. Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele que tem muita honra em estar em página
próxima aos textos do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos
colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe em si de
satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem que ter você
aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Assinale a opção que apresenta, corretamente, a classificação sintática dos termos em destaque na frase “Bonita, cabelos brancos,
esguia, bem vestida, ela veio se aproximando” (1°§):

A Predicativo do Sujeito.
B Adjunto adnominal.

C Sujeito.
D Predicativo do objeto.

E Aposto.

147 Q662278 Português > Sintaxe , Uso dos conectivos


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2016 - MGS - Advogado | IBFC - 2016 - MGS - Psicólogo | IBFC - 2016 - MGS -
Assistente Social | IBFC - 2016 - MGS - Engenheiro Civil ...

Uma Vela para Dario


(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de
uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor
gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e
o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma
surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede.
Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o
alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso.
É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e
torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo
do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão.
Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando
vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava
estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a
espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas
para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a
aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

“Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.” (12°§). O termo em destaque é um conectivo que, ao relacionar orações,
introduz o sentido de:

A tempo

B lugar
C modo

D condição

148 Q662276 Português > Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2016 - MGS - Advogado | IBFC - 2016 - MGS - Psicólogo | IBFC - 2016 - MGS -
Assistente Social ...

“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§)

Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma
“espalha” é:

A composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos

B indeterminado e sem referência gramatical explícita.

C simples e representado pela construção “a multidão”


D desinencial marcado pela terceira pessoa.

149 Q644146 Português > Sintaxe , Uso dos conectivos


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: COMLURB Provas: IBFC - 2016 - COMLURB - Técnico de Segurança do Trabalho | IBFC - 2016 - COMLURB -
Técnico em Enfermagem do Trabalho ...

Leia a citação abaixo e assinale a que apresenta emprego correto dos conectivos:

“Aproveita agora, ______ ele ainda não tem cólicas noturnas______ ainda mama nas horas certas,______ depois a sua vida se
transformará num verdadeiro inferno noturno.” (Mário Prata)

A cujo - mas - onde

B onde - cujo - pois

C que - e - porque

D pois - e - onde

150 Q613878 Português > Sintaxe , Regência


Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Emdec Provas: IBFC - 2016 - Emdec - Assistente Administrativo Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção
Eletricista Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Inspetor de Manutenção de Veículos Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção Jr | IBFC - 2016 - Emdec -
Oficial de Manutenção Serralheiro Jr ...

Sonhos
Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela.
Só que... Só que, mesmo que você não saiba exatamente o que vai ver no cinema, tem uma ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o
cartaz. Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os atores. Sabe que, se for filme de horror, vai se assustar, se for um filme
com o Silvester Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no cinema preparado. Mas você nunca dorme sabendo o que vai sonhar.
(Luís Fernando Veríssimo, fragmento)
A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao cinema”, segue a exigência da norma padrão da língua. Assinale a opção em que essa
exigência NÃO está sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à norma.

A Preferimos televisão a cinema.

B Esse comportamento implicará advertência.


C Nós lembramos de tudo que aconteceu.

D O candidato aspirava a um bom resultado.

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
151 Q613869
Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Emdec Provas: IBFC - 2016 - Emdec - Assistente Administrativo Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Técnico em Informática
Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção Eletricista Jr | IBFC - 2016 - Emdec -
Técnico em Manutenção Eletroeletrônica Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Inspetor de Manutenção de Veículos Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de
Manutenção Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Controlador de Trânsito e Transporte Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção Serralheiro Jr ...

Aprendendo a pensar
(Frei Beto)
Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as
crianças não sabem.
O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos?
As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo,
diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e
seis anos, período que Doman considera “a idade do gênio”.
Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se
dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida.
Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos
idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método
dele, foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos...
Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso
específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia
para ele histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola.
[...]
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.
Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado)

Em “As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida.” (4°§), encontra-se destacada uma
função sintática . Trata-se do:

A complemento nominal

B vocativo
C predicativo do sujeito

D aposto

Português > Morfologia , Pontuação , Uso do ponto e vírgula Interpretação de Textos ,


152 Q613867 Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. , Conjunções: Relação de causa e consequência ,
Sintaxe , Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas...
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Emdec Provas: IBFC - 2016 - Emdec - Assistente Administrativo Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Técnico em Informática
Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção Eletricista Jr | IBFC - 2016 - Emdec -
Técnico em Manutenção Eletroeletrônica Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Inspetor de Manutenção de Veículos Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de
Manutenção Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Controlador de Trânsito e Transporte Jr | IBFC - 2016 - Emdec - Oficial de Manutenção Serralheiro Jr ...

Aprendendo a pensar
(Frei Beto)
Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as
crianças não sabem.
O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos?
As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo,
diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e
seis anos, período que Doman considera “a idade do gênio”.
Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se
dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida.
Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos
idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método
dele, foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos...
Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso
específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia
para ele histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola.
[...]
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.
Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado)

Há, entre as duas orações do período, uma relação semântica. Desse modo, sem prejuízo de sentido, no lugar do ponto e vírgula que as
separam poderia ser empregado o seguinte conectivo: Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem."

A desde que
B contudo

C visto que

D como

153 Q859255 Português > Sintaxe , Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: SEE-MG Provas: IBFC - 2015 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Nível I - Grau A - Matemática | IBFC -
2015 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Nível I - Grau A - Supervisão Pedagógica | IBFC - 2015 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Nível I
- Grau A - Educação Física ...

Texto I

Não canse quem te quer bem

(Martha Medeiros)

Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase:
“Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse
provisória desse achado.

Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos,
todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não
acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não
conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma
demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco.
Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que
você solicitou - escolha uma pizza e fim.

Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair - pense antes no que vai
usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída
do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial
só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três,
quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por
amor a eles e pelas visitas.

Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se
um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado
com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo.
Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se
afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo.
Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.”

No trecho “Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.” (3°§), percebe-se que,
embora não haja uma conjunção explícita, a ideia que vem depois da vírgula expressa, em relação à informação anterior, um sentido
de:

A consequência

B condição
C concessão

D causa

154 Q645861 Português > Sintaxe , Uso dos conectivos


Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: SEE-MG Prova: IBFC - 2015 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Ensino Religioso

Texto I

Múltiplo sorriso

Pendurou a última bola na árvore de Natal e deu alguns passos atrás. Estava bonita. Era um pinheiro artificial, mas parecia de verdade. Só bolas
vermelhas. Nunca deixava de armar sua árvore, embora as amigas dissessem que era bobagem fazer isso quando se mora sozinha. Olhou com
mais vagar. Na luz do fim de tarde, notou que sua imagem se espelhava nas bolas. Em todas elas, lá estava seu rosto, um pouco distorcido, é
verdade - mas sorrindo. “Estão vendo?”, diria às amigas se estivessem por perto. “Eu não estou só”.

(Heloísa Seixas, disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/ fq251209.htm.Acesso em 19/12/14 )

“Era um pinheiro artificial, mas parecia de verdade. Só bolas vermelhas.

Nunca deixava de armar sua árvore, embora as amigas dissessem que era bobagem fazer isso quando se mora sozinha."

O conectivo “mas”, no primeiro período do excerto acima, poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo conectivo:
A Embora

B Pois

C No entanto

D À medida que

155 Q618668 Português > Sintaxe , Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Vassouras - RJ Provas: IBFC - 2015 - Câmara Municipal de Vassouras - RJ - Motorista | IBFC
- 2015 - Câmara Municipal de Vassouras - RJ - Agente Administrativo, Vigilante, Cerimonial, Operador de Áudio e Vídeo ...

Cace a liberdade
(Martha Medeiros)
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta
primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?
Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava
indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira,
afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também,
precisando se alimentar?
Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses
cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo.
Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.
Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou
vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.
Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.
Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o
amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua
frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe
para a sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna
repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar
no lugar certo. O ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se alimentar direito.

Em “O ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se alimentar direito”(7º§), a conjunção em destaque introduz
um valor semântico de:

A condição

B finalidade

C causa

D concessão

E consequência

Português > Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado
156 Q618666
Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Vassouras - RJ Provas: IBFC - 2015 - Câmara Municipal de Vassouras - RJ - Motorista | IBFC
- 2015 - Câmara Municipal de Vassouras - RJ - Agente Administrativo, Vigilante, Cerimonial, Operador de Áudio e Vídeo ...

Cace a liberdade
(Martha Medeiros)
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta
primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?
Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava
indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira,
afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também,
precisando se alimentar?
Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses
cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo.
Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.
Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou
vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.
Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.
Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o
amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua
frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe
para a sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna
repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar
no lugar certo. O ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se alimentar direito.

Considerando a estrutura do período “Quero engordar no lugar certo.” (7º§), pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que:

A não apresenta complemento

B está flexionado no futuro do presente

C seu sujeito é inexistente


D constitui uma oração
E expressa a ideia de possibilidade

157 Q612266 Português > Sintaxe , Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: SAEB-BA Prova: IBFC - 2015 - SAEB-BA - Analista de Registro de Comércio

Considere o fragmento transcrito a seguir para responder a questão.


“O mundo envelhece. /As cidades crescem. Se, de um lado, escasseiam bens insubstituíveis, de outro, produzem-se tecnologias que facilitam a
redução do consumo de energia, o tratamento do lixo, o replanejamento das cidades e dos transportes." (7°§)
Sobre o trecho, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. É formado por duas orações absolutas e um período composto por coordenação. II. Entre os dois primeiros períodos há uma relação temporal
que poderia ser expressa pela conjunção “quando". III. O terceiro período é formado por três orações. IV. No terceiro período, identifica-se uma
oração subordinada adjetiva.

A Todas as afirmativas estão corretas

B Apenas a afirmativas III está correta

C Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.

D Apenas a afirmativa II está correta

E Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

158 Q595378 Português > Sintaxe


Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: EMBASA Provas: IBFC - 2015 - EMBASA - Analista de Saneamento - Enfermeiro do Trabalho | IBFC - 2015 -
EMBASA - Analista de Saneamento - Médico do Trabalho ...

Não quer ajudar, não atrapalha


(Gregório Duvivier)

É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o
avatar. Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar quem criticou os que criticaram. Nesse momento já
começaram as ofensas pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer
outra causa. Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a
transfobia. Você é contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente se comparada ao machismo. Você é contra o
machismo: mas a mulher está muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de esquerda, mas não doa pros pobres?
Hipócrita. Ah, você doa pros pobres? Populista. Culpado. Assistencialista. Cintia Suzuki resumiu bem: “Você coloca um avatar coloridinho,
aí não pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é
sustentar vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem entenderem, já que você não vai ajudar ninguém". Todo
vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: “De onde você
tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos
peruanos que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"
O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor
para o mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém
fazendo alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar.
A solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil, vizinho.
Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada — melhor
seria se usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.
(Disponível em: http://www1 .folha.uol.com.br/colunas/ areaorioduvivier/2015/07/1654941-nao-auer-aiudar-nao-atrapalha.shtml. Acesso em:
10/09/15)

A respeito das orações que constituem o título do texto, é correto afirmar que ocorrem:

A apenas duas orações coordenadas.

B três orações subordinadas.

C duas orações coordenadas e uma subordinada.

D duas orações subordinadas e uma coordenada.

159 Q593198 Português > Sintaxe , Uso dos conectivos


Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2015 - MGS - Pedagogia | IBFC - 2015 - MGS - Administração | IBFC - 2015 - MGS -
Serviços Jurídicos | IBFC - 2015 - MGS - Serviço Social | IBFC - 2015 - MGS - Contabilidade | IBFC - 2015 - MGS - Arquitetura | IBFC - 2015 -
MGS - Enfermagem do Trabalho | IBFC - 2015 - MGS - Psicologia | IBFC - 2015 - MGS - Farmácia | IBFC - 2015 - MGS - Auditoria Médica |
IBFC - 2015 - MGS - Engenharia Civil | IBFC - 2015 - MGS - Tecnologia de Sistemas | IBFC - 2015 - MGS - Biblioteconomia | IBFC - 2015 - MGS -
Engenharia de Segurança do Trabalho ...

A expressão “No entanto", que introduz a última frase do texto, introduz um sentido de:

A conclusão
B adição

C oposição

D explicação

Português > Morfologia , Interpretação de Textos , Coesão e coerência Conjunções: Relação de causa e consequência ,
160 Q585870
Sintaxe , Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas...
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: MGS Provas: IBFC - 2015 - MGS - Nível Médio | IBFC - 2015 - MGS - Serviços Técnicos Contábeis ...

A arte de escrever
“Há, portanto, uma arte de escrever - que é a redação. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a
qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar.
A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte
em princípio. O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade da boa composição, isto é, uma
distribuição metódica e compreensível de ideias.
Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.
Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são
muito diversas das da redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa
especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal, como tem na escola. Qualquer um de nós senhor de um assunto é,
em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta
de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem. Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa
capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho
nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...] A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que
parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina
mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros, com bom resultado, escreveram."
(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a. Edição, Vozes, Petrópolís, 1983.)

No oitavo parágrafo, a expressão “portanto" assume valor semântico de:

A Causa
B Conseqüência

C Conclusão
D Adição

Respostas
141: B 142: B 143: B 144: C 145: C 146: A 147: B 148: C 149: C 150: C 151: D
152: B 153: A 154: C 155: E 156: D 157: E 158: C 159: C 160: C

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